JORNAL AGROPACTO - SEMANA 05 A 13 DE SETEMBRO

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Informativo Semanal Ano 17 - Nº 675 - 05 a 13/09/2012 17 anos

EDITORIAL As greves no serviço público No momento em que a atual temporada de movimento não recaem n o empregador greves no serviço público parece se encaminhar abstrato, que é o E stado, mas sobre a para um final, penso que chegou a hora de população, que fica privada de serviços refletirmos com mais seriedade sobre essa questão essenciais, prestados em regime de monopólio. para qu e, n o fu t u ro, se possa dar u m encaminhamento mais racional a esses conflitos, No setor privado, a greve expressa um pou pan do os cidadãos e con tri bu in t es de conflito entre o trabalho e o lucro privado. No inconvenientes que não merecem sofrer. setor público, é um conflito distributivo entre Não podemos mai s adi ar u ma lei qu e o servidor e a sociedade. É uma diferença muito regulamente o direito de greve no serviço público. grande. A Constituição assegurou, com muita Por i sso, o regi me de propriedade, o direito de greve aos regu l amen t ação das du as servidores do Estado, mas deixou si t u ações t em de ser “Congresso e para o l egi sl ador ordi n ári o a diferenci ado, estabel ecendo Executivo não regulamentação do seu exercício. limites justos para a greve dos dispuseram a enfrentar servi dores e det ermi n an do Passados 2 4 an os, n em o o problema; não Con gresso n em o E xecu ti vo se formas de solução rápidas e dispuseram a enfrentar esse delicado vinculantes. O Estado deve ser o podemos prosseguir problema. Mas o vazio jurídico tem espaço de todos e não apenas nessa omissão” permitido, algumas vezes, que esse de al gu n s gru pos ci rcu n sdireito seja exercido imoderadamente tancialmente poderosos. e sem qualquer limite, com graves A sociedade brasileira não danos à sociedade e à economia. Não podemos deseja pagar mais impostos, porque já paga prosseguir nessa omissão. muito e recebe muito pouco em troca. Os A greve no serviço público não pode se progn óst i cos mai s real i st as sobre o comparar às greves no setor privado. Estar em crescimento e a situação fiscal nos próximos greve num emprego na iniciativa privada é sempre anos são relativamente sombrios. A experiência uma situação de risco, que obriga o trabalhador a que vem de fora nos dá um precioso aviso. agir com prudência, esgotando primeiro todas as A Europa teimou, nos últimos anos, em possibilidades de conciliação. E os custos da distribuir uma renda que não estava sendo paral isação são est ri tament e econ ômicos, gerada, transferindo o acerto de contas para recai ndo apen as sobre a empresa e seu s os anos seguintes. acionistas. Os anos seguintes chegaram mais cedo do No setor público, a greve não implica risco de que se esperava e, agora, quem recebeu uma qualquer natureza para o servidor e os custos do renda que não existia está sendo chamado para EDITORIAL

FIQUE SABENDO

 As greves no serviço público

 Semana da carne suina no Nordeste deixará preços mais baixos para consumo

Páginas 01 e 02

EVENTOS Página 02

PEQUENAS NOTAS Página 05

NOTÍCIA DA CNA

Agropecuária cresce 4,9% no segundo trimestre e é destaque no período  Câmara discute agrotóxicos para culturas menos protegidas Páginas 03 e 04

 ITR pode ser convertido em benefícios para o produtor rural Página 04

ESPAÇO DO AGROPACTO Resumo da reunião do dia 04/09/2012 Páginas 05 e 06

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO


17 anos Nº 675 Órgão de divulgação de assuntos de interesse do Setor Agropecuário e do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense. Coordenação e Elaboração: Gerardo Angelim de Abuquerque - Chefe de Gabinete da FAEC Coordenador Geral do Agropacto: FLÁVIO VIRIATO DE SABOYA NETO (Presidente da FAEC) Membros do Comitê Consultivo: Setor Público Evandro Vasconcelos Holanda Júnior - Embrapa Caprinos e Ovinos João Hélio Torres D'Ávila - UFC José Alves Teixeira - BNB Lucas Antonio de Sousa Leite - Embrapa Agroindustria Tropical Paulo Almicar Proença Sucupira - BB Raimundo Reginaldo Braga Lobo - ADECE Setor Privado Alderito Raimundo de Oliveira - CS da Cajucultura Álvaro Carneiro Júnior - CS de Leite Cristiano Peixoto Maia - CS do Camarão Edgar Gadelha Pereira Filho - CS da Carnaúba Euvaldo Bringel Olinda - Instituto Frutal João Teixeira Júnior - CS da Fruticultura e UNIVALE Paulo Roque Selbach - CS. Flores Vinícius Araújo de Carvalho - CS do Mel Carlos Prado - Itaueira Agropecuária Francisco Férrer Bezerra - FIEC João Nicédio Alves Nogueira - OCB/CE Luiz Prata Girão - BETÂNIA Paulo Jorge Mendes Leitão - SEBRAE-CE Secretária: Teresa Lenice Nogueira da Gama Mota Kamylla Costa De Andrade Editoração Digital: Brunno Carvalho Helena Monte Lima Taquigrafia: Irlana Gurgel Patrocínio: BANCO DO BRASIL S/A BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A SEBRAE/CE

