Inserção competitiva

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Índice / Contents

A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngue (Português / Inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Cajueiros Macaé/RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Cajueiros Macaé - RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Direção Executiva: / Executive Directors: Alexandre Calomeni / Bruno Bancovsky Gianini Coelho Publicidade: / Advertising: Fernando Albuquerque publicidade@macaeoffshore.com.br Edição Final: / Final Editing: Gianini Coelho Jornalista: / Journalist: Érica Nascimento / MTB-29639/RJ jornalismo@macaeoffshore.com.br Diagramação: / Diagramming: Paulo Mosa Filho arte@macaeoffshore.com.br Revisão: / Review: José Tarcísio Barbosa Tradução em inglês: / English version: Grupo Primacy Translations Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás To the oil and gas companies 53ª Edição 53rd Edition Tiragem: / Copies: 5.000 exemplares/copies Assinatura: / Subscriptions: (22) 2770-6605 / 2762-3201 assinatura@macaeoffshore.com.br A editora não se responsabiliza por textos assinados por terceiros Macaé Offshore is not responsible for articles signed by third parties

Notas 6 / Notes 8 Articulando / News & Views Tragédia ambiental dos EUA aponta para maior cautela na pós-inspeção 10 The US environmental disaster increases the attention to post-inspection 11

Matéria de capa / Report of Cover Grande passo para inserção competitiva 20 Great pass for competitive insertion 26

Índice / Contents

Capa / Cover: FPSO Cidade de São Vicente - BW Offshore Foto / Photo: Agência Petrobras

Entrevista / Interview Marcelo Nacif 12 Marcelo Nacif 14

Responsabilidade Social / Social Responsibility Dia Social da Pride: muito além do assistencialismo 16 Social Day of Pride: Beyond the assistencialism 18

Oportunidade / Opportunity

Plataforma Santos 28 / Santos Platform 31 Plataforma Espírito Santo 32 / Espírito Santo Platform 38

Lead Aruanã amplia horizontes do pós-sal 40 Lead Aruanã widens the horizons of post-salt 42

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Carta ao Leitor / Letter to the Reader

Carta ao Leitor / Letter to the Reader

Segurança em questionamento No ano de eleições, na pauta do governo, estão em discussão o projeto de lei que cria a Petro-sal, uma nova estatal encarregada de gerir a exploração do óleo, o projeto que cria o sistema de partilha, que propõe a capitalização da Petrobras, e o projeto que cria o Fundo Social para gerir e distribuir os ganhos do petróleo. E o ano vai passando, e os projetos não são aprovados, e talvez sejam debatidos pelo governo que suceder o atual. E a respeito do último desastre ambiental provocado pelo vazamento de óleo no Golfo do México? Não seria importante, no marco regulatório, debater a prioridade da pesquisa e desenvolvimento? Embora os problemas estejam do lado de lá, por aqui foram levantados diversos questionamentos sobre a real segurança no processo de exploração de produção de petróleo no Brasil, principalmente nas novas áreas do pré-sal, que demandam tecnologias para áreas ultraprofundas. A Petrobras garantiu que tem um sistema eficaz de segurança em suas plataformas e que em todas as bacias brasileiras há um plano de emergência caso haja vazamentos de óleo. Entretanto, professores da Coppe/UFRJ se preocupam e fazem um alerta para o marco regulatório, que coloca de lado a pesquisa e o desenvolvimento. Eles são enfáticos e dizem que a situação é muito mais complexa que simplesmente perfurar e produzir. Mas, enquanto aguardamos as decisões e o petróleo do pré-sal, o Brasil prova que está se preparando para atender aos desafios, ao menos para atender à cadeia de suprimentos do setor de petróleo e gás natural. E foi exatamente isso que trouxemos para esta edição, na qual você encontrará, por exemplo, as ferramentas que as empresas da Bacia de Campos têm à sua disposição para se enquadrar no processo de nacionalização e atender às demandas da cadeia produtiva de petróleo e gás.

Safety in question In an election year, what is under discussion in the government’s agenda is the bill establishing Petro-sal, a new state-owned company in charge of managing the exploration of oil; the bill that creates the sharing system, the bill that proposes the capitalization of Petrobras and establishes the Social Fund, to manage and distribute the gains of oil. The year is passing and the bills are not being approved, and they may be discussed by the government that comes to succeed the current one. And about the last environmental disaster caused by oil spill in the Gulf of Mexico? Would not it be important to discuss the priority of research and development in the regulatory framework? Although the problems are on the other side, here several questions were raised about the actual safety in the process of oil production exploration in Brazil, especially in new areas of the pre-salt, which require technologies for ultra-deep areas. Petrobras ensured that it has an effective safety system on their platforms and in all Brazilian basins there is a contingency for oil leaks. However, professors from Coppe/UFRJ are worried and make an alert to the regulatory framework that puts aside research and development. They insist and say the situation is much more complex than just drilling and producing. But while we await the decisions and the pre-salt oil, Brazil proves that it is preparing to meet the challenges, at least to meet the supply chain of the oil and natural gas sector. That is exactly what we brought to this issue, where you will find, for example, the tools that companies in the Campos Basin have at their disposal to fit the nationalization process and meet the demands of the oil and gas production chain.

Falando na Bacia de Campos, temos informações sobre o Lead Aruanã, reservatório de óleo leve, com produção prevista para o ano de 2012, e uma entrevista especial com o empresário Marcelo Nacif, diretor da Swire Oilfield Service, empresa focada no fornecimento de contêineres, que escolheu Macaé como base para atender à sua carteira de clientes e às demanda do pré-sal.

Speaking of the Campos Basin, we have information about Lead Aruanã, a reservoir of light oil, with production scheduled for the year 2012, and a special interview with businessman Marcelo Nacif, director of Swire Oilfield Service, a company focused on providing containers and that chose Macaé to serve its customer base and the demand of the pre-salt.

Finalizando, na Plataforma Espírito Santo, relatamos o progresso do estado capixaba, que a cada ano surpreende com os inúmeros investimentos empresariais que contribuem para uma economia integrada nos seus diversos setores e, na Plataforma Santos, informações sobre as oportunidades e o andamento das obras da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA).

Finally, in the Espírito Santo Platform, we report the progress of the state of Espírito Santo, which surprises every year with countless business investments that contribute to an integrated economy in its various sectors, and in the Santos Platform, information about the opportunities and progress of works of the Monteiro Lobato Gas Treatment Unit (UTGCA).

Até a próxima!

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See you next time!


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Portal de Notícias

Portal de Notícias Petrobras tem robusto sistema de segurança em plataformas Foto: Agência Petrobras

A Petrobras considera descabidas e tecnicamente insustentáveis as declarações de “professores da Coppe/UFRJ” publicadas no dia 25 maio. A Petrobras disse que executa robusta política de boas práticas e de elevado rigor técnico nos aspectos relacionados a equipamentos e à capacitação de pessoal. De acordo com a empresa, todas as unidades marítimas de perfuração que trabalham para a ela são equipadas com sistemas de detecção, que podem prover o fechamento imediato e automático do poço, prevenindo seu descontrole. “Há detectores de gás em diversos locais na plataforma, alarmes de aumento de pressão ou volumes no interior do poço e sistemas de preparação e injeção de fluidos para seu interior. Cumpre destacar que estes fluidos, sempre presentes na construção dos poços, são outras barreiras de segurança, além de equipamentos como o BOP”, ressaltou. A Petrobras garante que há planos de emergência para vazamentos de óleo em todas as bacias petrolíferas brasileiras, além de planos de emergência locais, específicos para cada unidade de perfuração e produção em operação. As capacidades de resposta dos planos de emergência da Petrobras foram dimensionadas considerando as hipóteses acidentais de pior caso, abrangendo todos os cenários em que ela opera e não somente os do Pré-Sal. E todos estes procedimentos atendem integralmente às exigências dos órgãos reguladores de nossas operações marítimas (Marinha, ANP, Ibama, entre outros).

Eike planeja refinaria com chineses no Brasil A parceria no setor de petróleo entre o empresário Eike Batista e a China vai envolver a construção de uma refinaria no Porto do Açu, no Estado do Rio de Janeiro. Segundo Batista, as conversas estão sendo promovidas com todas as empresas do setor de petróleo da China, e a refinaria será condição para que o gigante asiático receba o petróleo bruto da OGX.

placas de aço por ano, e a LLX, braço de logística do grupo, já negocia uma segunda planta, cujo sócio será anunciado até o final do ano.

O tamanho da unidade vai depender do volume de produção do braço de petróleo do grupo EBX. No mesmo local, a chinesa Wuhan Iron & Steel (Wisco) já fechou a construção de uma siderúrgica de 5 milhões de toneladas de

“No Açu você vai levar a indústria para a melhor área logística que a indústria pode ter, que é o mar”, disse Batista sobre o Complexo do Porto do Açu, cujo porto pretende ser o maior do país e entra em operação em 2012.

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A MPX, braço de energia do grupo, vai construir também uma termelétrica a carvão na área, um investimento de 4,1 bilhões de dólares, que terá capacidade de 2.100 megawatts.


Repsol quer investir até US$ 5 bi no Brasil

A petroleira espanhola Repsol YPF planeja investir de 4 a 5 bilhões de dólares no Brasil entre 2010 e 2014, e de 6 a 9 bilhões entre 2015 e 2019. Na divulgação do seu balanço referente ao primeiro trimestre deste ano, a companhia informou que espera que sua descoberta de petróleo de Guará do Sul, localizada na Bacia de Santos, comece a produzir em 2013, e Guará do Norte, no início de 2016. A previsão da companhia é que Guará produza 250 mil barris de petróleo equivalente por dia em 2016. O

grupo prevê ainda que Guará vai acrescentar 108 milhões de barris de petróleo equivalente a suas reservas até 2014 e outros 139 milhões de barris de petróleo equivalente de 2015 a 2019. A Repsol detém uma fatia de 25% no bloco BM-S-10, que contém Guará. A Petrobras tem uma participação operacional de 45%, enquanto a BG detém 30%. O consórcio espera tomar uma decisão final de investimento em Guará no final deste ano.

Portal de Notícias

Divulgação

A previsão é de que o instituto empregue cerca de 500 pessoas ao final da implantação, sendo 300 pesquisadores A workforce of about 500 individuals, 300 of whom are researchers, is expected to be employed by the Institute by the end of its implementation

InPetro terá investimento da Petrobras Previsto para inaugurar em janeiro de 2011, o Instituto do Petróleo, Gás e Energia (InPetro) está com as obras bem adiantadas. Trata-se de uma parceria entre a Petrobras e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com investimento de R$ 30 milhões, para um projeto que envolve departamentos das engenharias de Automação, Mecânica e Química da Universidade. O InPetro vai sediar projetos de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de gás, energia e exploração de petróleo do pré-sal. As instalações contarão com um tanque experimental, onde serão feitas simulações com robôs e desenvolvido um sistema de visão submarina para monitoração das estruturas e reparos em cascos de navios, além de três

poços secos com 120 metros de profundidade para testar técnicas de bombeamento de petróleo utilizando outros líquidos. O instituto está sendo construído em uma área de nove mil metros quadrados, dentro do Sapiens Parque, no norte da Ilha de Florianópolis. Ele contará com laboratórios de pesquisas voltadas para escoamento multifásico, dutos, gerenciamento digital integrado, metrologia e combustão. Além disso, vai desenvolver também tubos de fibra de vidro e de carbono, que são imunes à corrosão, para uso nas plataformas de exploração de petróleo. A previsão é de que o instituto empregue cerca de 500 pessoas ao final da implantação, sendo 300 pesquisadores.

