Guia do voluntario EduActioner

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©“TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução parcial ou total, por qualquer meio, sem prévia autorização do autor. Tais vedações aplicam-se também ás caraterísticas gráficas da obra.” Conteúdos: Lucas Sergnese Edição e compilação: Daniel Gomez, Lucas Sergnese. Seleçao de dinâmicas: Lucas Sergnese. Desgin Grafico: Juan Andrés León Revisão: Lisandra Mauri, Daniel Gomez, Thaís Duarte, Francesca D’addante. Tradução: Maira Albornoz, Thaís Duarte. Foto da capa: Francesca D’Addante

Agradecimentos: O Guia do Voluntario EduAction é uma publicação destinada a todos os voluntários (internacionais o locais) que participam das oficinas do EduAction Project em algum dos seis países onde o projeto está presente. O Guia do Voluntario EduAction oferece o marco de ação para os voluntarios, seu objetivo principal é proporcionar um marco conceptual para os assuntos abordados assim como propor diversas atividades para os alunos. A seleção das atividades foi feita graças á colaboração de todos os voluntários internacionais que passaram pelo projeto durante seus primeiros cinco anos. Foram muitos os que contribuíram e fizeram possível esta publicação. EduAction Project quer agradecer a todos aqueles que se sentem parte desta grande família chamada EduAction.


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ConteĂşdos


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INTRODUÇÃO O EduAction é um projeto de educação intercultural e não formal que tem como missão gerar um ambiente multicultural nas escolas, desenvolvendo valores que ajudam a formar cidadãos conscientes e capazes, com uma ampla visão do mundo e culturalmente mais sensíveis e tolerantes. Durante oito semanas, jovens voluntários de diferentes partes do mundo chegam as escolas públicas de Brasil, Colômbia, Peru, Uruguai, Argentina e México para dar oficinas nas escolas públicas sobre temas como liderança, responsabilidade social, diversidade cultural, sustentabilidade, inovação, criatividade, desenvolvimento pessoal; entre outros assuntos globais que geralmente não estão inclusos no currículo escolar. Além do impacto gerado nos voluntários internacionais, os estudantes têm a oportunidade de conhecer uma realidade social e cultural diferente do seu país de origem, contribuindo com a verdadeira formação dos jovens desde sua infância, sendo eles os futuros agentes de mudança.


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BREVE HISTÓRIA A ideia de um projeto com escopo educacional começou a surgir na cabeça de Douglas Martins, criador do projeto, por volta do ano de 2005. Porém, foi somente em 2007 que Douglas entrou em contato com diferentes parceiros do terceiro setor para ver se era viável, e foi então que o escopo inicial do projeto ficou pronto, tomado como base um projeto da Polônia (O projeto ”Peace”). Em 2009, uma versão piloto do projeto EduAction entrou em vigor em Porto Alegre. Com a parceria da Gerdau e da AIESEC em Porto Alegre, o projeto aconteceu em três escolas públicas da cidade e contou com a presença de cinco voluntários internacionais. Após o sucesso da versão piloto do projeto em Porto Alegre, o projeto começou a se expandir pelo Brasil chegando em 2010 a mais 4 cidades, e já em 2011 teve a sua primeira expansão na América Latina: Colômbia. Em 2012 EduAction chegou a mais 4 países, e hoje esta presente em 6 países e mais de dez cidades na América Latina (Argentina, Brasil, Colômbia, México, Peru e Uruguai). Em Porto Alegre (berço do projeto) esta localizada a sede onde um time global trabalha para gerenciar o projeto como um todo. A pesar de se encontrar em pleno desenvolvimento, em 2014 EduAction planeja chegar a novos países. Ao longo de sua história já participaram centenas de voluntários internacionais, e mais de vinte mil estudantes latino americanos já receberam o projeto e assim segue crescendo...


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UM MARCO TEÓRICO PARA O PROJETO Três Princípios da Educação Intercultural (diretrizes da UNESCO para educação intercultural): Princípio I: A Educação Intercultural respeita a identidade cultural de quem aprende por meio da oferta de uma educação culturalmente apropriada e de qualidade para todos. Princípio II: A Educação Intercultural oferece a quem aprende o conhecimento cultural, as atitudes e as habilidades necessárias para atingir uma participação ativa e plena na sociedade. Princípio III: A Educação Intercultural oferece a todos os que aprendem o conhecimento cultural, as atitudes e as habilidades que lhes permitem contribuir para o respeito, a compreensão e a solidariedade entre os indivíduos, grupos étnicos, sociais, culturais e religiosos e nações.


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NOSSA METODOLOGIA DE TRABALHO EduAction é um projeto global que se adapta a cada realidade social, no qual conta com uma equipe global que trabalha para uniformizar todos os procedimentos e gerar padrões que se podem aplicar a cada cidade onde é realizado o projeto. Muitas vezes é possível adaptar alguns dos procedimentos, atendendo as características locais do lugar, como: idade dos alunos, turmas a alcançar, duração das oficinas, etc. Como se pode observar no quadro seguinte, EduAction trabalha com jovens de sétima e oitava série do ensino fundamental. O projeto é formado por módulos, sendo que os alunos recebem a primeira parte em um ano e a segunda parte no outro ano. Deste modo cada estudante recebe o programa EduAction duas vezes, distribuído da seguinte maneira: o módulo A no segundo semestre do ano ( quando o aluno está na sétima série), e o módulo B no primeiro semestre do ano ( quando o aluno está na oitava série). Permitindo assim, um aprofundamento dos assuntos tratados, já que os módulos são complementares um do outro. Cada módulo é explicado por diferentes voluntários internacionais, expandindo a visão do mundo dos estudantes, sendo este o principal objetivo do EduAction. Para um melhor aprendizado dos alunos, cada equipe de voluntários internacionais é formada por dois voluntários, no qual eles desenvolvem uma oficina semanalmente por turma durante sete semanas. A duração proposta para realizar de maneira ideal cada oficina é de uma hora e meia.


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OFICINAS COMO METODO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Uma oficina é uma série de sessões de trabalho. Pequenos grupos de pessoas se reúnem por um período curto de tempo para se concentrar em uma área de interesse definida e/ou abordar o desenvolvimento ou habilidades e competências particulares. A oficina, obviamente, é diferente de uma aula normal. Algumas das diferenças no contexto do EduAction são: Elementos chaves para facilitar oficinas com uma dimensão internacional e intercultural, as oficinas devem estar baseadas em: • O convencimento de que os jovens devem ser empoderados para se comprometer a participar nas comunidades e sociedades com um espírito baseado no respeito á dignidade e igualdade de todos. • Participação voluntaria. • Ética centrada no aprendizado, considerando as necessidades e interesses dos participantes. • Processos orientados á ação, com o foco centrado em efeitos multiplicadores • Experiência dos participantes e seu relacionamento com a própria situação. • Aprendizagem de habilidades, competências e conhecimento, que deve conduzir a mudanças de consciência, mudanças de atitudes e comportamentos. • O uso da vivencia prática, o engajamento emocional e intelectual (mão, coração e cabeça). • O espírito não profissional, porém as qualidades adquiridas na oficina podem ser valorizadas no futuro desenvolvimento pessoal e profissional. • O desenvolvimento pessoal e social são elementos importantes para o processo de aprendizagem. • A ausência de instancias avaliativa para determinar conquistas pessoais. • A necessidade de levar em conta os valores e percepções específicos da organização responsável, o âmbito de trabalho, e o grupo.


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DINÂMICA DAS OFICINAS: EduAction apóia métodos interativos de aprendizagem, por isso que as oficinas incluem:

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Atividades físicas para compreensão de cada tema Dinâmicas, exposições, apresentações, feiras Trabalhos em grupo Classes com vídeos e músicas (dança) Quebra- gelos Conferência virtual União de turmas Atividades em conjunto Jogos e simulações Debates em círculo Classes fora das salas O professor responsável pela turma deve estar presente em todas as oficinas, para participar das atividades ou para ajudar a manter em ordem a turma, sendo responsabilidade da escola manter a segurança nas suas dependências. Qualquer incidente que ocorrer durante as oficinas, não sendo com um dos participantes do projeto, não é de responsabilidade do EduAction. Vale ressaltar que em todos os casos o professor sempre será responsável final pela turma que está recebendo o projeto


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ESTRUTURA DAS OFICINAS Toda oficina do EduAction deve incluir:

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Introdução do tema através de debates, discussões ou apresentações de importantes conceitos teóricos y definições - apresentados gradualmente, utilizando ajudas visuais.

