Revista Made in Portugal

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Revista Made in Portugal - Ano 1, n.º6

ENTREVISTA DJ A BOY NAMED SUE: “Já tive que estar a soldar cabos de gira discos enquanto passava música com gente a dançar”

MÚSICA POR MÚSICA André ViaAmonte fala-nos de cada canção do seu disco de estreia

REPORTAGEM EDP Beach Party atravessou fronteiras e recebeu muitos jovens de Espanha ENTREVISTA José Cid fala-nos do seu novo projeto em que se apresenta em formato dj

ROTEIRO FESTIVAIS Conheça os festivais de verão que se irão realizar nas próximas semanas

A DESPEDIDA

BURAKA SOM SISTEMA entrevista e reportagem


SUMÁRIO

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NOVOS SINGLES Novos temas que antecipam novos álbuns

NOVOS DISCOS

Conheça os novos discos que serão (ou foram) editados

INTERNACIONAL

Ana Moura em destaque em rádio Americana e em Espanha

NOTÍCIAS

Outras notícias ligadas à música em Portugal

ENTREVISTA

HMB falaram-nos da tour por África e do futuro álbum

MÚSICA POR MÚSICA

André ViaMonte fala-nos de cada tema do seu disco de estreia “Via”

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ROTEIRO FESTIVAIS Conheça os festivais que se irão realizar este verão

CAPA

Entrevista e reportagem do último concerto dos Buraka

ENTREVISTA

Entrevista com Dj a boy named Sue, o DJ de rock’n’roll

REPORTAGEM

O EDP Beach Party recebeu milhares de jovens

REPORTAGEM

Tango, samba e fado no novo disco de Carla Pires

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QUEM SOMOS O Made in Portugal é uma plataforma online que se destina a divulgar projetos originais da música em Portugal, independentemente do género musical. No site - www.madeinportugalmusica.pt – encontra diariamente uma vasta informação sobre a música nacional. Já a revista online é um compacto referente a cada mês, com algumas novidades, que estará disponível para leitura na última ou primeira semana de cada mês. De referir que o Made in Portugal não envolve qualquer financiamento. É um projeto onde as pessoas envolvidas dedicam o seu tempo livre, por gosto e em prol da música nacional.

HIPERLIGAÇÕES

Ao longo da revista irá encontrar vários icons com hiperligações. Ouvir uma música / ver videoclip Ver galeria de fotos

Download gratuito de música Ver webpage

LOGÓTIPO

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O logótipo do Made in Portugal tem três cores: verde, amarelo e vermelho. Em cada edição da revista online usaremos um dos logótipos e a sua cor predominante ao longo da revista.

REPORTAGEM

Logótipo elaborado pela designer Sara Constante

David Carreira iniciou tour de verão com concerto na Alameda

QUERES COLABORAR CONOSCO?

REPORTAGEM

Gostas de música? De Fotografia? De escrever? Queres fazer parte da equipa Made in Portugal? Envia-nos um email com a tua idade, localidade, gostos musicais e um texto e/ou trabalho fotográfico para: madeinportugalgeral@gmail.com

Nice Weather for Ducks levaram levaram novo disco ao CCB

REPORTAGEM

A Ribeira do Porto voltou a receber o Caixa Ribeira

Revista online n.º 6 ‘Made in Portugal’ realizada por: Daniela Henriques; Sofia Reis; Joana Constante; Adriana Dias; Márcia Filipa Moura; Geraldo Dias; Ricardo Oliveira; Joana Marquês e Luís Flôres.

ENTREVISTA

José Cid fala-nos do seu novo projeto ao vivo, em formato DJ

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NOVOS SINGLES

Cristina Branco revela nova canção Joana Barra Vaz lança Suite I

Novo álbum sai em setembro

“E às vezes dou por mim” é o primeiro avanço para o novo disco de Cristina Branco, intitulado “Menina”. A música conta com autoria de Filho da Mãe (instrumental) e André Henriques, dos Linda Martini (letra). O álbum apresenta várias novas colaborações na carreira

da fadista, como é o caso deste single. Falamos também de nomes como Cachupa Psicadélica, Peixe, Nuno Prata, Ana Bacalhau, Kalaf (Buraka Som Sistema), Jorge Cruz (Diabo na Cruz), Luis Severo (Cão da Morte), entre outras parcerias já repetentes como o caso de Mário Laginha, Pedro da Silva Martins e António Lobo Antunes. “Menina” é editado a 16 de setembro e tem a produção de Ricardo Cruz e conta com o trio de músicos composto por Bernardo Moreira (contrabaixo), Luís Figueiredo (piano) e Bernardo Couto (guitarra portuguesa).

Joana Barra Vaz revela Suite I: “Maré” “Suspensão” “A Demora” e “Sol Que Aquece (Barbados)” — os primeiros quatro temas do aguardado LP “Mergulho em Loba”. Há em “Mergulho em Loba” três suites que sustentam o disco e onde as canções seguem sem paragem entre elas. “Suite I” não é exceção convidando-nos, num só fôlego a iniciar esta escuta. “Mergulho em Loba” chega em setembro.

You Can’t Win, Charlie Brown estão de regresso “Above the Wall” é o novo single do sexteto lisboeta

lisboeta é o primeiro avanço para “Marrow”, o terceiro disco da banda, com edição prevista para setembro deste ano. “Above the Wall” desvenda já um pouco do caminho seguido neste novo registo do grupo, no qual as tendências folk e as guitarras acústicas passaram para segundo plano, dando lugar a uma nova sonoridade mais eléctrica e, por vezes, até mais dançável. O tema, e o disco, foram gravados no HAUS, por Fábio Jevelim, Makoto Yagyu e Miguel Abelaira e misturados por Luís Nunes, também conhecido por Quase dois anos e meio depois Charlie Brown regressam Benjamim, colaborador de da edição de “Diffraction/ com “Above the Wall”. O mais longa data dos You Can’t Win, Refraction”, os You Can’t Win, recente tema do sexteto Charlie Brown. 4


David Fonseca e Bruno Nogueira juntos numa nova canção David Fonseca estreou uma nova canção: “Ela Gosta de Mim Assim”, que conta com a participação especial de Bruno Nogueira no vídeo, que presta tributo à parceria de Paul Simon feita com o ator Chevy Chase no videoclip do tema “ You Can Call Me Al ”. O tema, “Ela Gosta de Mim Assim” , encabeça o EP digital com o título “Futuro Eu – Outtakes” que, tal como o título prenuncia, reúne temas compostos para “Futuro Eu”, o CD de originais editado no

ano passado , e que ficaram de fora do alinhamento inicial do disco , guardados para o verão de 2016. A par desta viagem por territórios ritmados e veraneantes com “Ela Gosta de Mim Assim”, o EP “Outtakes” inclui ainda “Diz-lhe que não”, “Déjà Vu” e “Um dia maior” – quatro canções que fecham o ciclo de composições a que David

Manuel Fúria & Os Náufragos lançam single “20.000 Naves”

se dedicou tempos.

Fonseca nos últimos

AGIR “Ela É Boa” é uma música descontraída e que conta com a sonoridade ritmada a que Agir nos habituou, não esquecendo o toque ‘dance’ que Deejay Kamala incorporou. VA LT E R LOBO

Manuel Fúria descreve o novo single como uma “espécie de ode contra o impossível, coisa da esperança e da vontade” que serve de presságio ao espírito do projeto: “a ideia de alinhamento numa certa ortodoxia da canção pope-roque, de pertença a uma linhagem e tradição de escrever canções que querem dizer coisas, de uma abordagem à canção popular que se deixa apropriar de modelos intemporais como os músicos do jazz ou do fado o fazem com os standards ou o

fado tradicional”. Depois d’Os Golpes, dos discos a solo “As Aventuras do Homem Arranha”, “Manuel Fúria Contempla Os Lírios do Campo” e da edição limitada de “Quatro Canções e Outros Tantos Lugares Comuns”, Manuel Fúria escreve um novo capítulo com Os Náufragos, acendendo o rastilho para um próximo disco com este novo single “20.000 Naves” com um “refrão quase roubado à Sophia de Mello Breyner Andresen, de Mar Novo”. 5

Valter Lobo regressa com “Fora do coração”. Este é o primeiro tema de avanço do disco “Mediterrâneo” de Valter Lobo a se editado em setembro. ARARUR “Ela” é o novo single dos Ararur. A banda de jazz e de world music encontra-se a preparar um novo disco.