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Gateway News

Gateway News Platforms of Petrobras have a strong safety system Petrobras regards the statements of professors of Coppe/UFRJ,

Repsol plans to invest up to US$ 5 billion in Brazil Repsol YPF, a Spanish oil company, intends to invest

published on May 25th, as inconvenient and not technically ground-

from US$ 4 billion to US$ 5 billion in Brazil from 2010 to

ed. Petrobras claims to follow a technically strict good practice policy

2014. In addition to that, it also plans to invest from US$ 6

in place for issues related to both equipment and qualification of personnel. According to the company, all offshore drilling units working for

the company are equipped with detection systems capable of immediately and automatically closing the well, avoiding its lack of control. “There are gas detectors in several places on the platform, pressure and volume-increase alarms inside the well and fluids preparation and injection systems as well. It is worthy of note that such fluids are always present in the construction of wells, are additional safety barriers, in addition to equipment like BOP”, it was emphasized. Petrobras assures that all the Brazilian basins have emergency

plans for oil spills, in addition to local emergency plans specific to each drilling and production unit in operation. The response capacities of the emergency plans of Petrobras

billion to US$ 9 billion between 2015 and 2019. When the company disclosed its balance sheet on the first quarter this year, it stated that it hopes that its oil discovery in Guará do Sul, located in Santos Basin, will begin to produce in 2013 and Guará do Norte, in 2016. The company expects Guará to produce 250 thousand oil barrels a day in 2016. The group also expects Guará to add 108 million oil barrels equivalent to its reserves until 2014 and other equivalent 139 million oil barrels from 2015 to 2019. Repsol has a 25% share in BM-S-10 block, which comprises Guará. Petrobras has a 45% operational participation, while BG has 30%. The consortium hopes to take a final investment decision on Guará in the end of the year.

were measured by considering the worst accidental hypothesis, comprising all scenarios where the company operates, not only the pre salt ones. All these procedures fully comply with the requirements of regulatory bodies of our offshore operations (Navy, National Petroleum Agency (ANP), Brazilian Institute for the Environment and Natural Renewable Resources (IBAMA), among others).

InPetro will receive investment from Petrobras Expected to open in January 2011, the works of the Oil, Gas and Energy Institute (InPetro) are ahead of schedule. It is a partnership between Petrobras and the Federal Univer-

Eike plans a refinery in partnership with the Chinese in Brazil The partnership in the oil sector between the Brazilian entrepre-

neur Eike Batista and China will comprise the erection of a refinery in

sity of Santa Catarina (UFSC), with an investment of R$ 30 million in a project that involves Automation, Mechanical and Chemical engineering departments of the University. InPetro’s head office will host research and develop-

Açu Port, State of Rio de Janeiro. According to Batista, negotiations

ment projects in gas, energy and pre salt oil exploration

have been conducted with all oil companies from China, and the

areas. The facilities will be equipped with experimental

refinery will be the condition on which will depend the delivery of

tank, where there will be simulations with robots and de-

OGX’s crude oil to the Asiatic giant.

velopment of a submarine vision system to monitor structures and repair hulls. In addition to that, there will be three

The size of the unit will depend on the output volume of the oil branch of EBX group. In the same place, the Chinese company

120-meter deep dry holes to test oil pumping techniques by using other liquids.

Wuhan Iron & Steel (Wisco) has already decided on the erection of a steel plant with capacity of 5 million tons of steel plates a year,

The institute is being built in an area of 9 thousand

when LLX, logistics brach of the group, is negotiating a second plant,

square meters, within Sapiens Park, in the Northern re-

whose partner will be announced by the end of the year.

gion of Florianopolis Island.

It will include research labs

focused on multiphase flow, pipelines, integrated digital MPX, energy branch of the group, will build a coal thermoelectric

management, metrology and combustion. Furthermore, it

power plant in the área, which will have the capacity of 2.100 mega-

will also develop fiberglass and carbon fiber pipes to be

watts. This represents an investment of 4.1 billion dollars.

used in oil platforms, as those materials are immune to corrosion.

“In Açu the industry will be taken to the best logistic area possible to the industry: the sea”, claimed Batista on Açu Port Complex, whose

A workforce of about 500 individuals, 300 of whom are

port is aimed to be the biggest in Brazil and will start to operate in

researchers, is expected to be employed by the Institute by

2012.

the end of its implementation.

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Articulando

Articulando

Tragédia ambiental dos EUA aponta para maior cautela na

pós-inspeção O acidente com a plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum, em 20 de abril, no Golfo do México, trouxe à tona uma série de questionamentos acerca dos motivos que causaram o desastre ambiental e dos cuidados necessários para evitar problemas de tal magnitude em plataformas de petróleo e gás no mundo. Cinco semanas após a explosão que causou seu afundamento e a morte de onze funcionários da BP, estima-se que o vazamento tenha atingido algo entre 68 milhões e 148 milhões de litros de petróleo, números que fazem deste o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.

A companhia já gastou cerca de US$ 760 milhões em tentativas frustradas para conter o vazamento, e a solução para o problema parece ainda estar longe. A investigação, conduzida por uma comissão especial da Casa Branca, indica que o acidente ocorreu devido a uma sequência de falhas, o que ocasionou a perda de controle do equipamento do poço, causando um fenômeno conhecido como “blowout”, ou erupção. Provavelmente, muitos procedimentos de segurança foram quebrados. O diretor geral da British Petroleum, Tony Hayward, revelou que as operações na plataforma não foram suspensas após a explosão, o que travou o fechamento automático do poço - um erro muito grave. Sem uma solução definitiva para o problema que se agrava a cada segundo, resta-nos apenas a certeza de que todos nós estamos vulneráveis. No Brasil, como em vários países do mundo, são utilizados os mesmos sistemas que a BP, e a pergunta não poderia ser outra: como reagiríamos a um acidente em nossas águas com as mesmas proporções? A resposta é simples: da mesma forma como reage a empresa britânica, com as mesmas técnicas e os mesmos procedimentos que estão sendo utilizados. Não existe uma regra única a ser seguida. Este foi o primeiro acidente deste tipo em águas profundas, e é natural que, por isso, seja a principal dificuldade que os responsáveis têm enfrentado para conter o vazamento. Com tudo isso, ficou claro que todos os procedimentos de prevenção de falhas adotados pelas empresas da área deverão ser revistos com a maior brevidade possível. Mas isso não diminui a competência de nossos técnicos. Discordo quando classificam os cuidados que vêm sendo adotados pela indústria petrolífera brasileira para evitar

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acidentes como insuficientes. Vale lembrar que todos os profissionais que operam em plataformas brasileiras possuem certificados creditados por organismos internacionais e ainda participam de treinamentos semanais quando embarcados. Para cada projeto de perfuração de poços marítimos, é feita uma análise de riscos que segue normas rígidas de segurança de poço. Uma manutenção periódica ajudaria na identificação de falhas que possam ocorrer ao longo dos procedimentos, e não nos resta dúvida de que as empresas nacionais a realizam com a maior seriedade e competência. Técnicas avançadas de ultrassom geram laudos bastante precisos sobre o desgaste de dutos e soldas, o que ajudaria a prevenir acidentes de todas as proporções, e mesmo alguns menores, mas que ocorrem com maior frequência e causam grande poluição. Utilizando uma linguagem técnica, é importante fazer uma avaliação pós-inspeção volumétrica de alta tecnologia como, por exemplo, a AUT (Phased-Array) combinado com (TOFD), para a varredura de soldas aplicadas. Este método possibilita modificar as características acústicas do cristal de ultrassom, permitindo, assim, uma grande variedade de ângulos de inspeção, simultâneos, e um laudo imediato e de maior confiabilidade. Esta tecnologia já vem sendo usada há longo tempo pela medicina. Vários outros métodos são oferecidos para as empresas de petróleo e gás e podem ser contratados a qualquer momento. Empresas como a WDT e a WDR estão à disposição para esta modalidade de serviço. Outras informações, nos sites www.wdtengenharia.com.br e www. wdrtecnologia.com.br.

Gabriel Pinton é diretor da WD Group, formado em engenharia mecânica com especialização em inspeção de soldagem. Antes de fundar o WD Group, Gabriel trabalhou em empresas como Estaleiro Mauá, Brasfells, Quip S.A., Skanska, Setal, Eisa, Nuclep e White Martins nas áreas de inspeção de solda e controle de qualidade.


The US environmental disaster increases the attention to

post-inspection T

he accident in Gulf of Mexico with British Petroleum’s Deepwater Horizon oil rig on April 20th triggered questionings about the reasons of this environmental disaster and the measures required to prevent such problems on oil & gas rigs worldwide. Five weeks after its explosion and sinking, and the death of eleven 68 and 148 million liters of oil, which makes it the worst environmental disaster in the US history. USD 760 million was already spent by the Company in unsuccessful efforts to contain the leak, and the problem is still far from being solved. According to the investigation carried out by a White House special committee, the accident was due to several failures leading to the loss of control of the well equipment, causing the blowout. The safety procedures must have been violated. BP’s CEO, Tony Hayward, reported that the operations on the rig were not shutdown after the explosion, locking the automatic closing of the well, a serious mistake. Since there is no permanent solution to the problem, which gets increasingly more serious, our vulnerability is the only assurance left. As in many other countries, Brazil applies the same systems as how would we respond to an accident as such in our waters? The answer is simple: as well as the British company does, employing the same techniques and procedures. There is no thing as a single rule to be followed. This was the first accident of the kind in deep waters, and this is the main difficulty the workers have had in containing the leak. Therefore, it is clear that all failure prevention procedures adopted by the companies are to be updated as soon as possible. It does not harm our technicians’ qualifications. I cannot agree with the Brazilian oil industry prevention procedures to avoid accidents being regarded as insufficient. All professionals operating on Brazilian rigs have certificates accredited by international bodies and also undergo weekly trainings on board. A risk assessment under strict well safety standards is carried out for each drilling project.

News & Views

News & Views

The periodic maintenance would help identify any failures throughout the procedures, and we are certain that the Brazilian companies perform it in the most serious and competent way as possible. Advanced ultrasound techniques deliver quite accurate reports on ducts and welds wear, which would help prevent every accidents, even the smaller but frequent ones, more pollutant. In technical words, it is important to have a high technology volumetric post-inspection assessment, like AUT (Phased-Array) together with TOFD, for scanning the welds applied. This method enables modifying the acoustic features of ultrasound crystal, providing a wide range of simultaneous inspection angles as well as a prompt and more reliable report. This technology has been used for many years in the medicinal sector. Several others methods applies to the oil & gas companies and may be hired at any moment. WDT and WDR are some of the companies at your disposal to provide such services. Find more information in the sites: www. wdtengenharia.com.br and www.wdrtecnologia.com.br.

Gabriel Pinton is WD Group CEO, a Mechanical Engineer with major in welding inspection. Before founding WD Group, Gabriel worked for Estaleiro Mauá, Brasfells, Quip S.A., Skanska, Setal, Eisa, Nuclep and White Martins in the weld inspection and quality control areas. MACAÉ OFFSHORE 11


Entrevista

Marcelo Nacif

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arcelo Nacif, Diretor de Negócios para o Mercado Sul Americano da Swire Oilfield Service, fala das perspectivas da empresa quanto aos investimentos em ativos para a construção da primeira fábrica do grupo na América Latina. A Swire Oilfield Service é uma grande empresa focada no fornecimento de contêineres, cestas e tanques offshore para a indústria de óleo e gás, tendo escolhido Macaé como base para atender à sua carteira de clientes nas bacias de Campos e Santos e as demanda do pré-sal.