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Quebra gelo é uma atividade de corta duraçao que pode incluir movimentos físicos para estabelecer a energia adequada da oficina.

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Atividade central de explicação mais ampla do tema através de jogos de simulação, debates, atividades em grupo. No EduAction todo o aprendizado é feito através da vivencia das temáticas, sentir os desafios e criar seus próprios conceitos y pontos de vista sobre os temas.

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Atividade extra, utilizada só no caso de dispor de tempo, com o objetivo de aprofundar a temática abordada. Sempre deve ser uma dinâmica de trabalho diferente á usada na Atividade central.

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Conclusão procura dar uma olhada e analisar o que foi feito em cada atividade com objetivo de avaliar os novos conhecimentos e refletir sobre o aprendizado. As conclusões da oficina devem sempre estar no “Mural de EduAction”.


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OS VOLUNTÁRIOS INTERNACIONAIS O EduAction é um projeto global que traz jovens voluntários de diferentes partes do mundo para as escolas publicas dos 6 países da América Latina onde está presente. Para ser selecionado no projeto o requisito indispensável é: ser estudante universitário ou recém-graduado, e ter entre 18 a 30 anos. Os voluntários internacionais responsáveis pelo desenvolvimento do programa são selecionados com meses de antecedência e de acordo a um determinado perfil requerido. Trata-se de jovens líderes comprometidos que vem com a missão de gerar uma mudança na sociedade. São estudantes universitários ou recém-graduados de diferentes disciplinas, falam vários idiomas, são conscientes, abertos, proativos, possuem um profundo conhecimento da realidade social e manifestam respeito a um mundo que não tem fronteiras por classes sociais, raças, religião, etc. Cabe realçar que durante as primeiras três semanas antes de iniciar o trabalho nas escolas, cada voluntário internacional recebe uma serie de capacitações e treinamentos, e mais aulas de português, com o objetivo de propor as ferramentas necessárias para o desenvolvimento das oficinas.


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1. Circule pela sala, evite ficar no mesmo lugar durante toda a aula. Seja proativo e circule pela sala quando houver atividades em grupo. 2. Conheça as regras das escolas e os professores nas salas de aula. Sempre peça o apoio do professor em caso de problemas de disciplina. 3. Chame os alunos pelo nome. Tente memorizar o máximo de nomes possível, ou pelo menos os nomes dos “alunos estratégicos”. 4. Sempre chegue cedo à escola e prepare todo o material com antecedência. 5. Mantenha contato visual com os estudantes e nunca fique de costas para a turma. 6. Fale alto, com vocabulário adequado e o mais claro possível. 7. Aja de forma respeitosa e tenha uma atitude profissional! Ao entrar na sala de aula, desligue o celular e evite mascar chicletes. Tente parecer um voluntário internacional e não um estudante. 8. Dentro da sala de aula, respeite seu colega e nunca prejudique suas atividades. Evite discussões na frente dos alunos. 9. Incentive os estudantes a fazer perguntas e descobrir o desenvolvimento da aula. Nunca critique ou rejeite as perguntas. 10. Mostre-se sempre entusiasmado em relação ao tema e às atividades do workshop (certifique-se de saber sobre o que vai falar).



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NUNCA vá para sala de aula sem preparação Conheça o tema e a programação da oficina! NUNCA aja de maneira padronizada, nunca aja como se fosse melhor ou superior aos estudantes. NUNCA trate aos estudantes como se fossem crianças, nem sequer os chame de crianças. NUNCA se esqueça de agir e parecer profissional. Considere a vestimenta que leva á escola, não precisa ser formal, mas sim decente. Nunca use decote, sandálias, bermudas ou roupas de praia, leve sempre a camiseta do EduAction. NUNCA dialogue só com uma pessoa, favorecendo alguns oradores sobre outros. NUNCA dê continuamente pequenas palestras, tente não falar genericamente. NUNCA deixe de escutar quem esta falando. Sempre escute e respeite as opiniões de todos! NUNCA se esqueça de controlar o tempo nem os níveis de energia dos grupos. NUNCA se mostre desanimado frente á turma, inclusive se você estiver desanimado. NUNCA se esqueça de fazer uma conclusão após cada atividade.


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ALGUMAS IDEIAS PARA FORMAR GRUPOS 1. Apresente aos alunos uma afirmação de valor e peça que organizem uma fila, posicionando-se conforme o grau de concordância com o que foi dito. Ao inicio, aqueles que estão “totalmente de acordo”, por ultimo, os que estão “totalmente em desacordo”. Mostre onde devem começar a fila e onde devem terminar (por exemplo, a fila começará na porta da sala com quem está “totalmente de acordo” e terminará do outro lado da sala quem estiver “totalmente em desacordo”). Para resumir, deve ser formada uma fila com todos os alunos, onde eles mesmos se situem de acordo com maior ou menor grau de concordância. A afirmação de valor deve estar relacionada com o tema da aula. Exemplo, “para um futuro sustentável as pessoas devem voltar a viver de forma mais simples, em harmonia com a natureza, cultivando seus próprios alimentos e consumindo apenas o necessário”. Provoque a discussão para que cada aluno encontre o lugar adequado na fila. Dê a eles três minutos para que se organizarem. Logo, conte o número de alunos e calcule quantos grupos de 4 ou 5 pessoas será preciso (se são 25 alunos, 5 grupos de 5 pessoas). Forme os grupos, comece contando pelo primeiro da fila, enumerando-os em sequencia de um a cinco, recomeçado a contagem até chegar ao ultimo da fila. Para terminar peça que os alunos se reúnam com aqueles que receberam o mesmo número, dessa forma todos de numero “um” formarão um grupo, todos de numero “dois” outros e assim por diante. 2. Distribua cada aluno um papel com o nome de um animal. Escolha o nome de alguns animais, de acordo com o numero de grupos necessários (por exemplo, para dividir a turma em quatro grupos, escolha quatro animais: cachorro, gato, pato e galinha). Cada aluno receberá um papel com o nome de um animal e só poderá abri-lo depois que forem repartidos a todos. É preciso ter o número de papeis exatos de acordo com o número de alunos.


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Em seguida de instrução pra que cada um faça o barulho que faz o animal que receberam (e o movimento desse animal se for possível) e juntem-se em grupos de acordo com o animal que imitaram. Conte até três para que comecem a fazer o barulho e os movimentos ao mesmo tempo. Incentive os alunos para não terem medo de se sentirem ridículos, depois de alguns minutos estarão formados os grupos. Durante a aula chame todos os grupos pelo nome do animal para que assim se crie uma identidade. 3. Crie um quebra-cabeça com frases referentes ao tema da aula. Busque tantas frases quanto a quantidade de grupos necessários. Entregue a cada aluno a parte de uma das frases e dê 10 minutos para que possam procurar outras pessoas com a finalidade de completar a frase. Exemplo de frases relacionadas à aula de Desenvolvimento Pessoal: - “Aquele que não considera o que tem a maior riqueza é infeliz, mesmo sendo dono do mundo. “ Epicúreo de Samos - “Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.” Clarice Lispector - A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento. Frederick Herzberg - “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos.” Eleanor Roosevelt - “Não há um homem vivo que não possa fazer mais do que ele pensa que pode.” Henry Ford


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COMO USAR A GUIA DO VOLUNTARIO


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O que é uma feira das nações? A Feira das Nações é a apresentação oficial do projeto em cada uma das escolas que trabalharemos.Como o nome indica se trata de uma feira multicultural onde cada voluntário internacional se converte em embaixador do seu país diante de todos os estudantes da escola. Cada voluntário apresenta o seu país através de uma mostra representativa das expressões artísticas, musicais, literárias, culinárias, esportivas, etc. É um evento que propicia o intercambio entre as culturas de todos os participantes do projeto, já que toda a comunidade escolar participa.

Como Se Leva Acabo? Geralmente durante os intervalos nas escolas e fora das salas de aula (normalmente se organiza no pátio da escola). É por isto que não representa o primeiro Workshop do EduAction, e sim a abertura oficial do projeto. Cada voluntário internacional tem a sua disposição um stand para representar seu país (geralmente as escolas cedem uma mesa para armar o stand). Nas cidades onde o EduAction recebe grande numero de voluntários internacionais, pode ocorrer de haver mais de um voluntario da mesma nacionalidade, estes devem armar o stand em conjunto. A feira das Nações ocorre uma vez em cada escola e durante os recreios. Desta forma não só as turmas que recebem o projeto podem participar da feira, senão toda a escola e sua comunidade (outro professores, outros voluntários, os pais, etc. ).


