Bacias do Sudeste: sua empresa está preparada?

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Carta ao Leitor/Letter to the Reader O futuro se escreve com p de pré-sal

Future begins with p of pre-salt

O mercado iniciou 2009 ainda sofrendo os reflexos da crise financeira que abalou o mundo no ano passado. Ao contrário de alguns setores da indústria, o segmento de petróleo e gás foi o menos abalado, não só pelas suas características como pelas perspectivas geradas pelo pré-sal, segundo especialistas e executivos do setor. No segundo trimestre, o mercado já se apresentava diferente, pois ansioso pela extração do primeiro óleo em Tupi: foi dada a largada para a gigante Petrobras e para outras operadoras em atuação no país. Foram feitos anúncios de novas descobertas de hidrocarbonetos, parcerias e contratos, tudo em terras brasileiras. Então, que venham as licitações e a decisão do novo marco regulatório. O mercado aguarda. Acompanhando esse desenvolvimento e a reação do mercado, entrevistamos os gerentes das Unidades de Negócio da Petrobras em Campos, Santos e Espírito Santo para saber das estratégias, investimentos e expectativas para os próximos meses. Assim, estreamos duas seções na Revista: Plataforma Santos e Plataforma Espírito Santo, nas quais iremos abordar as principais notícias a respeito dessas regiões. Outra novidade é a seção SMS, na qual apresentamos um programa de conscientização para tripulações e gestores das embarcações, ainda em fase piloto, que chega ao país através da empresa Vicel. Nesta edição, publicamos duas entrevistas: uma com o Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Julio Bueno, e outra com representantes da Associação Internacional de Empreiteiros de Perfuração (IADC). Na seção Empresas e Negócios, mostramos as novidades que empresas instaladas na Bacia de Campos trazem ao segmento. Aproveitando o ambiente da Feira Brasil Offshore, lançamos o Portal Macaé Offshore. Por meio de matérias atuais e entrevistas com reconhecidos nomes do mercado, o portal trata dos principais assuntos da área, com abrangência internacional. Boa leitura!

The market entered 2009 suffering the side effects of the financial downturn that shook up the very foundations of the world last year. As opposed to some industries, the oil and gas industry was less affected by the crisis, not only for its characteristics but also owing the perspectives generated by pre-salt discoveries, as experts and executives put it. In the second quarter, the market behaved differently, as it was eager to extract oil in Tupi: Petrobras and the other oil companies operating in Brazil finally received a sign off to start drilling. In Brazil, new discoveries of hydrocarbons were reported, partnerships forged and contracts awarded. Then, the market looks forward to hearing from bids and a new regulatory framework. Following this trend and the market reactions, we interviewed the managers of Petrobras’ Business Unit in Campos, Santos and Espírito Santo in order to learn about the strategies, investments and expectations for the forthcoming months. This issue brings two new sections: Santos Platform and Espírito Santo Platform, which address the main news about these regions. The HSE section is also freshly new. It will present a pilot awareness-raising effort made with ship crews and managers, brought to Brazil by the company Vicel. In this issue, we publish two interviews: one with the State Secretary for Economic Development, Energy, Industry and Services of Rio de Janeiro, Julio Bueno, and another one with representatives from the International Association of Drilling Contractors (IADC). The section Companies & Businesses features the new stuff that companies set up in Campos Basin bring to the oil and gas industry. Taking the opportunity of Brasil Offshore Exhibition, we launched the Macaé Offshore Portal. The Portal address key international matters on articles and interviews with major market players. Enjoy!

A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngüe (Português / Inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807- Cajueiros - Macaé/ RJ CEP 27.916-000 - Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Cajueiros Macaé RJ - CEP 27.916-000 - Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br

Direção Executiva: / Executive Directors: Alexandre Calomeni / Bruno Bancovsky Gianini Coelho Publicidade: / Advertising: Fernando Albuquerque comercial@macaeoffshore.com.br Edição Final: / Final Editing: Gianini Coelho Jornalistas: / Journalists: Érica Nascimento / MTB-29639/RJ redacao@macaeoffshore.com.br Mariana Finamore / MTB-26.945/RJ jornalismo@macaeoffshore.com.br Revisão: / Review: José Tarcísio Barbosa Diagramação: / Diagramming: Alexandre A. D. de Albuquerque arte@macaeoffshore.com.br Tradução em inglês: / English version: Grupo Primacy Translations Traduções (Legendas, chamadas de capa e artigo) Translations (Titles, covers and News & Views) Leila Bonfim Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás To the oil and gas companies Tiragem: / Copies: 10.000 exemplares/copies Assinatura: / Subscriptions: (55) 22 2770-6605 / 2762-3201 assinatura@macaeoffshore.com.br A editora não se responsabiliza por textos assinados por terceiros Macaé Offshore is not responsible for articles signed by third parties

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Índice / Contents Notas 6 / Notes 10

Especial / Special US$ 39,4 bilhões destinados à Bacia de Campos 52

Articulando / News & Views

US$ 39.4 billion invested in Campos Basin 60

Ações integradas para um setor aquecido 14 Integrated Actions for the heated field 16

Empresas e Negócios / Companies and Business V&M 18 / V&M 19 Nutsteel 20 / Nutsteel 21 Marno 22 / Marno 23

Plataforma Santos / Santos Platform Terra das oportunidades

Land of opportunities

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Entrevista / Interview Julio Bueno 24 Julio Bueno 26

Mercado em Foco / Market in Focus IADC 28 IADC 32

Espaço QSMS / QSHE Space Plataforma Espírito Santo / Espírito Santo Platform Espírito Santo: promissora região de petróleo e gás natural

Espírito Santo: promising region for the oil & natural gas sector 48

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De mãos dadas com a conscientização ecológica 64 Walking hand in hand with the ecological awareness 65 Automação é a saída para a indústria de válvulas 66 Automation is the answer for the valve industry 70 Recuperação de capital Capital recovery 76

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Notas no primeiro trimestre, sem perspectivas de melhora substancial. Especialistas afirmam que o segmento é o retrato mais fiel da retração dos investimentos da indústria brasileira. No caminho inverso está o setor de energia - petróleo, gás e energia elétrica – o único que se salvou no País. Segundo dados da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), algumas áreas tiveram o faturamento reduzido em cerca de 60% no primeiro trimestre deste ano. O único segmento que se manteve em terreno positivo, com alta de 11%, foi o chamado de bens sob encomenda, cujos pedidos foram feitos antes da crise. Apesar dos sinais de recuperação, no entanto, poucos se arriscam a dizer quando os investimentos serão retomados. Os organizadores preveem a participação de 319 marcas expositoras

Santos Offshore estima crescimento de 45% De 20 a 23 de outubro, acontece, em Santos, a Santos Offshore Oil & Gas Expo and Conference, o maior evento do Estado de São Paulo no setor de petróleo e gás. Este ano, a novidade é a realização da conferência internacional que acontecerá em paralelo à feira. Com ênfase nas descobertas no polo pré-sal da Bacia de Santos, a conferência visa a reunir profissionais de diversas áreas do setor petrolífero em debates sobre novas tecnologias, estratégias de gestão, agregando conhecimento às vertentes do segmento. Além do crescimento de 45% comparado ao ano anterior, a expectativa dos organizadores é de 319 marcas expositoras, distribuídas em uma área de 15 mil m2 da área total do pavilhão. Espera-se também a visita de 18 mil profissionais para os três dias de evento.

Aker Solutions traz novos negócios ao Brasil Procurando diversificar ainda mais suas atividades no país, a Aker Solutions expande seus negócios no Brasil e passa a oferecer serviços para máquinas de convés e sistemas para amarração e carregamento offshore. Desde março deste ano, a empresa, por intermédio da divisão de negócios Pusnes, oferece localmente apoio aos serviços offshore para máquinas de convés e sistemas para amarração marinha. Também são fornecidos sistemas para carga e descarga em operações offshore, serviços estes já oferecidos para diversas plataformas no Brasil desde a década de 80. Os contratos anteriores foram fechados diretamente com a sede da empresa na Noruega e forneceram equipamentos para P-43, P-47, P-48 e para as FPSOs Cidade de Macaé (PRA1), Cidade de Vitória, Cidade do Rio de Janeiro (Espadarte), Cidade de Rio das Ostras (Siri), Capixaba, Fluminense, entre outros. A sede em Rio das Ostras foi o local escolhido para instalação desta nova linha. Outra novidade está por conta de dois contratos que a empresa firmou com a Petrobras, também por meio da divisão de negócio Pusnes, para a plataforma P-55 para fornecimento de sistema de ancoragem e sistema pull-in de riser. O valor do contrato é de aproximadamente R$ 41 milhões.

Setor de bens de capital tem queda de 20,8% Após 22 trimestres de altas consecutivas, o setor de bens de capital, formado por fabricantes de máquinas, amargou uma queda de 20,8% 6

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Indústria naval ganha novo fôlego com investimentos em petróleo Após o chamado “renascimento” do início da década, a indústria brasileira de construção naval está vivendo a segunda onda de investimentos. Desta vez, o foco é a expansão da capacidade instalada, com tecnologias avançadas para atender à demanda do setor de petróleo. O volume de recursos para novas unidades inclui pelo menos oito novos canteiros projetados para o País, num investimento total de R$ 8,4 bilhões, além de ampliações e modernizações das estruturas já existentes, conforme anunciado por executivos do setor, que confirmaram investimentos apesar da crise. O otimismo é explicado pelas encomendas da Petrobras - 296 embarcações entre plataformas, navios e barcos de apoio - e pelo crescimento da atividade petrolífera privada no País. A expectativa é de que haja ainda uma terceira fase, já que o cronograma atual ainda não considera a demanda por transporte de petróleo que será gerada pelo pré-sal.

Rolls-Royce: mais duas instalações na América do Norte

A Rolls-Royce aumentou sua capacidade global de suporte ao cliente, abrindo dois novos centros de serviços marítimos, em Galveston (Texas) e Seattle (Washington). A rede global de serviços marítimos dedica-se a ajudar os clientes a maximizar a capacidade operacional de suas embarcações e administrar seus custos com mais eficiência. Com sede em Cingapura, a rede agora inclui instalações em 32 países e emprega mais de mil funcionários de apoio, engenheiros e técnicos, em todo o mundo. Englobando 40 mil pés quadrados, o novo centro de serviços fornecerá conhecimento de reparo e revisão no estado da arte, em apoio a todo portfólio de produtos marítimos da empresa, para clientes em toda a região do Golfo do México.


Divulgação

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Notas anos: o rolamento rígido de esferas E2. O produto é fabricado com uma gaiola de polímero especial que permite uma lubrificação perfeita, geometrias internas otimizadas e melhor acabamento das superfícies, garantindo um menor coeficiente de atrito. Desta forma, o usuário do novo rolamento consegue reduzir o consumo de energia em até 30% em relação aos existentes atualmente no mercado. Desenvolvidos para aplicações de carga leve a normal, tanto para uso em sistemas automotivos ou em máquinas e equipamentos industriais, os novos rolamentos rígidos de esferas SKF E2 podem ter até o dobro da vida útil em relação a uma peça comum. O MV7000 é adequado para atender a diversas aplicações em óleo e gás, marine, indústria ou mercados de energias renováveis

Acionamento de velocidade variável de média tensão A Converteam está produzindo o MV7000 – acionamento de velocidade variável de média tensão para altas potências – em sua subsidiária brasileira. Esse equipamento, que controla a velocidade do motor variando a tensão e a frequência da corrente, é um inversor compacto de média tensão, projetado para cobrir uma vasta gama de aplicações industriais com potências de 0,5 MW a 33MW (megawatt) e em tensões de 3,3KV, 4,16 KV e 6,6 KV. Ele é adequado para atender a várias aplicações em óleo e gás, marine, indústria ou mercados de energias renováveis, além de flexível para controlar, com eficiência, um grande número de motores em aplicações como correias, guinchos, ventiladores, bombas, laminadores etc. “A Converteam Brasil está agora capacitada a fabricar e a atender à demanda dos mercados local e internacional”, diz Raimundo Vasconcelos, diretor comercial.

SKF lança novo rolamento que reduz o consumo de energia A SKF do Brasil lança no país o resultado de seu projeto mais ambicioso no que diz respeito ao desenvolvimento de produtos nos últimos

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Lucro operacional da Wärtsilä aumentou 60% A Wärtsilä, empresa finlandesa, líder mundial em motores para a geração de energia e propulsão marítima, teve lucro operacional de 130,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2009, registrando um crescimento de 60%. As vendas líquidas no período aumentaram 46%, chegando a 1,241 milhões de euros. Entre os destaques no Brasil para este resultado, estão os contratos fechados com três produtores independentes de energia elétrica (IPPs) para a conversão de suas estações geradoras de energia de óleo pesado (HFO) para gás. Essas conversões a gás representam o maior projeto deste tipo já realizado pela área de Services da Wärtsilä e marca uma importante estratégia da empresa no Brasil. Até o final de 2010, a Wärtsilä Brasil pretende dobrar o número de colaboradores para atender à demanda deste mercado de energia, que está em plena expansão.


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Notes Variable speed medium voltage drive Converteam is producing MV7000 – a high power variable speed medium voltage drive – in its subsidiary in Brazil. This equipment, which controls the engine’s speed varying the current’s voltage and frequency, is a compact medium-voltage inverter, designed to cover a wide array of industrial applications with powers ranging from 0.5 MW to 33MW (megawatt) and voltages of 3.3 KV, 4.16 KV and 6.6 KV. It is proper for several applications in the sectors of oil and gas, marine, industry and for renewable energy markets. Moreover, it is flexible enough to efficiently control a number of engines in applications such as belts, winches, fans, pumps, roller mills etc. “Converteam Brasil is now able to manufacture and meet the demands of local and international markets,” asserts Raimundo Vasconcelos, Commercial Director of Converteam.

Santos Offshore estimates growth of 45% Santos Offshore Oil & Gas Expo and Conference will be held in the city of Santos from October 20 to 23. It stands as the largest event of the oil & gas sector in the State of São Paulo. This year, the international conference will be held concomitantly with the fair. Mainly due to the pre-salt layer discoveries in Santos Basin, the conference aims at gathering professionals from several areas of the oil sector to discuss new technologies and management strategies, thus broadening knowledge with the experiences of the market’s segments. Besides growing 45% vis-à-vis the previous year, organizers expect the presence of 319 exhibiting brands, split over an area of 15,000 m2 of the pavilion’s total square footage. Moreover, 18,000 professionals are expected to attend the fair over the three days of the event.

This time, the focus is expanding installed capacity, with high-end technologies to supply the oil sector’s demand. According to announcement of the sector’s executives, investments will be made in spite of the crisis. The amount of disbursements for new units includes at least eight construction works throughout the country, with investments tallying BRL 8.4 billion. Additionally, existing structures will be enlarged and streamlined. The optimism is grounded on orders already made by Petrobras - 296 vessels, from platforms to ships and supply boats – and on the growth of private oil activity in Brazil. Still, a third stage is expected, once the current schedule does not consider the transport of the oil generated by pre-salt exploration.

Capital goods industry undergoes 20.8% downfall After 22 quarters of consecutive highs, the capital goods industry, which consists of machine manufacturers, underwent a drop of 20.8% over the first quarter, with no estimates of substantial improvements. Experts advocate that the segment is an epitome of the contraction in the number of investments in Brazilian industry. The energy sector (oil, gas and electric power) has been performing anti-cyclically, being the only sector with good figures in the current scenario of the Brazilian economy. According to data of Abimaq (Brazilian Association of Machinery and Equipment), some areas had their earnings cut short to around 60% over 1Q09. The single segment which recorded positive outcomes, with high of 11%, was the make-to-order one, whose orders were made before the crisis. In spite of the signs of recovery, few dare to guess when investments will be recovered.

Rolls-Royce: more two facilities in the US

The Organizers foresee the attendance of 319 exponent marks

Shipbuilding industry revives with oil sector investments After the so-called “rebirth” early in this decade, Brazilian shipbuilding industry is currently undergoing its second best investment cycle.

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Rolls-Royce increased its total capacity to serve its clients, opening two new offshore service centers, in Galveston (Texas) and Seattle (Washington). The operations of the global offshore service chain are targeted at helping clients to maximize the operation capacity of their vessels, in addition to administer their costs more efficiently. Headquartered in Singapore, the chain currently has facilities in 32 countries, employing more than 1,000 employees, engineers and technicians all over the world. Amassing 40,000 square feet, the new service center will provide stateof-the-art repair and overhaul, supporting the entire offshore portfolio of a company, serving clients from the entire region of the Gulf of Mexico.


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Notes Aker Solutions brings new business to Brazil Seeking to broaden its activities in Brazil, Aker Solutions branches out into the services for deck machinery and offshore mooring and loading systems. Since March 2009, the company, by means of the business division Pusnes, has been offering local support to offshore services related to deck machinery and offshore mooring. It also provides loading and offloading systems for offshore operations. Since the 80’s, Aker Solutions has been providing loading, offloading and offshore mooring services to several platforms in Brazil. Previous contracts were sealed directly with the company’s head office in Norway. They were earmarked to supply equipment to P-43, P-47 and P-48; as well as FPSO’s Cidade de Macaé (PRA1), Cidade de Vitória, Cidade do Rio de Janeiro (Espadarte), Cidade de Rio das Ostras (Siri), Capixaba and Fluminense, among others. The head office in Rio das Ostras was the location chosen for the installation of this new line. Moreover, the company was awarded two contracts with Petrobras, by means of its business division Pusnes, targeted at the provision of anchoring system and riser pull-in system to platform P-55. The contract estimated value is BRL 41 million.

SKF launches new bearing that reduces energy consumption SKF do Brasil launches the output of its more ambitious project when it comes to development of products in recent

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years: the E2 deep groove ball bearing. The product is manufactured with a special polymer cage which allows perfect lube, optimized internal geometries and improved surface finishing, ensuring lower friction coefficient. Hence, the user of the new bearing is able to reduce the energy consumption in up to 30% vis-à-vis the existing products in the market. Developed for light to low load applications, both for usage in automotive systems or in industrial machinery and equipment, new SKF’s deep groove ball bearings may achieve almost twice the service life as compared to ordinary parts.

Wärtsilä’s operating income increased 60% Wärtsilä, a Finnish company which is world’s leader in the generation of energy and offshore thruster, had an operating income of EUR 130.5 million over 1Q09, recording a growth of 60%. Net sales over the period increased 46%, achieving EUR 1.241 million. In Brazil, there were contracts sealed with three IPP’s (independent power producers) for converting their energy generating stations from HFO (Heavy Fuel Oil) to gas. Such gas conversions represented the largest project of this type ever carried out by Wärtsilä’s Services Division, an important landmark for the company’s strategy in Brazil. Until the end of 2010, Wärtsilä Brasil promises to double the number of employees, aiming to better supply the demand of the energy market, which is at full steam.


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Articulando

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Ações integradas para um setor aquecido

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setor de petróleo e gás vem se destacando como um dos principais pilares da economia do País. Os investimentos previstos para os próximos anos poderão gerar excelentes oportunidades para fornecedores nacionais de bens e serviços de toda a cadeia. O nível de participação da indústria nacional nestes investimentos será função de diversos fatores, que devem tomar a atenção de todos aqueles que buscam a maximização do conteúdo nacional em base competitiva. Os principais fatores de competitividade devem ser observados, por meio de políticas específicas, de forma estruturada, vislumbrando resultados de curto e longo prazos. Ações integradas visando a avançar nas questões tributárias, de financiamento e de tecnologia que garantam maior escala e sustentabilidade do setor fornecedor devem ser tratadas com a estruturação de uma política industrial específica para o setor de petróleo e gás, mirando inclusive o mercado internacional.

brae, são ações diretas de mercado. Estas Rodadas representam iniciativas em suporte à promoção de negócios entre as empresas-âncora e a indústria fornecedora de bens e serviços e podem ser entendidas como parte integrante dos esforços de adensamento da cadeia produtiva do setor petrolífero brasileiro. A cada edição, são convidadas grandes empresas com projetos nas áreas de exploração, desenvolvimento de produção, refino, transporte, construção e montagem, construção naval, entre outros. Essas empresas informam à Onip suas demandas que, após consolidadas, são repassadas ao mercado para a identificação de potenciais fornecedores. Desse modo, ou seja, a partir da demanda real, as chances de geração de negócios são muito maiores. Estas e outras iniciativas buscam criar novas oportunidades para os fornecedores nacionais, que, certamente, diante delas, responderão com aumento da capacidade de produção, investimento em tecnologia e formação.