NOVOS SINGLES

“Falem Ag

... de Fábia Rebordão

A fadista Fábia Rebordão apresentou re mas também descortina outras parage Nesta viagem estival tem a ginga brasile faz esta viagem sozinha. A seu lado tem (Expensive Soul), estes últimos também Reações de outros músicos

Mariza:

Assistir à evolução de um artista é maravilhoso! Assistir à evolução e crescimento da Fábia foi mágico. Desde a forma de escrever até ao finalizar da melodia. Este disco é a maior prova disso. De uma artista que sabe o caminho, sem esquecer de onde veio. Mas que sabe com o Coração muito bem quem é e para onde vai. Parabéns, Fábia!

New Max:

Este disco é um glorioso encontro entre a Música Popular Portuguesa e a Soul, de uma forma nunca feita antes. À excelência dos grandes compositores da atualidade junta-se a aveludada voz de Fábia Rebordão para nos presentear com 13 canções de antigamente mas com a atualidade de uma nova geração.

Custódio

Castelo:

Entre a alma e o coração, o sentir profundo de Fábia, a voz que lhe confere o timbre dos sentidos. Da saudade ao futuro, num presente que nos permite uma perfeita viagem…

com tudo o resto que define a nossa matriz musical. Há muito boa música popular portuguesa neste disco, alguma dela com assinatura da própria Fábia. É um regresso. Um regresso da Fábia, que a confirma como uma excelente cantora, e um regresso às nossas melhores raízes. É um disco nosso.

Camané: Rui Veloso:

Isto é música de que gosto. Não se admirem de me ver lá no meio um dia destes! Ana Moura:

Este é um disco sobre nós. Abarcanos e abraça-nos enquanto povo. É um disco com fado, como o belissimamente interpretado. “Fado Laranjeiro”, mas também 6

A Fábia encontrou o seu caminho na música popular portuguesa. Embora não se afirme como um disco de fado, sente-se a presença e influência de Amália no seu lado mais popular. É um suspiro de alegria e emoção.

Virgul: Que privilégio, ter escutado em primeira mão, a maravilha de disco que aí vem! Falo-vos de


I U

gora”

o!

ecentemente o seu single de estreia Esta canção vem pela janela do fado, ens que não nos são em nada desconhecidas desta Lisboa multicultural. eira, o calor africano e o coração da guitarra portuguesa. Mas Fábia não o produtor/compositor e letrista Jorge Fernando, Hugo Novo e New Max m como produtores do disco de estúdio, a ser editado em breve. Fábia Rebordão. Onde a beleza e o talento caminham em uníssono! Fiquei encantado e já o escutei várias vezes, e é sem margem para dúvidas o seu melhor registo. Sente-se a presença do Fado, mas não é um disco de Fado. Consegui Sentir a sua verdade! Fábia para mim, é uma referência e uma das melhores vozes deste tão nosso Portugal. Aprecio imenso a sua voz e a forma como a domina, com um enorme “range” vocal, que a faz brincar e viajar com o seu instrumento, por vários campos harmónicos e géneros bastante ecléticos.

António Zambujo: Quero dar os parabéns à Fábia pelo seu disco novo. Dar os parabéns não só pela voz maravilhosa que ela tem, mas também pela inteligência de se ter juntado com alguns dos melhores fazedores de música que existem por cá. Alguns já consagrados como é o caso do Jorge Fernando,

do Rui Veloso, do Pedro da Silva Martins ou do meu homónimo Tozé Brito, outros com grande potencial como é o caso do Dino ou da própria Fabia. Desejo que este disco coloque a Fabia no caminho da consagração. Como ouvinte e seu fã de há muitos anos, ficarei muito feliz. Uma nota final para o trabalho de produção do Jorge que é uma referência e fazedor de grandes sucessos há muitos e muitos anos, e também ao New Max e ao Hugo Novo que partilham os créditos da produção. Que este seja mais um! Grande abraço do vosso admirador e amigo.

Jorge Fernando: Três sensibilidades que se uniram numa produção, para servir uma voz única e ímpar. Pela minha parte, foi um enorme privilégio. Espero que este disco seja ouvido e reconhecido como merece. 7

E Q T A EN E M I C A I T N I U E U U Q T T A N N A A R IE E G C AM I T N I U E U U Q T T A N N A A R IE E G C AM I T U N I E U U Q T T A N N A A R IE E G C AM I T U E N I U U Q T T N A N A RA IE E G C AM I T U E N I U U Q T T N A N A RA IE ME G C A T N I U U T N A A R G

*entre em contacto connosco através do email: madeinportugalgeral@gmail.com e saiba como anunciar, em formato A5, A4 ou A3.


NOVOS DISCOS

Júlio Resende e Júlio Machado Vaz lançam álbum “Poesia Homónima” já está à venda

Um dia Júlio Machado Vaz sugeriu a Júlio Resende a possibilidade de colocar a sua música ao serviço da Poesia de que se sentisse mais próximo. Júlio Resende ter-lhe-á respondido que juntaria Música a Poesia se fosse o próprio Júlio Machado Vaz a lê-la. O psiquiatra e sexólogo, não temendo tabus, aceitou o desafio, surgindo por Júlio Resende e Júlio o disco “Poesia Homónima Machado Vaz”, com versos

Correia lançam “Act One” Projeto dos irmãos Apolinário e Miguel

tiveram bandas em conjunto o que levou muitas pessoas a confundirem um pelo outro, desta vez não será o caso, pois ambos dão a cara e as vozes a Correia. Os temas do disco são intemporais e retratam assuntos como a religião, o caminho espiritual, a luta interior entre o bem e o mal e sobretudo a vitória do amor. “Act One” de Correia junta as “Act One” está disponível para influências de uma juventude download legal e gratuito no passada numa cidade costeira site da Nos Discos. no sul do País. Desde cedo

tambor com novo álbum “A construção da saudade” é o nome do disco “De Cortina de Fumo” a “A construção da saudade”, são quase 18 anos de músicas, que fazem a carreira de tambor. O futuro de tambor passa por

“A construção da saudade”, o 6.º disco de originais, com novo conceito e espetáculo, onde a banda espera que seja uma verdadeira surpresa para o público. O disco já está disponível em todas as plataformas digitais. 8

de Eugénio de Andrade e Gonçalo M. Tavares. Uma voz, dois olhares distintos sobre a Poesia, e muita música em consonância. Ao longo do disco escutase uma interação entre as palavras ditas por Machado Vaz e o piano de Resende, cuja dinâmica é apenas determinada pela entrega à improvisação dos dois intervenientes.

Projeto solidário em disco

Onze artistas portugueses juntaram-se num projeto de solidariedade pensado pela Rádio Comercial, no âmbito da sua plataforma Eu Ajudo!. Este projeto inclui temas inéditos de David Fonseca, Diogo Piçarra, The Black Mamba, Àtoa, Dengaz, Márcia, João Só, Amor Electro, Agir, HMB e D.A.M.A., tendo sido compostos e gravados por cada um num período de 24 horas, no auditório da Rádio Comercial. O ponto de partida era a última frase do tema do artista anterior. O disco “Passa a Outro e Não ao Mesmo!”, editado em parceria com a Universal Music Portugal, encontra-se disponível em todas as lojas físicas e digitais e 100% das receitas serão entregues a 11 associações de solidariedade, escolhidas por cada um dos artistas.



