Capitaes da areia jorge amado

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fugir, mas a bala o alcança nas costas (p. 236) Depois Volta Seca corre para cima dele com o punhal, sacia sua vingança. Zé Baiano diz: -- Este menino é dos bons... -- A mãe dele era um bicho, minha comadre... -- lembra Lampião orgulhoso. -- Uma verdadeira fera... -- pensa o viajante enquanto o trem se move lentamente após os empregados afastarem os toros de madeira de sobre os trilhos. O grupo de cangaceiros se perde na caatinga. O ar do sertão enche o peito de Volta Seca, que pára e com o punhal faz dois traços na madeira do fuzil. Os dois primeiros... Ao longe o trem apita angustiosamente. Como um trapezista de circo Fora demasiada audácia atacar aquela casa da rua rui Barbosa. Perto dali, na praça do Palácio, andavam muitos guardas, investigadores, soldados. Mas eles tinham sede de aventura, estavam cada vez maiores, cada vez mais atrevidos. Porém havia muita gente na casa, deram o alarme, os guardas chegaram. Pedro Bala e João Grande abalaram pela ladeira da Praça. Barandão abriu no mundo também. Mas o SemPernas ficou encurralado na rua. Jogava picula com os guardas. Estes tinham se despreocupado dos outros, pensavam que já era alguma coisa pegar aquele coxo. Sem-Pernas corria de um lado para outro da rua, os guardas avançavam. Ele fez que ia escapuli por outro lado, driblou um dos guardas, saiu pela ladeira. Mas em vez de descer e tomar pela Baixa dos Sapateiros, se dirigiu para a praça d Palácio. Porque SemPernas sabia que se corresse na rua o pegariam (p. 238) com certeza. Eram homens, de pernas maiores que as suas, e além do mais ele era coxo, pouco podia correr. E acima


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