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EDITORIAL Ulpa dempossi blaboribusam faccus ea simaio. Pellabore officia si imusam, ut aut aut verum, sum harias eum aut faccus. Eri dolutest, santem. Ut quam quis dolupit peliae net endanda ndigent, ut aut la sitassiniam enimin conserio. Am eaquis autem repernatios ditius illestiur, asse cusam autem niant voluptat autem sed et officte pelibus explande none velenis eatiore cusapid maionet quam, to blaborit quias estis idestistius am rem rerest pelest, ut aut lab istis il eatem laborrunt lat pore et et parum quae pelliquaerum dem cus dempos qui animpor ant.It a ape adicaborum autemporum que quissin ctaque magnatectus quo corum di doluptatur, vel min pre optasim poreptat aritiis des a peris doluptatur, iur magnis re omnis doluptas nos dit eturitatior reperuptatur magnimporem et acepuda di dit, quiaspe volestior am volorerit quis am lat. Iquat aritatur militatus desequi to enihictaturi alitatem fuga. Nus saeste doles eumquia dusdam nem volorunt. Aquiaspis qui berionsenis voluptaqui odit fugit ent quoditi aeperum fugias nonseque con et alit vel illaut prehene el moluptius. Eremperum num, officat. Nam aut qui asped quatin nusa volo consenes as poreper atemper oviduci dignis doluptatus, am resto moditat iorepel estios doluptatus.

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ib r D a t s i Rev

EXPEDIENTE Diretor de Redação: Maurício Barros Editor: Marcos Sergio Silva Chefe de Arte: Rogério Andrade Editor de Arte: Gustavo Bacan Designer: L.E. Ratto Repórter: Breiller Pires Revisão: Renato Bacci

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EDITORIAL Ulpa dempossi blaboribusam faccus ea simaio. Pellabore officia si imusam, ut aut aut verum, sum harias eum aut faccus. Eri dolutest, santem. Ut quam quis dolupit peliae net endanda ndigent, ut aut la sitassiniam enimin conserio. Am eaquis autem repernatios ditius illestiur, asse cusam autem niant voluptat autem sed et officte pelibus explande none velenis eatiore cusapid maionet quam, to blaborit quias estis idestistius am rem rerest pelest, ut aut lab istis il eatem laborrunt lat pore et et parum quae pelliquaerum dem cus dempos qui animpor ant.It a ape adicaborum autemporum que quissin ctaque magnatectus quo corum di doluptatur, vel min pre optasim poreptat aritiis des a peris doluptatur, iur magnis re omnis doluptas nos dit eturitatior reperuptatur magnimporem et acepuda di dit, quiaspe volestior am volorerit quis am lat. Iquat aritatur militatus desequi to enihictaturi alitatem fuga. Nus saeste doles eumquia dusdam nem volorunt. Aquiaspis qui berionsenis voluptaqui odit fugit ent quoditi aeperum fugias nonseque con et alit vel illaut prehene el moluptius. Eremperum num, officat. Nam aut qui asped quatin nusa volo consenes as poreper atemper oviduci dignis doluptatus, am resto moditat iorepel estios doluptatus.

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SUMÁRIO

O Maraca é nosso

Sir Alex Ferguson

Saiba tudo sobre a história do maior templo do futebol brasileiro.

Fique por dentro da história deste mito do futebol mundial.

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Página 18

Página 10

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Premier League 20 anos

Gareth Bale

Descubra como a liga inglesa se tornou o maior do mundo.

De pé frio à craque. O galês que encanta com seu futebol.

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www.revistadrible.com.br

A história do FLA x FLU

Entrevista com Beckham

Conheça o clássico que nasceu 40 minutos antes do nada.

Na sua despedida pelo PSG, o astro revela suas maiores emoções.

Página 22

Página 30

Página 26

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Entrevista com Zico

Nossa Seleção

No seu aniversário de 60 anos, ele responde nossas perguntas.

Fique por dentro de toda trajetória da seleção do Brasil, rumo ao hexa!

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Templos do Futebol

ELE VOLTOU! REVISTA DRIBLE

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Templos do Futebol

Renascido, gigante Maracanã reabre para os torcedores. Apesar de algumas cicatrizes deixadas pela mais profunda transformação de sua história, ele está pronto - e enfim rejuvenescido, ficou ainda mais bonito. REVISTA DRIBLE

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Templos do Futebol

O Maraca é nosso! Como comparar duas festas vividas em locais e tempos tão distantes? Em 17 de junho de 1950, era outro o Maracanã, outro o Rio, outro o Brasil e outros os olhos de quem viu. Em 2 de junho de 2013, o estádio virou arena, e a plateia, uma elite. Se a primeira festa causou mais impacto pela novidade (era ali que, exatos sete dias depois, o Brasil começaria ser campeão do mundo pela primeira vez — ou será que não?), a segunda estreia do nosso Maracanã ganhou em classe e beleza. Se uma, de portões abertos, foi um abraço da cidade em todos os torcedores, a outra começou a ensinar ao

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brasileiro que o espetáculo do futebol — caro e para poucos — precisa de teatros como o novo Maracanã. O qual, a partir de agora, muda por completo a maneira de vibrar, sofrer, torcer. Aqueles que, há 63 anos, entraram no antigo Maracanã pela primeira vez ficaram menos impressionados com as pompas programadas para a ocasião do que com a grandiosidade do estádio (cabiam nele 10% da população do Rio). O público do novo maraca se encantou com quase tudo. É fato que o torcedor de 1950 foi surpreendido pelo madeirame que ainda ocupava boa parte da arquibancada, atestado de que a casa ainda não estava pronta. Nada surpreendente.


Templos do Futebol Aquilo que era nada surpreendente, foi compensado pelo alívio de não passarmos a vergonha de ver a festa cancelada pela incúria dos responsáveis. Em 1950, ninguém deu a mínima para o revoar de pombos, os fogos, as evoluções da banda de música, as milhares de normalistas que lá foram uniformizadas e muito menos o exército de autoridades e políticos que lotavam a tribuna, do então presidente Dutra a candidatos às próximas eleições. Na final da Copa das Confederações, não houve tais excessos, a presidente Dilma Rousseff não foi, e os ouvidos do público foram poupados de discursos megalômanos, como o do general-prefeito do antigo Distrito Federal. Se foi pouco empolgante o jogo inaugural de 1950, o improvisado amistoso entre as seleções carioca e paulista de novos (na verdade, não tão novos), o nada improvisado Brasil x Inglaterra no mês de junho valeu pelo segundo tempo. Prosseguindo com as comparações, a honra do primeiro gol, marcado no mesmo lado do campo, pertenceu a dois tricolores da seleção da casa: Didi e Fred. Mas quem pôs (ou quase pôs, no caso dos ingleses) água no barril de chope que animava a festa foram os visitantes. Quanto à beleza e à classe do novo estádio, é indiscutível. Colorido, harmonioso, moderno e — por que não? — bem-vindo, por mais que tenha sido construído à brasileira, ou seja, num país onde a grana jorra e os fins justificam os erros. No novo estádio, diminuiu-se o campo e ampliouse marquise. O som é ruim, mas a luz é ótima. Das muitas tolices a que a Fifa nos obriga, nada pior do que os “animadores de torcida”, desagradáveis e desnecessários em seu empenho para imitarmos aqui as bizarras galeras das arenas americanas. Mas nada disso ofuscou o brilho da inauguração do nosso templo. Um renitente frequentador do Maracanã, que entrou ontem no estádio carregando a sensação de ter perdido, com o fim do Colosso do Derby, um velho amigo, pode ter saído de lá com a certeza de que ele próprio, o futebol, a cidade, o país, é que ganharam um amigo novo.

Tragédia do

MARACANAÇO

Depois de 12 anos, devido à interrupção por causa da Segunda Guerra Mundial, a Copa do Mundo voltava a ser disputada, e desta vez no Brasil. Para a Copa do Mundo 1950, que contou com a participação de 13 seleções, foi construído o Maracanã, o maior estádio de futebol do mundo. A Argentina, que achava que deveria ser a anfitriã da segunda Copa do Mundo na América do Sul, não participou em protesto. Na primeira fase o Brasil classificou-se vencendo o México por 4x0, empatando em 2x2 com a Suíça, e vencendo por 2x0 a Iugoslávia. Na fase final a seleção brasileira obteve duas grandes goleadas -- 7x1 Suécia e 6x1 Espanha -- que deram confiança absoluta no título. Porém, no último jogo contra o Uruguai, no qual o empate já daria o título ao Brasil, os brasileiros perderam por 2x1 em um episódio conhecido como “maracanaço”. Muitos culpam o excesso de otimismo, e clima festivo que antecedeu ao jogo final, pela derrota brasileira. Na véspera do jogo contra o Uruguai, o Brasil trocou a concentração no Joá pelo Estádio do Vasco da Gama, onde os jogadores não tiveram mais sossego com a presença constante de torcedores, jornalistas e políticos. Depois daquela fatídica final de 50, a seleção brasileira deixar de usar até então seu tradicional uniforme branco.