devolvê-la. O Brasil ainda pode evitar esse desfecho. Por essa razão, o rigor adotado pelo governo diante das reivindicações salariais não foi sinal de insensibilidade, mas de senso de responsabilidade. Os últimos episódios nos most raram qu e o Poder Executivo quase sempre fica só quando se trata de resistir à distribuição de benefícios. Os parlamentos, por sua vez, são sempre mu i t o generosos quando se trata de criar e distribuir bondades. É a tentação do bem que, segundo um filósofo contemporâneo, está na origem de tantos males duradouros na história humana. Por isso, embora tenham cau sado t ant os dan os à sociedade em geral, as greves recentes transcorreram em meio a um grande silêncio (*)

político. No nosso meio, todos se retraíram diante do poder das organ i zações si n di cai s e n en h u ma voz su rgi u para defen der os int eresses das populações atingidas, fossem elas os estudantes sem aula, os passageiros nos aeroportos, os vi ajan t es n as est radas, os doentes privados de exames e diagnósticos para as urgências de sua saúde, e tantas mais. A popu l ação brasi l ei ra sen t i u -se in ju st amen t e aban don ada por seu s representantes. E poucos deram uma palavra de apoio à posição correta do governo. O governo foi deixado em uma quase completa solidão. Enfrentou solitariamente os problemas, os desgastes e as pressões. Uma sociedade e seu corpo político devem enfrentar juntos essas circunstâncias.

Senadora Kátia Abreu, Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA

Eventos  All About Petshow 2012 – Exposição de Produtos e Serviços para o Mercado Pet e Veterinário Período: 12 a 15/09/2012 Local: Centro de Eventos do Ceará

 Feira do Empreendedor 2012 Período: 24 a 27/09/2012 Local: Centro de Eventos do Ceará

 FRUTAL 2012 Período: 25 a 27/09/2012 Local: Centro de Eventos do Ceará CONSULTA Para maiores esclarecimentos sobre as informações aqui divulgadas, favor comunicar-se com a SECRETARIA EXECUTIVA DO PACTO DE COOPERAÇÃO DA AGROPECUÁRIA CEARENSE. Endereço: Rua Edite Braga, 50 Jardim América - 60.410-436 Fortaleza - CE Telefones: (0xx85) 3535-8006 Fax: (0xx85) 3535-8001 E-mail: agropacto@faec.org.br Site: www.agropacto-ce.org.br

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PRODUTOR RURAL: Pague a Contribuição Sindical Rural em benefício da manutenção do Sistema Sindical Rural


Fique Sabendo Semana da carne suína no Nordeste deixará preços mais baixos para consumo Diversidade de produtos garante cardápio variado para clientes

Consumidores da região Nordeste poderão contar com preços bai xos da carne suína na próxima semana. De 10 a 20 de setembro, 47 lojas da rede Pão de Açúcar, Extra e Extra Super em 8 capitais da Região Nordeste: Fortaleza, Teresina, Natal , Macei ó, A racaju, Jo ão Pesso a, Recife e Salvador i nici am campanha de incentivo ao consumo da carne suína. Os consumi do res acostumados a comprar pernil, costelinha e bisteca suína deverão se surpreender com o s nomes nas gôndolas, como filé mignon suíno, picanha, carne moída, prime rib e coroa de costela. A novidade dos cortes faz parte das i nci ati vas de estímul o ao consumo da Associ ação Brasil eira dos Cri adores de Suínos (ABCS) que atenda ao crescimento da classe C na região, consumidores que buscam produtos que ofereçam adicionais p ara a saúd e, d esenvo l veu junto d e profi ssi onai s de açougue mai s de 100 ti p os di ferentes d e cortes suí nos, tornando-os mais práti cos, saudáveis e funcionais. “Sete de cada dez cartões de crédito no Brasil pertencem à classe C, que gosta de comer bem, comer muito e pagar pouco”, afirmou o publicitário e sócio-diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles.

