Tecnologia pra quê?

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(2003) e já referido aqui. Trata-se das atitudes metacognitivas de podermos pensar a todo o momento nos rastros que deixamos na rede, na possibilidade de pensar sobre nosso pensar, aprender a aprender e conhecer como conhecemos. Trata-se da passagem da topografia com seus terrenos já mapeados para a topologia com o caminho fazendo-se ao andar, na qual nossos passos vão criando as próprias cartografias. E, acrescentaríamos ainda, a capacidade de observarmos o observador que somos e, com isto aumentar o poder sobre nós mesmos numa tecnologia autopoiética que potencializa nossa autonomia chegando a sermos os “mestres de nós mesmos” como pregam os yogues em sua sabedoria perene. E, para finalizar, voltando ao início, circularmente, trazemos novamente a questão proposta: não seriam as tecnologias digitais acoplamentos complexos capazes de nos levar a novos patamares de complexificação? Na verdade não pretendemos responder à questão, mas, à maneira complexa, trazer novas problematizações rizomaticamente. Ao sugerirmos as virtualidades que emergem nos ambientes digitais, e usamos aqui virtual em sua acepção latina, virtualis (o que existe em potencia), apenas levantamos alguns dados para ilustrar uma reflexão que é crucial no mundo de hoje: como estamos nos subjetivando e construindo conhecimento ao devir nas tecnologias digitais?

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