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Pelo Mundo

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Pelo Mundo

Tudo sobre

Premier League COMO UMA LIGA COM TORCEDORES VIOLENTOS E CLUBES EXCLUÍDOS DE COMPETIÇÕES TORNOU-SE A MAIOR DO MUNDO

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Primeiro gol da Premier League

Um inglês negro, de Leeds, começava a escrever a história do novo futebol na tarde de 15 de agosto de 1992. Depois de um longo arremesso de lateral em um rápido desvio, Bobby Deane cabeceava para o gol, vencendo o goleiro Peter Schmeichel e marcando o primeiro dos mais de 20.000 gols da Premier League. Passavam-se 5 minutos de jogo. Seu clube, o Sheffield United, bateu o Manchester United por 2 x 1. O intervalo de 20 anos também deu outro simbolismo àquela tarde no Bramall Lane, o estádio dos Blades, como é conhecido o Sheffield United. O futebol inglês se reorganizava numa liga, 104 anos depois do primeiro campeonato nacional. Uma decisão que havia sido tomada um ano antes e que mudou o rumo do futebol inglês, chamuscado por tragédias e pela violência das torcidas. Mas, afinal, o que havia de diferente naquela tarde? Na essência, os clubes pela primeira vez eram os “donos” do torneio, sem a participação da FA (Football Association), a CBF inglesa. Seus rendimentos deixavam REVISTA DRIBLE

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de subsidiar ligas menores e seria possível negociar em separado com a TV. E as datas das Copas locais e dos jogos da seleção jamais coincidiriam com as do torneio. O gol de Deane celebrava o fim de uma negociação que havia começado ainda em 1980. Naquele ano, dirigentes do Manchester United, Tottenham e Everton começaram a discutir uma eventual Superliga, com no máximo dez clubes. Para esses encontros, convidaram também o Arsenal e o Liverpool. O grupo com os cinco cluubes ficou conhecido na Inglaterra como “Big Five”. Clubes deixados de lado dessa elite reclamaram, com ameaça de boicote às competições e de greve de jogadores. Em 1990, foi formalizada a primeira proposta, com 20 clubes. O chelsea, então clube mediano passara cinco anos na segunda divisão nos anos 80, protestou e o número subiu para 22. Vinte clubes, só depois de 1996. Com o estouro de uma garrafa de champagne no Whittes Hotel, em Londres, em 23 de setembro de 1991, era firmada a Premier League.

Hooligans Os hooligans são, basicamente, uma gangue fanática. Aliás, fanatismo em exagero que fez tudo isso começar. São citados por imprensa e torcedores até os dias de hoje. Por incrível que pareça, em pleno século XXI, os hooligans ainda agem e, vez que outra, estão nos tablóides ingleses. Alguns exemplos de torcida hooligan são a Yid Army, a Inter City Firm, os Gooners, o Red Army e os Headhunters (Tottenham, West Ham, Arsenal, Manchester United e Chelsea, respectivamente).


Pelo Mundo

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Gringos Craques internacionais evitaram a Inglaterra até a década de 90. A FA só aceitava estrangeiros com no mínimo 75% de jogos pela seleção de seu país nos últimos dois anos. O isolamento ficou maior depois que os ingleses foram banidos das competições continentais após a tragédia de Heysel, na Bélgica, em 1985, quando a torcida do Liverpool foi considerada culpada em um confronto que resultou em 39 mortes na final da Copa dos Campeões. A readmissão só viria em 1991. Mirandinha (Ex-Palmeiras) foi o primeiro brasileiro a disputar uma partida na competição inglesa, ainda antes da Premier League, em 1987. “Era o único do grupo do Newcastle que não era britânico”, diz. “Nada era tão espetacular como hoje, e as negociações entre os clubes eram mais racionais.” Na rodada de abertura da Premier League, havia apenas 11 estrangeiros. Um deles era o francês Eric Cantona, do Leeds, que REVISTA DRIBLE

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negociaria na mesma temporada a ida para o Manchester United. Desde 1999, a Premier League não limita o número de jogadores com cidadania europeia. Os britânicos começaram a minguar na liga e surgiram problemas em posições, como a de goleiro. Em 2009, havia apenas dois ingleses entre os titulares da Premier League. Para tentar corrigir essas distorções, a liga impõe desde 2010 um percentual de jogadores formados no clube - ao menos oito dos 25 atletas inscritos. Os gringos são cada vez mais frequentes. Foram 1354 jogadores de 95 paises nos últimos 20 anos , com 44 brasileiros. O melhor deles foi Juninho Paulista, considerado o maior jogador a vestir a camisa do Middlesbrough, clube que defendeu a partir de 1995. “Não esqueço o dia em que fui cobrar um escanteio no White Hart Lane, estádio do Tottenham, e a torcida local me aplaudia”, afirma o jogador aposentado em 2010.

Kung Fu Eric Cantona jogou muito por onde passou, mas no fatídico dia 25 de janeiro de 1995. Em uma partida contra o Crystal Palace, na casa do adversário, Cantona foi expulso depois de acertar um chute em um torcedor. O francês levou a mais severa punição de sua carreira: oito meses de suspensão, uma multa de 10 mil libras e 120 horas de trabalho comunitário.


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Os melhores brasileiros

Mirandinha Mirandinha foi o primeiro brasileiro a desembarcar no futebol inglês. Contratado pelo Newcastle, na época, comprado por 1 milhão de dólares (575 mil libras), que no Brasil valiam 47 milhões de cruzados (que valeriam hoje mais ou menos 94 milhões de reais), o brasileiro fez muito sucesso desde sua chegada. A imprensa inglesa na época, dizia que ele era o melhor jogador desde Pelé.

Juninho Paulista Juninho teve uma excelente passagem jogando pelo Middlesbrough. Em sua primeira temporada, o meia-atacante surpreendeu muito pela sua qualidade no passe e boa finalização, marcou 35 gols em 155 partidas. Somente em sua terceira passagem pelo clube que Juninho conquistou seu primeiro título, a Copa da Liga Inglesa - título mais expressivo na história do clube. É ídolo e reverenciado até hoje.

Gilberto Silva Gilberto Silva é muito respeitado pelos torcedores Gunners. O volante permaneceu no clube por oito temporadas, onde conquistou quatro títulos, incluindo a lendária taça de campeão inglês invicto em 2004. Ao chegar, ganhou o respeito da torcida do Arsenal, por recusar a camisa numero 6 que pertenceu a Tony Adams. Vale lembrar que Gilberto fez parte do esquadrão imbatível.

Brasileiros com sucesso na liga

Ramires Ramires, hoje, é peça fundamental no elenco do Chelsea. O brasileiro, que brilhou jogando pelo Cruzeiro, foi transferiado em 2010, para o clube inglês, Ramires já conquistou por duas vezes a Copa da Inglaterra, que, inclusive, marcou gol na final diante do Liverpool, em 2012 O momento mais marcante de sua carreira foi o gol marcado contra o Barcelona, pela Champions League, no Camp Nou.

David Luiz Outro jogador do Chelsea, que teve excelente passagem pelo Benfica e foi contratado pelo Chelsea, é o zagueiro David Luiz. O brasileiro, que chegou ao clube inglês em 2011, rapidamente conseguiu se adaptar ao estilo da Premier League e se tornou titular. Chegando bem ao ataque, apesar de ser zagueiro, jogando de maneira ousada, marcou gols importantes e hoje é o xodó da torcida.