“É nesse contexto a carne suína se sobressai em comparação às outras proteínas, poi s é acessí vel d o po nto d e vi sta econô mi co , versáti l , co m cortes q ue ap resentam padronização na maciez e sabor”, explicou o especialista que acredita ser esse “o grande mercado para a carne suína”. A ação l eva p ara as g ônd ol as do s sup ermercado s o repo si ci o namento d a imagem da carne suína, buscando disseminar os benefícios do produto ao consumidor final. “Para conquistar esse consumidor e fazer com que perceba a carne suína de maneira diferente é preci so mudar”, comenta o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, que evi denci ou que outros fatores i nd i cam a necessi d ad e de apri mo rar o formato da carne suí na no s g rand es centros consumi d o res. “H oj e o tamanho da família média brasileira diminuiu, caiu de 2,8 filhos por família em 1980, para uma médi a d e 1, 4 fi l hos em 2005, a preocupação com saúde e qualidade de vida não é mais como há 20 anos”, comenta. De acordo com o estudo Impacto do Consumo da Carne Suí na sob re a Saúd e Humana, reali zado pela ABCS em 2006, se comparado ao peito de frango e ao filé mignon bovi no, o l ombo suí no apresenta teo r de colesterol inferior ao das duas carnes. “A carne suína é um alimento importante porque a sua proteína é completa e contém vi taminas do compl exo B e sai s minerais. Consi derando princi palmente o l ombo, o corte apresenta bai xo teor de gordura e cal orias, e a sua composição de ácidos graxos encontra-se em proporção adequada, com menos de 40% de áci do s g raxo s saturado s”, concl ui u no documento a doutora em Ciência de Alimentos pela Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP, Neura Bragagnol o. Para Lí vi a Machado, coordenadora naci onal do Projeto Naci onal de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), é preciso desenvolver potencialidade de consumo

da carne suí na na regi ão Nordeste que concentra 1/4 da população do país. “Será uma grande oportunidade para alavancar as vendas e ampl i ar a demanda”. A coordenadora explica ainda que o foco da campanha é somar para o aumento do consumo nacional. “A meta do projeto era ati ngi r em 2012 o val or de 15kg por habi tante/ano, mas al cançamos esse número no ano passado. Agora, nosso objeti vo é chegar em 2015 com 18kg”, reforça. Atualmente, a produção de carne suína do Brasil tem sua comercialização voltada para o mercado interno e não ao externo, como muitos imaginam, sendo mais de 80% do volume produzido de carne suína é consumido pelos brasileiros. “Este movimento é resultado da demanda interna aquecida, gerada pela melhoria de renda da população brasileira”, explicou o diretor-executivo da ABCS, Fabiano Coser. Lui z Roberto Baruzzi , g erente comercial nacional do Grupo Pão de Açúcar, explica que a ação ajudará a alavancar as vendas do produto na região. “O Pão de Açúcar, segundo seus d i ri gentes, está decidido a ampliar a presença da carne suína nas gô ndo l as e a oferecer uma mai or variedade de cortes, em consonância com o perfil da demanda de seus clientes. Hoje o que o consumi dor procura é uma carne porcionada, versátil e que atenda as suas exigências de qualidade e essa campanha vem para mostrar que o produto pode ser tudo isso”, afirmou. Na campanha também serão distribuídas cartilhas com informações sobre os benefícios do consumo de carne suína para saúde, orientações de como verificar a qualidade do produto na hora da compra e quais devem ser os cuidados na higienização. A cartilha irá contar com receitas e dicas para melhorar a saúde com a alimentação.

Agropecuária cresce 4,9% no segundo trimestre e é destaque no período

O resul tado d o Prod uto I nterno Bruto (PIB) da agropecuária no segundo trimestre de 2012, que cresceu 4,9% em rel ação ao pri mei ro tri mestre do ano, mostra que o setor tem contribuído para o crescimento do País, num cenário de crise i nternaci o nal q ue tem p rejudi cad o o d esemp enho de o utros seto res d a economia. A avaliação é da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu. Lembra que os produtores preparamse para pl antar uma safra recorde,

