Revista Kzuka Julho de 2013

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BIA E BRANCA

PIX FOTOMOVIMENTO

Smile Flame Os guris da fรกbrica de iniciativas solidรกrias

Primeira empresa A galera das escolas tรก cada vez mais criativa

E3 PS4 ou XBox One? Quem ganhou a briga do evento

Nยบ137

JULHO/2013


POR AQUI BASTIDORES A capa deste mês é com a Bia e a Branca Feres, as gêmeas que ficaram famosas com o nado sincronizado e hoje brilham na televisão. A gente armou uma sessão de fotos com elas e foi só alegria. Elas são molecas, divertidas, simples, cúmplices, tagarelas e fazem poses como pouco artista consegue. Elas também aproveitaram pra participar do nosso projeto “Eu Tenho um Sonho, Qual o Seu?” que você confere nessa edição.

DIREÇÃO GERAL Ariane Roquete PRODUTO FêCris Vasconcellos

COMERCIAL EXECUTIVOS RS Bárbara Zarpelon Ricardo Machado

EDITORIAL

OPEC Carla Rodrigues da Silva RIO GRANDE DO SUL: (51) 3218-7221

GRUPO RBS PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E COMITÊ EDITORIAL

Nelson Pacheco Sirotsky DIRETORIA EXECUTIVA

PRESIDENTE EXECUTIVO Eduardo Sirotsky Melzer JORNAIS, RÁDIOS E DIGITAL Eduardo Magnus Smith TELEVISÃO Antônio Augusto Pinent Tigre

01 MANIFESTO Dos manifestos que rolaram em junho, a gente tem que tirar algumas lições. Uma delas é de que é preciso saber, não só o que se quer, mas como se quer. Você não quer o governo atual? Então, quer que governo? Você não quer os partidos? Mas em que tipo de grupo as pessoas devem se reunir. A polícia é truculenta? Qual seria a melhor atitude? Sair para a rua por sair só atrapalha as causas realmente legítimas. Sim, todos têm direito de se manifestar como quiserem, mas é preciso entender as consequências do que se faz. É lindo ver 15 mil

pessoas cantando o hino nacional em plena João Pessoa, mas o que vem depois disso? Apenas repetir o que os outros dizem não é legal. O que é legal é sentar, conversar, perguntar pros mais velhos, se informar de todas as formas até escolher a sua causa, o que você quer que seja feito sobre ela e como vai conseguir isso. Mudar o país passa por mudar a nós mesmos. Passa por pensar, passa por ouvir. “O gigante acordou”, mas é bom que ele abra os olhos, é bom que tenha atitude e o combustível para isso está dentro de cada um de nós. Com inteligência e colaboração de verdade, chegaremos longe.

FêCris Vasconcellos

FÉRIAS DE JULHO É BOM PARA S-E-S-S-Ã-O D-A T-A-R-D-E

Descansar...

Férias? Que isso?

FêCris Vasconcellos

Eduardo Kinjo Analista administrativo

Carina Kern Designer

FINANÇAS Claudio Toigo Filho

Fingir que a vida é um toddynho gelado

Exterminar a to-do list

Acabar todos os freelas

GESTÃO E PESSOAS Deli Matsuo

Paula Minozzo Repórter

Laura Hickmann Estagiária online

Debora Zilz Designer

ESTRATÉGIA E DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS Luciana Antonini Ribeiro

Cadê?!?!?! Exijo meus direitos

Passar frio ;(

Dormir muito!

NEGÓCIOS DIGITAIS - E.BRICKS Fabio Bruggioni

Marina Ciconet Repórter

Franklin Peres Comunika

Gustavo Gonçalves Designer

Cobertor de orelha

Assistir desenho debaixo das cobertas tomando Nescau

Curtir a vida dificil em Porto Seguro

Gustavo B.Rock Repórter

Renuska Celidônio

Capu Comunicador

JORNALISMO Marcelo Rech JURÍDICO E RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS Alexandre Kruel Jobim

Editora

fecris.vasconcellos@kzuka.com.br

paula.minozzo@kzuka.com.br

UNIDADE DE EDUCAÇÃO Mariano de Beer DIRETORA DE REDAÇÃO ZH E JORNAIS RS Marta Gleich

marina.ciconet@kzuka.com.br

KZUKA | julho 2013

reportagem@kzuka.com.br

PRESIDENTE EMÉRITO

FUNDADOR

Jayme Sirotsky

Maurício Sirotsky Sobrinho (1925-1986)

KZUKA #137

Quer ler esta e todas as edições da Kzuka na internet?

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Repórter

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KZUKA OPINIÁO

Foto Giuliano Cecatto, especial

Vestibular de Inverno ESPM

POR AI

ROLETA RUSSA DO O FACEBOOK Texto: Paula Minozzo | Foto: Reprodução

A REVOLUÇÃO DE DENTRO

Texto: FêCris Vasconcellos | Foto: Carlos Macedo, especial

Se a gente não quer o sistema como está hoje, o que a gente quer? Enquanto essa pergunta fica pipocando na sua cabeça, vamos avaliar o que podemos fazer em casa, no nosso microuniverso. Eu não posso fisicamente impedir a corrupção, mas posso protestar. Eu também posso mudar as minhas atitudes, fazerScussel do Brasil Annapara Theresa um país menos corrupto, não só nas altas camadas da política, mas como um todo. Então, aquela graninha a mais pro segurança da balada te deixar passar na frente de quem tá há horas na fila, vamos brigar contra isso? E, se na conta do restaurante faltar um refri, vamos avisar? A mudança também acontece dentro da gente. Ser mais gentil, dar exemplo para as crianças, aplaudir boas iniciativas, tudo isso é parte de querer um país melhor. Não dá pra esquecer disso. Falando na nossa parte, toda vez que uma lei for aprovada em alguma câmara legislativa, que tal verificar quem votou a favor ou contra? Dessa maneira, fica mais fácil decidir em quem confiar nas próximas eleições. O legal do nosso sistema democrático não é só que nos permite sair para protestar, mas que exije que escolhamos nossos representantes. Então, vamos pra rua protestar sim, mas também vamos revolucionar as nossas atitudes. Cada um faz a sua parte e ajuda na melhoria do todo.

MAIS EDUCAÇÃO MENOS BUZINA Texto: Renuska Celidonio Foto: Jean Pimentel, Agência RBS

PREPARA: MC ANITTA Texto: Marina Ciconet | Foto: Divulgação

Larissa Machado, 20 anos, cantora. Quem é ela? Mc Anitta! Não sabe quem é? Não brinca! “Prepara; que agora; é hora; do show das poderosas; que descem; rebolam; afrontam as fogosas...”. Esse é só um dos hits da funkeira (há quem diga que ela é a nova Kelly Key pelo estilo e atitude). As músicas dela tocam em qualquer tipo de balada e são cantadas em coro pela gurizada. Anitta é gata e abusada, não é mulher fruta, já pegou Neymar (será?), tá dando pinta em todos os programas de TV e o povo do entretenimento diz que o cachê dela triplicou no último mês. O Kzuka super curte, mas escuta aí no YouTube o som dela e tira sua própria conclusão: Menina Má, Meiga e Abusada e Show das Poderosas estão no topo da lista das músicas mais pedidas das rádios.

Talvez seja normal pra quem dirige se estressar no trânsito. Mas até que ponto isso é aceitável? Dia desses, voltando pra casa num trânsito nada tranquilo, cheguei perto de uma esquina (sem sinaleira) e vi um garoto, com seus 15 anos, tentando atravessar. Ninguém deixava. Ele estava na faixa e os carros passavam sem dar atenção. Quando chegou minha vez, resolvi parar e deixá-lo passar. O que aconteceu? O carro atrás do meu não parou de buzinar. Me ultrapassou em alta velocidade, irritadíssimo. Cadê a educação? E a paciência? Afinal, deveria mesmo ser normal se estressar no trânsito ou isso só acontece porque há motoristas que só enxergam a si próprios?