Eloy Fernández Y Fernández, diretor geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip).

Neste contexto, surgiu a necessidade de ações mais focadas na promoção de negócios entre fornecedores nacionais e grandes empresas do setor, principalmente aquelas com reduzido nível de conhecimento sobre quais bens ou serviços eram ofertados localmente. Assim, as Rodadas de Negócios, realizadas desde 2004, têm cumprido um papel no preenchimento desta lacuna. As Rodadas de Negócios, promovidas pela Onip em parceria com o Se-

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News & Views

Integrated Actions for the heated field

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he oil and gas field has been stood out as one of the main pillars of the country economy. The investments foreseen for next years may generate excellent opportunities for national suppliers of goods and services in the whole chain.

The attendance level of the national industry in these investments will be function of several factors, which might take the attention of all those that look for the maximization of the national content in competitive base. The main factors of competitiveness are to be observed, through specific policies, in a structured way, glimpsing results in short and long terms. Integrated actions seeking to move forward in issues such as taxes, financial and technology which assure larger scale and sustainability of the supplying field who structuring be treated with specific industrial policies for the oil and gas field, aiming at the international market. In this context, the need of actions appeared more focused in business promotion between national suppliers and great companies, mainly those with reduced level of knowledge on goods or services presented locally. Therefore, the Business Rounds, been carried out since 2004, have been accomplishing a role in the completion of this gap.

Every other issue, great companies are invited with projects in the areas like exploration, production development, refining, transport, construction and assembly, shipbuilding, among others. Those companies inform their demands to Onip which after being consolidated, are forwarded to the market for the identification of potential suppliers. Thus, in other words, starting from the real demand, the chances of business generation are much larger. These and other initiatives look for to create new opportunities for the national suppliers, that, certainly, before them, will respond with increase of the production capacity, investment in technology and formation.

Eloy Fernández Y Fernández

General Director of the National Organization of Oil Industry (Onip).

The Business Rounds, promoted by Onip in partnership with Sebrae, are direct market actions. These Rounds represent initiatives in support to the promotion of businesses among berth-companies and supplying industry of goods and services, which are being understood as integral part of densification efforts of the productive chain of the Brazilian Oil Field.

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Empresas e Negócios

V&M do Brasil traz tecnologias frente aos novos desafios Seu foco está na integração de produtos e serviços que oferecem soluções completas em tubos e conexões para seus clientes do setor de petróleo e gás

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nica produtora de tubos de aço sem costura no País, a V & M do Brasil (VMB) tem no setor de petróleo e gás um dos principais mercados. Diante das novas descobertas e atividades nas Bacias de Santos e Espírito Santo, ela está preparada para atender à demanda e aos desafios tecnológicos. Para tanto, centraliza suas atividades com uma base na Bacia de Campos, na Zona Especial de Negócios (ZEN), em Rio das Ostras. O objetivo dessa base é prover serviços de preparação, conservação, aperto, montagem, reparo e inspeção de elementos tubulares relacionados com a perfuração e completação de poços petrolíferos “onshore” e “offshore”. Além dos serviços, a proposta é que sua instalação seja um posto avançado de produção de elementos tubulares de maior complexidade como “cross overs” e “pup joints”.

“A inserção da V & M do Brasil no mercado de produção de bens e serviços nesta região disponibiliza aos nossos atuais e futuros clientes do mercado de tubos uma estrutura mais próxima e melhor habilitada a responder com qualidade e agilidade às demandas deste mercado”, disse Alexandre Cardoso, gerente de vendas técnicas e serviços de tubos petrolíferos da V & M do Brasil. A empresa aposta na parceria com a Petrobras para um melhor entendimento das demandas do cliente, que por sua vez fundamenta a concepção de soluções, apresentando ao mercado produtos como aços High Collapse, Sour Service, Low Temperature Service, CO2 Corrosive Service e conexões como a VAM TOP HC, DINO VAM, VAM SLIJ-II, entre outras. “Nossa linha de produtos está fundamentada na combinação entre aços tecnologicamente avançados que proporcionam uma longa vida útil aos tubos em ambientes críticos e modernas conexões que aliam resistência e integridade estrutural à facilidade de manuseio e aplicação, oferecendo assim soluções para as necessidades mais rigorosas”, explica o gerente. A empresa tem como destaque as conexões VAM TOP em tubos fabricados em aço VM95 13CrSS (Super 13Cr) aplicados em operações de completação de poços onde existe grande concentração de CO2. Outro produto importante é a conexão VAM SLIJ-II em aços VM110SS com aplicação indicada para revestimento de poços onde há presença de H2S. O grupo Vallourec mantém bases de pesquisa e desenvolvimento em todas as suas unidades, voltadas para produtos e conexões. Estas plantas são a base dos diversos projetos de inovação tecnológica dentro da VMB, que possui seu próprio departamento de P&D, responsável por novos desafios constantemente impostos pelas necessidades dos clientes.

A VMB oferece tubos especiais com aços proprietários e conexões Premium VAM, com maior resistêncoa a altas temperaturas, pressões e corrosão

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Quanto à posição da empresa no mercado, sua receita líquida de vendas como um todo atingiu recorde de R$ 2,7 bilhões em 2008, um crescimento de 15% em relação a 2007, quando a receita alcançou o montante de R$ 2,4 bilhões. As vendas no mercado interno somaram R$ 2,3 bilhões, enquanto as exportações alcançaram R$ 400 milhões. A estratégia de agregação de valor aos produtos, nas chamadas linhas Premium, foi, em grande parte, responsável pela evolução positiva das vendas.


Companies and Business

V&M do Brasil delivers new technologies to face new challenges V&M do Brasil aims at delivering to the oil and gas sector products and services that integrates complete solutions in pipes and connections

A

s the only company to manufacture seamless steel pipes in Brazil, V & M do Brasil (VMB) is one of the most important companies operating in the oil and gas sector. Facing the new discoveries and activities in Santos and Espírito Santo basins, the company is prepared to meet the demand and the technological challenges. To do so, VMB is headquartered in Campos Basin, in the Business Special Zone (ZEN), in the city of Rio das Ostras. The purpose of establishing this office is to provide preparation, maintenance, tightening, mounting, repair and inspections services for pipe components used in the drilling and completion of onshore and offshore oil wells. Besides the services previously mentioned, VMB aims at transforming its plant into a special facility to manufacture highly-complex pipe components, such as cross over and pup joints. “By introducing V & M do Brasil in the goods and services market in Campos Basin, our current and potential clients in the pipe market are provided with a structure suitably located and qualified to promptly respond the market demands,” said Alexandre Cardoso, Technical Sales and Oil Pipe Services Manager for V & M do Brasil. VMB bets on the partnership established with Petrobras in order to best meet the clients’ demands serve. This partnership stresses the concept of solutions in the oil and gas sector by introducing to the market products such as steels High Collapse, Sour Service, Low Temperature

VMB Tube in lamination process

Service, CO2 Corrosive Service and connections as VAM TOP HC, DINO VAM, VAM SLIJ-II, among others. “Our product line base combines the use of state-of-the-art steels, which provides pipes a long life-cycle in acid environments, and high-tech connections, joining resistance and structural integrity features to easy-handling and friendly-use. This provides our clients with solutions for the most adverse issues,” asserted Cardoso. One of the most successful products VMB manufactures is the VAM TOP connections in VM95 13CrSS steel pipes (Super 13Cr) which are used in well completion operations having high CO2 content. Another highlight is the VAM SLIJ-II connection manufactures in VM110SS steel to coat wells having high H2S content. All Vallourec group units are also equipped with research and development centers, always focusing their studies on pipes and connections. Such plants house several technological innovation projects within VMB, which has a P&D department responsible for overcoming all new challenges constantly posed by clients’ needs. Concerning the market share, VMB sales net income broke all records by achieving R$ 2.7 billion in 2008, representing a growth of 15% as compared with 2007, when the sent income amounted R$ 2.4 billion. The sales in the internal market totaled R$ 2.3 billion, whereas the exports reached R$ 400 million. By adding value to the products and launching the product line Premium, VMB experienced a great boost in sales. MACAÉ OFFSHORE

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Empresas e Negócios

Nutsteel: segurança em atmosferas explosivas Presente nos principais projetos recentes do mercado petroquímico, a Nutsteel apresenta novidades na Brasil Offshore projetos de iluminação por meio de softwares de última geração”, enfatiza Daltro. Para os próximos anos, segundo ele, os investimentos previstos são igualmente significativos. A participação nos segmentos de mineração, óleo e gás tem sido expressiva, querendo seguramente prosseguir nessa frente de trabalho. A Nutsteel possui engenharia de aplicação, de desenvolvimento e um controle de qualidade que atuam de forma conjunta

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Nutsteel tem uma história de aproximadamente 41 anos voltada à fabricação de equipamentos e componentes elétricos para atmosferas explosivas e instalações industriais. Sendo uma empresa familiar, anima-se por ter hoje o mais diversificado portfólio de produtos certificados para áreas classificadas do país e com isso reforça cada vez mais seu lema “Tradição, tecnologia e qualidade na medida certa de seu projeto”. Orgulho em ser uma empresa 100% nacional, ela agregou os avanços e as mais modernas tecnologias internacionais aos seus produtos pela parceria de negócios com outras empresas europeias e americanas, também líderes em seus segmentos de atuação. Nos últimos anos, a empresa investiu em máquinas e tecnologias. Além disso, novos processos foram estudados e implementados. Ela realiza um trabalho de orientação técnica integral aos seus clientes, com especificações voltadas a todos os seus projetos. “É possível disponibilizar um suporte diferenciado porque temos uma engenharia de aplicação, uma engenharia de desenvolvimento e um controle de qualidade que atuam de forma conjunta”, complementa o diretor comercial da empresa, Daltro Brissac. Entre os seus principais clientes do mercado petroquímico está a Petrobras, com quem a Nutsteel estabelece uma linha de negócios por meio de empresas de consultoria e engenharia. “Elaboramos

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Ao tratar do assunto qualidade e treinamento, a empresa segue à risca os princípios da norma ISO 9001/2008, tais como foco no cliente, liderança, envolvimento dos funcionários e busca pela melhoria contínua, procurando constantemente o atendimento desses princípios com o comprometimento de todos os colaboradores. “Qualidade para a Nutsteel não é apenas conformidade do produto, é uma obrigação”, afirma a gerente de Qualidade, Jaciclea Souza.

Novidades para a Feira Brasil Offshore A Nutsteel marcará presença nos principais eventos do calendário deste ano. Para a Feira Brasil Offshore, em Macaé, por exemplo, a empresa traz grandes novidades. Seu estande estará aberto para que os clientes conheçam seus lançamentos e para que possam conversar sobre as próximas movimentações do mercado offshore. Um dos produtos em apresentação é a luminária NE850, à prova de explosão e fabricada em liga de alumínio copperfree de alta resistência mecânica. Ela atende a todas as medidas contra a entrada de poeira e foi concebida para instalação em quaisquer áreas onde haja risco de explosão: indústrias químicas e petroquímicas, farmacêuticas, alimentícias, fábricas de tintas e vernizes, cabines de pintura, depósitos de produtos inflamáveis, etc. A luminária também apresenta revestimento anticorrosivo Revesteel® que proporciona excelente resistência à corrosão química, mecânica e à exposição solar, prolongando a vida útil do produto. Para mais novidades e informações sobre a empresa, basta acessar o site www.nutsteel.com.br.


Companies and Business

Nutsteel: safety in explosive gas atmospheres Present in the main recent projects of the petrochemical market, Nutsteel presents its new projects at Brasil Offshore

Nutsteel possesses application engineering, for development and quality control acting in a united way

N

utsteel has been dedicated for almost 41 years to the manufacture of equipment and electrical components for explosive gas atmospheres and industry facilities. As a family company, it rejoices over having the most varied portfolio of certified products for classified areas in the country today, stressing even more its motto “Tradition, technology and quality fitted to your project”. Proud of being an 100%-Brazilian company, it combined the most modern international technology with its products through trade partnerships with other European and American companies which are also leaders in their business area. Recently, Nutsteel has invested in machinery and technology, in addition to the study and implementation of new processes. It provides a full technical guidance to its costumers, with specifications suited to all of their projects. “It is possible to provide a distinguished support because our application and development engineering works together with our quality control”, says Daltro Brissac, Nutsteel’s commercial officer. Petrobras is one of its main costumers from the petrochemical market, with whom Nutsteel does business by means of consultancy and engineering companies. “We develop lighting projects with the help of state-of-art softwares”, says Daltro. For the next years, according to him, the investments expected are significant as well. The participation in the mining,

oil and gas fields has been outstanding, making Nutsteel move forward with such activities. When dealing with quality and training, Nutsteel strictly follows ISO 9001/2008 principles, such as focus on the costumer, leadership, personnel commitment and pursuit of continuous improvement, always aiming at complying with such principles with the collaboration of all employees. “Quality for Nutsteel is not only product conformity; it’s an obligation”, says Jaciclea Souza, quality manager.

New projects for Brasil Offshore Event Nutsteel is confirmed to be present in the main events this year. It has interesting new projects for Brasil Offshore Event, in Macaé, for example. Its stand will be open for those who would like to know our new products and talk about the next moves in the offshore market. One of the products in display is the explosion-proof NE850 lamp, a high mechanical resistance copper-free aluminum-alloy-manufactured lighting fixture. It does not allow dust to go in, suited to be installed in any area where there is risk of explosion: chemical and petrochemical, pharmaceutical and food industries, paint and varnishes plants, paint booths, flammable products warehouse etc. The lamp is also protected by Revesteel® anticorrosive lay which provides an excellent resistance to chemical and mechanical corrosions, and to sun exposure, extending the product life-cycle. For further information, visit www.nutsteel.com.br. MACAÉ OFFSHORE

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Empresas e Negócios

Marno Serviços Submarinos: atendimento diferenciado no mercado offshore Com atuação na área de engenharia subaquática, a Marno coloca, para seus clientes, um atendimento profissional porém personalizado

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undada em 1987, em Sergipe, a Marno é uma empresa 100% nacional, especializada em serviços técnicos submarinos. Suas atividades englobam desde o gerenciamento de projetos até a execução dos serviços, bem como soluções nos setores de petróleo, gás e barragens (offshore e onshore). Na sua carteira de clientes estão presentes empresas como a Petrobras, Brasdrill, Global Industries, entre outras. A empresa opera em todo território nacional, tendo sua sede em Aracaju (SE) vista como um ponto geograficamente estratégico, além de unidades operacionais em Guamaré (RN), Macaé e Angra dos Reis (RJ). A empresa atua nas áreas de construção, inspeção e manutenção subaquática e realiza intervenções em mergulho raso (até 50 metros), mergulho com mistura gasosa He/O2 denominado Bounce Dive (até 90 metros) e mergulhos denominados saturados (até 300 metros). Além disso, vem desenvolvendo parcerias internacionais visando, também, o atendimento em exploração em águas profundas com a utilização de veículos de controle remotos (ROV), conforme comentado pelo Gerente Comercial e Desenvolvimento, Jeovah Lima. A Marno está concentrada no desenvolvimento e implementação de novas atividades, como também no atendimento em Manutenção e Inspeção em Áreas Classificadas, Mergulho Saturado e ROV, com investimentos em pessoal e tecnologia.

Sistema de controle de mergulho para área classificada

Jeovah Lima, Gerente Comercial e de Desenvolvimento

Certificada nas normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, a Marno também é credenciada em inspeção UWILD pelas certificadoras BVC, ABS, DNV e LLOYD´s Register. Além das certificações, outra preocupação da empresa são as ações em Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). Isso fez com que a Marno desenvolvesse um programa de treinamento extenso, no qual diariamente são debatidos itens para aprimorar o desempenho das equipes nas frentes de trabalho. Um exemplo é o programa Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (DDSMS) feito sempre antes das atividades, que trata dos objetivos a alcançar, dos riscos e da atividade em si. “Fazemos um checklist antes das operações de mergulho, pontuando todo tipo de situação de perigo que possamos encontrar”, explicou Cláudio Martins, Gerente de Operações. Treinamentos e reciclagem da equipe são ações constantes. “Anualmente, fazemos uma avaliação do nosso programa de treinamento discutindo quais as perspectivas para o ano seguinte. Dentro desse contexto, verificamos quais as áreas que irão necessitar de aperfeiçoamento”, complementou Cláudio. A empresa pretende expandir suas atividades para as outras bacias. “Estamos otimistas com a expectativa de crescimento no mercado em vista dos recentes anúncios de investimentos feitos pela Petrobras”, finaliza Fernando Antunes, Gerente Administrativo.

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Companies and Business

Marno Subsea Services customized customer services in the offshore market Marno, a subsea engineering company, delivers a professional but customized service to its customers The Managers Cláudio Martins and Fernando Antunes

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ounded in 1987, in the state of Sergipe, Marno is an 100% Brazilian company, specialized in subsea technical services. Its activities range from project management to service execution, as well as solutions in the sector of oil, gas e dams (offshore and onshore). Companies as Petrobras, Brasdrill, Global Industries, among others, are included in Marno’s costumers portfolio. The company operates in the whole Brazilian territory, with headquarters in Aracaju (state of Sergipe), considered geographically strategic, and operational units in Guamaré (state of Rio Grande do Norte), Macaé and Angra dos Reis (state of Rio de Janeiro). Marno operates in the areas of subsea construction, inspection and maintenance, performing interventions in shallow dive (up to 164 feet), dive with the He/O2 gas mixture named Bounce Dive (up to 295.3 feet) and saturated dives (up to 984.3 feet). Moreover, it is has been developing international partnerships also tending to accept exploration services in deep waters using remote control vehicles (ROV), according to the Commercial and Development Manager, Jeovah Lima.

teams in the work areas are discussed on a daily basis. The Diálogo Diário de Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Daily Health, Environment Dialog and Safety (DDSMS) , for example, is a program taking place before every activities, which approaches the goals, risks and the activity itself. “We make a checklist before starting diving operations, highlighting all kinds of dangerous situations we may face”, explained the Operation Manager, Cláudio Martins. Trainings and team recycling are regular actions. “Once a year, we assess our training program to discuss the perspectives for the next year. Then, we verify which areas will require improvements”, said Mr. Martins. The company intends to spread its activities to other basins. “We are optimistic with the expected market growth, based on the investments announcements made recently”, concludes the Administrative manager, Fernando Antunes.

Marno is focused in the development and implementation of new activities, as well as in Maintenance and Inspection in Classified Areas, Saturated Dive and ROV, with investments in personnel and technology. As a company certified by ISO 9001, ISO 14001 and OHSAS 18001, Marno also is accredited for UWILD inspection by BVC, ABS, DNV and LLOYD´s Register. Further to these certificates, the company is also concerned about actions in Health, Safety, and Environment (HSE). This made Marno develop an extensive training program, in which items to improve the development of

The inner part of a Dive Control System for classified area

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Entrevista

Julio Bueno À frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Sedeis-RJ) desde o final de 2006, Julio Cesar Carmo Bueno fala sobre as atuais e principais questões do mercado de petróleo e gás, as perspectivas para os próximos anos, que envolvem o preparo e desempenho dos municípios no devido uso dos royalties e participações especiais, na tentativa de fugir da temida “maldição do petróleo”. Julio Bueno é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi diretor e presidente do Inmetro, de julho de 1991 a abril de 1999. Na Petrobras Distribuidora, atuou como diretor e depois, como presidente, respectivamente, de abril de 1999 a fevereiro de 2003 Macaé Offshore: A respeito dos reflexos da crise financeira internacional sobre o País, podemos afirmar que o Estado do Rio sofreu algum impacto direto? Julio Bueno – A crise não afetou muito o Brasil e, menos ainda, o Rio de Janeiro. Isso porque as atividades no estado estão centradas em algumas atividades econômicas que não são problemas, pelo contrário, são soluções, como as de petróleo e gás. A Petrobras hoje é a maior investidora, vide os US$ 174 bilhões anunciados para os próximos cinco anos, e esse montante será investido majoritariamente no Rio de Janeiro. As empresas ligadas a este setor no Brasil agiram ao contrário de outras frente à crise e querem investir no País, pois atualmente no mundo há poucas áreas tão promissoras quanto o pré-sal. Então, as grandes empresas do mundo pedem com frequência que o governo continue com a rodada de licitações da ANP, e a Exxon, Shell e Petrogal acabaram de anunciar recursos.