produção que vai contribuir para o crescimento da economi a brasi l eira, especi al mente em 2013. “Grãos e carnes produzidos pelo Brasil vão suprir o consumo interno e abastecer o mercado externo, que demandará alimentos por conta da seca que tem prejudi cado a produção dos Estados Unidos e nos países do Leste Europeu”, afirmou. O Insti tuto Brasi lei ro de Geografi a e Estatística (IBGE) divulgou, o resultado do PIB do País no segundo trimestre do ano, cujo crescimento foi de 0,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2012. A agropecuária cresceu 4,9% nessa comparação, enquanto o setor de serviços cresceu 0,7% e a indústria teve queda de 2,5%. O desemp enho d as l avouras no 2º tri mestre i mp ul si o no u o resultado da agropecuária. A p resi d ente d a CN A l emb ra que o cresci mento d a ag ro p ecuári a refl ete o desempenho da safra de cereai s, fi bras e oleaginosas, de colheita relevante no segundo trimestre e estimada em 165,92 milhões de toneladas, resultado 1,9% superior à produção

da safra 2010/2011. Um dos destaques é a safra de milho (primeira e segunda safra), que cresceu 26,8%, de 57,4 mil hões de tonel adas em 2010/2011, p ara 72, 7 mi l hões de tonel ad as em 2011/2012. O café também apresenta aumento de 16% da produção, de 43,4 milhões de sacas para 50,4 milhões de sacas. N a co mp aração com o segund o tri mestre de 2011, o PIB do País cresceu 0,5%. No vamente a ag ro p ecuári a se d estaca, com o cresci mento de 1, 7%, também j usti fi cado pel o aumento d a produção. “Estes resul tados si nal i zam a recuperação do setor agropecuário neste segundo trimestre, diante da queda de 7,5% no pri mei ro tri mestre d e 2012 q uand o comparado com o último trimestre de 2011”, afirmou a presidente da CNA. A expectativa é que o setor mantenha este desempenho no terceiro trimestre do ano, com o aumento dos preços praticados no mercado e ainda em função do final de colheita. Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

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Fique Sabendo Câmara discute agrotóxicos para culturas menos protegidas

A Câmara Setori al da Fruti cul tura buscará criar estratégias para esclarecer a população quanto ao uso de agrotóxicos no campo e agi li zar a regul ari zação de defensivos específicos para “minor crops” – culturas para as quais falta ou há número reduzi do de defensi vos reg i strad os. A di scussão o co rreu no úl ti mo di a 4 de setembro , no audi tó ri o térreo d o Mi ni stéri o d a A g ri cul tura, Pecuári a e Abasteci mento (Mapa).

Segundo o coordenador de Agrotóxicos e Afins do ministério, Luis Eduardo Rangel, o Mapa e os estados fazem mai s de 45 mi l ações de fiscali zação por ano para garantir q ue to do s o s agro tó xi co s uti l i zad os não afetem a produção. “A meta é não haver intoxicações, por isso temos uma fiscalização rígida. O que queremos é nos aproximar cada vez mai s d e uma p ro dução ag rí co l a sustentável”, afirmou. Rangel destacou ai nda a necessidade de acelerar o processo de regulari zação do uso dos defensivos agrícolas para produção d e d etermi nad as cul turas. Para i sso , é necessári o estab el ecer uma estratég i a emergenci al d esenvo l vend o estudo s d e resíduos para as culturas que apresentaram problemas nos programas de monitoramento. Além disso, é necessário que haja um projeto de longo prazo para resolver o problema no Brasi l que resulte na criação de um fundo para financi ar estas atividades. Uma das propostas trazida pelo setor produtivo foi a criação da Agência Nacional dos Agroquímicos, centralizando o processo de anál i se e fi scal i zação que atual mente

passa p or três i nsti tui ções, a Agênci a Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e d o s Recurso s N aturai s Renovávei s (I b ama) e o Map a. O ob j eti vo seri a viabi lizar o registro de agrotóxicos para culturas com baixo suporte fitossanitário – em sua maioria hortaliças e frutas –, de aco rdo co m d i retri zes i nternaci o nai s estabel eci das e reconhecidas no âmbi to da Organização das Nações Unidas para Ag ri cul tura e Al i mentação (FAO ) e do Co d ex A l i mentari us. O Go verno , no entanto, p retende mel horar o si stema atual , poi s i denti fica possibi l i dades de avanço s nas rel açõ es entre os mi ni stérios. De aco rd o co m Carl o s Prad o , presi dente da Câmara d a Fruti cul tura, além da agilidade na regularização desses produtos é necessário que o consumidor esteja esclarecido quanto à segurança dos alimentos que os utilizam. “É preciso tirar da cabeça do consumi dor que estamos consumindo venenos”, disse ele.