INTERNACIONAL

A

NPR (rádio pública norte-americana que emite para a totalidade do território), uma das mais influentes e prestigiadas rádios em todo o Mundo, elegeu “Ninharia” como uma das 100 Canções Favoritas de 2016 (primeiro semestre). “Ninharia” tem letra de Maria do Rosário Pedreira, música de um Fado de Carlos da Maia (Sextilhas) - um dos fados tradicionais incluídos em “Moura”, o mais recente álbum de Ana Moura. Este tema integra a short list que destaca ainda canções de artistas como Beyoncé, Anohni, Aurora, David Bowie, Chance the Rapper, Esperanza Spalding, Gregory Porter, James Blake ou Kanye West, entre muitas outras. Ana Moura esteve em digressão nos Estados Unidos da América em abril deste ano, passou em junho por Madrid, na programação do Festival de Fado e esta foi a primeira oportunidade para o público espanhol descobrir ao vivo as novas músicas do novo álbum da fadista que também já foi lançado em Espanha. Ana Moura esteve em destaque nos principais meios de comunicação espanhóis, nomeadamente no noticiário da TVE e nos prestigiados el mundo, el país e abc. A digressão de “Moura” tem nova passagem assegurada por Portugal, rumando novamente ao resto da europa em setembro: Ana Moura atua pela segunda vez este ano em Londres, agora no Barbican, a 26 de setembro, e na Suécia e Holanda no final do ano.

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NOTÍCIAS

Museu do Fado Belém recebe Mercado do Fado Evento realiza-se nos últimos domingos de cada mês cria editora O Mercado do Fado é o novo feira de artigos em discográfica evento que irá animar a segunda mão vendidos

Desde a sua inscrição na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO) o Fado regista indiscutivelmente uma dinâmica crescente e uma presença marcante no conjunto da vida cultural portuguesa. Casa-mãe da candidatura o Museu do Fado tem implementado as linhas estratégicas de preservação e promoção do património do Fado. Neste contexto apresenta a editora Museu do Fado Discos - uma label com os olhos postos no terreno e na criação artística contemporânea. A nova editora discográfica proporcionará aos artistas a possibilidade de editar um disco em nome próprio, um cartão-de-visita com o qual se possam afirmar nacional e internacionalmente. Através de uma parceria fundamental com a FNAC - que garante a promoção e distribuição dos discos, vendidos em exclusivo nas lojas FNAC e na loja do Museu do Fado.

zona de Belém nos meses de verão. Realiza-se nos últimos domingos de cada mês, nos dias 24 julho, 28 agosto e 25 setembro, no Jardim Botânico Tropical, das 11h00 às 18h00. Este novo evento mensal promove a cultura do fado, com espectáculos de fado amador, conferências e conversas sobre o tema. Por outro lado, é um mercado no verdadeiro sentido da palavra, onde se pode encontrar à venda, artesanato, antiguidades, azulejaria, livros e discos de cultura Portuguesa. E claro, não descurando a parte gastronómica que certamente irá convidar os presentes a provar algumas delícias onde a praça de restauração será também a plateia para o palco. No mesmo espaço podese descobrir um dos mais bonitos jardins de Lisboa com muita animação, esplanadas e música. O Mercado do Fado é organizado pela Green Sapiens, fundada pelos criadores da Feira Lisboa Alternativa e do evento “Mulheres de Corpo e Alma”, é uma empresa que deu continuidade ao trabalho realizado com a organização da Happy Life, Feira anual na FIL de Sustentabilidade, Saúde e Bem Estar e a Feira da Bagageira, 11

em bagageiras automóveis. O valor da entrada é de 2 euros e reverte integralmente para o Jardim B o t â n i c o Tropical.

Datas: 24 julho 28 agosto 25 setembro

Horário: 11h00 às 18h00 Entrada: 2€

Local: Jardim Botânico Tropical

de


NOTÍCIAS

Museu do Fado apresenta Arquivo Sonoro Digital Arquivo Sonoro Digital permite acesso a 3000 gravações

A publicação on-line do Arquivo Sonoro Digital em acesso integral representa um momento histórico. Esta é a primeira colecção de fonogramas disponível on-line, a partir de um dos maiores acervos de fonogramas existente no país. Consubstanciando um dos compromissos estratégicos do Plano de Salvaguarda da candidatura do Fado à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO), o Arquivo Sonoro Digital do Museu do Fado disponibiliza on-line os registos sonoros dos fados gravados desde o início do século XX. Desenvolvido através de uma parceria entre o Museu do Fado (Câmara Municipal de Lisboa – EGEAC) e o

Instituto de Etnomusicologia (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas -Universidade Nova de Lisboa), o Arquivo Sonoro Digital reúne milhares de registos de fados gravados, desde o início do século XX, consubstanciando-se no maior repositório histórico do som existente em Portugal. Alojada no site do Museu do Fado, a base de dados do Arquivo permite a pesquisa remota, através da internet, de milhares de registos sonoros desde o início do século, até à implementação da gravação eléctrica, facultando a pesquisa integrada por intérprete e repertório. Gravados em Lisboa, Porto, Paris, Berlim ou Rio de Janeiro acusticamente ou em gravação eléctrica (posterior a 1927) - estes 12

discos circularam e foram comercializados em Portugal entre 1900 e 1950. Gradualmente, o Arquivo Sonoro Digital integrará ainda o registo das gravações existentes em diferentes colecções, públicas e privadas, junto das quais se procedeu a inventários preliminares no quadro da candidatura do Fado à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial (UNESCO). Neste domínio, a identificação sistemática de acervos relevantes para o estudo do Fado, na posse de distintas instituições, que o Museu do Fado e o Instituto de Etnomusicologia têm desenvolvido, permitiram já identificar mais de 30.000 repertórios associados ao Fado.



HMB

“Live at the National Theatre” — O registo do concerto na Nam visitados na tour por Africa e o novo disco de originais que irá

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B

E

stá disponível nas plataformas digitais o registo do concerto dos HMB no National Theatre of Namibia. A Namíbia foi um dos 5 países visitados pelos HMB na tour que fizeram por Africa. África do Sul, Botswana, Zimbabwe e Moçambique, completaram o itinerário; uma experiência inesquecível, tal como a banda nos relatou em entrevista. “Fomos muito bem tratados. Estivemos sempre acompanhados pelo Instituto de Camões que nos tratou muito bem. Tivemos uma experiência maravilhosa com pessoas que nem sequer falavam português. Ainda assim conseguimos fazer uma festa e perceber que as pessoas estavam connosco a curtir a música”. De regresso a Portugal, os HMB irão dividir os próximos meses entre os muitos concertos marcados até ao final do verão, e pelo estúdio, onde se encontram a gravar o novo disco de originais. Sobre o novo disco, do qual já se conhece um dos temas “O Amor é Assim” (com Carminho), a banda refere que nem todas as músicas serão dentro do estilo deste novo single, mas “há sonoridades que passam por ai”. Os elementos da banda de soul, hip-hop e r&b estão “muito intusiasmados” com as novas músicas que estão a compor e muito contentes com o feed-back que tem recebido, salientando que “é bom ver que as pessoas gostam desta nova faceta, que se identificam com o que nós já faziamos mas que também estão dispostas a trilhar connosco este novo som que estamos a fazer”. Os HMB encontram-se com dezenas de concertos agendados para este verão, sendo que irão atuar a 8 de julho no NOS Alive, a 20 de julho no EDP Cool Jazz, com passagem ainda pela Expofacic em Cantanhede, entre outros locais. Pode consultar toda a agenda na página de facebook do grupo.

míbia, um dos 5 países á sair depois do verão.

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Pode ver o vídeo com a entrevista completa aos HMB no nosso site. Clique no icon ao lado e será reencaminhado à nossa webpage. O icon player reencaminha-o para o spotify, para ouvir o registo dos HMB em África.


A ‘Via’ de

ANDRÉ VIAMONTE André ViaMonte editou recentemente o seu álbum de estreia, “Via”. Musicoterapeura de profissão, André Viamonte refere que este álbum “é sobre um percurso de vida. Do nascimento à morte de um Ser. Todos os temas estão interligados entre si e um não pode viver sem o outro”. Em ‘Música Por Música’ o músico falou-nos dos 14 temas que integram o disco.


MÚSICA POR MÚSICA

ARRIVAL

É o primeiro tema. A semente que está prestes a germinar uma vida. É ainda e apenas energia ou alma. Não existe letra porque a alma não se vê. Sente-se.

ETERNAL RETURN

Introdução do trabalho. O “loop” cósmico. Como uma reencarnação. Seres construídos sensitivamente para efetuarmos um percurso de vida intemporal num tempo universal. Um tempo com vários inícios mas sem fins definitivos.

TO THE WORLD

A celebração. Sublinha a missão positiva que cada um de nós tem de desempenhar na vida. Uma missão que não podemos esquecer nem diluir ao longo do nosso crescimento. De absoluta entrega para com o mundo que nos rodeia.

