Todo ser que respira...

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a música, inclusive na Igreja, que busca coerência, constância, lealdade, responsabilidade... Canções de caráter volúvel e passageiro já não satisfazem. Busca-se inspiração, não mais nas “paradas de sucesso”, mas nas “canções eternas”, naquelas cuja qualidade estética e significados resistem ao tempo, do mesmo modo com que as pessoas maduras pretendem enfrentar as vicissitudes da vida. Finalmente, quando chega a velhice, as lutas contra as enfermidades ganham proeminência, e a morte iminente é a única certeza, a música se reveste de especial significado. Muito ao contrário de serem esquecidas ou descartadas, elas passam a ter força como nunca tiveram. É nessa hora que aquelas canções ouvidas desde a infância, tais como as canções de ninar, as canções de roda, as músicas da juventude... e, principalmente, os hinos cantados na Igreja, adquirem uma força e um sentido antes inimaginados. Na hora da dor e da morte, não haveremos de querer aprender cânticos novos, nem de ouvir as novidades das “paradas de sucesso”... Haveremos, antes, de querer retornar aos hinos da nossa infância e da infância da nossa fé, porque essas canções são aquelas cujo caráter de consolação e alento nos ajudará a transpor os últimos limites da nossa existência.

4.2. A música na Igreja: uma questão congregacional Como já dito, não se pode conceber a Igreja sem a música. Ela está presente em todos os momentos e de diferentes formas nas várias atividades e expressões eclesiais. Nas reuniões, mesmo aquelas administrativas, das diversas instâncias da Igreja (crianças, jovens, mulheres, homens, concílios e assembléias...), a música é entoada para marcar o aspecto devocional e comunitário do encontro. O cântico evidencia 58


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