CONCEITOS GERAIS c) que somente o assaltante paulista não se vale de um vocativo para referir-se à sua vítima. d) que, na Bahia, respeita-se mais o padrão culto da língua, uma vez que o assaltante baiano não comete erros de ortografia. e) que Minas Gerais é o estado brasileiro em que há menos preocupação das pessoas em valorizar a norma culta do idioma.
açougue é talho. Trem é comboio. E torcida é claque. Que pimbolim é matraquilhos. (Revista Língua, fevereiro de 2009, p. 38.)
Scolari menciona diferenças entre o português do Brasil e o de Portugal no que se refere a: a) ortografia. b) pronúncia. c) vocabulário. d) acentuação. e) gramática. Diante de uma tabuleta escrita colégio é provável que um pernambucano, lendo-a em voz alta, diga còlégio, que um carioca diga culégio, que um paulistano diga côlégio. E agora? Quem está certo? Ora, todos estão igualmente certos. O que acontece é que em todas as línguas existe um fenômeno chamado variação, isto é, nenhuma língua é falada do mesmo jeito em todos os lugares, assim como nem todas as pessoas falam a própria língua de modo idêntico.
Texto I No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra [...] ANDRADE, C. D. Reunião. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971 (fragmento).
Texto II As lavadeiras de Mossoró, cada uma tem sua pedra no rio: cada pedra é herança de família, passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo [...]. A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se reúne ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa uma canção, percebe-se que a nova pedra a acompanha em surdina...
(Marcos Bagno, Preconceito Linguístico, p.52)
QUESTÃO 07 - (ENEM - SIMULADO) - Após a leitura do texto, assinale a alternativa que não considera a variação como um fenômeno natural. a) “Essas crenças sobre a superioridade de uma variante ou falar sobre os demais é um dos mitos que se arraigam na cultura brasileira. Toda variedade regional ou fa lar é, antes de tudo, um instrumento identitário, isto é, um recurso que confere identidade a um grupo social.” (Stella Maris Bortoni-Ricardo,
[...] ANDRADE, C. D. Contos sem propósito. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, Caderno B, 17/7/1979 (fragmento).
QUESTÃO 05 - (ENEM - 2009) - Com base na leitura dos textos, é possível estabelecer uma relação entre forma e conteúdo da palavra “pedra”, por meio da qual se observa: a) o emprego, em ambos os textos, do sentido conotativo da palavra “pedra”. b) a identidade de significação, já que nos dois textos, “pedra” significa empecilho. c) a personificação de “pedra” que, em ambos os textos, adquire características animadas. d) o predomínio, no primeiro texto, do sentido denotativo de “pedra” como matéria mineral sólida e dura. e) a utilização, no segundo texto, do significado de “pedra” como dificuldade materializada por um objeto.
Educação em Língua Materna, p. 33)
b) “Podemos flagrar variação em todos os níveis de língua. Por exemplo, no nível lexical, poderíamos citar conhecidas oposições de forma: ‘jerimum’ (Bahia) e ‘abóbora’ (Rio de Janeiro). No nível gramatical, vimos a variação ‘elas brincam/brinca’.”(Mário Eduardo Martelotta, Manual de Linguística, p.145)
c) “As variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.”(Revista Conhecimento Prático de Língua Portuguesa, edição 16, p. 57)
d) “Fiat lux. E a luz se fez. Clareou este mundão cheinho de jecas-tatus. (...) Falamos o caipirês. Sem nenhum compromisso com a gramática portuguesa. Vale tudo: eu era, tu era, nós era, eles era.” (Dad Squarisi, Correio
QUESTÃO 06 - (ENEM - SIMULADO) - Na época em que foi técnico da seleção portuguesa de futebol, Luiz Felipe Scolari participou da propaganda de um banco lusitano. Sua fala era a seguinte: Quem sai do seu país, como eu e você, tem de adaptar-se a muitas coisas novas. Incluindo a língua. Eu tive de aprender que aeromoça é hospedeira, que cadarço é atacador. Aprendi que
Braziliense, 22/6/1996)
e) “Existe muito preconceito decorrente do valor atribuído às variedades padrão e ao estigma associado às variedades não padrão, consideradas inferiores ou erradas pela
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