Macaé Offshore – A Swire anunciou em março um investimento de R$ 10 milhões para construção da primeira fábrica no País. Antes deste anúncio, a empresa já atuava no Brasil? Marcelo Nacif – A empresa já detinha contratos de aluguel de unidades de contêineres com empresas como Statoil, Shell, Devon, Chevron, Repsol, Petrobras, Seadrill, Schlumberger, Halliburton, Brasco Logística Offshore e Nitshore. Mas os produtos vêm de fora, da fábrica na In-

glaterra. Com as descobertas do pré-sal e a consequente expansão do mercado de logística offshore, optamos por investir no Brasil, construindo uma fábrica, agregando menos tempo e custo menor aos clientes daqui e gerando empregos e impostos. Foi então que abrimos, este ano, o escritório em Macaé e temos também outro escritório em Niterói (RJ).

MO – Qual o perfil da empresa, origem e posição no mercado? MN – A maior área de atuação geográfica da Swire Oilfield Services continua sendo o norte da Europa, onde opera em oito bases já estabelecidas, quatro delas no Reino Unido e Noruega, com parceiros na Dinamarca e Holanda. Também opera na Austrália, Nigéria, Angola, Rússia, EUA e Trinidad Tobago. A Swire Oilfield Services atua no segmento de logística de óleo e gás e é um dos braços do gigantesco conglomerado Grupo Swire, do qual fazem parte, entre outros, a Swire Pacific (lucro em 2009 de US$ 2,6 bilhões) e o John Swire & Sons (receita em 2008 de US$ 6,6 bilhões). São mais de 35 empresas em seis continentes com foco na região da Ásia, atuando nos segmentos de aviação (detém 40% das ações da Cathay Pacific, uma das melhores e mais seguras empresas aéreas do mundo), bebidas (engarrafa mais de 40% dos produtos da Coca-Cola no mundo), naval, industrial, trading, serviços (incluindo turismo) e propriedades.

MO – Tendo em vista que o pré-sal atraiu investimentos da empresa para o Brasil, como a empresa atenderá este mercado? MN – O pré-sal vai criar novas oportunidades para a cadeia de abastecimento, como o fornecimento de contêineres, cestas e tanques offshore para transporte de produtos químicos. Esse serviço é crítico para o perfeito funcionamento da cadeia de supply chain nesta indústria. Como o Brasil adota uma política que visa à doção de normas e procedimentos rígidos na área de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde), a estratégia da Swire Oilfield Services é exatamente a de oferecer somente uni-

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dades certificadas pela Norma DNV 2.7-1, mundialmente reconhecida como a que oferece total integridade para os equipamentos transportados e total segurança para as pessoas que as operam.

MO – Por que razão escolheu Macaé, na Bacia de Campos, como sede da fábrica, sendo que os olhos do mercado se voltam hoje para as áreas do pré-sal na Bacia de Santos? MN – Macaé é a região onde hoje se concentram os grandes clientes que necessitam da logística offshore e que já detêm contratos conosco. Os mesmos que vão explorar as camadas de pré-sal são os que hoje atuam ali na área de óleo e gás. Mas nada impede que no futuro venhamos abrir escritórios em Santos ou Vitória.

Para 2015, o grupo,

já com a fábrica brasileira em plena produção, espera elevar o faturamento para US$ 420 milhões.

MN – A meta é produzir seis mil unidades de contêineres offshore certificados com a DNV 2.7-1 até 2015, uma média mil unidades ao ano. Estes contêineres serão o carro-chefe, mas haverá também produção de cestas e tanques, ambos igualmente certificados.

MN – Optamos por mão de obra local e qualificada, dentro da governança corporativa do grupo. Independentemente da qualificação, todos os novos contratados são treinados, até porque cada etapa do processo tem de estar dentro das certificações internacionais, e algumas, como a DNV 2.7-1, não são ainda plenamente conhecidas no Brasil, já que basicamente não há contêineres com tal certificação que não os nossos.

MO – Quando se iniciam as obras e quando a empresa dará início à produção?

MO – E quanto à questão de responsabilidade social e ambiental?

MO – Quanto à fábrica, qual será seu carro-chefe e média de produção?

MO – Tendo em vista o grande empreendimento para a região, isso proporcionará geração de emprego, tanto para a construção, quanto para formar o quadro de funcionários. Qual será a demanda de mão de obra? MN – Não temos uma estimativa, pois a construção da fábrica vai mexer com uma enorme cadeia produtiva, que vai desde a contratação de mão de obra para a construção em si até a geração de empregos e renda de todos os nichos de mercado demandados pelo negócio, passando pela produção, logística e geração de toda uma economia no entorno da fábrica. Ainda estamos fechando este levantamento.

MO – E que política a empresa adota na contratação da sua mão de obra?

MN – O Grupo Swire tem uma gestão de governança corporativa mundial. As questões sociais e ambientais são primordiais, envolvendo a segurança do trabalhador, sua saúde e a preservação do meio ambiente em que está inserido. Prova disto é a DNV 2.7-1, certificação que temos, mundialmente reconhecida como a mais rígida em SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde).

MO – Dentro de seu plano de investimentos, quais as estratégias e metas da empresa para os próximos anos? Qual foi seu faturamento em 2009 e quanto estima faturar nos próximos anos? MN – A Swire Oilfield Services teve um faturamento em 2009 de US$166 milhões, que representou um crescimento de 18,17% em relação ao ano anterior. Nos últimos dez anos, o faturamento cresceu 300%. Para 2015, o grupo, já com a fábrica brasileira em plena produção, espera elevar o faturamento para US$ 420 milhões. Quanto à estratégia, será focar nosso diferencial de qualidade, que é a norma DNV-2.7 e a política de SMS - saúde, meio ambiente e segurança - uma marca que poucos possuem. 

Entrevista

MN – As obras estão previstas para terem início em dezembro e já em março de 2011 devemos estar em plena operação. A fábrica terá a estrutura de um galpão e seguirá todas as normas de certificação exigidas, conforme têm sido todas as ações da Swire.

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Interview

Interview

M

Marcelo Nacif

arcelo Nacif, Business Director for the South American Market of Swire Oilfield Service, addresses the company’s perspectives to the investments in assets for the construction of the group’s first plant in Latin America. Swire Oilfield Service is a great company focused on providing offshore containers, baskets and tanks to the oil & gas field, and chosen Macaé as its basis for meeting its clients portfolio in Campos and Santos Basin, as well as the pre-salt demand.

Macaé Offshore – Swire disclosed in March an investment of R$ 10 million in the construction of its first plant in the Country. Had the company been acting in Brazil before such disclosure? Marcelo Nacif – The company had already closed container units

rental contracts with companies like Statoil, Shell, Devon, Chevron, Repsol, Petrobras, Seadrill, Schlumberger, Halliburton, Brasco Logística Offshore and Nitshore. But the products used to come from the plant in England. After the pre-salt discoveries and the further expansion of the offshore logistics market, we decided to invest in Brazil by building a plant, optimizing time and cost to the local clients besides generating business and income. This year, we opened the Macaé office, and we are also with another office in Niterói, State of Rio de Janeiro.

MO – What is the company’s profile, origin and position in the market? MN – Swire Oilfield Services largest geographic activity field is still the

Northern Europe, with eight bases already established, four of which in the United Kingdom and Norwegian, with partners in Denmark and Netherlands. It is also acting in Australia, Nigeria, Angola, Russia, USA and Trinidad & Tobago. Swire Oilfield Services’s segment is the oil & gas logistics and it is a division of the giant conglomerate Swire Group, including, among others, Swire Pacific (US$ 2.6 billion profit in 2009) and John Swire & Sons (US$ 6.6 billion revenue in 2008). It has more than 35 companies in six continents, focused on the Asian region, acting in the aviation (owner of 40% of the shares of Cathay Pacific, one of the world’s best and safer air companies), beverage (it bottles more than 40% of the Coke products worldwide), marine, industrial, trade, services (including tourism) and properties segments.

MO – Considering that pre-salt has attracted the company’s investments to Brazil, what is the company’s plan to meet such market demands? MN - Pre-salt will create new opportunities to the supply chain, as the

provision of offshore containers, baskets and tanks for transporting chemicals. This is a critical service for the perfect operation of the supply chain in this industry. As Brazil adopts a policy intended to the adoption of strict standards and procedures in the HSE (Health, Safety and Environment); Swire Oilfield Services strategy is just offering units certified by the DNV Standard 2.7-1, known worldwide by offering full integrity to the equipment transported as well as total safety to the people operating them.

MO – Why Macaé, in Campos Basin, for the plant’s headquarters, while the market turns to the pre-salt area in Santos Basin?

The group expects for 2015, when the Brazilian plant will be in full operation, to raise the income to US$ 420 million.

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MN – Macaé concentrate the great clients requiring offshore logistics and whose already have contracts with us. They are the same exploring the pre-salt layer, acting in the oil & gas field. But we may open offices in Santos or Vitória in the future.

MO – As far as the plant regards, what is its mainspring and average production? MN – Our goal is making 6,000 units of offshore containers certified

under DNV 2.7-1 by 2015, an average of 1,000 units per year. These containers are the mainspring, but we will also make baskets and tanks, both certified as well.

MO – What is the schedule to start works and to start the production? MN – The works are scheduled to start in December and we expect

to be in full operation by March 2011.. The plant will have a hangar structure and comply with all certification standards required, as all of Swire’s efforts.

MO – Considering the importance of the project to the region, there will be employment generation, both in the construction and to assemble the staff. What will be the labor demand? MN – We have no estimate yet, as the plant construction will impact on a huge production chain, ranging from contracting labor for the very construction to the employment and income generation from all market niches the business demand, through the production, logistics and generation of a whole economy in the plant’s surroundings. This survey is still in process.

MO – And what policy does the company apply to contract its labor? MN – We choose local and qualified labor, within the group’s

corporate governance. Regardless of qualification, all the new hires are trained, as each phase of the process must be under the international certifications, and some of them, as the DNV 2.7-1, for example, are not known in Brazil, since our containers are ones of the only having such certification.

MO – What about the social and environmental responsibility? MN – Swire Group has a world corporate governance management.

The social and environmental issues are paramount, including the workers’ safety, their health and the preservation of the environment where they live. Our DNV 2.7-1 certification, known worldwide as the strictest in HSE (Health, Safety and Environment) evidences it.

MO – What are the company’s strategies and goals for the next years in your investments plan? What was your income in 2009 and what is the estimate for the years to come? MN – In 2009, Swire Oilfield Services had an income of US$166 million, which represented a growth of 18.17% compared to the previous year. In the last ten years, the income grew 300%. The group expects for 2015, when the Brazilian plant will be in full operation, to raise the income to US$ 420 million. As to the strategy, we will be dedicated to our quality differential, the DNV-2.7 standard and the HSE policy – a distinguishing feature.


