Elicpse

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"De ambos". Jacob sorriu o meu sorriso, e de repente ele era o Jacob do qual eu mais tinha saudade, ensolarado e cálido. Eu não pude deixar de rir de volta. A chuva diminuiu, se transformou em um chuvisco. "Eu não vou contar pra ninguém", ele prometeu. "Exceto a todos os seus amigos". Ele balançou a cabeça sobriamente e ergueu a mão direita. "Eu prometo que não vou pensar nisso". Eu sorri. "Se eu me machucar, foi porque eu tropecei". "O que você disser". Nós andamos nas nossas motos nas estradas de La Push até que a chuva as deixou com muita lama e Jacob insistiu que ia desmaiar se não comesse nada rápido. Billy me saudou facilmente quando nós chegamos na casa, como se a minha aparição repentina não significasse nada mais complicado do que eu querendo passar um dia com o meu amigo. Depois que nós comemos os sanduíches que Jacob fez, nós saímos para a garagem e eu o ajudei a limpar as motos. Eu não tinha estado aqui ha meses - desde que Edward havia retornado - mas não havia nenhuma sensação de importância nisso. Era só uma outra tarde na garagem. "Isso é legal" eu comentei quando ele tirou os refrigerantes quentes do saco de papel da mercearia. "Eu senti falta desse lugar". Ele sorriu, olhando para as telhas de plástico juntas acima das nossas cabeças. "É. Eu posso entender isso. Todo o esplendor do Taj Mahal, sem a inconveniência das despesas de uma viagem à India". "Ao pequeno Taj Mahal de Washington", eu brindei, levantando a minha lata. Ele tocou a sua lata na minha. "Você se lembra do último Dia dos Namorados? Eu acho que aquela foi a última vez que você esteve aqui - a última vez em que as coisas estavam... normais, eu quero dizer." Eu ri. "É claro que eu me lembro. Eu troquei uma vida de servidão por uma caixinha em formato de coração. Isso não é uma coisa que eu ache provável esquecer". Ele riu comigo. "É isso aí. Hmm, servidão. Eu vou ter que pensar em alguma coisa boa". Aí ele suspirou. "Parece que já fazem anos. Uma outra era. Uma era mais feliz". Eu não podia concordar com ele. Essa era a minha era feliz agora. Mas eu fiquei surpresa por me dar de quantas coisas eu sentia falta das minhas próprias eras negras. Eu olhei para a abertura na floresta cheia de musgos. A chuva estava mais forte de novo, mas estava quente na pequena garagem, sentada perto de Jacob. Ele era tão bom quanto uma lareira. Os dedos dele alisaram a minha mão. "As coisas realmente mudaram" "É" Eu disse, e aí eu me inclinei e dei um tapinha no pneu de trás da minha moto. "Charlie costumava gostar de mim. Eu espero que Billy não o conte nada sobre hoje..." eu mordi o meu lábio. "Ele não vai. Ele não fica esquentado com as coisas do jeito que Charlie fica. Ei, eu nunca me desculpei oficialmente por aquele lance estúpido com as motos. Eu realmente sinto muito por ter te dedurado pro Charlie. Eu queria não ter feito isso". Eu revirei os meus olhos. "Eu também". "Eu realmente, realmente sinto muito". Ele olhou pra mim esperançosamente, seu cabelo preto molhado, emaranhado, estava em todo canto no rosto implorativo dele. "Oh, tá legal! Você está perdoado".


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