Notícia CNA ITR pode ser convertido em benefícios para o produtor rural

O p razo p ara a e ntreg a d a Declaração do Imposto Territorial Rural, o ITR 2012, termina no dia 28 de setembro . A ap re sentação d a declaração do ITR é obrigatória. Quem não entrega, não pode tirar a Certidão Neg ativ a d e d éb itos, docume nto indispensável para registro de compra ou venda de propriedade rural, e nem p eg ar f inanciame nto ag rícola. O assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, CNA, Anaximandro Almeida, explica que o produtor rural deve ler atentamente as orientações da Receita Federal para saber o que é e o que não é tributável. Também é importante não perder o prazo de entrega e de pagamento do imposto. “O pagamento do imposto pode trazer benefícios para a área rural, a f av or d o prod utor rural, como as

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estradas, eletrificação rural e tantos in v e s tim e nt os q ue o m e io re q ue r, inclusive, aplicação de recursos para o e s coa me n to d a p r od u ção ”, d iz o assessor técnico da CNA, Anaximandro Almeida. O assessor técnico reforça que o ITR é um tributo previsto em lei e a declaração deve ser entregue à Receita Federal até o dia 28 de setembro. Segundo o assessor técnico da CNA, ao preencher a declaração, o produtor rural d ev e e nte nde r b e m o q ue é tributável e não-tributável. “Recomendase q ue o p rop rietário p rocure se u contador de confiança ou engenheiro agrônomo para ter auxílio na identificação d essas áre as e, p rincip alme nte , a valorização dessas terras. É importante saber quanto a áreas valem efetivamente p ara q ue f uturame nte ele não seja autuado pela Receita Federal, em função de um erro ou informação equivocada”, destaca Anaximandro Almeida. Imu n idade – A lg u ma s á re as agrícolas do Brasil são imunes ao ITR. A imu nid ad e é p re v is ta constitucionalmente. Estão imunes as áreas agrícolas d e 100 hectares em municíp ios localizad os na A mazônia Ocidental, Pantanal Matogrossense e S u l-M ato g ro sse ns e ; áre as d e 50 hectares que compõem os municípios d o Po líg ono d a S e ca e A ma zôn ia Orie ntal. Ta mb é m e st ão imune s as g l e b a s, nos d e m ais mu nic íp i os brasileiros, de até 30 hectares.

Isenção – Além da imunidade há aquelas áreas que são isentas. São os lotes e assentamentos da reforma agrária, desde que atendam tr ê s car act e rí stic as: os im óv e is devem se r ad min ist rad os conjuntamente por uma associação ou cooperativa; a fração não deve se r s up e rio r a 10 0, 50 ou 20 hectares, obedecendo às regras para a imunid ade, desde que o imóvel seja explorado com a família e, por fim, o assentado não pode possuir outra propriedade. Ato Declaratório Ambiental – A lé m d a d e claração d o ITR os p rop rie tários rurais d e ve m e star at e nt os ao A to D e cl ara tór io A m b ie nta l – A DA , cu jo p r e e n chi me n to tam b é m é obrigatório. O preenchimento do ADA pode ser realizado antes ou junto com a declaração do ITR à Receita Federal. Ne ste ano, a d e claração d o A DA p o d e se r f e ita a té o d ia 30 d e setembro. Se você é proprietário rural e ainda tem dúvidas sobre o ITR ou o A D A p roc ure a F e d e raç ão d a Agricultura e Pecuária do Estado do Ce ará – FA EC. Co n tato s : (85) 3535-8010 / 3535-8021, com a consultora Jucileide Nogueira.


Pequenas Notas Brasil exportou 8,8% mais carne bovina in natura em agosto: O Brasil exportou 90,6 mil toneladas métricas de carne bovina in natura em agosto de 2012, alta de 8,8% frente ao mês anterior, quando foram embarcadas 83,3 mil toneladas, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em relação ao mesmo mês no ano passado o aumento é de 37,5%. Naquele mês foram exportadas 65,9 mil toneladas métricas do produto. O faturamento em agosto foi de US$ 421,4 milhões, 11,5% maior que os US$ 377,9 milhões faturados em julho e 21,3% mais que no mesmo mês em 2011. O preço pago por tonelada aumentou frente a julho deste ano, atingindo US$ 4,6 mil, alta de 2,4%. Frente a agosto do ano passado houve queda de 11,8%. Custos de produção na pecuária leiteira: O farelo de soja e o milho, principais ingredientes do concentrado, foram os vilões do aumento do custo na produção de leite, em julho, nos Estados pesquisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/ USP). O farelo registrou valores recordes, influenciados pela quebra de produção da soja brasileira, alta das exportações e possível redução da safra norte-americana. O milho, por sua vez, a despeito do recorde da segunda safra, continuou subindo de preço devido à quebra da safra nos Estados Unidos, o que favoreceu o aumento das exportações brasileiras e limitou a oferta do cereal no mercado interno. Assim, o Cust o Operacional Efetivo (COE) e o Custo Operacional Total (COT) da pecuária leiteira atingiram os maiores patamares da série histórica, iniciada em janeiro de 2008. Apesar do aumento dos custos de produção, o Cepea registrou crescimento médio de 4% do Índice de Captação de Leite (ICAP-Leite) nos Estados Pesquisados.