3º Lucas Leiva Lucas foi contratado pelo Liverpool, em 2007. O volante demorou um tempo para se firmar nos Reds, apesar de sempre estar jogando. Depois da saída de Xabi Alonso, Lucas acabou por ser mais utilizado pelo treinador. Uma série de lesões afastou o jogador por quase uma temporada, mas assim que se recuperou, voltou a jogar muito bem com a camisa do Liverpool, sendo um dos líderes em campo. REVISTA DRIBLE

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Treinadores A primeira temporada da Premier League foi a última de Brian Clough. Graças a ele, equipes modestas puderam sonhar alto. Nos anos 70 ele levou o Derby County e o Notthingham Forest a inéditos títulos ingleses. Se Clough dizia adeus, Alex Fergunson conhecia enfim um título inglês. Ele fez do Manchester uma máquina de ganhar taças. Não havia mais chances para os menores. Desde a temporada 1992/93, só mais quatro clubes venceram a Premier League: Blackburn Rovers em 1995, Arsenal (1998, 2002 e 2004), Chelsea (2005, 2006 e 2010) e Manchester City no último ano. Sete treinadores conquistaram o troféu - apenas Kenny Dalglish, com o Blackburn em 1996, era inglês. Sir Alex Ferguson é o treinador que mais tempo ficou em um time da primeira divisão inglesa, quando comandou o Manchester United de 1986 a 2013. Ele foi substituído pelo então treinador do Everton David Moyes, que era o terceiro a mais tempo no cargo. Luiz Felipe Scolari foi o único brasileiro a se aventura na terra da rainha. Substituiu José Mourinho no Chelsea em 2008, mas teve vida curta. Saiu do clube sete meses depois de ser contratado e sem deixar legado. REVISTA DRIBLE

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Arsene Wenger Chegou ao Arsenal vindo do Nagoya Grampus Eight, do Japão, que antes apenas era conhecido no futebol inglês por ter sido, no AS Monaco, em 1987, o treinador de Hateley e Glen Hoddle. Com a fama e o proveito de intelectual do futebol, devolveu a glória e o prestígio ao lendário Arsenal, seduzindo torcedores e crítica que então apelidavam o jogo dos Gunners, de boring football (“futebol sem chama” ou “futebol tedioso”), grito que muitas vezes ecoava nas arquibancadas inglesas durante os seus jogos. O sentimento de pertencer à elite das lendas do futebol da “Velha Albion” é hoje, de novo, orgulhosamente ostentado, por todos os torcedores do Arsenal, muito devido à ação de Wenger, que, desde a sua chegada, impôs um novo estilo técnico-tático. Está no Arsenal desde 1996, e tem contrato com o clube até 2014, naquela que, com suas palavras, diz ser “a equipe da minha vida”. Se concluído este contrato, será o técnico com mais tempo a frente do Arsenal, com 18 anos no comando.


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O Dinheiro Não há no mundo liga mais rica que a inglesa. Segundo a consultoria Deloitte em 2010/11 a Premier League gerou 2,5 bilhões de euros, um incremento de 12% em relação à temporada anterior. Foi o maior crescimento em relação as outras quatro maiores ligas da Europa Alemanha, Espanha, Itália e França, nessa ordem. Grande responsável por isso é a venda dos direitos de transmissão para outros paises. O crescimento médio anual dessa receita é de 26% ao ano desde 1991/92, segundo a Deloitte. Entre os 20 clubes com maiores receitas da Europa, a Inglaterra emplaca seis, entre eles, Manchester United, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Tottenham e Manchester City. Com exceção do Arsenal cujo maior percentual vem da bilheteria, a

maior fatia do faturamento vem das transmissões de TV. Tanto dinheiro envolvido se traduz em elencos caros. A folha salarial do Chelsea, por exemplo, é estimada em 191 milhões de libras ao mês. A do Manchester City, de 174 milhões de libras ao mês. “A principal análise sobre a 20“ edição da Premier League, na temporada 2011/12, é como a competição ingçesa tornou-se imensa. E não só na divisão de elite. O faturamento do futebol do país multiplicou mais de dez vezes nesse período. A média de arrecadação para cada em dos 20 clubes da Premier League é praticamente o mesmo montante que todos os 92 clubes das quatro divisões arrecadavam em 1992”, conclui Dan Jones, sócio da Sport Business Group.

Maior Salário Frank Lampard Equipe: Chalsea Salário: £ 13.008.130,00/anuais £ 1.084.011,00/mensal £ 52.033,00/diário R$ 38.328.455,05/anuais R$ 3.194.034,41/mensal R$ 153.315,23/diário

O Dinheiro do futebol inglês QUANTO A PREMIER LEAGUE E OS PRINCIPAIS CLUBES ARRECADAM

251 milhões

Manchester United

250 milhões

Arsenal

203 milhões

Chelsea

181 milhões

Liverpool

170 milhões

Tottenham

Manchester City

2,5 bilhões 367 milhões

de euros foram arrecadados pela Premier League na temporada 2010/11, a maior receita de uma competição no mundo

*ARRECADAÇÃO EM EUROS FONTE: DELOITTE ANNUAL E FOOTBALL MONEY LEAGUE. DADOS REFERENTES A TEMPORADA 2010/11

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FERGUSON OS LOUROS, A LONGEVIDADE E AS MASCADAS DO ESCOCÊS QUE REVOLUCIONOU O MANCHESTER UNITED

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Para inglês ver e não se esquecer Esta história poderia ser a de mais um craque, mas na verdade ele não foi tão craque assim. Aliás, parece que mil léguas separam a função de ser um craque entre ser um bom treinador de futebol. Claro, que existem aquelas exceções que só servem para que a regra seja confirmada. Então, vamos conhecer o que fez Alex Ferguson conseguir atingir o número absurdo de 27 anos no comando de uma locomotiva vermelha chamada Manchester United. Os muros dos campos de Glasgow não impediram que um garoto alimentasse o desejo de jogar futebol. Lá do alto, Alex Ferguson acompanhou vários jogos do seu time de coração: o Glasgow Rangers. A paixão pelo time dos protestantes, mostra bem a personalidade forte do garoto. Porque mesmo a insistência do seu pai não foi capaz de levar o menino a vestir a camisa do Celtic, o rival católico da cidade. A família Ferguson comemorou de uma forma diferente o réveillon de 1942. Porque no último dia de 1941, ela recebeu de braços abertos Alexander Ferguson. A família pertencia a classe operária escocesa e quando Alex ganhou força suficiente para trabalhar, ele foi encaminhado para ferramentaria da fábrica Clyde que construía navios. Apesar de ter que trabalhar duro, sempre conseguia um tempinho para o futebol. Até os 23 anos, Ferguson jogou no Queen’s Park e no St Johnstone como amador. Em 1964, ele conseguiu se profissionalizar, atuando como atacante. Como uma promessa, ele foi parar no seu time de coração, o Rangers. Mas no grande clássico da cidade contra o Celtic, sofreu uma enorme decepção. Ferguson foi indicado como responsável pela derrota da equipe do Rengers e sua carreira não decolou como se esperava. Ele ainda passou pelo Falkirk e pelo Ayr United. Mas em 74, decidiu pendurar as chuteiras e

1500

JOGOS COM A EQUIPE, EM 26 ANOS 895 vitórias, 338 empates e 267 derrotas

38 104 2769

adotar a prancheta como técnico do East Stirling. Com a pequena verba dos pequenos do futebol escocês, ele conseguia fazer boas campanhas, e foi parar em um time escocês intermediário chamado Aberdeen. Estava nesse clube a chave que Ferguson precisava para ingressar num grande time. Em 1983, Ferguson levou o Aberdeen para a final da Recopa contra o poderoso Real Madrid. Naquele início dos anos 80, ele conseguiu quebrar a hegemonia do Celtic e do Rangers que há anos dominavam o futebol da Escócia. Naquela partida final, Ferguson comandou sua equipe na vitória de 2 a 1 contra a equipe espanhola para colocar no seu currículo o seu primeiro título europeu. O Manchester estava muito mal das pernas. O técnico Ron Atkinson não conseguiu segurar as pressões e acabou demitido. No dia 6 de novembro de 1986, Alex Ferguson foi o escolhido para preencher a vaga de Atkinson. Uma missão complicadíssima. E quem viu os primeiros anos de Ferguson no comando do clube, jamais iria imaginar que 27 anos depois ele continuaria no cargo. Porque a situação no Manchester era tão ruim que na terceira temporada ele balançou. Ao som de gritos que pediam sua saída, entre faixas que diziam que ele vivia de arrumar desculpas, Ferguson se manteve firme e provou que aqueles que pediam sua cabeça estavam enganados. Alex Ferguson se revelou uma pessoa obstinada pela vitória. Um negociador aguçado e um estrategista audacioso. Ferguson conseguiu entrar para a nobreza britânica. Em 1999, ele somou às suas conquistas, o título nobre de Sir. Por isso, o Sir Alex Ferguson atingiu uma marca que no futebol moderno pode ser chamada de proeza: 27 anos no comando do Manchester United e inúmeras conquistas.

TÍTULOS OFICIAIS JOGADORES CONTRATADOS

PRIMEIRO SALÁRIO

6.000 450.000

euros

ÚLTIMO SALÁRIO euros

GOLS MARCOU

o Manchester sob seu comando, mais que o dobro dos gols sofridos.

