O ABC da Comunicação | 7ª Edição

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Prêmio ABC consolida crescimento de agências da região Octopus completa 35 anos e é eleita agência do ano

Distribuição Gratuita

Ano 02 - Edição 07 | Jul; Ago; Set; 2013

Prêmio ABC Conheça os premiados

Brazil Promotion Região do ABC marca presença

Live Marketing

Marketing para Saúde

Congresso é marco histórico para o setor

Fórum destaca crescimento em comunicação O ABC DA COMUNICAÇÃO


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Seja bem-vindo à revista O ABC da Comunicação

6 1º Prêmio O ABC da Comunicação consagra Agências e Profissionais da região

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Artigo Juliana Harris: Faction Marketing

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1º Congresso Brasileiro de Live Marketing reuniu profissionais de comunicação em evento grandioso

Regispel e Fundação Cafu protagonizam Papel pela solidariedade

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1º Fórum de Marketing em Saúde é o primeiro dos muitos que virão Artigo Altair Scheneider: A importância do Pré-Evento

Crônicas: Humberto Mendes Artigo: Fábio Eloi

Só sei que nada sei. Voz da Agência: André Corrêa

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:dos Classificados nos anos 70 à glória do novo milênio Artigo: Luciana Patara

Tudo começa de pijama

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Brazil Promotion 2013 apresentou inovações para os eventos esportivos do ano que vem

Mídia & Dados: Metro Jornal Artigo João Riva: Pessoas não compram o que você faz.

Energéticos ganham mais espaço no mercado de bebidas Artigo Roberto Malacrida: The Beatles: A imagem de uma marca eternizada

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Globes Awards Premia os melhores de 2012 em Live Marketing

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Artigo Alberto Leite: Horizon Report

59/60 Agenda + Giro

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Artigo Evandro Gallão: Posicionamento estratégico

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Artigo José Fardo: Patrocínios, fatalidades e “respingos”

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Para sua Biblioteca

+

Os Odiados

Artigo Kleber Carrilho: Para que servem os prêmios? O ABC DA COMUNICAÇÃO

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ditorial

Um trimestre de conquistas! Caros amigos e leitores, Este último trimestre foi muito importante para nós do O ABC da Comunicação e, com certeza, para o mercado publicitário da região do Grande ABC. Importante porque ele simboliza algumas conquistas significativas. No mês de julho fomos mídia oficial do primeiro Congresso Brasileiro de Live Marketing ao lado de grandes nomes do setor. Fizemos uma cobertura completa da festa do Ampro Globes Awards 2013. Ainda no mês de julho pudemos acompanhar de perto o primeiro Fórum de Marketing para Saúde organizado pela Healthers do Grupo C-Board. Em agosto, além de sermos uma das mídias oficiais do Brazil Promotion, a maior feira de marketing promocional da América Latina, tivemos a oportunidade de ter um estande neste importante evento, para receber de forma acolhedora as agências de nossa região e conversar sobre as mudanças que o mercado estava trazendo. Em Setembro, realizamos o Prêmio ABC da Comunicação que premiou diversas agências e profissionais do mercado, trazendo o devido reconhecimento a este setor tão produtivo na economia do Grande ABC. A primeira agência do ano da nossa região foi a Octopus, escolhida pelo voto popular na internet. Além de toda esta grande movimentação, dois encontros marcaram o surgimento da Associação de Agências de Comunicação e Publicidade do Grande ABC. Um movimento importante, forte, robusto e que não tem mais volta. Muitas novidades acontecerão em nosso novo mercado, pois as pessoas que estão envolvidas neste processo estão comprometidas com o bem comum do negócio, e isso sem dúvida, é o mais importante. Buscamos trazer nesta edição, um apanhando de todos estes grandes acontecimentos, além - claro das importantes opiniões de nossos colunistas. Por falar em colunistas, não posso deixar de citar três outras importantes conquistas para nosso time, mais do que estrelado: Alberto Leite, Luciana Patara e Humberto Mendes, que a partir desta edição terão uma coluna em nossa publicação, discutindo temas importantes.Isto tudo mostra o quanto o mercado de comunicação do ABC é forte, nos motivando ainda mais a buscar alcançar tudo aquilo que ora planejamos no lançamento do nosso projeto. E isso só é possível com a ajuda das pessoas que apoiam nossas iniciativas. Estas conquistas não são apenas do O ABC da Comunicação, mas de todos vocês que fazem parte deste novo momento que estamos vivendo. Vamos em frente, porque agora mais do que nunca, podemos dizer que nosso mercado está se organizando. Aos que diziam que nosso mercado não existia e jamais poderia se organizar e ter uma premiação o recado foi dado. O talento dos profissionais que compõem as mais de 150 agências do ABC é inegável e nós nascemos para dar cada vez mais visibilidade à eles.

Boa leitura!

www.oabcdacomunicacao.com.br Ano 02 - Edição 07 | Jul; Ago; Set; 2013 Publisher Luciano Bonetti Consultor Jurídico Dr. Júlio Bonetti Filho | OAB 77458 Direitos de Uso de Imagem e Legislação Promolegis | Altair Scheneider Jornalista Luciana Coutinho pauta@oabcdacomunicacao.com.br Eventos Bonetti Marketing Promocional Colunistas e Articulistas Alberto Leite Altair Scheneider Evandro Gallão Fábio Eloi de Oliveira Humberto Mendes João Riva José Antônio D. Fardo Juliana Harris Kleber Carrilho Luciana Patara Mario Mastrotti Colaboradores desta Edição Andre Luis Corrêa (YEP) Antonio Dantas Marcelo Nepomuceno Nilson Suguino Priscila Cardoso Vaz Revisão Luciana Coutinho Departamento Comercial Luciano Bonetti bonetti@oabcdacomunicacao.com.br Impressão Gráfica Referência Arte, Diagramação e Tratamento de Imagem Juliana Crespo Redação e Correspondência Av. Antártico, 229 – Vila São João – S. B. do Campo São Paulo | CEP: 09726-150 | (11) 4941-1377

Luciano Bonetti Publisher bonetti@oabcdacomunicacao.com.br

Distribuição assinatura@oabcdacomunicacao.com.br Periodicidade: Trimestral Tiragem: 2 mil exemplares Circulação: Grande ABC e São Paulo A Revista O ABC da Comunicação é uma publicação trimestral da Editora L.Bonetti Comunicação dirigida a proprietários, diretores, gerentes e profissionais das empresas do mercado de comunicação do Grande ABC. Sua distribuição é gratuita. Os artigos e reportagens são de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de seu conteúdo editorial com a autorização da editora, mediante citação de fonte.

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Capa: Octopus Comunicações (Agência do Ano - Voto Popular) Foto: Nilson Suguino Tratamento de Imagem: Juliana Crespo

Daniely Farina Financeiro

Luciana Coutinho Jornalista

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O ABC DA COMUNICAÇÃO


a pe gên Mu m n c i 36 ídia A sam ia. to m so 0º s: co e Tem ai cia . Te é d nte nto e s q l. É m igi ce e xp ue pr ofi m res tal, em stra ert um o p r t i ss io ún der ons eal, tod égic se e a in na ic na ab vi as o. te is a. , a il rtu a lig cr E m rr id a s ên iat a oja ad l, cia ivo is da e cr s, t que , iat em iva .

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15 prêmios. Incluindo o de:

Melhor Agência do Ano

Inteligência Criativa

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1º Prêmio O ABC da Comunicação consagra Agências e Profissionais da região Setembro de 2013 vai ficar marcado como o mês em que as agências de comunicação do Grande ABC tornaram-se autônomas. Foi no dia 24 de setembro que a consagração dos melhores profissionais e empresas de comunicação, receberam e abrilhantaram a festa do 1º Prêmio O ABC da Comunicação. Com o objetivo de reconhecer e divulgar – cada vez mais – a excelência do trabalho realizado pelas agências da região, Luciano Bonetti, Publisher da Revista O ABC da Comunicação, idealizou esta premiação e, com muito empenho e determinação, uniu as maiores e os melhores do setor em um grandioso evento.

emocionantes da família do empresário, também se fizeram presentes funcionários, amigos e parceiros comerciais. Todos, sem exceção exaltaram as qualidades admiráveis de um profissional extremamente dedicado e focado na ideia de se fazer algo novo, diferente. Foram momentos de muita emoção para todos que ali estavam e o público reconheceu e ovacionou o profissional, pai e amigo Paulo Cesar Ferrari.

Com cerca de 200 convidados presentes, a festa teve início com muita movimentação e expectativa, em especial, por parte de todos os concorrentes aos prêmios.

No saldo final, a Agência Octopus foi a grande vencedora da noite, levando para casa diversos prêmios, sendo 4 bronzes, 4 pratas e 2 ouros, totalizando 30 pontos. Na sequência, ficou a Atta Propaganda premiada com 2 bronzes e 2 ouros, num total de 14 pontos. A New Mind Comunicação levou 2 bronzes, uma prata e um ouro, ficando em terceiro com 12 pontos.

Os convidados da Octopus Comunicações estavam entre os mais animados, com suas cornetas, parecendo mesmo já estar em clima de Copa do Mundo. A cada vez que eram anunciados os ganhadores, ouviam-se os Ohhs e Ahhs, além do clima total de expectativa que antecede aos anúncios.

Após aproximadamente uma hora e meia de premiação, os convidados se divertiram ao som da banda Royale, que apresentou um setlist musical bastante variado. Desta forma, todos puderam relaxar ao som de diversos sucessos dançantes.

Ao todo, 10 agências foram premiadas em diversas categorias e campanhas publicitárias. O voto popular, com mais de cinco mil participações, determinou a escolha da agência Octopus, como a melhor do Ano, além da produtora Simone Herrera, da Octopus Comunicações, como a profissional de 2012. Esta foi a primeira iniciativa do gênero na região e o grande intuito, além do merecido reconhecimento aos talentos do ABC, é agregar valores e unir os profissionais e agências de comunicação em ideais comuns. Com tantos experts envolvidos na realização deste evento, a grande surpresa ficou por conta da categoria Profissional Referência, que teve como homenageado, o publicitário Paulo Cesar Ferrari. Em meio a depoimentos

Antonio Henrique Afonso Júnior (Padaria Brasileira)

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Ping Pong Luciano Bonetti, idealizador do Prêmio O ABC da Comunicação, conta como surgiu esta ideia e quais as expectativas para 2014:

Como e por que surgiu a ideia de fazer o prêmio ABC de Comunicação?

Luciano A ideia surgiu naturalmente em virtude do trabalho que já vínhamos fazendo dentro da revista O ABC da Comunicação. Ao cadastrar mais de 150 agências e ter a oportunidade de conhecer o trabalho que elas estavam desenvolvendo, pudemos perceber muito talento e competência e era natural que nosso veículo fizesse um prêmio para reconhecer este talento. Desde o início queríamos dar visibilidade para as agências da região e mostrar a qualidade do trabalho delas, o prêmio veio coroar este objetivo. Qual foi a receptividade das agências?

Luciano Acredito que para um primeiro prêmio a receptividade foi muito boa. Muitas agências daqui ainda não tinham participado de premiações como esta, era tudo novo. Algumas agências ainda tiveram receio de inscrever seus cases, que eram de alta qualidade, porque não entendiam o processo de julgamento e assim por diante. Mas todas abraçaram a ideia do prêmio, tanto que estiveram na festa prestigiando. Temos certeza que no próximo ano teremos mais agências participando e inscrevendo suas campanhas. Nesta edição, foram inscritos mais de 40 cases de 12 agências. Como foram escolhidos os ganhadores?

Luciano Todo o processo de escolha foi por voto popular. As pessoas acessavam o site do prêmio e escolhiam os profissionais que achavam o melhor. Quanto tempo foi dedicado para esta premiação?

Luciano

Dedicamos cerca de cinco meses para a realização deste evento.

A Octopus saiu como a grande vencedora da noite. Isso já era esperado?

Luciano Não era esperado. Todos tinham chances iguais. Sabíamos que a Octopus tem um grande recall de marca e uma grande net de clientes e amigos e isso poderia influenciar a votação popular. Já na parte de cases, sabíamos que eles iriam bem, pois foi a agência que mais inscreveu seus cases.

Paulo Ferrari, da Octopus, foi o homenageado da noite e você estava ao lado dele naquele momento. O que sentiu?

Luciano Para mim é muito importante homenagear - em vida - as pessoas que foram importantes para o nosso mercado. Foram elas que permitiram que tudo isso acontecesse em nosso mercado e o Paulo tem um papel importante em toda esta história. 35 anos de agência não é para qualquer um. Fiquei muito feliz e emocionado de poder proporcionar isso à ele e a sua família. Como primeira premiação para o setor da região, como você avalia o resultado final?

Luciano Excelente, além do esperado e superou nossas expectativas, quase 5000 votos populares, mais de 200 pessoas na festa representando quase 30 agências, simplesmente excelente. Você disse na abertura da festa que muita gente não acreditava que a premiação fosse possível. Você mostrou que é possível. É um sonho realizado?

Luciano Sim, é um sonho realizado e o início de uma nova etapa do setor na região. Na nossa região existem muitos céticos, que não querem que as coisas deem certo e ficam enciumados quando alguns são homenageados, pura falta de maturidade. Mostramos que no nosso setor da comunicação é possível ter uma competição sadia e com maturidade. Além de tudo isso, é importante dar o verdadeiro valor aos profissionais que o compõem. Quais as expectativas para 2014?

Luciano A expectativa é ter mais agências participando com seus cases, abrirmos novas categorias - tanto de profissionais quanto de campanhas, atingir mais de 10.000 votos populares e ter em torno de 300 a 400 pessoas na festa de premiação.

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confira abaixo os premiados CATEGORIA PROFISSIONAIS E EMPRESAS: AGÊNCIA DO ANO: OCTOPUS COMUNICAÇÕES MELHOR VEÍCULO: METRO JORNAL ANUNCIANTE DO ANO: PADARIA BRASILEIRA FORNECEDOR ESPECIALIZADO: TX4 COLOR MELHOR PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO: VIVIAN FERREIRA MELHOR PROFISSIONAL DE PLANEJAMENTO: ANDRE COIMBRA BELA MELHOR PROFISSIONAL DE LIVE MARKETING: ANDRE NILSON MELHOR PROFISSIONAL DE CRIAÇÃO: GUSTAVO LOUREIRO GOMES MELHOR PROFISSIONAL DE PRODUÇÃO: SIMONE HERRERA MELHOR PROFISSIONAL DE MÍDIA: RODRIGO MESSIAS

CATEGORIA cases e campanhas:

MELHOR CAMPANHA VEICULADA NO ABC: OURO – ECOLIFE CAMPESTRE (LOSTRES PUBLICIDADE) PRATA – NOVA LIONS (OCTOPUS COMUNICAÇÕES) BRONZE – EMBARQUE NESSA SABOROSA VIAGEM (DUOEME BRASIL) MELHOR USO DE INTERNET, VIRAL OU REDES SOCIAIS: OURO – A ENERGIA DO FIM DE ANO (NEW MIND) BRONZE – PORTAL SBC (AGÊNCIA YEP!) BRONZE – POLO DESIGN SHOW 2012 (PROCRIATIVO) MELHOR CAMPANHA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL: BRONZE – SHOW AMIGOS DO BEM (OCTOPUS COMUNICAÇÕES) BRONZE – MC DIA FELIZ 2012 (OCTOPUS COMUNICAÇÕES) MELHOR USO DE MERCHANDISING: OURO – VALETÃO PNEUS – EMOÇÃO DA F1 (ATTA PROPAGANDA) PRATA – DELÍCIAS DA COOP (OCTOPUS COMUNICAÇÕES) MELHOR CAMPANHA DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA: PRATA – ECOLIFE CAMPESTRE (LOSTRES PUBLICIDADE) BRONZE – POLO DESIGN SHOW 2012 (PROCRIATIVO) BRONZE – EVOLUÇÃO DO TRANSPORTE (NEW MIND) MELHOR CAMPANHA BUSINESS TO BUSINESS: OURO – ADHEMIR FOGASSA MAQUETES (HOUSE COMUNICAÇÃO) PRATA – A ÚNICA QUE VOCÊ CONFIA (AGÊNCIA CANNA) PRATA – COOP FÁCIL (OCTOPUS COMUNICAÇÕES) BRONZE – CAMINHOS QUE SE INTEGRAM (NEM MIND) BRONZE – SEJA VERDE COM A ACTIVAS (AGÊNCIA YEP!)