Se você gosta de viver perigosamente e ama de sua conta no Facebook, conheça o app Social Roulette. O aplicativo faz alusão a roleta russa, mas ninguém sai machucado dessa, apenas a sua vida social online, que estará a mercê da sorte. Sendo assim, se tudo der errado, seu perfil na rede social será deletado. Mesmo sendo difícil deletar permanentemente uma conta na rede do Seu Zuckerberg, o app promete excluir todas as suas informações, postagens, fotos tudo. Tenso, não? Até o fechamento dessa edição, ninguém da redação Kzuka teve a coragem.

Anaí Corrêa

UMA CALCULADORA, UM DATE Texto: Paula Minozzo | Foto: Reprodução

Os bailes de formatura nos EUA são a grande tradição dos colégios e rola alta pressão pra ver com quem você vai acompanhado. Sendo assim, a nova heroína da internet é Regina Reynolds, uma menina que prometeu levar sua calculadora científica, caso ninguém a convidasse. Em entrevista ao programa da TV americana Jimmy Kimmel, ela contou que as calculadoras são objetos preciosíssimos no seu colégio. A mãe de Regina confessou que odiou a idéia e esbravejou que ninguém acharia engraçado. – A internet vai achar engraçado, mãe – argumentou Regina. Dito e feito. A menina sem date foi com a calculadora enfeitada com um smoking de papel e um colega postou as fotos da cena no seu Tumblr. Agora, Regina é a grande heroína da web lá nos EUA. Certamente, foi um alívio e uma grande ideia para quem se sente pressionado: leve tudo isso na brincadeira.


LOUCOS PELA

UFRGS



M O D a

gente que faz estamos, de fato, vivendo um clima de mudança no brasil. a Galera tÁ na rua eXiGindo uma Postura diferente do Governo e da PoPulaçÃo. bonito, Justo, verdadeiro. mas Que tal começar a mudar vocÊ tambÉm Para colaborar com o coletivo faZendo a sua Parte? essas trÊs meninas sÃo um eXemPlo Para todos nós. insPire-se.

KzuKa | julho 2013

texto marina ciconet foto andressa barros, esPecial arte carina Kern

renata GalvÃo, 22 anos, estudante de Jornalismo. mora (e ama) na África do sul sonha com um Povo menos conformista


expressão, ouvir o outro e ter a chance de mudar de opinião quantas vezes quiser. Aquela velha história de conhecer todas as visões para, enfim, decidir que caminho seguir. Nos últimos dias, com as manifestações que mobilizaram o Brasil, ela abriu os olhos pra várias coisas. A Laura acredita em luta por objetivos concretos e expõe a opinião dela nas redes sociais e nas rodas de amigos. E, acreditem: sofre preconceito por ser bonita, de boa família, classe média. Aquele velho e chato clichê. – É como se eu não tivesse credibilidade pra opinar, sabe? Pra mim, ter informação e saber o que a gente tá falando vale mais do que estar na rua. Não tiro os méritos de quem tá lá na luta, mas a gente tem que procurar entender o contexto. Adoro discutir sobre assuntos diversos, expor a minha opinião e sempre estou aberta pra críticas – revela. E o que falar da Gabriela Guerra, 26 anos? Engajada em causas sociais desde pequena, influenciada pela família, fez Psicologia para ajudar as pessoas (mas acabou não se formando), trabalhou na Perestroika e hojefaz parte do Porto Alegre Como Vamos, um movimento pela participação na sociedade política. O POA Como Vamos é um movimento apartidário, que busca atuar no desenvolvimento da Capital, facilitando a relação entre sociedade civil e governo e estimulando a cultura. – Nós não temos um líder, o que torna as decisões mais demoradas, mas, ao mesmo tempo, abre espaço pra muita reflexão e discussão válida. Qualquer pessoa pode participar das reuniões. Acreditamos que conseguiremos mudar o sistema se entendermos o que acontece agora. “Eu odeio política, mas vou pra rua manifestar”. Como assim? Isso é político. Vamos abrir a cabeça – diz. Há dois anos, parou pra se aprofundar mais em assuntos sociais que sempre gostou. Pra ela, há momentos que não dá pra fugir do assistencialismo (ela e uma amiga ajudaram Santa Maria e Vila Liberdade após as tragédias com 43 mil reais arrecadados em uma vaquinha online), mas estudar pra pensar no “pilar da coisa” também é fundamental. – O buraco é mais embaixo. A pessoa passa frio e eu dou um casaco pra ela. Ótimo! Mas como posso acabar com o problema da pessoa não ter grana pra comprar um casaco? Leio e estudo muito sobre isso – revela Gabi. Abrindo espaço pro diálogo, as relações pessoais mudam, a visão de mundo também e as conversas são mais profundas. A Gabi é a favor de uma cidade nossa, com espaços nossos. O lugar das pessoas é na rua e ela já participou de ações na Capital que incentivavam esse tipo de comportamento. – Sou contra as obras da Copa porque, pra mim, não faz sentido mais espaço pra carro do que pra gente na cidade. Vendi meu carro e hoje ando a pé, de bike, de bus, de carona. E é impressionante como vejo mais Porto Alegre agora. No ônibus, abro espaço pra relações com as pessoas que se oferecem pra segurar minha mochila. Isso também é uma forma de ativismo: agir de acordo com o que você acredita. E eu acredito muito nisso – defende. Mas e aí... Qual o seu papel nisso tudo? O que você faz por você, pelas pessoas que te cercam, pela sua cidade? O que você quer do nosso Brasil, do mundo que vivemos? E o que vai fazer pra tudo isso acontecer? Vamos pensar. Vamos trocar ideia. Vamos mudar. Juntos.

KZUKA | julho 2013

Dá gosto de ver gente fazendo a diferença. Gente fazendo a sua parte, demonstrando que se importa com o coletivo, colaborando para um mundo mais justo, unindo pessoas, promovendo o debate de ideias, fazendo acontecer. Legal é ver projetos saindo do papel, gente buscando seus sonhos mais distantes, desejando maior qualidade de vida para todos e pensando menos no próprio umbigo. Gente que tenta entender o pensamento do outro, muda seu jeito de agir e pensar e se expõe sem medo de julgamentos. Que bacana ver gente que corre atrás da sua felicidade e faz ela se tornar realidade. Gente que não se conforma, que busca o diferente, que não acredita no impossível e que, sim, arrisca. Mudar, arriscar... Verbos tão deliciosos. Estamos vivendo um momento histórico. Nós, jovens, cheios de sonhos e de vida, estamos na rua, literalmente, em busca de mudanças. Ok, você pode até pensar que as manifestações mudaram de rumo... Que perdemos o foco... Que isso tudo não vai longe... Mas uma coisa é certa: nós mudamos. Nós fizemos. Nós nos importamos. Acontecemos! Foi baseado nesses grandes (e lindos) fatos dos últimos dias que buscamos pessoas que fazem a diferença para figurar nas nossas páginas de moda deste mês. Beleza, todos nós queremos um coletivo diferente, mas podemos atalhar. Se cada um fizesse a sua parte e colaborasse para um mundo melhor, individualmente, talvez não teríamos tantos fatores contra os quais protestar. Isso não significa que se você não faz (vamos repensar, ok?) não tem direito de ir pra rua. Você tem. Você deve. É o jeito. A Renata, a Laura e a Gabriela têm formas diferentes de ver o mundo e de lidar com a diferenças. Mas uma coisa elas têm em comum: vontade, sonhos, sede de mudança. Do aqui e do agora. Sem deixar pra depois. Com suas atitudes, acabaram virando referência pra muitos (nas redes sociais, na roda de amigos, na sociedade em geral). A Renata Galvão, 22 anos, é fã de Nelson Mandela e, desde pequena, sonhava em conhecer a África do Sul. Começou a fazer trabalho voluntário com 12 anos no Brasil, quando pode se cadastrar nos Parceiros Voluntários. Com 16 anos, na época em que era a defensora dos colegas na escola (ela nunca suportou bullying, preconceitos e violência de qualquer espécie), decidiu que queria ser jornalista. – Uma vez fiz um texto onde chamava a minha geração de “café com leite”. Achava a nossa galera muito conformista. Nunca fui líder, mas sempre me indignei com o nosso perfil. Hoje, estou surpresa. Temos um descontentamento coletivo muito forte, não sabemos direito o que fazer com isso, mas uma coisa é certa: nós acordamos! Temos voz! - diz Renata. E o sonho da África? A Renata foi. Fez as malas e se mandou pra África do Sul em busca de trabalho, estudo e conhecimento. Se encantou, se apaixonou. A Rê mora lá há quase dois anos, transcreve textos para ganhar grana, mas o que aquece a paixão dela pela cultura africana é o voluntariado. Ela ajuda um orfanato no dia a dia, mergulhou na realidade das crianças e pegou aquilo como seu. Ela cuida, ela dá um jeito, ela faz. E como! Laura Hickmann, 19 anos, é uma pequena notável. Na época do colégio, quando fazia teatro voluntário em escolas e asilos, vivia em conflito por ser diferente em meio a um grupo cheio de estereótipos. Pra ela, democracia é livre