MO: A queda no preço do barril do petróleo afetou a arrecadação dos royalties e participações especiais, fazendo com que os municípios reduzissem seus investimentos. Como o governo avalia essa realidade? JB – Quem recebe royalty tem que entender sua volatilidade e tem que trabalhar com estratégias que reduzam seus impactos. O desafio é não viver somente deste recurso como produto intrínseco. Se conseguirmos instalar, em torno do petróleo, atividades competitivas em outros segmentos, como uma empresa de engenharia ou estaleiros, daí sim o petróleo servirá de alavanca.

MO: Assim como a maior perda foi na área dos royalties, como ficou a situação do ICMS? E quanto à política de incentivos fiscais? JB – Houve uma redução pequena do ICMS. Então, o imposto do Estado teve uma flutuação muito menor que o royalty e participação especial. Os incentivos tributários não sofreram mudança.

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MO: O atraso na decisão do novo marco regulatório do pré-sal pode interferir na entrada de investimentos no País? Isso pode se refletir nas atividades da Bacia de Campos? JB – Esse atraso pode sim reduzir a atratividade por conta do sentimento de incerteza que ele poderá gerar, e assim impactar no futuro do Brasil como um todo. O governo e aqueles que defendem novas regras afirmam que a mudança da legislação vai trazer mais recursos ao País. Existe tanto campo e petróleo a desenvolver, tantos bilhões de dólares a serem colocados, que não é conveniente colocar a questão nesse momento. A atividade do petróleo é tão grande, importante e absorvente que continuará por muitos anos sendo o grande vetor de geração de renda, tributos, receita, entre outros, para os municípios produtores e para o estado do Rio de Janeiro.

MO: Ainda que concentradas na Bacia de Santos, as atividades estimuladas pela exploração e produção do pré-sal trazem consigo futuras demandas para a Bacia de Campos. Onde o governo irá construir uma base de apoio para atender às necessidades do cluster do pré-sal? JB – O cluster do pré-sal é uma decisão privada. Desta forma, o governo não irá criar base, e sim ajudar. Se colocado como um arranjo produtivo e como empresas dedicadas a desenvolver a indústria do petróleo, o cluster já existe e deve continuar no Rio de Janeiro como um todo. Teremos um ambiente de empresas, de engenharia e de prestadores de serviço, por exemplo, focado no petróleo. O pré-sal não é uma coisa específica, e a Bacia de Campos também vai se qualificar para atender a essas demandas e teremos que ter novas bases. Assim, eu diria que será no Rio de Janeiro, mas o local ao certo ainda está em discussão.

MO: Alguns municípios da Bacia de Campos estão investindo em outras atividades econômicas, mas que mantêm uma ligação ou contribuirão com a atividade petrolífera, como os complexos portuários. Nesses investimentos, onde há participação do governo do estado? JB – A tendência do mundo é cada vez mais a área privada assumir as atividades econômicas e cada vez menos o governo.

As empresas ligadas a este setor no Brasil agiram ao contrário de outras frente à crise e querem investir no País, pois atualmente no mundo há poucas áreas tão promissoras quanto o pré-sal

Há participação do governo nesses investimentos? Sim, pois o poder público dá o suporte através de outros investimentos, como infraestrutura, habitação, educação, saúde, um conjunto de ações a serem implementadas a partir do investimento privado. Então para cada grande projeto, colocamos um gerente, que cuida dele sob a ótica do governo, e verificamos como aquele determinado investimento impacta ou é impactado pela ação pública.

MO: O site do Governo do Estado informa que o Rio de Janeiro receberá R$ 2 bilhões em investimentos na área de logística. Poderia citar os mais significativos para escoamento da produção e demandas da região? JB – Os recursos previstos para investimentos em logística no Estado são de origem privada. A região da Bacia de Campos está tendo uma modificação logística estruturante. O primeiro investimento é o Porto do Açu, uma modificação importantíssima, além da modernização da BR101. Outra questão, também privada, e que vai impactar fortemente é a reativa-

ção da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), tanto no sentido de retomá-la, quanto no de estabelecer um novo ramal. Isso abre espaço para novas atividades e gera boas possibilidades de atrair investimentos. Até mesmo algumas que ainda não haviam sido pensadas, como siderurgia, biodiesel e etanol, que são grandes oportunidades, com uma infraestrutura mais ágil.

MO: Um ano atrás, o governo criou o Programa Estadual de Racionalização do Uso da Energia (Proren) , cujo objetivo é aumentar a eficiência energética no estado. Como está o andamento deste programa? JB – Nós estamos numa ação de articulação do Proren. O Rio de Janeiro saiu na frente e existem programas em andamento de conscientização, fazendo com que as empresas reduzam seu consumo energético, consultoria junto ao Sebrae, enfim, várias atividades em andamento. Esta não é uma ação simples, mas o projeto está caminhando e sendo estruturado.

MO: Diante das perspectivas de desenvolvimento regional na Bacia de Campos, como o Governo do Estado vem interagindo com os municípios produtores de petróleo para traçar metas com o objetivo de atender às futuras demandas deste mercado? JB – Hoje o plano de desenvolvimento é feito pelo governo com a sociedade civil, identificando questões centrais como a formação de recursos humanos, saneamento etc. Existem áreas estratégicas que deverão se capacitar para atrair investimentos. Esta é uma ação diferente daquela de alguns anos, pois todos os produtores têm o desafio de contrariar a “maldição do petróleo”. Desta maneira, o plano tem como objetivo estabelecer caminhos para que haja crescimento econômico aliado ao desenvolvimento, atenção à sustentabilidade, crescer com acuidade, respeito ambiental e uso dos royalties e das participações especiais de maneira não perecível. MACAÉ OFFSHORE

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Interview

Julio Bueno

Julio Cesar Carmo Bueno, responsible for the Economic Development, Energy, Industry and Services Department of the State of Rio de Janeiro (Sedeis-RJ) since late 2006, talked about the current top issues of the oil & gas market. In this vein, he spoke on the perspectives for the forthcoming years, which involve the preparation and performance of the cities as for the proper use of royalties and special interests, in an attempt to escape from the frightening “oil curse”. Julio Bueno has a B.S. in Mechanical Engineering at the Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ) and acted as an officer and president of Inmetro (National Institute of Metrology, Standardization and Industrial Quality) from July 1991 to April 1999. At Petrobras Distruidora, he acted as officer and, afterwards, as president, from April 1999 to February 2003 Macaé Offshore: Regarding the impacts of the international financial crisis on Brazil, can we say that the State of Rio de Janeiro underwent any direct impact? Julio Bueno – The crisis was not a major setback to Brazil, and the impact was even smaller on the economy of the State of Rio de Janeiro. That’s why the activities in the State are focused on some economic activities that are not problematic. On the contrary, they may be seen as solutions, such as the oil sector activities. Nowadays, Petrobras is the leading investor. It suffices considering the USD 174 billion the company announced for the next five years; and this amount will be mainly invested in Rio de Janeiro. The companies connected to this sector in Brazil acted just opposite to the way other companies reacted, in view of the crisis. They want to invest in the Brazil, considering that, currently, there are few other areas as promising as the pre-salt sector. So, large companies around the world often ask the government to carry on with the bidding rounds of ANP (Brazilian National Petroleum Agency). To such an extent, Exxon, Shell and Petrogal just announced disbursement of funds.

MO: Due to a reduction in oil price, the collection of royalties and special interests was impaired and cities reduced its investments. How does the government sees this scenario? JB – Who receives royalty must understand its volatility and must work with strategies that reduce its impacts. The challenge is not to count only on this resource, as intrinsic product. If we establish competitive activities in other segments connected with the oil industry, such as an engineering company or shipyards, then the oil will be used as a leverage agent for economy.

MO: As the major losses was posed to the collection of royalties, how do you assess the ICMS (State Value-Added Tax) 26

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situation? And what about the tax incentive policies? JB – There was a lesser reduction in the collection of ICMS. Then, the collection of the State tax had an oscillation much smaller than the collection of royalties and special interests. The tax incentives have not undergone any setbacks.

MO: Do you believe that the delay in the implementation of the new regulatory framework for the pre-salt sector can impair foreign investments in Brazil? Can this impact Campos Basin activities? JB – This delay may reduce the attractiveness to foreign investments, as it may arouse a feeling of uncertainty and impact Brazil’s future as a whole. The government and those which support this change assert that changes in the applicable laws will bring more foreign disbursements to Brazil. There are so many oilfields to be developed and billions of dollars to be invested. This makes this issue a little unsuitable right now. The oil activity is so important and many-sided that it will continue, for many years, as the main catalyst for generation of income, taxes, revenues, among others, for producing cities and for the State of Rio de Janeiro.

MO: Even if targeted at Campos Basin, the activities stimulated by the pre-salt exploration and production trails future demands for the Campos Basin. Where is the government going to construct a support base to meet the needs of the pre-salt cluster? JB – The issue of the pre-salt cluster comes down to a private decision. Thus, the government will not create the base. It will support its development. If this is established as a productive arrangement and as companies earmarked for the development of the oil industry, the cluster already exist and


must continue in Rio de Janeiro as a whole. Then, we will have a proper environment for engineering companies and service providers, for instance, connected to the oil industry. The pre-salt sector is not something specific, and the Campos Basin will also be streamlined to meet these demands and we will have new bases. Thus, I would say that it will be in Rio de Janeiro, but the exact location is still up in the air.

MO: Some cities of the Campos Basin are investing in other economic activities, but which continue connected with oil activity, or which will contribute to it, such as the port complexes. What is the government participation in these investments? JB – The world trend is to have more intervention of the private initiative in the economic activities, a less intervention of the government. Is there government participation in these investments? Yes, the public power offers support by means of other investments, as in the areas of infrastructure, housing, education, health, as well as in a set of actions to be implemented with basis on private investments. Therefore, each major project has a manager, which oversees such project following the government’s interests, and we check how that investment influences or is influenced by the public investment.

MO: The website of the State Government reports that Rio de Janeiro will receive investments of BRL 2 billion for the logistics area. Could you tell the most important investments for the production outflow and the region’s demands? JB – The expected disbursements of funds for investments in logistics in the State are from private sources. The Campos Basin region is undergoing modifications in its logistics structure. The first investment is in Porto do Açu, a very important modification, besides the streamlining of BR-101. Another issue, also a private one, which will be conspicuously fruitful, is the reactivation of the Railroad Centro Atlântica (FCA), both when it comes to recover the existing railroad system, and

The companies connected to this sector in Brazil acted just opposite to the way other companies reacted, in view of the crisis. They want to invest in the Brazil, considering that, currently, there are few other areas as promising as the pre-salt sector

to create new railroad stretches. It makes room for new activities and generates good possibilities to attract investments. Even some possibilities which were not even conceived, such as steel working, biodiesel and ethanol, which are big opportunities and provide a swifter infrastructure.

JB – We are in a stage of interconnecting works at Proren. Rio de Janeiro is the pioneer and there are awareness-raising programs being developed, enabling companies to reduce their energy consumption, in addition to provision of advisory from Sebrae, among many other activities being developed. This is not a simple action, but the project is being developed and structured.

MO: In view of the perspectives of regional development for Campos Basin, how is the State Government interacting with oil producing cities in order to meet the future demands of this market? JB – Nowadays, the development plan is prepared by concerted work between the government and society, identifying central issues, such as the make-up of human resources, sanitation etc. There are strategic areas that may be streamlined to attract investments. This is a different action as compared to previous ones, insofar as all oil producers are undertaking the challenge to fight back the “oil curse”. Thus, the plan aims to set the stage for economic growth side by side with development, sustainability, responsibility as for environment preservation and sustainable use the of funds collected with royalties and special interests.

MO: One year ago, the government created the State Program for Rationalization of the Energy Use (Proren), whose goal is to increase the energy efficiency in the State. How is the progress of this program?

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Mercado em Foco

IADC aposta na união para desenvolvimento do setor de perfuração Criada em 1940, a Associação Internacional de Empreiteiros de Perfuração (IADC) tem como missão aprimorar as atividades do segmento de perfuração ao redor do mundo em diferentes âmbitos, como o da saúde, segurança e práticas de meio ambiente. Por meio de conferências, treinamentos e publicações, a associação promove a integração e comunicação entre as empresas do setor. Para realizar este trabalho, além da sede em Houston (EUA), conta com o apoio de representantes voluntários distribuídos por diferentes países. É nesse viés que o IADC Brasil vem desenvolvendo suas atividades e se destacando como um agente catalisador dos interesses das pequenas, médias e grandes empresas do segmento de perfuração no país. Em Macaé está situada a única sede da associação do país Macaé Offshore: Como é feita a distribuição das atividades do IADC internacional e de sua representante no Brasil? IADC – O IADC internacional exerce sua função por meio de um conjunto de atividades, que vão desde orientações às boas práticas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), à regulamentação de cursos e emissão de relatórios para as filiadas. Por definição, seu objetivo é amplo e mundial, sendo responsável por treinamentos, seminários, capacitação e intercâmbio de novas tecnologias. Somos um braço da associação e seguimos a mesma filosofia, principalmente dando suporte às empresas filiadas ou àquelas de serviço do setor de óleo e gás, por isso não repetimos o trabalho que eles já fazem. Orientamos as empresas que se filiam ao IADC no Brasil a se filiarem também à associação internacional.

MO: Dentro desse contexto, qual é o papel do IADC nacional e como contribui para o desenvolvimento do setor? IADC – Atuamos como um facilitador para a indústria local, tanto para as em28

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“Atuamos como um facilitador para a indústria local abrindo espaço para que as empresas troquem experiências e se conheçam”. JOÃO ARAÚJO

presas que já investiram aqui nos serviços de petróleo e perfuração, quanto para aquelas que estão chegando e buscam sua ambientação. Para isso, realizamos reuniões - técnicas e não técnicas nos meses ímpares, abrindo espaço para que as empresas troquem experiências e se conheçam. Damos oportunidade também para elas se apresentarem e mostrarem o que têm a oferecer ao mercado. Nesses encontros, os principais resultados são a geração de negócios e a integração entre as participantes. O IADC Brasil foi criado em outubro de 1993 e possui 18 empresas filiadas.

MO: Como é formada e composta a junta diretiva da associação no país? IADC – Anualmente, no mês de março, ocorrem as eleições para a renovação da diretoria. O grupo é formado por um presidente, dois vice-presidentes, dois gerentes financeiros, um secretário e, mais recentemente, criamos um cargo para tratar das questões sociais e de eventos da associação.


MO: O IADC orienta suas associadas quanto às questões de SMS. Existe um trabalho similar quanto às questões de sustentabilidade financeira e econômica? IADC – Quando sai na mídia algum assunto que a gente acha interessante ser discutido, tratamos dele nas reuniões. Mas tudo com muita limitação. Até mesmo porque ao final desses encontros, sempre abrimos um espaço para que as participantes sugiram temas para as próximas reuniões. Para essas ocasiões, trazemos um profissional que tenha bom conhecimento no assunto para fornecer as informações necessárias. Já tivemos apresentação da Organização Não-Governamental (ONG) Vida Sustentável, mostrando o trabalho delas aqui na bacia. Muitas empresas querem investir, mas não possuem o know how e acabam investindo no que não é necessário. Então, trazemos essas companhias para aqui, as menores, que às vezes não têm uma estrutura de responsabilidade social e sustentabilidade montada, mas

“Nós trabalhamos juntos, temos compromisso e cooperação. Isso é bom para o Brasil e bom para todas as companhias”. JOHN GUY

que gostariam de começar a participar e não sabem exatamente como.

MO: Apesar da crise financeira mundial, empresas como a Petrobras anunciaram investimentos para os próximos anos. Como o IADC nacional enxerga as possibilidades para a mão de obra? IADC – Existe um desnível entra oferta e demanda. Mesmo com esses anúncios e frente às demandas das empresas de perfuração, de serviços e das operadoras que irão gerar necessidade de mão de obra qualificada, o que vemos são investimentos tímidos e numa proporção diferente daquela dos anúncios. Ainda existe em Macaé um grande número de profissionais sem qualificação, o que faz com que as empresas busquem soluções fora da cidade, como Rio de Janeiro e São Paulo, ou até mesmo fora do país.

MO: Quais os serviços de maior carência e os efeitos na cadeia produtiva? IADC – Percebemos uma carência em todos os setores, necessitamos muito dos

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pequenos, que em geral não estão conseguindo sobreviver, e dos grandes, que não estão fazendo os investimentos devidos. Há um crescimento projetado, mas não há uma estratégia muito clara quanto ao apoio às pequenas e médias empresas que venham a fazer parte deste ciclo. Percebemos uma falta de mão de obra especializada para daqui a uns dois ou três anos. A Petrobras cria expectativa e necessidade de investimentos a cada anúncio. Porém, eles não estão acontecendo por fatores como a deficiência de crédito local, de infraestrutura e pelos reflexos da crise internacional.

MO: Quais as medidas a tomar para reverter esse quadro? IADC – Dar maior incentivo às escolas e cursos técnicos e desenvolver linhas de apoio específicas à industria de óleo e gás. Desenvolver, por exemplo, instituições como o Sesi e o Senai, que funcionam bem e são estruturados. A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e várias outras instituições estão chamando a atenção para isso, como o próprio IADC. Formar alguém dentro de área de drilling é um investimento pesado e demorado. Precisamos de mão de obra qualificada em curto prazo e, se possível, transformar a região num polo formador de profissionais.

às necessidades das empresas e dos funcionários. Os dois lados sofrem com a falta de serviços como educação, moradia, água e transporte e no deslocamento de cargas e das pessoas, visto que parte da mão de obra reside nos municípios vizinhos.

MO: O setor de logística está crescendo e novos portos e estaleiros entrarão em operação nos próximos meses. Pela percepção do IADC, essa mudança pode incrementar a atividade do segmento de óleo e gás? IADC – Os novos investimentos em logística irão mudar e contribuir muito para o trabalho na região. Entretanto, ainda não podemos dizer que já existe uma melhoria. Embora diversas frentes tenham sido abertas, a demanda cresceu numa proporção em que tais melhorias ainda não foram de fato notadas. Além disso, facilidades em reparos e logística e existência de terminais multiuso podem ser realizadas e são atrativas para qualquer empresa. A pergunta a ser feita é: o que efetivamente estes municípios produtores estão fazendo que não sejam iniciativas de empresas específicas? Muito pouco veio por parte do governo, seja estadual, municipal ou federal.

des do mercado. É algo bastante atrativo para todas as empresas, sejam elas de serviços, exploração e drilling. Há tempo para se preparar, visto que a realidade do pré-sal só deve ocorrer, de fato, daqui a uns cinco ou seis anos, e além disso, este tipo de upgrade exige um alto grau de investimentos. Ainda assim o ideal é preparar-se desde agora.

MO: A queda no preço do barril e a crise estão afetando os investimentos das empresas no pré-sal? IADC – O curso natural seria que os investimentos parassem por conta da crise ou do atual preço. Entretanto, o que vemos é que as empresas estão acompanhando esse processo e investindo, mesmo que com cautela. A partir do momento em que a crise estiver mais tranquila, esperamos que as empresas voltem a fazer investimentos, dessa vez, de longo prazo. O preço do barril permitiu que tais descobertas fossem realizadas e ele tende a se recuperar.

MO: A produção do pré-sal começou sem regras definidas. Isso pode interferir nos investimentos futuros? IADC – As empresas, para investir com

MO: Pode se dizer que esta deficiência engloba outros pontos como a qualidade de vida e a área de serviços? IADC – Apesar de Macaé apresentar gran-

MO: Em maio, o Brasil deu um importante passo com o início da produção na região do pré-sal. Como o IADC enxerga a reação das empresas do setor perante este cenário novo e de desafios? IADC – Muitos dos atuais investimentos

segurança, precisam da definição do novo modelo de exploração. O governo vê no pré-sal uma alavanca para colocar o País num outro nível. Por isso, é preciso definir com clareza as regras do jogo e se será a Petrobras ou outra estatal que irá coordenar as operações. Mas temos que aguardar a recuperação da economia também.

des empresas instaladas trabalhando na região, ainda não conta com uma infraestrutura adequada para atender

das empresas de óleo e gás são visualizados em como elas podem entrar neste ciclo e que tipo de upgrade deverão fazer para atender às novas necessida-

MO: Como o IADC avalia sua atuação na indústria ao longo dos anos? IADC – O IADC fica contente em ter

“Há um crescimento projetado, mas não há uma estratégia muito clara quanto ao apoio às pequenas e médias empresas que venham a fazer parte deste ciclo”. ELIZEU DA SILVA

participado de todas as etapas de desenvolvimento. Acreditamos ser esse um agente catalisador e congregador de interesses, que colabora no crescimento da indústria, sobretudo num momento em que empresas e investimentos estão chegando e que terão uma entidade que deseja crescer junto com elas. A indústria só cresce um pouco melhor se tiver oportunidades de se organizar. Participaram da entrevista os seguintes membros do IADC: o presidente João Araújo e o secretário John H. Guy. O vice-presidente da Odebrecht Óleo & Gás - empresa associada ao IADC - Elizeu Leonardo da Silva participou como consultor.