MELHOR CAMPANHA PARA O PÚBLICO INTERNO: PRATA – VENCENDO COM O RITMO CERTO (HOUSE COMUNICAÇÃO)

MELHOR CAMPANHA PUBLICITÁRIA: PRATA – ECOLIFE CAMPESTRE (LOSTRES PUBLICIDADE) BRONZE – NOVA LIONS (OCTOPUS COMUNICAÇÕES) BRONZE – ACERTE EM CHEIO. ACERTE NA COOP (OCTOPUS COMUNICAÇÕES)

MELHOR MARKETING DE EVENTOS ESPECIAIS: OURO – SHOW AMIGOS DO BEM (OCTOPUS COMUNICAÇÕES) PRATA – COOP FÁCIL (OCTOPUS COMUNICAÇÕES) BRONZE – VALETÃO PNEUS – EMOÇÃO DA F1 (ATTA PROPAGANDA)

MELHOR CAMPANHA PROMOCIONAL: OURO – ACERTE EM CHEIO. ACERTE NA COOP (OCTOPUS COMUNICAÇÕES) BRONZE – DIA DOS NAMORADOS BERLIN (ATTA PROPAGANDA)

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André Coimbra (YEP!)

André Nilson (New Mind)

Abel Taboada (Tx4 Color)

Antônio Dantas (Frame TV)

Fernando Ferreira de Almeida (Metodista)

Nilson Suguino (Cine Foto Rudge)

Gustavo Loureiro (House)

Paulo Cesar Ferrari (Octopus)

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Octopus

(Agência do Ano)

José Toshio (SSTAFF)

Henrique Rossi

(Gráfica Referência)

Vivian Ferreira

Sarita Fontes

(GO!)

(Ksual Eventos)

Tânia Biagio (Jornal Metro)

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Gabriel Rimi (Quiarezza)

Simone Herrera (Octopus)

Rodrigo Messias (ATTA)

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Design Criativo

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Faction Marketing presents: o uso do storytelling nas campanhas e no design

Todo o mundo, o tempo todo, está narrando fatos do seu cotidiano; seja contando seu final de semana, o casamento que foi no sábado, a saidinha da sextafeira. Mas o fato é que isso virou marketing, ou melhor, faction marketing. O termo não tem nada com facção e sim com a junção entre fact and fiction. O outro fato é que isso também se aplica ao design. De acordo com estudos recentes da neurociência, a mente aciona as mesmas áreas quando vivencia um fato ou simplesmente acessa a memória. Por essa linha, não existe distinção entre a maneira de processar fatos reais ou imaginários. A história cria uma ligação visual. Prova disso é a campanha recentemente veiculada da marca Cartier cujo filme inicia com a frase: “Cartier presents...” e conta a história de uma fera que se liberta de ser uma estátua de pedras preciosas e circula por um mundo surreal e durante o percurso passa por diversos produtos da marca, até chegar a uma linda mulher de vestido vermelho, toda poderosa. Outro comercial - no mesmo formato - é o da Calvin Klein, Encounter. Formatos pouco convencionais de filmes publicitários, ou seja, não é nem um longa, nem um curta e nem um

comercial, mas sim um produto final audiovisual que envolve a marca e seus produtos numa história. “As narrativas ricas em linguagem figurada acessam sentidos que informações lógicas sem contexto emocional não alcançam. O storytelling é a parte invisível do design.” Considera a designer e co-fundadora do estúdio PopUp Design, Dani Guerrato. Na narrativa visual, as imagens seqüenciais são um dos recursos mais utilizados, presentes na web, nos storyboards ou nos quadrinhos e esta história pode estar implícita ou, também, começar em um meio e terminar em outro, o que é chamado de transmídia. Os infográficos são outro recurso para contar estas histórias, sendo que até mesmo convites de casamento estão contando histórias através de infográficos na web. Esta tendência de faction marketing, storytelling, narrativas visuais, deverá permanecer por um bom tempo enquanto estivermos numa cultura de convivência. O mundo está ficando saturado de marcas “autênticas” e o público - apesar de prezar cada vez mais pela transparência das marcas - está cansado de muita seriedade e conflito. Estas “histórias” no design de um produto ou numa campanha, fornecem a oportunidade dos consumidores escaparem um pouco da rigorosidade da realidade. A coleção de tênis Nike Craft, por exemplo, foi baseada na narrativa de uma missão para marte e a ideia é justamente essa, desenvolver histórias que mostrem como o consumidor vai interagir com o produto, marca ou campanha. O design do produto também já nasce desta história, como pode ser visto no próprio site nikecraft.com que - inclusive já conta a história e o processo da concepção do projeto de design deste produto. Até mesmo pessoas convencionais estão usando este recurso para se tornarem mitos por meio dos chamados storybloggers. E você? Já contou alguma coisa hoje?

Juliana Harris Publicitária. Designer e Professora de Temas ligados à arte, criação e ao design, na Universidade Metodista de São Paulo, SENAI e SENAC. Coordenadora do Curso de Design de Interiores da UMESP e mestrada em Comunicação. Possui cursos de atualização em design gráfico no exterior e em ensino à distância, além da atividade acadêmica, desenvolve projetos de identidade visual, design e comunicação para clientes como Urubupumg, Volt Veículos, Costela Grill (rede) e Radioterapia ABC. juliana_harris@hotmail.com

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Foto: Divulgação

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Regispel e Fundação Cafu protagonizam Papel pela solidariedade Regispel, empresa líder na América Latina no segmento de bobinas e etiquetas, firma parceria com a Fundação Cafu e lança o ticket solidário. Apelidado pela empresa de papel do bem, o projeto é mais uma ação de apoio institucional que a Regispel busca em prol da proliferação da cultura e educação para os mais carentes. Desde 2011 contribuindo com o Instituto Ayrton Senna, através da iniciativa inédita do cupom solidário, a empresa confirma sua vocação para ações sociais, ampliando sua generosidade - desta vez com a Fundação Cafu, idealizada pelo penta campeão mundial e ex-capitão da seleção brasileira, Marcos Evangelista de Morais, mais conhecido como Cafu. Entidade foi criada em 2001 e é localizada no Jardim Irene, na região do Capão Redondo – local muito carente na zona Sul de São Paulo. Atualmente, atende cerca de 750 crianças. Na Fundação, eles aprendem artes, têm aulas de capoeira, futebol, enfim toda uma gama de atividades para formar e afastar as crianças e os jovens das ruas.

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Com o intuito de atender – principalmente – ao futuro do Brasil que a Regispel buscou a Fundação. “Quando pensamos em fazer uma ação solidária com o verso do cupom, começamos a buscar organizações que estivessem alinhadas com esta causa. Foi quando tivemos contato com o Instituto Ayrton Senna, que foi muito interessante por estar focado no aspecto social e educacional, fugindo um pouco daquela questão direcionada à saúde, principalmente relacionada ao câncer. Assim, pensamos que este era realmente o caminho que queríamos; ajudar uma instituição que a médio e longo prazo poderia colaborar com o crescimento do País”, explica Giancarlo Pizzutto, gerente de negócios e marketing da Regispel. Com isto em mente, a equipe da Regispel quis ampliar esta atuação junto a eventos esportivos e espetáculos culturais e para tanto, decidiu utilizar outro tipo de produto, o ingresso com impressão especial, códigos de segurança e holografia. “Como o Instituto Ayrton Senna não se envolve com alguns tipos de eventos, buscamos uma entidade que tivesse uma causa semelhante ao Instituto, que fosse idônea e transparente, com uma visibilidade e que estivesse na crista da onda, diretamente relacionada aos eventos esportivos


Foto: Divulgação

Ricardo Angelo e Giancarlo Pizzutto da Regispel com Cafu

que começaram este ano e vão até o final de 2016, com as Olimpíadas. Conhecemos o trabalho na Fundação Cafu e o perfil era perfeito para darmos continuidade ao trabalho. Fomos muito bem recebidos pelo pessoal da Fundação, assim firmamos esta parceria”, diz Pizzutto. Toda a venda de bobinas com a tarja da Fundação Cafu, terá um percentual do lucro revertido para a instituição, assim como é feito com o Instituto Ayrton Senna. Além disso, não podemos esquecer que o espaço utilizado para a divulgação da Fundação também pode reverter em ganhos para a instituição, pois será visto por milhares de pessoas. Os clientes que compram os ingressos da Regispel, poderão utilizar o verso para associar o nome de suas marcas a uma tarja com a campanha do ticket solidário. Eles não terão nenhum tipo de custo adicional e ainda participarão - de forma indireta - dos benefícios revertidos à Fundação. Para o cliente é custo zero e, a partir daí, o consumidor que vai ao evento, olha o verso e se identifica com esta ação social, causando um sentimento de solidariedade contínua.

“Além de agregar valor à empresa que coloca a tarja da Fundação no ingresso, o consumidor sente que comprando este ingresso está contribuindo para a campanha. É o que chamamos de magnetismo do bem, onde todo mundo participa um pouquinho e lá no final, todos saem ganhando”, finaliza Pizzutto. O ABC DA COMUNICAÇÃO

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Fotos: Nilson Suguino (Cine Foto Rudge)

1º Fórum de Marketing em Saúde é o primeiro dos muitos que virão

Visto e entendido por todas as pessoas como um direito do cidadão, a saúde é o “bem” mais importante que um ser humano pode ter. Agora, no entanto, este “bem” tornou-se um setor gigantesco da economia mundial, ultrapassando até mesmo áreas historicamente campeãs em geração de receita, como a agropecuária. Comprovadamente um setor bilionário, atualmente, a preocupação em relação às práticas de publicidade relacionadas à saúde, é tema de discussão constante entre as organizações e os profissionais de comunicação. Pensando nisso que a Revista Healthers, do Grupo C-Board, decidiu promover o 1º Fórum de Marketing em Saúde do Brasil. Evento que aconteceu em julho, no World Trade Center, em São Paulo, reuniu uma centena de convidados, em sua maioria dirigentes de comunicação de grandes empresas e agências; para troca de experiências, apresentação de cases de sucesso e – principalmente – para discutir o futuro da comunicação em saúde, no País. “Este é o primeiro fórum de marketing que fazemos, sendo o predecessor de outros encontros que vamos realizar. Começamos pela área de marketing, por entendermos ser a mais carente dentro da área de saúde. Além disso, trata-se de um desafio muito grande, já que passa por um momento delicado, especialmente por conta de legislações e restrições orçamentárias”, diz Alberto Leite, CEO da C-Board e idealizador do evento. Por mais de 10 horas, profissionais de todos os setores puderam acompanhar palestras, apresentações de cases e participar de discussões sobre como trabalhar com as melhores práticas da publicidade, sem ferir os rígidos códigos legais que envolvem o setor. No Brasil, há uma legislação bastante engessada relacionada à publicidade da área de saúde, por

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isso, todos os presentes concordaram que é necessário a união das organizações, dos fornecedores, das agências e de todos os profissionais para modificar algumas regras, o que facilitaria em muito a comunicação para quem realmente interessa: o consumidor, cliente, paciente. Para Priscila Fernandes, marketing do Citibank, “o marketing da área de saúde é algo totalmente diferente do mercado onde eu atuo. Tem um desenvolvimento maior, a atuação das agências, o plano estratégico mais definido, algo mais estruturado que atua em todas as frentes desde o anúncio até o contato com os veículos”, comenta. Além disso, Priscila exalta o fato de que esta comunicação afeta a todos: “É interessante este movimento da área da saúde, porque - geralmente - seremos impactados por quem? Pelos convênios médicos, para que a gente chegue até aos hospitais e ao atendimento. Neste momento, acredito que - cada vez mais - este meio de caminho é atravessado pelos hospitais, que estão conversando diretamente com a gente. Desta forma, posso escolher um convênio, mas também o hospital e a clínica na qual quero ser atendida. Pensando assim, o marketing tem despontado dentro do ciclo, dentro desta cadeia da saúde, com algumas ações muito interessantes”, diz.


Marcos Le Pera, da Agência Le Pera Comunicação, se especializou em atender este segmento, sendo que – hoje – cerca de 70% de todo o faturamento da agência vem da área da saúde. Por isso, ele concorda e completa:

Apesar disso, o setor da saúde vai muito além dos atendimentos em hospitais e clínicas. Ele envolve uma gama de empresas, que movimentam bilhões de dólares todos os anos. Prova disso, é o crescimento acelerado e contínuo que foi apresentado pela Bloomberg, no qual colocou a área de saúde como a principal fonte da economia mundial, confirmando que o setor detém 15,22% de todo o dinheiro que gira no planeta. São muitas as empresas beneficiadas com esta economia e uma delas é o Grupo Brasanitas, um dos maiores grupos facilities do Brasil, especializado em prestação de serviços de higienização hospitalar; que atende outros segmentos, mas tem grande expertise na área da saúde. Para Gauthama Nassif – gerente de marketing do Grupo – esta iniciativa do Fórum é essencial, pois junta pessoas com interesses comuns no desenvolvimento de oportunidades para todas as empresas envolvidas na área de saúde. “O marketing de serviços é muito diferente em relação ao marketing de produto. É muito mais baseado numa estratégia, em um desenvolvimento dentro de um processo de plano de marketing para conseguir atingir seus objetivos. Além disso, o mercado é focado em relacionamento. Você tem que estar constantemente envolvido nas situações de saúde, que é um universo paralelo, à parte mesmo. Então é um atendimento completamente diferente dos outros segmentos”, diz.

“É diferente conversar com um mercado que tem uma idiossincrasia própria, que existem especificidades que são regulamentadas. É um mercado que tem - além de todos os problemas - uma série de coisas que são bem delicadas para nós publicitários, como a cartilha do não fazer. Porque publicitário é um ser meio hiperativo, que quer fazer tudo, mas neste segmento tem uma série de coisas que não podem ser feitas. Por isso que digo que é muito mais difícil comunicar quando existem regras proibindo de fazer algo do que quando há a liberdade da criação. Por isso que vender um hospital é infinitamente mais criativo no planejamento e na criação do que vender cerveja, iogurte, trator. E isso é um grande desafio”, finaliza.

Marcos Le Pera (CEO da Agência Le Pera) O ABC DA COMUNICAÇÃO

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Ping Pong Alberto Leite fala sobre o Fórum:

Como surgiu a ideia do primeiro fórum de marketing para a saúde?

Alberto É uma comunidade que reúne as mil maiores organizações da área de saúde do Brasil, dentro de 50 mil organizações, e nós tivemos iniciativas de fóruns presenciais como este, na internet e revistas impressas. A ideia foi reunir diretores de marketing de grandes organizações da saúde para uma troca de experiências, boas práticas, além de tentar ajudá-los no desenvolvimento de melhores ferramentas e melhores resultados com suas áreas de marketing. Vai acontecer uma vez por ano?

Alberto Sim, uma vez ao ano aqui em SP, com alguns desdobramentos regionais. Devemos, ainda este ano, fazer um pequeno fórum, um congresso em MG, e no ano que vem voltamos a fazer em SP.

No Brasil, o marketing da saúde está no mesmo nível que o dos outros países, ou ainda engatinha em algumas práticas deste segmento?

Alberto Eu colocaria que em alguns lugares estamos melhores, em outros piores. É importante entender que nosso modelo de saúde é o híbrido (público e privado) igual ao norte-americano. Porém, nos EUA existem menos restrições em relação a marketing. Aqui, não pode ter campanha de hospital, não pode fotografar médico, nem equipamento, muito menos medicamento. As restrições no País são muitas e isso dificulta. O profissional de marketing brasileiro tem que ser multifacetado, entender de tudo e ainda tem o agravante que são as restrições dos agentes. Para fazer uma campanha, ele tem o hospital, o paciente, o convênio médico e o próprio médico, que são múltiplos agentes e o orçamento não se multiplica. Então temos a restrição orçamentaria, além da restrição sobre regulamentação. Tudo isso em um país que tem expectativa de chegar aos 15% de PIB na área de saúde em alguns anos. Também temos a questão da administração dos hospitais ser feita por médicos que, fatalmente, tendem a fazer investimentos muito maiores em equipamentos do que em processos na área de gestão, é mais um fator para determinar o insucesso da causa. Iniciativas como esta do fórum, favorecem uma busca junto ao governo para discutir esta legislação, para poder atuar de forma mais ampla?