M O D KZUKA | julho 2013

A

LAURA HICKMANN, 19 ANos, estUdANte de PUBLICIdAde. eM CoNstANte MUdANÇA, deFeNde A PLURALIdAde de oPINIÕes e BUsCA de INFoRMAÇÃo seMPRe


KZUKA | julho 2013

GABI GUERRA, 26 ANOS. EXEMPLO PRA MUITOS, AcREdITA NA MUdANรงA dO SISTEMA E dEFENdE UMA PORTO ALEGRE NOSSA, cOM ESPAรงOS NOSSOS


POP UP

DICA

DO CAPU Reprodução Appstore

Falae, bandiloco, tudo na boa? Minha dica de hoje é pra galera que faz parte dos mais de 2 milhões e meio de assinantes no YouTube do canal Porta dos Fundos, que até capa da nossa revista Kzuka já foi. Os atores e comediantes que figuram por lá viraram celebridades por conseqüência das esquetes inteligentes e qualidade das produções, e agora rola um atalho para esses vídeos direto do teu celular. Os caras lançaram um aplicativo irado para iOS (sistema operacional da Apple) que reúne tudo de maneira organizada e simples, mas com alguns detalhes bem interessantes. Além do óbvio, como link com as redes sociais para indicar ou dar

feedback do que foi visto, também rola ser avisado sobre o lançamento de cada episódio novo, mas o mais interessante é o sistema em que, ao colocar o iPhone de cabeça para baixo, aparecem os bastidores e erros de gravação. Quase sempre é tão engraçado e bizarro quanto o vídeo normal. Por enquanto o aplicativo, que tem pouco mais de 9 mb, está disponível apenas os usuários de iPhone e iPad, mas, segundo os humoristas ,em breve chega a versão para Android e todo mundo fica feliz. Quer saber mais sobre o canal? Lá no www.kzuka.com.br tem uma entrevista exclusiva com a galera do Porta dos Fundos. Irado, né?

Foto Reprodução Instagram sinistro67

D2 NÃO PODE PARAR O rap do Marcelo D2 voltou. Não é a toa que o cara é conhecido por ser uma máquina de hits, tendo o respeito de todos, desde o mais radical do rap até o sambista. Depois de lançar um CD onde somente interpretava sons do ídolo Bezerra da Silva, o rapper volta a mandar as rimas no disco Nada Pode Me Parar, emplacando uma música atrás da outra. A produção do álbum ficou por conta de Mario Caldato Jr, que também trabalhou em Os Cães Ladram, Mas a Caravana Não Para, do Planet Hemp, além de ser o responsável por trabalhos de ícones mundiais como Beastie Boys, Jack Johnson e Beck. Outra curiosidade é que uma das faixas, a Na Veia, foi gravada no lendário Electric Lady, em Nova York, estúdio de Jimmy Hendrix. Além disso, D2 lançou um site especialmente para o álbum, onde proporcionou um concurso cultural onde DJs e músicos podem apresentar remixes da música Eu Já Sabia. Quer saber mais? www.nadapodemeparar.com.br


SOUND KZUKA

por CAPU com Renuska Celidonio

BLACK SABBATH: 13

Continuando na vibe rock and roll, mas agora falando de Brasil, uma das dicas pra galera que quer saber sobre a influencia do rock no nosso país é ler sobre o assunto. O jornalista Ricardo Alexandre é o autor do livro Dias de Luta: o Rock e o Brasil nos anos 80, lançado em 2002 e relançado e revisado agora em junho, é essencial para quem é músico ou quer entender mais do poder da atitude rock. Como as bandas faziam com divulgação e tudo mais em uma época sem internet? Sem YouTube? Como elas faziam uma geração inteira, por ouvir um som, procurar entender mais de política? E por ai vai. Outra novidade do autor é que atualmente ele está escrevendo um novo livro, intitulado Cheguei Bem a Tempo do Palco Desabar, que também tem como tema o rock, mas, dessa vez, dos anos noventa. musica.br.msn.com/blog

KANYE WEST ESBANJA No Brasil, nós temos o funk ostentação, onde o mais importante é mostrar que você é f**a, tem muita grana e pega muita mina. Já na gringa, não é bem no funk, mas também tem cara ostentando pra caramba por aí, e um dos que faz isso com maior destreza é o rapper Kanye West. Quer ouvir sobre ouro, mulheres, carrões e cia? Então o Yeezus, mais novo álbum do cara, é um prato cheio e ja está disponível para curtir na íntegra por streaming, já que, antes disso, grande parte havia vazado de forma ilegal. Irada a iniciativa do cara, se é pra galera ouvir antes do lançamento, que seja por uma fonte correta e com qualidade boa. Pra ter uma ideia do peso desse álbum, pela produção passaram nomes como Mike Dean e a dupla francesa Daft Punk, então curte o

IVO MOZART Você certamente já ouviu falar no Ivo Mozart. O cantor de 27 anos é o responsável pela composição, produção e alguns vocais do hit Vagalumes, da banda Pollo. Ivo compôs Vagalumes há muito tempo, mas não podia lançar porque sua gravadora não queria divulgar a música. Foi aí que ele conheceu os garotos da banda e deu início à produção. – Nós não nos conhecíamos, mas morávamos no mesmo bairro. Acabei chegando

neles por amigos em comum e pirei no som – conta. Bombada no Brasil todo, o sucesso da música só ajudou a carreira de Ivo, que trabalha com um projeto solo há 12 anos. O cara já veio diversas vezes a Porto Alegre e toda a banda dele é do Sul. – Três integrantes da minha banda são de Santa Maria! Me sinto basicamente um gaúcho, quase um gaudério - conta, rindo. E o plano do “quase gaúcho” é lançar um CD novo e outro clipe ainda este ano.

KZUKA | junho 2013

Divulgação, Ivo Mozart

Reprodução kanyewest.com

Já que estamos no mês do rock, nada mais justo do que ir direto na raiz. Uma boa pra galera que curte um som mais pesado e das antigas é o álbum 13, do Black Sabbath, que vendeu mais de 155 mil copias somente na semana de lançamento, encabeçando o Top 200 da Billboard. Em época de internet, amigo, 155 mil cópias é MUITA coisa. 13, apesar do nome, é o décimo nono disco na história da banda, e o primeiro com Ozzy, Tony Iommi e Geezer Butler, fundadores de uma das maiores bandas de heavy metal do mundo, em 35 anos. Os caras tocam no Brasil em outubro e Ozzy vai mostrar que, apesar da seqüela, ainda é um vovô cheio de rock em Porto Alegre no dia 9, na FIERGS.