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Market in Focus

IADC believes union is the key for the drilling sector development The International Association of Drilling Contractors (IADC) was founded in 1940, with the mission to improve the worldwide drilling industry activities in different scopes such as health, safety, and environmental practices. The association encourages the companies of the drilling field to integrate and communicate among themselves by sponsoring conferences, trainings and publications. And it counts on its head office in Houston (USA), and on the support of voluntary representatives spread in several countries, to have this job done. That is how IADC Brazil has been developing its activities, standing out as a fostering agent to the interests of small, medium and large-sized companies in the Brazilian drilling industry. Its only head office in the country is located in the city of Macaé

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Macaé Offshore: How does the distribution of activities between IADC and its chapter in Brazil work? IADC – IADC is responsible for several activities,

MO: In this context, what is the role of the Brazilian IADC and its contribution to the development of the field? IADC – We act as facilitators for the local industry,

ranging from guidelines for good Safety, Health and Environment practices, to the regulation of courses and issuance of reports to the affiliates. It has, by definition, a broad and worldwide goal, reached when trainings, conferences, qualification and interchange of new technologies are developed. As a branch of IADC, we follow the same philosophy, mainly supporting the affiliates or the oil & gas service companies; however, our work is not the same as theirs. We advise the companies affiliated to IADC in Brazil to affiliate to the international association as well.

both for companies that have already invested in oil and drilling services and for companies that have just set up and are trying to blend in. Therefore, we carry out meetings - technical or not - in odd months, an opportunity for the companies to exchange experiences and meet each other. They can also introduce themselves and present their product to the market. The main outcome of these meetings is the business generation and the integration among the companies. IADC Brazil was founded in October 1993 and has 18 affiliate companies.

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MO: How is the country association governing board assembled? IADC – The elections to renew the board take place every year, in March. The group is composed of a chairman, two vice-chairmen, two treasures, one secretary and, lately, we created a position to deal with social matters and organize the events of the association.

MO: IADC advises its affiliates about HSE matters. Is there a similar work regarding economic and financial sustainability issues? IADC – Any interesting matter calling our attention is discussed during the meetings, but always with limitation, as, in the end of the meetings, the participating companies have the opportunity to suggest topics for the next ones. And an expert is invited to provide the relevant information on the topic chosen. The Non-Governmental Organization (NGO) Vida Sustentável (Sustainable Life) has already presented its work in the basin. Many companies are interested in investing, but they do not have know-how and end up investing in worthless activities. Thus, we help these small sized companies, sometimes without a social responsibility and sustainability structure in place, to start participating when they do not know exactly how to proceed.

qualified workforce, the investments observed are, in fact, smaller than the announced. There are still many professionals unqualified in Macaé, forcing the companies to import solutions from other places, like Rio de Janeiro and São Paulo, or even abroad.

MO: What are the services in most need and how does it impact on the productive chain? IADC – All fields are in need. The small sized companies in general cannot stand in the market, while the large sized companies are not investing properly, and we need both. There is

“We see most of the current investments from oil and gas companies as how these companies can get into this cycle and what kind of upgrade they need to meet the new requirements of the market”. JOÃO ARAÚJO

a growth projected, but the strategy of the support to the small and medium sized companies becoming part of this cycle is not so clear. Our estimate is of lack of qualified workforce in two or three years. Each Petrobras’ announcement sets expectations and need of investments. These investments, however, are not taking place due to factors as shortness of local funds, infrastructure and the international crisis impact.

MO: Which measures should be taken to change this scenario? IADC – Provide incentive to technical schools and courses and develop specific support lines to the oil and gas industry. Develop, for example, institutions like Sesi (Industry Social Service) and Senai (National Industrial Training Service), which have a good operation and organization. The National Organization of the Petroleum Industry (Onip) and other institutions are drawing the attention to this fact, as IADC itself. Training someone in the drilling area is a high and long investment. Qualified workforce is required in a short term and, if possible, we should transform the region in a professional instruction center.

MO: Despite the worldwide financial crisis, companies like Petrobras have announced investments for next years. How does the Brazilian IADC view the workforce possibilities? IADC – Demand and supply are unbalanced. Despite of the announcements and in view of the drilling, services and operator companies demand, requiring MACAÉ OFFSHORE

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MO: Is it correct to say that this lack includes other aspects as the quality of life and the service area? IADC – Despite of the large sized companies installed in Macaé, the city is not counting yet on an appropriate infrastructure to meet the companies’ and their personnel’ needs. Both sides experience the lack of services like instruction, habitation, water supply and transportation, as well as cargo and people transport, since part of the workforce is from the neighbor cities.

MO: The logistics sector is growing and new ports and shipyards will start operations in the next months. According to IADC, may this change improve the activities in the oil and gas sector? IADC – The new investments in logistics will change and contribute largely to the work in the region. However, it is not possible to say that there is an improvement yet. Although several fronts have been opened, the demand has grown in a rate that blinds such improvements. Furthermore, facilities in repairs and logistics and multipurpose terminals may be developed, and are attractive to any company. The question is: what are these production cities actually doing apart from initiatives of specific companies? The government, whether federal, state or municipal, has not done much.

MO: In May, Brazil took an important step with the exploitation of the pre-salt region. How does IADC understand companies’ reaction on this new and challenging scenario? IADC – We see most of the current investments from oil and gas companies as how these companies can get into this cycle and what kind of upgrade they need to meet the new requirements of the market. It is something quite attractive for all companies, whether they are service, ex-

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ploitation or drilling companies. There is plenty of time to get ready, the pre-salt should turn into reality only 5 to 6 years from now, and besides, this kind of upgrade requires a high level of investments. Still, they should start preparing from now.

MO: Are the barrel price drop and the crisis affecting companies’ investments in pre-salt? IADC – The natural would be to stop investing due to the crisis or to the current price. We are realizing, however, that the companies are following this process and investing, although cautiously. From the moment the crisis settles down, we hope companies manage to invest again, but long-term investments this time. Barrel price allowed such discoveries to be made and it tends to recover.

MO: Pre-salt production started without defined standards. Can it impact on future investments? IADC – Companies need the new exploitation model to invest safely. Government sees pre-salt as a lever to place the country in another level. Therefore, the rules of the game must be precisely defined, as well as whether the operations will be led by Petrobras or by another state company. But we also have to wait until economy recoveries.

MO: How does IADC evaluate its performance on industry in the long run? IADC – IADC is glad of having participated in all development stages. We believe this is an interests fostering and gatherer agent, which helps industry growing, especially in a moment when companies and investments are coming, and there is an entity willing t0o grow with them. Industry develops better when organized. IADC Brazil’s chairman João Araújo and secretary John H. Guy, and the vice-chairman of Odebrecht Óleo & Gás and IADC member, Elizeu Leonardo da Silva, attended this interview.


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Agência Petrobras

Plataforma Santos Terra das oportunidades

Além das plataformas já contratadas, está prevista a contratação de outras duas Unidades Estacionárias de Produção (UEP) para os TLDs de Guará e Iara

O início das atividades de E&P no pré-sal em Santos marca uma das várias atividades que a bacia irá desenvolver nos próximos anos. Para atender à futura demanda, são previstos diversificados investimentos, levando novas perspectivas à região

N

o dia primeiro de maio de 2009, o mercado petrolífero – por que não dizer o mundo dos negócios? – parou para acompanhar a extração do primeiro óleo da camada de pré-sal no campo de Tupi, na Bacia de Santos, no litoral paulista. Todos queriam assistir àquela atividade inédita no mundo, considerada um dos maiores marcos da exploração petrolífera brasileira, resultado de anos de dedicação, pesquisa e investimentos de uma companhia nacional, a Petrobras. O pré-sal representa apenas um dos inúmeros projetos da estatal para a Bacia de Santos. A região, que se transformou na “menina dos olhos” da Petrobras, se prepara para uma nova era, um período de aquecimento que poderá atingir todas as esferas da economia. Partindo da infraestrutura local, muitas serão as transformações que a bacia irá sofrer,

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englobando variados personagens da cadeia produtiva, como profissionais qualificados e fornecedores. Para se ter uma rápida ideia do que vem pela frente, além dos US$ 19 bilhões que serão direcionados para Exploração e Produção do pré-sal na região, também estão sendo implementados outros importantes projetos nas áreas do pós-sal, com destaque para Lagosta, Mexilhão, Uruguá-Tambaú, Tiro e Sidon, além da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato em Caraguatatuba, representando investimentos aprovados superiores a US$ 6 bilhões. O gerente-geral da Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Santos, UN-BS, José Luiz Marcusso, acredita que para chegar a este desenvolvimento “caberá à UN-BS


implementar os projetos sob sua responsabilidade de modo a disponibilizar os produtos óleo e gás natural dentro das especificações requeridas para utilização nas instalações gerenciadas pelo Abastecimento e pela G&E”.

possui características distintas, que poderão apontar para outros poços exploratórios e testes de avaliação para sua correta caracterização.

De acordo com o vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, o crescimento da atividade petrolífera no litoral paulista, sobretudo diante das perspectivas de investimentos por parte da estatal, oferece uma grande oportunidade ao setor produtivo paulista, que responde por 60% a 70% do fornecimento de produtos e serviços à indústria de petróleo e gás natural. “Isso provocará uma expansão da atividade econômica, não apenas na cadeia de petróleo e gás, mas em diversos setores”, afirma.

Além das plataformas já contratadas para atender aos projetos em desenvolvimento (FPSO Cidade de Santos para Uruguá-Tambáu, FPSO BW Cidade de São Vicente para o TLD de Tupi e FPSO Cidade de Angra dos Reis para o Piloto de Tupi), está em andamento o processo de contratação de outras duas Unidades Estacionárias de Produção (UEP) para os TLDs de Guará e Iara.

Os projetos e seus números A Petrobras espera atingir o primeiro milhão de barris por dia (bpd) no pré-sal em 12 anos. Para isso, colocará em prática os seguintes projetos: o Piloto de Tupi, com capacidade de produção de 100 mil bpd e início de produção previsto para dezembro de 2010, e a contratação de duas unidades para atuação nos Testes de Longa Duração (TLD) de Guará e Iara. Existem quatro projetos definidos para a região do pós-sal. O TLD de Tiro tem potencial de produção de dez mil bpd de óleo leve e previsão de entrada de operação para final deste ano. O projeto de Lagosta, via interligação com Merluza, começou a produzir em abril e possui potencial de produção de 1,5 milhão de m3/dia de gás natural. Para o primeiro trimestre de 2010, os projetos definidos pela UNBS são o Estruturante de Mexilhão, com capacidade de processamento de 15 milhões de m3/dia de gás, e o Estruturante de Uruguá-Tambaú, com capacidade de processamento de dez milhões de m3/d de gás e 35 mil bpd de líquido. O Projeto Mexilhão será estratégico para as atividades da Petrobras relacionadas à Bacia de Santos. Tal fato será motivado não apenas pela capacidade de produção do campo, que deverá atingir plena capacidade de produção de 15 milhões de m3/dia, entre 2010 e 2011, mas também pela instalação da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTG), em Caraguatatuba (SP).

Segundo Marcusso, outro destaque está no processo de contratação para fabricação de oito cascos em estaleiro localizado na cidade de Rio Grande (RS), destinados às futuras UEPs dos campos do pré-sal da Bacia de Santos. “Essas unidades terão capacidade para processar entre 120 e 150 mil bpd de líquido, além de permitir a injeção de água e/ou gás natural nos respectivos reservatórios”, esclareceu o gerente.

Pesquisas e parcerias Atreladas à realização desses projetos e às novas demandas técnicas, estão as atividades do setor de pesquisa e desenvolvimento da UN-BS. As necessidades dos campos do pré-sal, em particular, trazem novos desafios devido às suas características, como a elevada lâmina d’água e a distância até a costa. Algumas das áreas favorecidas, de acordo com o gerente geral, serão as de equipamentos, logística e segurança nas instalações e reservatórios. Agência Petrobras

Na UTG Monteiro Lobato haverá a separação do gás, do condensado e a produção do gás liquefeito de petróleo, o GLP. O gás natural será transportado por gasoduto até uma estação em Taubaté, que se interliga com o gasoduto Campinas/Rio. O condensado de gás natural, conhecido como gasolina natural, será enviado até o Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião. Já o GLP será distribuído para o mercado consumidor. Sobre novas perfurações, a Petrobras prefere aguardar os primeiros resultados da exploração em Tupi para tomar qualquer decisão. De acordo com o gerente, somente após a obtenção desses dados será possível definir a quantidade de poços necessários para explotar adequadamente essas áreas. “Em relação aos reservatórios do pré-sal, ainda estão sendo estudados os mecanismos de recuperação a serem utilizados para maximizar esse processo”, afirmou José Luiz Marcusso. Além disso, cada bloco

A retirada do primeiro óleo da camada de pré-sal, no Campo de Tupi

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Nesse contexto, surge outro tipo de oportunidade: parceria na elaboração das pesquisas. “Essa necessidade, associada à existência de diversas universidades na cidade de Santos e nas suas proximidades, incluindo USP e Unicamp, certamente gerará oportunidades reais para elaboração de parcerias e convênios no médio e longo prazos”, ressalta Marcusso.

cadeia de fornecedores e desenvolvimento energético ganham importância, no sentido em que ações de fomento podem contribuir para o desenvolvimento do estado.

Um exemplo de parceria bem sucedida está no Programa Integração Petrobras Comunidades, criado em 2008, com a participação da UN-BS, cujo objetivo é complementar os processos de seleção pública nacional. Esse programa representa uma seleção pública para apoio a projetos sociais realizados em regiões próximas às unidades da Companhia, com valor máximo de R$ 50 mil por projeto apoiado.

Por esses fatores, o segmento se tornou terreno fértil para a aplicação do Investe São Paulo, projeto do governo do estado cuja missão é atrair novos investimentos nacionais ou internacionais e ajudar na expansão de empresas já instaladas no Estado.

Na UN-BS, diversas cidades de sua área de influência foram contempladas, como Santos, São Sebastião e Caraguatatuba (SP) e Itajaí (SC). Nessa primeira edição do programa, o investimento estimado é de R$ 7 milhões. Já foram escolhidos 140 projetos, abrangendo os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Em breve, após a análise final da documentação, ocorrerão a assinatura dos contratos e a liberação das verbas.

“A procura de empresas interessadas em investir no setor de petróleo e gás vem crescendo, e a Investe São Paulo, em consonância com os resultados obtidos com os trabalhos da Comissão Especial de Petróleo e Gás (Cespeg), tem estudado ações estratégicas para os investimentos no setor”, explica.

Os reflexos nas contratações

A Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato - parte do Projeto de Mexilhão - será estratégico para as atividades da Petrobras relacionadas à Bacia de Santos

Outra ferramenta de incremento ao setor de petróleo e gás é a Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural do Estado de São Paulo, criada pelo Governo Estadual, que reúne representantes de diversas secretarias, entidades de classe e especialistas para discutir questões relacionadas, por exemplo, aos impactos sobre o desenvolvimento regional e a cadeia de fornecedores. Acredita-se que os programas e ações elaboradas pela comissão irão gerar 50 mil empregos diretos em uma década. Nesta tarefa, o governo estadual conta com o apoio de entidades, como o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e a própria Petrobras. Questionado sobre os resultados preliminares desta comissão, o vice-governador declara que em alguns setores o estado já está bem preparado para agir, como na formação de mão de obra, seja técnica ou superior, e sugere como principal desafio a harmonização do potencial do estado com suas necessidades. Avaliando-se as vocações e potencialidade da região, Goldman acrescenta que questões relacionadas ao oferecimento de infraestrutura competitiva, desenvolvimento da 38

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Para atender ao contingente de atividades decorrentes dos projetos escalados para os próximos anos, uma das ferramentas utilizadas na UN-BS foi a instituição do Fórum Regional do Prominp da Bacia de Santos criado pelo governo federal com o objetivo de maximizar a participação da indústria nacional de bens e serviços no setor de petróleo e gás. Participam desse fórum as entidades de classe representativas dos diversos ramos de negócio, nos quais são identificados projetos específicos para estimular a capacitação e o cadastramento dos fornecedores. O estímulo ocorre por meio de ações tais como a realização de eventos específicos com os fornecedores de bens e serviços, a fim de ampliar a divulgação das demandas e orientações sobre o cadastramento no sistema Petrobras. “A atual demanda tem uma amplitude enorme, desde recursos de infraestrutura até a atividade de entrega de produtos, ou seja, tudo o que envolve a cadeia


produtiva de petróleo e gás”, ressaltou o gerente geral da unidade de Santos. Hoje, a unidade emprega 787 pessoas, sendo 589 próprios e 198 terceirizados. “A ampliação da força de trabalho está associada à velocidade de implantação dos projetos sob responsabilidade da UN-BS”, avalia Marcusso, apontando as maiores demandas para os cargos técnicos como os de engenheiros, geólogos, geofísicos, além de técnicos de produção, inspeção e manutenção.

Os ajustes na infraestrutura Em termos de instalações administrativas da UN-BS em Santos, já foi adquirida uma área de 25 mil m2 para construção de um conjunto de três torres com capacidade de duas mil pessoas cada. A primeira delas deverá estar operacional a partir do segundo semestre de 2011. Com relação à infraestrutura local, existe uma excelente integração entre a Petrobras e as prefeituras da Baixada Santista. De acordo com o gerente geral, “esse relacionamento proporciona constantes feedbacks para o planejamento regional em termos de ações ligadas à área de transporte, ensino, instalações aeroportuárias etc, preparando essas cidades para os desafios resultantes da instalação da UN-BS”. Goldman classifica o Estado como “possuidor de todos os elementos para promover o desenvolvimento da cadeia do petróleo em território paulista, atendendo a uma boa parte da

demanda por equipamentos e serviços das empresas petrolíferas”. Esta denominação está pautada em três características: diversidade do parque produtivo da região, disponibilidade de mão de obra qualificada e numerosa quantidade de universidades e centros de pesquisa. Ciente da condição de maior necessidade do litoral por habitação, transportes, saneamento e energia por conta da indústria petrolífera, o Governo Estadual vem identificando as demandas e incorporando-as a programas e ações, estruturadas pelas secretarias e órgãos competentes do poder público estadual, em conjunto com as prefeituras e associações de classe envolvidas. Algumas dessas ações já estão em andamento, como o programa de obras viárias no litoral e a avaliação ambiental estratégica para a instalação de um polo naval. Para Goldman, o setor petrolífero, sobretudo em função do pré-sal, oferece uma grande oportunidade para a atração de investimentos para o Estado de São Paulo. Ele ressalta que os investimentos neste setor têm se mostrado menos afetados pela crise, o que reforça seu caráter estratégico para o Estado. Com tantas perspectivas, é impossível não sonhar com um Brasil reconhecido internacionalmente, com melhores oportunidades e saudável socioeconomicamente. É o ouro negro levando o País a patamares nunca antes vistos.