Interview

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Responsabilidade Social

Responsabilidade Social Fotos: Divulgação / Acervo Pride

A atividade acontece anualmente por meio de uma gincana, que foi além da reforma de manutenção da Pestalozzi The activity takes place annually through a gymkhana, which was beyond the renovation and maintenance of Pestalozzi

Dia Social da Pride:

muito além do assistencialismo

“N

inguém é culpado, mas todos são responsáveis”. A frase do pedagogo suíço e educador pioneiro da reforma educacional, Johann Heinrich Pestalozzi, caracteriza bem a ação dos funcionários da empresa Pride do Brasil, que deram uma nova cara à Sociedade Pestalozzi de Macaé, que oferece assistência e trabalho educacional às pessoas portadoras de necessidades especiais. Há dez anos a instituição não recebia reformas e se encontrava em condições precárias. Apesar de receber subvenção da prefeitura e doações da comunidade, os custos com os reparos ficavam além das suas possibilidades. Então, após uma longa pesquisa em busca de uma instituição que necessitasse de maior transformação, os funcionários da Pride escolheram a Pestalozzi. A iniciativa faz parte de uma atividade de Responsabilidade Social da empresa chamada “Dia Social da Pride do Brasil 2010”, cujo objetivo é dedicar um dia de trabalho ao social com atividades de integração e cooperação a fim de enfatizar missão, visão e valores da empresa. Com o resultado, beneficiar instituição que ajuda a comunidade carente, conscientizando a família Pride da necessidade de desempenhar trabalhos sociais.

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Iniciativa empresarial mobiliza funcionários em ação de responsabilidade social sustentável


A atividade acontece anualmente por meio de uma gincana, que foi além da reforma de manutenção da Pestalozzi. Este ano ela aconteceu no dia 21 de maio de 2010 no Centro de Convenções de Macaé, envolvendo oito equipes, num total de 105 funcionários, que arrecadaram na sociedade diversos donativos, como alimento, roupas, material de limpeza, agasalhos, móveis, entre outros, que serão doados às vítimas das chuvas de Niterói este ano. “Ao todo foram 13.752 itens arrecadados e entregues no dia 1º de junho à Defesa Civil de Niterói”, disse Denise.

A Equipe da Pride Rio de Janeiro foi a vencedora do Dia Social da Pride 2010 The Team Pride Rio de Janeiro was the winner of the 2010 Social Day of Pride

No caso da reforma da Pestalozzi, os funcionários dedicaram 15 dias de atividade, pondo a mão na massa em horários fora do expediente de trabalho, virando noites e fins de semana para levar a dignidade à instituição que ganhou nova pintura, reforma no muro, do playground, da oficina, além dos equipamentos eletrônicos.

A comissão organizadora da Pride coordenou as oito equipes na realização das tarefas The organizing committee has coordinated the Pride’s eight teams in the tasks

Responsabilidade Social

Segundo a gerente administrativa, Denise Fernandes, o Dia Social é uma ação de mobilização para o voluntariado. “Por meio da interação entre pessoas, departamentos e diferentes cargos e culturas, o Dia Social permite à empresa reafirmar sua cultura e principalmente incentivar o voluntariado e desenvolver a Responsabilidade Social, um dos Valores da Pride”, explica.

O que mais chamou a atenção durante a realização das tarefas, segundo a coordenadora de Projetos da instituição, Telma Melo dos Santos, foi a alegria e a interação dos funcionários, que, incansáveis, suaram para fazer o melhor trabalho possível. “Foi um trabalho perfeito, com efeitos positivos. A gente vê que eles estão caminhando para fazer a diferença social e dar o exemplo para a sociedade. Tirando o resultado que ficou magnífico, o ambiente ficou mais alegre, e as crianças estão muito felizes. Essa é a prova de que com a união, você pode com muito pouco fazer o outro crescer”, ressaltou a coordenadora.

Coordenadora de Projetos da Pestalozzi, Telma Melo dos Santos Telma Melo dos Santos, coordinator of projects of the institution

A mesma opinião é a do funcionário. Deleon dos Santos Vieira, assistente de RH da Pride, que disse se orgulhar de trabalhar numa empresa com iniciativa como esta. “Nós encontramos um instituição carente e abraçamos a causa. O espírito de união prevaleceu, e deixamos a competição de lado. Agora queremos que nossa ação sirva de exemplo para que outras empresas façam o que nós fizemos”, relatou o funcionário. 

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Social Responsibility

Social Responsibility

Social Day of Pride: Beyond the assistencialism

Entrepreneurial initiative mobilizes employees in sustainable social responsibility actions

“N

obody is guilty, but everyone is responsible”. The sentence of Swiss pedagogue and pioneering educator of educational reform, Johann Heinrich Pestalozzi, precisely defines the action of Pride do Brasil’s employees, who reshaped Sociedade Pestalozzi from Macaé, which provides both assistance and educational work to people with disabilities. The institution has not been renovated for ten years and was in a precarious condition. Despite receiving subsidies of the city hall and donations from the community, the expenses with repairs were still beyond their means. So, after an extensive research on an institution that needed more transformation, Pride’s employees chose Pestalozzi. The initiative was part of a Social Responsibility action of the company called “Social Day of Pride do Brasil 2010”. The aim of this initiative is to dedicate a working day to welfare with integration and cooperation activities in order to emphasize the mission, vision and values of the company. With this result, to benefit an institution that helps destitute community by raising awareness of Pride’s employees of the necessity to perform social works. According to Denise Fernandes, administrative manager, the Welfare Day is an action of mobilization to volunteer work. Through the interaction of those people, from different departments, positions and cultures, the Welfare Day enables the company to reaffirm its culture and specially encourage the volunteer work and develop Social Responsibility, one of Pride’s values”, she explains. The activity takes place annually through a gymkhana, which was beyond the renovation and maintenance of Pestalozzi. This year it took place

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on May 21st in the Convention Center of Macaé, involving eight groups, totalizing 105 employees who received large donations, like food, clothes, cleaning materials, coats, furniture, among others. Those items will be donated to the victims of rains from Niterói earlier this year. “There were a total of 13.752 items received and they were delivered on June 1st at Civil Defense Office in Niterói”, stated Denise. When it comes to Pestalozzi’s renovation, the employees dedicated 15 days of activity, out of business hours, during the night and in weekends, to give dignity to the institution, which was repainted, had the wall, playground and workshop renovated, in addition to electronic equipment. According to Telma Melo dos Santos, coordinator of projects of the institution, what really impressed during the performance of tasks was the interaction and joy of the employees, who put a great deal of effort to do the best work possible. “It was a perfect work, with positive effects. We can see that they are working to make a social difference and give the example to the society. Besides the splendid result, the environment became happier and the children are also very happy. It is an evidence that once you have union, you can make other people grow even with limited resources”, the coordinator emphasized. The employees have the same opinion. Deleon dos Santos Vieira, HR assistant of Pride, stated he was proud to work in a company with this initiative. “We found a needy institution and supported it. The team spirit prevailed and there was no competition. Now we want our attitude to set an example, so that other companies do the same as we did”, said the employee. 


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Matéria de Capa

Grande passo

para inserção competitiva Empresas nacionais contam com ferramentas para se tornarem potenciais fornecedoras para suprir os gargalos da indústria de óleo e gás 20 MACAÉ OFFSHORE


D

esde 2003 a indústria nacional tinha uma grande perspectiva de crescimento da cadeia produtiva de óleo e gás. Com a exploração de petróleo na camada pré-sal, foi iniciada uma corrida para as empresas nacionais se prepararem para atender aos gargalos deste mercado. E com o estímulo e ferramentas certas, as empresas encontram caminhos promissores, podendo num futuro não muito distante proporcionar uma grande base industrial fornecedora de bens e serviços. Isso não significa que o País esteja fechando suas portas para as empresas internacionais, mas sim dando oportunidade de as brasileiras se enquadrarem num perfil competidor, podendo alcançar o mercado internacional. A nova fronteira aponta diversos desafios e, tendo em vista a necessidade de divulgar as demandas e aumentar a visibilidade das empresas, a Petrobras, o Sebrae/RJ, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp Regional Bacia de Campos), a Organização Nacional da Industria do Petróleo (Onip), Rede Petro - BC e a Firjan desenvolveram ações para o fortalecimento das empresas que beneficiarão a indústria.

Fotos: Agência Petrobras

Iniciativas buscam desenvolver projetos de aumento do conteúdo nacional Initiatives seek to develop projects to increase the domestic content

O próprio Prominp foi uma dessas iniciativas. Criado em 2003, tem como um dos seus objetivos maximizar a participação da indústria nacional de bens e serviços, desenvolvendo projetos de aumento do conteúdo nacional nas áreas específicas de Exploração & Produção, Transporte Marítimo, Abastecimento e Gás & Energia, seja com projetos que rodam o Brasil inteiro, por meio do Prominp Nacional, e/ou com os que rodam localmente, por meio de Fóruns regionais, para dar mais visibilidade às ações. Agora as empresas, sejam elas micros, médias ou grandes, têm à sua disposição um apoio para sua inserção competitiva e para acompanhar as novidades e desafios do mercado, por meio de ferramentas como o Portal de Oportunidades da Cadeia de Suprimentos do Setor de Petróleo e Gás Natural, os Encontros de Desenvolvimento de Potenciais Fornecedores e o Projeto de Fortalecimento do Arranjo Produtivo Local de Petróleo (APL). E as empresas já provaram que estão capacitadas para isso. Conforme indicadores de desempenho nacional divulgado pelo Prominp no 4º trimestre de 2009, o percentual de nacionalização chegou a 75%, e em 2003 era de 57%. MACAÉ OFFSHORE 21


Matéria de Capa

Matéria de Capa Divulgação Petrobras / Geraldo Falcão

A necessidade de construção de novas unidades marítimas criará várias oportunidades para a cadeia produtiva The need to build new marine units will create several opportunities for the productive chain

Portal de Oportunidades

Lançado em dezembro de 2009, com o objetivo de fortalecer e preparar a cadeia de fornecedores, o Portal de Oportunidades da Cadeia de Suprimentos do Setor de Petróleo e Gás Natural, ancorado no Prominp Nacional, está abrindo as portas para as empresas de todos os portes apresentarem seu potencial, conhecer e atender à demanda do mercado que será em larga escala. A coordenadora do Prominp na Bacia de Campos, Eliete Rosado, explica que o portal surgiu em função da necessidade de dar visibilidade ao mercado como um todo, independentemente do porte da empresa, para que ela enxergue as necessidades do mercado. “É importante que o pequeno e médio empresário se cadastre para que a grande empresa possa vê-lo e para que ele conheça a necessidade de materiais e equipamentos e os investimentos”, explica. A coordenadora lembra que a ferramenta não foca a demanda da Petrobras, mas sim do setor. Portanto, ela não só aumenta a interação com outros fornecedores, mas dá a oportunidade de a empresa não se preocupar em ser somente uma fornecedora direta da Petrobras, mas sim poder vender para uma empresa que já é fornecedora da Companhia. “O portal não dá garantias de que aquele tipo de bem ou serviço será contratado em determinado tempo. Cabe a cada empresário ver a oportunidade de negócio e se ver dentro do setor, fazendo seu planejamento para atender ao mercado, 22 MACAÉ OFFSHORE

podendo, inclusive, mudar seu foco. Acompanhando essas informações no portal, a empresa verá que se fizer um upgrade, ela terá condições de atender não somente a determinado bem ou serviço, mas de ampliar sua oferta”, ressalta Eliete. Para divulgação do portal, o Prominp está promovendo encontros regionais. O próximo acontecerá em Macaé, no dia 16 de junho, às 18h, no teatro do Sesi, com a presença do coordenador executivo nacional do Prominp, José Renato Ferreira, que fará uma apresentação da ferramenta. Podem participar do evento as empresas nacionais da região. Atualmente, 1800 empresas do Brasil inteiro estão cadastradas. Desse número, 20% são do estado do Rio de Janeiro. Para se cadastrar no Portal de Oportunidades, tem que ser empresa fornecedora de materiais, equipamentos e componentes usados em projetos de petróleo e gás e serviços ligados à cadeia. O portal não permite o cadastramento de empresas estrangeiras ou importadoras, pois o seu objetivo é a nacionalização. O cadastramento é gratuito no site www.prominp.com.br, bastando acessar o link Portal de Oportunidades. Depois de fazer o cadastro, o fornecedor recebe uma senha que lhe permite navegar pelo sistema. Os fabricantes só terão acesso às informações mediante o cadastro de, ao menos, um produto. “No futuro, a ideia é expandir para empresas de bens e serviços que não sejam da atividade”, acrescenta Eliete.