Alberto As restrições são - em alguns casos - para proteger o paciente, mas você tem inúmeras regras legais que aconteceram por falta de diálogo. A ideia desse fórum é sair uma proposta que vai incialmente para os órgãos competentes, com o intuito de provocar uma reunião, uma conversa, para mostrar que não existe maldade na ação de marketing. Queremos proporcionar este diálogo para conseguir resolver as questões de restrição.

Este tipo de evento é importante para troca de experiências e alternativas. Você sente que - com estes encontros - começa-se a olhar o marketing da saúde de uma nova forma?

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O volume de dinheiro que se movimenta neste mercado, com fornecedores, agências, gráficas, produtoras, vem aumentando. O que podemos constatar?

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Alberto Sem dúvida. Estamos discutindo o mercado de marketing voltado para a saúde. Um mercado específico, com uma série de diferenças, especialmente do ponto de vista legal, político, das restrições e como vem evoluindo os investimentos no setor. Tivemos a apresentação da diretora geral de merchandising da Rede Globo, Marcia Ladeira, que nos trouxe a informação da evolução na área de saúde. O que a gente percebe é que nos últimos 20 anos, o volume de merchandising aplicado em saúde quintuplicou. As empresas começaram a enxergar isso. O que faltava era uma inciativa em reunir estas pessoas e tentar consolidar padrões, processos, provocar algumas discussões entre eles.

Alberto Sim, que o setor – hoje – é o mais importante do mundo em termos financeiros. Das 10 profissões mais promissoras para a próxima década, sete são da área de saúde. Os investimentos feitos em TV aberta no Brasil giram em torno de R$ 240 milhões. Estamos falando em montantes muito grandes, agressivos, num setor que te apenas 50 mil empresas prestando serviços nesta área.

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Alberto Leite (CEO da C-Board)


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O ABC DA COMUNICAÇÃO

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Ética e Legislação da Comunicação

rtigo

DA BOATE KISS AO ROCK IN RIO, A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-EVENTO. Recentemente recebemos o impacto negativo das notícias vindas de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que davam conta do incêndio que vitimou mais de duas centenas de pessoas. Este incêndio fora causado por condições de construção, operação e negligência durante o show de uma banda. Essas condições e esse triste fato serviram para a fiscalização de eventos recrudescer.

quiarezza

Se o básico sobre pré-eventos e a legislação existente, que é toda municipal podendo variar de cidade para cidade, tivessem sido observadas, além do bom senso durante o verdadeiro desastre que ocorreu, muitas vidas teriam sido poupadas. O recrudescimento da fiscalização e a alteração na legislação em muitos municípios, poderá evitar que novos casos aconteçam. Como exemplo desse fato, tivemos no último dia 17/09 o pedido de suspensão do Rock in Rio, um dos maiores eventos de música do mundo, por não atender à legislação e às necessidades do público do ponto de vista da quantidade de ambulatórios, ambulâncias e atendimento médico. Apesar de ser do desconhecimento da maioria dos profissionais da área, há legislação específica sobre eventos em diversos municípios. Citando São Paulo como um exemplo, temos diplomas legais com amplo espectro de cobertura, desde atividades que possam interditar vias públicas, necessidade de obtenção de alvará para o evento, ou autorização para ações, necessidade de vistoria de corpo de bombeiros, número de ambulâncias, de ambulatórios e de médicos, e motoristas, bem como a quantidade de leitos para atendimento, em consonância com o número de público esperado no evento, entre tantas outras.

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O ABC DA COMUNICAÇÃO

Essa legislação é que deve nortear o processo de planejamento pré-evento, de forma que o mesmo seja feito sem que se coloquem as pessoas em risco e sem que o evento possa “cair”. A grande dificuldade reside no fato da legislação ser municipal e - com isso - haver uma grande variação nos processos, procedimentos, prazos e exigências de uma localidade para outra. Assim, um evento deve ser planejado com toda a antecedência necessária e com toda a atenção à legislação vigente no local em que será promovido. Fica então a lição:

“Evento é coisa séria, precisa ser bem planejado e deve atender à legislação local, mas, sobretudo, deve estabelecer uma relação de respeito com o público, propiciando ao mesmo conforto e segurança, independente do custo que isso possa ter, evitando acidentes mais graves”.

Altair Scheneider Mestre em Comunicação Social, professor

dos

cursos

de

Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo e Sócio Diretor da Promolegis. altair@oabcdacomunicacao.com.br

Escritor, mestrando em Comunicação



Ma rônicas de Propaganda

Mesas de Compra Em 24 de novembro de 2002, o jornal Propaganda e Marketing publicou um artigo no qual eu falava do sofrimento de um publicitário argentino que não conseguia mais negociar com seus clientes, porque os “bolseros,” uma espécie piorada de bureau de mídia daquele país, destruíram a relação de sua agência com um de seus mais importantes clientes. O arrocho pela rebaixa de preços na compra de espaço foi tão grande e vantajoso para o cliente, que ele passou a empregar a mesma técnica para forçar a agência a rebaixar seus preços de criação, produção e até a repassar para sua caixa registradora, uma grande parte dos honorários de veiculação pagos pelos veículos.

Vejo que - ultimamente - já não se fala tanto de bureaux de mídia, mas sim, de umas tais mesas de compras. É preciso tomar muito cuidado porque, se isso pegar, elas vão se prestar - principalmente - para enfraquecer ainda mais um dos lados, a agência e, convenhamos amigos; parceiro fraco não é bom parceiro.

Humberto Mendes

E a agência, para não perder o cliente, aceitou as regras desse jogo maldito e foi obrigada a reduzir seus ganhos, trocar seus profissionais por outros, evidentemente, de preço e de qualidade inferior. Falando agora com esse mesmo amigo argentino, soube que ele fechou as portas de sua empresa e, hoje, trabalha numa outra agência que sempre foi maior do que a sua. Essa atual agência resistiu até meados do ano de 2009, mas com certeza não vai aguentar a mesma pressão que ele sofreu em 2002. Não deverá ir muito longe, pois já está trilhando o mesmo caminho de redução de custos, contratação de mão obra inferior, redução de salários, repasses e mais repasses de tipo de valores e, lamentavelmente, deverá ser mais uma boa agência a encerrar suas atividades.

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O ABC DA COMUNICAÇÃO

Humberto Mendes é Vice-Presidente Executivo da FENAPRO.
Trabalhou nas principais agências publicitárias do País, como a DPZ, ArtPlan, Rino, entre outras.
Foi Superintendente da ABAP, Gerente de Marketing da Fundação Bienal de SP; escreve para vários jornais do Brasil e acaba de editar seu segundo livro sobre propaganda. Escritor, Mestre em Comunicação

Gráficas

Bolseros, Bureaux,

Isso é uma prova irrefutável de que esse tipo de pressão sobre preços, enfraquece sempre a parte mais fraca, nesse caso a agência, que vê seus valores não só financeiros, mas principalmente, seus históricos valores morais e profissionais serem dilapidados, por um implacável comprador que só sabe comprar preços e descontos e não percebe o mal que está causando à sua própria empresa como anunciante que, a partir daí, não mais terá um mínimo de moral para exigir a qualidade que vinha recebendo, enquanto reconhecia e pagava o preço justo e honesto pelo trabalho da agência que lhe atendia.

Infraestrutura

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Tra

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Propaganda

Agências Digitais

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Limpeza Comunicação Visual

Fornecedores

Alimentos e Bebidas

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Pesquisa Alimentos e Bebidas

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Tecnologia

Órgãos Públicos

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Mídia Indoor

Freelas

Iluminação

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Som

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Interatividade

Mídia

Transportes Viagens


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Planejamento na Comunicação

rtigo

Só sei que

nada sei.

A frase acima, muito conhecida, atribuída a Sócrates (nota: se você é uma das pessoas que vou criticar mais a frente, é melhor explicar que estou falando do filósofo, não do jogador, embora o saudoso jogador também fosse um pouco de filosofar... ), tem repercutido na minha cabeça como um mantra. Estou falando nisso porque tenho certeza de que não faço a mínima ideia de como será planejar a comunicação nos próximos anos. Li, nas edições de setembro e outubro da Revista VIP, matérias sobre o Facebook e o Google. Recomendo. Os textos apontam tendências. E essas devem mudar o jeito de buscar e abordar o consumidor (seja ele de produtos, serviços ou informação). Dia desses, estava passando minha vida profissional em revista. Se a gente consegue, depois de um tempo, analisar as coisas com frieza, posso garantir que faz bem. Principalmente, porque nos aponta o que realmente somos, nosso defeitos, as coisas que poderíamos ter feito melhor e tudo o mais. Sabe o que percebi? Que eu tinha várias certezas. Pior que isso: convivi com gente que tinha mais certezas do que eu. Isso foi decepcionante. Quando penso a comunicação, sempre parto do princípio de que não há certezas. Acredito em possibilidades, acredito muito em tendências. Acho até que as coisas feitas de uma certa forma fazem mais sentido do que se fossem feitas de outro. Mas eu acho, acho, acho. É isso. Eu acho. Ultimamente, tenho ficado perplexo com o número de certezas que as pessoas têm. Leio artigos e colunas em que opiniões são colocadas como verdades absolutas. Quase sempre me assusto ainda mais quando vejo que os “certezeiros” são jovens, gente que nem chegou nos 40. A certeza acomoda. A dúvida incomoda. O consenso é conservador. A divergência é revolucionária (certeza que você sabe o sentido em que emprego a palavra). Estou, então, dizendo que temos uma juventude acomodada e conservadora? Infelizmente, penso que sim. E essa galera já está ocupando postos de decisão nas empresas. Gente que procura o caminho mais seguro, sempre. Não estou falando em transformar os negócios em um cassino e passar o tempo todo “apostando” em alguma coisa. Estou falando em dar espaço para o diferente, o inovador.

decepcionado. Acho que a turma que está chegando (com raras e brilhantes exceções) ainda não está se aproveitando das possibilidades. Minha geração cresceu com sete canais de TV aberta. Quando estávamos entrando na universidade, veio a MTV. Quando estávamos saindo dela, veio a TV por assinatura, em seguida uma internet (que não tem nada a ver com a de hoje) e a telefonia celular. Então, até temos uma desculpa. O acesso à informação exigia um certo esforço (sic) e, principalmente, nos obrigava a fazer uma coisa que nem existe mais: ler. Essa geração já nasceu com 200 canais de TV, conheceu outra versão da internet na adolescência e carrega smartphones no bolso. Então, se o sujeito gosta de futebol, ele tem uma dezena de canais de TV, milhares de sites e blogs, Youtube, acesso rápido e gratuito a tudo, fora os meios impressos que necessitam de um tipo especial de habilidade (capacidade de ler e entender textos). Sabe o que estão fazendo? Exatamente isso: devorando tudo a respeito de um único assunto. Então, tem gente que é super especialista em...Luan Santana! Porque hoje é possível passar 24h consumindo informação sobre um único assunto. Por mais irrelevante que ele seja. Pior, parece que a inclusão em certos grupos depende de uma certa imbecilidade. Ou então, o que justifica que um bando de universitários que comem bisnaguinha e tomam toddynho ouçam “proibidão” nos seus carros comprados pelos papais, em um volume insano, proporcionado por caixas seladas instaladas no porta-malas? Ou que se pague para votar no BBB? Oi? No meu tempo (coisa de velho dizer “no meu tempo”), o conhecimento era um pouco mais valorizado. Agora ele é chato! Melhor investir em peitos falsos, roupas falsas, perfis falsos, conversas falsas. Essa aparente cultura do quanto pior melhor, deve estar deixando meus amigos criativos meio confusos. Como é que se cria, utilizando referências bacanas, para uma galera que não tem referências e também não está nem aí para elas? Oremos para que seja apenas uma fase... Acho que o tiozão aqui está meio azedo, né? Então vou concluir logo. E depois você me diz se faz sentido. Como é que alguém pode ter certeza a respeito de alguma coisa com um cenário desses? O PDV vai mudar, inclusive de lugar. O que se entende por fazer mídia vai mudar. A forma de abordar o consumidor vai mudar. Os veículos vão mudar (a bem da verdade isso tudo já está acontecendo). No meio disso, você tem uma massa que ainda não se sabe o que pensa, como pensa ou se pensa. Certeza que não vai ser fácil.

Fabio Eloi de Oliveira

O que poderia ser consolador, é saber que essa turma será substituída em breve. Sim, a “minha geração” dará lugar a uma moçada hiperconectada, aberta ao novo, criativa, revolucionária, certo? Aí é que fico preocupado. E, confesso, ando meio

Escritor, Mestre em Comunicação Social, professor dos cursos de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo.

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fabio@oabcdacomunicacao.com.br

O ABC DA COMUNICAÇÃO


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O ABC DA COMUNICAÇÃO

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oz da Agência

Logotipo ou Logomarca, qual o termo correto? Esse assunto me deixou “encucado” diversas vezes. Desde que comecei atuar no segmento de comunicação para empresas, tenho ouvido e discutido esse tema dentro das agências e também com os clientes, que nesse caso não tem obrigação de saber o termo correto do serviço que estão contratando. Assim como acontece nos outros segmentos, nós precisamos de uma nomenclatura comum para os termos de design, mas por quê? “Para que todos possamos falar a mesma língua dentro da nossa profissão”, escreveu Laura Vollmer na abertura do ABC da AGD¹, nosso glossário de verbetes de design gráfico. Já ouvi e li todo tipo de argumento contra e a favor do termo “Logomarca”, desde profissionais experientes da área, filósofos e escritores respeitados por suas obras. Esse comentário não pretende colocar um ponto final na discussão, nem favorecer um tema ou outro, mas sim mostrar a minha opinião. Logomarca “passou a ser sinônimo de símbolo e Logotipo”, na verdade “quer dizer absolutamente nada”, como mostra abaixo uma ótima explicação de Ana Luisa Escorel². LOGOS em grego = CONHECIMENTO e também PALAVRA.

Portanto GRAFIA-DA-PALAVRA ou PALAVRA-PADRÃO faz sentido, mas analise essa combinação: PALAVRA-MARCA ou CONHECIMENTO-MARCA tem alguma lógica para você? Na minha opinião, não quer dizer nada. Afinal, Logomarca está errado? Até hoje ainda não foi comprovado e não existe nenhuma convenção oficial que prove o erro, inclusive alguns defensores do termo, dizem que esse a palavra está em alguns dicionários. Por outro lado, comparando os dicionários Michaelis, Aurélio e o dicionário da Academia Brasileira de Letras, encontramos uma confusa pluralidade de significados, até aqui não chegamos a nenhum resultado concreto, por isso que esse tema me intriga. Para concluir, eu acho que o foco dessa discussão não deveria ser sobre existir ou não uma palavra ou outra, mas sim sobre os termos que “todos nós” queremos adotar. A definição de um termo oficial para o design é mais uma fase do amadurecimento e reconhecimento da nossa profissão³, que ainda é muito jovem. Se um dia houver um significado único para todos, eu poderia utilizar a palavra Logomarca, enquanto isso não acontece, prefiro ficar com os termos definidos e sem equívocos: Símbolo, Logotipo e Assinatura. 1. ABC da ADG, Comissão de Ensino 98 / João de Souza (edição), ADG Brasil, 2000. ADG - Associação dos Designers Gráficos do Brasil 2. ESCOREL, Ana Luiza.”Logomarca? Que é isso?. In: Revista Design Gráfico, n. 14, pp. 52-54. São Paulo: Market Press, 1997; republicado como “Logomarca, por quê?” em seu livro O Efeito Multiplicador do Design (São Paulo: Editora Senac, 1999, PP.56-58). 3. Referência do artigo originalmente publicado no site Webinsider, em 20 de março de 2009, e revisto pelo autor Guilherme Sebastiany, no livro Logotipo vc Logomarca, Renato Faccini pela editora 2AB.

TYPOS em grego = PADRÃO e também GRAFIA.

Voz da agência é um espaço

para que todos os profissionais de agências do ABC possam expressar suas diversas opiniões sobre os mais variados assuntos do mercado da comunicação. Escreva seu artigo! Queremos muito ler o que você tem a dizer. Envie seu artigo com até 3000 caracteres , com foto e mini CV para contato@oabcdacomunicacao.com.br

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André Corrêa André Luis Corrêa é Publicitário, Designer Gráfico, Sócio/Diretor de Criação na Agência YEP!. Formado pelo Universidade Paulista com 04 especializações na ESPM (Direção de arte, Marketing Direto e Branding), já desenvolveu na sua carreira mais de 30 marcas nacionais.