Espaço Agropacto Resumo da reunião de 4 de setembro de 2012 Tema: Lançamento da Feira do Empreendedor do Ceará Palestrante: ALCI PORTO GURGEL JÚNIOR, Diretor Técnico do Sebrae

O S r. Co ord e n ad o r F láv io S ab oy a ab riu a reunião e p assou im e d i ata me n te a p a lav ra ao p alestrante , Sr. A lci Porto G urge l Jú nio r q ue inic iou d i ze n d o d a imp ortância q ue tinha a Fe ira d o Emp re e n d e d o r p a ra c om o se t or ag rop e cuário. Citou como motiv o principal, o aumento da classe C, 80 milhões de pessoas essencialmente li g ad as à p e q u e n a p rod uçã o, adquirindo p rodutos por costumes locais e no mundo todo houve uma g r and e e sca lad a d o se t or d e serviços, principalmente onde não hav ia chance d e comp e tir com a grande escala da China. Alguns dados da economia do Estado, mostrando a relação entre os setores indústria, comércio e agrop ecuária p ara ver ne ce s sid ad e d e ini cia tiv as no agronegócio, aprendendo a conviver

me lho r c om as d iv e rsi d ad e s d o se miá rid o e aq ue l e e ra o g ran d e desafio do futuro. Citou projetos do Sebrae na apicultura (região do Sobral, com mais de 1.500 p rodutores), na fruticultura (por exemplo, a goiaba, g e ran d o 250 e mp re g os d ir e to s) bovinocultura leiteira, floricultura, entre ou tro s. Re s sal tou q ue a Fe i ra d o Empreendedor, não apenas orientaria a imp lan taç ão d e ne g óc ios , m as também propiciaria a consolidação de ne g óc ios co m os co nhe cim e nt os ad q ui rid os pelo p ro d ut or. O in v e s tim e nt o na Fe i ra do Empreendedor se justificava, pelo fato de ser a feira de maior interesse dos demais Sebrae’s do Brasil; por haver uma reunião com todos os diretores do Sebrae do Brasil e pela grandiosidade do evento, impulsionando o Estado do Ceará a ter um grande crescimento em re laç ão a a traç ão d e e v e nto s. Trans f e r iu a p ala v ra à S ra. Mar ta Campelo, a qual falou que a Feira do Empreendedor é realizada em parceria com inúmeras instituições, tendo como p atrocinad or p rincip al, o B anco d o B r asi l. Dis se q ue a Fe i ra d o Empreendedor passa por duas fases de avaliação d a Fund ação Nacional d a Qualidade e o planejamento todo era voltado para os critérios determinados.

Mostrou o conceito d e Cidade d e Ne g óc ios q u e se ria a Fe i ra d o Empreendedor, coma grande missão d e p romov e r o e ncontro e ntre o empreendedor, a oportunidade e o con he cim e nto, p ro p orci onand o a re ali zaç ão d e son hos . O b je tiv o: Fo me nt ar a co mp e t iti v id a d e e a su ste nta b il id a d e de ne g óci os existentes e a abertura d e novos ne g óc ios , d is se m ina nd o o e m p re e nd e d o rism o no C e ar á, e s tim ula nd o a f o rma liz açã o, am p li açã o e ino v aç ão de e mp re e nd imentos comp e titivos e sustentáveis. Estratégia de futuro: você no eixo dos negócios, tema da Feira do Empreendedor 2010, cujos resultados f oram mais de 18 mil v i sit ant e s, 1 66 e mp re s as e x p os ito ras , 34 3 r e g i str os d e e m p re e nd e d o r in d iv id u al, e t c. Informou que a realização da Feira do Empreendedor seria de 24 a 27 de setembro, de 14 às 22 horas, no pav ilhão leste do novo Centro de Ev e nt os d o Ce ar á, com ár e a d e 15 .00 0m2 . E x p e ct ati v as : 3 0 m il v i sit ant e s, 2 00 e mp re s as e xp ositoras, 279 ev entos, 18 mil pessoas capacitadas, 120 caravanas, etc. Central de atendimento Sebrae, te ria a Ex p osi ção d e nom ina d a