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Matéria de Capa

Matéria de Capa Encontro de Desenvolvimento de Potenciais Fornecedores O Projeto do Fórum Regional do Prominp da Bacia de Campos, Desenvolvimento de Potenciais Fornecedores, foi criado com a finalidade de incentivar e alavancar a economia da região por meio de Encontro de Negócios, com foco nas demandas de contratação de bens e serviços de baixa competitividade da Petrobras Bacia de Campos. “Apesar de a Petrobras possuir um banco de fornecedores aqui na Bacia de Campos, ainda apresentamos carências em algumas áreas. Ela identifica os itens de bens e serviços que têm menos de três fornecedores, ou que tenham mais que quatro, mas que não atendam, e promove o encontro. Isso porque, apesar de a legislação permitir que a Companhia contrate diretamente, considera-se importante que haja no mínimo três fornecedores para promover a licitação, dando um respaldo público”, disse Eliete, que também é consultora de negócios da Petrobras.

bras para análise do perfil da empresa referente ao produto demandando. Depois da análise dos técnicos, é feito um agendamento para um encontro individual com a equipe da Petrobras, sendo emitido um parecer para encaminhamento para o Cadastramento de Fornecedores.

Segundo a consultora, para participar desse encontro, é imprescindível que a empresa comprove, com atestado de prestação de serviço, que ela tem expertise no determinado segmento. Os encontros acontecem ao longo do ano. O primeiro foi promovido em abril, o segundo será realizado dia 30 de junho e um especial na edição da Rio Oil & Gás 2010, em setembro. Para participar, as empresas têm que se inscrever pelo e-mail erbc@onip.org.br ou pelo telefone (22) 2796-6118. No encontro, os fornecedores têm contato com o corpo técnico da PetroCoordenadora do Prominp na Bacia de Campos, Eliete Rosado Coordinator of Prominp for the Campos Basin, Eliete Rosado

Projeto Fortalecimento do APL

Fruto de uma renovação de convênios entre a Petrobras e o Sebrae para implementação de projetos estruturantes, com ênfase na capacitação de fornecedores e no aproveitamento de oportunidades para a inserção competitiva e sustentável de micro e pequenas empresas na cadeia produtiva do petróleo, gás e energia, o Projeto de Fortalecimento do Arranjo Produtivo Local de Petróleo (APL) foi lançado este ano por meio do Programa da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia. “No primeiro planejamento do projeto, foi definido um cronograma de atividades para o período de 2005 e 2006. Ao final deste período, em função dos bons resultados obtidos, foi identificada a conveniência da renovação do convênio para o período de 2010 a 2011”, disse o gerente regional do Sebrae Macaé, Gilberto Soares dos Reis.

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Conforme explica o gerente, o projeto APL visa à adequação da base de fornecedores e estimula processos locais de desenvolvimento. Segundo ele, o desafio até 2011 será ampliar o mapeamento da demanda com foco na Petrobras Bacia de Campos e fazer o levantamento do histórico dos itens críticos da estatal. O analista do Sebrae/RJ e gestor do Projeto na Bacia de Campos, Renato Perlingeiro, explica que o projeto passa por várias etapas, como o diagnóstico do fornecedor, por meio da avaliação do nível de competitividade da empresa, em seguida a apresentação do resultado do diagnóstico empresarial e a elaboração do plano de desenvolvimento empresarial. Dentro do programa constam ainda capacitação gerencial, consultorias empresariais, Programa Rumo a ISO 9000, Pro-


O projeto APL visa à adequação da base de fornecedores e estimula processos locais de desenvolvimento The APL project aims for the adequacy of the supplier base and stimulates local processes of development

grama Sebrae Empresas Avançadas e inserção no Prointer – Programa de Internacionalização. Vale destacar o conjunto de ações que visam a estimular o processo de inovação tecnológica nas empresas fornecedoras da cadeia, priorizando as demandas não atendidas ou com potencial de nacionalização do setor.

sários sobre o processo de cadastramento e facilitar o acesso nos cadastros da Petrobras (regional e corporativo), na Onip e nos demais cadastros pertinentes ao setor de Petróleo, Gás e Energia, além de promover a divulgação e participação das empresas nacionais nas principais feiras do setor.

O programa oferece acesso aos serviços financeiros promovendo o levantamento e divulgação das linhas de crédito específicas para o APL (Caixa e Banco do Brasil), o atendimento customizado por meio do Sebrae e a articulação para constituição da Sociedade de Garantia de Crédito. Também cria estratégias para orientar os empre-

“O programa vem atender à grande demanda de bens e serviços que a Petrobras apresenta. É papel do Sebrae e das instituições parceiras, não só deste projeto, acompanhar este mercado e promover oportunidades para as empresas menores, conforme as necessidades da Petrobras e do mercado”, comenta Renato.

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Report of Cover

Report of Cover

Great pass for competitive insertion National companies have tools to become potential suppliers to bottlenecks of oil and gas industry

S

ince 2003, the domestic industry has had great prospects for growth in the oil and gas supply chain. The oil exploration in the pre-salt layer has set off a race for national companies to get prepared to supply the bottlenecks of this market. And with encouragement and right tools, companies are capable to find promising alternatives, being likely to provide, at a not too distant future, a large industrial foundation for goods and services supply. That does not mean that the country is closing its doors to international companies, but giving the Brazilian companies the chance to fit in a competitive profile in order to reach the international market. The new border points to several challenges and, in view of the need to disclose demands and raise the visibility of companies, Petrobras, Sebrae/RJ, the National Oil and Natural Gas Industry’s Mobilization Program (Campos Basin’s Regional Promimp), the National Organization of the Petroleum Industry (ONIP), Rede Petro-BC and the Federation of Industries in Rio de Janeiro (Firjan) developed actions to strengthen the companies that will benefit the industry.

Prominp itself was one of these initiatives. Created in 2003, one of its goals is to maximize the participation of national industry of goods and services, developing projects to increase domestic content in specific areas of Exploration & Production, Shipping, Supply and Gas & Power, not only by means of projects that encompass the whole country, through the Brazilian Prominp, but also by means of local ones, through regional forums, aiming to raise the visibility of actions. Now, companies, whether micro, medium or large, have support to their competitive insertion and are able to be updated on the news and challenges of the market, by means of tools such as the Portal of Opportunities for the Supply Chain of Oil and Natural Gas Sector, the Encounters for Development of Potential Suppliers and the Project for Strengthening Oil Local Productive Arrangement (APL). And companies have been proven qualified to do so. According to national performance indicators published by Prominp in the 4th quarter of 2009, the percentage of nationalization reached 75%, which in 2003 was recorded in 57%.

Portal of Opportunities Launched in December 2009, aiming to strengthen and prepare the supply chain, the Portal of Opportunities for the Supply Chain of Oil and Natural Gas Sector, supported by the National Prominp, is opening doors for businesses of all sizes to show their potential, understand and meet a large-scale demand market. The coordinator of Prominp for the Campos Basin, Eliete Rosado, explains that the portal has emerged around the need to raise the visibility of the market as a whole, regardless of companies’ size, so as to allow them to see the needs of the market. “It is important for small and medium businesses to sign up, so that large companies may see them while they learn about what materials and equipment are needed, as well as the investments”, he explains. The coordinator emphasizes that such tool does not address the demand of Petrobras, but the industry as a whole. Therefore, it not only increases interaction with other suppliers, but gives the companies the opportunity to not worry about being direct providers only of Petrobras, besides allowing it to sell to another business that is already a supplier of the Company. “This portal gives no guarantee that a certain type of good or service will be hired at any given time. It is for each entrepreneur to see the business opportunity and feel fit in the sector, making a planning to meet the market needs and, if needed,

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change focus. By following information in the portal, entrepreneurs will see that if they make an upgrade, they will be able not only to provide a certain good or service, but also increase its offer”, highlights Eliete. To divulge the portal, Prominp is promoting regional meetings. The next one will be held in Macaé, on June 16, at 6 pm, at the Sesi theater, with the presence of the national executive coordinator of Prominp, José Renato Ferreira, who will give a presentation on the tool. National companies from that region are allowed to participate in the event. Currently, 1800 companies from all over Brazil are registered. Out of that number, 20% are from the state of Rio de Janeiro. To sign up for the Portal of Opportunities, company must be supplier of materials, equipment and components used in oil and gas projects and of supply chain related services. The portal does not allow the registration of foreign companies or importers, because their goal is nationalization. Registration on the website www.prominp.com.br is for free and there you can access the Portal of Opportunities link. After registration, the supplier receives a password that allows for navigation through the system. Manufacturers will only have access to information through the registration of at least one product. “In the future, the idea is to admit goods and services providers from different activities,” adds Eliete.


Encounter for Development of Potential Suppliers Project of the Regional Forum of Prominp of the Campos Basin, the development of potential suppliers has been created to encourage and boost the region’s economy through the implementation of Business Meetings, with a focus on the demands of procurement of low competitive/critical goods and services of Petrobras from the Campos Basin. “Although Petrobras has a database of suppliers here in the Campos Basin, we still suffer from a deficiency in supply in some areas. Petrobras identifies which goods and services items have less than three suppliers, or those which have more than four suppliers that do not meet demand, and, then, it promotes the meeting. That’s because, despite the fact that legislation allows the Company to hire directly, it is important for it to have at least three suppliers to promote the bid, giving a public endorsement”, said Eliete, who is also a business consultant to Petrobras.

According to the consultant, to attend this meeting, it is imperative that the company proves, upon a certificate of service provision, that it has expertise in a certain segment. The meetings are held throughout the year. The first was promoted in April, the second will be held June 30 and a special edition of the Rio Oil & Gas 2010 will be held in September. To participate, companies must apply via e-mail - erbc@onip.org.br - or by phone 22 2796-6118. At the meeting, suppliers will have contact with the Petrobras’ technical staff to review the company profile concerning the product required. After the analysis conducted by technicians, an individual appointment with the Petrobras’ staff is scheduled, after which an opinion to be forwarded to the Registration of Suppliers is issued.

