COLETIVOS ARTÍSTICOS BRASILEIROS: DISCURSOS E SUBJETIVIDADES POLITICAS

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169 pagador, os burocratas do marketing de instituições através de projetos de curta duração, não-vinculativos, em que oferecemos nossos serviços de arte... Assim, projetos “culturais”, “educativos”, de “cidadania” são rótulos de interesse institucional aos quais nos ajustamos, tentando contrabandear trabalho que julgamos mais significativo (IBID.).

Por fim, atrevemo-nos a afirmar que, para caracterizar as táticas coletivas, já não basta descrever formatos ou linguagens; antes são necessários posicionamentos firmes, críticos e também sustentáveis (este talvez seja o maior desafio) diante das relações econômicas que limitam a ação político-estética, contribuindo para o papel ativo e crítico que a arte deve desempenhar na sociedade. Na palavra “sustentáveis” reside uma série de contradições e desafios que já não serão ideológicos, mas que colocam os coletivos e artistas em situações (reais) onde a fidelidade aos princípios e idéias e a sobrevivência são por vezes fins excludentes. Com esta prévia de conclusão, passamos à etapa final da pesquisa, onde buscamos condensar nosso trajeto e, por fim, apresentar dificuldades nas quais esbarramos e, sobretudo, apresentar possíveis desdobramentos que a pesquisa acadêmica em artes, especificamente, em modelos não-hegemônicos como Coletivos Artísticos, pode propiciar a outros pesquisadores e artistas.


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