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atéria

:dos Classificados nos anos 70 à glória do novo milênio A Agência Octopus foi a grande vencedora do 1º Prêmio O ABC da Comunicação, que aconteceu em setembro. Após intensa participação popular e uma série de avaliações de experts da área de comunicação, profissionais, campanhas e o presidente do Grupo Octopus, foram agraciados com prêmios e mais prêmios. Mas esta agência não chegou onde está por um acaso. Teve seu inicio há 35 anos e é fruto da persistência e competência de jovens idealizadores. Um destes jovens, é Paulo Cesar Ferrari, presidente do Grupo Octopus, que começou sua trajetória no mundo publicitário aos 24 anos de idade. Ainda um rapaz sonhador, uniu-se aos seus colegas da primeira turma de formandos do curso de publicidade da atual Universidade Metodista de SP para fundar a Octopus Comunicações. Em companhia nada mais, nada menos, de Paulo Rogério Tarsitano, Ademir Galvão, Gil de Godoy, Honório Fugimoto, e Marco Antônio Zamborlini; Paulo Ferrari iniciou o que seria um marco na história da publicidade na região do Grande ABC. “Era 1978 e naquela época houve uma mudança na região. O Jornal News Seller passou a ser Diário do Grande ABC e os contatos comerciais que lá existiam, foram incentivados a montar suas empresas de propaganda. Desta forma, várias agências surgiram, mas o perfil era outro: eles faziam anúncios classificados e estavam totalmente focados no mercado anunciante”, explica Ferrari. No entanto, a proposta da Octopus era totalmente diferente disso. Como os primeiros graduados em publicidade e propaganda da Metodista, queriam praticar a realidade de uma empresa

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de marketing e não de classificados. “Com o pensamento de que podíamos fazer algo completamente novo para o mercado da região, fomos bater de porta em porta - nas empresas, principalmente, das montadoras de veículos. E o mais engraçado, é que – na maior parte das vezes – éramos barrados pelos próprios guardas da entrada, que sempre nos diziam que a empresa já tinha uma agência de propaganda ou mesmo, nos mostravam a placa na portaria que já anunciava o nome da agência que respondia pelos anúncios daquela empresa. Só que aquilo não tinha nada a ver com o nosso negócio, era uma outra coisa. Por isso, tivemos que fazer um trabalho de formiguinha, ir aos poucos, para conseguir mudar toda uma cultura dentro das organizações e mostrar o nosso trabalho”, diz. Após quatro anos de intensa busca por afirmação e já com certo reconhecimento, apenas dois sócios, Paulo Ferrai e Honório Fugimoto continuaram na Octopus, sendo que os demais saíram para fazer carreira acadêmica. Desta forma, buscaram renovação: “A Octopus sempre foi voltada para ser completa naquilo que oferece para o mercado, sendo departamentalizada desde aquela época. E tínhamos os colaboradores junto de nós, pessoas de renome e muita competência. Porém, existiu um período em que a gente formava pessoal na região e depois acabava ficando manco, porque a grande agência vinha e tirava nossos talentos. Por isso, decidimos reverter isso. Buscamos bons profissionais, oferecemos bons salários, com boa retribuição, para tê-los


junto de nós e isso acontece até hoje. Foi uma mudança de atitude corporativa que fez toda a diferença”, afirma Ferrari. E completa: “É muito bom ser berço de talentos, é muito importante e nunca nos furtamos a nossa historia, ao contrário, sempre conseguimos gerar bons profissionais, mas precisávamos de pessoas que quisessem estar aqui e, hoje, é exatamente isso que acontece. Somos A agência foco dos bons profissionais”, finaliza.

Apesar disso, sabemos aproveitar muito bem este entusiasmo, utilizando estes talentos e conduzindo-os por um caminho de brilhantismo. Na Octopus sabemos reconhecer esta geração como a grande diferença, hoje”, exalta.

Talentos da Nova geração Após intensas batalhas, a Octopus Comunicações firmouse como a maior agência de comunicação do Grande ABC. Conquistou muitas contas importantes, inclusive por todas as regiões do País, e livrou-se do estigma de ser menor só por estar no ABC. Atualmente, possui em seu cast, talentos de todas as faixas etárias, sendo fiel aos ideais de seus fundadores. “Aqui, na Octopus, temos um grupo bastante heterogêneo. Existem as pessoas de cabelo um pouco mais branco, outros sem cabelo, uns veteranos. Ao lado, já encontramos jovens recém-formados cheios de gás. Isso, para mim, quer dizer somente uma coisa: o jovem chuta a bola lá na lua e o veterano diz em que altura essa bola vai ficar. Isso que é legal. Porque conseguimos equilibrar bastante a coisa. A responsabilidade da sustentabilidade e tudo mais, tem que estar inerente ao nosso trabalho e isso é o mais importante. É o entusiasmo aliado à experiência”, diz o veterano Ferrari. Outro aspecto que Ferrari fez questão de exaltar foi o fato de que a geração Y é quem domina o mundo – no momento. E esta geração não busca mais a satisfação de um emprego garantido, ela quer ser dona do próprio nariz, quer mostrar a que veio. “Esta geração não está apegada a absolutamente nada, apenas aquilo que a satisfaz, que traz prazer. Por isso, existem tantas agências na região, que são construídas - em sua maioria, por jovens empreendedores.

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Prêmio O ABC da Comunicação Como foi ganhar tantos prêmios?

Ferrari Maravilhoso. O reconhecimento da Revista foi muito importante para nós. Antes, chegamos a ganhar outros prêmios, mas que não tinham o reconhecimento regional como foi desta vez. Foi muito importante, porque veio para mostrar o nosso trabalho um pouco mais para dentro de casa. Qual sua reação ao ser homenageado como o profissional referência?

Ferrari

Uma emoção só. Porque eu posso ser antigo, mas não sou velho! Eu não esperava isso, nem imaginava que ia ter isso. O Luciano Bonetti escondeu tudinho de mim. As pessoas aqui todas sabiam, e todo mundo escondeu de mim. Mas o reconhecimento para a gente é importante, é minha historia, minha dedicação. Fiquei igual pai fresco, muito emocionado. Depois de grande parte da nossa vida dedicada a construir o que ainda estamos construindo aqui; ausente da minha vida particular (quase não vi minhas filhas crescerem), porque no fim você acaba meio que casando com a empresa; então – de repente - dentro da sua casa, no teu terreno, no seu ambiente, onde há sua maior inspiração, reconhecem o seu talento, a sua referência. Isso pra mim é motivo de orgulho imenso e aí, percebemos que a responsabilidade passa a ser maior. Porque não me acomodo. Quero continuar a ser referência e sempre vou ajudar os jovens no que precisarem. Porque só vamos ser cada vez mais fortes, se também houver empresas fortes na região, tornando-se grandes veículos de massa. Como foi participar da premiação e - melhor ainda – ganhar inúmeros prêmios?

Ferrari

Eu confesso que a surpresa sempre vem carregada de sentimentos de alegria, mas – na verdade - você sabe o talento que tem dentro da casa. Nós nos preocupamos sempre em fazer um trabalho que agregue valor, com muita qualidade. Por isso, não nos inscrevemos em todos os segmentos que eram permitidos, e sim em todos que achamos estar aptos a ganhar e assim foi feito. Em todas as categorias em que concorremos, fomos agraciados com alguma premiação, o que sinaliza que podemos nos inscrever em outros prêmios. Consideramos também, participar da banca julgadora se a Revista nos convidar. O fato é que queremos estar presentes no desenvolvimento de todos os trabalhos dentro da nossa região. Por isso, quando formos chamados, certamente vamos participar, porque o que vale mesmo é a satisfação de estar lá. Teve até o Rodrigo da Atta, que colocou no facebook que estava preocupado com meu joelho de tanto que eu subia naquela escada pra receber prêmio. Ele mostrou um carinho, uma reverência, que eu faço questão de retribuir. Então para nós, é muito importante que isso continue. Não só eu subindo as escadas para receber prêmios, mas sim ajudar a que outros subam esta escada e sejam tão premiadas como foi a Octopus. E essa é a minha verdade, do fundo do coração.

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Como foi para a equipe receber estes prêmios? As campanhas, as pessoas individualmente. O que mudou para estas pessoas? Foi um incentivo a mais para o ano que vem?

Ferrari

Olha só, a metida da Simone (Herrera), entra sorrindo, toma “pancada” o dia inteiro e sai sorrindo da agência. Ela foi a mais votada na categoria dela e a mais votada entre todos os votados. E isso é muito legal. Quero abrir um parêntese aqui para dizer que o Rodrigo, da Atta, que recebeu o prêmio de melhor mídia no lugar do Celso Kenzo, tem que dar um valor para este prêmio do tamanho do mundo. Porque o Celso é – pra mim – o melhor profissional de mídia que vi nos meus 35 anos de atividade. De verdade, ele é extremamente talentoso, dedicado, preocupadíssimo com a empresa, comprometido em todos os sentidos, brilhante. Mas tenho certeza que em outra oportunidade, o talento do Celso será reconhecido. Neste momento só digo que o prêmio está em boas mãos. Quais os desafios e expectativas para o próximo ano e para a próxima premiação?

Ferrari No segmento de propaganda, o grande diferencial é fazer todos os dias o novo, aquilo que ainda não foi tentado, ou transformar receitas conhecidas em novas fórmulas vitoriosas. Ter ganho os prêmios, foi um grande incentivo a desenvolver soluções cada vez melhores para os nossos clientes, que sejam eficazes e eficientes a ponto de se consagrarem como cases e desta forma - estarem aptas a participar do concurso no próximo ano. Vamos estar presentes e com muita garra. Creio que o mesmo efeito que a premiação provoca na agência, por correlação também provoca no mercado, ou seja, é um grande incentivo para todas as agências.


35 anos de Inovações e Campanhas Marcantes A Octopus se orgulha de sempre buscar a inovação, sendo a primeira Agência do País a utilizar sobrecapa em jornal, a chamada “orelha” para um anunciante e de fazer o envelopamento de ônibus. Ambas as ideias copiadas a exaustão no Brasil inteiro. Além disso, há a participação ativa em movimentos regionais do Grande ABC, como a criação da Agência de Desenvolvimento Econômico, do Consórcio Intermunicipal e também o Fórum de Cidadania. Algumas campanhas foram inesquecíveis e trouxeram grande visibilidade à Octopus, como o lançamento da coleta seletiva em Santo André, uma campanha feita para o Semasa – Saneamento Ambiental de Santo André; também para o Diário do Grande ABC, Filtros Fram, Buzinas Fiamm, Turbos Garrett, De Nadai, Papaiz, Toyota, Komatsu, Plasvale, Cristais Hering, Colégio Singular entre outros. Outras marcantes são algumas feitas para a Coop, que também trouxeram grande impacto, como o trabalho de mudança de nome e marca – de Cooperhodia para a Coop, que é um case da agência, tanto no aspecto de convencimento interno, (diretoria, fundadores, colaboradores) como também nas campanhas externas, para fixação e posicionamento da marca. Para este cliente são memoráveis também algumas campanhas de aniversário, que envolveram promoções criadas e desenvolvidas pela agência, que acabaram inclusive sendo premiadas, além do reconhecimento do cliente.

Profissional do Ano Simone Herrera – produtora da Octopus foi a grande vencedora do prêmio profissional do ano, obtendo a maior votação entre todas as categorias. Abaixo, ela nos conta como foi ter este reconhecimento: Qual sua real expectativa para o prêmio? Esperava ganhar?

Simone Eu estava torcendo muito para ganhar, divulguei bastante o prêmio, mas em se tratando de voto popular o resultado é totalmente inesperado, então eu tentei me preparar para os dois resultados. Quando recebeu a premiação como melhor produtora, qual foi seu primeiro pensamento?

Simone Na hora nem consegui pensar em nada, fiquei bastante emocionada, foi uma honra. Me preparei para os dois resultados, mas acho que nunca é como imaginamos. A emoção é sempre mais forte, esse tipo de reconhecimento é muito gratificante e também algo inédito para os profissionais do ABC, foi muito especial. Você foi agraciada como a profissional mais votada entre todos os demais. Qual a sensação de estar no topo?

Simone Essa, sim, foi a maior surpresa. Primeiro porque eu não sabia que haveria essa premiação e, depois, porque mesmo que soubesse, jamais imaginaria ser a ganhadora. A princípio foi um grande susto que depois foi dando espaço pra muita alegria. O que mudou após esta “avalanche” de reconhecimento?

Simone Bem, estou com um sorriso no rosto que não se desfaz de jeito nenhum. A área de produção é bem estressante, é muita pressão para atender prazos apertadíssimos sem abrir mão da qualidade e sempre brigando pelo melhor preço, esse reconhecimento deixou o dia a dia um pouco mais leve. Sendo a melhor, você se torna referência. O que pode dizer para incentivar os profissionais que almejam ser como você?

Simone

Acho que qualquer que seja a área ou a profissão, devemos gostar e nos dedicar ao que fazemos, sem isso é muito difícil alcançar o sucesso. Quais suas expectativas para o próximo ano?

Simone Seria ótimo estar entre os três melhores novamente e, melhor ainda, levar outro prêmio pra casa.

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Criatividade

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A maioria dos colegas comunicadores vai entender este título, afinal começar a trabalhar em casa, juntando poucos e talentosos amigos no tempo extra para criar, é quase uma tradição da nossa área.

algum instrumento musical espalhado pelo ambiente, a geladeira sempre é generosa em relação às cervejas e o videogame, para depois do expediente, é praticamente um ritual.

Seja para - inicialmente - reduzir custos, seja para implementar uma ideia ainda desacreditada ou, ainda, para comer o bolo de chocolate que a solidária mãe de algum deles fez. A verdade é que – atualmente eu conheço muita gente disputada no mercado que começou, literalmente, de pijama.

Talvez por conseguirem manter esse clima ameno, costumam registrar pouca rotatividade de pessoal e consequentemente grande cumplicidade entre os criativos. Para inovar num campo pouco explorado como este, no qual tudo está por fazer, é fundamental confiar na equipe.

Será que é por isso que a maioria dos alunos publicitários já vai de pantufa para a formatura?

Campanhas no Twitter, jogos para celulares, aplicativos no Facebook e eventos para divulgar o perfil de uma marca entre internautas influenciadores estão entre os recursos para divulgar os clientes na rede --e também fora dela. Mais do que entreter, a marca tem de prestar um serviço e gerar resultados.

As apostas nas redes sociais tornaram este ambiente informal ainda mais propício. Hoje, é perfeitamente possível trabalhar em casa, no carro ou na espera da consulta médica. Um tablet ou um smartphone possibilitam esta prática tranquilamente; óbvio, desde que haja disciplina e uma mente brilhante por trás da tecnologia. Conheço agências consideradas pequenas, mas que trabalham para gente grande. E tudo isso pela inovação nas redes sociais em ramos até então considerados tradicionais, como alimentos, telefonia, automobilismo e muitos outros, que até pouco tempo só delegavam suas ações de publicidade às maiores agências do país. Alguns destes empreendedores até já atuaram em grandes empresas, mas não negam que foram os jobs extras em casa que encorajam a deixar o emprego fixo para criar o próprio negócio. Todos com inícios muito parecidos: chamavam amigos para ajudá-los, alugavam uma pequena sede e, conforme os trabalhos iam surgindo, contratavam mais gente. Particularmente, eu adoro o clima informal destas agências, que geralmente têm

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Por isso, coloque sua roupa fashion para dormir e aposte num pijama bem criativo, quem sabe ele não será seu uniforme da sorte?