APL Strengthening Project Result of a renewal of agreements between Petrobras and the Sebrae for implementation of structuring projects, with emphasis on training providers and leveraging opportunities for competitive and sustainable insertion of micro and small-sized companies in the production chain of oil, gas and energy, the Project for Strengthening Oil Local Productive Arrangement (APL) was launched this year through the Oil, Gas and Energy Productive Chain Program. “The first planning for the project has set a schedule of activities for the period 2005 to 2006. Thereafter, depending on the good results obtained, we identified the advantage of renewing the agreement for the period 2010 to 2011, “said the regional manager of Sebrae Macaé, Gilberto Soares dos Reis. As the manager explained, the APL project aims for the adequacy of the supplier base and stimulates local processes of development. He said that the main challenge until 2011 will be to expand the mapping of the demand with a focus on Petrobras of Campos Basin and to survey the history of the critical issues of the state-owned company. The analyst of Sebrae / RJ and Project Manager in the Campos Basin, Renato Perlingeiro, explains that the project goes through several stages, such as the diagnosis of the supplier, by assessing the level of competitiveness of the company, then showing the result of the corporate diagnosis and

preparing the corporate development plan. The program also includes management training, business consulting, Towards ISO 9000 Certification Program, Sebrae’s Advanced Businesses program, and insertion into Prointer - Internationalization Program. Notably, the set of actions designed to stimulate technological innovation in enterprises that supply the chain, giving priority to unmet demands or having a potential for nationalization of industry. In addition, the program offers access to financial services by conducting the survey and disclosure of specific credit lines for APL (CEF and BB), providing customized service through Sebrae and interlinking for establishment of Credit Guarantee Society. It also creates strategies to guide entrepreneurs about the registration process and facilitates access in the registrations of Petrobras (regional and corporate) in ONIP and in other databases pertaining to the Oil, Gas and Energy industry, and promotes the dissemination and participation of domestic companies in key exhibitions of the industry. “The program, as we can see, is an answer to the demand for goods and services that Petrobras presents. It is the role of Sebrae and its sister institutions, not only of those involved in this project, to monitor this market and promote opportunities for smaller companies according to the needs of both Petrobras and market”, said Renato.  MACAÉ OFFSHORE 27


Plataforma Santos

Plataforma Santos Fotos: Agência Petrobras

A operação da UTGCA deverá ter início no segundo semestre deste ano The operation of UTGCA is expected to start in the second half of this year

UTGCA

quase no ponto

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niciadas em dezembro do ano passado, dentro da Fazenda Serramar, na cidade de Caraguatatuba (SP), as obras da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) seguem em ritmo acelerado. Segundo informações do gerente-geral da Petrobras Unidade da Bacia de Santos, José Luiz Marcusso, a operação da UTGCA deverá ter início no segundo semestre deste ano. A unidade industrial ocupará 450 mil m², sendo construída numa área total de um milhão de metros quadrados. E assim que concluída, produzirá até 18 milhões de m³/dia de gás.

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Unidade inicia as operações no segundo semestre deste ano e prioriza mão de obra local De acordo com ele, a operação será implantada de forma escalonada. Primeiramente começa a operar um módulo de processamento de pequeno porte, conhecido como DPP (Dew Point Plant), com capacidade de processar até 3 milhões de m³/dia de gás. Posteriormente, um outro módulo, com capacidade de processar até 7,5 milhões de m³/dia de gás, deve entrar em operação. “No final do ano, o último módulo, também para 7,5 milhões de m³/dia de gás, começa a operar, perfazendo uma capacidade nominal total de até 18 milhões de m³/dia”, afirma.


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Plataforma Santos

Plataforma Santos

De acordo com o gerente, a escolha da localização da UTGCA foi feita com base em diversos critérios técnicos, como a proximidade do campo de Mexilhão, a disponibilidade de uma grande área plana e dentro de uma fazenda de gado, ou seja, com pouco impacto em áreas urbanas, entre outros critérios. A UTGCA receberá o gás da Plataforma de Mexilhão por meio de um gasoduto marítimo de 145 km, dos quais 139 km serão no mar até a praia das Palmeiras (Caraguatatuba), e 7 km em terra. “Neste momento, o trecho marítimo do gasoduto já está finalizado e o trecho terrestre está em fase final de construção”, disse. Na Unidade, o gás será separado e tratado para sua especificação, obtendo-se como produtos finais do processamento o próprio gás natural especificado para o mercado, o GLP (gás de cozinha) e o condensado (C5+). Depois de tratado, seguirá pelo gasoduto Caraguatatuba-Taubaté (Gastau), também em construção, até a cidade de Taubaté, a cerca de 100 quilômetros de Caraguatatuba, onde será interligado ao gasoduto Campinas-Rio de Janeiro, que integra a malha sudeste de transporte de gás natural.

Plataforma de Mexilhão

Oportunidade para a região As obras da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato contam com um contingente de aproximadamente 3.500 pessoas, das quais aproximadamente 50% são oriundas do próprio Litoral Norte de São Paulo, segundo informou Marcusso. Isso é resultado das orientações dos Estudos de Impacto Ambiental e com as Diretrizes de Responsabilidade Social da Engenharia da Petrobras. Portando, o Consórcio Caraguatatuba - formado pelas empresas Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Iesa contratado para os trabalhos de engenharia, suprimento e construção e montagem da Unidade, prioriza a mão de obra local. Há ainda um convênio firmado entre Petrobras, Consórcio Caraguatatuba e Prefeitura Municipal da Estância Balneária de Caraguatatuba, que elegeu o Posto

de Atendimento ao Trabalhador do município (PAT) órgão centralizador das contratações dos profissionais. Além de Caraguatatuba, os municípios vizinhos comemoram a oportunidade, pois contam também com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), que prepara os trabalhadores da região para atuar neste mercado e as próprias prefeituras que promovem cursos profissionalizantes voltados para a área. Entre as vagas de maior contratação estão as áreas elétrica, instrumentação, mecânica, pintura, solda e tubulação. Também há oportunidades para projetistas e desenhistas, supervisores de comissionamento, inspetor de construção civil, inspetor de soldagem, entre outros. 

A Plataforma de Mexilhão (PMXL-1), construída em Niterói (RJ), está instalada a cerca de 140 km da costa de Caraguatatuba (SP), em águas rasas de 172 metros, no campo de Mexilhão, que fica localizado na porção centro-norte da Bacia de Santos. A base da PMXL-1 foi afixada no fundo do mar em novembro de 2009 e, em dezembro, os dois módulos com equipamentos de produção foram instalados. Já a fase final, que é a interligação aos sistemas de coleta submarinos, encontra-se em andamento. Sua capacidade de produção é de até 15 milhões de m³ diários de gás e 20 mil barris/dia de condensado. Mas o empreendimento vai receber também a produção de gás do Projeto Uruguá-Tambaú, no Rio de Janeiro (escoado do FPSO Cidade de Santos por um gasoduto de 18 polegadas e cerca de 170 quilômetros de extensão), e do projeto piloto de Tupi, localizado no Polo Pré-sal (escoado do FPSO Cidade de Angra dos Reis por um gasoduto de 18 polegadas e cerca de 215 quilômetros de extensão).

30 MACAÉ OFFSHORE

A base da PMXL-1 foi afixada no fundo do mar em novembro de 2009 The foundation of PMXL-1 was fixed to the sea bottom in November 2009


UTGCA almost there

I

nitiated in December last year, within the Serramar Farm, in the city of Caraguatatuba, State of São Paulo, the works of the Gas Treatment Unit Monteiro Lobato (UTGCA) continue at a fast pace. According to the general manager of Petrobras in the Santos Basin Unit, José Luiz Marcusso, the operation of UTGCA is expected to start in the second half of this year. The plant will occupy 450 thousand square meters, being constructed on a total area of one million square meters. And once completed, it will produce up to 18 million m³/day of gas. According to him, the operation will be deployed in a phased way. First, a small-sized processing module, known as DPP (Dew Point Plant), with capacity to process up to 3 million m³/day of gas, starts to operate. Then, another module, capable of processing up to 7.5 million m³/day of gas should come into operation. “At the end of the year, the last module, also designed for 7.5 million m³/day of gas, begins to operate, making a total nominal capacity of up to 18 million m³/day”, he says. According to the manager, the choice of location for UTGCA was based on several technical criteria, such as proximity to the field of Mexilhão, the availability of a large flat area, within a cattle farm, that is, with little impact on urban areas, among other criteria. The UTGCA will receive gas from the Platform of Mexilhão through a 145km-pipeline at sea, of which 139km will be offshore as far as the beach of Palmeiras (Caraguatatuba) and 7km will be onshore. “The maritime stretch of the pipeline is already completed and the onshore stretch is in final stage of construction,” he said. In the Unity, the gas will be separated and treated for specification, obtaining as final products of processing the natural gas itself, specified for the market, the LPG (cooking gas) and the condensate gas (C5 +). After being treated, it will be conveyed by the Gastau pipeline (Caraguatatuba-Taubaté) which is also under construction - towards the city of Taubaté, about 100km away from Caraguatatuba, where it will be connected to the Campinas-Rio de Janeiro pipeline, which is part of the southeast network of natural gas transportation.

Unit starts operations in the second half of this year and prioritizes local workforce Platform of Mexilhão

The Platform of Mexião (PMXL-1), built in Niterói (RJ), is installed about 140km away from the coast of Caraguatatuba (SP) in shallow waters of 172 meters in the field of Mexilhão, which is located in the CentreNorth part of the Santos Basin. The foundation of PMXL1 was fixed to the sea bottom in November 2009 and, in December, the two modules with production equipment were installed. As for the final stage, comprising the interconnection to subsea collection systems, is in progress. Its production capacity is up to 15 million cubic meters per day of gas and 20 thousand bpd of condensate. But the venture will also receive the gas production from the Uruguá-Tambaú Project in Rio de Janeiro (unloaded from the Cidade de Santos FPSO by a pipeline of 18 inches and about 170km long), and from the pilot project of Tupi, located in the Pre-salt Complex (drained from the Cidade de Angra dos Reis FPSO by a pipeline of 18 inches and about 215 km long).

Opportunity for the region

The works of the Monteiro Lobato Gas Treatment Unit is staffed with about 3,500 people, of whom approximately 50% are, according to Marcusso, from the very northern coast of São Paulo. This is a result of the instructions of the Environmental Impact Studies and the Social Responsibility Guidelines in Engineering at Petrobras. Therefore, the Caraguatatuba Consortium - formed by Queiroz Galvão, Camargo Corrêa and IESA - contracted to undertake the Engineering, Procurement and Construction, as well as the assembly of the unit, prioritizes the hiring of local labor.

Santos Platform

Santos Platform

There is also an agreement between Petrobras, Caraguatatuba Consortium and the City Hall of the Bathing Resort of Caraguatatuba, which elected the Worker Care Station of the municipality (PAT) as a centralizing body for the hiring of professionals. Besides Caraguatatuba, the neighboring cities celebrate the opportunity, because they also have the Program for Mobilization of the National Petroleum and Natural Gas Industry (Prominp), which prepares workers in the region to serve this market and the very city halls that promote vocational courses aimed for the area. The vacancies of higher level of hiring activity are those offered by the electrical, instrumentation, mechanical, painting, welding and pipe. There are also opportunities for designers and drafters, commissioning supervisors, construction inspector, welding inspector, among others. 