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Todos os voluntários internacionais apresentarão seu país em todas as escolas que recebem o projeto. A duração da Feira varia de acordo com o conveniado com as autoridades de cada escola. A duração da Feira varia de acordo com o conveniado com as autoridades de cada escola.


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Feria de las Naciones

Coisas que não podem faltar em um stand! Bandeira Moedas e bilhetes Fotos Mapa/s Cartões postais Comidas típicas Artesanato Objetos ou jogos tradicionais Vestimenta típica Música Vídeos Informação turística

Coisas para armar a feira ideal! Mostrar os bailes típicos Escreva o nome dos estudantes em seu idioma Toque um instrumento folclórico Leve uma lista de livros ou escritores conhecidos Ensine palavras típicas em seu idioma Cante alguma música típica Símbolos representativos (hino, escudo nacional, etc.)

Importante! Cada voluntário internacional tem absoluta liberdade para mostrar o que queira do seu país, sempre y quando seja possível apresentar nas escolas. Por exemplo, bebidas típicas que contenham álcool não são permitidas.

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OFICINA 1 intro

Apresentação A melhor forma de que os estudantes conheçam os voluntários é descrever ou contar sua vida como uma história. A chave é ser tão aberto quanto possa. A pequena história deve incluir o que você tem feito até hoje, o que estudou ou estuda, o que faz normalmente com amigos e família e principalmente o motivo que levou você a fazer parte do projeto e qual o significado desta experiência. Recomendamos que conte alguma situação marcante para que os estudantes possam reconhecer nos voluntários mais semelhanças que diferenças. Neste momento cabe uma explicação sobre o que é ser “voluntário” e a importância do voluntariado na construção de uma sociedade melhor. Apresentação de um voluntário de cada vez.

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Os estudantes conhecerão os voluntários na Feira das Nações, por tanto terão uma idéia prévia dos países. Lembre que não deve mencionar a cidade de origem a qual será utilizada no Quebra Gelo deste Workshop.

De Onde Sou? O “Jogo da Forca” é um jogo de palavras muito popular na América Latina. É simples, rápido e uma forma original de deixar o grupo mais descontraído, assim como para que adivinhem as cidades dos voluntários. Se os estudantes já sabem de onde os voluntários são, podem utilizar uma palavra que identifique sua cultura. Por exemplo: um voluntário da Venezuela pode perguntar qual é a segunda cidade mais importante do seu país (Maracaibo) ou qual é a comida mais popular (Arepas).


Introdução

O jogo consiste em que os estudantes adivinhem a palavra. Para começar o jogo se desenha uma base com uma forca e um risco no lugar de cada letra, deixando os espaços correspondentes. Veja o exemplo abaixo. Os estudantes devem fazer perguntas sobre sua cidade (ou sobre a palavra escolhida), que possam ser respondidas com “SIM” ou “NÃO”. Exemplo: “Faz frio na sua cidade? Está no continente europeu?”. Cada vez que a resposta for “SIM” o estudante tem direito de adivinhar uma letra. Se o estudante acertar uma letra da palavra, se escreve a letra quantas vezes apareçam sobre os riscos já desenhados. Se a letra não aparece na palavra se escreve a letra no canto para que os estudantes saibam que essa já foi dita e se desenha uma parte do corpo do enforcado (cabeça, braço, etc). Cada vez que a resposta for “NÃO”, se desenha uma parte do corpo do enforcado (cabeça, braço, etc) e assim sucessivamente até que a palavra seja adivinhada ou o enforcado completado. Importante ressaltar que a quantidade de partes do corpo pode modificar-se dependendo do grau de dificuldade da palavra, mas devem ser definidas no inicio do jogo. Joga um voluntário de cada vez.

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Apresentando O Projeto Consiste em apresentar o projeto para os estudantes e professores, explicando a metodologia de trabalho durante as seguintes 7 semanas. A continuação, passo à passo para a apresentação adequada do EduAction:

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O que é o projeto EduAction? EduAction é um projeto social que traz jovens voluntários internacionais a escolas públicas de diferentes partes da América Latina para desenvolver oficinas sobre diferentes assuntos de importância global e compartilhar sua cultura com os estudantes. EduAction é um projeto de educação não formal e intercultural onde os voluntários além desenvolver oficinas aprendem com os estudantes a sua cultura.

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Neste momento podem contar em que países ou cidades acontecem o projeto, como e quando surgiu e apresentar alguns dados estatísticos

Quem organiza o projeto? A sede do projeto está localizada em Porto Alegre, Brasil. Lá, uma equipe global trabalha na criação de conteúdos e procedimentos. Cada cidade conta com uma equipe que coordena o projeto junto com a escola e se encarrega de receber, ajudar e capacitar os voluntários internacionais. Os voluntários passam as 3 primeiras semanas aprendendo e sendo capacitados para que nas seguintes 8 semanas possam desenvolver da melhor forma possível as oficinas nas escolas. O projeto ainda conta com o apoio da Gerdau e da AIESEC.


Introdução Quais são os objetivos do Projeto? 1. Aprender e ensinar outras culturas e modos de pensar gerando um ambiente global de aprendizagem para todos os participantes do projeto (estudantes, professores e voluntários). 2. Despertar a responsabilidade social nos participantes como cidadãos para fomentar pessoas mais conscientes e proativas. 3. Compreender a importância dos assuntos globais abordados no projeto. 4. Despertar a motivação por coisas novas, como aprender um idioma novo, continuar estudando, viajar, desenvolver nosso potencial, etc. Agenda das Oficinas Explique a freqüência das oficinas (que dias e horários), duração de cada oficina e os assuntos que serão abordados em cada semana. Tente explicar com suas próprias palavras e com exemplos concretos esta apresentação, faça que seja o mais dinâmica e gráfica possível.

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O Mural Eduaction O Mural EduAction é uma ferramenta para dar seguimento as oficinas durante as 7 semanas, deve ficar fixo na sala inclusive depois de finalizado o projeto. É um espaço para acompanhar, refrescar y chegar a conclusões tanto nos dias de workshop como no resto da semana. Ali encontrarão informações, expectativas, filosofia e/ou regras de aula, avisos e resultados. Veja exemplo na página 30.

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Introdução

Filosofia de aula A filosofia de aula são aquelas regras que os voluntários irão acordar com os estudantes para que os workshops se deem da melhor forma possível. Algumas regras que promovemos são: 1. No EduAction o RESPEITO está acima de tudo. 2. Somos ótimos ESCUTANDO e levantamos a mão quando queremos dizer ou preguntar algo. 3. No EduAction PARTICIPAMOS ATIVAMENTE, não temos medo de errar e somos proativos. 4. No EduAction PENSAMOS desde outras PERSPECTIVAS, estamos abertos a novas ideias e formas de pensar. 5. No EduAction NÃO EXISTE respostas corretas ou incorretas, existem opiniões, ideias e formas diferentes de pensar que nos enriquecem. 6. No EduAction NÃO EXISTE estudantes nem professores, somos pessoas compartilhando ideias e aprendendo umas com as outras. 7. No EduAction acreditamos no TRABALHO EM EQUIPE, pensamos que os grandes objetivos só podem ser alcançados trabalhando juntos.

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Árvore de expectativas A árvore de expectativas é uma atividade de reflexão individual na qual cada estudante expressa suas expectativas sobre o projeto. Se entrega a cada estudante um papel (em formato de fruta) e se pede que ele escreva as expectativas com relação às próximas sete semanas. Depois cada estudante lê para o grupo o que escreveu e cola sua “fruta” na arvore.

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Explique com palavras simples o que é uma expectativa.

Conclusões O Mural deve ter um espaço para que os estudantes escrevam ao final de cada oficina as conclusões. Certifique-se de que cada oficinatem um bom espaço para que varios estudantes possam escrever. Podem escrever palavras ou frases que indicam o qual era o ensino da semana. Vías de comunicação Existem 2 vias de comunicação com o projeto e/ou seus participantes, uma oficial e outra pessoal. A primeira é a página web do projeto (www.eduactionproject.org) e a Fan Page no Facebook (www.facebook.com/EduActionProject), através destes meios os estudantes podem conhecer alunos de outros países, compartilhar fotos e experiências e deixar seus recados, comentários, perguntas. A única maneira que os voluntários podem contatar de maneira pessoal os estudantes (e vice-versa) é criando um perfil de Eduaction no Facebook (exemplo “Lucas EduAction”). Mantenha seu perfil atualizado e continue utilizando após o término do projeto.


