curso completo sonorizacao ao vivo para igrejas

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Sonorização ao vivo para Igrejas

Não esqueça de verificar a sensibilidade do microfone. Ele deve conseguir captar o som mesmo há vários centímetros da fonte sonora. Há inúmeros microfones que só captam o som se a pessoa “colar” a boca no microfone. Fuja desses. Muitas igrejas acabam comprando apenas um único tipo de microfone para todos os usos vozes masculinas e femininas e até instrumentos. Isso é possível, mas o teste terá que ser feito com uma voz feminina, uma masculina e os instrumentos com os quais serão utilizados também. Lembre-se: um microfone pode ser melhor para um tipo de voz do que outro, mas existem modelos que atenderão a todos os usos com uma boa qualidade. Nunca teste microfones em um equipamento (mesa de som, caixa acústica, etc) de má qualidade. O teste vai nivelar os microfones por baixo, por causa dos outros componentes. Aí, com todos os microfones soando igual, acaba-se comprando pelo preço, e a escolha pode não ser muito boa.

6.17 - Casos reais envolvendo microfones A esposa do Pastor tinha uma lojinha, e vivia viajando para São Paulo para trazer “novidades”. Certa vez, trouxe uns microfones que funcionam com e sem fio (!) para a igreja. Horríveis, qualidade péssima, transmissão de FM cheia de interferências, mas foram comprados pela esposa do pastor, que também era a dirigente do coral. E ela insistiu que usasse esse microfone para o solo no culto. Eu tentei argumentar, disse que já tínhamos microfones melhores na igreja, que a transmissão em FM era muito sujeita à estática, etc. Tentei à toa, pois ela usou suas prerrogativas de dirigente e "esposa do pastor". “Então está bom, vamos usar, mas não me responsabilizo” – falei. Primeiro louvor solo, e foi mais interferência que hino. Ela, que estava sentada ao meu lado, disse que isso não tinha acontecido em São Paulo, que lá o som era cristalino, e que no próximo hino usasse o microfone com fio. Confesso que, com fio, o microfone funcionou melhor que quando sem fio, mas ainda pior do que estávamos acostumados com os nossos microfones. "Só pode ser defeito desse aí", ela disse, e depois do culto testamos todos os que ela havia trazido. Todos com o mesmo “problema”. Só sei que ela recolheu todos e nunca mais os vi. Graças a Deus! O irmão que, querendo ajudar, prometeu que ia arrumar um microfone sem fio para a igreja. Foi na loja e pediu para ver alguns. O vendedor começou logo pelos mais caros, com preço acima de 1.000 reais. Ele não podia gastar tanto, então o vendedor passou para os microfones de 300 a 500 reais. Já vendo que entrou em uma enrascada, e não querendo faltar com a promessa, perguntou ao vendedor qual o microfone sem fio mais barato que ele tinha. Um de 80,00 reais, e ainda por cima duplo! Todo satisfeito, comprou! A alegria durou até o pastor ir testar. Até que funcionava, desde que a base estivesse à no máximo uns 5 metros e que o pastor falasse bem alto, com a boca grudada no microfone. Ele passou uma vergonha... Muitas vezes fazemos certo, mas esquecemos de explicar os porquês e daí vem os problemas. A moça que cantava os solos também era a tecladista. Tinha um retorno diretamente à frente dela, então peguei um pedestal, coloquei um supercardióide exatamente virado para a boca dela, bem próximo, e testamos com um volume altíssimo, mas ainda assim sem microfonias. Estava tudo excelente. Na hora do culto, o responsável pelo louvor indicou um hino diferente do programado, que ela não havia ensaiado. Alguém sentado um pouco longe, empunhou uma cópia do hino, e a moça, para ler a cópia, teve que inclinar a cabeça para o lado. E lá foi o hino todo sendo cantado com o microfone virado para a orelha dela. Ninguém ouviu nada e a culpa foi do minha, operador de áudio. 68


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