SOFREU 1365 GOLS REVISTA DRIBLE

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De pé-frio a melhor da Inglaterra Villas-Boas já não sabe o que dizer sobre Gareth Bale mas a melhor forma de elogiar o talento do galês é recordar a sua história. A história de um rapaz que não sabia ganhar, que cresceu a ver Ryan Giggs mas apaixonou-se por Cristiano Ronaldo. Gareth Frank Bale nasceu para ser feliz através do futebol. Aos 23 anos, atravessa a melhor fase da carreira. Filho de Frank e Debbie, Gareth seguiu as pisadas do pai, jogador de futebol amador e do tio Chris Pike, ex-atleta do Cardiff City. Aos nove anos, despertou a atenção de um olheiro do Southampton enquanto disputada um torneio pelo Cardiff Civil Service Football Club. Gareth Bale começou a treinar no satélite do clube enquanto seguia a sua vida no País de Gales, entre os estudos e a prática do esporte no liceu de Whitchurch. ‘‘Aos 14, as dores de crescimento quase me afastaram do futebol. Eu era muito pequeno e depois dei um grande salto. A minha coluna não estava alinhada e não conseguia correr em condições’’, recorda Gareth Bale. Foi apenas um susto. Nesse mesmo ano, o Southampton decidiu chamar a promessa para treinos regulares no clube, na Inglaterra. A mudança não foi fácil. Durante anos, o pai Frank foi o principal alicerce: ‘‘É o meu maior herói. Fez muito por mim quando eu era mais novo, fazendo muitas vezes a viagem entre Southampton e Cardiff (mais de duas horas na estrada de carro).’’ No dia 17 de abril de 2006, Gareth Bale fez a sua estreia pela equipa principal do Southampton. Tinha 16 anos e 275 dias. O Tottenham contratou a promessa.

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Contudo, a ‘‘joia’’ começou a pagar uma fatura alta. Gareth Bale, agora Spur, não conseguia ganhar. Nos primeiros 24 jogos no novo clube, nem uma vitória para trazer um sorriso ao seu rosto. Mereceu até o apelido de pé frio. As lesões começaram a acompanhá-lo. Foi o seu pior período da carreira. Bale era um lateral esquerdo promissor, mas mudou de posição e avançou no campo e assumiu-se como um talento fora de série. Em outubro de 2010, a Europa rendeu-se à sua qualidade, quando o ponta esquerdo completou um hat-trick em cima da Inter de Milão. A partir daí, a história é conhecida. Pelo menos, nos gramados. O craque do Tottenham, tem uma mistura de Giggs e Cristiano Ronaldo, mantém a postura reservada. “Ele vai ser como Ryan Giggs. Vão sempre ouvir falar mais dele nos gramados do que fora deles’’, avisou a mãe Debbie. Contudo, a paixão por Cristiano Ronaldo cresceu nos últimos anos e Gareth Bale não a escondeu. Admitiu até a admiração pela forma como o português realiza suas cobranças de falta. Tentou copiá-lo e obteve grande sucesso. “Já treino isto há anos. Todos nós sabemos como Cristiano Ronaldo bate suas faltas e muitos jogadores estão tentando fazer da mesma forma. Felizmente, comigo está dando resultado”, assumiu o galês. André Villas-Boas agradece. Gareth Bale atravessa o melhor momento da carreira, até agora, e os números comprovam essa realidade. Com 19 gols em 32 jogos realizados em todas as competições, na última temporada, pelo Tottenham. Nada mau para um rapaz que não sabia ganhar

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A torcida já cantava o nome dele. Depois daquele jogo com a Inter começou a aparecer mais

Ele inspira as pessoas e tem uma influência direta sobre cada um dos jogadores.

SANDRO, JOGADOR DO TOTTENHAM

ANDRÉ VILLAS BOAS, TREINADOR DO TOTTENHAM

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A hist贸ria do FlaFlu, um cl谩ssico que nasceu 40 minutos antes do nada.

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100 Anos de clássico “O Fla-Flu nasceu 40 minutos antes do nada.” Na frase do escritor e cronista Nelson Rodrigues, um apaixonado pelo Fluminense, está ressaltada a importância do clássico mais famoso do futebol brasileiro que completou 100 anos em 2012. O aniversário do confronto foi festejado no Estádio do Engenhão pelo Campeonato Brasileiro, em uma partida sem o brilho que merece tal clássico, terminando com uma empate no placar. Expressão criada pelo jornalista Mário Filho em 1933, o Fla-Flu nunca foi apenas um jogo de futebol. Transformou-se em verdadeira paixão que passou a fazer parte da vida de milhares de brasileiros. Mesmo sendo um jogo entre equipes cariocas, foi ganhando grande reconhecimento nacional ao longo dos anos e não existe ninguém que ignore uma partida entre rubro-negros e tricolores. O clássico bateu o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 177.656 pagantes, na final do Campeonato Carioca de 1963, no Maracanã. O clássico mais famoso do futebol brasileiro nasceu no momento em que nove jogadores titulares da equipe do REVISTA DRIBLE

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Fluminense deixaram as Laranjeiras para fundar o departamento de futebol no clube do Flamengo. O primeiro Fla-Flu aconteceu em 7 de julho de 1912 e mesmo com um time bastante desfalcado, o Fluminense venceu por 3 a 2, dando início à grande rivalidade que perdura até os dias de hoje. Calvert marcou o primeiro gol da história do clássico e, a partir daí, o encontro entre as duas equipes ganhou uma conotação especial e, ao longo dos anos, vem provocando duelos memoráveis que se fixaram na cabeça e coração dos torcedores de todos os cantos do Brasil. O duelo serviu, também, para consagrar jogadores como Zico, pelo Flamengo, e Assis, pelo Fluminense, atacantes que brilharam em momentos decisivos do grande clássico. Nos 100 anos de confrontos, o Flamengo leva vantagem sobre o rival. Em 390 partidas, o rubro-negro tem 139 vitórias, 128 empates e 123 derrotas, com 568 gols pró. Já os números do Fluminense ignoram dez jogos disputados pelo Torneio Início, competição disputada entre 1918 e 1965. Pelas contas tricolores, seriam 380 jogos com 119 vitórias, 134

empates e 137 derrotas, com 511 gols a seu favor. Na longa história do clássico, alguns artilheiros entraram para a história e se tornaram imortais . Foi o que aconteceu com o atacante Assis, do Fluminense, carrasco do Flamengo nas decisões de 1983 e 1984 e Renato Gaúcho, autor do célebre gol de barriga que garantiu o título do Campeonato Carioca para a equipe tricolor, nos acréscimos,em 1995. Zico, o maior ídolo da história rubro-negra, deixou várias vezes sua marca no clássico. O Galinho de Quintino é o maior artilheiro da história do duelo com 19 gols e sua maior façanha foi ter marcado quatro gols na vitória do Flamengo por 4 a 1, no dia 7 de março de 1976, marca valorizada por ter sido obtida em cima da famosa Máquina Tricolor montada pelo presidente Francisco Horta. Na sua despedida oficial com a camisa rubro-negra, no dia 2 de dezembro de 1989, no Estádio Municipal de Juiz de Fora, Zico marcou, de falta, o primeiro dos cinco gols rubro-negros no clássico e sacramentou sua história vitoriosa em clássicos.


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Momentos históricos

O “Fla-Flu da lagoa”

Jogo Anulado

O jogo foi realizado no estádio da Gávea, no dia 23 de novembro de 1941. Os tricolores da laranjeira começaram melhor e fizeram logo dois gols, com Pedro Amorim e Russo. Só que, antes de terminar o primeiro tempo, Pirilo diminuiu e na etapa complementar, Pirilo empatou a partida aos 38 minutos. A partir daí o jogo tornou-se ainda mais dramático. O Flamengo pressionava e os jogadores do Fluminense passaram a chutar a bola na direção da Lagoa Rodrigo de Freitas, que ficava ao lado das gerais da Gávea. Para o Flamengo, somente a vitória interessava, já para o Fluminense, o empate o tornava campeão carioca. Nos minutos finais o Flamengo atacava e o Fluminense chutava a bola para a Lagoa. Quando as bolas acabavam, e o jogo ficava parado por alguns minutos, até os dirigentes do Flamengo conseguirem com alguns remadores do clube para ficarem de gandulas na Lagoa recuperar as bolas e devolvê-las com rapidez ao campo de jogo. Mesmo assim os tricolores conseguiram segurar o empate e se sagrar campeão carioca de 41 .