Introdução Outros - Foto Cole uma foto de cada voluntário para que os estudantes tenham sempre presente a dupla que está levando a cabo o projeto. - Avisos Deixe um espaço para avisos ou lembretes. - Foto grupal Deixe um espaço para colar a foto do grupo no final do projeto (ver Oficina 8 – Despedida) Pida aos estudantes fazer uma roda (quanto os voluntários como o professor deve formar parte da roda). Um dos voluntários começa a roda; com uma bola tem que falar seu nome, edade e uma coisa que goste fazer no seu tempo livre, ao final deve passar a bola para um aluno. O estudante repete a apresentação e passa de novo a bola. E assim por diante até que todos tenham sido apresentados.

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Nos conhecendo Uma vez apresentados os voluntários, o projeto e o Mural, é importante conhecer os estudantes. Pedir aos estudantes que formem um circulo (tanto os voluntários como o professor devem fazer parte do círculo). Um dos voluntários inicia a rodada, com uma bola deve dizer seu nome, idade e algo que goste de fazer em seu tempo livre, ao terminar deve passar a bola para um estudante. O estudante repete a apresentação e volta a passar a bola. Assim sucessivamente até que todos se apresentem.

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Busque que o objeto a lançar seja algo criativo (invente um personagem).

Conclusão Este momento deve se repetir em todas as oficinas. Serve para que os estudantes possam chegar a conclusões dos temas abordados no dia. Todas as reflexões devem ser escritas no Mural no espaço destinado para cada uma das oficinas. Perguntar aos estudantes o que aprenderam nesse dia e quais são as reflexões mais importantes. Peça aos estudantes que escrevam no mural o que foi dito.


Introdução

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Discussão Sobre Culturas Pergunte ao grupo uma definição de cultura e escreva no quadro todas as palavras associadas que os estudantes mencionem. Peça exemplos do que é comum na cultura local. Em função das respostas, construa uma definição de cultura usando como guia a definição da UNESCO. A cultura se forma através do tempo, passa de geração em geração, cada geração a transforma um pouco. Nossa cultura define o que encontramos por: • Correto ou incorreto • Sujo ou limpo • Feio ou bonito • Permitido ou proibido • Moral ou imoral • Logico ou ilógico • Decente ou indecente Dê exemplos e indague o que os alunos percebem na sua cultura. Tente encontrar exemplos nos quais a opinião do seu colega é diferente da sua. O interessante sobre a cultura é que sempre nos vemos como “normais”. Isto é chamado etnocentrismo. Em outras palavras, vemos outras culturas através da nossa própria cultura, especialmente em relação a idioma, comportamento e religião.

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Dê exemplos sobre sua cultura para ajudar os estudantes


Diversidade Cultural

Cultura: O termo cultura foi definido de muitas formas diferente. Usaremos a definição da UNESCO (Guia da Unesco para a Educação Intercultural) como referencia: “O conjunto de rasgos distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que abrange além das artes e das letras, os modos de vida, a maneira de viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e crenças”.Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural (2001). Etnocentrismo: Etnocentrismo é julgar outras culturas tendo como base somente os valores e os standards da sua própria cultura.

Nó Humano O nó humano é uma dinâmica grupal que tem como objetivo mostrar aos estudantes que dentro da diversidade podem achar soluções em conjunto. Peça aos estudantes que formem grupos de 10 pessoas, cada grupo deve formar um circulo em pé. Todos os estudantes devem levantar ambas as mãos. Peça que cada estudante dê a mão direita para outro colega que não este ao seu lado. Logo, peça que cada estudante dê a mão esquerda para um colega que não este ao seu lado (não esqueça que não pode ser com um colega que este ao seu lado). Uma vez feito isto, teremos um nó humano. O jogo consiste em desatar o nó e voltar ao circulo inicial sem soltar as mãos. Para isso os estudantes deverão fazer os movimentos necessários (atravessar por cima, por baixo, caminhar ao redor, etc.) já que em nenhum momento podem soltar as mãos. Em caso que soltem as mãos devem repetir o movimento. Cada grupo tem 10 minutos para se desatar.

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Constuindo Um Estereotipo Da Cultura Local A atividade consiste em construir estereótipos sobre determinadas nacionalidades ou culturas. Aproveitando a diversidade que existe entre os voluntários e os estudantes se mostra o errado que é julgar conhecendo uma cultura apenas superficialmente. E assim, , reforçamos que no meio da diversidade que existe, temos aspectos em comum que nos permitem conviver. Peça aos estudantes que formem grupos de 5 pessoas. Cada grupo deve desenhar as características físicas e descrever as características pessoais sobre uma determinada nacionalidade. Escolha tantas nacionalidades para que cada grupo tenha uma diferente (inclua a nacionalidade dos voluntários e dos estudantes). Cada grupo tem 20 minutos para construir o estereotipo da nacionalidade. Logo, cada grupo deve apresentar seu desenho e as características da nacionalidade trabalhada ao resto da turma. Os outros podem agregar ideias ou características à apresentação. Para concluir pergunte aos estudantes se algum deles ou os voluntários são exatamente como as pessoas descritas nas apresentações ou se encontram características similares. Explique o que é estereotipo e o que é prejulgamento e mostre que generalizar nem sempre ajuda a conhecer o que está atrás de cada cultura. Estereotipo: Imagem ou ideia muito simplificada de um grupo de pessoas, quando presumimos que todos os indivíduos pertencentes a esse grupo têm as mesmas características (os estereótipos podem ser tanto negativos como positivos). Preconceito: É fazer um julgamento ou supor algo sobre alguém ou algo antes de ter um conhecimento suficiente como para poder fazer com precisão, “julgar um livro pela capa”. O preconceito também pode ser positivo ou negativo, no entanto o uso mais frequente é em relação a emoções negativas.


Diversidade Cultural Todo estereotipo deve incluir:

• Aparência (color de pele, cabelos, olhos) • Vestimenta • Costumes e tradições • Religião

• Linguagem • Personalidade • Valores • Exemplos de comportamento

Outra alternativa: escolha identidades culturais que existam dentro do próprio país para que cada grupo construa o estereotipo. Exemplo de identidades culturais no Brasil: baiano, carioca, gaúcho, amazonense, etc. Exemplo de identidades culturais na Colômbia: costeño, paisa, rolo, etc.

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O Imigrante O imigrante é um jogo de cartas que simula uma situação de choque cultural e se joga em grupos. Cada grupo representa uma cultura e tem suas próprias regras. As variantes do jogo fazem com que os estudantes tenham que “migrar para outras culturas”, ao fazê-lo ficam confundidos quando percebem que cada cultura tem regras diferentes. Peça aos estudantes que formem grupos de 5 pessoas e reparta de forma aleatória 5 cartas a cada estudante. Cada grupo representa uma cultura e cada cultura tem uma regra que serve para ganhar as cartas dos demais jogadores. Essa regra não pode ser revelada para as outras culturas (outros grupos). Em cada grupo, ganha sempre quem consegue ficar com todas as cartas. Quando um estudante ganha, deve migrar para outra cultura e começar a jogar sabendo que para ganhar deve ficar com todas as cartas, no entanto desconhece qual é a regra que permite obtê-las. Não é permitido nenhum tipo de comunicação entre os jogadores. Se joga em absoluto silencia e sem senhas. Exemplos de Regras por grupo: Cultura Egipcia: Ganha sempre quem tiver um “Ouro”. Em caso de empate ganha o maior. Cultura Romana: Ganha sempre quem tiver “Espada”. Em caso de empate ganha o menor. Cultura Azteca: Ganha sempre o número impar. Em caso de empate ganha o maior. Cultura Maya: Ganha sempre o número menor. Em caso de empate se retiram as cartas dessa rodada. O imigrante simula o que as pessoas sentem quando entram em contato com outras culturas.


Diversidade Cultural

Os voluntários podem inventar os nomes para as culturas e suas respectivas regras.

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As regras do jogo são muitas vezes os valores, os costumes, os comportamentos que regem uma sociedade. Quem faz parte dessa sociedade conhece as regras e as aceita como únicas e normais, mas para o “imigrante” é difícil compreender o que está acontecendo, o que está fazendo mal ou porque as pessoas não o entendem. É natural que não saibamos muito sobre outras culturas. Por isso o pouco que conhecemos não é sempre correto e é definitivamente insuficiente para julgá-las. Daqui a importância de ser tolerantes frente à diversidade cultural.