Diasdeluta - Divulgação - Arquipelago editorial

Reprodução Youtube

DROPS


KZUKA.COM.BR /GEEK ME

ADRIANA FRANCIOSI

APPS QUE TE AJUDAM A ACORDAR /SOUND KZUKA

/LIFESTYLE

DESIGN + FELICIDADE

É daqueles que sofre todas as manhãs e sempre se atrasa por querer ficar mais tempo na cama? Calma. Selecionamos cinco aplicativos de celular que certamente vão te fazer despertar mais facilmente. Nada de botão soneca, hein! GIULIANO CECATTO, ESPECIAL

ATÂNTIDA FESTIVAL O festival, que reuniu mais de 12 mil pessoas na Fiergs mês passado, teve grandes shows de bandas como Pollo, Fresno, NX Zero e também uma baita apresentação do carioca Naldo. Além de ter tudo sobre a noite, separamos ainda várias fotos iradas do evento. Não deixe de acessar!

REPRODUÇÃO

ALGUMAS DAS COISAS LEGAIS QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR NO NOSSO SITE

Já ouviu falar no Stefan Sagmeister? O designer austríaco é famosão no mundo da música por ter trabalhado com artistas como Rolling Stones e Talking Heads. O cara bateu um papo com a gente sobre trabalho, vocação e felicidade. Imperdível!


S S I CO T DO A NÁ FA LIG

Informe comercial

NA SUÉCIA, NASCIA – EXIBIDO COM A BOLA NOS PÉS EM UM BERÇO FEITO DE GRAMA – O REI DO FUTEBOL O profissionalismo no futebol ainda dava seus primeiros passos e, aos poucos a seleção brasileira foi aprendendo o quanto isso é importante para o sucesso dentro de campo. Depois de perder para o Uruguai em casa, na Copa de 50, e de uma campanha razoável em 54, o Brasil apostou todas suas fichas em uma comissão técnica que contava até com psicólogo e com uma preparação de três meses jogando pela Europa antes da competição. Claro que o talento dos jogadores ajudava bastante. Sob o comando do técnico Vicente Feola, dois gênios brasileiros fizeram a diferença nos gramados suecos. Um deles era Garrincha, o Mané, que era ídolo dos botafoguenses e infernizava a zaga adversária com seus dribles desconcertantes. O outro era um garoto que veio ao mundo duas vezes. A primeira, em 1940, na cidade mineira de Três Corações, batizado Edson Arantes do Nascimento. E a segunda, 17 anos depois na Suécia, onde o agora chamado Pelé começou sua trajetória de Rei do Futebol. Sob os olhos atentos de boa parte do mundo, que acompanhava a primeira Copa televisionada, Pelé virou um mito. Na primeira fase, o Brasil liderou o grupo. Foram duas vitórias – contra União Soviética e

Áustria – e um empate – contra os ingleses, no que se tornou o primeiro 0 x 0 da história das Copas. Nesse jogo, Garrincha e Pelé estavam na reserva, mas depois da péssima apresentação da seleção, ganharam a titularidade (naquela época não havia substituições durante a partida). O atacante da França, Just Fontaine, ajudou sua seleção a levar a medalha de bronze e, de quebra, foi o goleador do Mundial com uma marca impressionante e imbatível até hoje: 13 gols em apenas seis jogos. Detalhe: o cara era reserva e só ganhou vaga no time francês graças à lesão de um titular. Na final, os donos da casa saíram ganhando logo no início da partida. Mas o Brasil não se deixou abalar e virou o jogo, fechando com um placar elástico de 5 x 2, pra não deixar dúvidas. Os gols foram marcados por Vavá, Pelé (duas vezes cada) e Zagallo. Fatos, lendas e curiosidades dos Mundiais: – Apareceu a margarida. Em 1938 o calção do italiano Giuseppe Meazza foi rasgado durante

o jogo contra o Brasil, e acabou caindo. Isso ocorreu logo após ele marcar um gol de pênalti na vitória da Squadra Azzurra por 2 x 1 sobre a nossa seleção. – A Copa é uma vitrine: durante a competição de 58, oito jogadores da seleção paraguaia (que ainda jogavam em seu país) acabaram contratados por clubes estrangeiros. – Britânicos em peso na Copa de 1958. Foi a única edição da competição que contou com todas as nações representantes do Reino Unido: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. No entanto, nenhuma delas chegou às semifinais.

1958 Campeão: Brasil Vice-campeão: Suécia Terceiro: França Quarto: Alemanha Ocidental

Patrocínio:

Realização:

KZUKA | julho 2013

Ilustração: www.freepik.com


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texto GUSTAVO B.ROCK

KZUKA | julho 2013

S

abe aquela pegadinha de colocar um ovo de galinha em pé, parado em cima da mesa? Ninguém conseguia fazer isso, até que Colombo (aquele mesmo, o Cristóvão) deu uma batidinha na ponta do ovo e assim, levemente quebrado, ele parou em pé. E todos viram que era fácil – mas, segundo conta essa lenda, somente depois que foi feito pela primeira vez. Os irmãos Diego e Daniel Mattos são como Colombo nessa história. Eles criaram o Smile Flame, que organiza projetos de comunicação com o objetivo de impactar positivamente a sociedade e, com isso, mostram o caminho para quem quer colocar o ovo em pé e não sabe como fazer. – O Smile Flame entrou no ar este ano querendo servir de inspiração para as pessoas. O primeiro projeto foi o Skate no Asilo, uma experiência surpreendentemente positiva. Me aproximei de muita gente bacana e não acreditava que os idosos (do Asilo Padre Cacique, onde ocorreu o evento) fossem interagir tanto – diz Daniel. Após a divulgação do resultado positivo do projeto – através de um belíssimo vídeo editado com tudo que rolou no asilo em março – surgiram diversas pessoas interessadas em replicar o evento em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e até em Barcelona, na Espanha. O Smile Flame apoia

arte DÉBORA ZILZ

todas essas iniciativas e dá uma ajuda com informações úteis sobre a organização e execução das ideias, pois tem experiência no assunto. Daniel é publicitário, já trabalhou em agências reconhecidas no mercado e teve duas incursões no universo da internet antes dessa. O site Nake It prometia tirar as roupas da modelo Pietra Príncipe se fossem arrecadados R$ 300 mil. No final, com apenas 85 mil disponíveis, ela continuou vestida. Já no Twitter, ele ajudou a criar o Saco Mágico, uma promoção que distribuía diariamente prêmios muito bons e muito ruins – desde viagens e skates até um cheque no valor de 15... centavos! O próximo projeto do Smile Flame é o Câncer Infantil Haircut Day, que já cumpriu a meta de arrecadar R$ 4 mil no site de financiamentos Catarse – mas ainda dá pra colaborar! O dinheiro será usado para cobrir os custos de uma festa onde todos os convidados serão obrigados a usar perucas. – Nossa ideia é levar felicidade e confiança para pessoas que perderam cabelo no tratamento de câncer. Quem quiser agregar, é bem-vindo. A festa ainda não tem local definido, mas muita gente já está se oferecendo para ajudar – explica o publicitário, que recebe os recados dos interessados através da página do Smile Flame

no Facebook. Se não der agora, pode ir te preparando pra participar dos próximos projetos que ainda estão sendo planejados. Um deles chama-se Homeless Gourmet, e pretende levar um chef de cozinha gabaritado para fazer um rango requintado a pessoas que vivem na rua, com direito a luz de velas e trilha sonora com violinos. – Temos alguns planos para executar este ano e, em 2014, queremos tentar alguns patrocínios para que o Smile Flame continue funcionando. Além de novas ideias, também pretendemos repetir os eventos bem sucedidos, mas é muito cedo ainda pra saber como vão funcionar as ações futuras. Queremos crescer de forma orgânica e organizada – finaliza Daniel.

