de uma visão macroscópica. Em 2007, porém, nenhuma estava disponível. Nenhuma escola do mundo oferecia um currículo integrado, concentrado nas tecnologias em crescimento exponencial. Talvez tivesse chegado a hora de um tipo novo de universidade, apropriada a um futuro de mudança tecnológica rápida e concentrada em solucionar os grandes desafios do mundo. Un iversid ad e d a S in g u larid ad e As primeiras universidades se dedicavam aos ensinamentos religiosos, a primeira de todas tendo sido uma escola budista criada na Índia no século 5. 16 Essa prática continuou ao longo da Idade Média, quando a Igreja católica foi responsável por muitas das grandes universidades europeias. 17 O fundamento da fé pode ter mudado, mas a metodologia básica não mudou. O aprendizado baseado em fatos dominava. A ênfase na memorização mecânica perdurou por mais de um milênio até o século 19, quando o objetivo mudou da regurgitação de conhecimentos para o encorajamento do pensamento produtivo. Com alguns detalhes a mais ou a menos, é por aí que estamos hoje. Mas quão adequadas são as instituições acadêmicas atuais para enfrentar os grandes desafios do mundo? O diploma de graduação moderno tornou-se o domínio da ultraespecialização. Uma tese de doutorado típica enfoca um tema tão obscuro que poucos conseguem decifrar seu título, menos ainda seu conteúdo. Embora tal minúcia extrema seja importante para a especialização – que, como Ridley observou, tem um grande lado positivo –, também criou um mundo onde as melhores universidades raramente produzem pensadores integrativos e macroscópicos. Quando estudei genética molecular no MIT, sempre imaginava como seria explicar minha pesquisa ao meu trisavô. 18 – Vovô – eu começaria –, está vendo aquela sujeira lá? – Você é um expert em solo? – ele poderia perguntar. – Não, mas na sujeira existe essa forma de vida microscópica chamada bactéria. – Ah, você é especialista nisso! – Não – eu responderia. – Dentro da bactéria existe algo chamado DNA. – Então você é expert em DNA. – Não exatamente. Dentro do DNA estão aqueles segmentos chamados genes, e tampouco sou especialista neles. Mas no início desses genes está o que se denomina uma sequência promovedora... – Ahn. – Bem, sou especialista nisso! O mundo não precisa de mais universidades de pesquisa geradoras de