É fundamental que os estudantes nunca revelem a regra do seu grupo, mesmo quando tenham que formar parte de outro.

Diversidade Cultural foi definida como “a multiplicidade de formas em que se expressam as culturas dos grupos e sociedades. É também uma manifestação da diversidade da vida na terra.” Convenção sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais (UNESCO, 2005).

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O Que É Sustentabilidade? A introdução deve ter 4 aspectos importantes: 1. Pergunte aos estudantes quais são os problemas globais de maior relevância. Escrever no quadro todas as respostas. 2. Exemplifique os problemas através de fatos concretos ou situações cotidianas do seu país. 3. Pregunte a os estudantes exemplos da comunidade ou país onde se realiza o projeto. 4. Exemplifique o conceito de sustentabilidade e as 3 dimensões do mesmo.

Sustentabilidade: engloba ações que buscam a criação ou manutenção de uma sociedade justa, ambientalmente equilibrada e economicamente próspera. Ações sustentáveis são aquelas que buscam satisfazer as necessidades humanas atuais de forma eficiente, sem comprometer as gerações futuras.

A Equipe Sustentável 5

O objetivo da “Equipe sustentável” é que 5 pessoas consigam manter-se de pé apoiados somente em 3 pernas. Peça aos estudantes que formem grupos de 5 pessoas e que se situem em um lugar na sala com suficiente espaço entre cada grupo.


Sustentabilidade Cada equipe deve conseguir manter-se de pé sobre 3 pernas. Não podem apoiar suas mãos nem outra parte do corpo no chão. Veja na foto abaixo um exemplo de como conseguir.

A Vida Dos Resíduos É uma competição que tem como objetivo gerar consciência sobre o tempo que leva em decompor-se o lixo e quantos problemas isso acarreta. Passo 1: Peça aos estudantes que formem grupos de 4 o 5 pessoas e que cada grupo escolha um líder. Passo 2: Desenhe uma tabela para contar os pontos de cada equipe. Passo 3: Mostre um dos objetos (ver abaixo “lista de elementos”) e pergunte a todo o grupo quanto tempo leva em se descompor. Passo 4: Cada grupo tem 1 minuto para debater e arriscar uma resposta. Para que ninguém especule com a resposta de

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outro grupo, peça que os estudantes escrevam as respostas em um papel. Passo 5: Uma vez cumprido o minuto, peça aos líderes que levantem o papel com a resposta. Passo 6: Leia a breve explicação sobre o objeto em questão a modo de conclusão e dê a resposta correta. Passo 7: O grupo que acerte ou chegue mais perto da resposta correta ganha um ponto. Passo 8: Repita o procedimento com os outros 7 objetos. O grupo que tiver mais pontos ao final ganha a competição.

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Lembre sempre de perguntar “Quanto tempo leva em se descompor...?” e mostre o objeto.

Lista de Objetos: Os objetos que se propõem a continuação não tem uma ordem predefinida. Podem incluso pesquisar novos objetos, sem esquecer de colocar uma breve explicação. (Fuente: UNESCO). 1. Chiclete - 5 ANOS A goma de caucho é uma mistura de ingredientes naturais e sintéticos, açúcar, sabor e corantes artificiais. Devido ao oxigênio, o material superresistente começará a quebrar-se em pequenos pedaços ate desaparecer. 2. Latinha Metálica - 10 ANOS A chuva e a humidade iniciarão um processo de desoxigenação e finalmente a lata oxidará por completo.


Sustentabilidade

3. Tetra Pack - 30 ANOS Os tetra-pack não são tão tóxicos como se poderia pensar. De fato, 75% da sua estrutura é celulose (papel), 20% polietileno puro de baixa densidade e 5% de alumínio. O que leva mais tempo para se descompor é o alumínio. A celulose exposta, desaparece em 1 ano. 4.Garrafa de plástico - 1000 ANOS As garrafas de plástico são em sua maioria feitas de um material rebelde llamado Pet. Expostas ao ar libre entaram em decomposição mais rápidamente que enterradas. 5. Garrafa de vidro - 4000 ANOS O vidro, a pesar de frágil – com uma simples queda pode quebrar-se – é um material muito resistente. Transformá-lo em componentes naturais pe uma tarefa difícil para o solo. O vidro é feito de carbonato de sodio, areia e calcio. Leva muito tempo em descompor-se, msd é 100% reciclável. 6. Sacola de plástico - 150 ANOS As bolsas de plástico, por causa da sua grossura minima, podem transformar-se mais rápido que uma garrafa desse mesmo material. As bolsas na verdade estão feitas de polietileno de baixa densidade. O problema é a grande quantidade de bolsas plásticas que são utilizadas diariamente.

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7. Papelão - 1 ano O papelão, é composto principalmente por celulose, não é um grande problema para a natureza, e seu tempo de decomposição é breve. Alem, se o ambiente é chuvoso e se encontra na superfície, sua biodegradação se acelera. O problema pode estar nas tintas que se usam, e sobre tudo no desmatamento que se precisa para sua fabricação, um fato nada sustentável. 8. Ponta de cigarro - 2 anos As pontas de cigarro são mais uma causa de decomposição ecológica. O filtro é de acetato de celulose e as bactérias do solo não podem atacar-lo. Se a ponta do cigarro cai na água a desintegração ocorrerá na metade do tempo (1 ano), mas tambem vai poluir entre 8 e 70 litros de água potável quando largue a nicotina e o alcatrão que ele contem. Como conclusão pergunte aos estudantes o que podemos fazer como todo o lixo mencionado anteriormente e introduza o conceito de 3R. Peça que os estudantes deem exemplos do seu dia a dia.

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Busque exemplos claros para distinguir a diferença entre “reutilizar” e “reciclar”.

Internacionalmente se reconhece a terminología das Três Erres ou “3 Rs” referindo-se às três primeiras letras de três palavras que são: REDUZIR, REUTILIZAR, RECICLAR. Cada uma destas palavras têm um significado específico, tal como esta descrito abaixo.


Sustentabilidade Reduzir: Minimizar a geração de resíduos. Evite qualquer coisa que, de alguma forma gera um desperdício desnecessário. Reutilizar: Usar várias vezes um produto ou material sem tratamento. Maximizar a utilidade dos objetos sem a necessidade de destruir ou livrar-se deles. Reciclar: Reintegrar os resíduos como matéria-prima para outro processo natural ou industrial e assim fazer o mesmo o novos produtos, utilizando menos recursos naturais

Ciclo de vida dos produtos

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Imaginemos Um Futuro Sustentável “Imaginemos um futuro sustentável” é uma atividade para que os estudantes vejam como agir de forma sustentável em seu dia a dia e se deem conta que adotando pequenos hábitos podem gerar impacto no planeta. Peça aos estudantes que formem grupos de 3 ou 4 pessoas e entregue a cada grupo uma folha com o nome de uma meta sustentável (Ver lista de metas sustentáveis).Peça a os estudantes que listem a maior quantidade possível de ações que possam realizar em seu dia a dia para alcançar a meta. Os estudantes devem pensar diferentes maneiras de agir de forma mais sustentável em suas casas e comunidades. Cada grupo tem 10 minutos para escrever a quantidade possível de ações. Ao terminar o tempo um estudante de cada grupo deve ler em voz alta. Os demais podem questionar alguma das opções e também agregar novas. Lista de Metas Sustentáveis (podem adicionar novos objetivos ou escolher somente alguns de acordo com a quantidade de grupos): • Gerar menos lixo • Proteger as fontes de agua • Economizar energía eléctrica • Consumir responsablemente • Reutilizar materiais


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Nascemos ou nos tornamos criativos? 10

Utilize como disparador do debate a pregunta do título: Nascemos ou nos tornamos criativos? Em função das respostas, pergunte aos estudantes o que é criatividade e se eles acreditam que é importante ser criativo. Pergunte aos estudantes se acreditam que a escola fomenta a criatividade. Para fechar o debate construa junto com os estudantes uma definição usando com base as ideias debatidas. Criatividade: é a geração de ideias ou conceitos novos. Caracterizase pela abordagem de problemas atuais a partir de uma perspectiva inovadora e imaginativa, que geralmente, produz soluções originais. Trata-se mais de estudo e reflexão, do que de ação. Criatividade = Ideias

O Vendedor Ambulante 15

O vendedor ambulante é um quebra gelo simples e divertido que consiste em tentar vender de forma criativa um objeto inexistente (algo absolutamente estranho que aparentemente não tenha valor). Peça a um estudante que passe na frente da turma. Mostre uma foto de um objeto inexistente (ver exemplos de fotos de objetos inexistentes SACAR) e dê um minuto para que possa pensar como vender. Logo mostre a foto do objeto ao resto da turma e peça ao estudante que tente vender o objeto em 3 minutos. O vendedor ambulante deve explicar ao público os benefícios do objeto, porque devem compra-lo e de que forma vai melhorar suas vidas. Para concluir pergunte ao estudante se foi difícil vender esse objeto, como surgiram as ideias em um tempo tão curto. Repita o procedimento com mais 3 estudantes.