Luciana Patara Redatora desde 1984 (sim, ano que me alfabetizei)

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O ABC DA COMUNICAÇÃO

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Brazil Promotion 2013 apresentou inovações para os eventos esportivos do ano que vem Evento aconteceu nos dias 07, 08 e 09 de agosto, no Expo Center Transamérica e teve como tema “Os craques da área promocional vão entrar em campo”. Maior feira de live marketing da América Latina surpreendeu pelas grandes novidades e tendências apresentadas nos três dias. Todos os estandes tinham alguma inovação para mostrar, sempre com o foco nos eventos esportivos da Copa do Mundo e Olimpíadas, que já movimentam e aquecem o mercado desde o ano passado. Com cerca de 250 expositores, o Brazil Promotion recebeu mais de 12 mil visitantes durante os três dias. E a Revista O ABC da Comunicação marcou presença, sendo a primeira empresa do Grande ABC a participar de um evento como este. Os estandes estavam preparados para surpreender os visitantes e nossa equipe destacou algumas campanhas como as mais interessantes e que – com certeza – farão diferença nos eventos que acontecerão em 2014. Algumas ideias já estão em uso em outros países, como os Estados Unidos, e apresentam grande aceitação junto ao público em geral como o Funclick Stickers – que imprime fotos, customizando adesivos em 10 segundos; a Funclick Móbile – que utiliza tablets para tirar fotos, enviar por e-mail e redes sociais, coletando os dados dos clientes participantes; e a IMaxFun – que cria personagens com as fotos dos clientes, permitindo brincadeiras e personalização das imagens. Idealizados pela empresa Funclick, todos estes produtos têm função interativa,

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chegando para estreitar e divertir os relacionamentos entre as organizações e seus clientes. No setor de brindes, o destaque ficou por conta da Fábrika de Eventos que apresentou a Cabine Fotográfica que fala com os convidados, proporcionando diversão e descontração enquanto os mesmos tiram fotos, que serão entregues como lembrança. Mais uma inovação da empresa é o mural de chroma key, no qual as pessoas tiram fotos que serão montadas em paisagens ou locais turísticos famosos do Brasil. Esta imagem será customizada em um portalápis ou outro objeto que o cliente desejar, tornando-se uma lembrança única e muito divertida para qualquer tipo de evento. Já em marketing promocional, propriamente dito, vimos que a MCG Solutions apresentou muitas novidades, com grande impacto visual para os PDVs. Uma delas é o Papel Luminescente, uma espécie de mural programado para acender e apagar em horários determinados. Trata-se de um papel adesivo, pouco mais espesso que uma folha de sulfite, maleável, a prova d’água, que pode ser alimentado por bateria ou transformador. A visão de uma marca ou de um produto comercializado neste display fica extremamente clean e chama muito a atenção. Com tanta tecnologia envolvida, pode-se questionar que o preço seria alto, mas a surpresa é que o produto possui um valor altamente competitivo e faz toda a diferença em qualquer estabelecimento.


Outro produto da empresa, feito exclusivamente para o PDV é o Display Flutuante, um acrílico que flutua sobre uma base e chama muito a atenção. Funciona com um imã escondido dentro do produto e suporta até cinco quilos. Neste caso, a MCG faz todo o projeto e personalização dos acrílicos, com o formato que o cliente desejar. Segundo Pedro Villano, sócio-diretor da MCG, “nossa empresa está sempre em busca do novo. Procuramos atender aos clientes, trazendo soluções tecnológicas, focadas no ponto de venda e este é um dos nossos carros chefe na feira”.

grande quanto se tivesse dado certo. Por isso, precisamos de gente muito especializada, capaz de responder ao anseio de um novo tipo de consumidor. Aquele que deixou de ser um cliente passivo em frente à TV, rádio, etc. Agora, ele quer experimentar, quer saber a verdade, quer que o produto entregue o benefício que está oferecendo. É questionador, tem atitude e a gente tem que entregar isso para ele. Desta forma, tivemos que mudar a forma de fazer comunicação. E – atualmente - a comunicação ao vivo é a que traz resultado”.

Em sua 11ª edição, a Brazil Promotion é – hoje – o principal evento deste segmento no País e um dos maiores do mundo. A expectativa para a apresentação das tendências e novidades é muito grande e há participantes de todas as empresas que se interessam pela perpetuação de suas marcas entre o público consumidor.

Para atender este novo consumidor, as empresas de Live Marketing estão se superando e as novidades apresentadas na feira foram muitas; porém um aspecto – em especial - chamou a atenção dos profissionais que visitaram o evento: o fato das agências de comunicação estarem investindo na especialização e fornecimento de serviços em Live Marketing.

Kito Mansano, presidente da Ampro, exaltou o excelente momento para as ações de Live Marketing, inclusive dando bastante destaque para o estande totalmente repaginado que a Ampro presentou este ano: “Resolvemos participar da Feira de forma mais agressiva, através de um grande parceiro. A Ampro sempre teve a característica de fazer parcerias menores, mas com a nova gestão, decidimos inovar. Até porque, é um evento que tem realmente uma importância no mercado de promoção e as empresas vem buscar as referências, as novidades, e não podíamos deixar de estar aqui para receber os associados, estando presente de maneira muito participativa”. De acordo com Mansano, “o mercado de live marketing está mudando e as dificuldades de se fazer ao vivo, são enormes. Se uma ação não for muito bem planejada, pode dar certo ou errado, e se der errado, a repercussão é tão

Sobre isso, Kito Mansano fez questão de alertar que o expertise faz toda a diferença: “ O caminho que as agências estão trilhando é maravilhoso. Mas não podemos esquecer que, apesar das agências convencionais terem um poder econômico enorme, com condições de realizar excelentes planejamentos, estruturados do ponto de vista da comunicação; quando chega na parte de Live Marketing, sempre acabam pecando pela falta de experiência e conhecimento. Por isso que, quem quer fazer um trabalho de excelência em Live Marketing tem que – obrigatoriamente – buscar a especialização” e completou “Eu, como diretor ou sócio de uma empresa, hoje, buscaria uma agência para divulgação convencional, mas em Live Marketing, preferiria uma empresa focada especificamente neste segmento para colocar meu produto”.

Auli De Vito

(CEO da Forma Promocional

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Foto: Priscila Cardoso (Comunicação/Art)


Foto: Priscila Cardoso (Comunicação/Art)

Eduardo Santos e Rodrigo Messias da ATTA Propaganda são recebidos por Luciano Bonetti

O fato das agências estarem mais interessadas neste segmento, no entanto, só demonstra que o setor – super aquecido – está em alta. Porém, para fazer bem feito, é necessário que a empresa seja muito focada no segmento que atua, utilizando bons profissionais, experientes, curiosos, com ânsia de aprendizado, já que as empresas de Live Marketing estão se modernizando, criando cada vez mais novidades e abrindo um leque de opções incríveis, através da diversificação. Segundo Auli Devito, CEO da Forma Promocional, “após mais de uma década de feira, o que mais me chama atenção – hoje – é o fato de termos tantas empresas, de tantos segmentos diferentes no setor de live marketing. Se você me perguntar qual é o perfil da feira, eu diria que é de marketing de experiência. As pessoas vivenciam essas novas experiências, conhecem produtos de interatividade com o consumidor. Não é somente uma visita à feira, é viver uma experiência”, diz. Neste ano, a Feira decidiu abrir ainda mais os setores e incluiu o segmento de varejo como um grande nicho a ser trabalhado. Para o ano que vem, a expectativa é de que haja ainda mais a ser mostrado para o visitante. “a ideia é – a cada edição – incluir mais novidades do que já mostramos e oxigenar ainda mais o evento para que seja sempre atraente para o público visitante”, finaliza Devito.

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O ABC da Comunicação é o primeiro veículo do Grande ABC a ter um estande no Brazil Promotion Idealizada para dar visibilidade ao setor de comunicação da região do Grande ABC, a Revista e Portal O ABC da Comunicação investe cada vez mais em eventos capazes de gerar recursos para o setor. Com o pensamento arrojado e vanguardista do Publisher Luciano Bonetti, a empresa marcou presença na Feira Brazil Promotion 2013, inaugurando uma nova visão de fazer comunicação e divulgação do que há de melhor no ABC. Para Bonetti, estar na maior feira de Live Marketing da América Latina, é fundamental para o conhecimento e reconhecimento das empresas de comunicação do Grande ABC. “Temos que mostrar a força do ABC no setor de comunicação e marketing. Aqui, falamos e damos muita


visibilidade para as 150 agências que temos cadastradas na região, falamos dos veículos e das 400 empresas que recebem nossa revista. Divulgamos os polos moveleiro, de design, petroquímico, de cosméticos e da indústria automotiva que atuam há muito tempo no ABC ”, diz. Além disso, o estande da revista, foi o ponto de encontro dos profissionais das agências do ABC. “Tivemos muitos parceiros para realizar esta exposição, como a Forma Promocional; o patrocínio e apoio da Umesp, da Casual Eventos, da Empório Estandes e da Cine Foto Rudge, que está fazendo a cobertura do evento. Assim, conseguimos unir todos pelo bem comum”, exalta. Como não poderia deixar de ser, a experiência de estar em um evento com esta magnitude, foi extremamente positiva para todo o mercado publicitário da região, já que muitos dirigentes de marketing nem sabiam da existência de tantas empresas de comunicação no ABC.

“As pessoas se espantam quando descobrem que temos 150 agências cadastradas, pois pensavam que existiam duas ou três no máximo”, diz Bonetti. Com cerca de 12 mil visitantes e 250 expositores, Bonetti diz que a importância e expectativa de retorno criada em torno desta exposição foi muito grande. “Nós conseguimos muita visibilidade, principalmente através do contato com os dirigentes do setor, o que deve ampliar ainda mais a distribuição da Revista. Ampliando a distribuição, levamos os profissionais e empresas da região junto com a gente, o que vai – consequentemente – gerar mais negócios e movimentar o setor do Grande ABC, que é nosso principal objetivo”, finaliza.

Kito Mansano, Presidente da Ampro, visitando o estande do ABC da Comunicação

Sócios da Applause

Foto: Priscila Cardoso (Comunicação/Art)

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Marketing Esportivo

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Patrocínios, fatalidades e “respingos” - Parte 2 Logo após a distribuição da edição anterior de “O ABC da Comunicação” – quando, neste espaço, foram abordados as fatalidades e os “respingos” do patrocínio – o blog de Erich Beting de 8 de agosto último, informou: Em setembro de 2012, 67% dos entrevistados diziam que apoiavam as marcas patrocinadoras da Fifa. Em julho de 2013, já sob efeito dos protestos, o índice caiu para alarmantes 32%. Sim, é isso mesmo! Se, antes de o primeiro evento-teste da Fifa ser realizado, dois terços da população estavam ao lado das marcas patrocinadoras, agora o índice caiu pela metade. Pior ainda é a associação direta – e negativa – que as pessoas começam a fazer entre a marca e o evento. Em 2012, apenas 3% dos entrevistados achavam que era ruim uma empresa apoiar a Copa. Em julho último, este índice saltou para 22%. Isso traz outro impacto direto que foi medido pela Nielsen. Diminuiu também a vontade de comprar produtos dos patrocinadores oficiais da competição. Em 2012 o índice era de 58% e, agora, é de 31%. Por que o brasileiro está pensando dessa forma em relação às marcas e à Copa do Mundo no Brasil? Já foi discorrido nesta coluna, sobre a importância das empresas terem outros propósitos além do lucro, já que estamos em plena “era dos danos”: quando marcas, sem compromisso verdadeiro com aspectos sociais e ambientais, deixam de ser compradas por consumidores conscientes, que crescem com a velocidade da troca de informações pelas redes sociais, que por sua vez, são as disseminadoras desses multiplicadores de opinião. Pois bem. Aquelas marcas que despertam admiração da opinião pública – porque investem em ações sustentáveis, socioeducativas, socioculturais e socioesportivas, além de respeitarem os seus consumidores com produtos de qualidade e serviços de excelência – passam à margem de situações delicadas não previstas, ligadas à um patrocínio; ou seja: essas marcas se garantem, pois não haverá manifestação contra gastos governamentais com eventos esportivos, que respingue nelas. É como se fosse aquele jogador, que a torcida preserva em uma derrota por goleada, porque constatou dignidade, esforço e amor à camisa por parte dele, enquanto o resto do time é vaiado e xingado. São três os principais retornos que as empresas querem, quando fecham um patrocínio: visibilidade, good will e ativação de marca. Todos levam a uma potencial venda e, em muitos casos, à fidelização de consumo; portanto, são consequência dos três tipos de retorno esperado.

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VISIBILIDADE. Se ela, ainda que expressiva, não é positiva – devido ao histórico da marca, à sua conduta frente a questões socioambientais e aos casos notórios (ainda que poucos) de desrespeito com consumidores – não há patrocínio esportivo que resista ao desgosto da população em relação à empresa. A mídia espontânea gerada pelo esporte é expressiva, impactante e massiva, principalmente por uma Copa do Mundo, mas não pode ser negativa e gerar rejeição. GOOD WILL. Como conseguir simpatia, favorabilidade e boa vontade para com a imagem da marca patrocinadora, se ela faz tudo ao contrário no evento perante seu público? Obriga-o a comer um único tipo de lanche há dois quilômetros do estádio, por exemplo, não lhe oferecendo as opções que desejar para sua alimentação? Pode-se ter boa aceitação de uma marca, se ela não lhe forçar a nada; garantindo a liberdade do cidadão, que paga elevado preço para um evento como a Copa. Aí sim. ATIVAÇÃO. Nada de constrangimentos, filas ou desconfortáveis e complicadas mecânicas. As ações relacionadas ao evento devem garantir plena satisfação às pessoas participantes, que devem ficar encantadas, bem impressionadas; posicionando o conceito desejado da marca na memória e instalando felicidade no coração delas. É a ótima recordação dos momentos vividos, que vai influenciar na escolha futura da marca, no supremo instante da compra de um produto ou do uso de um serviço. Espero ter respondido àquela primeira pergunta da coluna: “por que o brasileiro está pensando dessa forma em relação às marcas e à Copa do Mundo no Brasil?” Mas tem outra muito mais difícil de responder: o que os patrocinadores da Copa devem fazer agora? E aí, se desdobram outras. Qual será o efeito de novas iniciativas? Vai parecer falso? O brasileiro estará receptivo? Estaremos em um momento diferente em 2014? Certo mesmo é a constatação do gasto clichê, o velho ditado: mais vale prevenir do que remediar!

José Antonio Fardo José Antonio Fardo é jornalista, publicitário, mestre em Comunicação e Mercado e professor de Planejamento e de Marketing Esportivo nos Cursos de Publicidade e Propaganda e de Comunicação Mercadológica da Universidade Metodista de São Paulo. jfardo@oabcdacomunicacao.com.br


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1º Congresso Brasileiro de Live Marketing reuniu profissionais de comunicação em evento grandioso Live Marketing pode ser considerada como uma nova denominação para o antigo marketing promocional, porém, esta mudança significa muito mais que uma simples nomenclatura. De acordo com experts do setor, esta é uma mudança de atitude, de ares e – principalmente – um sinal de um novo momento. Pensando nisto, a Ampro (Associação de Marketing Promocional), reuniu-se com as mais de 35 agências cadastradas para realizar o 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing. O evento, inédito, aconteceu nos dias 28 e 29 de julho último, no WTC Business Club, em São Paulo, e contou com a presença maciça de dirigentes do segmento Promo ou Live de todo o País. Além disso, fizeram-se presentes fornecedores, estudantes, representantes do poder público e da imprensa e algumas personalidades internacionais. Uma das questões mais importantes discutidas no congresso foi a definição de Live Marketing, sendo que, logo de cara, os convidados já se deparavam com um

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vídeo de – aproximadamente – cinco minutos – resumindo em imagens e frases curtas, o conceito de “fazer ao vivo”, da “união da emoção com a verdade” e de “experiências únicas”, todas essas sensações provocadas pelos melhores players, executivos e agências que desenvolvem e fazem crescer cada vez mais este mercado tão significativo.