WWW. FACEBOOK.COM/ SMILEFLAMEPROJECT CATARSE.ME/PT/ CANCERHAIRCUTDAY



C A PA

IGUAIS, KZUKA | julho 2013

PORÉM IGUAIS AS GÊMEAS, QUE FICARAM FAMOSAS ANOS ATRÁS DEVIDO ÀS COMPETIÇÕES NO NADO SINCRONIZADO, SÃO ALEGRIA DE VIVER. FANÁTICAS POR ESPORTE, NO MOMENTO ELAS VIVEM UM NOVO DESAFIO: VIRARAM APRESENTADORAS DO PROGRAMA SEMANAL DEU OLÉ, NA BAND, AO LADO DE FELIPE ANDREOLI E DO EX-JOGADOR DENÍLSON. AS GATAS ESTIVERAM NO NOSSO ESTÚDIO E ARMARAM A MAIOR FARRA. texto MARINA CICONET

arte CARINA KERN

foto PIX FOTOMOVIMENTO


G

êmeas, desde sempre e para sempre. Bia e Branca moram juntas, dormem juntas, trabalham juntas, usam as mesmas roupas, o mesmo carro, o mesmo corte de cabelo, têm os mesmos truques de beleza, viajam juntas, curtem as mesmas coisas. Nunca brigam e são melhores amigas. . – As pessoas acham estranho, mas na verdade nós sempre quisemos ser iguais e fizemos isso acontecer. Nossa relação é mais intensa que casamento: dormimos, malhamos, curtimos tudo juntas. Adoramos tirar fotos em dupla fazendo macaquices, sozinhas nunca. E a gente se dá muito bem, é muito bizarro – revela Bia. Bia e Branca não têm frescura. Aos 25 anos, moram no bairro da Tijuca, no Rio, onde já passaram alguns perrengues antes do sucesso, são torcedoras do Vasco, manjam de futebol e, por agora serem apresentadoras de um programa esportivo, trabalham com boleiros direto. – Nós amamos trabalhar com esporte e com jogador de futebol porque, querendo ou não, eles são a gente. Temos amigos pessoais do meio da bola. O Denílson, com quem a gente grava no dia a dia, é uma figura e vive folgando na gente – diverte-se Branca. Elas passaram por testes antes de se-

rem escolhidas como as musas do Deu Olé. E o que pesou pra escolha, segundo elas, foi, sem dúvida, a espontaneidade. – Tá sendo uma escola pra gente. O Felipe (Andreoli) é muito inteligente e o Denílson tem um carisma ímpar. Eles dão vários toques na gente, que tá aprendendo, e nós queremos ouvir críticas pra melhorar, não temos medo. Como a gravação é ao vivo e não tem cortes, rola uma tensão, mas a Bia é muito rápida e responde bem às sacadas deles – diz Branca. O carioquês delas é super carregado, as gírias, expressões. Tá com saudades do Rio? Senta uma horinha pra trocar ideia com elas. Sem contar que amam um funk e pagode, que dançam como poucas. – Amamos as coisas simples da vida, dançar, um bom pagode, samba, conhecemos funk pra caramba, amamos Carnaval. Não adianta, tá no sangue. A simplicidade é uma marca nossa, não temos frescura. Às vezes, as pessoas se surpreendem com o nosso jeito, mas é assim mesmo – falam. Apesar do amor pela Cidade Maravilhosa e por viverem na ponte aérea com São Paulo devido às gravações do programa, elas andam circulando bastante

por Porto Alegre. É que as gêmeas já namoram há mais de ano dois amigos gaúchos e estão amando a nossa cultura. – Porto Alegre é bem diferente do Rio. Sentimos que aqui os grupos de amigos são bem mais fortes e as relações mais profundas, sabe? No Rio não rola muito isso não. E é muito legal, fizemos muitos amigos por aqui. Amamos a cidade, ir pra Gramado e já falamos até cantando. Só falta o “baaaah”. E o nado sincronizado, como fica? As gêmeas continuam no esporte, pois amam e o têm como filosofia de vida. Segundo elas, não dá pra comparar ser atleta com a carreira na televisão. O segredo dos corpaços das meninas também vem daí. – Gostamos das duas coisas, mas foi o nado que nos trouxe até aqui. Hoje, continuamos treinando e tendo uma rotina no clube no Rio, mas pedimos dispensa da Seleção, até para conseguir conciliar as duas coisas. Nós nadamos durante 18 anos, o que facilita o nosso treinamento corporal. Mas a gente malha pesado todo dia, corre, faz treino na água e balé. Durante a semana, seguramos na comida e no fíndi nos acabamos, porque amamos comer. Mas nada vem de graça, não tem segredo. Amamos malhar! – diz Bia.

KZUKA | julho 2013

CORRA LÁ NO KZUKA.COM.BR E VEJA O GIF ANIMADO DA BIA E DA BRANCA COM LOOK ESPECIAL


C A PA

IGUAIS, KZUKA | julho 2013

PORÉM IGUAIS AS GÊMEAS, QUE FICARAM FAMOSAS ANOS ATRÁS DEVIDO ÀS COMPETIÇÕES NO NADO SINCRONIZADO, SÃO ALEGRIA DE VIVER. FANÁTICAS POR ESPORTE, NO MOMENTO ELAS VIVEM UM NOVO DESAFIO: VIRARAM APRESENTADORAS DO PROGRAMA SEMANAL DEU OLÉ, NA BAND, AO LADO DE FELIPE ANDREOLI E DO EX-JOGADOR DENÍLSON. AS GATAS ESTIVERAM NO NOSSO ESTÚDIO E ARMARAM A MAIOR FARRA. texto MARINA CICONET

arte CARINA KERN

foto PIX FOTOMOVIMENTO


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êmeas, desde sempre e para sempre. Bia e Branca moram juntas, dormem juntas, trabalham juntas, usam as mesmas roupas, o mesmo carro, o mesmo corte de cabelo, têm os mesmos truques de beleza, viajam juntas, curtem as mesmas coisas. Nunca brigam e são melhores amigas. . – As pessoas acham estranho, mas na verdade nós sempre quisemos ser iguais e fizemos isso acontecer. Nossa relação é mais intensa que casamento: dormimos, malhamos, curtimos tudo juntas. Adoramos tirar fotos em dupla fazendo macaquices, sozinhas nunca. E a gente se dá muito bem, é muito bizarro – revela Bia. Bia e Branca não têm frescura. Aos 25 anos, moram no bairro da Tijuca, no Rio, onde já passaram alguns perrengues antes do sucesso, são torcedoras do Vasco, manjam de futebol e, por agora serem apresentadoras de um programa esportivo, trabalham com boleiros direto. – Nós amamos trabalhar com esporte e com jogador de futebol porque, querendo ou não, eles são a gente. Temos amigos pessoais do meio da bola. O Denílson, com quem a gente grava no dia a dia, é uma figura e vive folgando na gente – diverte-se Branca. Elas passaram por testes antes de se-