Criatividade e Inovação

Crie o objeto inexistente, de forma visual levando imagens do mesmo ou de forma material levando um objeto tangível.

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Torres de canudinhos A torre de canudinhos é uma atividade de inovação, desenho e trabalho em equipe amplamente utilizado. Consiste em construir a torre mais alta, sustentável e resistente possível com uma determinada quantidade de canudinhos e massinha de modelar. Peça aos estudantes que formem grupos de 3 pessoas. Entregue um “Kit de Construção” (ver abaixo) e diga aos estudantes que podem usar os materiais da forma que quiserem, mas somente os que estão incluídos no kit.

Logo peça a cada grupo que arme a torre mais alta que conseguir. Dê 15 minutos a cada grupo para a construção. Passe por cada um deles para provar a resistência da torre, apoiando algum objeto em cima da mesma. Use o mesmo objeto para todas as torres, elas devem sustentar o objeto por pelo menos 20 segundos. Meça as torres com uma régua para saber qual é a mais alta e conte a quantidade de canudinhos utilizados para ver qual é a mais sustentável.

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Inovação: é o processo pelo qual as ideias criativas têm valor e são transformados em produtos úteis e utilizáveis. Envolve a maneira de ação após estudo e reflexão. Inovação= Ideias + Ação


Criatividade e Inovação

Os estudantes não podem utilizar as mãos para sustentar a torre e evitar que caia. Uma vez cumprido o tempo os estudantes não podem mais tocar as torres e devem permanecer sentados. Feche a atividade com as lições da torre e aproveite para introduzir o conceito de inovação. Explique a diferença entre criativo e inovador.

Criatividade e Inovação são duas palavras que vão da mão. Em geral criatividad e Inovação se entendem como prácticamente sinônimos e embora sejam conceitos intimamente relacionados não são exatamente a mesma coisa. Criatividade é uma ajuda para a solução de problemas dentro de uma organização ou equipe. Ela fornece novas formas de analisar a natureza do problema e para gerar uma vasta variedade de opções para a resolução. Em contraste, o termo “inovação” é em si, uma solução criativa, ou seja, é uma alteração feita, a fim de resolver um problema ou melhorar uma situação. Definição ABC: http://www.definicionabc.com

O Retrato O retrato é um jogo dinâmico e divertido no qual os estudantes devem simular uma situação da vida real e representa-la em uma foto. O objetivo é que os estudantes se reconheçam como pessoas criativas. Peça aos estudantes que formem grupos de 5 pessoas. Entregue uma “situação da vida real” a cada grupo (veja

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exemplos abaixo). Nenhuma equipe pode revelar sua situação até que o jogo tenha terminado. Dê 5 minutos para cada grupo tente simular a situação da forma mais criativa possível e explicita possível, podem usar objetos da sala de aula para ajudar. Uma vez cumprido o tempo passe por cada grupo e tire uma foto da representação da situação. Mostre a foto de um grupo e peça aos demais que adivinhem a situação representada. Repita o procedimento com cada grupo. Situações da vida real - Uma mulher dando à luz em um hospital - Um menino descobre sua namorada com um amante no ônibus. - O capitão de um time de futebol grita o gol na frente da torcida no último minuto. - Um pessoal interrompe uma entrevista na televisão do presidente da república. - O funeral de uma estrela do rock

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Leve seu computador e peça o projetor para mostrar as fotos no final da atividade. Crie outras situações da vida real, não se esqueça de ser divertido e envolver o maior número de membros de cada grupo.


Criatividade e Inovação

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Debate sobre empreendedorismo O que significa empreendedorismo e o que é ser empreendedor? Escreva no quadro nomes de empreendedores famosos e pergunte aos alunos o que essas pessoas têm em comum. Escreva as respostas no quadro e introduza o conceito de empreendedorismo contando a história de alguns dos empreendedores. Pergunte aos estudantes seconhecem uma pessoa empreendedora eressaltea importância do espirito empreendedor na atualidade. Para terminar a introdução construa junto com os estudantes uma definição para o tema a partir das ideias debatidas em sala.

El Rally Da Bolinha 15

O Rally da Bolinha é um quebra gelo dinâmico e divertido. O objetivo é fazer com que a bolinha passe pelas mãos de todos os alunos organizados em um círculo no menor tempo possível. Peça a todos os alunos que, em pé, formem um círculo. Explique as regras do jogo: - A bolinha deve passar pelas mãos de todos no menor tempo possível. - Não há limite de tentaivas, pode-se tentar quantas vezes for necessário até alcançar o objetivo no menor tempo. - A bolinha deve passar pelas mãos de todos sempre na mesma sequência, de acordo com a primeira tentativa. - Os alunos devem estar sempre em círculo. - Se a bolinha tocar o chão, devem recomeçar do princípio. Depois de dar as regras, entregue a bolinha a um dos alunos para que o jogo inicie. Fique atento para controlar o tempo. Lembre os alunos de prestar atenção qual é a seqüência da primeira tentativa, pois ela deve ser a mesma durante todas as outras. Cuide para que as regras sejam cumpridas e não ajude com mais dicas.


Emprendedorismo

Empreendedorismo: é uma busca de oportunidades sem levar em conta os recursos que atualmente controla (Prof. Howard Stevenson, de Harvard Business School). No entanto ser empreendedor é um estado de ânimo, de espírito, uma atitude. Empreendedores são as pessoas que identificam o que querem alcançar, encontram soluções e alcançam seus objetivos.

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Incentive os estudantes a alcançar o objetivo no menor tempo possivel, diga que as outras turmas conseguiram fazer em menos de um minuto.

Criando Nosso Produto Criando nosso produto é uma atividade para despertar o espírito empreendedor nos alunos. Peça aos alunos que formem grupos de 4 pessoas. Cada grupo deve criar um produto com objetos que estejam na sala ou reutilizar materiais de maneiras diferentes. Oproduto deve cumprir certos requisitos (veja abaixo). Logo cada grupo vai a frente para apresentar o produto criado e responder perguntas dos outros alunos e do juri, que pode ser composto pelos voluntários internacionais, professor e outros voluntários. Requisitos • Deve ser um produto novo ou a inovação de um produto já existente; • Deve ser um produto para donos de cachorros; • Deve servir como brinquedo para jogar com o cachorro; • Deve ser possívelutilizar ao caminhar; • Deve caber dentro do bolso ou da carteira; • Deve emitir som; • Deve ser moderno e confortável; • Deve funcionar como despertador.


Emprendedorismo

Para apresentar a turma, cada grupo deve pensar: • Um nome para a empresa; • Um nome para o produto; • O preço do produto; • Benefícios ou características pelas quais uma pessoa deveria comprá-lo; • Um slogan publicitário. Para concluir a atividade, deve-se reforçar o conceito de empreendedorismo mostrando quais são as 10 características de um bom empreendedor.

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Confiança: Os empreendedores acreditam em sua capacidade de encarar os desafios, são pessoas de atitude.

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Proatividade: Empreendedores atuam como donos da situação. Eles assumem a responsabilidade de realizar tarefas e de fazê-las com cuidado e atenção. Ao invés de enxergar apenas os problemas e responsabilizar os outros, o empreendedor se vê como responsável e orgulha-se de encontrar uma solução para melhor seu entorno, sem se contentar em deixar as coisas como estão.

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Capacidade de comunicação: Os empreendedores reconhecem que a parte mais importante de qualquer negócio é o fator humano, portanto trabalham constantemente para melhorar suas habilidades comunicativas, seja de forma escrita, oral, ou mensagens não verbais, transmitidas através da expressão facial e corporal. Sede de conhecimento: Os empreendedores sabem que o que aprendem em uma sala de aula não é o suficiente, por isso passam parte do seu tempo aprendendo por conta própria. Estão sempre buscando mais informação, fazendo perguntas, lendo e pesquisando. Também aprendem rapidamente com seus próprios erros. Companheirismo e comprometimento: Os empreendedores sabem como trabalhar em equipe, estão convencidos que realizar tarefas em grupo gera mais impacto que quando estamos sozinhos.