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Santos Platform

Agência Petrobras

Land of opportunities

O

n May 1, 2009, the oil market – or should we say, the business world? – turned its attention to the first oil extraction from the pre-salt layer in Tupi field, Santos Basin, in the coast of the state of São Paulo. Everyone wanted to witness that never-seen-before activity, considered one of the most significant milestones of the exploratory activity in Brazil, the result of years of dedication, research and investments by a Brazilian company, Petrobras. Pre-salt is only one of the many projects of this state-owned company in Santos Basin. As Petrobras’ current “the apple of the eye”, the region is preparing to a new age, when the buoyant economy may affect all levels. From the local infrastructure, the basin will undergo many changes, covering different parts of the production chain, such as qualified professionals and suppliers. Here is an overview of what is coming: in addition to the US$ 19 billion to be invested in the pre-salt Exploration and Production in the region, there is also the implementation of other important projects in the post-salt areas, where the highlights are Lagosta, Mexilhão, Uruguá-Tambaú, Tiro and Sidon, as well as the Monteiro Lobato Gas Treatment Unit in Caraguatatuba, which represents more than US$ 6 billion in investments approved. The general manager of the Exploration and Production Business Unit of the Santos Basin, UN-BS, José Luiz Marcusso, believes that to achieve this development level “UN-BS has to implement the projects under its responsibility in order to provide oil and natural gas products in compliance with the specifications required for use in the facilities managed by the Supply and G&E”. According to the Lieutenant Governor of the State of São Paulo, Alberto Goldman, the growth in oil activity in the littoral zone of São Paulo, mainly due to estimates of investments from the state-owned company, creates a huge opportunity to São Paulo’s production sector, which amasses 60% to 70% of overall products and services provided to oil & natural gas industry. “Economic activity will increase, which may cover not only the oil & gas sector, but other sectors as well,” asserts.

Projects and figures Petrobras expects to reach the first million of barrels 40

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The beginning of pre-salt E&P activities in Santos earmarks one of many activities the basin will develop in the next years. Diversified investments are expected to meet the future demand, bringing new perspectives to the region Besides the platforms already contracted, the recruiting of other two Stationary Production Units is foreseen (UEP) for Guará and Iara’s TLDs

per day (bpd) in the pre-salt in 12 years. Therefore, the following projects will be implemented: the Tupi Pilot, with production capacity of 100,000 bpd and startup expected for December 2010 and the hiring of two units to operate in the Long Duration Tests (LDT) of Guará and Iara. There are four projects defined for the post-salt region. The LDT of Tiro has potential to produce 10,000 bpd of light oil and startup expected to the end of this year. Lagosta project, via connection with Merluza, started operating in April and has a production capacity of 1.5 million m3/d of natural gas. For the first quarter of 2010, the projects defined by UN-BS are the Structuring project of Mexilhão, with processing capacity of 15 million m3/day of gas, and the Structuring project of Uruguá-Tambaú, with processing capacity of 10 million m3/d of gas and 35,000 bpd of liquid. Project Mexilhão will be strategic for the Petrobras’ activities earmarked for the Santos Basin. Such fact is grounded not only on the field’s production capacity, which might come to the full capacity of 15 million m3/day between the years of 2010 and 2011, but also on the establishment of the Gas Treatment Unit Monteiro Lobato (UTG), in Caraguatatuba, State of São Paulo. The activities of separation of gas and condensate, in addition to production of LPG (Liquefied Petroleum Gas), are performed at UTG Monteiro Lobato. The natural gas will be transported through a gas pipeline until a station in Taubaté, which is interconnected with gas pipeline Campinas/Rio. The natural gas condensate, also know as natural gasoline, will be transported until Tebar, in São Sebastião. On its turn, the LPG will be distributed to the consumer market.


As for new drilling activities, Petrobras prefers to wait for the first results of the exploration in Tupi before making any decisions. According to the manager, the definition of the number of wells required for the proper exploration of these areas will be possible only after obtaining this data. “In respect to the pre-salt reservoirs, the recovery mechanisms to maximize this process are still under study”, said José Luiz Marcusso. Moreover, each block has distinct characteristics that may point to other exploratory wells and assessment tests for its correct description.

Researches and partnerships The activities of the UN-BS research and development sector are associated to the projects mentioned and the new technical demands. The pre-salt fields’ requirements in particular bring new challenges due to its characteristics, such as the high water depth and long distance from the shore. Some of the favored areas, according to the general manager, are the equipment, logistics and safety in facilities and reservoirs.

In addition to the platform already contracted to serve the projects under development (FPSO Cidade de Santos to Uruguá-Tambáu, FPSO BW Cidade de São Vicente to the LDT of Tupi and FPSO Cidade de Angra dos Reis to Tupi Pilot), two other Stationary Production Units (SPU) are under contracting process for the LDTs of Guará and Iara.

In this context, another type of opportunity arises: partnership in research preparation. “This need, together with the existence of several universities in the city of Santos and its surroundings, including USP (University of São Paulo) and Unicamp (University of Campinas), will certainly create real opportunities for preparation of partnerships and agreements in the medium and long terms”, says Marcusso.

According to Mr. Marcusso, another highlight is the process of contraction for the manufacture of eight hulls in a shipyard in the city of de Rio Grande (state of Rio Grande do Sul), intended for future SPUs in the pre-salt fields of the Santos Basin. “These units will have processing capacity between 120,000 and 150,000 bpd of liquid, besides allowing the injection of water and/or natural gas in the reservoirs”, says the manager.

The program Integração Petrobras Comunidades (PetrobrasCommunities Integration) is a good example. Created in 2008, with participation of the UN-BS, it aims at complementing the Brazilian public selection processes. This program represents a public selection process to support social projects of regions next to company units, having the maximum amount of R$ 50,000 for each project supported.

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In the UN-BS, many cities in its influence area were contemplated, such as Santos, São Sebastião and Caraguatatuba (state of São Paulo) and Itajaí (state of Santa Catarina). The investment estimated in this first edition of the program is of R$ 7 million. One hundred and forty projects have already been chosen, including the states of Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina and São Paulo. The contracts will be signed and the budget released soon, after the final documentation analysis. Another tool for incrementing the oil & gas sector is the Special Oil and Natural Gas Commission of the State of São Paulo, created by the State Government, which gathers representatives of several departments, trade and professional associations, as well as experts to discuss matters related, for instance, to impacts on the regional development of the supply chain. These programs and efforts designed by the commission are expected to create 50,000 direct jobs over the span of one decade. The State Government counts on the support of some entities to accomplish this goal, as the IBP (Brazilian Institute of Oil, Gas and Biofuels) and Petrobras. When asked about the preliminary outcomes of this commission, the Lieutenant Governor declares that some sectors of the State are ready to act, which is the case of the manpower qualification, both for workers with technical or higher education. Moreover, he believes that the State’s main challenge is to match its potential to its needs. With focus on the region’s callings and potentialities, Goldman also points that issues related to providing competitive infrastructure, enhanced supply chain and developed energy sector have become important, insofar as he believes fostering efforts are likely to facilitate the State’s development. On account of that, the segment became attractive for the efforts of Investe São Paulo, project of the State Government whose mission is to draw new Brazilian or international investments, and help enlarging companies already established in the State. “The number of companies interested in investing in the oil & gas sector has been growing, and Investe São Paulo, in keeping with the outcomes of the initiatives of Cespeg (Special Oil and Natural Gas Commission), is studying strategic actions for investments in the sector,” asserts.

The impact on contract signing To serve the number of activities resulting from the projects planned for the next years, one of the solutions in the UN-BS was founding the Regional Prominp Forum of the Santos Basin created by the Federal Government so that the participation of the Brazilian industry of goods and services in the oil and gas field may be maximized. Professional associations representing the different business sectors take part in this forum, where specific projects are identified to foster the qualification and registration of suppliers. The incentive is by means of actions as the registration of suppliers and staging of specific events with the suppliers of goods and 42

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services, in order to expand the disclosure of demands and instructions concerning the registration in the Petrobras system. “The current demand is considerably large, from infrastructure resources to the product delivery activity, that is, everything involved in the oil and gas production chain”, said the general manager of the Santos unit. Today, the unit counts on 787 collaborators, 589 of which are own employees and 198 are outsourced. “The increase in the workforce is related to the speed with which projects are implemented in the UN-BS”, says Mr. Marcusso, showing that the largest demands are for technical positions as engineers, geologists, geophysicists, in addition to production, inspection and maintenance technicians.

Adjustments to the infrastructure When it comes to the administrative facilities of the UN-BS in Santos, a 25,000 m2 area was purchased to build a three-tower complex with capacity for 2,000 people each. The first tower is to be operating from the second half of 2011. In relation to the local infrastructure, Petrobras is perfectly integrated to the City Halls of the Baixada Santista (lowlands of Santos). In the general manager’s opinion, “this relationship delivers regular feedback on regional planning for actions concerning the transportation, instruction, airport facilities and other areas, getting these cities prepared to the challenges arising out of the UN-BS settlement”. Goldman sees the State as “possessor of all elements to promote the development of the oil chain in the territory of São Paulo, supplying a significant part of the demand for equipment and services of oil companies.” This epithet is based on three characteristics: diversity of the region’s industrial complex, availability of qualified manpower and great number of universities and research centers. Aware of the fact that the littoral zone is in need for enhancements in housing, transport, sanitation and energy areas — which may be attributed to current oil industry demands —, the State Government has been identifying such demands and incorporating them to programs and actions which are structured by competent departments and agencies of the State public power, in partnership with involved city halls and trade and professional associations. Some of these actions are already in progress, such as the program for road transport works in the littoral zone and the strategic assessment for establishment of a new shipbuilding complex. According to Goldman, the oil sector, mainly due to the pre-salt activities, is a noteworthy opportunity for drawing investments to the State of São Paulo. He emphasizes that the investments in this sector have been less exposed to setbacks of the crisis, which confirms the strategic nature of this activity to the State. With so much good tidings yet to come, it is impossible not to dream of international recognition to Brazil when it comes to better opportunities and soundness of social and economic realms of society. It all comes down to the black gold leveraging Brazilian economy to unheard-of thresholds.


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Plataforma Espírito Santo Espírito Santo: promissora região de petróleo e gás natural Agência Petrobras

São grandes as perspectivas para o estado capixaba em torno dos R$ 34,4 bilhões que serão investidos pela Petrobras até 2013. Paralelamente, o governo do Espírito Santo entra com investimentos na infraestrutura para atender às demandas do mercado

O início da operação do FPSO Capixaba está previsto para o primeiro semestre de 2010

A

Bacia do Espírito Santo possui características bastante peculiares como sua diversidade, pois produz óleo pesado e leve, gás associado e não-associado e atua com produção onshore e offshore. O Estado do Espírito Santo se destaca pelo pioneirismo na produção do pré-sal, pela P-34, no Campo de Jubarte, no Parque das Baleias (Bacia de Campos). O governo analisa como positivos e

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promissores os investimentos do Plano de Negócios da Petrobras (PN) 2009-2013. A previsão de investimentos em Exploração e Produção nas concessões sob gestão da Petrobras na Unidade de Negócio do Espírito Santo (UN-ES), situadas no norte da Bacia de Campos, Bacia do Espírito Santo, Bacia do São Francisco e Bacia do Mucuri, é de aproxi-


Sedes

madamente R$ 34,4 bilhões até 2013 - R$ 6 bilhões neste ano - distribuídos de forma praticamente homogênea ao longo dos próximos cinco anos. São projetos que aumentarão a produção de óleo da UNES dos atuais 115 mil bpd previstos em 2009 para 370 mil bpd em 2013. A produção conjunta de óleo e gás natural prevista para 2013 alcançará o montante de 450 mil barris de óleo equivalente por dia. Além dos projetos que estão sendo implementados, conforme Protocolo de Intenções assinado em 2007 pela Petrobras e Governo do Estado, está a construção de uma Planta de Fertilizantes Nitrogenados, amônia e ureia, em Cacimbas, Linhares (ES), para a qual foi feito um memorando de entendimentos assinado entre as partes e que se encontra em fase de estudos. Ainda dentro desse Protocolo, está a construção do Terminal Portuário de Barra do Riacho, da Transpetro, que se encontra em fase de obras e que futuramente irá armazenar e transportar três mil m3/dia de C5+ e mil toneladas de GLP produzidos no Estado. A previsão é de que o terminal esteja pronto no primeiro trimestre de 2010. A implantação de um Polo Industrial Marítimo é outro projeto. Seu objetivo é permitir a instalação de estaleiro de construção e reparo naval, construção de módulos para plataformas. Para este Polo, o Governo do Estado assinou um protocolo de intenções com a Jurong do Brasil para a implantação de um estaleiro, destinado à construção de sondas de perfuração, plataformas de exploração e de produção e ao reparo naval. A instalação está prevista para um prazo de 24 meses, a partir do recebimento da licença ambiental de instalação (LI). Orçado em R$ 800 milhões, o projeto será instalado em uma área de um milhão de metros quadrados. “Esses investimentos consolidam o Espírito Santo como um dos estados prioritários para o desenvolvimento de projetos no setor de petróleo no País”, afirma o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo, Guilherme Dias.

Operação de novas plataformas De acordo com o PN da estatal, novas plataformas entrarão em operação, como a FPSO Cidade de São Mateus que deve começar suas atividades no início do segundo semestre de 2009, no campo de Camarupim, na Bacia do Espírito Santo. O navio-plataforma é uma parceria entre a Petrobras (75,7%, operadora) e a El Paso (24,3%). Serão interligados quatro poços produtores ao FPSO, afretado à Prosafe, com expectativa de pico de produção de cerca de dez milhões de m3/dia. O projeto

Guilherme Dias, Secretário de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo

ainda prevê o lançamento de um gasoduto de cerca de 60 km a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC). A unidade já está ancorada na locação. O desenvolvimento inicial dos campos de Cachalote (póssal) e Baleia Franca (pré e pós-sal) será realizado pela instalação do FPSO Capixaba. Sua capacidade de processamento será de 100 mil barris de óleo por dia, 3,2 milhões de m³/dia de gás, injeção de até 130 mil bpd de água. O início da operação está previsto para o primeiro semestre de 2010. Já a Fase 2 do desenvolvimento do campo de Jubarte será realizada pelo FPSO P-57. A plataforma será ancorada a 1.259 metros e terá capacidade para produzir 180 mil bpd de óleo 17º API, 300 mil bpd de líquido e dois milhões m³/dia de gás. O início de operação está previsto para 2011. O primeiro módulo de desenvolvimento do Campo de Baleia Azul, localizado a cerca de 85 km do litoral sul do Espírito Santo, tem início previsto para o final de 2012. A capacidade de processamento será de 100 mil bpd de líquido e de compressão, 3,5 milhões de m³/dia. O FPSO será ancorado em uma lâmina d’água de 1.270 metros. No desenvolvimento dos campos de Baleia Azul (pré-sal), Jubarte (pré-sal), Baleia Franca (pré e pós-sal), Baleia Anã (póssal) e Cachalote (pós-sal), serão cinco poços produtores e três injetores de água, interligados a uma Unidade Estacionária de Produção do tipo FPSO com capacidade de tratamento de 180 mil bpd de óleo, 300 mil bpd de líquido e seis milhões m³/dia de gás. O início de operação está previsto para 2014. MACAÉ OFFSHORE

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Polo Cacimbas produzirá até 18 milhões m³ de gás Em janeiro, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, durante a explanação do PN da Petrobras no Espírito Santo, anunciou os investimentos para o Estado no setor de gás. Só no Polo Cacimbas, até dezembro de 2008, foram investidos aproximadamente R$ 2,4 bilhões. A conclusão das obras da terceira fase está prevista para o segundo semestre deste ano, e o Polo Cacimbas terá capacidade para processar até 18 milhões de m3/dia de gás natural e 34 mil barris/dia de condensado de petróleo. Essa produção equivale a cerca de dois terços dos 30 milhões de m³/dia que o país importa da Bolívia, consolidando o Espírito Santo como um importante fornecedor de soluções energéticas para o Brasil. A Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas começou a operar em 2006, com o funcionamento da primeira das três unidades. O Polo Cacimbas está estrategicamente interligado ao Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene) que irá ligar o Parque das Baleias, aos campos de Camarupim e Golfinhos, no Norte capixaba. Com a conclusão do trecho Cacimbas-Catu (BA) do Gasene, o gás do Espírito Santo passará a atender parte da demanda do Nordeste. A respeito da Unidade de Tratamento de Gás (UTGSul), que também faz parte do Protocolo de Intenções, Estrella disse que sua expansão não está descartada. Em fase de construção em Ubu, no Sul do Estado, não terá capacidade para processar todo o gás natural a ser produzido no Parque das Baleias, onde foi descoberto petróleo leve e gás na camada de pré-sal. Inicialmente, a unidade irá processar 2,5 milhões de m³/dia de gás, e a estimativa de produção no pré-sal capixaba é superior a quatro milhões m³/dia.

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Futuro exportador de energia elétrica O Espírito Santo foi um dos estados que saíram na frente na implantação de novas termelétricas no País. Segundo Guilherme Dias, ao todo, nove projetos estão previstos para o Estado, que deverão entrar em operação nos anos de 2010 e 2013. Com esses projetos, o Espírito Santo deixa de ser importador para ser autossuficiente e exportador de energia elétrica para o Brasil. “Estamos diversificando as fontes de geração de energia elétrica e buscando um aproveitamento para o gás natural produzido em terras capixabas”, disse o secretário.

Projetos para o Espírito Santo

As demais empresas estão analisando junto ao Governo Federal a possibilidade de mudança de combustível e local de instalação.

Relacionamento com a cadeia de fornecedores A Petrobras informa que a participação das empresas capixabas no fornecimento de bens e serviços tem apresentado um crescimento extraordinário ao longo dos últimos anos. O estímulo tem sido feito pela participação da UN-ES no Prominp e parcerias com o Sebrae e o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (Prodfor). Um dos projetos do convênio implementado com sucesso no Espírito Santo foi a criação da RedePetro ES, associação colaborativa de pequenas e médias empresas visando ao desenvolvimento técnico e incremento do fornecimento local para a indústria do petróleo. Em função dos investimentos crescentes nos próximos anos e dos desafios tecnológicos cada vez maiores, a demanda por bens e serviços com alto grau de inovação e tecnologia, desenvolvidos


por profissionais com qualificação de excelência, é uma característica atual. O alerta vai para os empresários, que devem estar preparados para fornecer esses produtos com características seguras para a sociedade e para o meio ambiente.

Infraestrutura e força de trabalho As atividades da estatal no Espírito Santo estão distribuídas em vários municípios, de Norte a Sul do estado, o que reduz um possível impacto relativo à instalação de empresas fornecedoras e à demanda de vagas de trabalho. O poder público, observando o crescimento registrado nos últimos anos, em diversos setores da economia capixaba, tem realizado ações para a melhoria da infraestrutura urbana, especialmente em relação à malha viária e à destinação de áreas para instalação de novos empreendimentos. Segundo o secretário Guilherme Dias, uma vantagem do Espírito Santo é que o Estado já detinha uma base produtiva e de infraestrutura bastante desenvolvida e diversificada antes do boom do petróleo e gás natural. Ele ressalta que a infraestrutura portuária, rodoviária e ferroviária, a logística de comércio exterior, a forte presença de mineradoras, siderúrgicas e metalmecânica, entre outros segmentos, contribuíram para criar um ambiente econômico favorável e competitivo para o Estado.

O governo vem atuando na preparação de mão de obra para atender à indústria petrolífera e outros segmentos. Em parceria com o Governo Federal, prefeituras e setor privado, atualmente existem sete novos Cefetes – que serão chamados de Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – em construção em municípios capixabas. “Criamos ainda um programa de bolsas de estudo e reintroduzimos o ensino profissionalizante na rede do ensino público estadual, além de possuirmos um forte programa de investimentos do Senai em diversas áreas”, destaca ele. Ele também afirma que o Estado ainda está trabalhando para viabilizar investimentos em infraestrutura e na cadeia produtiva de fornecedores, atraindo um número cada vez maior de prestadores de serviços de equipamentos e serviços da indústria de petróleo e gás natural. Atualmente, a Petrobras no Espírito Santo conta com aproximadamente 16 mil empregados terceirizados e dois mil próprios, distribuídos entre as unidades das diversas Áreas de Negócio. Quanto às futuras contratações - dois mil novos postos de trabalho entre empregados próprios e terceirizados - a maior demanda é por empregados da área técnica como operadores de sonda, eletricistas e mecânicos especializados, técnicos em instrumentação, desenhistas e engenheiros.