HEAVEN’S DAY

Infância, aceitação do dia-a-dia. Recordo aquele tipo de humor “nonsense” jovial. Aceitar a vida como ela é, sem complicarmos ou pensarmos demasiado nos porquês. Evitarmos cicatrizes desnecessárias na alma. Apenas aceitar, viver e fazer disso crescimento.

HEARTLAND

O Amor incondicional. O primeiro momento de alguém que tem a perceção da existência deste sentimento. O videoclip explica este tema de uma forma absolutamente crua e certeira. A vida da família da Madalena e de muitas famílias que nos ensinam que existe “mais amor e esperança” do

que aquela que normalmente vemos.

TIME DUST

Perda, Luto. A Perda de alguém que gostamos, a tristeza, a memória e a teimosa saudade que nos aperta a cada respiração. Viver com a dor do luto dilui as memórias e todo o legado do ser que partiu, mas existe um momento em que temos de deixar a dor e dar espaço à aceitação, ao resgate das memórias. Este tema aborda as diversas fases do luto.

RISE (WE ARE BELOVED)

A desilusão. A perda da inocência. A consciencialização do mundo e a luta constante para mantermos o que resta da nossa “criança interior” numa forma futura de adulto.

IGNITE

Vivemos, crescemos e depois de tantas subidas e descidas na vida, a inércia e a confusão dominam-nos e andamos á deriva. O tema obriga-nos a erguer e a relembrar o caminho que temos de efetuar. Hill Of Hope Depois de nos regermos e voltar à nossa verdadeira consciência, deparamo-nos com outro obstáculo: as “Pessoas” e a importância negativa que lhes damos. As quezílias, as invejas, as intrigas, o mal dizer. Toda a parte negativa que existe nas relações interpessoais. Nos bloqueios que fazemos uns com os outros e em como isso é um dos principais fatores para não crescermos em harmonia.

TO MYSELFTOWN

É uma carta dirigida á cidade

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que existe em nós! Que todo o esforço seja atingido. Que encontremos soluções para os problemas e que derrubemos muralhas.

N(EVER) BEING

Amar e aceitar as diferenças. Amar com desapego, em liberdade. Amar sem cobrar. A idade onde tudo se aceita e se compreende.

ABOVE THE SKY I

A Partida. Um tema que está ligado à partida e à morte. O último fio de vida que falta. Vive-se o momento de todos os momentos que foram um só.

P’RA LÁ DO CÉU II

Continuação do “Above the Sky I”. Este tema é a conclusão da partida… É a última palavra. Esta composição em português, aborda a questão da nossa raiz do Ser. A raiz da Alma. Daquilo de que somos feitos. Na realidade é um monólogo da Alma. Se ela falasse, o que diria ela? Lembrar-se-ia dos momentos mais marcantes que registou: A sua vinda (Arrival), o seu nascimento (Eternal Return e To the World), a infância (Heaven’s Day), o amor incondicional, a família (Heartland), a perda (TimeDust) a superação, (Rise e Ignite), a confusão (Hill of Hope), a resiliência (To Myselftown), a sabedoria (N(ever) Being), a plenitude (Above The Sky I), a reminiscência (Pra lá do Céu II) e por fim a ascensão (Reunion).

REUNION

O reencontro final de almas. O fim sem fim. O somatório da história de uma vida com todas as outras. O regresso à origem.


ROTE

FESTIVAIS

O verão chegou e com ele, sol, praia, m Há para todos os géneros, gostos e idades. Des De julho a agosto vários são os festivais que aco

NOS ALIVE

(7, 8 e 9 de julho) O NOS Alive, considerado um dos melhores festivais de Portugal, leva este ano ao Passeio Maritimo de Algés, em Oeiras, nomes nacionais como The Happy Mess, Agir, Tiago Bettencourt, Mundo Segundo & Sam The Kid, entre tantos outros, espalhados por vários palcos, sendo que este ano há a novidade do palco EDP Fado Cafe, onde irão atuar os fadistas Marco Rodrigues, Raquel Tavares, Helder Moutinho… A nível internacional irão atuar na edição de 2016 bandas como Radiohead, The Chemical Brotherse e Pixies.

RFM SOMNII

EDP COLLJAZZ

(8, 9 e 10 de julho)

(12, 17, 20, 21, 23, 26 e 27 de julho)

O RFM Somnii 2016, o maior sunset de sempre, realiza-se na Praia do Relógio na Figueira da Foz. Este ano, vão ser 3 dias de Felicidade, na Praia do Relógio, Figueira da Foz. Nos dias 8, 9 e 10 de julho de 2016 (sexta, sábado e domingo), conta com o som dos melhores DJs do Mundo, na maior festa de praia da Europa, como: Hardwell, Snake, Diego Miranda, entre outros. Sol, praia, mar e os melhores DJs do Mundo... uma experiência inesquecível!

Num ambiente intimista o público é convidado a assistir a espetáculos de alguns dos melhores cantores e instrumentistas da atualidade, no Parque dos Poetas & Jardins do Marquês de Pombal, em Oeiras. Vários artistas portugueses também irão marcar presença neste evento. Salvador Sobral irá fazer a primeira parte dos The Cinematic Orchestra; os HMB irão atuar antes de Seal, Luís Represas com Paulo Flores irão atuar antes de Omara Portuondo & Diego El Cigala. Já a fadista Carminho será convidada especial da cantora brasileira Marisa Monte.


EIRO

DE VERÃO

música… e os festivais de verão estão aí! sde blues, jazz, eletrónica, rock… é só escolher! ontecem de norte a sul do país, e ainda nas Ilhas.

MEO MARÉS VIVAS

SANTA MARIA BLUES

Depois da edição de 2015 que confirmou uma vez mais que o MEO Marés Vivas é um dos eventos de maior referência no nosso País, chega a tão esperada edição de 2016. Tudo isto, aliado aos nomes do cartaz, sempre com músicos ou bandas de renome no panorama nacional e internacional. O MEO Marés Vivas, realiza-se no Cabedelo em Vila Nova de Gaia, tem 3 palcos por onde irão passar D.A.M.A, Dengaz, Jimmy P, Rui Veloso, e ainda vários artistas internacionais como Elton John, James Bay, James, entre outros.

O Festival Santa Maria Blues decorre no mítico Lugar dos Anjos, local de ancoragem de Cristóvão Colombo em 1493, na ilha de Santa Maria, Açores. É um festival que se destaca no panorama regional e nacional, por ser o maior festival de blues ao ar livre em Portugal, onde a boa música se mistura com a gastronomia local, o artesanato e muitos outros produtos diferenciados. Midnight Club Blues Band, Laurence Jones, Shakura S’aida, são alguns dos nomes que irão atuar neste festival.

(14, 15 e 16 de julho)

(14, 15 e 16 de julho)

SUPER BOCK SUPER ROCK

(14, 15 e 16 de julho) Depois de, aos 20 anos, o Super Bock Super Rock ter regressado à cidade no ano passado, no complexo do Parque das Nações, em 2016 repetir-se-á o formato. A celebrar o sucesso, manterse-á uma vez mais um evento logisticamente inovador, moderno e, numa medida planetária, com condições únicas e incomparáveis. Pelo festival irão passar artistas internacionais como Kendrick Lamar, Massive Attack & Young Fathers, Disclosure, entre outros. A nível nacional está confirmado Capicua, GNR, Moullinex, entre outros.


TE ILHE

2,50

FESTIVAL IGNITION

MILHÕES DE FESTA

CARVIÇAIS ROCK

O festival Ignition acontece em Penafiel e irá contar com a atuação de bandas, como: Three Trapped Tigers, Waking Aida, Filho da Mãe + Ricardo Martins, Tijuana Panthers, Bala, Matatigre, Ash is a Robot, The Miami Flu, Granada, Vircator, Desligado, Muay, Milhomes, Blueberries For Chemical, RND3 e Movimento Largo. A entrada para o festival tem um preço simbólico de 2.50€. RE A LIV D A NTR

O Milhões de Festa conta com mais uma edição no Parque Fluvial de Barcelos onde irão atuar bandas nacionais como Jibóia, Riding Pânico, Quelle Dead Gazelle, Ghost Hunt, Surma, entre outros. A nível internacional já foi anunciado nomes como Goat, Dan Deacon, The Bug, The Heads, El Guincho, Part Chimp, Sun Araw Band ou Evil Blizzard, entre muitos outros.