Em jogo disputado no dia 22 de outubro de 1916, o Clube de Regatas Flamengo vencia o Fluminense por 2 a 1 quando o árbitro R. Davies marcou um pênalti contra o time das Laranjeiras desperdiçado por Rienner. Logo depois, o árbitro marcou novamente outro pênalti contra o Fluminense. Sidney cobrou e Marcos de Mendonça defendeu, mas o juiz mandou cobrar outra vez alegando que não havia apitado. Sidney bateu e novamente Marcos de Mendonça defendeu. Inacreditavelmente o árbitro mandou cobrar de novo, alegando que jogadores do Fluminense haviam invadido a área. Foi neste instante que o escritor Coelho Neto e o delegado de polícia Ataliba Correia Dutra pularam o alambrado do estádio para invadir o campo. Neste instante os torcedores também invadiram o gramado provocando a primeira anulação de um jogo oficial no campeonato carioca.

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A vida de Arthur Após décadas, Quintino ainda carrega as lembranças da infância de Zico

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60 anos de Zico

3 de março de 1953. Para a maior torcida do Brasil, é quase um dia santo. Nascia em Quintino, zona norte do Rio de Janeiro, Arthur Antunes Coimbra. Apelidado de Zico, nas ruas do bairro, começou a bater bola, para depois ganhar o mundo, se tornando o maior ídolo da história do Flamengo. Você cresceu numa família de boleiros, na qual três irmãos jogaram no profissional. Você sempre pensou ser jogador? - Meus irmãos jogavam, e lógico que pensei em querer jogar. Mas naquela época a gente ia para o futebol sem as aspirações de que um garoto vai hoje. Era uma coisa mais de lazer, de coração. Tanto que eu estava acertado para ir para o América, e houve um convite para o Flamengo. Era meu time de coração, e optei pelo Flamengo. Seu irmão, Edu, jogava no América. Você iria para lá por influência dele? - O América era pelo Edu. Eu não saía do América, vivia vendo os treinos, participando, brincando com os jogadores. Aprendi a bater pênalti e falta lá nos treinos. Batia para os REVISTA DRIBLE

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goleiros profissionais. Tanto lá quanto no Fluminense, onde meu outro irmão, o Antunes, jogava. Brincava muito com o Carlos Alberto Torres quando o Antunes era do Fluminense. Já gostava de bater na bola. Talvez se meus irmãos não tivessem ido para o futebol, eu não teria tido tanta motivação. Sobre aquela equipe do Flamengo que fez história, gostaria de saber quando notaram que estavam formando uma equipe que iria marcar época no futebol? - Acho que quando ganhamos o Brasileiro de 1980, deu para ter uma noção de que se a gente se mantivesse naquela linha, iríamos alcançar os títulos que o Flamengo ambicionava, que era a Libertadores e o Mundial. O Mundial não é o mais complicado, o mais difícil é a Libertadores. Talvez

o Brasileiro seja mais difícil ainda, porque havia 10, 12 equipes que poderiam ser campeãs. Além da qualidade técnica, o que diferenciava aquele time do Flamengo? - Era um time altamente solidário. A gente queria jogar, estar dentro do campo, seja nos treinos, seja nos jogos. Então, a gente formou um grupo muito forte. Alguns jogadores que desvirtuavam daquela filosofia, não davam certo. E eram bons, podiam ser bons, mas tinham que entrar naquela filosofia. A gente se divertia, brincava no momento que tinha que fazer isso, mas na hora do sério, era sério. Acho que essa era a grande diferença, de ter jogadores que eram bons, se cuidando, dentro e fora do campo. E sabíamos que éramos o alvo também. Todo mundo queria bater na gente.


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O Flamengo sempre foi a minha ‘‘segunda casa. Era o lugar que eu me sentia feliz, meu time de coração. Poder participar das maiores conquistas do Flamengo foi a coisa mais importante da minha vida. Dignifiquei e honrei a camisa do Flamengo como jogador e como torcedor.

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Qual foi o título mais marcante? - O Estadual de 78, com o gol do Rondinelli, foi marcante. Ali nossa geração estava com aquele ponto de interrogação. Aquele título deu a segurança para todos nós de que realmente tínhamos valor. O da Libertadores, da mesma forma, que foi a questão da violência que a gente sofreu, das dificuldades das viagens, contra tudo e contra todos, e a gente foi superando todo mundo. Acho que foi a vitória da arte contra a violência. Se não fosse o problema do joelho, você teria jogado mais tempo no Brasil? - Eu poderia jogar até 40 anos tranquilamente, aqui no Brasil. Não teria, talvez, ido para o Japão. Talvez não tivesse sido secretário de esportes. Deus escreve certo por linhas tortas. Aqui, pelo que sempre pude fazer, pelo que me cuidei, teria condições de jogar. O que poderia acontecer eram problemas de contusão, que acabaram me fazendo parar de jogar. Depois

da contusão no joelho foi que eu tive os piores problemas musculares. Minha musculatura ficou um pouco desequilibrada, atrofiada. Passei a ter problema crônico na panturrilha, que não antes tinha. Também no adutor e posterior de coxa. Isso tudo foi afetado. Foi quando resolvi que era hora de parar. Sempre gostei muito de treinar, ir a campo, mas jogava três jogos e machucava. Já estava de saco cheio daquilo. Em algum momento de sua carreira, pensou em sair do Flamengo, fazer carreira em outro lugar? - Nunca pensei em sair do Flamengo. Nem para a Udinese. O Milan veio antes, mas fez uma proposta para a imprensa, e outra para mim e para o Flamengo. E naquela época tinha o passe, você ficava preso. Você ia embora se o clube quisesse. Era diferente. Nunca tive nenhum problema de renovação de contrato com o Flamengo, se era muito, se era pouco. A gente chegava a um acordo, e ficava todo mundo feliz.

A ida para o Japão acabou se transformando em um marco na sua carreira. Você tinha noção do que iria encontrar lá? - Eu pude jogar tranquilamente lá porque não tinha responsabilidade e nem pressão de jogar. Jogava por jogar. Minha ida para lá, pensei que fosse fazer mais as coisas fora do campo. Aí me disseram que iria jogar. Era segunda divisão, e só subiríamos se chegássemos em 1º ou 2º lugar. Aos poucos, fui moldando até mesmo os japoneses. Muitos que jogaram não queriam ficar no campo, queriam voltar para a fábrica. Metade do time continuou trabalhando, metade quis ser profissional. Deu para jogar, pude mostrar mais para os que viraram profissionais. Fui treinador, preparador de goleiros, roupeiro, massagista, fiz de tudo um pouco. Orientei tudo. Só tinha uniforme para o jogo. Cada um levava o seu, a gente que lavava a nossa roupa. Aí comecei a organizar tudo, a fazer com quê a gente começasse a pensar como era profissionalmente. REVISTA DRIBLE

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David Beckham

Choro, festa e título pelo PSG marcam despedida do astro inglês do futebol

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A despedida Em sua última entrevista antes de anunciar que deixaria os gramados, David Beckham falou ao “Drible” sobre futebol, carreira, família e o craque brasileiro Neymar. Jogador mais bem pago do mundo, ganhando o equivalente a R$ 97 milhões por ano, o inglês diz ser uma pessoa “simples”. Mas afinal, quem é David Robert Joseph Beckham?

Mas afinal, quem é David Robert Joseph Beckham? Ah, é uma pessoa normal do leste de Londres. Alguém que ama jogar futebol, que tinha o sonho de jogar pelo Manchester United e pela seleção inglesa. É uma pessoa apaixonada pela bola, pela família e pelos amigos. Uma pessoa que deseja continuar amando o futebol, como amou nos últimos 30 anos. Simples assim

R$ 30) se cumprirem suas obrigações. Se não, eles não ganham nada.

Você tenta ensinar seus filhos a lidar com a fama e o dinheiro, como é a educação deles? - Toda semana eles têm que fazer a própria cama, colocar a roupa suja na máquina de lavar. Se não fizerem isso, não ganham mesada. No fim da semana, recebem dez libras (cerca de

Fora de campo você também faz muito sucesso com seus penteados estilosos. A grande preocupação com o visual lhe rendeu mais um título: símbolo sexual. Você é vaidoso e bonito? - Não, de jeito algum. Mas é um orgulho enorme ser visto assim. Para

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Como foi a experiência de lidar diariamente com o maior ídolo do Machester United? - A filosofia do Ferguson sempre foi a seguinte: você trabalha duro para chegar onde quer. E eu adotei essa mentalidade. Sempre fui o primeiro a chegar ao treino e o último a ir embora.

mim, o mais importante é ser visto como um grande jogador. Mas é uma honra ser admirado por vários pontos de vista. Qual foi a sensação de ser contratado pelo Real Madrid em 2003 e jogar ao lado de grandes estrelas? - Eu queria jogar ao lado de Zidane, Ronaldo e Roberto Carlos. Queria estar no mesmo time desses caras. Foi um sonho pra mim. Foi uma honra treinar e jogar com Ronaldo. Ver o jeito como ele jogava, ver a alegria com que atuava. Foi incrível. Roberto e Ronaldo tornaram-se grandes amigos. São pessoas incríveis. Sempre agradeci a eles e continuo agradecendo até hoje, pela forma como sempre me trataram, por tê-los visto jogar


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Acho que é o momento certo. Ele prolongou a carreira o máximo que pôde, agora quer voltar para casa... está no fim da estrada, terminará em um bom momento no PSG. David era diferente, ele tinha prazer em jogar com os companheiros. Ele é provavelmente o jogador que mais influenciou o futebol fora da Inglaterra.