rem escolhidas como as musas do Deu Olé. E o que pesou pra escolha, segundo elas, foi, sem dúvida, a espontaneidade. – Tá sendo uma escola pra gente. O Felipe (Andreoli) é muito inteligente e o Denílson tem um carisma ímpar. Eles dão vários toques na gente, que tá aprendendo, e nós queremos ouvir críticas pra melhorar, não temos medo. Como a gravação é ao vivo e não tem cortes, rola uma tensão, mas a Bia é muito rápida e responde bem às sacadas deles – diz Branca. O carioquês delas é super carregado, as gírias, expressões. Tá com saudades do Rio? Senta uma horinha pra trocar ideia com elas. Sem contar que amam um funk e pagode, que dançam como poucas. – Amamos as coisas simples da vida, dançar, um bom pagode, samba, conhecemos funk pra caramba, amamos Carnaval. Não adianta, tá no sangue. A simplicidade é uma marca nossa, não temos frescura. Às vezes, as pessoas se surpreendem com o nosso jeito, mas é assim mesmo – falam. Apesar do amor pela Cidade Maravilhosa e por viverem na ponte aérea com São Paulo devido às gravações do programa, elas andam circulando bastante

por Porto Alegre. É que as gêmeas já namoram há mais de ano dois amigos gaúchos e estão amando a nossa cultura. – Porto Alegre é bem diferente do Rio. Sentimos que aqui os grupos de amigos são bem mais fortes e as relações mais profundas, sabe? No Rio não rola muito isso não. E é muito legal, fizemos muitos amigos por aqui. Amamos a cidade, ir pra Gramado e já falamos até cantando. Só falta o “baaaah”. E o nado sincronizado, como fica? As gêmeas continuam no esporte, pois amam e o têm como filosofia de vida. Segundo elas, não dá pra comparar ser atleta com a carreira na televisão. O segredo dos corpaços das meninas também vem daí. – Gostamos das duas coisas, mas foi o nado que nos trouxe até aqui. Hoje, continuamos treinando e tendo uma rotina no clube no Rio, mas pedimos dispensa da Seleção, até para conseguir conciliar as duas coisas. Nós nadamos durante 18 anos, o que facilita o nosso treinamento corporal. Mas a gente malha pesado todo dia, corre, faz treino na água e balé. Durante a semana, seguramos na comida e no fíndi nos acabamos, porque amamos comer. Mas nada vem de graça, não tem segredo. Amamos malhar! – diz Bia.

KZUKA | julho 2013

CORRA LÁ NO KZUKA.COM.BR E VEJA O GIF ANIMADO DA BIA E DA BRANCA COM LOOK ESPECIAL


M O B IL ID A D E

ESCOLHA

A SUA

BICICLETA

SEJA PRA DAR UMA VOLTINHA NO FINAL DE SEMANA, PRA MANTER A FORMA DEPOIS DO ALMOÇO OU PARA IR ATÉ A AULA, ELA É A COMPANHIA DE UM NÚMERO CADA VEZ MAIOR DE PESSOAS QUE ENCARAM O TRÂNSITO DE UMA MANEIRA MAIS LIVRE. ASSIM, ACABAM LIBERANDO MAIS ESPAÇO NAS RUAS. AFINAL, UMA BICICLETA – OU DUAS, TRÊS, QUATRO, CINCO! – REPRESENTA UM CARRO A MENOS NO TRÂNSITO texto GUSTAVO B.ROCK

arte DÉBORA ZILZ fotos GIULIANO CECATTO, ESPECIAL

KZUKA | julho 2013

CONSTRUA QUE ELES VIRÃO Conforme o número de ciclistas aumenta, mais espaços dedicados a eles são feitos e rapidamente ocupados. Com isso, aumenta também a visibilidade, o que faz com que a população em geral passe a encarar a bike não apenas como um lazer, mas também como um meio de transporte. – Em Porto Alegre, há alguns anos, não havia muita gente usando bicicleta no trânsito. Os motoristas não estavam acostumados a lidar com isso. Não era por maldade, mas eles simplesmente não sabiam que devem manter uma distância segura ao ultrapassar um ciclista, por exemplo – diz a jornalista Lívia Araújo, que ajudou na organização do Fórum Mundial da Bicicleta em Porto Alegre (a segunda edição do evento ocorreu em fevereiro de 2013) e costuma pedalar todos os dias na Capital há, pelo menos, cinco anos. Aos poucos, não só quem encara ruas e avenidas dentro de um carro está aprendendo como se portar frente à nova realidade, mas também os próprios ciclistas ganham mais experiência e sabem que devem respeitar as regras do trânsito da mesma forma que os motoristas.. – Antes o ciclista era xingado. Hoje ele é enxergado – rima a publicitária Letícia Cecagno, organizadora de diversas ações poéticas envolvendo o ciclismo, como a Pedalada Cantante – na qual a galera solta a voz durante o passeio. Letícia e sua bike são companheiras inseparáveis, tanto que ela tem até nome: Cecília – por causa do nome da bicicleta dos anos 80, Ceci, que foi reformada e acompanha a publicitária em deslocamentos mais curtos, como uma ida até o mercado, por exemplo. – Queria uma bicicleta com significado, que lembrasse minha infância. É um sentimento legal. Ela estava encostada em uma garagem, triste, até que eu a encontrei, comprei e ela voltou pra rua – diz Letícia, que pretende inspirar cada vez mais ciclistas com seu projeto Bicicleta é Amor, atualmente com fanpage no Facebook (facebook.com/bicicletaeamor). – Faço tudo com minha bicicleta, inclusive quando chove e os congestionamentos aumentam. É muito mais rápido e basta se proteger direitinho pra não se molhar – explica Lívia, que também tem seu projeto online, no Twitter @bikedrops.

ANJOS SOBRE RODAS Um serviço voluntário que apareceu aqui no Brasil junto com a demanda por bicicletas nos últimos anos é o Bike Anjo, movimento que existe em Porto Alegre desde 2011 – onde é chamado de Bici Anjo, para dar uma sensação maior de proximidade através desse outro apelido de bicicleta muito usado entre os gaúchos. O chamado Bici Anjo é alguém que vai ajudar o ciclista a iniciar suas pedaladas, mas não necessariamente pela primeira vez na vida. O objetivo é fazer com que alguém que já domine o equipamento aprenda as regras de circulação junto aos veículos automotores e aos pedestres e, com isso, estabeleça uma relação de respeito, confiança e reciprocidade com todos os elementos que compõem o trânsito de uma grande cidade. – Muitas pessoas começam a andar de bicicleta quando crianças, como um lazer no final de semana ou brincando de subir e descer obstáculos. Chega uma hora em que começam a andar de bike de um lugar pro outro, como meio de transporte, e essas pessoas não sabem direito como lidar com o trânsito. É aí que a gente entra – explica Cadu Carvalho, Anjo desde que o projeto iniciou na Capital. Cadu é paulista e pedala desde pequeno, mas mais intensamente nos últimos 5 anos – desde que veio morar por aqui. Seu trabalho voluntário como Bici Anjo ajuda a tirar o medo de alguns ciclistas iniciantes ao encarar o movimento intenso e por vezes hostil do trânsito. Ele e seus colegas recebem pedidos de auxílio através do blog http://bicianjo.wordpress.com, avaliam cada caso e dão dicas sobre o trajeto de deslocamento mais apropriado para o novato. – De início, queremos tirar toda insegurança e receios que o ciclista possa ter. Para isso, evitamos trechos com subidas e circular por avenidas movimentadas – diz Cadu, que também ensina a importância de manter a bicicleta em boas condições, pois isso também ajuda a evitar acidentes. Atualmente são 13 voluntários que fazem parte do projeto em Porto Alegre e eles estão sempre pensando em aumentar essa rede de contatos – principalmente em zonas mais afastadas do centro da cidade. Pra ser um Anjo o primeiro passo é deixar recado no blog. Daí, é sair pedalando.