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Espírito Santo Platform Espírito Santo: promising region for the oil & natural gas sector

Agência Petrobras

The perspectives for the State of Espírito Santo are rather optimistic, which is grounded on investments by Petrobras amounting to around R$ 34.4 billion until 2013. Concomitantly, the government of Espírito Santo is investing in infrastructure to meet the market demands

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spírito Santo Basin has very peculiar characteristics, such as its diversity. In this vein, it produces heavy and light oil, associated and non-associated gas and has activities targeted at both onshore and offshore production. The State of Espírito Santo stands out as pioneer in pre-salt production by P-34, in Jubarte Field, in Parque das Baleias (Campos Basin). The government regards the investments of 2009-2013 Petrobras Business Plan (PN) as positive and promising. Estimates for investments in Exploration and Production in concessions under Petrobras’ management at the Business Unit of Espírito Santo (BU-ES), located in the north side of Campos Basin, in Espírito Santo Basin, São Francisco Basin and Mucuri Basin, is of around R$ 34.4 billion until 2013 — R$ 6 billion this year —, distributed almost equally over the next five years. There are projects which will increase the oil production of BU-ES from the current 115,000 barrels per day in 2009 to 370,000 barrels per day in 2013. The total production of oil and natural gas is expected to reach 450,000 barrels of oil equivalent per day in 2013.

In addition to projects under implementation, under the Letter of Intentions executed in 2007 by Petrobras and the State Government, there is project to construct a Plant of Nitrogen Fertilizers, ammonia and urea in Cacimbas, in Linhares (State of Espírito Santo). Aiming such a goal, the parties signed Memorandum of Understanding, being currently under its study stage. Also under this Protocol, there is project to construct the Port 48

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The beginning of FPSO Capixaba operation is foreseen for the first semester of 2010

Terminal of Barra do Riacho, of Transpetro, which is under construction stage. In the future, it will store and transport 3,000 m3/day of C5+ and 1,000 tons of the LPG produced in the State. Estimates are that the terminal is ready by 1Q10. Another project is the implementation of the Offshore Industrial Complex. Its purpose is to allow the installation of a shipbuilding and repair shipyard, as well as designed for construction of modules for platforms. For this Complex, the State Government executed a Letter of Intentions with Jurong do Brasil for the assembly of a shipyard intended for the construction of a drilling rig, exploration and production platforms and for the repair of ships. The installation is estimated to elapse 24 months as of the acceptance of the environmental license (LI) for the installation. Reckoned to amount to BRL 800 million, the project will be installed in an area of one million square meters. “These investments make Espírito Santo one of the most favorable states for the development of projects in the oil sector in Brazil,” asserts the secretary of Economic Development of Espírito Santo, Guilherme Dias.

Operation of new platforms According to the Business Plan of the state-owned company, new platforms will start operations, such as the FPSO Cidade de São Mateus, with operations expected to start in the second half of 2009, in Camarupim field, in Espírito Santo Basin. The FPSO is then fruit of a partnership between Petrobras (with a share of


75.7 % in operations) and El Paso (24.3 %). Four production wells will be interconnected to the FPSO, chartered to Prosafe. Production peak is expected to tally around 10 million m3/day. The project still covers the release of a gas pipeline of around 60 km, the Gas Treatment Unit of Cacimbas (UTGC). The unit is already anchored at the location. The initial development of Cachalote fields (post-salt) and Baleia Franca (pre and post-salt) will be performed by the installation of the FPSO Capixaba. Its processing capacity will be of 100,000 barrels per day, 3.2 million m3/day gas, and injection of 130,000 water barrels per day. The beginning of the operation is expected for the first half of 2010.

pacity will be of 100 thousand net barrels per day, and compression capacity of 3.5 million m³/day. The FPSO will be anchored in a water depth of 1,270m. In the development of Baleia Azul field (pre-salt), Jubarte (presalt), Baleia Franca (pre and post-salt), Baleia Anã (post-salt) and Cachalote (post-salt), five production wells and three water injectors will be in place. They will be interconnected to a Fixed Production Platform of FPSO type with treatment capacity of 180,000 oil barrels per day, 300,000 net barrels per day and 6 million m3/day of gas. Operations are expected to begin in 2014.

Cacimbas Complex will produce up to 18 million m3 of gas

The Stage 2 of the development of Jubarte field will be performed by FPSO P-57. The platform will be anchored at a distance of 1,259 m and will be able to produce, per day, 180,000 barrels of oil 17º API, 300,000 net barrels per day and two million m³/day of gas. The beginning of the operation is expected for the first half of 2011.

On January, the Exploration and Production director of Petrobras, Guilherme Estrella, during a speech on Petrobras Business Plan for Espírito Santo, announced the investments in the State for the gas sector. In Cacimbas Complex alone, there were investments amounting to around R$ 2.4 billion until December 2008.

The first development module of Baleia Azul Field, located around 85 km away from the south littoral zone of Espírito Santo, is expected to start late in 2012. The processing ca-

Estimates are that the completion of the third stage works takes place by the second half of this year. Moreover, by this time, Cacimbas Complex is estimated to have capacity to process up

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to 18 million m3/day of natural gas and 34,000 barrels/day of oil condensate. This production is similar to 2/3 of the 30 million m3/ day that the country imports from Bolivia, making Espírito Santo the most important supplier of power solutions in Brazil. The Gas Treatment Unit of Cacimbas started operations in 2006, with three units. The Cacimbas Complex is strategically interconnected to the Southeast-northeast Gas Pipeline (Gasene), which will interconnect Parque das Baleias to Camarupim and Golfinhos fields, in the Northern region of Espírito Santo. With the completion of stretch Cacimbas-Catu of Gasene (in the State of Bahia), gas produced in Espírito Santo will meet part of Northeastern region demand. Regarding the Gas Treatment Unit (UTGSul), which is also part of the Letter of Intentions, Estrella said that its expansion is not discarded. Under construction stage in Ubu, in the South region of the State, the unit will not be able to process all the natural gas needed in Parque das Baleias, where light oil was discovered at the pre-salt layer. Initially, the unit will process 2.5 million m3/day of gas, and the production estimates for the pre-salt of Espírito Santo is higher than four million m3/day of gas.

Future electric power exporter Espírito Santo was groundbreaker in the implementation of new thermal power plants in Brazil. According to Guilherme Dias, nine projects are expected to be conducted in the State, beginning at some point between 2010 and 2013. With these projects, Espírito Santo will no longer be an importer. In spite, it will attain self-sufficiency and export electric power for the remainder states of Brazil. “We are branching out into new sources for generation of electric power and seeking to take benefit from the natural gas produced in Espírito Santo,” said the secretary.

Projects for Espírito Santo

Companies are analyzing the possibility to change the fuel matrix and installation location together with the Federal Government

Relationship with the supply chain Petrobras informs that the participation of Espírito Santo’s companies as suppliers of goods and services has been recording a huge growth over the last years. The participation of BUES in Prominp, in addition to partnerships with Sebrae and the Supplier Development Program (Prodfor), has been spurring on such an outcome. One of the projects of agreement successfully implemented in Espírito Santo was the creation of RedePetro ES, a cooperative association of small and medium-sized enterprises which is earmarked to promote technical development and increment of the local supply for the oil industry. 50

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Due to growing investments over the forthcoming years and significant technological challenges, current demands are mostly targeted at state-of-the-art goods and services, developed by professionals with an outstanding qualification. This is a raisedhigh flag to the businesspeople, which must be prepared to cater to this demand for products with safe characteristics for both society and the environment.

Infrastructure and manpower State-owned company’s efforts in Espírito Santo are split over many cities, from North to South, which reduces a possible impact on the installation of supplying companies and on the demand of job vacancies. The public power, noticing the growth recorded over the latest years in many sectors of the economy of Espírito Santo, has been pursuing the improvement of urban infrastructure, especially in relation to the road system and the destination of areas for the installation of new projects. According to the secretary Guilherme Dias, one advantage of Espírito Santo is that the State already already had a developed and well-rounded production base and infrastructure before the oil & natural gas boom. He emphasizes that the port, road and railroad infrastructure, in addition to logistics and foreign trade, and strong presence of mining, steelworking and metalworking and mechanical companies, among other segments, contributes to a favorable and competitive economic environment for the State. The government is endeavoring efforts concerning the manpower qualification to meet the demands of oil industry and other segments. In partnership with the Federal Government, city halls and the private sector, there are currently seven Cefetes (Federal Center of Technological Education of the State of Espírito Santo) – which are going to be called Education, Science and Technology Institute of Espírito Santo – under construction in the cities of Espírito Santo. According to Dias, “Still, we created a scholarship program and included again the professional education at the State public education system. Besides this, we have a robust investment program of Senai (Brazilian National Service for Industrial Learning) in many areas.” He also asserts that the State is still working to facilitate investments in infrastructure and in the supply chain, attracting an even higher number of equipment and service suppliers, also related to the oil and natural gas industry. Currently, Petrobras in Espírito Santo has around 16,000 outsourced employees and 2000 employees contracted directly by the company, distributed among the units of several Business Divisions. Regarding the future hirings – 2,000 new direct and outsourced employees –, the higher demand is for employees of technical area, such as drilling rig operators, specialized electricians and mechanics, instrumentation technicians, draftsmen and engineers.


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Especial

US$ 39,4 bilhões destinados à Bacia de Campos A principal região petrolífera do País ultrapassa três décadas com investimentos promissores

A

inda que os olhos dos investidores estejam concentrados nas novas descobertas da Petrobras – o pré-sal, com início da produção do óleo de Tupi, na Bacia de Santos (BS) – a Bacia de Campos (BC) continua sendo o coração da produção de petróleo do Brasil, responsável por 84% do petróleo do País. Uma região reverenciável, que caminha para a comemoração dos 32 anos do início de sua produção.

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O que está previsto de investimentos nos próximos anos para esta região? Os 13 municípios que compõem esta bacia acompanham atentos cada passo da estatal, numa perspectiva de que os negócios se multipliquem, apesar da crise econômica mundial, fomentem a economia local, atraiam mais investidores e sejam exemplo de desenvolvimento industrial para as demais regiões.


Toda essa expectativa gira em torno do Plano de Negócios da Petrobras 2009-2013, que, do total de US$ 174 bilhões, destinará US$ 39,4 bilhões à Bacia de Campos. Serão US$ 37,4 bilhões em desenvolvimento da Produção e US$ 2 bilhões em projetos exploratórios. Para detalhar melhor esses investimentos, dos cinco grandes projetos de produção de óleo implantados e a implantar em 2009, quatro pertencem à BC. Desses, dois ficam no Campo de Marlim Sul, um em Frade e outro no Parque das Conchas. A partir do ano que vem até 2013, oito grandes projetos serão

instalados nesta bacia, sendo três no Parque das Baleias, um em Marlim Sul, dois em Roncador e outros dois em Papa-Terra. Estes dois últimos na Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Campos (UN-BC), com investimentos previstos da ordem de US$ 4,5 bilhões. “Estes projetos contribuirão para manter a BC, a principal bacia produtora do Brasil, com cerca de 80% da produção de óleo nacional e 38% da produção de gás natural, em média, no período de 2009 a 2013”, disse o gerente geral da UN-BC, José Airton de Lacerda Martins. Flickr

Novos projetos de desenvolvimento da produção Para este ano, na Bacia de Campos, a estimativa de produção de óleo é de 1.750 mil bpd e 34,4 milhões de m³/dia de gás natural. Com os investimentos previstos, a perspectiva é de chegar a 2013 produzindo 2.067 mil bpd de óleo e 35,2 m³/dia de gás. A UN-BC tem cerca de 470 poços produtores.

Para este período, estão programados uma média de 50 poços perfurados e completados por ano em toda a Bacia de Campos. Tudo isso face aos os principais Projetos de Desenvolvimento da Produção, como a construção da P-55, que entra em sua fase mais importante. Após a assinatura de todos os seus contratos, foi autorizado, no dia dois de janeiro deste ano, o iníMACAÉ OFFSHORE

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Especial cio dos serviços para a montagem do topside, parte superior da plataforma, que será construído no Estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul. O casco está sendo construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, e seu transporte para o Rio Grande do Sul, onde será feita a integração com o topside, está previsto para o fim deste ano. Já a P-56 (unidade semissubmersível), por conta da condição de clone, deve ser entregue à Petrobras num tempo 35% menor do que o despendido nas obras da P-51. Enquanto a P-51 levou 54 meses para ser construída, a nova plataforma tem previsão de entrega em outubro de 2010, 36 meses depois da assinatura dos contratos. A colocação do topside, de 28 mil toneladas, sobre o casco – o deck mating, operação mais arrojada de toda a obra – está prevista para abril de 2010.

A respeito da P-61 e P-63, destinadas ao campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, que tiveram suas licitações adiadas, segundo Airton, a Petrobras revisou o projeto anterior e está indo novamente ao mercado com o objetivo de conseguir melhores propostas. As duas unidades compõem um novo tipo de projeto que será implantado pela estatal - ainda inédito no País - que é a instalação da Tecnologia TLWP. A P-62, que será destinada ao campo de Roncador, terá seu início de produção em junho de 2013. Quanto às perspectivas de novas descobertas ou acumulações periféricas na bacia, a estatal ainda não levou ao público essas informações e afirma que, qualquer novidade, após ser repassada à Agência Nacional do Petróleo (ANP), será levada ao mercado e à imprensa em momento oportuno.

Características e previsões dos projetos

Flickr

Recuperação dos poços A recuperação de campos maduros é uma das estratégias da Petrobras por meio do Programa de Revitalização de Campos com Alto Grau de Explotação (Recage), criado em 2004. Conforme anunciado pela gerente executiva de engenharia de produção da Petrobras, Solange Guedes, durante a edição da Rio Oil&Gas 2008, atingir o percentual de 70% no fator de recuperação da produção de petróleo está perto de se tornar uma realidade no Brasil, mesmo em reservatórios de alta complexidade. Um dos exemplos usados por Solange foi o campo de Marlim, cuja recuperação, em 1984, era de 18% e atualmente chega a 56%. Segundo ela, esses números estão fundamentados em estudos e experiências. Para isso, a Petrobras está aplicando tecnologias nessas áreas com alto grau de explotação. Nos reservatórios aplicam-se: a 54

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Até 2013 deverão ser qualificados mais de 43 mil profissionais para atender às demandas da Petrobras no Rio de Janeiro


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Especial Sísmica 4D, a autoinjeção de água, injeção de água viscosificada, bright water, traçadores químicos e reinjeção de água produzida. Para a engenharia de poço, são utilizadas técnicas especiais de estimulação-HRMF, surgi-frac e acid tunneling, poços multilaterais, completação inteligente, poço lateral receptor ou poço em “U” e poços de longa seção horizontal. Na elevação e escoamento, estão sendo aplicados Sistemas de Bombeamento em Substituição ao Gás Lift. Já para as instalações de superfície, a injeção de água bruta RWI, separação submarina água-óleo SSAO, VIEC e tratadores eletrostáticos para óleo pesado.

Novas tecnologias em análise Visando a aumentar a eficiência de seus processos produtivos, reduzir custos e aumentar a integridade, a UN-BC vem avaliando algumas tecnologias, como o Sistema Monflex, que consiste em um conjunto de técnicas para monitoração da integridade de risers flexíveis de produção. Algumas destas técnicas incluem monitoramento acústico, colar de fibra ótica e televisionamento para inferir a necessidade de inspeção detalhada e manutenção futura.

Existe ainda a técnica de Liner Drilling e Casing Drilling, que consiste em uma operação mais simplificada que as técnicas convencionais durante a perfuração de um poço, em que há a perfuração e o revestimento simultâneos. Ela é adequada para atravessar rochas com histórico de topamento da ferramenta e prisão do revestimento.

Investimentos na Região Fluminense Em reunião realizada em abril na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foram apresentados aos deputados fluminenses projetos de grande porte da estatal no estado do Rio de Janeiro, como o Comperj, que ajudará a aumentar a capacidade de refino nacional, processando cerca de 150 mil barris/dia de petróleo e que produzirá derivados para as indústrias. O projeto prevê a geração de 200 mil empregos e a instalação de aproximadamente 720 empresas na região do Complexo. Assim como ele, a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) também receberá investimentos para modernização e melhoria de processos e qualidade dos derivados produzidos.

Flickr

Outro destaque é a tecnologia que utiliza uma bomba centrífuga montada sobre um skid que é instalado no leito marinho

– fora do poço – chamado Skid Bombeio Centrífugo Submerso Submarino (SBCSS), que, por não requerer sonda para instalação e retirada, contribui para redução da necessidade de recursos críticos e, consequentemente, dos custos de intervenção.

A Reduc também receberá investimentos para modernização e melhoria de processos e qualidade dos derivados produzidos

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Especial A estatal também anunciou outros projetos que movimentarão segmentos importantes da indústria fluminense como o setor naval. Com a primeira fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), serão construídos quatro navios em um estaleiro na cidade de Niterói, com a geração de dois mil empregos diretos e seis mil indiretos. Outros quatro navios serão construídos em outro estaleiro na mesma região com a geração de 2.500 empregos diretos e 7.500 indiretos. Atualmente, o número atual de trabalhadores na Bacia de Campos é de 61 mil. Aproximadamente, 11.500 próprios e mais de 49.700 contratados. Para o estado do Rio de Janeiro,

existe uma demanda projetada para o período 2010-2013 de qualificar cerca de 43.300 profissionais nas áreas de engenharia, construção civil, construção e montagem e manutenção. O gerente da UN-BC ressalta que a Petrobras é uma empresa que está compromissada com o desenvolvimento do País, incentivando a indústria nacional no desenvolvimento e na realização de seus empreendimentos, que inclui a geração de empregos diretos e indiretos. “No entanto, deve-se destacar que o mercado mundial ainda está em alerta e ao mesmo tempo vem procurando se restabelecer da crise financeira e, mesmo com expectativas positivas para o futuro, o momento é de cautela”, enfatiza José Airton.

Oportunidade para a indústria nacional de bens e serviços No início do ano, durante os diversos encontros para detalhamento do Plano de Negócios, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, confirmou que será mantido o compromisso com conteúdo nacional de um mínimo de 64% nos empreendimentos da estatal dentro do princípio da competitividade. São demandas de aproximadamente US$ 20 bilhões por ano que serão colocados no mercado nacional. Para isso, as empresas devem dar ênfase nos preços, nas reduções e cumprimentos dos prazos e, principalmente, na garantia de qualidade. Essa tomada de medidas ainda envolve a manutenção de um milhão de postos de trabalho e deverá contribuir com cerca de 10% do PIB do Brasil. Dentro das mudanças no relacionamento com fornecedores de bens de capital e serviços, estão envolvidas importantes ações da Petrobras que visam a fazer com que a atividade petrolífera proporcione oportunidades de crescimento para a indústria nacional. Este ano, muitas novidades foram implementadas e já apresentam resultados com a participação ativa dos fornecedores.

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das as Unidades (USs, Compartilhado, UN-Rio, etc) participavam. O objetivo é fazer com que essa integração das unidades amplie as oportunidades de negócios com o mercado fornecedor da região. A renegociação de contratos é outra novidade. As unidades da BC, assim como os demais órgãos da estatal, irão trabalhar para atender à orientação do Conselho de Administração para negociar o máximo com a indústria e seus fornecedores, de forma a reduzir custos. Com essa estratégia, espera-se obter preços ajustados à nova realidade do mercado na compra de bens e serviços necessários à execução dos projetos. Embora esses preços já comecem a apresentar pequena redução, acredita-se que ainda haja espaço para as empresas se ajustarem em níveis sustentáveis. Diante disso, as áreas responsáveis pelas contratações e compras já estão revendo contratos e começando a fazer novas pesquisas de mercado.

Em janeiro, por exemplo, deu-se início ao Projeto Relacionamento com o Mercado, pelo qual gerentes de contratação de bens e de serviço, assim como profissionais da área de cadastramento local e nacional, reservam uma tarde por mês exclusivamente para o atendimento aos fornecedores, por meio de reuniões pré-agendadas.

Para o próximo semestre, está prevista a renovação do convênio Petrobras e Sebrae, que irá manter, como objeto, o fortalecimento do Arranjo Produtivo Local (APL) de Petróleo e Gás da Bacia de Campos, cuja finalidade é aumentar a competitividade de micro e pequenas empresas e da cadeia produtiva local, bem como a geração de negócios, vindo a contribuir para o desenvolvimento sustentável das empresas da região.

Um outro momento importante são as Rodadas de Negócio da Bacia de Campos, em que todas as unidades da Petrobras se comprometeram a participar desses eventos promovidos pela Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip) e Sebrae, incluindo a que acontecerá na Feira Brasil Offshore 2009. Antes, nem to-

É importante recordar que a parceria entre a Petrobras e a indústria nacional tem uma história marcante desde o início das atividades da companhia. O resultado desse investimento é o crescente fortalecimento da indústria brasileira de bens de capital e no crescimento da própria empresa.