Emprendedorismo

Dedicação e persistência: Os empreendedores dedicam-se a cumprir seus planos, visões e sonhos.

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Gratidão: Os empreendedores são agradecidos por aquilo que têm, sabem apreciar melhor o valor das coisas. Isto lhes da agilidade e flexibilidade para adaptarem-se a as mudanças e às demandas. Respeitam e cultivam suas conquistas, assim fazem todo o possível para alimentá-las ao invés de esquecê-las.

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Otimismo: A constante atitude positiva éessencial para o empreendedor. Ele vê os contratempos como uma oportunidade valiosa de aprender através de experiências práticas. Focar nos defeitos, fracassos ou decepções do passado não permite que aproveitemos o presente e torna-se um obstaculo para o futuro.

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Liderança através do exemplo: Os líderes empreendedores não se caracterizam apenas pela sua capacidade de automotivarse, executando as tarefas com autonomia, mas tambén pela habilidade de liderarosoutros através do exemplo. Eles sabem a importância do trabalho em equipe, por conseqüência entendem a necessidade de valorizar, apoiar, e reconhecer o trabalho de todos.

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Sem medo do sucesso: Para muitos alcançar um objetivo é preciso apenas não ter medo de se arriscar. Os empreendedores assumem riscos e não temem o sucesso. De fato muitos dos grandes empreendedores começaram com pouco dinheiro.

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Chuva De Ideas Chuva de ideias (“brainstorming” em inglês) é uma ferramenta de trabalho em grupo, que facilita o surgimento de novas ideias sobre um tema ou um problema determinado. Peça aos alunos que formem grupos de 6 pessoas e troquem ideias sobre o seguinte tema: Como as aulas do EduAction podem tornar-se mais interessantes, criativas, inovadoras e divertidas? Introduza o conceito de “Chuva de Idéias”. Diga para que serve e quais são as regras. Todos os grupos devem fazer a chuva de idéias. Dê 20 minutos para que discutam as ideias para EduAction e ao afinal peça que um dos grupos apresente. Caso não seja muito interessante para os alunos falar sobre o EduAction, é possível escolher um assunto do seu interesse. Para esta atividade pode ser utilizada outra ferramenta chamada “Mapa Mental”. Se escolhida esta ferramenta ao invés da Chuva de Ideias, não se esqueça de explicar para que serve. Chuvia de ideas: É uma técnica para o desenvolvimento, criação ou surgimento de soluções criativas para um problema. Para a realização da chuva de idéias é preciso definir qual é o problema, logo, os participantes do grupo sugerem diversas soluções, trabalhando no aprimoramento das idéias o máximo possível. Uma das razões pela qual é tão eficaz é porque os participantes não só sugerem novas idéias, como são estimulados com as idéias propostas pelos outros colegas. Forma-se,assim, uma cadeia de associações. As idéias de outra pessoa servem ponto de partida para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de mais idéias.

Regras da chuva de ideas: • Não se faz críticas: durante uma sessão de chuva de ideias não se usa o sentido crítico, ideias pouco comuns são bem


Emprendedorismo vindas. Uma vez que o objetivo principal é gerar ideias variadas e pouco comuns. As críticas serão feitas na etapa de avaliação do processo. Isto permite com que os participantes sintam-se mais a vontade para sugerir ideias não convencionais. • Procura-se quantidade: Para um melhor resultado, esta atividade preza pela quantidade de ideias, não busca qualidade, e valoriza a originalidade. Quanto mais idéias, maior será a possibilidade de produzir soluções eficientes. • Combinar e aprimor as ideas: Mais que buscar o maior numero de idéias possíveis, é muito importante procurar formas de combiná-las a fim de melhorá-las. • Participação ativa: na chuva de idéias é preciso participação continua de todo o grupo. A participação de um membro permite que as idéias, por analogia, gerem mais idéias (efeito multiplicador), além disso, estimula a criatividade dos outros membros. O Mapa Mental é a ilustração de ideias, subdivididas em grupos lógicos. É feito um diagrama com desenhos e palavras sobre uma determinada idéia central. Em um mapa mental se inicia colocando um tema ou uma ideia no centro da ilustração, e ao redor as diferentes palavras chaves. É possível definir quantos temas ou subdivisões se desejar.

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Compartilhando experiências Esta atividade é especial para os voluntários locais. A vantagem principal desta atividade é mostrar um pouco da realidade local para os estudantes. O objetivo é que outras pessoas adultas mostrem aos estudantes que tiveram as mesmas perguntas e intrigas que eles têm agora e dessa forma dar algumas idéias do futuro. O voluntário deve preparar uma conversa de 10 minutos sobre sua vida desde a época que estava na escola até o dia presente. O que você se perguntava quando era jovem? Como você decidiu o que faria da sua vida? Que dificuldades você teve? O que estudou? Por que decidiu estudar e não trabalhar? Quais pessoas foram importantes para sua vida e por quê? O que atividades/trabalhos você fez? Como é o seu trabalho? Como encontrou trabalho? Deixe um espaço para perguntas.

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Em caso de não conseguir um voluntario externo, convide o professor ou o diretor da escola para compartilhar sua experiência.

O Mapa da Minha Vida 10

O desafio desta atividade é desenhar um mapa com tudo o que o aluno considera importante ou relevante na sua vida desde que nasceu até agora. O desenho pode ser de qualquer forma, mas deve incluir situações e mudanças que marcaram suas vidas. O mapa deve incluir a descrição de tres situações que causaram algum impacto em suas vidas e uma pessoa que tenha influenciado suas vidas: • Quais foram os três momentos que mais marcaram sua vida? • Quem é a pessoa que mais influenciou suas vidas, salvo seus pais?


Desenvolvimento Pessoal

Autoconhecimento: O autoconhecimento é o conhecimento de si mesmo. Esse termo é usado em muitos textos de psicologia. É reconhecer-se as falhas e virtudes.

Esta é uma atividade muito difícil para os alunos e é importante que eles tenham intimidade com os voluntários para solicitar ajuda. Em caso que não consigam fazer a atividade tente falar com cada um e fazer perguntas para guiá-los. Uma vez acabado o tempo pergunte se alguém gostaria de compartilhar seu mapa. Pergunte aos demais estudantes quem são as pessoas que influenciam suas vidas e de que forma e quais as situações que marcaram suas vidas. Para o fechamento é importante falar que na vida as coisas não só acontecem externamente, também acontecem dentro de nós. Os acontecimentos mais relevantes de nossas vidas são importantes para nós e não para os outros; eles marcam nosso comportamento e que tipo de pessoa seremos no futuro. Devemos pensar hoje que tipo de pessoa queremos ser quando crescermos e que tipo de vida queremos ter, e logo buscar os momentos e pessoas que possam influir para alcançarmos nossos objetivos.

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A Capsula Do Tempo Comece a atividade com um debate, a ideia principal é que os alunos possam pensar no futuro, motiva-los para imaginar que coisas querem alcançar, que atividades eles estarão fazendo no longo prazo, o objetivo mais importante é eles pensar que as coisas que fazem atualmente são as que vão ajudar eles para alcançar essas metas. Para continuar com a reflexão de forma mais individual divida a atividade em duas partes:

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Colocar música para se relaxar e meditar. Peça aos estudantes que em 5 minutos escrevam como acham que seria sua vida ideal em 10 anos. Não importa se acreditam que isso possa se tornar real ou não, o importante é sonhar. Para estimular os estudantes faça perguntas como as listadas abaixo: • Quantos anos terão? • Onde e com quem estarão vivendo? Com amigos? Sozinhos? Com namorado/a? Em que cidade? Casa ou apartamento? Terão uma mascote? • Como serão seus amigos? O que gostará de fazer com eles? • O que gostará de fazer em seu tempo libre? Que hobbies terão? Viajarão? Gostarão de ler? • Vão estudar ou trabalhar? Que tipo de trabalho? Terão seu próprio negocio? Serão voluntários? Se for possível peça de compartilhar algumas ideias.


Desenvolvimento Pessoal

Escreva as perguntas no quadro para que todos possam reler e assim manter o ambiente calmo.