MACAÉ OFFSHORE 31


Plataforma EspíritoSanto

Plataforma Espírito Santo Divulgação Petrobras / Weverson Rocio

Com a chegada de novas plataformas no litoral do Estado, a previsão é de que, até o final de 2010, a produção alcance a marca de 300 mil barris/dia Upon the arrival of new rigs in the coast of Espírito Santo, it is predicted that, by the end of 2010, the production will be of 300 thousand barrels a day

Espírito Santo arranca com

indústria do petróleo

I

nformações divulgadas pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) na primeira quinzena de maio deste ano apresentam os resultados obtidos no atual estudo sobre o PIB trimestral e afirmam que o Estado do Espírito Santo vem superando os efeitos negativos da crise internacional. O estudo diz que as comparações referentes a períodos consecutivos relatam um aumento de 5,1% entre o terceiro e o quarto trimestres de 2009. No final do ano passado, o IJSN, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) capixaba registrou, em 2007, alta de 7,8% em relação ao ano de 2006, o terceiro mais alto de todo o país e 6,1 acima da média nacional, ficando abaixo dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Pesquisas demonstram a influência da indústria do petróleo nesses resultados. Depois da agropecuária, da celulose, da indústria de rochas ornamentais, da siderurgia básica, da atividade portuária e até mesmo do turismo, pode-se afirmar que é a indústria do petróleo a responsável pelo grande avanço do Estado do Espírito Santo na sua economia. A Pesquisa Industrial Anual do IBGE de 2008 para o Estado, por exemplo, apresentou dados que indicaram que a participação da indústria do petróleo e gás no total da extrativa mineral era de 41,9%, ainda inferior à participação da extração de minério de ferro (54,4%). Os restantes 3,7% provêm da extração de minerais não-metálicos. Considerando-se o total da indústria, em que se somam a extrativa mineral e a transformação, o setor de petróleo e gás contribuiu com 19,3% do valor adicionado no Estado, ou praticamente, 1/5 do total. 32 MACAÉ OFFSHORE

Em menos de dez anos, o estado capixaba salta de 1% para 8,5% da média brasileira de produção diária de barris de petróleo, atraindo investimentos na ordem de R$ 30 bilhões somente para este setor e fortalecendo sua economia


Plataforma Santos

MACAÉ OFFSHORE 33


Plataforma EspíritoSanto

Plataforma Espírito Santo O resultado da produção de petróleo e gás contribuiu para a queda da produção extrativa. Segundo a apuração da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a extração de petróleo registrou em 2009 recuos de -15% e a de gás, -62%. Em particular, a redução na produção de gás foi decorrência da paralisação de usinas de pelotização e altos-fornos siderúrgicos, unidades industriais intensivas em energia. Mas o ano de 2009 foi atípico para a produção industrial do Espírito Santo, conforme explicou a diretora-presidente do IJSN, Ana Paula Vescovi. “Esse foi o período no qual mais foram percebidos os efeitos da crise financeira internacional. A produção industrial do estado declinou -14,6% e, neste contexto, a extrativa mineral também foi afetada, por registrar

declínio de -33,8% no seu nível de atividade”, disse. Entretanto, em 2010, o mercado já demonstra reação, isso porque a produção local de gás cresceu 60% e a de petróleo, 100%, somente nesses primeiros três meses do ano, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Olhando o quadro de produção de petróleo na última década, em 2000 eram produzidos 12,8 mil barris por dia, e o Estado chegou à marca dos 200 mil barris de óleo por dia este ano. “Mais importante do que a elevada participação desse setor na economia local é notar que há apenas dez anos essa indústria apresentava participação muito pequena na estrutura produtiva do Espírito Santo, somente ampliada a partir de 2002 com o início da exploração marítima”, comentou a diretora. Romero Mendonça / Secom ES

Diretorapresidente do IJSN, Ana Paula Vescovi Directorpresident of IJSN, Ana Paula Vescovi

34 MACAÉ OFFSHORE


MACAÉ OFFSHORE 35


Plataforma EspíritoSanto

Plataforma Espírito Santo Investimentos em massa Influência do petróleo nas demais cadeias produtivas E o que mais chama a atenção nesse negócio é a influência da cadeia produtiva de petróleo sobre os demais setores, como a siderurgia, celulose, logística portuária e comércio, por exemplo, que também se beneficiam e se fortalecem com os investimentos aplicados. Segundo Ana Paula Vescovi, a cadeia produtiva de petróleo e gás pode afetar a economia do Estado a partir de uma série de complementaridades que serão necessárias ao funcionamento dessa cadeia, quer a jusante ou a montante dela. “Como a economia é formada por diversas ligações entre distintos segmentos econômicos, o aumento considerável na produção de um setor tende também a afetar os outros setores. Nesse sentido, é de se esperar que setores tradicionais da economia capixaba sejam beneficiados pela atual expansão do setor de petróleo e gás no Estado, por conta do aumento da demanda de determinados bens”, explica a diretora do IJSN.

Ana Paula cita, como exemplo, a atratividade de estaleiros, empresas de suprimentos para plataformas e indústrias metalmecânicas, que já estão em evidência no Espírito Santo. “Conforme a tecnologia vigente, haverá demanda por tubos, conexões e peças de caldeiraria, os quais, por sua vez, demandarão aço para sua fabricação. Na exploração em mar serão necessários bombas, compressores, motores, turbinas, guindastes e guinchos, válvulas, geradores, transformadores e subestações de energia elétrica, peças para instrumentação. Também os serviços de engenharia, construção e montagem serão demandados”, relata. Outra tendência é o crescimento paralelo da economia local e da renda familiar, que implicaria na expansão do consumo e do mercado interno no Espírito Santo. Assim sendo, os setores industriais relacionados aos bens de consumo semiduráveis, não duráveis e duráveis também poderão se expandir nos próximos anos.

Com a chegada de novas plataformas no litoral do Estado, a previsão é de que, até o final de 2010, a produção alcance a marca de 300 mil barris/dia, superior ao volume produzido em todos os estados do Norte e Nordeste juntos, segundo informou o secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix. “Essa alta produção, associada ao elevado potencial exploratório, gera demanda crescente por produtos do setor metalmecânico e logística para suporte à exploração e produção marítima (offshore), tanto da Petrobras como de outras operadoras com atuação no litoral capixaba”, disse. Isso pode se multiplicar. Atualmente, as reservas de petróleo do Espírito Santo são de 2,6 bilhões de barris e podem dobrar diante da magnitude prevista com a descoberta do pré-sal. O Estado tem em seu bolso uma previsão de investimentos na ordem de R$ 60 bilhões de reais da iniciativa pública e privada para serem aplicados em diversos setores. Segundo Márcio Félix, metade desse valor é proveniente da cadeia produtiva do Petróleo e Gás. A Revista Macaé

Principais Investimentos Empreendimento

Empresa

Valor R$

Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC)

Petrobras

3 bilhões

Complexo Gás-Químico

Petrobras

4 bilhões

Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba

Petrobras

400 milhões

Terminal Aquaviário de Barra do Riacho

Petrobras

500 milhões

Terminal de Apoio às Atividades de Exploração e Produção Offshore

Petrobras

800 milhões

Weg

185 milhões

Jurong do Brasil

800 milhões

União Engenharia e a Nitshore Participações Ltda

300 milhões

Fábrica de Motores Estaleiro Base de Apoio Logístico Metalmecânico Marítimo

36 MACAÉ OFFSHORE


Divulgação

Há ainda as empresas a Shell, Anadarko, Chevron, entre outras, que estão atuando na exploração e produção de petróleo no Estado. Além disso, a oferta de energia no ES também irá triplicar com um acréscimo de mais de 2.000 MW até 2013, tornando-se autossuficiente em energia elétrica e exportador de energia para o sistema nacional. Isso porque novas termelétricas entram em ação. São oito vencedores dos leilões A-3 e A-5 da Aneel. Félix ressalta que o ideal do Estado é desenvolver todas as condições necessárias para o pleno atendimento à indústria petrolífera, seja em questões de infraestrutura, fornecimento de bens e serviços e qualificação de mão de obra para a cadeia produtiva do petróleo e gás. “Desenvolvendo esse polo logístico inovador, por exemplo, vamos permitir que o setor cresça e gere empregos de qualidade. Isso vai agregar maior valor à cadeia, o que constitui um dos nossos principais objetivos”, frisou ele, lembrando que o Estado participa desses investimentos, proporcionando um ambiente econômico estável, propício ao desenvolvimento dos projetos e à realização de negócios. 

Secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix Development Secretary of Espírito Santo, Márcio Félix

Plataforma Espírito Santo

Offshore, em uma de suas edições, já apresentou alguns desses investimentos, como os da Prysmian (ex-Pirelli), que implantou nova fábrica destinada à produção de tubos flexíveis em Vila Velha; a WEG S.A., com investimentos de R$ 185 milhões na construção de uma fábrica para produção de motores elétricos e que deve entrar em operação em 2011; e a Technip, que investiu na Flexibrás, planta brasileira da empresa para fabricação tubos flexíveis.

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Espírito Santo Platform

Espírito Santo Platform

Espírito Santo speeds up with

oil industry

In less than 10 years, Espírito Santo jumps from 1% to 8,5% of Brazilian average of daily output of oil barrels, attracting investments of R$ 30 billion only for this sector and strengthening its economy.

I

nformation disclosed by Jones dos Santos Neves Institute (IJSN) in the first half of May this year presents the results obtained in the current study on quarterly Gross Domestic Product (PIB) and reveals that the state of Espírito Santo has overcome the negative effects of the international crisis. The study indicates that comparisons between consecutive periods show an increase of 5.1% between the third and fourth quarters of 2009. At the end of the last year, IJSN, in association with Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) disclosed that Espírito Santo’s Gross Domestic Product in 2007 was 7.8% higher as compared to 2006, the third highest GDP in Brazil and 6.1% above the national average, second only to the States of Rio de Janeiro and São Paulo. Researches demonstrate the influence of oil industry over these results. After farming and cattle-raising, cellulose, decorative rocks industry, basic siderurgy, port activity and even tourism, it may be claimed that the oil industry is responsible for the great advancement of the economy of the state of Espírito Santo. The 2008 Annual Industry Research of IBGE, for instance, presented data which indicated that the participation of oil and gas industry in the total mineral extraction was 41.9%, still lower than that of extraction of iron ore (54.4%). The remaining 3.7% come from the extraction of non metallic minerals. Taking into consideration the whole industry, which also encompasses the mineral extractive and transformation industries, the oil and gas sector contributed with 19.3% of the added value in the State, which is practically 1/5 of the total. The result of oil and gas output in 2009 contributed to the fall of extractive production. According to National Petroleum Agency (ANP), the oil and gas extractions registered, in 2009, decreases of -15% and -62%, respectively. Particularly, the reduction in gas production stemmed from the shutdown of pelletizing plants and siderurgic blast furnaces, energy-intensive industrial plants. However, 2009 was an unusual year to the industrial output of Espírito Santo, according to the director-president of IJSN, Ana Paula Vescovi. “In this period, the effects of international financial crisis could be most clearly noticed. The industrial output in the state decreased by -14,6%. Within this context, the mineral extractive industry was also affected since there was a decrease of -33,8% in its level of activities, she stated. However, in 2010, the market reacted, since the local gas output grew 60% and the oil output grew 100%, only over the first quarter of the year as compared to the same period of the previous year. Observing the oil output over the last decade, it was produced 38 MACAÉ OFFSHORE

12.8 thousand barrels a day in 2000, and the State reached 200 thousand barrels of oil a day this year. “More important than the high participation of this sector in the local economy is noticing that 10 years ago, this industry was in its initial phase in Espírito Santo”, commented the director.