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Special

The main oil region in the country has been receiving promising investments along three decades

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espite investors are drawing their attention to Petrobras new discoveries, as the pre-salt discovery in Santos Basin (BS), and the beginning of oil production Tupi, Campos Basin (BC) is still the heart of oil production in Brazil, accounting 84% of the Brazilian oil production. Campos Basin is an honorable region, not far from celebrating its 32nd oil production anniversary. What the next years holds to Campos Basin regarding new investments? The 13 cities comprising Campos Basin watch closely each and every steps taken by the state-owned company, hoping business will multiply, develop the local economy, attract investors and be an example of industrial development to other regions — despite the global economical crisis. This expectation is due to the Petrobras Business Plan for 2009-2013 which will earmark US$ 39.5 billion for Campos Basin. The investments amount US$ 37.4 billion and will be allocated for Production development; other US$ 2.0 billion will be destined for exploratory projects. To better describe this investments, out of five major projects of oil production implemen-

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ted and to be implemented in 2009 four belong to CB. Out of these five projects, two are to be developed in Marlim Sul Field, one in Frade and the other one in Parque das Conchas. From 210 until 2013, eight large projects will be implemented in BC; three of them in Parque das Baleias, one in Marlim Sul, two in Roncador and other two in Papa-Terra. The two last-mentioned projects are to be implemented at Exploration and Production Business Unit in Campos Basin (UN-BC), amounting US$ 4.5 billion in investments. “These projects will continue nourishing the CB, the main oil producer basin in Brazil that accounts for 80% of oil production and 38% of Natural Gas, on average, from 2009 to 2013,” said José Airton de Lacerda Martins, BU-CB General Manager.

New projects for developing the production Campos Basin is expected to produce 1,750 bpd and 34.4 million m³/day of natural gas. By making the expected investments, a production amounting 2,067 bpd of oil and 335.2m³/day of natural gas is expected by 2013. BU-CB com-

Agência Petrobras

US$ 39.4 billion invested in Campos Basin


prises around 470 production wells. During this period of time, the plans for Campos Basin are to drill and complete about 50 wells p.a. All these projects will take place along with the main Projects for Production Development, as the construction of P-55, which is about to attain its most important phase. After signing all contracts, the topside assembling — the highest platform part is to be constructed by Rio Grande Shipyard, in Rio Grande do Sul — was authorized to start on January 2nd, 2009. Atlântico Sul Shipyard, located in Pernambuco, is building the hull. Then, the platform will be transported to Rio Grande do Sul, where the topside will be connected to the platform frame — this stage is expected to take place by the end of 2009. Due to its clone condition, P-56 (a semi-submersible unit) is expected to be delivered to Petrobras within a period 35% shorter in comparison with the time spent in P-51 works. In contrast to P-51, which was built in 54 months, the new platform is expected

to be delivered in October 2010 — 36 months after the contracts were signed. The installation of the 28 thousand tons topside on the hull – procedure known as deck mating, the most audacious operation of all work – is expected to take place in April 2010. Regarding P-61 and P-63 to be implemented in Papa-Terra field, in Campos Basin, which had their bids adjourned, and according to Airton, Petrobras has reviewed the previous project and is waiting for better proposals. Both units are part of a new project that Petrobras is to implement: the installation of a TLWP, a Tension Leg Wellhead Platform. P-62, intended to be implemented in Roncador field, will start to operate in June 2013. Considering the potential discoveries or secondary wells in the basin, Petrobras has not informed the public on these matters and asserts that, after announcing the news to the National Petroleum Agency (Agência Nacional de Petróleo - ANP ), will timely reveal discoveries to the market and press.

Characteristics and forecasts for projects

Recovery of wells The recovery of mature fields is one of the Petrobras strategies developed through the Revitalization Program for Fields at High Levels of Exploration (Programa de Recuperação de Campos de Alto Grau de Exploração - Recage), created in 2004. As Solange Guedes, Petrobras Production Engineering Chief Manager, revealed at 2008 Rio Oil & Gas, it is expected an oil production recovery of 70% in Brazil, even in high complexity reservoirs. Guedes made her point clear by using Marlim field as an example; this

field had 18% recovery in 1984, currently has attained 56%. According to her, the figures are based on researches and experiments. For this reason, Petrobras is applying new technologies to highly explored areas. The technologies applied to the reservoirs are: 4D Seismic, water autoinjection, viscous water injection, bright water, chemical tracers and reinjection of produced water. Concerning well engineering, special stimulation techniques are applied, such as MFHW (Multifractured Horizontal Wells), surgi-frac MACAÉ OFFSHORE

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Special

Flickr

Reduc will also receive investments for modernization and improvement of produced byproduct processes and quality

and acid tunneling, intelligent completion, multilateral wells, intelligent completion, lateral receiver well (U-shaped well) and long horizontal section wells. To elevation and flow operations, Pumping Systems are being applied rather than Lift Gas. To the surface facilities, Raw Water Injector (RWI), Sub-Sea Oil and Water Separation, Vessel Internal Electrostatic Coalescer (VIEC) and electrostatic dehydrators for heavy oils are to be developed.

New technologies under analysis So as to increase both production efficiency and reduce costs, as well as improving its integrity, BU-CB has been analyzing some technologies, such as Monflex System — which consists of a series of techniques for monitoring the integrity of production flexible risers. To better illustrate this, the techniques used are: acoustic monitoring, fiber-optic cable and television system to detect the need of carrying out a detailed inspection and potential maintenance. It is also worth highlighting the technological feature that uses a centrifugal pump fixed on a skid installed on the sea bottom – out of the well – named subsea centrifugal pump (SBCSS), which does not require a rig for installation and removal, thus contributing to reduce both the use of dangerous procedures and the intervention costs.

der Petrobras development, such as Comperj — which will help increasing the Brazilian refining capacity by processing around 150,000 oil barrels per day, delivering byproducts to industries. The project expects to create 200,000 jobs and set up around 720 companies in the Complex surroundings. Accordingly, Duque de Caxias Refinery (Refinaria de Duque de Caxias - Reduc) will also receive investments to modernize and improve processes and the quality of produced byproducts as well. Petrobras has also announced other projects which will boost important industrial segments in Rio, such as the maritime area. Four vessels will be built in a shipyard in the City of Niterói during the first phase of Modernization and Expansion of the Fleet Program (Programa de Atualização em Medicina de Família e Comunidade Promef) — creating 2,000 direct jobs and 6,000 indirect. Other four other vessels will be built in another shipyard located at the same region, creating 2,500 direct jobs and 7,500 indirect jobs. Currently, Campos Basin employs 61,000 workers. Out of this number, 11,500 workers are self-employed and over 49,700 works for companies. The State of Rio de Janeiro expects to qualify around 43,300 professionals for engineering, civil construction, construction and assembly and maintenance areas to meet 2010-2013 demand. Petrobras UN-BC Manager emphasizes that Petrobras is a company committed to the Brazilian development by encouraging the Brazilian industry to develop and carry out projects, including the creation of direct and indirect jobs. “However, we must keep in mind that the global market is experiencing a highly tense moment and is still attempting to recover from the financial crisis. Although the expectations for the future are positive, it is time to be cautious,” asserted José Airton. Agência Petrobras

Liner Drilling and Casing Drilling are the other two techniques available. They are simpler than the conventional techniques used during the well drilling process, in which the drilling and casing processes are carried out simultaneously. This technique is suitable for excavating areas with potential tool collision and casing capture.

Investments in Rio de Janeiro In a meeting held at Rio de Janeiro State Senate (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro - Alerj), Rio de Janeiro Board of Representatives were introduced to large projects un62

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Up to 2013 more than 43 thousand professionals may be qualified to assist the demands of Petrobrás in Rio de Janeiro


Opportunities of the Brazilian goods and services industry In the beginning of 2009, during several meeting held to prepare the Business Plan, José Sergio Gabrielli de Azevedo, Petrobras CEO, confirmed the commitment to maintain at least 64% of the Brazilian content in the projects Petrobras is to develop, grounded on the competition principle. The Brazilian market demands around US$ 20 billion p.a. in investments. For this reason, companies must focus on prices, reduction and fulfillment of delivery dates, and, most importantly, product quality. Such actions will retain 1 million jobs, besides contributing with around 10% of the Brazilian GDP. According to changes in the relationship between Petrobras and its capital goods and services suppliers, the state-owned company plans to take important measures aiming to make oil activities provide opportunities for the national industry growth. Este ano, muitas novidades foram implementadas e já apresentam resultados com a participação ativa dos fornecedores. In January, for example, the Projeto Relacionamento com o Mercado (Relationship with the Market Project) was launched. In this project, managers in charge of goods and services agreements and professionals of local and national registration area spend one afternoon every month only serving suppliers in prescheduled meetings. Another significant moment was the Business Rounds in Campos Basin. These events promoted by the National Organization of the Petroleum Industry (Organização Nacional da Industria do Petróleo - Onip) and the Brazilian Service of Support for Micro and Small Enterprises (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae) to which all Petrobras units have committed to participate — including the round held

in the Feira Brasil Offshore (Brazil Offshore Fair). In other editions of the Business Rounds, not all units (as USs, Compartilhado, UN-Rio, etc) participated. These business rounds aim at integrating the units to widen the business opportunities within the local supplying market. Another innovation is the renewal of contracts. Units operating in the CB, as well as the other Petrobras agencies, will meet the Board of Directors requirements to negotiate as much as possible with industry and its suppliers, in order to reduce costs. This measure intends to obtain prices adjusted to the new market scenario, allowing the purchase of goods and services required to carry out the projects. Although a small reduction in prices has occurred already, there is still room for companies to adjust it at affordable levels. Due to this, the divisions accountable for hiring and purchases are reviewing contracts and making new market researches. The renewal of the agreement between Petrobras and Sebrae is expected to take place next semester. The agreement purpose will still be focused on strengthening the Local Productive Arrangements (Arranjo Produtivo Local - APL) of Oil and Gas in Campos Basin, aiming to increase the competitiveness of micro and small-sized companies and the local production chain, as well as the development of new business, contributing for the sustainable development of local companies. The partnership between Petrobras and the national industry are remarkable, since Petrobras has begun its operations. The achievement harvested from this agreement is the strengthening of the Brazilian capital goods and Petrobras growth.

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Espaço QSMS

De mãos dadas com a conscientização ecológica Em tempos em que a conscientização ambiental é um dos temas mais debatidos ao redor do mundo, o País não fica atrás e lança programa para educar e treinar profissionais das indústrias naval e offshore

Á

guas tratadas, consciência limpa. Esse é o lema de um programa de treinamento de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), pioneiro no Brasil, que está sendo lançado na Feira Brasil Offshore. Ainda em fase piloto, o projeto é fruto da adaptação de um programa já oferecido em outros países sobre regulamentação e normas internacionais da Convenção IMO-Marpol, aplicável à legislação brasileira. Direcionado aos gestores de SMS e tripulações de navios, embarcações de serviço e plataformas offshore, sua finalidade é educar e conscientizar os participantes na aplicação das leis ambientais vigentes e treiná-los nas boas práticas para o manejo de material poluente. A Convenção IMO-Marpol é um dos principais resultados das atividades da Organização Marítima Internacional (IMO), agência especializada criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de criar regras e normas para uma navegação segura e eficiente, além de controlar a emissão de material poluente no ambiente marinho por navios e plataformas. Pela Convenção Internacional para Prevenção de Poluição por Navios – definição que inclui as plataformas offshore – também conhecida como Marpol 73/78 (criada em 1973 e revisada em 1978), a IMO tem capacidade de exercer seu papel normatizador orientando a ação dos órgãos fiscalizadores dos países signatários. Por meio de seus seis anexos, a Convenção estabelece regras aplicáveis à questão do óleo e água, de materiais poluentes, de lixo, de esgotos e de gases poluentes. Para a Marpol, não há diferença entre as embarcações, que não as comuns entre os diversos tipos de navios. “As atividades de exploração e produção de óleo e gás instalam tripulações numerosas em alto mar, demandando a necessidade do controle dos resíduos gerados por elas e pelos processos industriais desenvolvidos a bordo”, explicou Jorge Carvalho, orientador e instrutor do programa de treinamento. “O aumento da consciência ecológica e a vigilância cada vez mais rigorosa por parte das Autoridades Marítimas têm aumentado a procura por treinamentos deste tipo”, afirmou

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O programa de treinamento possui dois módulos: curso presencial e em computador

Marcelo Santos, técnico do Grupo Vicel, empresa que está trazendo o curso para o país. Para isso, a Vicel, que já tem parceria com os principais fabricantes de equipamentos regulados pela IMO-Marpol, tornouse representante do Instituto Marpol de Treinamento (Marpol Training Institute), agente de treinamento oficial da IMO-Marpol, com sede na Califórnia. O Programa de Treinamento inclui dois módulos: Imersão IMO-Marpol 2010, um curso presencial, ministrado em sala de aula, sobre os padrões internacionais IMO-Marpol e Legislação Brasileira; e Cumprindo as Normas Marpol, um curso em computador (Tecnologia CBT – “Computer Based Training”) disponível em português e inglês. Os programas dos cursos foram desenvolvidos para fornecer as informações necessárias para o correto gerenciamento e operação de navios e plataformas em conformidade com os requerimentos definidos pela IMO. De acordo com Eduardo Arruda, diretor técnico da Vicel, “a prática de mais de 15 anos nesta área ensinou a todos na empresa que a proteção ambiental é uma questão de consciência, e consciência vem da educação de todos, dos gestores, dos operadores e das tripulações”. O Grupo Vicel tem base operacional em Rio das Ostras, de onde atende a todo o território nacional e Mercosul. “Dado o caráter específico do treinamento, pretendemos oferecer os programas na região do Rio de Janeiro, mas podemos oferecer também programas ‘fechados’ para clientes que estejam fora desta área”, completou Marcelo Santos.


QSHE Space

Walking hand in hand with the ecological awareness In times when the environment awareness is one of the most relevant subjects discussed worldwide, Brazil keeps up with times and launches programs to educate and train professionals who work in the maritime and offshore industry

The technical director Eduardo Arruda and Marcelo Santos, technician and responsible for the training program

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reat the waters, and have peace of mind. This slogan rules the first Health, Environment and Safety (HSE) training program offered in Brazil, which is to be launched in the Brasil Offshore Fair. Offered in other countries the project, in its first stage, is based on a training program on the regulation and international standards provided in Marpol, as well as the applicable Brazilian law. Focusing on HSE managers and ship, supply vessels, and offshore platforms crewmembers, the program aims at educating and raising the awareness of participants when applying such environmental laws in force and training them on best practices when handling pollutants. Marpol is one of the main goals IMO, a special agency created by the UN, has achieved. The convention aims mainly at establishing rules and standards to promote a safe and effective navigation, besides governing the issuance of pollutants in the marine environment from ships and platforms. By means of the International Convention for the Prevention of Pollution from Ships – including offshore platforms, also known as Marpol 73/78 (enacted in 1973 and revised in 1978), IMO can govern and guide the inspection entities in the countries where Marpol is in force. The Convention has six Annexes that set forth laws applicable to the water and oil, pollutants, waste, and gases issues. “Marpol sees no difference among vessels, but the particularities each type of vessel has. Oil and gas exploration and production use numerous crews in open seas, demanding the

control of waste generated by both crewmembers and the industrial processes onboard,” said Jorge Carvalho, Training program adviser and professor. “People started to look for training courses like this because of the ecological awareness and Maritime Authorities rigorous monitoring,” said Marcelo Santos, Grupo Vicel technician, the company that is introducing the training course in Brazil. To provide such training, Vicel, which has partnerships established with manufacturers accredited at IMO-Marpol, became the representative of the Marpol Training Institute, the IMO-Marpol official training entity which is headquartered in California. The Training Program consists of two modules: Immersion IMO-Marpol 2010, a face-to-face course on the international standards IMO-Marpol and the Brazilian Law; and Fulfilling the Marpol Standards, an online course (TECHNOLOGY CBT – “Computer Based Training”) available in Portuguese and English. The course syllabus was developed to deliver the required information on vessel and ship correct management and operation, complying with IMO provision. According to Eduardo Arruda, Vicel Technical Director, “the broad background in legislation matters obtained in 15 years has taught the whole company that the environment protection is a matter of awareness; and the awareness comes from the education everyone, managers, operators and crewmembers have.” MACAÉ OFFSHORE

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As futuras demandas da Petrobras serão por válvulas mais resistentes em função de condições peculiares

Automação é a saída para a indústria de válvulas Fornecedores também devem investir em pesquisa e desenvolvimento, homologação e curtos prazos para garantir seu espaço no mercado

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pesar dos anúncios de investimentos da Petrobras para os próximos anos, principalmente com os desafios lançados frente às descobertas do pré-sal, ao que parece, o desenvolvimento de novas tecnologias continua sendo um esforço isolado da estatal. A falta de cultura das empresas nacionais na área de pesquisa e desenvolvimento, homologação e redução dos prazos é um fator preocupante, especialmente para os fabricantes de válvulas industriais. A companhia diz que demandará grande volume desses equipamentos com materiais mais resistentes à corrosão, baixas temperaturas e altas pressões devido à grande profundidade dessas áreas. Isso re-

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quer ações imediatas, sendo uma oportunidade para os fornecedores e fabricantes nacionais garantirem e ampliarem uma carteira de negócios de forma mais duradoura com uma cliente como a Petrobras, que buscará os níveis mais baixos de preço durante as licitações que terá de fazer. Alexandre de Carvalho Quirino, gerente setorial de Contratação de Bens da Petrobras Unidade Bacia de Campos (UN-BC), ressalta que, comercialmente, é fato que haverá um aumento expressivo na demanda, principalmente em relação ao mercado de válvulas. De acordo com ele, é preciso evoluir e, para se ter uma indústria nacional mais forte, é necessário se adequar e qualificar-se um pouco mais. “Tem havido evolução,


Agência Petrobras

mas isso deveria acontecer numa velocidade maior. O cenário futuro será determinante para aqueles que forem mais ágeis”, disse. O ponto crítico nesse caso é o fato de os fornecedores nacionais não atenderem à demanda na sua totalidade devido aos prazos que concedem. Para conseguir um determinado tipo de válvula, por exemplo, o prazo varia de 90 e 300 dias. O gerente explica que os prazos alongados vêm por conta da falta de automatização desse processo. “Tem que haver agilidade, prazos curtos e, principalmente, a responsabilidade de obedecer a esses prazos, além de preços condizentes com a qualidade do produto”, enfatiza Quirino. Atualmente, segundo ele, o mercado nacional supre grande parte da demanda, mas ainda há uma necessidade razoável de importação, o que para o País não é interessante.

É preciso investir De acordo com o engenheiro de equipamentos SR na UN-BC, Jair Francisco Maestá, no Brasil ocorre carência na mão

de obra, havendo dificuldades em encontrar engenheiros de projetos de válvulas. Para que as válvulas sejam projetadas e fabricadas no Brasil, o primeiro passo, segundo explica, é melhorar o produto e certificá-lo segundo a NBR 15827 e fornecer produtos com durabilidade. O segundo passo é investir em automatização, homologação do projeto e processo, com qualidade assegurada e disponibilidade. O grande erro está na falta de investimento em pesquisa e desenvolvimento do produto e da fabricação. “Hoje não se imaginam mais válvulas sendo fabricadas manualmente, pois custa mais caro que um processo robotizado. A gente vê lá fora que na fabricação de válvulas de oito polegadas há três a cinco pessoas trabalhando nela e aqui no Brasil, 30 a 40 pessoas”, compara. O que a companhia espera é mais ação dos fornecedores nacionais no que se refere à pesquisa e desenvolvimento, ainda tímidos no País, quando comparados ao mercado exterior que está preparado para esses desafios.

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Alexandre de Carvalho Quirino, Gerente Setorial de Contratação de Bens da Petrobras UN-BC

A Europa, por exemplo, já está fabricando válvula com materiais mais nobres, que resistem às diversas temperaturas, anti-corrosivas, o que otimiza a produção, ao invés de fabricar uma válvula específica para cada grau de temperatura. “Isso é bom para nós que teremos uma válvula de melhor qualidade e bom para o fabricante. Hoje, estamos adequando nossas licitações atentos a isso”, pontua Jair.

