Leve e leia Outubro 2015

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Saúde

Libere a sua criança interior!

Comer rapidamente aumenta o risco de diabetes Da redação

Endocrinologista alerta para a necessidade de cuidar do local onde se faz as refeições e também a forma como se ingere os alimentos. Que comer rápido demais faz mal à saúde, todos sabemos. Mas um estudo realizado pela Universidade de Ciências da Lituânia revelou que fazer as refeições com pressa não só possibilita ganhar peso com facilidade como também aumentar as chances de desenvolver diabetes. O estudo acompanhou 702 pessoas, que ao preencher um questionário detalhado sobre seus estilos de vida falavam sobre hábitos de dieta, exercícios e se fumavam. Uma das perguntas era a forma como faziam suas refeições diárias - se comiam mais rápido ou lentamente. Estes participantes foram pesados e medidos para calcular o índice de massa corporal e determinar se eram obesos. Ao longo da pesquisa, foi descoberto que aqueles que comiam mais rapidamente do que a maioria das pessoas apresentavam duas vezes e meia mais chances de desenvolver diabetes tipo 2. Já os participantes do estudo que já apresentavam diabetes eram mais propensos a ter um maior índice de massa corporal, disseram os pesquisadores. Para o endocrinologista do hospital Sírio Libanês, Renato Zilli, “tanto o ambiente como a forma como as pessoas se alimentam influenciam no aparecimento de doenças”. O especialista explica que comer freqüentemente em locais agitados, como por exemplo em fast foods, é um risco.

“As pessoas deveriam fazer suas refeições em locais calmos e mastigar lentamente, porque a agitação faz com que comam rápido e não prestem a atenção no que estão ingerindo”, diz. Segundo ele, ao se alimentar em lugares tranquilos conseguimos mastigar mais vezes, o que favorece o processo de digestão e nos faz comer menos. “Isso acontece porque o sistema digestivo tem a oportunidade de enviar um sinal para o cérebro de que está cheio e não precisa ingerir mais nada”. O médico lembra que a prevalência de diabetes tipo 2 aumentou em todo o mundo, tornando a doença uma pandemia mundial. “Hoje existem 382 milhões de diabéticos em todo o mundo e a estimativa é que em 2035 esse número aumentará até 55%, passando para 592 milhões”, diz o médico. “Só no Brasil, o número de portadores da doença chega a 12 mil, cerca de 6,2% da população”. Para Zilli, a pesquisa mostra que a doença, então, tem não só relação com a genética, mas também com o ambiente em que a pessoa vive. Por isso é fundamental identificar fatores de risco que podem ser mudados, fazendo com que haja redução das chances de uma pessoa desenvolver a doença. Dr. Renato Zilli Médico endocrinologista com experiência profissional de mais de 10 anos, especializado em obesidade, diabetes e tireoide. Focado em mudança de comportamento, integrando medicina, coach médico, psicologia e nutrição. Faz parte do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês. Integra a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Sociedade Brasileira de Diabetes e EndoSociety, dos Estados Unidos.

Tem endometriose e quer engravidar? Melhor tratar a doença antes!

A especialista alerta, também, para a possibilidade de a endometriose levar a um esgotamento prematuro da quantidade de folículos ovarianos. Mas afirma que a intensidade da dor não está diretamente ligada à maior ou menor probabilidade de a paciente enfrentar problemas para engravidar. “Mesmo que as dores sejam muito intensas, não quer dizer que a infertilidade seja mais grave. Além dos sintomas e achados no exame clínico, o padrão-ouro no diagnóstico da endometriose é a videolaparoscopia. Esse exame promove uma avaliação minuciosa das lesões, aderências e teste de permeabilidade tubária, nos permitindo estadiar a doença, fazer biópsia de lesões e tratá -las cirurgicamente”. www.leveleia.com.br - Para Anunciar: 4108.1691

Recentemente, pesquisadores da Universidade de Adelaide (Austrália) chegaram à conclusão de que há relação entre a doença e o contato com fluido seminal. “Estudos de laboratório comprovaram que o sêmen agrava ainda mais as lesões de endometriose. Ainda não sabemos como prevenir ou tratar a doença. Entretanto, quanto mais informações temos sobre seus mecanismos, mais descobrimos sobre o que agrava a endometriose e conseguimos agir no sentido de conter sua progressão”, diz a professora Louise Hull. Se esses estudos se confirmarem, o uso de preservativo será recomendado em toda relação sexual como método para atenuar os episódios de dor da endometriose e evitar o agravamento da doença. Entretanto, para um casal que está tentando engravidar, trata-se de um método que irá tornar tudo mais difícil. É nesse ponto que a fertilização in vitro acena como a forma mais viável de ter um bebê. “A fertilização in vitro é a primeira opção para pacientes com endometriose moderada ou grave que queiram engravidar. Quando a paciente tem mais de 35 anos, primeiramente costumamos indicar laparoscopia para eliminar os focos de endometriose e, na sequência, promovemos uma indução ovulatória. Se, num prazo de seis meses, a paciente não engravidar, daí sim sugerimos a FIV”, diz Suely Resende. Fonte: Dra. Suely Resende, médica ginecologista, especialista em Medicina Reprodutiva, diretora do Fertility Medical Group – Unidade de Campo Grande (MS), www.fertility.com.br

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© Inara Prusakova | Dreamstime.com

Uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva tem endometriose – doença caracterizada pelo crescimento fora do útero de um tecido que normalmente reveste o útero, o endométrio. Embora os sintomas variem muito de mulher para mulher, há períodos de muita dor na região pélvica por causa de uma reação inflamatória crônica. De acordo com Suely Resende, especialista em Medicina Reprodutiva e diretora do Fertility Medical Center – Unidade Campo Grande (MS), ainda há controvérsias sobre o papel da endometriose na infertilidade. “Entre 30% e 50% das mulheres inférteis têm endometriose. Quando mínima ou leve, a endometriose pode prejudicar a função ovariana, peritoneal, tubas uterinas e endométrio, levando a uma fertilização ou implantação defeituosas. Já quando a doença é moderada ou grave, pode provocar a infertilidade ou redução nas taxas de gravidez quando comparadas com mulheres com endometriose em estágio inicial”.

da Redação


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