EO BAMBU? VIROU BIKE! Klaus Volkmann pedalou a vida toda. Ele até tentou, mas não conseguiu ser um típico adolescente motorizado. Músico da Ospa desde que tinha 18 anos, Klaus juntou grana e gastou tudo comprando um carro – coisa que muita gente faz nessa idade. O relacionamento com as quatro rodas não durou muito, e ele logo se desfez do automóvel para voltar ao que é seu principal meio de transporte até hoje: a magrela, que o acompanha pra cima e pra baixo. Nos últimos 11 anos pedalando constantemente, o espírito inquieto – porém organizado – de Klaus esteve sempre antenado em novidades e esquisitices envolvendo bikes. Quando um colega seu apareceu com uma bicicleta diferente, comprada na Holanda, onde o ciclista pedala praticamente deitado, resolveu que queria uma igual – mas feita por ele mesmo. – Um dia encontrei bambus e, sabendo das suas qualidades mecânicas, trouxe pra casa e comecei a fazer testes. Isso foi há seis anos. Pesquisei várias substâncias que pudessem deixar o bambu impermeável e resistente às mudanças do clima, até que deu certo – explica. A oficina foi montada em um cantinho da garagem na casa da família, que aos poucos aumentou e hoje já ocupa mais da metade do espaço disponível. Em busca de um crescimento sustentável, a iniciativa

de Klaus ganhou sócios e virou a Art Bike Bamboo, que atende através do Facebook, ilustrada com um simpático urso panda – a marca da empresa. – O objetivo é levar arte para as ruas, chamar a atenção das pessoas, nem que seja por alguns momentos – diz Klaus, que pretende manter a produção em pelo menos quatro bicicletas por mês e tem planos de construir uma nova sede para a fábrica em um terreno adquirido na Vila Conceição, zona sul de Porto Alegre. Apesar de fabricar bikes com um padrão próprio, a Art Bike Bamboo não funciona apenas como uma linha de montagem e grande parte das encomendas são por veículos personalizados e estilizados. Se o cliente gosta de um modelo específico, eles pesquisam informações de geometria e design para entregar um produto nos mesmos moldes do que foi pedido. – A gente também gosta de participar da escolha das peças junto com o cliente, porque temos bastante experiência e queremos ter nossa marca bem representada – conta o perfeccionista Klaus. – Em tudo que faço eu sempre busquei o melhor possível, para manter a qualidade máxima. Trouxe isso da Ospa, onde trabalho como músico e isso é esperado da gente – diz.

BAMBUCICLOTECA

KZUKA | julho 2013

A Art Bike Bamboo também entrou como integrante de um novo projeto cultural: uma biblioteca móvel, que é levada atrás de uma bicicleta. E, claro, tanto a bike quanto o reboque foram feitos com bambu. A ideia é carregar o veículo com livros de qualidade para serem usados como moeda de troca. A partir da doação de um ou mais exemplares, o leitor pode também escolher livros que o interessem e levar pra casa. O lançamento da Bambucicloteca ocorre às 15h do dia 6 de julho – um sábado – no chafariz da Redenção. O projeto foi feito em parceria e com o patrocínio de Festipoa Literária, Cabaré do Verbo e Cidade Baixa em Alta.


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Divulgação Caloi e Kona

arte Carina Kern

Informações forneCIDas por otávIo valle (loja m.BIKe).


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texto gustavo b.rock e carina kern

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arte carina kern

sequências e títulos novos. O Xbox One terá 15 jogos exclusivos, entre eles Dead Rising 3, Forza 5, Halo, Minecraft e Ryse: Son of Rome. Outros games confirmados (que também sairão para PlayStation 4) são Assassin’s Creed 4, Battlefield 4, COD: Ghosts, The Crew, Elder Scrolls Online, FIFA Soccer 14, FF XV, Kingdom Hearts 3, MGS V: The Phantom Pain, The Witcher 3, Thief, Watch Dogs e Wolfenstein: The New Order. Não deu nem tempo de suspirar aliviado. Para azar da Microsoft, a apresentação da Sony, em Los Angeles, ocorreu algumas horas depois. Além da lista de games em comum acima, alguns exclusivos do PS4 são Diablo 3, Drive Club, Final Fantasy XIV: Realm Reborn, Infamous: Second Son e Mad Max. Ou seja, também não deixou a desejar no quesito catálogo e, pra completar, ainda apertaram a rival bem na ferida. O novo console da Sony vai suportar jogos usados normalmente e não será necessária conexão à internet para jogar. A reação da platéia foi tão positiva que quase ninguém se revoltou com a revelação de que, para jogar um multiplayer online no PS4, será necessário ter uma conta Plus. Após a zoação da concorrente e o vi-

sível descontentamento dos jogadores, a Microsoft voltou atrás nessas decisões alguns dias depois da E3. A Nintendo, por sua vez, optou por não fazer a tradicional conferência. E fez bem, pois, assim, declarou que não tá nessa mesma briga entre consoles e que tem realmente um nicho diferente de negócios com os já lançados Wii U e 3DS. O que a empresa japonesa fez, então, foi anunciar alguns jogos novos como o novo Smash Bros estrelando Mega Man, Super Mario 3D, o novo Zelda, e os novos Pokémon X e Y (que introduzem uma nova categoria de personagem: a fada, que é superefetiva contra o tipo dragão). Enquanto as grandes empresas entravam em campo com estádios lotados, os novatos do Ouya montaram um campo de várzea no estacionamento pra bater uma bolinha e apresentar seu console baseado em Android. E foi isso mesmo: eles arrumaram um espaço entre os carros de quem participava do evento e montaram um esquema de festa com direito a DJ e cervejas grátis para quem quisesse conhecer seus games. É claro que a organização da E3 não ficou muito contente com isso, mas aí o barulho já estava feito.

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Fotos Reprodução YouTube

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o mês passado, rolou a E3 em Los Angeles. Além de já ser o maior evento do mundo envolvendo o setor de games, essa edição foi especialmente grande por causa do anúncio do lançamento da nova geração de consoles. Ou seja, mal comparando, 2013 foi ano de Copa do Mundo pra Sony, Microsoft, Nintendo e outras fabricantes e produtoras de jogos eletrônicos. Semanas antes, algumas empresas já haviam anunciado parcialmente suas novidades, mas deixaram pra contar os principais detalhes nas conferências e painéis da feira. A Microsoft, por exemplo, inicialmente mostrou o seu novo console como sendo mais vídeo do que game – tipo uma central de entretenimento com foco em filmes, seriados e outros programas de televisão. Essa apresentação gerou revolta em grande parte dos jogadores e piorou com o anúncio de que o Xbox One não suportaria jogos usados e que precisaria de conexão à internet pelo menos uma vez a cada 24h. Na E3, eles resolveram focar praticamente só nos games – e se redimiram, pelo menos em parte, ao rechearem sua apresentação com muitos gameplays de


Jefferson Botega, Agência RBS

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Jefferson Botega, Agência RBS

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Diego Vara, Agência RBS

texto FÊCRIS VASCONCELLOS

Leia mais sobre o projeto Eu Tenho um Sonho, Qual o Seu? no kzuka.com.br

arte DEBORA ZILZ

MILHÕES DE PESSOAS SE UNIRAM PELO BRASIL INTEIRO NOS ÚLTIMOS DIAS PARA PROTESTAR POR UM BRASIL MAIS JUSTO E HUMANO. O KZUKA TAMBÉM SONHA COM ISSO E FEZ UMA ANáLISE SOBRE A SITUAçãO QUE ESTAMOS VIVENDO. AFINAL, NóS TEMOS UM SONHO. QUAL O SEU? “O gigante acordou”. Nem que eu viva um milhão de anos, vou esquecer dessa frase, escrita em diversos cartazes pelas ruas do Brasil. Como essa, outras placas com ditos inteligentes, por vezes irônicos, coloriam aquela multidão. Multidão, que tomava todo o viaduto da João Pessoa, formava um mar de gente pulando, cantando e marchando.