Demandas de válvulas Dentro do perfil atual e quantidade de válvulas instaladas e aplicadas pela Petrobras, 80% das utilizadas na Bacia de Campos são do modelo Esfera com ½ até 24 polegadas e com pressão que varia de 150 até 2.500 PSI. De acordo com Jair, a estatal tem carência de compra de válvulas de bronze. “Acredito que temos somente um fornecedor nacional”, disse. Para as futuras demandas, ele adianta que a companhia utilizará o que se usa hoje, melhoramento e evolução. A orientação é que se desenvolvam válvulas mais resistentes em função de condições peculiares. Além disso, é interessante que fabriquem válvulas adaptadas com um dispositivo de abertura e fechamento parcial que evite o engripamento (travamento).

A Petrobras também está investindo em sistemas de monitoramento do vazamento das válvulas. “Já utilizamos, temos vários contratos e estamos pensando em ampliar e aderir a um sistema de monitoramento em terra”, adianta Alexandre Quirino.

Incentivo ao mercado nacional Para orientar as empresas e incentivá-las a se adequar para atender ao conteúdo demandado pela estatal, programas como o Prominp, que visa à capacitação da cadeia produtiva da indústria nacional do petróleo, e o Programa de Garantia da Qualidade de Materiais e Serviços Associados (PGQMSA), além de fóruns e encontros, são iniciativas da Petrobras e do governo. No PGQMSA, por exemplo, já estão cadastrados fornecedores bem qualificados e alguns ainda bem carentes de avanço, segundo informou Quirino. Esse programa faz auditorias técnicas e verifica desde a gestão até o produto, a condição do projeto e a fabricação. “Em cada ciclo, a tendência é que o fabricante melhore, uma vez que está sendo auditado. São apontados alguns pontos para melhorias e na auditoria seguinte, esses pontos têm que estar corrigidos. Isso determina a permanência ou não do fornecedor nesse cadastro”, comenta o gerente. “O negócio é investir. Quem sair na frente vai, com certeza, colher o fruto. Não é difícil romper essa barreira, e os fornecedores têm que procurar uma carteira de investimentos e saber o caminho para chegar até lá”, completa Jair.

Jair Francisco Maestá, Engenheiro de Equipamentos SR da Petrobras UN-BC

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Agência Petrobras

The future demands of Petrobrás will be for more resistant valves in function of peculiar conditions

Automation is the answer for the valve industry Suppliers must also invest in research and development, performance inspection and short delivery time to guarantee their share of the market

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espite the announcements of Petrobras investments for the next years, especially in the view of the challenges posed by the pre-salt discoveries, it seems like Petrobras is walking alone in the new technologies development road. The manufacturers of industrial valves are concerned about lack of culture Brazilian companies have in the area of research and development, performance inspection and shortening of delivery dates is a concern. Petrobras has declared the need of a large amount of equipment manufactured in mate-

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rials more resistant to corrosion, low temperatures and high pressures, as this equipment are used in great depth areas. Besides being an immediate need, this is an opportunity for the Brazilian suppliers and manufacturers establish a successful and effective long-term partnership with a client as significant as Petrobras — which will launch bids for equipment and the companies offering the lowest prices will win the bid. Alexandre de Carvalho Quirino, Petrobras Goods Contracting Manager in the Campos Basin Unit (UN-BC), point outs that there will be a significant increase in the commercial demand,


mainly in the valve market. According to Quirino, evolving is essential, and in order to have a stronger domestic industry, it is necessary to be adapted and be more qualified. “The industry has progressed, but the progress needs to be quicker. The most efficient companies will be determined the future scenario,” he asserts. The critical issue is the fact that the Brazilian suppliers do not meet their whole demand because of the delivery time. The delivery time of a specific valve, for instance, is from 90 to 300 days. The Manager explains that longer delivery times are a consequence of the lack of automation in the manufacturing process. “Manufacturers must be fast and offer short delivery times and be committed to the deadlines. They must also provide prices compatible with the product quality,” Quirino emphasizes. Quirino believes that the current Brazilian market meets great part of the demand; however, the Brazilian consumers still have a reasonable need to import, and this does not favor the country.

Investments are needed According to Jair Francisco Maestá, Senior Equipment Engineer in UN-BC, in Brazil, there is a shortage of qualified work force. Due to this, it is difficult to find valve design engineers. Maestá explains that the first step to design and manufacture

valves in Brazil is improving valve features and complying with the NBR 15827, besides providing long life products. The second step to be taken is to invest in automation, project and process performance inspection, and ensure quality and availability as well. The big mistake is the shortage of investments in the research and development of products and manufacturing processes. “Today, the idea of manufacturing valves manually is inconceivable, as manufacturers spend more on manual than on automatic process. Other countries employ three to five people to produce 8-inch valves, and Brazilian process uses thirty to forty people,” asserts Maestá. The company expects more action from the Brazilian suppliers concerning the research and development, although the efforts in Brazil are faint as compared to the international market, which is prepared to face these challenges. Europe, for example, is manufacturing valves in noble materials resistant to different temperatures and anti-corrosion and optimizing the production, rather than manufacturing one specific valve for each temperature level. “This is good not only for the consumers, since we will have a high quality valve, but also to the valve manufacturers. Currently, we are taking these matters into account when preparing our bids,” points out Maestá.

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ments and we are thinking about expanding and using an onshore monitoring system,” Alexandre Quirino asserts.

Incentives to the domestic market To guide the companies and encourage them to make adjustments to comply with the content required by Petrobras, the Brazilian government and Petrobras are implementing programs such as Promimp (National Plan for Professional Qualification), which aims at qualifying the Brazilian oil industry production chain, and PGQMSA (Program for Quality Assurance of Materials and Services), in addition to forums and meetings.

Alexandre de Carvalho Quirino, Goods Recruiting Sectorial Manager of Petrobras UN-BC and Jair Francisco Maestá, Equipment Engineer SR of Petrobrás UN-BC

Demand for valves In view of the current scenario and the amount of valves Petrobras have installed and uses, 80% of the valves used in the Campos Basin are ball type with ½ to 24 inches and pressure ranging from 150 to 2,500 PSI. According to Maestá, Petrobras has a shortage of bronze valves. “I believe we have only one Brazilian supplier,” he states. Regarding future demands, Maestá anticipates that Petrobras will use what the same equipment used currently, but an improved and evolved. The advice is to develop valves more resistant to special conditions. Besides, manufacturers must know that valves furnished with a partial opening and closing device that prevents jamming (locking) interest consumers. Petrobras is also investing in systems for monitoring leaking valves. “We already use this system. We have signed several services agree-

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PGQMSA, for instance, has a register containing well-qualified suppliers and other suppliers that need to make much more progress, Quirino informed. This program carries out technical audits and inspects all manufacturing stages, from the management to the final product, and the project conditions and manufacturing process as well. “After each audition cycle, the manufacture tends to improve, once the company is being audited. Some points that need improvement are highlighted and, in the following audit, these points must have been corrected. This determines if the suppliers remain or not in the register,” Quirino affirms. “Investing is vital. Raking among the best ones is vital to reach the top. It is not difficult to go beyond limits, and suppliers have to look for an investment portfolio and know how to get there,” Jair says.


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Recuperação de capital Empresas encontram no leilão eletrônico uma forma segura, ágil e eficaz para vender bens inservíveis seja, cuja total responsabilidade quanto à sua destinação a indústria deve assumir. Outro problema do setor apontado pelo consultor é a necessidade de contínua retirada de resíduos e/ou sucatas geradas com frequência. Nesse caso, a Superbid, por exemplo, entra com o leilão de “contrato de sucatas a gerar” e gerencia todo o processo, com a preocupação no cumprimento do contrato por parte do arrematante vencedor.

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Superbid conta com mais de 175 mil clientes compradores (arrematantes)

xiste uma grande preocupação, não só das autoridades como também da indústria e de detentores de estoque, quanto ao destino dos resíduos ou inservíveis, ou seja, resíduos, sucatas, excedentes de estoque e os veículos, máquinas e equipamentos que não têm mais utilidades. Muito além de uma questão de responsabilidade ambiental, empresas buscam principalmente meios de recuperar o capital desses ativos disponibilizados. De uma maneira ágil, planejada e sem burocracia, essa solução já pode ser oferecida ao público pelos leilões eletrônicos. Aqui no Brasil, a Superbid foi pioneira na realização de leilões oficiais online para os setores industrial, imobiliário e de veículos, utilizando a internet, o que possibilitou a participação de compradores de todo o País, dentro de um ambiente abrangente e seguro, sem necessidade de deslocamento. Ela atua no mercado desde 1999, otimizando a recuperação do capital que as empresas investiram em ativos industriais, oferecendo ao cliente serviços de avaliação. As principais dificuldades para a recuperação de capital com a venda de inservíveis são, entre outras, a pouca informação sobre as oportunidades disponíveis, a baixa liquidez dos ativos, a dependência de poucos compradores locais ou regionais, a falta de referência de valores de mercado e processos pouco transparentes e não auditáveis, conforme explica Rodrigo Stehling, consultor de negócios da Superbid. Ele comenta que o gerenciamento e a otimização das vendas e destinação de ativos inservíveis nas indústrias sempre foram um grande problema, por se tratar de uma atividade com importância cada vez maior para a geração de receita e de compromisso ambiental.

Vantagens para a indústria de petróleo e gás De acordo com Rodrigo, empresas deste setor têm cada vez mais aderido a esta solução. É muito comum neste setor verificar inservíveis com restrição ambiental, ou 74

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“Temos atendido a muitas indústrias do setor de petróleo e gás com sucesso, recuperando o capital com bens inservíveis de toda natureza, desde excedentes de estoque, máquinas e equipamentos em desuso e suas sucatas e resíduos”, informa o consultor. No caso de inservíveis com restrição ambiental, ele ressalta a importância de se fazer a certificação dos arrematantes que queiram adquirir referidos lotes. Só se habilitam ao sistema da Superbid, os arrematantes que apresentem a documentação comprobatória de que estão autorizados pelos órgãos ambientais a adquirir aquele tipo de ativo. Um exemplo da dimensão de ativos arrematados, para um de seus clientes desse setor, foi a venda de latas de óleo que estavam sobrando em seus estoques e até de um helicóptero da empresa. Quanto aos benefícios em participar de um leilão, o consultor informa que são vários, pois os clientes passam a ter uma empresa especializada que cuida de todo o processo de gestão dos resíduos, eliminando boa parte de seu custo indireto, obtêm ágio na recuperação do capital com a venda de inservíveis (mais receita) com um pro cesso amplamente transparente e auditável, que atende aos mais exigentes requisitos da lei Sarbanes-Oxley, que visa a garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas.


Quanto às garantias de que o leilão neste caso pode ser a melhor forma de recuperação de capital, a resposta está no diferencial e no resultado que essa atividade possibilita. “No leilão, vence aquele que oferecer o maior lance”, disse ele. Não havendo combinação de preços entre os arrematantes, e, por conseguinte, havendo realmente uma disputa comercial, ele garante que se consegue o melhor preço de mercado naquele momento da venda. “E este é o grande diferencial: garantimos atingir o mercado comprador fazendo com que ele dispute, lance por lance, cada lote de nossos clientes”, completa Rodrigo.

isso em uma oportunidade de recuperação de capital para o cliente, a partir do momento em que faz a venda daquela estrutura, ou suas partes, com ela ainda de pé.

A Superbid, por exemplo, conta hoje com mais de 400 clientes vendedores e mais de 175 mil compradores. Até o fechamento de 2008, foram mais de USD 1,2 bilhão em vendas. As empresas do mercado de petróleo e gás, segundo ele, têm uma grande representação na sua carteira de clientes, como BR Distribuidora, Refinaria Manguinhos, Exxon Mobil, CEG/Gás Natural, COMGÁS, bem como outras do setor petroquímico, como a Braskem, DETEN, Lanxess (antiga Petroflex), Proquifgel, Solvay, entre outras.

A empresa foi fundada com o objetivo de potencializar as vendas realizadas pelos leilões tradicionais (somente presenciais), por meio de uma maior exposição das oportunidades para qualquer arrematante em potencial localizado em qualquer lugar do Brasil, a um simples clique via internet, além de eliminar a possibilidade de conluios, muito comuns nos leilões tradicionais.

Uma forma de driblar a crise O momento de desaceleração econômica contribuiu para o aumento dos leilões eletrônicos, que passaram a ser uma porta para driblar problemas financeiros por conta da crise. De acordo com o consultor de negócios, as empresas estão preocupadas com cada centavo que possa entrar no caixa, assim como a redução dos custos de produção. “Com o leilão, elas obtêm melhor resultado com otimização de seus custos”, relata. Outro fator, segundo ele, é proveniente da paralisação de parte da produção de algumas indústrias e, por conseguinte, a sobra de alguns excedentes de estoque, ou ainda, a desmobilização de todo um parque fabril. “Nós conseguimos transformar todo esse capital parado em receita em pouco tempo”, frisa. A desmobilização de estruturas e até de fábricas inteiras é, muitas vezes, encarada como custo para as empresas. Isso, num momento de crise, pesa no caixa. Rodrigo garante que, por meio do leilão, consegue-se transformar

“Leiloamos um ‘contrato de desmontagem’, que é comprado por interessados em ficar com as peças, sucatas e materiais que sobrarão com a desmontagem. Também leiloamos ‘contratos de sucatas a gerar’, que consiste em vender uma geração futura de sucata e/ou resíduos, quando nossos clientes têm seus números e características conhecidas”, explica.

Conheça mais a Superbid

Hoje, ela está presente no Brasil, Argentina, Chile e México, expandindo-se para outros países da América do Sul. Além disso, possui parceria com a GoIndustry Dovebid, o que permite atuação em qualquer continente. Dependendo da necessidade do cliente, realiza leilões internacionais com possibilidade de arrematação de qualquer lugar do mundo. Os leilões são realizados, sempre, presencialmente e via internet. A Superbid possui um auditório próprio em sua sede, em São Paulo e, eventualmente, também monta o que chama de “Posto Avançado”, que é um outro local físico onde arrematantes podem, presencialmente, dar seus lances. Todo o processo de prestação de seus serviços se inicia com a listagem dos ativos a serem vendidos, que é disponibilizada pelo cliente. Possui um departamento de marketing que cuida de todo o processo de divulgação de cada leilão com base nos tipos de ativo que estão sendo ofertados, visando, sempre, a atingir o mercado comprador. Além disso, possui um call-center ativo e passivo, que, de sua base de dados, faz contato com potenciais compradores. MACAÉ OFFSHORE

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Capital recovery Companies find in the electronic bid a safe, fast and efficient way to sell their unserviceable assets Divulgação

Oil and Gas Companies have been adhering to the electronic auction of “Contract of Scraps to be generated”

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he authorities and the industry and those holding stocks are concerned about the allocation of waste or unserviceable goods, that is, waste, scrap iron, stock surplus, and vehicles, machines and equipment that are no longer useful. Besides being an environmental responsibility, companies are searching means to recover the capital of these cash assets. This solution may be offered to the public in electronic auctions, a fast, planned without bureaucracy way to solve this matter. In Brazil, Superbid was pioneer in the promotion of official online auctions for the industrial, real state and automotive sectors via the Internet. This enabled the participation of buyers countrywide, inside a comprehensive and safe environment, without the need of displacement. The company is in the market since 1999, optimizing the recovery of the capital companies invested in industrial assets, offering evaluation services to the client. The main obstacles for capital recovery from the sale of unserviceable assets are, including but not limited to, the lack of information on the available opportunities, the low liquidity of assets, and the dependence on a few local or regional buyers, the shortage of market value references and insufficient transparency and non-auditable processes, as explains Rodrigo Stehling, Superbid business Consultant.

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Stehling remarks that the management and optimization of sales and the allocation of unserviceable assets in industries have always been a huge problem, since this activity has increasingly importance in terms of revenue generation and environmental commitment.

Benefits for the oil and gas industry According to Stheling, more and more companies operating in this sector are adhering to this solution. This sector produces great amounts of unserviceable assets with environmental restrictions, that is, the industry must be entirely responsible for its allocation. The consultant also points out another problem within the sector: the need of continuous waste and/or scrap removal system on a frequent basis. In this case, Superbid, for example, holds an auction at “agreement of scrap to be generated” and manages the entire process. Superbid is always concerned about the contract fulfillment by the winner. “We have been successfully working with many companies of the oil and gas sector. They are recovering the capital from the sale of all types of unserviceable assets, from stock surplus, out-of-use machines to equipment and its scrap and waste,” reveals Stheling.


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Concerning unserviceable assets with environmental restriction, Stheling emphasizes the importance of certifying the bidders that intend to acquire these lots. Only bidders submitting documents proving they are authorized to acquire that type of asset by the environmental authorities are qualified for Superbid system. To illustrate the scope of assets sold in auctions, one of the clients operating in the oil and gas sector has sold oil cans that were stock surplus and a helicopter. Regarding the particular benefits of an auction, Stheling informs that there are many benefits, since clients have a specialized company managing the entire waste management process, eliminating a great part of indirect costs, obtaining premium in capital recovery from the sale of unserviceable assets (more revenue). This is also possible thanks to a largely transparent and auditable process, which meets the most demanding requirements of the Sarbanes-Oxley Act — that aims at ensuring the creation of audit and safety mechanisms in which the companies can trust. When it comes to the guarantees that the auction may offer which is the best way of recovering the capita? The answer is: the differential and the results brought by these auctions. “At the auction, the highest bidder wins,” Stheling states. Since the prices are not agreed upon by the bidders, the auction promotes a real commercial dispute. The auction guarantees that the best market price is achieved in that moment of the sale. “This is the greatest differential: we are committed to make the buyers dispute, offer by offer, each client lot,” Stheling says. Currently, Superbid has more than 400 clients selling assets and more than 175,000,000 buyers registered. Up to the fiscal year ended in 2008, the sales amounted more than US$ 4 1.2 billion. According to him, oil and gas companies are great part of Superbid client portfolio, companies such as BR Distribuidora, Refinaria Manguinhos, Exxon Mobil, CEG/Gás Natural, COMGÁS, as well as other in the petrochemical sector, such as Braskem, DETEN, Petroflex (currently Lanxess), Proquifgel, Solvay, among others.

A way to overcome the crisis The economic deceleration contributed to the increase of electronic auctions, which are now a way found by some companies to overcome financial problems arising from this crisis. Ac-

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cording to the business consultant, companies are concerned about every penny, as well as about the reduction in production costs. “The auction delivers best results by optimizing the costs,”Stheling says. Another factor, in his opinion, is the shutdown of some industries. This creates stock surplus, as well as the demobilization of the entire industrial park. “We were able to transform the entire stagnant capital into revenue in a small period of time,” Stheling emphasizes. Other companies frequently consider as expenses the demobilization of structures, and even of whole plants. Additionally, in a scenario of crisis, this is bad for business. Stheling ensures that, the auction make possible to transform the crisis into an opportunity for the client to recover capital by selling the plant structure, or its parts. “We have auctioned a ‘disassembly agreement’, which is bought by people interest in keeping the parts, scraps and materials remaining after disassembling the asset. We also auctioned an ‘agreement of scrap to be generated’, which consists in selling a future scrap and/or waste generation, when our clients are familiar with numbers and characteristics,” Stheling clarifies.

About Superbid The company has been founded with the purpose of increasing the sales in traditional auctions (only in attendance) by fully exposing the opportunities to any potential bidder in Brazil via he Internet, besides eliminating the possible price fixing, very common in the traditional auctions. Currently, the company is engaged in activities in Brazil, Argentina, Chile e Mexico, expanding to other South American countries. In addition to this, Superbid has established a partnership with GoIndustry Dovebid, allowing Superbid to operate in any continent. According to the client’s needs, Superbid holds international auctions enabling people to bid from any place in the world. The auctions are always held upon attendance and via the Internet. Superbid has a private auditorium in its head office in São Paulo and, occasionally, it also assembles what is called an “Advanced Post”, a special office where bidders may, upon attendance, make their offers. The entire service providing process begins with the list of assets to be sold, which is submitted by the client. The company has a marketing department that takes care of the entire disclosure process of each auction based on the types of assets that are offered, always aiming at reaching the potential buyer. Moreover, Superbid has an active and passive call center that contacts potential buyers using its database.


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