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O que você acha do Neymar, acha que ele tem potencial para ser o melhor do mundo? - Eu o encontrei uma vez apenas, e ele fez algo muito especial para mim recentemente. Meu filho mais velho é um grande fã do Neymar. E por sorte eu consegui uma camisa autografada dele, que ele mesmo enviou. E ainda gravou um vídeo dizendo: “Parabéns, Brooklin”. Quando as pessoas fazem isso para crianças, provam que são muito especiais. E, claro, Neymar é um dos melhores jogadores da atualidade. Com propagandas, vendas de produtos e salários, você recebe cerca de R$ 8 milhões por mês. Sua fortuna é estimada em R$ 610 milhões. Tanto dinheiro deu a você a possibilidade de fazer ações beneficentes, como ajudar crianças carentes correto? - Para mim futebol nunca esteve relacionado só em ganhar o máximo de dinehrio possível. Por isso sigo

jogando futebol até agora. Mas tive muita sorte na carreira, ganhei muito dinheiro. Hoje estou numa posição na qual posso fazer o que quiser com meu salário. Sinto uma coisa muito especial quando faço isso, e com certeza as crianças carentes de Paris vão ficar mais felizes.

Gary Neville

Para encerrar, tem alguem à agradecer, ou algo a falar para seus fãs? - Gostaria de agradecer a todos em Paris, meus companheiros, a comissão técnica, os torcedores. Encerrar minha carreira aqui não poderia ser mais especial. Merci, Paris

Após 20 anos de carreira como atleta profissional, com títulos, vitórias dentro do campo e uma fortuna acumulada com o futebol, você já admitiu uma frustração em não vencer nenhum título com a seleção da Inglaterra. Você disputou três Copa do Mundo com a Inglaterra, mas não conseguiu repetir o histórico vitorioso que teve principalmente no Manchester United, onde venceu todos os títulos possíveis? - Ser bem sucedido pela Inglaterra teria sido fantástico. Sei como os torcedores são apaixonados.

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Seleção Canarinho É surreal como o futebol brasileiro e o inglês podem ser tão diferentes apesar da história da chegada do esporte ao país. Quem introoduziu a novidade foi um filho britânico: Charles Miller. As bolas que trouxe na bagagem eram inglesas. O primeiro livro de regras apresentado teve de ser traduzido. E a seleção brasileira, teve, como seu primeiro adversário, um time... inglês. Após uma excursão pela Argentina, o Exeter City, representante da terceira divisão do futebol inglês, aceitou o convite da FBS para realizar um amistoso contra o selecionado

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nacional. Nascia a primeira Seleção Brasileira. O ano 1914. A FBS, representada por um pool de cartolas, chamou os melhores jogadores do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre eles o lendário goleiro Marcos Carneiro de Mendonça e o artilheiro Friendereich. Não havia um técnico oficializado e, dentro de campo, a equipe foi liderada pelo capitão Rubens Salles e por Sylvio Lagrecca. No dia 21 de julho de 1914, uma pequena multidão, algo em torno de três mil pessoas, rumou para o Estádio

das Laranjeiras. Os torcedores puseram suas roupas de passeio, seus chapéus, lustraram os sapatos e tiraram os guarda-chuvas dos armários. Mas o objetivo era ver e reverenciar os ingleses. Desconhecidos, mas que, pela novidade e com a autoridade de introdutores do futebol no Brasil, eram tratados com status de estrelas. Em campo, algo parecido com os dias de hoje. Técnica brasileira contra um jogo bruto dos inglês. Friendereich chegou a perder dois dentes. Mas a vitória foi da seleção, que usava as camisas brancas, Brasil 2 x 0 Exeter City, com o primeiro gol marcado por Oswaldo Gomes, atleta do Fluminense, já o segundo gol foi anotado por Osman. O mundo começava a ser apresentado aos verdadeiros mestres do futebol.


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Copa de 1958 O técnico do Brasil, Vicente Feola, impôs regras à equipe para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Os jogadores receberam uma lista de quarenta coisas que eles não tinham permissão de fazer, incluindo usar chapéu ou guarda-chuva, fumar enquanto vestiam uniforme oficial e conversar com a imprensa fora dos locais designados. Era a única seleção que havia levado um psicólogo (por conta das memórias de 1950, que ainda afetavam alguns jogadores) com eles, e haviam mandado um representante para a Europa para assistir às partidas eliminatórias um ano antes do começo da Copa. O Brasil caiu no grupo mais difícil, com Inglaterra, URSS e Áustria. Eles bateram a Áustria por 3x0 na primeira partida, então empataram em 0x0 com a Inglaterra. Os brasileiros estavam preocupados com sua partida contra os soviéticos, que tinham um físico excepcional e eram um dos favoritos a ganhar o torneio. Sua estratégia era arriscar no começo do jogo para tentar marcar um gol logo no início. Antes da partida, os líderes do time, Bellini, Nílton Santos e Didi, falaram com o técnico e o persuadiram a fazer três substituições que seriam

cruciais para o Brasil ganhar dos soviéticos e a Copa: Zito, Garrincha e Pelé começariam o jogo contra a União Soviética. No apito inicial, eles passaram a bola para Garrincha que passou por três jogadores antes de acertar a trave com um chute. Eles mantiveram a pressão sem descanso e, Vavá deu ao Brasil a liderança no placar. Eles ganharam a partida por 2x0. Pelé marcou o único gol da partida das quartas-de-final contra o País de Gales, e eles bateram a França por 5x2 nas semifinais. O Brasil bateu os donos da casa, Suécia, na final por 5-2, ganhando sua primeira Copa do Mundo, se tornando a primeira nação a ganhar um título de Copa do Mundo fora de seu próprio continente. Um fato lembrado foi que Feola algumas vezes tirava sonecas durante os treinamentos e fechava os olhos durante os jogos, dando a impressão que ele estava dormindo. Por causa disso, Didi algumas vezes era tido como o verdadeiro técnico do time, já que ele comandava o meio de campo. Outro detalhe: na final da Copa, quando enfrentou a Suécia, o time brasileiro teve que arrumar o segundo uniforme urgentemente, já que o sueco era amarelo também.

A Suécia emprestou ao Brasil seu uniforme reserva (camisetas azuis e calções brancos), e há informações de que os próprios jogadores costuraram os distintivos da CBD durante a noite na camiseta no lugar dos distintivos suecos. Assim surgiu o uniforme reserva do Brasil. Diz-se que o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, tentou estimular os jogadores associando o azul da camisa ao “manto de Nossa Senhora”.

Jogadores de 58 Gilmar Castilho Djalma Santos Jair Marinho Belini Mauro Zózimo Nilton Santos Altair Jurandir Zito Zequinha Mengálvio Didi Jair da Costa Garrincha Amarildo Coutinho Pelé Vavá Pepe Zagalo

Resultados: Grupo 3: Brasil 2 X 0 México Brasil 0 X 0 Tchecoslováquia Brasil 2 X 1 Espanha Quartas-de-final: Brasil 3 X 1 Inglaterra Semifinais: Brasil 4 X 2 Chile Final: Brasil 3 X 1 Tchecoslováquia

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Copa de 1962 Na Copa do Chile houve um novo recorde de inscrições. Cinqüenta e seis países se inscreveram para disputar as 14 vagas do Mundial. O Brasil, como país campeão, e o Chile, como anfitrião, estavam automaticamente classificados. O Brasil teve uma estréia tranqüila, derrotando o México, com gols de Pelé e Zagalo. O técnico campeão de 58, Vicente Feola, estava com problemas cardíacos e foi substituído por Aimoré Moreira. O novo dirigente conservou a base da seleção de 1958, trocando apenas o miolo da zaga. Mauro era o capitão no lugar de Belini e Zózimo, do Bangu, ficou com a outra vaga no lugar de Osvaldo. No segundo jogo, contra a equipe da Tchecoeslováquia, o Brasil perderia sua maior estrela. Pelé sofreu uma distensão no músculo da virilha e estava fora do restante da Copa. Pelé continuou em campo, pois na época não eram permitidas as substituições durante os jogos. A partida terminou empatada sem gols. Com o resultado o Brasil decidiu a classificação com a REVISTA DRIBLE

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Espanha, que tinha vencido o México e perdido para os tchecos. Sem Pelé o Brasil começou o jogo nervoso, permitindo o domínio dos espanhóis. No segundo tempo, na ponta-direita começou a brilhar a genialidade de Garrincha, o craque de pernas tortas. Que aplicava em seus marcadores dribles desconcertantes abrindo a defesa espanhola. Em duas jogadas iniciadas por Mané, Amarildo concluiu para o gol, garantindo a vitória brasileira de virada. O Brasil enfrentaria a Inglaterra na tarde de 10 de junho. Na falta de Pelé, o talento de Garrincha brilhou mais do que nunca. Mané armou, driblou, deu passes, humilhou seus marcadores, foi à linha de fundo quantas vezes quis, fez um gol de cabeça e outro com um chute de curva no ângulo do goleiro. O Brasil disputaria com os chilenos, os donos da casa, uma das vagas para a grande final. Os olheiros da delegação brasileira descobriram um plano dos chilenos para pertubar o time do Brasil na chegada da seleção à capital Santiago.