A 14ª edição do festival Carviçais Rock (Torre de Moncorvo, Bragança) conta com quatro atuações em cada dia, atuação de DJ, animação itinerante e outras surpresas. Já confirmados estão os Moonspell, Serrabulho, Meio Irmão, Mundo Segundo, Regula, entre outros.

(29 e 30 de julho)

(29 e 30 de julho)

O Festival Mêda + é um festival só de música portuguesa e com entrada gratuita que desde 2010 preenche os verões de Mêda, cidade que fica no distrito da Guarda. Na 7ª edição integram nomes como Paus, Orelha Negra, Salto, The Lemon Lovers, Dj A boy named Sue, entre outros.

O Festival Folk Celta volta à bela vila minhota de Ponte da Barca, mais concretamente na Praça Terras da Nóbrega que acompanha as margens do Rio Lima e do seu afluente Vade. Nesta 9ª edição irão passar pelo festival nomes como Retimbrar, António Zambujo, Galandum Galundaina, Suzana Seivane, entre outros.

O festival Rodellus, realizado anualmente em Ruilhe, nos arredores de Braga, irá ter as atuações de Quelle Dead Gazelle, Los Waves, Sun Mammuth, Ganso, Youthles, A boy named Sue, entre outros.

B

E

(15 e 16 de julho)

FESTIVAL MÊDA + (28, 29 e 30 de julho)

(21, 22, 23 e 24 de julho)

(22 e 23 de julho)

FESTIVAL FOLK CELTA FESTIVAL RODELLUS


FMM SINES

(De 22 a 30 de julho)

O Festival Músicas do Mundo, o maior evento de world music realizado em Portugal, que se realiza em Porto Covo e Sines, irá contar com 47 espetáculos de diversos artistas nacionais e internacionais: Jenifer Solidade & Carlos Martins, Noura Mint Seymali, Karyna Gomes, Filho da Mãe, Sebastião Antunes & Quadrilha, Retimbrar, entre outros.

MEO SUDOESTE

NOS SUMMER OPENING (22 e 23 de julho)

Festival urbano inserido num contexto natural único, com o oceano Atlântico e o Funchal como pano de fundo. NOS Summer Opening realiza-se no anfiteatro natural do Parque de Santa Catarina onde irão ecoar boas vibrações ritmadas pelo hip-hop, reggae, funk e soul.

VOA FEST

WOODROCK FESTIVAL (22 e 23 de julho)

Dois dias de puro rock, praia, sol e calor a animar o verão na Praia de Quiaios, Figueira da Foz. Alguns dos nomes presentes são as bandas portuguesas Switchtense, 10.000 Russos, Keepp Razors Sharpe, Plus Ultra e ainda os espanhóis El Paramo e os luxemburgueses Soleil Noir, entre outros.

MONTE VERDE

(3, 4, 5, 6 e 7 de agosto)

(3, 4, 5, 6 e 7 de agosto)

(11, 12, 13, 14 e 15 de agosto)

O Festival MEO Sudoeste decorre na Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar no Alentejo, de 3 a 7 de agosto. Nesta 20ª edição, durante 5 dias, serão dezenas de artistas a pisar os palcos do Sudoeste: palco Meo; Moche Room e Palco Santa Casa.

Nova vida para o Vagos Open Air, que agora se passa a designar como VOA Fest e se muda da cidade de Vagos, onde decorria desde 2009, e passa para Corroios, na margem sul da Grande Lisboa.

Este festival tem lugar na Ribeira Grande, ilha de São Miguel (Açores), que nesta edição irá contar com a atuação de artistas nacionais, como: Linda Martini, Mundo Segundo & Sam The Kid, Throes+The Shine, bem como artistas internacionais: Gabriel O Pensador, Gentleman, Guano Apes, entre outros.


O SOL DA CAPARICA

SONIC BLAST

BONS SONS

(11, 12, 13 e 14 de agosto)

(12 e 13 de agosto)

(12, 13, 14 e 15 de agosto)

Serão quatro dias de celebração de sol, praia, surf e música com um cartaz diversificado que continua a erguer a bandeira da Língua Portuguesa. A música dá à Costa no segundo fim de semana de agosto, por onde irão passar Rui Veloso, Deolinda, Aurea, David Fonseca, Ana Moura, Jimmy P, The Gift, Mão Morta, Valete, We Trut, entre tantos outros.

O Sonic Blast realiza-se na localidade de Moledo do Minho, em Caminha. Com um cartaz recheado de heavy, psych, doom e stoner o SonicBlast apresenta-se, novamente, como uma proposta irrecusável, onde irão atuar bandas como: Miss Lava, Vircator, Sacri Monti, Black Bombaim, entre outras.

FESTINS

ESTIVAL DO CRATO

O Bons Sons decorre na Aldeia de Cem Soldos, Tomar. Com sons diversos distribuídos por 8 palcos integrados na Aldeia irão passar pelo festival: Cristina Branco, Carminho, Jorge Palma, Deolinda, Da chick, D’Alva, Isaura, Branko, entre outros. O festival toma conta de Cem Soldos com sons diversos, uma feira de artesãos, exposições e inúmeras outras atividades que animam as suas ruas, praças e largos.

(18, 19 e 20 de agosto)

(24, 25, 26 e 27 de agosto)

A 9ª edição do FESTINS acontece no solar Ulisses Pardal, em Alcains (Castelo Branco). Conta este ano com artista como The Legendary Tigerman, Da Chick, Mike El Nite e Sensible Soccers. O festival é promovido por uma associação sem fins lucrativos, a Alzine.

O Festival do Crato, na vila do Crato, em Portalegre, tem já anunciado para a edição de 2016: Kaiser Chiefs, Ana Moura, Matt Simons, Frankie Chavez, Richie Campbell, Anthony B, Átoa, HMB, Capicua, António Zambujo e Miguel Araújo.

FESTIVAL FORTE

VILAR DE MOUROS

(25, 26 e 27 de agosto)

O belo cenário medieval do Castelo de Montemor-o-Velho volta a receber este Verão mais uma edição do Festival Forte de música electrónica. O Festival Forte apresenta um largo programa de artistas presentes, como: Cabaret Voltaire, Richard Kirk, Stephen Malinder, Chris Watason, entre outros.

(25, 26 e 27 de agosto)

Vilar de Mouros está de regresso. O festival de Viana do Castelo tem confirmados os artistas nacionais: The Legendary Tigerman, Linda Martini, Blasted Mechanism, David Fonseca, Tiago Bettencourt e António Zambujo; e a nível internacional: Tindersticks, Happy Mondays, Peter Hook, entre outros.

ENTREMURALHAS (25, 26 e 27 de agosto)

Entremuralhas, o festival gótico que se realiza no Castelo de Leiria nos dias 25, 26 e 27 de agosto já tem o cartaz praticamente fechado. Tendo já anunciado nomes como: Kite, Corpo-Mente, Ianva, Geometric Vision, Har Belex, Dark Door, Angelic Foe, entre outras bandas. RE

A LIV RAD

ENT

PORTO SUNDAY SESSIONS

(julho, agosto e setembro)

DJ sets e concertos, as Porto Sunday Sessions realiza-se em três jardins portuenses: Parque da Cidade (julho), Jardins do Palácio de Cristal (agosto) e Jardim do Passeio Alegre (setembro). Programa ideal para os que aos domingos gostam de recarregar energias. Entrada livre. (Horário: 16 às 20h)


VODAFONE PAREDES DE COURA (De 12 a 17 de agosto)

Ano após ano, o anfiteatro natural da Praia Fluvial do Taboão convida à descoberta quer da natureza e da sua beleza autêntica quer das mais promissoras bandas nacionais e internacionais. Já confirmados: Best Youth, Branko, First Breath After Coma, entre outros. A nível internacional: Unknown Mortal Orchestra, Sleaford Mods, Chvrches, entre outros.