De acordo com Kito Mansano, presidente da Ampro, “o chamado marketing promocional ficou pequeno. Agora eventos, campanhas, encontros, entre outros, fazem parte do planejamento. Estamos falando da parte viva e ao vivo do marketing”. Para Iberê Barbosa, co-patrocinador do evento e XX da Vale Presente, “houve uma virada do mercado. Até o próprio nome saindo de um marketing promocional para um live marketing. Neste momento, queremos que, com base no comitê da Ampro, regulamentemos o quanto antes o nosso mercado”, diz. Durante os dois dias de evento, a AMPRO preparou diversas atividades organizadas por experts do setor. Os temas debatidos foram focados em marketing de incentivo, trade, logística e estudos acadêmicos. Luciano Bonetti, coordenador do curso de Comunicação Mercadológica da Metodista, liderou o debate sobre as novas diretrizes do ensino superior focado nesta área. “O encontro aconteceu em um momento oportuno, pois o Ministério da Educação está em plena discussão de novos caminhos para os cursos desta área. O nosso mercado precisa participar destas discussões e dar a devida importância para as disciplinas que envolvem o Live Marketing”, diz Bonetti. Para Adilson Mota, diretor de criação da Banco de Eventos, “É imprescindível que o mercado pense na formação desta nova geração. Estamos em um momento de transformações e as pessoas se perguntam, como eu faço, como estou preparando o novo profissional? Na verdade existe muito pouco trabalho em relação à isso e essa discussão está apenas começando. Mas se mostrou muito promissor e é algo que me interessa, especialmente porque já fui professor e sei como é difícil as entidades educacionais formarem profissionais ou, pelo menos, indicarem, induzirem este jovem para o nosso caminho. Por isso, é muito importante esta discussão. Acho que a bola está na nossa mão”, diz. A maneira como o consumidor final enxerga uma marca e seus produtos é o foco do live marketing, que tem por objetivo maior estreitar o relacionamento com o cliente, além de proporcionar uma experimentação única e real. Este é um dos fatores mais importantes na formação dos novos estudantes deste segmento e requer uma atuação estratégica, capaz de identificar todos os caminhos possíveis que atendam ao cliente e atinjam em cheio os consumidores. Kito Mansano (Presidente da Ampro)

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e participando de todas as palestras. É exatamente isso que precisávamos. Nós estamos vendo que no mercado - atualmente – temos a propaganda e marketing e o marketing promocional, sempre dividindo a verba em 50% para cada um. Então é fundamental estar dentro destas atualidades que temos visto por aí, falando sobre tributação no nosso mercado, de como se comportar perante o cliente, enfim, foi muito importante e, vamos estar presentes nos próximos”, diz entusiasmada.

Jorge Medauar (Cia Group)

E o marketing promocional que - antes - era visto apenas como demonstração/degustação de produtos, tornase cada vez mais importante e de uma magnitude tão ampla, que movimentou em 2012, cerca de R$ 40 bilhões, apontando um crescimento de 17% em apenas um ano. Com tanto em jogo, a Ampro seguiu um processo natural ao planejar este congresso, pois os profissionais do setor estão cada vez mais se especializando no segmento, porém, ainda não possuem normas definidas. Para Mônica Schiavo, diretora executiva da Ampro, “as expectativas de público foram em muito superadas. Houve participação de todas as agências, dos principais players e, também, de muitos clientes. Isso foi o mais surpreendente para nós, pois atingimos o que era o nosso principal foco: ter o cliente aqui para escutar um pouco do nosso lado, das nossas questões; começar uma interface, uma comunicação mais estreita com estes clientes”, diz. Ainda de acordo com Mônica Schiavo, a organização deste evento foi extremamente trabalhosa e consumiu sete meses de trabalho intenso: “Tudo saiu do jeito que a gente previu, pois a equipe estava muito envolvida em todo o processo. Não tínhamos nenhuma experiência neste tipo de evento, um congresso que é – naturalmente – mais complexo - mas o resultado foi maravilhoso do ponto de vista da organização e, principalmente, pelo conteúdo, pelas discussões, enfim dos temas carregados de tanta importância para um setor em franco crescimento”, exalta. Profissional do Atendimento da fornecedora de Live Marketing, M Checon, Carolina Simões exaltou o evento como uma grande oportunidade de trocar e conhecer mais sobre tudo relacionado ao setor: É realmente um privilégio estar aqui como fornecedor, neste momento,

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Sobre um novo Congresso para o ano que vem, Mônica Schiavo informou que ainda não há um planejamento específico sobre o assunto: “Pretendemos fazer novas reuniões como esta, com certeza, e já vamos começar a pensar no próximo Congresso para aprimorarmos ainda mais esta fantástica experiência. Porém, ainda não definimos como serão as próximas edições, que podem ser anuais ou bianuais. Enfim, o que temos de certo é que já vamos planejar tudo isso com muito mais antecedência e tranquilidade”, finaliza.

O que foi tema do Congresso Foram montados cinco comitês especializados para a realização dos debates, sendo: - - GEA – Grupo de Estudos Acadêmicos da AMPRO, que discutiu os novos caminhos acadêmicos nos cursos de comunicação; - Comitê de Planejamento Logístico, com o tema “A contribuição da Logística para a Evolução do Live Marketing”; - COVIA – Comitê de Operadoras de Viagens de Incentivo debatendo “O papel das operadoras de viagens de incentivo e sua relação com as agências de Live Marketing”; - Comitê de Marketing de Incentivos que abordou “A evolução do Marketing de Incentivo integrado ao conceito de Live Marketing” e “A legalidade das premiações em campanhas de incentivo segundo o Direito do Trabalho”; - Comitê de Trade Marketing que discutiu o “Live Marketing e tendências mundiais: expectativas do varejo em relação à indústria e ao setor de serviços”.


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Posicionamento, mais do que político, estratégico. Se eu lhe perguntar qual é a pilha que dura, qual é o magazine que lembra mulher, qual o melhor sabão em pó ou qual é o produto que é mil e uma utilidades, você certamente saberá responder por uma simples razão, são produtos bem posicionados na mente do consumidor. No universo político acontece o mesmo, pois os candidatos mais lembrados na mesa do bar, na reunião de família ou numa roda de colegas são aqueles que possuem grande visibilidade e um posicionamento mais definido. Só pra começar, responda... quem é o candidato que “rouba, mas faz”? Qual é o grande partido dos pobres, humildes e trabalhadores? Sempre que desenvolvemos uma campanha para um bem de consumo, um serviço ou uma marca, devemos considerar, entre outras coisas, o posicionamento estratégico do produto em questão, pois é a forma imediata com que ele é lembrado pelos consumidores. Um produto bem posicionado na mente do consumidor tem muito mais chances de ser identificado e reconhecido entre tantos outros. No marketing político e eleitoral, como vemos, o conceito também se aplica, entretanto muitos acabam confundindo posicionamento político com posicionamento estratégico. O homem público começa se posicionar na escolha do partido, que definirá seu status entre centro, esquerda ou direita, moderado ou radical, e ainda se ele faz parte da oposição ou da situação. Esse é o posicionamento político do candidato, é real e verdadeiro, mas será suficiente para tornar o candidato reconhecido e lembrado pelo eleitor? É preciso muito mais, até por que o posicionamento estratégico está no imaginário, não precisa acontecer de fato, basta estar consolidado na mente do eleitor. No marketing político, a comunicação deve reforçar para os eleitores o posicionamento do candidato. Caso ainda não exista um posicionamento definido, é aconselhável criá-lo. Para os candidatos que disputam eleições proporcionais, associar seu nome a um nicho específico pode significar diferencial e reconhecimento. O vereador das creches, o candidato dos evangélicos, o deputado que incentiva o esporte, o senador que luta contra a corrupção e assim por diante.

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No caso das eleições majoritárias, onde apenas um candidato sai vencedor, focar em um nicho apenas não é recomendável, pois pode não atingir a maioria dos interesses da população. Nesse caso o posicionamento deve ser mais amplo e genérico, como por exemplo, o governador do desenvolvimento, o presidente dos trabalhadores ou o prefeito da modernidade. Ter um argumento forte e destacado reforça a imagem e a chance de ser lembrado. Fernando Collor – “que tem aquilo roxo” - se elegeu presidente em 1989 com o slogan “o caçador de marajás”, fazendo direta alusão ao combate à corrupção. Jânio Quadros era o homem da vassoura, para varrer a bandalheira do país. Fernando Haddad, em São Paulo, está se tornando o prefeito dos transportes públicos, bandeira que levantou durante a campanha.

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Sua história, sua personalidade, suas características pessoais e especialmente sua atuação política ou profissional, podem definir a imagem e posicionamento do político. Mesmo sem pensar muito as pessoas propagam frases como “Se o Serra for eleito, a Saúde vai melhorar”, por que ele ficou marcado por seu trabalho como Ministro da Saúde e isso definiu sua imagem mais relevante. Ou então, “Eu voto no PV, porque é um partido moderno e sustentável”, e mesmo que não seja de fato, é assim que ele está consolidado na mente dos jovens eleitores. Podemos citar outros tantos exemplos como o saudoso senador Romeu Tuma que representava a segurança pública, Cristovam Buarque, o homem da Educação, a deputada Luiza Erundina, fortemente ligada às causas sociais e outros. Posicionamento não se questiona. É uma ideia que se fixa naturalmente na mente da grande maioria das pessoas, no caso, dos eleitores.

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Para estabelecer o posicionamento estratégico de um político é preciso visibilidade e repetição, por isso a comunicação precisa ter foco, atuando no sentido de criar ou reforçar um diferencial. Posicione! Quem sabe se você não vai criar a campanha do “OMO” dos candidatos ou da “Brastemp” dos partidos políticos.

Evandro Gallão

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Publicitário, consultor de Marketing Político, sócio diretor da MarketMidia Propaganda, professor de Planejamento de Campanha e Mídia na Universidade Metodista de São Paulo evandro@oabcdacomunicacao.com.br

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Marketing Político


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DE CASO COM A S.H.I.E.L.D.

O agente Coulson (Clark Gregg) está bem vivo na nova série

A AGÊNCIA SECRETA QUE FORMOU O GRUPO DOS VINGADORES GANHA SÉRIE PRÓPRIA PÁG. 18

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SÃO PAULO Quinta-feira, 26 de setembro de 2013 Edição nº 1.639, ano 7 MÍN: 10° MÁX: 19° sunny www.metrojornal.com.br | leitor.sp@metrojornal.com.br | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metro sunny

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Cai número de assassinatos em São Paulo

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O índice de homicídios foi o mais baixo dos últimos 12 anos, mas roubos e latrocínios tiveram alta PÁG. 03

Presidente Dilma falaem a 1995 em Estocolmo, na Suécia. Chegou ao Brasil em 2007 e já é o maior jornal do país. “O Metro foi criado Lei Maria da Penha investidores estrangeiros Sempre entregue gratuitamente nas mãos do seu consumidor. em seminário nãooportunidades reduziu mortes No Brasil, sópromovido o Metro jornal tem a força da cobertura nacional com sotaque regional. Oferece na pelo Grupo Bandeirantes estima quede dados mídia impressa, ações de ativação, sampling e projetos especiais desenvolvidos de acordo Levantamento com a necessidade continuam os mesmos em 5 anos PÁG. 05 comunicação. e Metro Jornal em parceria com oCom Goldman Sachs uma única autorização se pode atingir os leitores de toda a rede Metro. E, em cada cidade, há a possibilidade de um anúncio diferente, em Nova York ESPECIAL 7 A 10 de uma ação dirigida ou de uma promoção localizada.” Tudo

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A presidente Dilma Rousseff durante o seminário na sede do banco de investimento Goldman Sachs, ontem, em Nova York | LUIZ C. RIBEIRO/ METRO

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Corinthians fica no 0 a 0 com o Grêmio

metrojornal.com.br no 1 jogo das quartas da Copa do Brasil o

e chega a sete jogos sem vitórias PÁG. 21

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DANILO VERPA /FOLHAPRESS

Mídia & Dados é um espaço para


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Planejamento Estratégico

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Pessoas nã o compram o que você faz Pessoas compram o porquê você faz. Por ministrar palestras com certa frequência, acabo convivendo com pessoas que tem como trabalho pensar no nosso cotidiano profissional para direcionar a carreira dos seus clientes, seja em coach, palestras ou até mesmo conselhos de bar. Pra mim isso é maravilhoso, já que acabo convivendo com pessoas que agregam muito a mim e ao meu modo de viver. Em uma dessas datas, almoçando com os demais palestrantes, lembro que alguém comentou que ninguém compra projeto de nossas empresas sem nos comprar antes. Ou seja: ninguém procura uma mecânica, mas um mecânico; ninguém procura um hospital, mas uma equipe médica; ninguém procura uma agência de comunicação, mas um profissional ou grupo de profissionais em específico. Pensei nisso e reparei que é exatamente assim que as coisas acontecem. Em toda minha carreira, poucas vezes vi um cliente se relacionando com a agência em que trabalhava por conta do nome que ela tinha (nestes casos, sempre os relacionamentos se tornaram curtos), mas sim por conta do bom relacionamento que tinha com o Atendimento, acreditar nas ideias “daquele cara da Criação”, ou por confiar no pessoal da Produção. Normalmente, estes clientes fechavam negócios por causa de pessoas com nome e sobrenome, e não por conta do status da agência. Se você acredita nisso, certamente deve ser um profissional melhor. Melhor porque sabe que a equipe da agência na qual trabalha é fundamental para o sucesso de cada projeto. Mais: melhor porque sabe que sempre que um cliente te procura e você (ou sua equipe) erra é o seu nome que estará em jogo. O resultado disso são projetos melhores – simples assim. Perder uma concorrência faz parte do jogo e muitas vezes é algo sadio (sim, sadio!), pois nos tira da zona de conforto e nos faz tentar ser sempre melhor. Porém, perder uma concorrência por conta de um projeto ruim ou mal elaborado não é sadio. Coisas assim podem manchar a imagem que aquele cliente tem de você. Porém, acredito que tem um

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segredo para que nunca apresentemos algo que venha a decepcionar um cliente que nos procura: fazer apenas e somente o que acreditamos. Se não acreditamos em uma proposta, em um projeto ou em uma forma determinada de nos relacionar com o cliente, não devemos seguir em frente. A longo prazo isso faz uma graaaaande diferença. Pessoas não compram o que você faz. Pessoas compram o porquê você faz. Não tenho dúvida alguma quanto a isso. Pessoas que acreditam no mesmo que você, estarão sempre comprando seus projetos, seus serviços e ouvindo suas propostas. Afinal, saberão que elas vem de você, e que tudo seu vem de algo no qual acredita. Ora, se nossos clientes perceberem que acreditamos no que dizemos, no que vendemos e na forma como trabalhamos, sentirão segurança quanto ao que é oferecido a eles. Caso contrário, mês após mês precisaremos provar às mesmas pessoas que nossos projetos devem ser aprovados e seguidos. Será que não é melhor provar uma vez só que cada um dos seus projetos é diferente justamente por ser o seu projeto?

João Riva Diretor sócio da Omelete Inteligência Integrada, professor de pós-graduação e MBA na FAAP e FIA, e convidado do Grupo de Estudos Acadêmicos da AMPRO. Formado em Publicidade e Propaganda pela Cásper Líbero e pós-graduado em Comunicação com o Mercado pela ESPM. Sua experiência profissional inclui atuação como Diretor de Marketing na Runner Academias e nas agências de Marketing Promocional: Banco de Eventos, DES+, Power 4, 1 Stop (Grupo Fisher América), SD Comunicação, entre outras.

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Energéticos ganham mais espaço no mercado de bebidas Normalmente associadas às bebidas alcoólicas, os energéticos estão se popularizando no Brasil. De acordo com a Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas, o consumo deste tipo de bebida aumentou 152% entre 2008 e 2011. É um nicho tão expressivo, que algumas marcas já lançaram suas bebidas em garrafas pet de dois litros. E é sobre isso que conversamos com Thiago Sodré, diretor de Marketing da Everlast Energy Drink.

Inicialmente, uma empresa do setor têxtil esportivo, quando e por que a Everlast entrou no mercado de energy drinks?

Thiago

Em 2007 um dos Sócios - Wellington Paschoal - que tem uma grande experiência no mercado de bebidas e trabalhou nas principais empresas de Energy, percebeu o alto crescimento do mercado. Apesar do projeto ser audacioso e diferente, ele sabia que precisaria não só de um produto de qualidade mas também de uma marca que tivesse a identificação com o segmento e transmitisse a real funcionalidade de um energy drink. Foi quando chegamos a Everlast que tem em seus pilares de comunicação as palavras “autenticidade”, “Força”, “Individualidade” e “Dedicação”. Depois de muito trabalho e investimento a Global Energy Ltda. conseguiu licenciar a marca Everlast e lançar no mercado brasileiro o primeiro Everlast Energy Drink. É importante dizer que o Everlast Energy Drink foi idealizado e criado aqui no Brasil, sendo uma experiência nova para a Everlast mundial que, agora, estuda junto com a Global Energy abrir novos mercados pelo mundo. Apesar da diminuição do mercado exterior para as bebidas energéticas, a Abir apontou que – no Brasil – este número vem crescendo. A que você atribui este crescimento?

Thiago O mercado de Energy no Brasil é muito recente e tem ganhado uma dimensão totalmente diferente nos últimos cinco anos, principalmente pelo investimento das empresas do setor em mostrar que o Energy drink é para ser consumido antes de alguma atividade física, em uma viagem, momentos que envolva a funcionalidade e isso tem acontecido cada vez mais, fazendo o Energy Drink aumentar seu share no setor de bebidas em geral.