Gilmar Castilho Djalma Santos Jair Marinho Belini Mauro Zózimo Nilton Santos Altair Jurandir Zito Zequinha Mengálvio Didi Jair da Costa Garrincha Amarildo Coutinho Pelé Vavá Pepe Zagalo

Resultados: Grupo 3: Brasil 2 X 0 México Brasil 0 X 0 Tchecoslováquia Brasil 2 X 1 Espanha Quartas-de-final: Brasil 3 X 1 Inglaterra Semifinais: Brasil 4 X 2 Chile Final: Brasil 3 X 1 Tchecoslováquia

Seguindo o plano traçado pelo chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, a seleção viajou de trem e desceu duas estações antes do destino final, seguindo de ônibus diretamente para o estádio Nacional, driblando a multidão que foi à estação de trem para hostilizar os brasileiros. Diante de quase 80 mil espectadores, o Brasil se impôs com outro show de Garrincha, que marcou duas vezes no primeiro tempo. Quase no final do jogo, Garrincha, cansado de apanhar do seu marcador Rojas, revidou uma entrada desleal com um pontapé no traseiro do lateral chileno. O árbitro peruano Arturo Yamasaki expulsou Garrincha. A seleção da Tchecoslováquia se classificou para a final contra os brasileiros. O adversário do Brasil saiu na frente, com um gol de Masopust, mas o Brasil tinha Garrincha. Sempre que pegava na bola, atraía a atenção de pelo menos três adversários. Assim, Amarildo, Zito e Vavá, tiveram espaço necessário para marcar os gols que rendeu o bicampeonato mundial.


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Resultados: Grupo 3: Brasil 2 X 0 México Brasil 0 X 0 Tchecoslováquia Brasil 2 X 1 Espanha Quartas-de-final: Brasil 3 X 1 Inglaterra Semifinais: Brasil 4 X 2 Chile Final: Brasil 3 X 1 Tchecoslováquia

Gilmar Castilho Djalma Santos Jair Marinho Belini Mauro Zózimo Nilton Santos Altair Jurandir Zito Zequinha Mengálvio Didi Jair da Costa Garrincha Amarildo Coutinho Pelé Vavá Pepe Zagalo

O Brasil não conseguiria o mesmo sucesso na Copa seguinte, no ano de 1966, na Inglaterra. Com Pelé caçado em campo, a Seleção não passou da primeira fase do Mundial. Venceu a Bulgária por 2x0, mas perdeu para Hungria e Portugal, ambos por 3x1. No México, em 1970, o Brasil deu a volta por cima e consagrou seu futebol como o mais belo do mundo. Pelé, Rivelino, Tostão, Gérson, Jairzinho, Clodoaldo, Carlos Alberto: uma legião de craques jogando o mais requintado futebol que o mundo já conheceu. As seis partidas da Seleção naquela Copa

Copa de 1970 foram memoráveis. Pelé protagonizou lances geniais que não resultaram em gols, mas ficaram na memória como se a bola realmente tivesse entrado. A tentativa de encobrir o goleiro Viktor na vitória sobre a Tchecoslováquia, a cabeçada fulminante que fez o inglês Gordon Banks protagonizar uma das mais belas defesas da história das Copas, o drible de corpo sobre o goleiro uruguaio Mazurkiewski na semifinal e o vôo interminável que resultou no gol que abriu a vitória sobre a Itália na grande decisão. Inesquecível! Na final, o Brasil saiu na frente,

com Pelé. Os italianos empataram após falha da defesa brasileira. Gérson tirou o empate do placar e Jairzinho ampliou a vantagem. Pelé finalizou sua grande performance dando uma asistência para Carlos Alberto Torres fazer um gol histórico. O gol de Carlos Alberto, após uma série de passes da seleção brasileira da esquerda para o centro, é considerado pela BBC o gol mais bonito de todos os tempos. Dos onze jogadores do time brasileiro, dez tocaram na bola antes do gol. A vitória consagrou o Brasil como a primeira equipe a conquistar três títulos na história das Copas. Ao fim os torcedores mexicanos invadiram o campo para abraçar os jogadores brasileiros e arrancar alguma relíquia. Com sua terceira vitória após 1958 e 1962, o Brasil pôde reter a posse da Taça Jules Rimet permanentemente (ironicamente, ela seria roubada em 1983 no Rio de Janeiro e nunca foi recuperada).

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Copa de 1994 Depois de um jejum de 24 anos o Brasil era novamente campeão mundial de futebol. Sim, a maneira como a Seleção que o técnico Carlos Alberto Parreira armou não agradava todo mundo. Não teve o futebol mágico de anos anteriores. Era o futebol do esquema tático, da marcação, o futebol do fim que justifica os meios. E justificou. Gostando ou não, foi essa a Seleção, comandada pelo capitão Dunga, que nos deu o tetra campeonato. Mesmo assim tivemos nossos momentos. Devido, principalmente, ao “Baixinho”, o atacante Romário, que prometeu trazer a taça e trouxe. Acompanhado no ataque por Bebeto que, junto com Romário, fez toda a diferença na Copa de 94. Bebeto, aliás, fez uma comemoração após o gol contra a Holanda homenageando o filho recém-nascido. Que marcou a história do futebol. Depois de popularizar o futebol por praticamente todo o mundo, faltava à Fifa desbravar o concorrido mercado americano. Na preferência do torcedor americano, o futebol REVISTA DRIBLE

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perde feio para o beisebol, o futebol americano, o basquetebol e o hóquei sobre o gelo. Mas, ainda assim, motivada pela perspectiva de grande lucro, a Federação de Futebol dos Estados Unidos encaminhou à Fifa sua candidatura para sediar a Copa do Mundo de 94. O país acabou sendo escolhido, vencendo candidatos a sede como Marrocos e Brasil. Os americanos provaram sua capacidade empresarial. Com um marketing eficiente, fizeram com que a Copa tivesse a maior média de público até então. Cada jogo reuniu público de 70 mil pessoas. Cerca de 3 bilhões de telespectadores no mundo inteiro acompanharam o torneio. No dia 17 de junho, Alemanha e Bolívia abriram a décima-quinta Copa do Mundo, em Chicago. A Alemanha venceu por 1 a 0 numa partida fraca. O Brasil ficou no grupo A, com a Suécia, a Rússia e Camarões. A seleção brasileira era comandada por Carlos Alberto Parreira. O Brasil de 94 era um time defensivo. O meio-de-campo, onde no passado brilharam jogadores de talento como Zizinho, Zito, Didi,

Gerson, Rivelino, Falcão e Zico, era ocupado pelos valentes e limitados Dunga e Mauro Silva. O Brasil estreou contra a Rússia em São Francisco. Aos 27 minutos, Romário abriu o placar com oportunismo. No segundo tempo, Raí fez o segundo gol do jogo, Em uma cobrança de pênalti sofrido pelo Baixinho Romário. Na segunda partida, o Brasil se soltou mais e ganhou com facilidade de Camarões por 3 a 0, com gols de Romário, Márcio Santos e Bebeto. No último jogo da primeira fase, o Brasil enfrentou a Suécia em Detroit. Aos 23 minutos do primeiro tempo Andresson fez o primeiro gol sueco. A Suécia se fechou dificultando a penetração do ataque brasileiro. Mas no comecinho do segundo tempo, Romário marcou. O empate de 1 a 1 garantiu ao Brasil o primeiro lugar do grupo, mas a seleção saiu de campo vaiada, com a torcida mostrando claramente o descontentamento com o esquema retranqueiro da seleção. Ao fim da primeira fase, a Argentina