VAGOS METAL FEST

MARÉ DE AGOSTO

A Quinta do Ega, em Vagos, receberá um Festival eclético, qual caldeirão do Druida Panoramix, onde os ingredientes são os vários sons extremos que definem o metal na sua forma mais alargada. Com um cartaz cuidado, o Vagos Metal Fest marca um ponto de partida para o estreitamento dos laços há muito criados entre as comunidades Vaguense e Metaleira.

O Festival Maré de Agosto tem lugar anualmente na praia Formosa, no concelho da Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, nos Açores. Este que é o festival mais antigo do país, sem interrupções, irá contar na sua 32ª edição com as atuações de Maria Gadú, King John, Carminho, Overule, Fandango, JP Simões, entre outros.

(13 e 14 de agosto)

(18, 19 e 20 de agosto)




a despedida... Em 10 anos de atividade, o grupo – composto por Branko, Riot, Kalaf, Conductor e Blaya – andou na estrada e levou o novo som eletrónico da Buraca para todo o mundo, deu concertos e cruzou inspiração, géneros musicais, ideias e projetos com inúmeros artistas internacionais, lançou dois EP’s, três álbuns e dezenas de singles, ganhou prémios nacionais e estrangeiros. No dia 1 de julho regressaram à cidade que os viu nascer para se despedirem dos fãs. Para além de termos marcado presença no derradeiro concerto dos Buraka Som Sistema, acompanhámos também o último ensaio do grupo e conversámos com Andro Carvalho, mais conhecido como Conductor, que nos falou desta pausa e do festival Globaile.

Texto de Sofia Reis Fotografias de Luís Flôres



Fotos do ensaio

Quais as principais razões para terem anunciado uma pausa? Cansaço? Cansaço não, quem gosta do que faz não se cansa. Também não é estarmos chateados ou fartos uns dos outros, viste agora no ensaio, estamos todos na boa, ninguém está mal com ninguém. Apenas são 10 anos de trabalho, achámos que esta seria a altura certa para pararmos com este projeto e fazermos outras coisas que nos possam enriquecer e possam enriquecer a nossa forma de fazer música.

Ao trabalhar, cada um, em projetos diferentes poderá fazer com que arranjem ideias novas, dado que estão a ter experiências novas, será esse o objetivo? Exato, também. Pode ser que daqui a algum tempo voltemos, talvez com um formato diferente, não como banda, não sei, está tudo em aberto… Todos nós temos projetos nos quais já trabalhamos e que temos planeado trabalhar no futuro. Desde produção, curadoria, dança… Todos nós temos os nossos projetos futuramente, ninguém está cansado de trabalhar. O Globaile é mais uma marca que os Buraka pretendem implementar no nosso país? Gostávamos que sim. Mostrar às pessoas outros projetos bons que, por um motivo ou outro, ainda não são conhecidos. Não só dar oportunidade de tocarem e mostrarem os seus trabalhos, como as pessoas ficarem a conhecer outros projetos, outras bandas, enriquecer culturalmente e de forma gratuita para que chegue a toda a gente.

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“Nã ou f ape de t


ão é estarmos chateados fartos uns dos outros, enas são 10 anos trabalho”


Lisboa, a cidade que marca o nascimento da banda e a sua despedida. Junto Ă Torre de BelĂŠm milhares de pessoas saudaram os Buraka Som Sistema.




F

oi junto à Torre de Belém que os Buraka Som Sistema se despediram do público. Com quatro álbuns, centenas de concertos, com passagem pelos Estados Unidos da América e Japão, o grupo subiu ao palco pelas 22h e foi com “Sente” que iniciaram o concerto onde revisitaram, durante duas horas, muitos dos sucessos do kuduro progressivo que contaminou a música eletrónica e os tornou um dos maiores sucessos dos últimos anos. Ouviu-se “Yah”, “Hangover (Bababa)”, “Aqui P’a Vocês”, “Tira o Pé”, “Wegue Wegue”, “Get Stupid”, “We Stay Up All Night”, “Eskeleto”, entre outras. Pongolove foi a convidada especial a subir ao palco no tema “Kalemba”. A meio do concerto, como habitual, a banda convidou o público feminino a subir ao palco para dançar. Muitos foram os momentos de interação com os milhares de fãs; pediram ao público masculino para tirar as camisolas que vestiam e abaná-las no ar ao ritmo de mais um tema, bem como pediram para as mulheres subirem para as cavalitas dos homens aquando do tema “Voodoo”, que conta com particiação de Sara Tavares, que se encontrava entre o público a assistir ao concerto. O concerto de despedida, da banda de Kalaf, Blaya, Branko, Conductor e Riot, foi sobretudo uma festa de celebração que começou em 2006 e terminou no dia 1 de julho de 2016.


O pĂşblico vibrou do in


nício ao fim do concerto

Kalaf, que tomou as hostes dos discursos, disse a certa altura do concerto “queremos um final em grande, queremos sair em grande”. E assim foi... Mas, até já, certo?!


Obrigado Foram, são e serão o


o Buraka! os donos do terreno.



ENTREVISTA

“Já tive que estar a soldar cabos de gira discos enquanto passava música com gente a dançar”

DJ a boy named Sue DJ a boy named Sue (Tiago André), o braço direito de The Legendary Tigerman (em 1998 tornaram-se amigos inseparáveis e DJ a boy named Sue trabalha desde aí em todos os projetos de Paulo Furtado com o qual já percorreu meio mundo). Os seus sets caracterizam-se por uma forte vertente rock’n’roll, nos quais visita sonoridades Rhythm & Blues, Soul, Surf, 60’s, Latin Grooves, Exotica, Psych, Garage ou Punk Rock, uma espécie de máquina do tempo, que cria laços entre os grandes clássicos e as novas vertentes da música contemporânea. Neste ano de 2016 lançou-se numa tour em Portugal e o resultado foram 4 meses sem uma única noite de fim de semana livre. Dj a boy named Sue é provavelmente o mais icónico e versátil dj do mundo do rock’n’roll em Portugal.

Entrevista de Daniela

Henriques Fotografias de Pedro Veludo

39


ENTREVISTA

H

á um provérbio português muito usado que diz que “quem corre por gosto não cansa”. Assim é o teu lema nesta tour que iniciaste em março? Essa frase lembrou-me o provérbio que diz: ‘’Escolhe um trabalho que gostes e nunca terás que trabalhar um único dia na vida’’. É claro que não é bem assim, o que faço dá trabalho, cansa e implica sacrifícios. Mas tenho um imenso prazer em fazer o que faço, adoro e respiro música e é muito gratificante poder fazer dela um trabalho e partilhála com pessoas um pouco por todo o lado e com isso fazê-las divertirem-se.

E particularmente esta tour como está a correr? Está a correr muito bem, sinto que há cada vez mais espaço para o rock e para um dj de rock na noite. Tenho confirmado e estabelecido uma espécie de rede ou circuito de locais por todo o país, aos quais vou acrescentando novos sítios onde fui pela primeira vez que querem que volte lá com regularidade. Além disso, sinto que também tenho aberto caminho para outros djs de rock fazerem o mesmo. Como te adaptas a cada espaço e a cada novo público? Antes de cada fim de semana, faço uma seleção de discos baseado no que sei de cada espaço e público e consoante o tipo de noite que vou fazer (festas temáticas, after-

parties...), mas levo sempre uma grande variedade de música. Depois na noite em si, o set depende sempre muito de vários fatores, há que ler o público e tentar criar uma sinergia com ele, procurar ler as suas reações e gostos e interagir com a minha personalidade e bagagem musical.

“Há que ler o público e tentar criar uma sinergia com ele, procurar ler as suas reações e gostos e interagir com a minha personalidade e bagagem musical”

Como surgiu a ideia de te acompanhares com uma TV e colocares junto a ela as capas dos discos que estás a passar? A parte da TV, não me lembro bem, foi uma evolução. A ideia de mostrar a capa dos discos surgiu quando descobri as primeiras gravações do Ike & Tina Turner dos anos 60 de rhythm & blues e soul. Em 2000 e pouco o imaginário que as pessoas tinham da Tina Turner era o do “Mad Max” e o do “Simply the best”. Eu pensei, se estas pessoas soubessem que estão a dançar Tina Turner até se passavam (risos). Começou por aí, mostrar às pessoas o que estão a ouvir, às vezes um original duma música 40

conhecida, outras vezes uma banda com a qual as pessoas podiam ter algum preconceito ou até só uma banda boa completamente desconhecida, e mostrar também o artwork dos discos. Comecei por usar um suporte acrílico daqueles de flyers e depois a ideia foi crescendo até hoje, em que uso a estrutura duma televisão antiga, com uma luz por dentro e o meu nome como uma legenda.