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As bebidas energéticas – no mercado brasileiro – são comumente associadas a bebidas alcoólicas, porém procuram investir muito em live marketing ligado a eventos esportivos. Explique como é a

Thiago Trabalhamos para mostrar que o Everlast Energy é um produto funcional e para ser consumido em momentos em que é preciso uma energia extra. Temos investido em eventos e equipes, mas eu acredito muito no modelo de ação que fizemos no ano passado e que marcou o segmento. Colocamos 15 Vending Machines no Metrô de São Paulo, criando uma experiência nova no consumidor. No metrô, passam todos os dias indo ou vindo do trabalho, escola ou alguma viagem, quase quatro milhões de pessoas e, com esta ação, eles puderam ter um ponto de venda fácil, com custo justo e a bebida já saia gelada para o consumo. Podendo - assim - explorar o lado funcional do produto. Eu acredito muito em hábitos, não adianta queremos força um consumo. Temos que - aos poucos - com uma estratégia muito bem elaborada, fazer o consumidor entender a necessidade do produto. Atualmente, a Everlast possui as latas de 270 ml. Pretendem entrar no nicho das embalagens de litro? Pois já existem marcas que estão utilizando embalagens Pet, de 2 Litros, apostando no crescimento do setor no País.

Thiago Sabemos o share que as“pets”estão ganhando, principalmente nos Key Accounts, mas nosso trabalho com o Everlast Energy se resume a outro foco. Estamos criando uma marca com um produto de muita qualidade e não queremos perder isso. A Everlast tem sede em São Paulo – capital – como você enxerga o mercado do ABC para a estratégia da empresa?

Thiago Já fizemos diversas ações na região e acreditamos muito no potencial de consumo. Afinal, quando falamos em ABC, falamos em atingir sete cidades, com uma população de quase 2,5 milhões de habitantes. No entanto, ainda estamos trabalhando para ter uma cobertura maior e podermos atender melhor a região.


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Estudos e Pesquisa

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The Beatles: A imagem de uma marca eternizada A despeito de todo esforço empreendido pela mídia no sentido de desmistificar a imagem dos Fab-four pelo mundo, divulgando os eventuais desvios de comportamento, as posições extremadas sobre temas polêmicos ou, ao contrário, as omissões de posicionamento sobre temas que a sociedade considera fundamentais, os Beatles se constituem realmente num fenômeno não só musical, mas, também, cultural, político e - fundamentalmente - de Marketing. Quando vários teóricos procuram oferecer fórmulas para que as empresas consigam perpetuar sua marca no mercado, através de uma literatura imediatista e pontual, as fórmulas adotadas pelos gestores da marca Beatles, “tão contemporâneas quanto o disco de vinil” se mostram ainda eficientes e eficazes. O portal Exame publicou em 07/10/09 com o sugestivo título “A construção de uma marca eterna”, um artigo tratando do fenômeno representado pela marca Beatles. O recente lançamento das versões remasterizadas dos 14 álbuns do grupo inglês provocou uma verdadeira euforia no mercado fonográfico mundial. Vários recordes foram batidos, inclusive alguns inimagináveis, como a colocação de 5 dos seus álbuns entre os 10 mais vendidos do ano no ranking da Billboard. O recorde anterior era de Michael Jackson, com 3 entre os 10 mais vendidos. Foram vendidos em cinco dias, 2,3 milhões de cópias dos CDs e, simultaneamente, ao lançamento dos CDs, a MTV e a Viacom lançaram o Beatles Rock Band, um videogame que - em apenas uma semana entrou para o grupo dos cinco jogos mais vendidos nos EUA, Europa e Japão.

Research Institute, empresa americana especializada em comportamento, mostrou que os Beatles estão entre as quatro bandas favoritas de grupos de pessoas de todas as faixas etárias. E o que é mais interessante, a pesquisa também constatou que os Beatles estão em segundo lugar entre os astros pop mais admirados por jovens entre 16 e 25 anos, logo atrás de Michael Jackson. Mas administrar uma marca tão preciosa, é como cuidar da galinha dos ovos de ouro. Garantir que a marca esteja protegida ante a voracidade das empresas que procuram capitalizar para si um pouco do carisma dos Beatles, já provocou longas batalhas judiciais. Em 1987, a Nike foi processada pela banda por utilizar a música Revolution num comercial de TV. Os exintegrantes não foram consultados e cobraram 15 milhões de dólares na justiça. O comercial saiu do ar e chegou-se a um acordo, sem que o valor tenha sido revelado. Em 1976, Steve Jobs batizou sua empresa com o nome Apple, que havia sido usado pelos Beatles, oito anos antes, para nomear sua empresa a Apple Corps. Depois de 25 anos de briga, o caso foi resolvido. Na época noticiou-se que Steve Jobs desembolsou mais de 500 milhões de dólares. Num resumo desta obra, podemos entender que as fórmulas mirabolantes adotadas pelos marketeiros de plantão, visando perpetuar uma marca através de sua imagem percebida, podem não passar de mera retórica. Por trás de uma marca que quer ser percebida de forma positiva junto ao mercado, deve haver, além de estratégias de marketing bem planejadas, um processo de entrega de valor ao consumidor. Não fossem os meninos de Liverpool tão talentosos, e não tivessem sido guiados por profissionais sensíveis e pragmáticos ao mesmo tempo, pouco provável seria a manutenção deste fenômeno por tanto tempo.

Roberto Malacrida

Qual o segredo desta longevidade da marca, com o vigor mercadológico apresentado? Um controle rigoroso da imagem da marca Beatles pelos detentores dos seus direitos pode ser uma das explicações mais tangíveis. Ou, como bem qualifica o artigo do portal Exame; “Há muito marketing – bom marketing – por trás da marca Beatles”. O que se percebe é que existe uma renovação constante de fãs dos Beatles. Pesquisa da Pew

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Publicitário e consultor de marketing, é mestre em Comunicação Social com pós-graduação em Administração de Marketing. Foi executivo da Volkswagen e da Ipsos/Alfacom e atualmente é professor dos cursos de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo. Atua ainda como Consultor na área e pesquisa mercadológica da Agência Integrada de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo.


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Prefeitura de São Bernardo do Campo faz convênio com Sepexsp para padronizar publicidade exterior

Nova lei municipal 6245/2012, que regulamenta a padronização de engenhos publicitários (outdoors e painéis) foi aprovada em dezembro de 2012, porém não havia sido efetivamente aplicada até este momento. Com a assinatura do convênio com o Sepexsp (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Estado de São Paulo), a efetiva aplicação da lei começa a valer já em novembro deste ano. Conforme consta, a lei prevê a instalação de chips nos engenhos – contendo informações como nome da empresa responsável, tamanho e tipo de equipamento. Além disso, todos os fiscais da Prefeitura irão a campo munidos de smartphones - o que deve facilitar e acelerar todo o processo de fiscalização. Em todo o município de São Bernardo do Campo, existem cerca de 800 outdoors, sendo que 50% deles estão em situação de irregularidade. Para adequá-los à nova regra, haverá uma série de padronizações como tamanho, tipo de estrutura – não poderão mais ser confeccionados em madeira - altura e área total do engenho. Desta forma, serão cerca de 400 outdoors que serão retirados das ruas da cidade, assim que começar a fiscalização efetivamente. Um dos pontos mais importantes deste convênio, foi o acordo sobre a proibição de qualquer tipo de propaganda exterior em imóvel privado em um raio de 120 metros, próximos ao Paço Municipal, o que inclui os outdoors e painéis, além de banners, faixas, pinturas e cartazes (os populares lambe-lambes).

Dentro da cidade o tamanho dos outdoors deverá ficar entre 18 m² e 30 m², mantendo 50 metros de distância mínima entre eles. Já nas rodovias que margeiam o município, o tamanho deve estar em no máximo 75 m² e 18 metros de altura, com distância mínima de 100 metros entre eles. Para completar, não poderão ser instalados nenhum destes tipos de comunicação e propaganda em área de mananciais. De acordo com João Silva, presidente do Sepexsp, “o objetivo é que a lei possa ser cumprida e que a mídia exterior não seja agressiva, mas que tenha seu espaço garantido”. De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, os equipamentos utilizados pelos fiscais, bem como os chips com as informações, serão fornecidos pela empresa conveniada. Assim, todos os gastos financeiros referentes a esta ação, não serão incididos sobre o município. Para o prefeito Luiz Marinho, este convênio chega para colocar em prática o combate à clandestinidade e modernizar o sistema de fiscalização, “o outdoor e a propaganda atendem as necessidades do comércio local. A nova lei vai acabar com a poluição visual e, ao mesmo tempo, garantir espaço para a comunicação dos comerciantes e das nossas indústrias”, diz. E as multas pelo descumprimento às novas regras podem chegar a R$ 10 mil, sendo que o proprietário do engenho pode ter cassado seu alvará de instalação e, até mesmo, ter sua propaganda removida.

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Globes Awards Premia os melhores de 2012 em Live Marketing Fotos: Priscila Cardoso (Comunicação/Art) e Nilson Suguino (Cine Foto Rudge)

Evento realizado pela Ampro (Associação de Marketing Promocional), já está em sua 13º edição e é a etapa nacional da maior premiação em Live Marketing mundial, realizada pela MAAW (Marketing Agencies Association Worldwide) em mais de 25 países.

credibilidade e – este momento – é a celebração, o ponto alto de todo este processo”, exalta Monica Schiavo – diretora executiva Ampro. E, realmente, foi a coroação de um evento de grande magnitude para o setor, que premiou 19 agências, com 37 campanhas.

Aberto para todos os anunciantes, as inscrições puderam ser feitas em até 16 categorias do setor promocional. A premiação aconteceu em três etapas: regional, nacional e internacional. Todas as etapas são classificatórias para a fase seguinte, ou seja, é necessário vencer para seguir em frente.

“Na edição deste ano fizemos questão de ter representados, no júri, os diversos segmentos de interesse do nosso mercado: agências, acadêmicos, clientes e, sobretudo, participantes de todas as regiões do País. Um júri verdadeiramente representativo e plural. Foram 100 trabalhos votados, conseguimos abrir e desfilar todas as campanhas, submetêlas à discussão com todas as vertentes de opinião, em um clima de confiança, de responsabilidade e de mutualidade. Os jurados presentes ficaram satisfeitos e elogiosos com a seriedade do processo e com o trabalho da equipe. Restoume agradecer e vibrar. Acho que tivemos um dos melhores resultados de todos os tempos. O prêmio é realmente fantástico, vibrante!”, comemorou Wilson Soderi, diretor regional da AMPRO-Campinas, que neste ano estreou como presidente do júri nacional do Ampro Globes.

No dia 30 de julho, as agências vencedoras da etapa regional, participaram da festa de premiação nacional, ocorrida no WTC - em São Paulo, logo após a realização do 1º Congresso de Live Marketing. “Preparamos este evento com muito carinho, começando todo o processo em janeiro, preparando as etapas regionais, para finalizar com esta etapa nacional. Levamos este prêmio com muita seriedade no que diz respeito ao julgamento. Auditamos os prêmios, fazemos questão de primar pela qualidade. Algo que percebemos que tem sido cada vez mais reconhecido pelos jurados. Por isso ficamos muito orgulhosos de fazer uma entrega que é verdadeira, uma premiação série, de

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Entre os concorrentes, estavam várias agências do Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País, fugindo um pouco do eixo Rio-SP e dando a oportunidade de maior visibilidade aos profissionais talentosos que existem do Oiapoque ao Chuí.


Dirigentes do mercado de Live Marketing

A agência Tudo e a agência New Style foram as que tinham o maior número de indicações, seguidas pela agência Rock, todas sediadas na capital paulista. Na sequência, ganharam destaque a Mazah, de Porto Alegre, e a Marcativa, de Salvador, ambas com três indicações cada. A New Style confirmou estas indicações levando nada mais, nada menos, do que sete prêmios para casa, consagrandose como a grande campeã da noite. “É o reconhecimento do trabalho de toda a nossa equipe e do apoio dos nossos clientes, que confiam no nosso trabalho - sempre feito com muita paixão e dedicação. Só temos a agradecer”, comemora Alice Coutinho, sócia-diretora da New Style. Para Alexandre Godoy, da Mazah Live Marketing - que abocanhou vários prêmios, inclusive o de agência do ano na Região Sul, “ter ganhado foi muito especial, principalmente para nós que somos de Porto Alegre, uma agência regional. Temos uma atuação nacional, mas não possuímos a estrutura das nossas concorrentes, por isso, todas estas conquistas que tivemos aqui, é um desafio extraordinário”, diz. Neste mês acontece o Globes Awards Internacional e todas as agências ganhadoras da etapa nacional, conquistaram o direito de concorrer ao prêmio em NY. Kito Mansano, presidente da Ampro, fala sobre a importância deste tipo de reconhecimento: “o Ampro Globes Awards é um prêmio que fomos buscar fora do Brasil, exatamente por ter muito reconhecimento e ser voltado – exclusivamente - para o nosso segmento de live marketing. Acredito que tínhamos esta necessidade de sermos reconhecidos, com uma representatividade internacional. Hoje, a agência vencedora vai representar o Brasil em NY, demonstrando nossa ampla capacidade, com um time maravilhoso desde a criação, atendimento, planejamento, produção, enfim, um time de agências realmente fantástico”, diz entusiasmado.

Adilson Mota, Melhor Profissional de Criação

E este entusiasmo foi plenamente demonstrado durante a festividade da premiação. Todos os presentes puderam vivenciar novas e excepcionais experiências, enquanto aproveitavam da nova característica do evento. “Há cerca de dois anos, o prêmio não passava de um jantar, uma coisa mais formal, que não é muito a cara desta nova gestão da Ampro. A gente tem um estilo um pouquinho mais agressivo, então decidimos transformar esse evento em uma grande festa, uma balada gostosa, com entrega de prêmios. Também mudamos algumas categorias como a de profissionais de criação, de atendimento, produção e planejamento, que serão reconhecidos como indivíduos e não só por suas agencias. É o profissional em evidência, reconhecido no mercado” explica Mansano. Para Adilson Mota – direto de criação do Banco de Talentos, premiado como melhor profissional de criação de 2012, o evento coroa o talento, mas principalmente a dedicação de várias pessoas a um bem comum. “É maravilhoso ser indicado e melhor ainda ganhar, mas este prêmio não é só meu, é de todas as equipes que eu coordenei e dirigi nestes últimos anos, de todas as agências que me deram espaço pra isso e de todos os clientes que eu atendi. Estou muito orgulhoso, mas sei que meu trabalho não é nada sem muita gente e - realmente – falo isso com toda a sinceridade”, diz emocionado. Além disso, Mota acredita que o Brasil tem um potencial criativo inigualável e que fará bonito no exterior. “Falar em potencial – na verdade – é chover no molhado. De fato, eu acho que falta ao mercado arriscar mais, porque só ganha prêmios, quem se arrisca, quem se inscreve. A gente tem uma síndrome de falta de tempo para se inscrever, que tem que fazer job; quando na realidade ganhar um prêmio não e só uma massagem no ego de quem fez, é muito importante para o astral da agência como um todo; para ela se valorizar, para mostrar que ela tem um trabalho, e hoje eu vejo crescendo muito o interesse das empresas em se ver premiadas e isso é muito importante. Acredito até que nós - do mercado promocional - temos um pouco de vergonha de participar de premiações, mas a gente merece, a gente trabalha tanto, tem que ser reconhecido sim. Temos que mostrar que ser Live é ser orgânico, é ser vivo. Esta é a sensação que levo deste evento, estou mais vivo”, finaliza.