Influence of oil over other production chains

What impresses the most in this business is the influence of oil production chain over the other sectors, such as siderurgy, cellulose, port logistics and trade, for instance, that also benefit from and strengthen themselves with the applied investments. According to Ana Paula Vescovi, the oil and gas production chain may affect the economy of the State stemming from a series of complementarities that will be necessary to the operation of this chain, either downstream or upstream. As the economy is formed by many links between distinct economic segments, the considerable increase in the output of a certain sector tends to affect the other sectors as well. In this aspect, it must be expected that traditional sectors of Espírito Santo’s economy are benefited from the current enlargement of oil and gas sector in the state due to the increase in the demand of certain goods”, explains IJSN director. Ana Paula gives the example of shipyards, companies of supplies for platforms and metal and mechanical industries, which are attracted and already in evidence in Espírito Santo. “According to current technology there will be demand for pipes, connections and coppersmith shop parts, which, on their turn, demand steel to be manufactured. In the sea exploration it will be necessary the employment of pumps, compressors, engines, turbines, cranes and winches, valves, generators, transmitters and electrical energy substations, instrumentation parts. The engineering, erection and assembly services will be demanded as well” she reports. Another trend is the parallel growing of local economy and family income, which would imply the increase of consumption and internal market in Espírito Santo. Then, the industrial sectors related to semi-durable consumer goods, non durable and durable may also increase in the next few years.


Mass Investments Upon the arrival of new rigs in the coast of Espírito Santo, it is predicted that, by the end of 2010, the production will be of 300 thousand barrels a day, which is bigger than the production of all Northern and Northeastern states altogether, according to information from Development Secretary of Espírito Santo, Márcio Félix.

The State forecasts investments around R$ 60 billion from both public and private sectors to be applied in many sectors. According to Márcio Félix, half of this amount stems from the oil and gas production chain. Macaé Offshore Magazine, presented in one of its issues some of these investments, like those of Prysmian (former Pirelli), which implemented a new factory destined to the manufacture of flexible pipes in Vila Velha; WEG S.A., with investments of R$ 185 million in the erection of a factory to manufacture electric en-

There are also companies like Shell, Anadarko, Chevron, among others, in operation to explore and produce oil in the state. In addition to that, the power offer in Espírito Santo will also triple with an addition of over 2.000 MW until 2013. Consequently, the state will become independent in terms of electrical energy and export it to the national system. It will be possible due to the operation of new thermoelectric power plants. There are eight winners of A-3 and A-5 ANEEL (National Agency for Electric Energy) bids. Félix emphasizes that the State aims to offer all conditions necessary to the full catering for the oil industry, concerning either infrastructure, provision of goods and services or training of manpower to the oil and gas production chain. Developing this innovative logistic center, for instance, we are going to enable the growth of this sector, generating jobs of quality. This will add more value to the chain, one of our main objectives”, he said, emphasizing that the State takes part in these investments, providing a stable economic environment, which is adequate to the development of projects and conduction of businesses. 

Main Investiments enterprise

company

amount R$

Dde Cacimbas (Utgc) Gas Treatment Unit

Petrobras

3 billion

Chemical-Gas Complex

Petrobras

4 billion

Gas Treatment Unit from Southern Espírito Santo

Petrobras

400 million

Barra do Riacho Aquatic Terminal

Petrobras

500 million

Support Terminal to the Exploration and Production Activities Offshore

Petrobras

800 million

Weg

185 million

Jurong do Brasil

800 million

União Engenharia e a Nitshore Participações Ltda

300 million

Engines Factory Shipyard Base of Logistic Maritime Meta and Mechanical Support

Espírito Santo Platform

“This new production associated with the high exploration potential, generates a growing demand for products from meta and mechanical and logistics sector to support maritime exploration and production (offshore), both from Petrobras and other operators which operate in Espírito Santo’s coast, he said. This may multiply. Nowadays, the oil reserves from Espírito Santo are 2.6 billion barrels and may double before the predicted magnitude with the pre salt discovery.

gines and which must be in operation in 2011 and Technip, which invested in Flexibras, Brazilian factory of the company to manufacture flexible pipes.

MACAÉ OFFSHORE 39


Oportunidade

Oportunidade

Lead Aruanã

amplia horizontes do pós-sal Fotos: Agência Petrobras

O reservatório é de óleo leve, descoberto pela Petrobras em 2009, com produção prevista para o ano de 2012

C

om estimativas de 280 milhões de barris de óleo, o Lead Aruanã traz grandes perspectivas quanto à inclinação do pós-sal. Descoberto em agosto de 2009, é considerado a terceira importante descoberta de óleo leve na Bacia de Campos, região tradicionalmente produtora de óleo pesado. E o que leva as atenções para este projeto é a qualidade do óleo, que é leve, com 28° API em carbonatos de idade Albiana, semelhante ao de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. Portanto, Aruanã vem reforçar o potencial upstream da Petrobras para além do pré-sal, ou seja, somando-se a produção de outras áreas, contribuirá para o crescimento da curva de produção da Estatal.

águas profundas, entre os campos de Pampo e Espadarte,

Aruanã está localizado na área sul do bloco C-M-401, concessão exploratória BM-C-36, na porção sul da Bacia de Campos, a uma distância de 120 km da linha de costa, em

processo de avaliação da área, visando a delimitar os limites

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com cotas batimétricas que variam entre 350 e 1500m de profundidade. O bloco foi adquirido durante a 7ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em outubro de 2005. Segundo informações da Petrobras, em março de 2009 foi perfurado um poço exploratório pioneiro no bloco C-M401, com a identificação 1-RJS-661, em lâmina d’água de 990 metros, quando foi constatada a ocorrência de óleo leve. E até o final deste semestre deverá ser concluída a perfuração de um poço de extensão da descoberta, como parte do do reservatório. O poço será perfurado a, aproximadamente, 7 km de distância a sudoeste do primeiro poço.


Produção O engenheiro da Petrobras, Cezar Henz, gerente do Ativo de Produção Centro, informou que até o final deste ano Aruanã deverá receber um Teste de Longa Duração (TLD) no poço 1-RJS-661, com duração de 12 meses, para obter informações visando ao desenvolvimento desta área.

Quanto às expectativas da Companhia com relação à Aruanã, a previsão de produção é de 12 mil barris por dia, previsto para iniciar em 2012. “Em função da boa expectativa nos resultados da perfuração do poço de extensão, bem como no teste de longa duração no poço 1-RJS-661, a Petrobras espera confirmar a incorporação de reservas da ordem de 280 milhões de barris”, afirma o gerente.

“O TLD visa à aquisição de dados que permitam uma melhor caracterização da rocha reservatório, dos fluidos e do potencial produtivo das acumulações de petróleo, com vistas à implantação de um sistema definitivo de produção”, disse Henz.

Henz não entra em detalhes quanto aos investimentos previstos para este campo e revela apenas que a Petrobras busca alternativas entre os FPSOs, que estão atualmente operando, para realocação no menor espaço possível de tempo no novo campo.

Para o teste, a Petrobras não pretende contratar uma nova unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga. A empresa deverá utilizar o navio-platafaforma FPSO Cidade de Rio das Ostras, que se encontra no Campo de Badejo. A unidade ficará ancorada em uma lâmina d’água de 800 metros e conjugará atividades de produção dos fluidos do reservatório, de processamento primário da produção, de estocagem e transferência de óleo para navios aliviadores, enquanto o gás produzido será em parte consumido pela unidade na geração de energia.

Estima-se que a Petrobras deverá utilizar um FPSO com capacidade de lidar com no mínimo 100 mil barris de petróleo por dia para o desenvolvimento de Aruanã, mas a empresa não confirma e não entra em detalhes sobre que unidade virá a ser utilizada.

Teste de Longa Duração

De acordo com gerente, o projeto prevê ainda a completação do poço 1-RJS-661, método de elevação através de bombeio centrífugo submerso e interligação ao FPSO por meio de linhas flexíveis.

De acordo com o gerente, a empresa ainda está trabalhando na definição do projeto para apresentar o plano de desenvolvimento ao mercado regulador da ANP.

O engenheiro da Petrobras, Cezar Henz, gerente do Ativo de Produção Centro The Petrobras’ engineer, Cezar Henz, manager of the Center Production Facility

As vantagens para a Petrobras com relação a este campo são os recursos disponíveis para a operação, como sondas e barcos para lâmina d’água mais rasa. “Além disso, já temos infraestrutura de escoamento montada, o que facilita a entrada em operação num tempo mais curto”, revela.

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Opportunity

Opportunity

Lead Auranã

widens the horizons of post-salt The reservoir is of light-oil type, discovered by Petrobras in 2009, with production planned for 2012

W

ith estimates of 280 million barrels of oil, Lead Aruanã arouses great expectations concerning the slope of the post-salt. Discovered in August 2009, it is considered the third major light oil discovery in the Campos Basin, traditional area of heavy oil. And what throws a spotlight on this project is the quality of oil that is light, with 28°API in carbonates of Albian age, similar to that of Tupi, in the pre-salt region in the Santos Basin. So, Aruanã came to boost the potential of Petrobras’ upstream to a level far beyond the pre-salt, that is, by adding its production to that of other areas it will contribute to the growth of the production curve of the state-owned Company.

ing Production Storage and Offloading unit. The company will probably use the FPSO Cidade de Rio das Ostras, which lies at Campo de Badejo. The unit will be anchored at a water depth of 800m and combine production activities of reservoir fluids, primary processing of the production, stockpiling and transfer of oil to shuttle tankers, while gas production will be partly consumed by the unit for generating power.

Aruanã is located in the southern area of the CM-401 block, BM-C-36 exploratory concession, in the southern side of the Campos Basin, at a distance of 120km from the coastline, in deep waters between the Pampo and Espadarte fields, and presenting bathymetric quotes ranging between 350 and 1500m depth. . The block was acquired during the course of the 7th round bidding of the NPA in October 2005.

The benefits to the State-owned with relation to this field are the resources available for the operation, such as probes and boats for a shallower water depth. “Besides, we already have a flow infrastructure installed, which facilitates to come into operation in a shorter time,” he says.

According to Petrobras, an exploration well was drilled, in March 2009, in the C-M-401 Block, identified as 1-RJS-661, in a water depth of 990m, when they found the occurrence of light oil. And by the end of this semester, the drilling of an extension well for the discovery should be completed, as part of the assessment of the area, to delimit the boundaries of the reservoir. The well will be drilled approximately 7km away southwest of the first well.

As for the expectations of the State-owned Company with respect to Aruanã, the estimated production is 12 thousand barrels per day, which is expected to start in 2012. “Given the good expectation towards the results of the drilling of the extension well, as well as towards the long duration test to be applied to the 1-RJS-661 well, Petrobras expects to confirm the capital increase of around 280 million barrels,” says manager.

Long Duration Test

The Petrobras’ engineer, Cezar Henz, manager of the Center Production Facility, said that by the end of this year the 1-RJS-661 well of Aruanã should undergo a Long Duration Test (LDT), lasting 12 months, in order to obtain information for the development of this area. “The LDT aims to the acquisition of data to better characterize the reservoir rock, fluids and productive potential of accumulations of oil, with a view to implementing a definitive system of production,” said Henz. For the test, Petrobras does not intend to hire a new Float-

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According to the manager, the project also forecasts the completion of the 1-RJS-661 well, a method of elevation through submerged centrifugal pump and interconnection to the FPSO through flexible lines.

Production

Henz does not go into details about the investments planned for this field and only reveals that Petrobras seeks alternatives between FPSOs that are currently operating, for reallocation at a shortest possible time in the new field. It is estimated that the Company will use an FPSO capable of producing at least 100 000 barrels of oil per day for the development of Aruanã, fact that is not confirmed by the company, which does not go into details on exactly which unit will be used. According to the manager, the company is still working on the project definition to submit the development plan to the regulating market of the the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP). 


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