Já fizeste a primeira parte dos Jon Spencer Blues Explosion numa tour em Itália, já passaste música no Festival de Cannes, Oslo, Madrid, Marselha e Macau – entre tantos outros lugares. Qual o lugar que ambicionas passar os teus sets? Tenciono chegar cada vez mais a mais pessoas, tanto em Portugal, como no estrangeiro. Tenho planeado fazer algumas saídas ao estrangeiro no futuro,

a clubes de rock (Madrid, Paris, Amsterdão, Londres, Berlin...). Gostava também de conseguir ir a festivais e festas temáticas emblemáticas no estrangeiro, quer ao nível do rhythm & blues (o New York Night Train do Jonathan Toubin em Nova Iorque, por exemplo) quer ao nível da psicodelia... No resto do mundo, tal como em Portugal a ideia de Dj de rock está muito ligado a coisas temáticas, mais que 41

tudo gostava de chegar a mais pessoas com o meu conceito de rock’n’roll freakout/máquina do tempo, sem barreiras de géneros ou eras.

“Tenciono chegar cada vez mais a mais pessoas, tanto em Portugal, como no estrangeiro”


ENTREVISTA

Há 15 anos que agitas as pistas de dança por todo o país. Pergunto, qual foi para ti o melhor momento? E o pior? Tive vários muito bons momentos, desde uma after party dos Sonics e do Dick Dale no Plano B, no Porto, à after party dos Dead Kennedys, em Coimbra, a uma after party dos Heavy Trash no Bafo de Baco, em Loulé, em que acabei a noite a passar música com o Jon Spencer, às mais recentes festas que tenho organizado em Lisboa como o Diabo no Corpo, o Kaleidoscope e o Chills & Fever (isto em Portugal). O pior... já tive alguns maus ou estranhos é claro, ir passar música 5 horas com 40º de febre deve ter sido um dos piores. Ter problemas técnicos, uma ou duas vezes tive que estar a soldar cabos de gira discos enquanto passava música com gente a dançar. Depois há sempre noites mais estranhas, não as classificaria exatamente de más, quando o local ou o público não estão habituados ao que eu faço, mas encaro-as mais como desafios No geral, que avaliação fazes destes 15 anos?

Acho que tenho vindo a crescer e a evoluir bastante em todos os aspectos de Dj e que tenho construído um nome e uma personalidade muito própria a passar música. Sinto que tenho chegado cada vez mais a mais públicos e com isso levar o meu rock’n’roll a cada vez mais sítios e pessoas. Sinto também que tenho ainda muito que aprender e conhecer e que posso chegar ainda mais longe.

Curiosidade: porque o nome Dj A boy named Sue? O nome Dj a boy named Sue vem de uma música homónima do Johnny Cash. Gosto muito de Johnny Cash e desta música em particular e da lição que se pode tirar dela. Muito resumido, conta a história dum rapaz que foi batizado com um nome de mulher, abandonado pelo pai e que por isso não teve uma vida fácil, um dia encontra o pai e ele diz-lhe ‘’eu dei-te este nome porque sabia que não ia estar ao pé de ti para te educar e foi este nome que fez de ti um Homem forte capaz de enfrentar os problemas da vida’’. Acho que se devem usar as dificuldades e adversidades da vida para crescermos e nos tornarmos mais fortes.

Uma noite é um sucesso quando… Te esqueces de passar certos hits ou certas bandas.

Rock é… Vida, o coração a bater, algo primitivo e puro, adrenalina, e parafraseando o meu amigo La Flama Blanca, tesão. Palavra que melhor caracteriza Dj A boy named Sue: Rock. 42


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EDP BEACH P

A Praia do Aterro Norte, em Matosinho


PARTY 2016

os, foi invadida por milhares de jovens


Karetus junto do pĂşblic

DJ Kura tira selfie com f


A

praia do na Praia do Aterro Norte, em Matosinhas, foi invadida por milhares de pessoas, nomeadamente jovens, para a nona edição do Festival EDP Beach Party, evento organizado pela Rádio Nova Era e a Câmara Municipal de Matosinhos com o patrocínio da EDP. Desta edição de 2016, a mais concorrida de sempre, há a salientar o seu crescimento. O festival cresceu, o line up é bastante atrativo e o público diz presente. O EDP Beach Party já não é um festival de referência do norte do País, pois já passou fronteiras. Prova disso foram os muitos espanhóis que marcaram presença. Foi bem representativo não só pelo sotaque, como pelas bandeiras alusivas a algumas regiões de Espanha, nomeadamente um grupo de jovens que se fazia acompanhar por uma bandeira da Galiza, sempre bem dispostos, muito entusiasmados com o festival e com a promessa de que para o ano irão voltar.

co depois da atuação no festival

Fotografias:

Geraldo Dias e Joana Marquês



Tango, samba e fado no novo disco de

Carla Pires

A

fadista Carla Pires apresentou, no passado dia 21 de junho, o seu novo álbum “Aqui”, ao vivo no Museu do Fado. Neste concerto em que interpretou alguns dos novos temas, foi acompanhada por Bruno Mira na guitarra portuguesa, Pedro Pinhal na guitarra clássica e Marino de Freitas no baixo acústico. O novo disco contém 11 temas em que o fado se abre definitivamente a outros universos musicais, como na canção “Tango Quase Fado” (poema de Rosa Lobato de Faria), onde o bandoneón se alia à guitarra portuguesa; há um cheirinho a samba, na canção “Há Samba nas Colinas de Lisboa” e pegando numa frase deste tema se define o disco de Carla Pires, um «fado que se casa por inteiro, mistura de perfumes e compassos».

De salientar ainda outros temas como a canção bem animada “O Povo Canta na Rua”, a lembrar esta época dos Santos Populares; em “Voltar a Ser Criança”, somos embalados pelo som do piano num tema que fala de recordações, amor e saudade. Neste novo trabalho Carla Pires canta José Afonso, em “Utopia”, tema que abre o disco, e Ary dos Santos, em “Cavalo à Solta”. Na canção que dá nome ao álbum a música é de Alfredo Marceneiro (do “Fado Versículo”), com letra da própria Carla Pires. Em suma, a fadista apresenta-nos em “Aqui” vários universos musicais que se conjugam perfeitamente à voz ímpar de Carla Pires, que nos tem vindo a surpreender disco após disco.


David Carreira iniciou tour na Alam Mickael Carreira foi o convidado especial No dia 19 de junho, na Alameda da Cidade Universitária, em Lisboa, David Carreira apresentou o seu novo concerto da Tour 2016. Um espetáculo inserido nas festas de Lisboa, promovido pela Cornetto. Como habitual, em cada concerto do jovem artista, milhares foram os fãs que marcaram presença num espetáculo ao final da tarde, onde se ouviram êxitos como “Primeira Dama”, “In Love”, “Será Que Posso”, “Baby Fica”, bem como novos temas que fazem parte da reedição do álbum “3”, como “Senõrita”, tema em dueto com Mickael Carreira, convidado especial no concerto na Alameda. Esta foi inclusive a primeira vez que os irmãos cantaram juntos ao vivo. David Carreira prossegue agora a sua tour de verão que irá passar por várias cidades do País.

REEDIÇÃO DO ÁLBUM “3” “3” foi o terceiro álbum de originais português do artista, lançado no final do ano passado, tendo o disco atingido o galardão de ouro. “3” chegou a ser o disco mais vendido em Portugal, na semana entre o Natal e o Ano Novo. No início de junho foi editada a edição White & Black Edition de “3”. Cada edição tem diferentes conteúdos, num conceito único e inédito. A “white edition” contém o álbum “3” na sua totalidade e ainda 4 temas inéditos: “Señorita” (em dueto com Mickael Carreira), “Só Teu”, “Ainda Penso em Ti” e “A Carta que Eu Nunca Escrevi”. Na “black edition” estão presentes os inéditos: “Diz Que É Só Comigo”, “Primeira Dama” (Lx Sergio Remix), “Não Papo Grupos” e “A Carta que Eu Nunca Escrevi”.

