TRABALHO SEMIOTICA

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Natal a noiva do sol

14 Praias 25 Cultura 37 Gastronomia 45 Artesanato Revista NATAL 5


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Foto: Miguel Azevedo

NATAL A NOIVA DO SOL

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apital do Rio Grande do Norte, Natal é a cidade mais populosa do estado, banhado de um lado pelo Rio Potengi e de outro pelo Oceano Atlântico. Tido como o “ar mais puro” das Américas, é também conhecido como “A Cidade do Sol” ou “Noiva do Sol”, por possuir uma média de 320 dias de sol por ano. Revista NATAL 7


Sua história teve início na época das Capitanias Hereditárias, em 1530, quando o Rei de Portugal Dom João III dividiu o Brasil em Lotes. Seu processo de colonização teve início apenas cinco anos depois, com a primeira expedição portuguesa. A qual fracassou devido ao contrabando de pau-brasil pelos franceses, os quais eram auxiliados pelos índios potiguares, combatendo assim os colonizadores, e impedindo o domínio português sobre as terras potiguares. Após 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, sob o comando francês, uma nova expedição portuguesa, comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo Albuquerque conseguiu expular os franceses e reconquistar a capitania, e a partir daí iníciou-se à construção da Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis, localizada de forma estratégica. Com a conclusão do Forte, naturalmente formou-se um povoado próximo, chamado de Cidade dos Reis e posteriormente Cidade do Natal, nome este explicado conforme a data da demarcação do local, por Jerônimo de Albuquerque, em 25 de dezembro de 1599. Uma sobrevivente, após o domínio holandês por 21 anos, Natal apresentou um crescimento lento nos primeiros 100 anos de existência, evoluindo signicativamente no século XIX, com o surgimento das primeiras atividades urbanas. Já no século XX, devido à sua localização estratégica, serviu de base militar para os norte americanos durante a 2ª Guerra Mundial, fazendo com que a cidade se tornasse conhecida em todo o mundo. Após a guerra, a cidade continuou a crescer e a se desenvolver. No entanto, foi no início dos anos 80, com advento da Via Costeira, é que Natal viria a evoluir com maior velocidade, tornando assim 10km da praia em uma importantíssima região para a economia local - a instalação de vários hotéis, catapultando assim o turismo da cidade. 8 Revista NATAL


A Cultura e o Artesanato O Rio Grande do Norte é o berço do melhor artesanato produzido no nordeste, e o foco disso está em Natal, que dispõe de seis grandes centros turísticos de produtos artesanais, são eles: Shopping do Artesanato Potiguar, Vilarte, Centro de Artesanato e Coart, todos em Ponta Negra; o Centro de Turismo, antigo presídio público de Natal datado dos anos 30, localizado entre os bairros de Petrópolis e Ribeira, no qual às quintas-feiras acontece o Forró com Turista; e o Centro de Artesanato, situado na Praia dos Artistas. Com relação aos produtos em si, temos uma boa variedade de bordados, roupas de praia, bijouterias, tapeçarias, artigos em couro ou madeira e principalmente as camisetas, com fotos, desenhos e mensagens de Natal. Temos ainda as comidas regionais, como a castanha de caju, doces de frutas, pastéis de frutos do mar e a famosa jinga com tapioca.

Culturalmente, Natal é um berço riquíssimo, onde temos Luís da Câmara Cascudo – etnógrafo, folclorista, pesquisador e escritor; Manoel Marinho – com sua manifestação folclórico-cultural do Boi de Reis, também conhecido como Boi Calemba ou Bumba-Meu-Boi, auto popular que Revista NATAL 9


trata da morte e ressurreição de um boi; Cornélio Campina – fundador da Sociedade Araruna de Danças Antigas e Semi-desaparecidas; entre outros, como Veríssimo de Melo, Osvaldo Lamartine de Farias e Deífilo Gurgel, discípulos de Câmara Cascudo. Temos ainda a influência de Newton Navarro nas artes plásticas, posteriormente continuado por Dorian Gray na cultura popular; Leopoldo Nelson e Iaponi Araújo. Ademilde Fonseca nos privilegiou com seu chorinho, Elino Julião com seu forró, com as marchinas carnavalescas de Dosinho, Roberta Sá com seu Samba, por Leno cantor ícone da Jovem Guarda e o artista Isaque Galvão. Precisamos ainda nos lembrar de elogiar a literatura natalense, produzida em prosa, poesia e dramaturgia, no qual temos em destaque a família Wanderley, confundida com o teatro e as letras natalenses, onde Ezequiel, Sandoval e José Wanderley enaltecem nossa hitsória artístico-literária. E neste quesito, outros nomes são lembrados, como Adalberto Rodrigues, Jesiel Figueiredo, Meira Pires e Racine Santos.