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Desenvolvimento Pessoal

Depois desse momento mais intimo discuta as seguintes perguntas: 1. Quais oportunidades das que vocês têm no momento podem ajudar a alcançar essa vida ideal? 2. Quais oportunidades aceitam para aprender? Vocês acreditam que a escola é importante? 2. Que coisas fazem todos os dias que não ajudam em nada chegar mais perto desse sonho? Como usam o tempo? Acham que o desperdiçam? Como? Fazem alguma coisa que considerem autodestrutivo? Comente com os estudantes que algumas pessoas têm a atitude de aproveitar todas as oportunidades que aparecem para aprender e dar um passo em direção ao seu sonho. Quando não existem oportunidades devemos criar as próprias (dê exemplo de sua própria vida no qual tenha sido proativo em relação às oportunidades). Isto é conhecido como pro atividade e estas pessoas são chamada de empreendedores. Conclua a atividade com perguntas mais pessoais, que sirvam para que os alunos pensem em assuntos emocionais mais profundos e não tão focados no material. Ajude e guie com perguntas como: Como você vai saber se é em uma pessoa boa? Quem ou o que qualifica uma boa pessoa? Como gostaria de tratar as outras pessoas? E sua família e amigos? E pessoas que não conhece? E pessoas que precisam ajuda? Quais são seus valores? O que é mais importante? Quais são as características que você já tem ou gostaria de ter? Força, coragem, honestidade, sinceridade, foco, confiança, etc?

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Reconhecendo Virtudes Peça aos estudantes que formem grupos de 3 pessoas e que encontrem um lugar cômodo na sala para sentar-se. A tarefa é pensar em seus dois colegas de grupo e anotar, sem que os demais vejam, sobre cada uma das pessoas: • duas características físicas que gostem neles • dois aspectos da personalidade que apreciem • duas habilidades ou talentos que acreditem que cada um tem (aquilo que você considera que são bons). Isto quer dizer que cada aluno terá que encontrar 6 pontos fortes sobre cada colega. Dê 15 minutos para que cada grupo realize a atividade. Importante realizar a atividade em silencio. Avise que logo deverão compartilhar o que escreveram e que o objetivo é encontrar somente pontos positivos. Uma vez finalizado o tempo devem compartilhar dentro do grupo o que cada um escreveu. É bom que ao falar os aspectos expliquem brevemente o motivo. Peça aos alunos que escrevam o que os colegas falaram sobre si.


Desenvolvimento Pessoal

Inicie um espaço de reflexão pessoal onde devem comparar o que o colega disse sobre si com a forma como ele próprio se vê. Peça que respondam as seguintes perguntas: 1. Você era consciente de como outras pessoas viam seus pontos fortes ou virtudes? 2. Você concorda com as características que seus amigos mencionaram? Já percebia que tinha essas características? Esta atividade só pode ser realizada em um ambiente confidente e intimo. Os alunos devem estar tranquilos, levar a serio a atividade e ser capazes de se concentrar durante 15 minutos. Identificar suas características positivas pode levar a descobrir potenciais e surgir vontade de desenvolver-se.

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Revisão das últimas semanas Esta atividade tem a intensão de relembrar todas as semanas que os estudantes e voluntários internacionais passaram juntos, relembrando aprendizagem e melhores momentos. Os voluntários devem fazer uma breve revisão de cada oficina com a ajuda dos estudantes, relembrando atividades, principais assuntos e os pontos de aprendizagem. Use o mural EduAction como suporte. Indague sobre quais foram os assuntos mais impactantes de cada oficina e quais foram os favoritos. Também é importante ver quais expectativas foram cumpridas e quais não. Para esta atividade, leia as expectativas da árvore. O mural deve ser completado também nesta oficina, o mesmo deve permanecer na sala para que os estudantes relembrem o tempo passado junto com os intercambistas e tenham presente que no próximo semestre continuam com o Programa B. Cole uma foto dos voluntários junto com o grupo no Mural. Ao finalizar construa junto com os estudantes o conceito de retroalimentação e sua importância no desenvolvimento de cada pessoa.


Despedida

Origami do EduAction O origami do EduAction é um quebra gelo simples para entender que todos os participantes do projeto mudaram de alguma ou outra forma. Peça aos estudantes que peguem uma folha de papel em branco e que tentem representar sua experiência durante o projeto na mesma. Os estudantes devem fazer um origami que represente sua experiência, para isto, pode dobrar ou cortar a folha. Peça ao estudante que explique o seu origami. Logo peça aos estudantes que tentem deixar a folha como estava no inicio da atividade. Os estudantes devem tentar que a folha fique exatamente igual que antes do origami. Eles descobrirão rapidamente que o papel não voltará a como era antes, agora está amassado e tem marcas. Isto representa a experiência EduAction, tem um significado pessoal para cada aluno, que pode ser diferente ou igual ao de outros. O único que é indiscutível e igual para todos é o fato de que a experiência modificou algo em cada um dos participantes, igual que o papel, ninguém pode ser o mesmo que era antes, depois de ter passado pelo projeto.

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Retroalimentação (feedback).A retroalimentação é um elemento que se utiliza constantemente na comunicação e que pode favorecer ou obstaculizar a aprendizagem. Consiste na informação que se proporciona a outra pessoa sobre seu desempenho com intensão de permitir reforçar suas fortalezas e superar suas deficiências.


Despedida

Rodada de retroalimentação

A

A rodada de retroalimentação é a ultima atividade do programa A e tem como objetivo mostrar aos estudantes o que é a retroalimentação e qual é a importância de utilizá-la como ferramenta efetiva para o desenvolvimento das pessoas. Peça aos alunos que sentados formem um círculo. Entregue a um deles o dado da retroalimentação (ver foto). O dado da retroalimentação contem em cada uma de suas caras o nome de uma oficina. Peça ao estudante que lance o dado e dê uma retroalimentação sobre a oficina que sair. Logo, ele deve escolher um colega para que continue a atividade. Todos devem lançar pelo menos uma vez o dado, e consequentemente dar uma retroalimentação sobre alguma das oficinas. Para torná-lo mais dinâmico pode adicionar perguntas ou prendas ao dado.

Fotos Todos que tem a possibilidade e o privilégio de formar parte do EduAction têm a responsabilidade de se preocupar pela continuidade do projeto. Para continuar impactando e melhorando as experiências que o projeto oferece a seus participantes, é importante comunicar a experiência aos futuros EduActioners.

A+

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A+ Recadinhos

Os recadinhos são mensagens que os estudantes deixam para os voluntários, são outro jeito para não esquecer os momentos junto aos estudantes na ultima oficina. Coloque dois grandes envelopes com os nomes dos voluntários internacionais no quadro. Os estudantes podem escrever suas mensagens e deixa-las dentro do envelope. Incentive aos estudantes escrever suas mensagens, pode pedir que escrevam sobre o que aprenderam com o projeto ou de sua experiência. As mensagens podem ser anônimas ou levar o nome e o contato da pessoa que escreveu. Os voluntários podem adicionar mais um envelope e deixar suas mensagens pessoais para todo o grupo no Mural do EduAction.

A+ Video O vídeo é uma forma dinâmica e emotiva de se despedir do grupo. A atividade precisa planejamento e documentação dos momentos ao longo do projeto. Os voluntários internacionais fazem um vídeo de despedida para os estudantes contando a experiência em imagens, mensagens, e o aprendizado que o projeto deixou.


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Bibliografía: Directrices De La Unesco Sobre La Educación Intercultural. Sección de Educación para la Paz y los Derechos Humanos. División de Promoción de la Educación de Calidad. Sector Educación de la UNESCO. Estado De La Población Mundial. UNFPA. Fondo de Población de las Naciones Unidas. 2011 Educación Para El Desarrollo Sostenible. Sector Educación de la UNESCO. Revisión Del Concepto De Educacion No Formal. Cuadernos de Cátedra de Educación No Formal - OPFYL; Facultad de Filosofía y Letras UBA, Buenos Aires, 2006. Algunos elementos claves de la capacitación para el trabajo para los jóvenes con una dimensión internacional o intercultural, T-kit- Training Essentials, Consejo de Europa y Comisión Europea. UNESCO Convention on the Protection and Promotion of the Diversity of Cultural Expressions (2005) Mopki. Mónica Kalil Pires. 12 Características De Un Buen Emprendedor. Action Coach. Business Coaching. http://www.actioncoach.com

http://www.eduactionproject.org ©Todos los derechos reservados.


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