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meda

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Nice Weathe

levaram “Love is You And Me

O

s Nice Weather for Ducks tocaram no passado dia 3 de junho no CCB, no âmbito do CCBEAT, onde outras bandas têm vindo a tocar ao longo da iniciativa. O concerto teve início às 21:15 com o pequeno auditório muito bem composto. Digamos que só por si, os membros dos Nice Weather for Ducks enchem o palco, dado que são seis elementos, dois guitarristas, um baixista, um baterista, um elemento que toca cordas e outro que coordena a mesa de mistura, alguns dos quais multi instrumentistas e devemos salientar que todos eles emprestam voz às músicas que ouvimos. Temos então Tiago Domingues na bateria, Hugo Domingues no baixo e na voz,

Diego Alonso na guitarra e voz, Bruno Santos na mesa de mistura e voz e Luis Jerónimo na voz, guitarra e teclas. Através de pequenas palmeiras colocadas à volta do palco, uns efeitos de luzes, ora em tons brancos, ora verdes, deram ao seu espetáculo cor e magia. Este concerto tem contudo uma data especial, pois coincide com o lançamento do novíssimo álbum da banda “Love is You And Me Under The Night Sky”, composto por 10 faixas, no entanto com uma escolha bastante inteligente, a banda também tocou vários temas do seu primeiro álbum “Quack!” de 2012. O concerto começou com o tema “No one could tell” do álbum novo, mostrando a banda um pouco

nervosa mas visivelmente feliz por estar naquele palco. Seguiu-se “Cosmic car” também ela do novo álbum, passaram depois para dois temas do primeiro disco “Back to the future” e “Easier”, voltando para o primeiro álbum e “Melissa, Honey”. Em interação com o público Luís pergunta ao público se as cadeiras são confortáveis e se estão a gostar, o público responde afirmativamente e o concerto prossegue com “On the sand by the sea”, “Dreams #14”, mais dois temas novos. Luís introduz a música dizendo “Vamos tocar little jodie, é a favorita do público, quando a gente não a toca, pedem-nos sempre. O rapaz do Porto pediu quando tocamos no Hard Club, espero que


er for Ducks

Under The Night Sky” ao CCB estejas aí!” e assim tocaram “Little Jodie” uma música do primeiro álbum. Enquanto tocam, é visível que estes rapazes de Leiria sentem a música com a alma e com coração o que estão a fazer, como que se os instrumentos fossem prolongamentos de si mesmos e a única forma de expressão conhecida. Passam então para o primeiro single do novo álbum “Marigold” apesar de ser uma música nova é já conhecida de todos os presentes que se vêm a abanar cabeças sentados nas cadeiras. Também do último álbum surge o tema “Transporter” um tema muito breve que quase serve de introdução à próxima que se segue no álbum e também no concerto “Untitled Love #1” ao que Luís adverteu “a próxima

é uma música romântica”. Para animar o público tocaram “2012” o primeiro single do primeiro álbum, voltando de seguida ao disco de estreia com “Untitle Love #2”, onde todos os elementos da banda tocaram maracas. Com a música “Bollywood” pediram às pessoas para se chegarem para a frente do palco, “Se quiserem podem vir aqui para a frente dançar, é muito estranho estarmos a tocar para pessoas sentadas”, algumas pessoas aceitaram o convite e foram para a frente do palco dançar. Por último deixaram-nos “Punch” e um tema instrumental onde todos deram o seu máximo, sendo 22:17 quando o concerto terminou. O público pediu com insistência mais um tema e a banda voltou ao

palco, Diego agradeceu “Obrigado amigos” e disse “Agora vamos tocar uma música que não está em álbum nenhum, nem vai estar!” e tocaram a que foi a última música, com ainda mais energia do que no restante concerto. Quanto ao concerto a escolha da setlist foi perfeita para a ocasião, pois não só tocaram músicas novas como também deixaram com que o público ouvisse temas mais antigos dos quais gostam bastante. Nice Weather for Ducks é sem dúvida uma banda com um som contagiante para ouvir de pé e dançar. O novo álbum - Love is You And Me Under The Night Sky - é mais um bom disco a surgir em Portugal, de mais uma banda emergente! Texto: Sofia Reis Fotografia: Luís Flôres


Pelo segundo ano consecutivo o fado voltou a inva realizou-se nos dias 3 e 4 de junho na Ribeira do P O festival do Fado desce até à Capital onde nos dias Fotos: Joana Constante

Maria João

Ana Sofia Varela

Raquel Tavares

Gisela João


adir as ruas da cidade do Porto.A segunda edição do Caixa Ribeira Porto. s 23 e 24 de setembro se realizará a 4ª edição do Caixa Alfama.

Aldina Duarte

Hélder Moutinho

Ana Moura

Guilherme Banza

Gisela João


Foto: Luís Flôres


JOSÉ CID

em formato DJ

Entrevistamos José Cid a propósito do seu novo espetáculo, em que se apresenta em formato DJ. Na entrevista, que pode ler na íntegra no nosso site, falamos ainda do novo disco que se encontra a preparar, o álbum que irá lançar em Espanha e ainda a polémica que incendiou as redes sociais.

O NOVO ESPETÁCULO

O público pode esperar uma festa em que eu sou o DJ do próprio José Cid, e isto é completamente inovador porque ainda ninguém no mundo fez isto, não é em Portugal, é no mundo. Vou fazer de dj de mim próprio, uma vez que o mundo dos DJ’s – que eu aprecio imenso – está a avançar. Tenho um teclado que tem todos os ritmos que os DJ’s usam e canto as minhas músicas com essa atitude. Isto é um desafio e acredito que as pessoas vão gostar. Vai ser uma festa! Terei alguns convidados, o Paulino Coelho da Rádio Renascença irá atuar antes e depois do meu espetáculo. Interpretarei todas as canções que o público conhece e mais algumas do próximo álbum “Clube dos Corações Solitários do Capitão Cid”, que será editado em janeiro do próximo ano, também tocarei músicas do meu último álbum “Menino Prodígio”, que foi eleito o álbum do ano de 2015 pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

O NOVO ÁLBUM

Será um álbum pop/rock e de baladas. “Os Rapazes do Campo e as Meninas da Cidade” é um dos novos temas que já está a passar na rádio. No disco conto uma história engraçada da “Lady Viva”, que espero que não entre em choque por ser um tema um pouco escandaloso.

DISCO EDITADO EM ESPANHA

O meu álbum em Espanha está quase a sair. No dia 1 de junho, que é o dia de aniversário de Marilyn Monroe, o meu primeiro single foi tocado em três televisões e tenho a rádio Nacional de Espanha a apoiar com um tema a entrar na playlist deles, porque gostaram muito.

A POLÉMICA

Sou um rapaz de 74 anos mas tenho 14 anos dentro de mim e por isso de vez em quando digo alguns disparates. Os últimos disparates que disse foram há seis anos e, assim sendo, tinha 8 anos nessa altura. Eu não me vou deixar queimar numa fogueira em hasta pública com as pessoas a rirem-se de mim como se fazia há 700 anos. Não deixo, isso já passou! O facebook é um sítio onde qualquer pessoa diz o que lhe apetece sem responsabilidade nenhuma. Os insultos, as palavras feias, as coisas impensáveis que se dizem nesta rede social sobre mim não são naturais, nem são de transmontanos, os transmontanos não são assim, estão a ser controlados por pessoas da música e do desporto que me detestam, que nunca chegaram aos meus calcanhares a cantar ou a escrever canções e são pessoas que percebem que realmente eu sou uma barreira musical, cultural, humana intransponível para o mundo deles e isso deixa-os irritados. Eu não vou parar por causa disso.

OS NOVOS TALENTOS DA MÚSICA PORTUGUESA

Agarrem-se ás boas poesias portuguesas de grandes poetas, ou puxem pelas cabecinhas e façam poesia em português, porque já há gente como o Agir, os D.A.M.A, o Diogo Piçarra, a fazer nova música portuguesa com poesia digna. Não digo que sejam poeticamente obras de arte, mas são boas.


A música somos nós.

www.madeinportugalmusica.pt


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