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“Mundo SEBRAE”, com apresentação dos produtos para o empreendedor: S E B RA Ete c, S EB RA E mai s, A LI e outros, p alestras e ate nd imento; Ce ntr o A d mi nist rat iv o , c om divulgação das políticas públicas e se us e f e ito s mu lti p li cad ore s, benefícios dos projetos estruturantes para a população Ex: Siderúrgica/ Z P E, C ast e lão , C int urão Di g ita l, Transnordestina, etc., Associações da iniciativa privada, etc. Rua do Em p re e nd e d o r, c om ori e nt açã o, capacitação, crédito, etc.. Parque de Inovação e Tecnologia com foco no e m p re e nd e d o ri smo , c om demonstração de uma agroindústria de processamento de castanha de caju, apresentando beneficiamento da cajuína, da amêndoa e do mel do caju, com os f ornece dores de máquinas e equipamentos relativos e degustação. Parque dos eventos e s p or tiv os, m ost ran d o oportunidades, como a exposição e d iv ulgação das oportunid ad es d a Copa das Confederações e Copa do Mundo 2014. A Cidade dos Negócios, disse que constaria ainda do Bairro d a Ec ono mia Cr ia tiv a, Pra ça d a S u ste nta b il id a d e , B a irr o d as Tendências de Mercado e um Centro de Educação Empreendedora. Citou a programação de palestras, entre elas temas como: A Importância da Pr op r ie d ad e In te l e ct ual p a ra os Pequenos Empreendedores – Alberto Rocha – INPI; Maurício Medeiros – “Emp re e nd e d orismo Criativ o – A Mo d a com o Insp ir açã o p ara a Ec ono mia Cr iat iv a no B r asi l; Pensamento Criativo no Turismo e oportunidades de negócios - Isaac Coimbra; Utilização de Mídias Sociais na d iv ulg ação d o se u ne g ócio – Izakeline Ribeiro. Mostrou o portal da Feira do Empreendedor e como efetuar inscrições e convidou a todos para se fazerem presentes à Feira do Empreendedor do Ceará 2012. Finalizou deixando seus contatos: marta.campe lo@ce .seb rae.com.br. Houve em seguida a apresentação de uma maquete eletrônica da Feira do Empreendedor. Debates O S r. Co ord e n ad o r F láv io Saboya fez a apresentação do Dr. Elói Medeiros, novo superintendente do Banco d o Brasil, ex plicando a parceria que aquela instituição tinha há 16 anos com o Agropacto. O Sr. El ói Me d e ir os re a f ir mou o compromisso de melhorar a vida dos cearenses e colocou-se à disposição a qualquer momento para contribuir na me lho ria d a re l açã o d os produtores com o Banco do Brasil. In ici and o o s d e b ate s, o S r. Coordenador passou a palavra ao Sr. Reginaldo Lobo falou da integração p r op i cia d a p e la Fe i ra do Em p re e nd e d o r p a ra as d iv e rs as competências existentes no Estado do Ceará e reforçou o convite à p a rti cip açã o d e t od o s. O S r.

Normando Soares disse que a Feira do Empreendedor era a oportunidade ímpar para colocar a cajucultura na verdadeira posição das exportações do Estado do Ceará e fez um apelo, no sentido de promover os produtos d e riv ad o s do c aju p a ra comercialização d urante a Copa de 2014. O S r. José Trajano falou d e p a le s tra s p rof e rid as p or d o is Senhores, um deles, Ricardo Amorim, que assistiu um evento do Itaú, com a presença de duas mil pessoas e sugeriu que estes fossem convidados a apresentá-las durante a Feira do Em p re e nd e d o r. O S r. A l ci Por to respondeu que iria buscar informações sob re as pale stras suge ridas para v e rif ica r a v i ab i lid ad e . P rop ôs conversar com o grupo que trabalha nos preparativos para a Copa 2014 (o grupo conta com investimento de 7 milhões de reais por ano), para fazer o l ança me nt o d e uma col e ção d e p r od u tos so uv e nir s n a ár e a d e alimentos, na área do agronegócio, agregando valor colocando o caju no rol dos produtos. O Sr. Coordenador Flávio Saboya falou que havia uma dissociação da FAEC, no estudo sobre o hamburger de caju orgânico, com o grupo do Sebrae ao qual o Sr. Alci se referiu. Convidou para o evento Copa Or g ân ica , o nd e hav e ri a u ma d e mon str açã o d o p r od u to com a Comunidade de Barreira Vermelha. De stacou ainda o ap elo social q ue aquela fabricação tinha, vez que era fabricado pela comunidade, com apoio do Centec e do Senar. O Sr. Hermeto de Paula (FACIC) destacou a reunião como uma das mais tranquilas e de g rand e signif icação p ara tod os os se tor e s d e ati v id a d e s d o Es tad o. Lembrou que deveria contemplar a área da saúde, muito importante no contexto da Feira do Empreendedor. O S r. G uid o Dias f alou d e e v e nto patrocinado pelo SESCOOP em Nova Lima – Minas Gerais em que esteve durante uma semana na Cooperativa Na cio nal d o s A p icu lto re s , q ue conquistou o mercado da China para exportação do pólen verde, “alecrim do campo” e destacou a oportunidade e x tra ord iná ria dada p or e s sa cooperativa à apicultura cearense na perspectiva extraordinária de exportar també m para a China. Citou como e x e mp lo, um p r od uto r c om 50 colmeias, cujo retorno ao final de um ano seria de 120 mil reais. Forneceu números da exportação dos produtos advindos das abelhas em Minas, tais como própolis, a 170 dólares por quilo e d is se q ue ou tr os p ro d ut os d a ap icultura, como a ce ra e o p ólen também tinham grandes perspectivas de retorno financeiro. O S r. Aníbal A r rud a d isse que e sta v a d ece p cionad o, p orque passou trê s anos insistindo na possibilidade de aproveitamento do pedúnculo do caju e b agana d e carnaúba para ração an ima l. O S r. C oor d e n ad o r f e z algumas ponderações a respeito do produto apresentado pelo Sr. Aníbal A r rud a. O S r. Er ild o Pont e s