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Inovação

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Horizon Report Há alguns anos, um grupo de cientistas apaixonados por tecnologia e simpatizantes do tema, unem-se na difícil tarefa de desvendar – globalmente - aquelas tecnologias ou processos que mudarão a forma como o ser humano vive e se conecta com o mundo à sua volta. Tudo é feito pela internet e, o resultado dessa imensa discussão, é compilado num estudo intitulado Horizon Report, algo como Relatório do Futuro. Gosto muito do nome e da abordagem, pois - além de bastante subjetiva, ela consiste na visão não sistêmica, porém contextualizada sobre um futuro distante, neste caso - de seis anos. As tecnologias e processos são sempre colocados de dois em dois anos e para cada biênio duas tecnologias são apresentadas como revolucionárias, somando ao todo seis tecnologias em seis anos. O estudo desse ano, apresentado em setembro de 2013 e que revela novidades com relação ao ano de 2012, tem dois temas ligados à educação, o que reflete muito da preocupação global sobre a nova geração e seus pequenos cuidados com temas como direitos autorais e internet: Os chamados MOCS, ou Massive Open On Line Courses, já são hoje uma realidade e prometem mudar a nossa forma de encarar a educação nos próximos doze meses. O site Coursera (www.corsera.org) já possui – atualmente - mais de 1,5 milhões de usuários em cerca de 450 cursos de mais de 80 universidades globais de renome, todos gratuitos e com ferramentas de gestão de conteúdo de primeira. Precedidos pela inovação criada pela Khan Academy, financiada por Bill Gates, parece ser uma opção para classes menos abastecidas de recursos financeiros e que pretendem estudar em boas escolas. Tablet Computing aparece como a segunda tecnologia e que já é uma realidade. Pessoas têm tablets, mas muitos ainda não descobriram suas verdadeiras razões para comprar, o que se configura como uma tecnologia

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que muda o mundo mesmo. Games e Gamification surge como a terceira delas, modificando nossas vidas em dois ou três anos. O ato de colocar provas, objetivos e prêmios parece mudar mesmo a forma como viveremos daqui para a frente. Learning Analytics é a quarta das seis, mostrando que não somente provas e notas avaliam o ser humano, mas suas inúmeras interações com o mundo em que vive, suas contribuições em redes sociais, suas conexões no mundo real, enfim, tudo o que fizer de bom será avaliado, assim como o oposto também ocorrerá. Impressoras 3D são uma vedete no mundo moderno. O quinto dos seis pontos mostra que, não só armas podem ser impressas, mas também órgãos humanos para transplantes, alimentos, roupas e uma série de coisas que faltam hoje no mundo e que, a um clique, podem ser criadas modificando o mundo em menos de cinco anos. Wearable Technologies são as últimas a serem citadas no mesmo tempo das impressoas 3D, embora já apareçam para o mundo na forma de pulseiras que controlam seus sinais vitais, brincos que viram pen drives, anéis com leitura óptica, jaquetas que carregam celulares ou toda e qualquer tecnologia que possa ser vestida pelo ser humano. Horizon Report é um estudo sério, capaz de identificar com muita exatidão o tempo das mudanças. Vale a pena ver, vale a pena ler. Vale a pena saber como será o futuro. O seu, o meu, o nosso. Boa leitura.

Alberto Leite

Ana

Alberto Leite é professor de inovação e estratégia no MBA da FIA USP e CEO da Healthers.


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São Bernardo Futebol Clube lança revista para atender aos anseios de seus torcedores, que crescem a cada dia. Julio Oliveira, Representa da Revista, conversou com O ABC da Comunicação, demonstrando muito entusiasmo com este novo trabalho:

Onde a revista é distribuída? Qual o valor do exemplar?

Julio A revista é distribuída em repartições públicas, pontos comerciais nas principais avenidas de toda a cidade, algumas padarias em diferentes bairros, alguns condomínios da cidade, torcidas organizadas, para os sócio-torcedores, no estádio em dias de jogos e para as escolas do “Projeto Tigrinho”, um dos maiores projetos sociais do mundo onde estão matriculadas cerca de 6.500 crianças. Os exemplares são gratuitos.

A revista já está na segunda edição. Houve alguma ação de marketing para informar o lançamento?

Julio Fizemos uma campanha publicitária para o lançamento da revista. Foram veiculados diversos outdoor por toda a cidade. Além disso, informamos no site oficial do clube www.saobernardofc.com.br, ações por meio de nossa assessoria de imprensa e também divulgamos no aniversário do nosso presidente Luiz Fernando Teixeira no restaurante São Judas, onde estavam presentes mais de 3.000 convidados. Em breve faremos um evento de lançamento também.

Existem propagandas pagas (anunciantes) na revista? Ela é dirigida a quem?

Julio Nas primeiras edições foram poucas. Na verdade concentramos esforços para passar as informações do clube com qualidade ao nosso torcedor. Esta é a prioridade. Claro que os anunciantes ajudam a custear o projeto e estamos em busca deles, mas não para ganharmos dinheiro com a revista e sim para que a união da informação com qualidade e fidelidade do torcedor com o veículo dê retorno, credibilidade e valores para a marca do patrocinador.

Qual a peridiocidade, tiragem e número de páginas?

Julio

A periodicidade é mensal, 30.000 exemplares com 24 páginas inicialmente e o objetivo é aumentar. Quando surgiu a ideia de fazer uma revista sobre o clube e por quê?

Julio A ideia surgiu no ano passado. Aqui no São Bernardo Futebol sempre nos preocupamos em transmitir ao nosso torcedor, tudo o que acontece com o clube. A revista surgiu como mais um canal de comunicação entre o clube e o torcedor para que o mesmo esteja por dentro do seu time de coração. Quem idealizou o projeto?

Julio O projeto foi idealizado pelo presidente Luiz Fernando Teixeira e o diretor de marketing Matheus Ferreira. O Julio Oliveira auxiliou no desenvolvimento da revista e hoje coordena o projeto junto com outros colaboradores como a Kallyny Portugal (jornalista) e Raoni Gomes (Design Gráfico), além de fotógrafo e área administrativa. 56

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O valor de faturamento da revista é revertido ao clube?

Julio

Sim. Os recursos ajudam a custear o projeto. O time de futebol está disputando qual divisão do Brasileirão e do Paulista?

Julio Neste momento o time disputa a Copa Paulista. O campeão deste torneio garante vaga na Copa do Brasil 2014. O time disputou este ano o campeonato paulista e se manteve na elite do futebol para 2014. O nosso torcedor é apaixonado e garantimos a quarta melhor média de público do campeonato paulista 2013, perdendo apenas para o Corinthians, São Paulo e Santos e ganhando do Palmeiras. As matérias são apenas sobre o clube de futebol ou também noticia sobre outros esportes da cidade?

Julio Nas duas primeiras edições foram abordados assuntos relacionados ao clube de futebol, como a estrutura, torcidas, torcedores ilustres, projetos sociais, profissionais, time profissional e categorias de base, entre outros. Nas próximas edições exploraremos outros assuntos e, até mesmo, outros esportes.


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Concursos Culturais passam a ter regras mais específicas, impedindo seu uso como ferramenta de marketing promocional Nova Portaria 422, que regulamenta os concursos culturais no País, foi publicada em julho e traz diversas mudanças para o setor. Qual as principais regras regulamentadas por esta portaria?

Altair A portaria 422 do Ministério da Fazenda foi publicada em 18/07/2013 e tem o objetivo básico de propor a regulamentação do Concurso Cultural, especialmente no que diz respeito ao caráter “exclusivamente” cultural, esportivo, recreativo ou educacional. Essa portaria visa lançar uma luz sobre o assunto tão controverso de modo a caracterizar, por exclusão de hipóteses, o que não se encaixa na modalidade de concurso cultural. É importante salientar que o concurso cultural era utilizado pelas empresas com o objetivo de evitar o recolhimento das custas e taxas referentes às demais modalidades de promoção comercial, e era feito de forma contrária à lei, que existe desde 1971. No que ela difere das anteriores?

Altair

Essa portaria esclarece o que quer dizer a palavra exclusivamente, no contexto do artigo 3º da lei 5.768. Para tanto a mesma enumera diversas possibilidades de exclusão da promoção dita concurso cultural desta modalidade, tendo, então, de ser readequada para uma das modalidades de promoções que necessitam de Autorização da Caixa Econômica Federal ou do SEAE/MF.

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Quais os impactos reais que a portaria pode acarretar às agências de comunicação?

Tanto as agências de comunicação como as empresas que se Altair utilizam, como ferramenta promocional, da distribuição gratuita de prêmios, ficam praticamente, impedidas de utilizar a modalidade de Concurso Cultural uma vez que a portaria - ao esclarecer por exclusão quais as formas de não enquadramento, não deixa espaço para promoções culturais que tenham qualquer tipo de vínculo com a publicidade, promoção ou divulgação da marca ou produto, fazendo com que a promoção não tenha nenhum tipo de objetivo de marketing ou de comunicação ligado à mesma. Em sua opinião, esta lei veio para melhorar o setor?

Na verdade a lei sempre existiu, o seu uso que era desvirtuado Altair ao se desconsiderar o termo ”exclusivamente”, o que descaracterizava promoções com o intuito comercial e publicitário, ou seja, de aumento de vendas ou de comunicação, assim o setor fica mais“moralizado”pois evita-se o uso indiscriminado da modalidade ora regulamentada. Deixe suas considerações finais.

Altair É importante que as agências e as empresas se atualizem no que diz respeito ao conteúdo da portaria 422, de forma a evitar a sujeição às sanções previstas no art. 12º da Lei 5.768/71, que são, em resumo: impedimento de utilizar as promoções comerciais por dois anos e multa no valor de 100% do valor dos prêmios oferecidos, além do recolhimento das taxas e impostos competentes.


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Novos projetos, contas e contratações.

iro ABC IDigital – agência de SBC - conquista conta da Dolly, para trabalhar a imagem e fortalecimento da marca junto aos consumidores. Mais uma vitória desta Agência, que dá os primeiros passos com criatividade e ousadia. Jornalista Luciana Coutinho, chega para

formar nova equipe de jornalismo da Revista e Portal O ABC da Comunicação. Agência InComun, de S.C. do Sul, passa a trabalhar as contas da Gntec Gestão de Negócios e Tecnologia e a Ama Web Solution. O trabalho consiste no desenvolvimento de logotipo, identidade visual e manual do uso das marcas, bem como criação e desenvolvimento de materiais institucionais.

Duoeme, agência de S.C. do Sul – produz site para Conecta Empreendimentos. Com design moderno, o novo site foi desenvolvido em Wordpress e traz um visual muito mais dinâmico.

Arbor Comunicação chega ao mercado, oferecendo um leque de serviços especializados em assessoria de imprensa e mídias sociais. Localizada em SBC e criada por jovens jornalistas e publicitários, a Arbor disponibiliza ações em planejamento de comunicação, clipping, releases, mailings, comunicação interna, além de relatórios mensais, entre outros. Também possui produção de conteúdo, com desenvolvimento para publicações impressas e online, criação de projetos editoriais, gráficos, design de layout e parte gráfica de vários tipos de publicações. Para saber mais acesse o site www. arborcomunicacao.com.br

New Mind celebra a aquisição de três novos clientes - DASA, maior empresa de Medicina Diagnóstica da América Latina e quarta maior do mundo, conhecida por marcas como Delboni Auriemo e Lavoisier; Folhapress, agência de notícias do Grupo Folha, desenvolvendo o tradicional Jornalista calendário de final de ano, bastante aguardado pelo mercado e a Metalbrax, empresa jovem que vem apresentando exponencial crescimento na produção e fornecimento de elementos de fixação. A partir de agora, passa a contar com o suporte da agência para o aprimoramento de sua identidade visual, site e desenvolvimento de uma série de ações para apoiar seu trabalho.

Humberto Mendes – Publicitário de renome, VP Executivo da FENAPRO, assina a nova seção Crônicas do Mundo da Propaganda, que trará histórias interessantes de suas experiências no mundo da comunicação.

Mr. Jingles, produtora de áudio de SBC, produz música para a campanha da Agência New Mind, do novo Sistema de Limpeza de São Bernardo. O jingle acompanha os caminhões coletores e leva uma mensagem, marcando a ideia de sustentabilidade na mente da população. O jingle “A coleta seletiva está chegando” foi composto por Evandro Gallão, com produção e arranjos de José Miletto e voz de Carol Nascimento.

A Crucial Comunicação Integrada, de Santo André, lança a Revista Top ABC, editorial mensal, gratuito para moradores de Santo André e traz em suas páginas fatos do cotidiano de seus moradores. Em formato reduzido, perfeito para caixas de correio e consultas rápidas, o destaque é o conteúdo e o trabalho de apuração, a mais nova referência da região. “Nosso objetivo é oferecer à comunidade o que há de melhor no ABC paulista. Queremos que a população tenha acesso às pérolas da região. Vamos começar por Santo André, mas em breve estaremos também em São Caetano do Sul e em São Bernardo do Campo”, diz Renê Castro, diretor da Crucial Comunicação.

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Para sua Biblioteca Você sabia que o cheiro de carro novo que acompanha os modelos recém adquiridos vem em uma embalagem aerosol e é aplicado no momento em que os veículos deixam a fábrica? Ou que a crocância dos cereais Kellog, que é marca registrada, foi desenvolvida em laboratórios de som? E que muitos adolescentes reconhecem um par de jeans Abercrombie & Fitch não pela modelagem, mas pelo cheiro? No mais importante e criativo livro sobre a forma como os sentidos afetam nossas decisões de compra diária, o guru do branding Martin Lindstrom revela como as empresas e os produtos mais bem-sucedidos do planeta integram tato, sabor, cheiro, visão e som com resultados assombrosos. Em conjunto com o instituto de pesquisa Milward Brown, o inovador estudo global de Lindstrom revela como somos escravos dos nossos sentidos. Mas prepare-se: depois de ler este livro, você nunca mais vai ver, ouvir ou tocar qualquer coisa, dos tênis de corrida ao seu automóvel, da mesma forma.

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Os Odiados

Cartunista: Mario Mastrotti | www.cartunistamastrotti.com.br O ABC DA COMUNICAÇÃO

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a Para que servem os prêmios? rtigo

Várias vezes, ouvi dos críticos da atividade publicitária e de comunicação (e até de alguns clientes) a seguinte pergunta: para que, afinal, servem os prêmios? Então, já que esta é uma edição comemorativa da primeira edição do prêmio O ABC da Comunicação, vou tentar responder o que penso e o que já foi meu argumento algumas vezes. Em primeiro lugar, tenho uma explicação psicológica. Publicitários dormem pouco, têm uma carreira estressada, vivem ouvindo nãos, críticas sem fundamento e outras bobagens, de todo o tipo de gente. Então, por que não compensar um pouco do sofrimento com uma boa premiação, de preferência com uma grande festa? Mas essa é a explicação menos importante. A que vale mesmo vem agora.

Criação e Mercado

trabalho, dos clientes e até dos consumidores. Se, além disso, trabalharmos pensando que vamos ter críticas externas, de profissionais de outras agências, de um júri técnico, a nossa tendência é fazer ainda melhor, imaginando como as ideias que tivemos vão ser recebidas pelo “mercado”. Então, simplificando, prêmios servem para aumentar o padrão dos trabalhos. Não porque não fazíamos melhor antes por preguiça, mas porque temos mais um motivo para nos preocupar com a qualidade. Para ter certeza de que tudo fica melhor quando há premiação, é só observar os prêmios já estabelecidos, no Brasil e no mundo. Cannes, Clio, Caboré, os anuários dos Clubes de Criação e inúmeros outros exemplos servem muito para que tenhamos clara a ideia de que, com uma boa premiação, séria, criteriosa e profissional, o mercado só tende a se fortalecer. E isso pode ser visto nos vencedores deste ano. Trabalhos importantes que, com verbas grandes ou pequenas, conseguiram se destacar no meio de um universo de agências, veículos, fornecedores e anunciantes. Afinal, se estamos em uma das mais importantes regiões econômicas do país, por que não podemos ter um dos mais importantes mercados da comunicação? Aproveito este espaço para parabenizar todos os vencedores, com destaque para a Octopus, a agência do ano. Também não posso deixar de desafiar quem não participou: que tal mostrar seu trabalho para todo o mundo no ano que vem?

Kleber Carrilho

Nós trabalhamos com coisas pouco palpáveis, que são as ideias. Todas elas têm argumentos favoráveis e contrários, e passamos o tempo todo tentando, além de desenvolvê-las como grandes soluções de comunicação, fazê-las passar pelo crivo das críticas, para que os consumidores entendam, confiem e se apaixonem pelo que dizemos. Por isso, quanto mais críticas, melhor. Críticas como sinônimo de construção, não o famoso “não gostei”. E elas têm que ser nossas, dos nossos companheiros de

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O ABC DA COMUNICAÇÃO

Kleber Carrilho é doutor e mestre em Comunicação Social, professor dos cursos de Publicidade e Propaganda e de Comunicação Mercadológica da Universidade Metodista de São Paulo e de pós-graduação em Gestão de Comunicação e Marketing da ECA/USP, pesquisador do CEACOM/ECA/USP e consultor da MHYanaze & Associados. Foto: Márcia Garçom kleber@oabcdacomunicacao.com.br

Ana


O ABC DA COMUNICAÇÃO


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