Entre o agora e o nunca j a redmerski[1]

Page 200

Andrew levanta o taco de sinuca e bate com ele no peito do cara, derrubando-o e deixando-o sem fôlego. O cara cambaleia para trás, por pouco não derrubando minha mesa, mas estende a mão para se segurar na borda e manter o equilíbrio. Dou um gritinho e pego minha bolsa pouco antes de a mesa se estatelar no chão junto com ele. Minha cerveja se espatifa. Antes que o cara possa levantar, Andrew já está em cima dele, de pé, fazendo chover socos em seu rosto. Me afasto mais, fico mais perto da escada, mas outras pessoas já estão chegando para ver e criam uma barreira atrás de mim. O cara louro pula em cima de Andrew por trás, segurando-o pelo pescoço para tirá-lo de cima do amigo. Aí eu pulo nele, batendo no seu rosto pelo lado com meus punhos ridículos e a bolsa no ombro atrapalhando meus golpes, balançando atrás de mim. Mas Andrew se desvencilha do cara louro facilmente, fica atrás dele e lhe dá um pontapé nas costas, jogando-o no chão. Andrew segura o meu pulso. — Sai da frente, garota! — Ele me empurra contra a multidão atrás de mim e volta para os dois caras numa fração de segundo. O cara sarado finalmente se levantou, mas não por muito tempo, pois Andrew encaixa dois golpes nos dois lados de seu maxilar e um uppercut sanguinolento no queixo. Vejo um dente ensanguentado caindo no chão. Me encolho toda. O cara cai para trás sobre outra mesinha, derrubando-a também. E quando o louro ataca Andrew de novo, o cara com quem Andrew estava jogando entra na briga e o enfrenta, deixando Andrew com o cara sarado. Quando os seguranças conseguem passar pela multidão para apartar a briga, Andrew já deixou o cara sarado com os dois olhos roxos e as narinas jorrando sangue. O cara sarado cambaleia, com a mão sobre o nariz, enquanto o segurança o puxa pelo ombro na direção da multidão. Andrew afasta a mão do outro segurança que veio atrás dele. — Tô legal — ele ameaça, erguendo uma mão e mandando o segurança se afastar enquanto limpa um rastro de sangue do nariz com a outra. — Tô saindo, não precisa me levar até a porta. Eu me aproximo e ele pega a minha mão. — Camryn, você tá bem? Se machucou? — Ele está me olhando de alto a baixo com um olhar feroz e descontrolado. — Não, tô bem. Vamos embora. Andrew aperta minha mão e me puxa para o seu lado, atravessando a multidão, que se abre para ele. Quando saímos para o ar noturno, a música que emana do bar desaparece com a porta se fechando. Os dois idiotas da briga já estão do lado de fora, andando pela rua, o cara sarado ainda com a mão no rosto ensanguentado. Andrew quebrou o nariz dele, tenho certeza.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.