parabenizou pelo evento Feira do Empreendedor e pela liderança do processo pela Sra. Marta Campelo e disse que o Ceará era exemplo de empreende dorismo para o Brasil. Fa lou ai nd a so b re os nú me r os relativos às frutas irrigadas e aos grãos. O Sr. Magno Cândido (UFC) falou a respeito do estudo analisado sobre a bagana de carnaúba. Fez diversas considerações, comunicou q ue hav ia na UFC uma e mp re sa júnior de zootecnia e estava sendo formada a de agronomia e sugeriu f a ze r a p ró x i ma Fe i ra do Empreende dor juntame nte com o Pecnordeste, a título de experiência. O Sr. Paulo Jorge discorreu sobre o ambiente da inovação que ocorreria durante a Feira do Empreendedor, d e sta can d o e x p o siç ão de equipamentos e produtos como o mel do caju. O Sr. Anízio de Carvalho falou da parceria profícua do Sebrae e Se nar e disse q ue a Feira d o Em p re e nd e d o r u ltr ap a ssa v a e m muito o conceito tradicional de feira. Lembrou que a expressão “Soldado Cidadão” foi criada no Sebrae/Ce. O Sr. João Nicédio falou do respeito q ue me re cia instituiçõe s como o Sebrae e a Embrapa, agradeceu a me n ção d o S r. G uid o ao e v e n to ocorrido em Minas Gerais, que tem um trabalho interessante no qual o me l n ão e ra co nsi d e r ad o co mo produto principal, levando em conta os outros p rod utos adv ind os das abelhas e teceu ainda considerações sobre a cajucultura. A Srª Jucileide Nog ueira falou do p rograma Com Lice nça, vou à Luta, do SENA R, p ro g rama d e e m p re e n d e d ori smo para mulheres no Interior do Estado do Ceará e sugeriu parceria com o Sebrae para trazer as mulheres que já passaram pelo programa, com o fim de mostrar os seus produtos na Feira do Empreendedor. O Sr. Alci Porto acatou a sugestão e disse que verificaria uma maneira de conduzir aq ue l as mul he r e s à Fe i ra d o Em p re e nd e d o r no e s p aç o r ura l. Falou novamente sobre os ambientes da Feira, que tinham como objetivo ag re g ar inf or maç õe s e con he cim e nto s a u ma id e ia, um ne g óci o, e tc. p ar a ca d a t ip o d e e m p re e nd e d o r. Inf orm ou q ue a inscrição era gratuita e que no site poderia também fazer um passeio v i rtu al pela f e i ra, in d o presencialmente direto ao ambiente onde gostaria de visitar. Disse ainda que o Sebrae existia para atender interesses coletivos que tinham base de respeito e credibilidade dentro do patamar científico brasileiro e jamais patrocinaria interesses individuais. O Sr. Coordenador Flávio Saboya disse q ue o A g rop acto e staria se mp re aberto para discussões, que era um espaço d emocrático e se ntiu q ue algumas vezes os posicionamentos f o sse m m ais co ntu nd e nte s; agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião.

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