Nossa Seleção tinha despontado como a grande favorita para o título. Uma goleada de 4 a 0 sobre a Grécia mostrou um Maradona com ânimo renovado. No segundo jogo, a Argentina conquistou novamente a vitória, desta vez 2x1 sobre a Nigéria. Mas para surpresa geral, o resultado do exame antidoping de Maradona tinha dado positivo. Ele tinha tomado medicamentos que continham substâncias proibidas pela Fifa. Maradona foi suspenso da Copa e o excelente time argentino não conseguiu reencontrar seu bom futebol e acabou eliminado pela Romênia nas oitavas-de-final. Nesta fase, o Brasil enfrentou os donos da casa. O jogo estava marcado para 4 de julho, o dia da independência dos Estados Unidos, e todo o marketing que promoveu a partida exaltava um espírito nacionalista. Os americanos se prepararam para uma batalha. Depois de um jogo duríssimo, onde o lateral Leonardo foi expulso por ter atingido deslealmente um jogador americano com uma cotovelada no rosto, o Brasil venceu por 1 a 0, com um gol de Bebeto, marcado a 15 minutos do final. Nas quartas-de-final, contra a Holanda, a seleção brasileira fez sua melhor partida no mundial, vencendo por 3 a 2, com gols de Romário, Bebeto e do lateral Branco, em cobrança de falta, aos 36 minutos, desempatando o jogo para o Brasil. Na semifinal, o time brasileiro foi a Los Angeles para enfrentar a mesma Suécia com quem tinha empatado na primeira fase. Os suecos voltaram a jogar trancados na defesa, o que exigiu muita cautela e paciência por parte do Brasil para vencer por 1 a 0, com gol de Romário, marcado a menos de 15 minutos do final.

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A Final Tendo como adversário a Itália. Os dois times repetiriam, assim, a final da Copa de 70. Desta vez, o apito final revelaria ao mundo um tetracampeão, pois cada país já tinha conquistado três Copas do Mundo. Os esquemas defensivos de Brasil e Itália tirou parte do brilho do espetáculo e, a exemplo da final do Mundial de 90, a partida não teve a emoção de uma verdadeira final de Copa do Mundo. Quase não houve chance de gol e ao final de 90 minutos regulamentares e de 30 minutos de prorrogação, Brasil e Itália não tinham saído do 0 a 0, levando a decisão da Copa para os pênaltis. Pela primeira vez uma Copa do Mundo seria decidida em cobrança de pênaltis. O capitão Baresi, da Itália, foi o primeiro a bater e desperdiçou a cobrança chutando para fora. Pelo Brasil, o zagueiro Márcio Santos chutou em cima do goleiro Pagliuca. Daí para a frente, a Itália converteu dois penaltis. Romário e Branco também fizeram seus gols para o Brasil. Tafarel defendeu o pênalti

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É TETRA, É TETRA...

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cobrado por Massaro e Dunga colocou o Brasil em vantagem. Faltando uma cobrança para cada lado, o placar mostrava Brasil 3x2. O ídolo da Itália, Roberto Baggio, foi para a cobrança e bateu por cima do travessão dando o título ao Brasil. Apesar da vitória, muito se falou sobre a seleção brasileira na Copa do tetra. Passar 24 anos sem ser campeão mundial era algo com o qual o torcedor não se conformava. Para os que achavam que a vitória era tudo, Parreira acertara. Contudo, quem preferia que a conquista viesse com um futebol à brasileira, técnico, ofensivo, cheio de classe, estilo, aquela seleção ficava devendo. O meio de campo, com quatro jogadores fortes, mas não necessariamente finos, era o ponto de apoio de um conjunto bem organizado, mas pouco inspirado. Os fãs das táticas e dos sistemas juraram que, não fossem Romário e seu parceiro Bebeto, dois atacantes que valiam por um time, o Brasil não teria voltado campeão.

VAI QUE É TUA TAFAREL! REVISTA DRIBLE

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Jogadores de 62

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Gilmar Castilho Djalma Santos Jair Marinho Belini Mauro Zózimo Nilton Santos Altair Jurandir Zito Zequinha Mengálvio Didi Jair da Costa Garrincha Amarildo Coutinho Pelé Vavá Pepe Zagalo

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ZAGALLO GARRINCHA 1958

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1962

PELE 1970

36 JOGOS

60 JOGOS

123 JOGOS

5 GOLS

16 GOLS

91 GOLS

2 TÍTULOS

2 TÍTULOS

3 TÍTULOS

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Para qualquer brasileiro, em sã consciência, uma lista com os maiores jogadores brasileiros em todas as copas, necessariamente, com Pelé puxando a fila e outros completando o time Zagallo além de conquistar as copas de 1958 e 1962 como jogador, o “velho lobo” conquistou, também, as copas seguintes, 1970 e 1994 fazendo parte da comissão técnica da seleção brasileira. Confira os maiores craques brasileiros nas conquistas do Brasil, Garrincha poderia tranquilamente ser considerado também o craque da copa de 1958, mas Zagallo por ter mais experiência na época se destacou um pouco mais. Já Neymar aparece nessa lista, como o grande favorito a craque da copa de 2014 e pode levar o Brasil ao hexacampeonato em 2014, na Copa do Brasil.

ROMÁRIO

RONALDO

NEYMAR

1994

2002

2014

85 JOGOS

104 JOGOS

38 JOGOS

71 GOLS

67 GOLS

23 GOLS

1 TÍTULO

2 TÍTULOS

0 TÍTULOS REVISTA DRIBLE

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Nova ‘Família Scolari’ é aprovada Quando perguntado sobre o assunto, Felipão nega até o fim. Mas a verdade é que a Copa das Confederações viu o surgimento de uma nova ‘Família Scolari’. O time que conquistou o Penta em 2002 e ganhou este apelido era marcado pela forte união e pelo pacto de confiança entre jogadores e comissão técnica. Em 2013, as mesmas características podem ser observadas no elenco montado pelo treinador. Sem grandes polêmicas e com pulso firme, Felipão conseguiu ‘controlar’ a nova geração e transformou um time derrotado e REVISTA DRIBLE

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desacreditado em favorito e vencedor em menos de um mês. O trabalho de criação da nova ‘Família Scolari’ começou durante o período de treinamento para a Copa das Confederações. Pela primeira vez, o treinador teve um tempo maior para reunir o grupo e o fato mostrou resultados. Dentro de campo, ficou clara a evolução tática e técnica dos jogadores. O lado motivador de Felipão também surtiu efeito, transformando a equipe em um time confiante e aguerrido. A raça e a entrega dos jogadores dentro de campo contagiou

toda o país que voltou a acreditar e apoiar incondicionalmente à Seleção. No entanto, o fato que mais chamou a atenção foi o entrosamento fora de campo. Nas entrevistas, era impressionante a convergência dos discursos, até nas situações mais polêmicas. Como no caso das manifestações por todo o Brasil, por exemplo, todos os jogadores apresentaram declarações parecidas e comportadas. Sobre a chance de enfrentar a Espanha, sempre muito respeito e confiança. Para completar, todos destacaram a importância


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da torcida nos jogos da Seleção e dedicavam todos os jogos a eles. É claro que Felipão teve que responder sobre a comparação deste grupo com aquele que venceu a Copa do Mundo de 2002. Em todos os momentos, Scolari fez questão de rechaçar o surgimento de uma nova família. O treinador deixou claro que as gerações são completamente diferentes. No entanto, os jovens jogadores da Seleção encontraram um Felipão mais tranquilo e preparado para lidar com os problemas naturais da juventude. O treinador tem levado as situações mais na esportiva, resolvendo com total tranquilidade

qualquer polêmica que possa aparecer no dia-a-dia conturbado de uma seleção brasileira. Com o título, todos os jogadores deste elenco estão em alta com Felipão. Conhecendo o estilo do treinador, poucas mudanças devem ser feitas para a Copa do Mundo. A verdade é que os integrantes da atual ‘Familía Scolari’ estão com o passaporte praticamente carimbado para voltar ao Brasil em 2014 e disputar o Mundial.

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David Luiz tira a bola da Espanha na linha, seria o empate na final da Copa das Confederações

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David Luiz tira a bola da Espanha na linha, seria o empate na final da Copa das Confederações

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David Luiz tira a bola da Espanha na linha, seria o empate na final da Copa das Confederações

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David Luiz tira a bola da Espanha na linha, seria o empate na final da Copa das Confederações

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David Luiz tira a bola da Espanha na linha, seria o empate na final da Copa das Confederações

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David Luiz tira a bola da Espanha na linha, seria o empate na final da Copa das Confederações

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CONTRACAPA

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