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Infraestrutura e Economia Com uma população residente de 900 mil habitantes, e uma representação de 25,65% da população do Estado, e 0,42% da população do País, Natal possui uma boa infraestrutura básica, onde hoje praticamente 100% de seus domicílios são atendidos pela rede elétrica e quase 95% estão ligados ao abastecimento de água. No entanto, menos de 30% da cidade possui saneamento básico. Posicionado em oitavo lugar no que diz respeito a disponibilidade de hotéis, segundo o censo qualitativo da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira-ABIH, Natal tem sua economia baseada principalmente no turismo, sendo ainda bastante desenvolvido na produção de sal, petróleo e produtos para exportação, como: melão, coco, camarão, castanha, café e cana-de-açúcar. A rede hoteleira também está fortemente presente e concentrada na Via Costeira, e embora os principais atrativos naturais estejam fora da costa natalense, o comércio local é bastante diversificado. Além disso, Natal possui ainda as praias urbanas, como Ponta Negra – a principal – onde localiza-se um dos principais pontos turísticos – o Morro do Careca; Areia Preta, Praia dos Artistas, Praia do Meio, Praia do Forte – onde

localiza-se a Fortaleza dos Reis Magos e finalmente, a Praia da Redinha – onde encontramos a tradicional jinga com tapioca. Anualmente temos uma média de 1,5 milhão de pessoas, entre embarques e desembarques, podendo atingir uma

demanda de 3 milhões de pessoas nos próximos dez anos. Destas pessoas, já te-se um número bastante expressivo de estrangeiros de Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha, Itália, Inglaterra, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia. Revista NATAL 11


Gastronomia Natal possui uma culinária bastante diversificada, com pratos típicamente nordestinos baseados em peixes e frutos do mar, sendo líder na produção de camarão, e sempre acompanhado por feijão verde, macaxeira, etc. Fora isso, Natal oferece ainda a carne de sol – nome este dado devido, nos séculos anteriores, não existir geladeira, portanto, para a melhor conservação das carnes, o povo nordestino desenvolveu uma técnica de salgar a carne, para facilitar a conservação; a paçoca – farofa feita com pedaços de carne de sol desfiada e farinha de mandioca; a tapioca – feita com goma de farinha, geralmente é vendida recheada, seja doce ou salgada; e baião de dois - prato preparado com feijão e arroz na mesma panela. 12 Revista NATAL


Natal e a Copa 2014 Sorteada para ser um das 12 cidades-sede da Copa 2014, Natal está numa posição privilegiada em relação à Europa, sendo assim uma vantagem competitiva para o turismo. Para tal evento, estão sendo necessários altos investimentos para incrementar então a estrutura turística, para assim ampliar o tempo de permanência tanto do turista de negócios como turista típico na capital, além de criar condições para que ele retorne em outras oportunidades. E com o novo aeroporto em São Gonçalo do Amarante, com previsão de conclusão no iní-

cio de 2014, espera-se que Natal consiga suprir o aumento substancial da demanda voltada para a Copa, já que o complexo terá a maior pista de pouso do Nordeste e tem a pretensão de ser “o maior terminal da América Latina”. Um dos principais desafios agora é solucionar a carência da infraestrutura urbana, mais objetivamente a mobilidade urbana. E o maior desafio é posteriormente obter a sustentação econômica do novo estádio, alavancando tanto o futebol local como estimular shows musicais e demais eventos culturais, para assim movimentar a economia e sustentar o alto investimento do novo Estádio Arena das Dunas, que deverá ser concluído até o final de 2013. Revista NATAL 13


PONTA NEGRA

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onta Negra é a praia urbana mais famosa e badalada de Natal. É também considerada uma das mais belas do País, tendo ao fundo o Morro do Careca, uma duna de 120 metros de altura. As águas de sua praia são mornas e convidam a um banho de mar ou à prática do Surf. Pela sua extensão, a praia é também ideal para dar uma boa caminhada, na areia ou no calçadão. A noite é a mais agitada da cidade, tendo também a mais variada gastronomia.

Distância e Rotas: A praia de Ponta Negra fica a 12km do Centro. Para chegar lá do centro, o trajeto mais curto e agradável é pela Via Costeira. De outros bairros ou chegando à Natal pela BR-101, a opção é seguir pela Av. Eng. Roberto Freire. 14 Revista NATAL


REDINHA VELHA

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praia da Redinha Velha (reurbanizada em 2004) é o ponto de chegada da nova ponte. É a mais antiga vila de pescadores da região. Até hoje ainda se vêem construções como a da antiga igreja de pedra de Nossa Senhora dos Navegantes. A praia fica no encontro do Rio Potengi com o mar e tem a opção de banhar-se tanto em águas doces (às vezes desaconselhável, devido à poluição) como salgadas. Tem ampla estrutura de quiosques à beira do rio e do mar e tem ainda o antigo mercado, onde se come a mais tradicional e deliciosa Ginga (tipo de peixe pequeno) com Tapioca do Estado. Distâncias e Rotas - Redinha Velha: 2km do Centro de Natal pela nova ponte Forte-Redinha. - Redinha Nova: 3km. - Santa Rita: 7km (para chegar a ambas, ao sair da Redinha Velha, vire no caju (estátua). Revista NATAL 15


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