KZuKA | julho 2013

Contudo, para entender os jovens é preciso mais que entender as ironias. É preciso enxergar o mundo em que vivemos pela nossa perspectiva. É preciso saber que para sair às ruas não é preciso sair do Facebook, que enquanto alguns acham que estamos isolados, estamos cada vez mais juntos, unidos pelo que nos comove e usando as redes sociais como cola. A insatisfação generalizada não faz dos jovens “rebeldes sem causa”, mas rebeldes de todas as causas, as suas e as dos outros. Sabemos que, depois de anos de população muda e governo surdo, é difícil acreditar que a inércia esteja mesmo sendo rompida. Mas está. Cansamos de aplaudir os exemplos estrangeiros, queremos fazer as coisas mudarem aqui, no nosso quintal. Depois de gerações mandando os jovens da elite intelectual do país pra morar fora e desenvolver outros países, hoje eles estão voltando, ficam aqui e brigam para um país melhor para todos. A violência, característica de toda grande manifes-

tação popular – vimos acontecer na Europa, nos Estados Unidos, na Argentina, no Oriente Médio – não é apoiada pela maior parte da população e deve ser combatida, mas é preciso pensar além da superfície. O que está por trás dessa violência? O que motiva essa minoria a querer quebrar tudo? Será falta de educação? Será truculência policial? Será abandono total por parte do governo? Será a marginalização por parte da sociedade de classe média e média alta? Em todos os casos, a culpa é de todos nós. Quem entende o momento de mudança no cerne da sociedade, as demonstrações frequentes do enfraquecimento dos partidos políticos, a impunidade generalizada em todas as camadas, entende também que não há outra alternativa senão a articulação popular. Condenar essa iniciativa é chancelar o pensamento que manteve amarradas as mãos da sociedade por muitos anos, com o anestesiante “não há o que fazer”. Está para os corações jovens articular esses movimentos e chamar todas as camadas da sociedade para a rua. Sem excessos e com inteligência, é possível mudar o mundo ao nosso redor. Há muito o que fazer. É preciso insistir, é preciso gritar, é preciso impedir que a violência seja o mais visível. Nós temos um sonho e estamos juntos nessa.



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texto PAULA MINOZZO

foto ANDRESR, SHUTTERSTOCK

Com uma câmera na mala e vontade de aprender outra língua, há dois anos, a gaúcha Tainá Leite, 24, se mudou para a Gold Coast, na Austrália. O lugar é paradisíaco é a cara da guria, que há tempos, tem a beira do mar como local de trabalho e de diversão. Ainda no Brasil, nas temporadas em que ficava na sua casa da praia em Santa Catarina, Tainá sentava na areia e fotografava os surfistas em ação. O que começou como hobby, virou um jeito de ganhar uma grana, já que a galera que pegava onda, queria comprar as fotos iradas que ela fazia. Hoje, morando na Australia, ela ainda manda ver nos cliques, mas mais por diversão. A experiência nessa viagem é uma benção, como ela mesmo diz. – Estou apaixonada pela vida aqui – confessa. Desde que chegou na Aussie, ela se surpreende a cada dia com a igualdade social do país. Um dos momentos mais marcantes da sua viagem, que ficou registrado, aconteceu à beira da praia e reflete essa característica igualitária do páis. – Um homem em uma cadeira de rodas chegou até a praia, ficou alguns minutos olhando o mar e depois colocou a roupa de borracha. Saiu da cadeira, foi até a beira do mar, enfrentando os desafios de quem não tem os movimentos das pernas, e esperou a primeira onda vir. Ele se deixou ser levado pelas ondas. Saiu nadando, com muita naturalidade e segurança. Talvez um gesto simples e habitual no seu dia a dia, mas que me inspirou – lembra. O contato com a natureza é constante. Mesmo quando o programa não envolve praia, ela dá um jeito de apreciar as belezas da Austrália e ouvir suas bandas favoritas, que marcam presença por lá: – Fui passar este último fim de semana em Sidney para ver o show de estreia do novo CD da banda Empire of the Sun, no Opera House. Eu e meu gato, alugamos uma campervan e ficamos dormindo e acordando em praias diferentes, em total contato com a natureza, com a música e com o universo.

KZUKA | julho 2013

Além das fotos incríveis que Tainá certamente vai trazer na sua câmera (as fotos ao lado são todas dela, e ela é a gata de óculos de sol), a experiência de viajar a um país em que sempre sonhou em conhecer mudou a sua maneira de ver a vida. – Depois de estar dois anos com o pé na estrada, fora do meu país, distante das minhas raízes, da família e dos amigos, entendo que viajar é a única coisa que podemos comprar que nos deixa mais ricos – opina.




o tic em á s m A rt to U o p A

limpeza diária do barco. Pra quem não quiser se incomodar com absolutamente nada, dá até para contratar uma hostess, que fica encarregada de arrumar tudo e cozinhar pra galera. Barbada, hein? Como se passar o dia nadando e curtindo paisagens incríveis não fosse o bastante, todas as noites são de festa. As baladas, geralmente ao ar livre, começam já na primeira noite, na festa de boas-vindas, e duram a semana inteira, envolvendo o pessoal de todos os iates. A sonzeira fica responsável por DJs gringos e não tem hora pra acabar. Imagine que balada irada: gente do mundo inteiro, suíços por todos os cantos, dinamarquesas musas desfilando. E brasileiros pra agitar até não poder mais. Mas, afinal, o que dá pra levar? Nada de malão enorme, com muitas roupas e vários sapatos. A organização indica malas pequenas e apenas roupas leves, tudo pra facilitar o passeio e o conforto. Acredite: sempre tem gente que acaba levando coisas que nem vai usar. Afinal, o povo passa o dia todo de roupa de banho. Não quer levar tua câmera? O registro também pode ficar por conta da equipe, que fotografa todos os eventos e disponibiliza tudo depois no site oficial. A gaúcha Luiza Moreira, 25 anos, de Porto Alegre, gostou tanto que planeja repetir a experiência. – Uma semana velejando com seus amigos, festas inexplicáveis, conhecendo pessoas de todos os lugares do mundo em um lugar paradisíaco. Já fui ano passado e vou de novo esse ano – revela. Tem 21 anos ou mais e ficou interessado em tirar umas férias e curtir essa experiência única? Algumas viagens já começam a rolar a partir do final de junho, e os roteiros vão até o final do ano. Dá um pulo no www.theyachtweek.com para planejar sua próxima viagem dos sonhos.

VEJA MAIS FOTOS INCRÍVEIS E VÍDEOS DESTES DESTINOS NO KZUKA.COM.BR

Divulgação Yatch Week

á pensou em reunir os amigos, viajar, conhecer uma galera e fazer tudo isso passeando de barco? Essa é a idéia do The Yacht Week. Funciona assim: um grupo, de 4 a 10 pessoas, aluga um iate e viaja por uma semana pelos roteiros oferecidos. Dá pra escolher entre Caribe, Croácia, Itália, Grécia... Pra quem já sabe velejar, a viagem fica mais divertida. Mas se não sabe, não tem problema. O Yacht Week oferece serviço de pilotos profissionais para seus clientes, que no fim até se envolvem ajudando com cordas e âncoras. Alguma coisa sobre velejar você vai acabar aprendendo. Você não tem um grupo inteiro de amigos pra fechar um barco. Sem problemas. Existe também a opção de ser colocado em uma embarcação com outras pessoas, mais uma chance de conhecer gente nova. – Temos destinos para todos os gostos. Fazemos Croácia, Itália e Grécia durante o verão europeu, Caribe no Ano Novo e Spring Break em março. Este ano, lançamos Tailândia em dezembro também. O mais procurado é a Croácia, por ser o novo point europeu, como era Ibiza antes - diz Maira Wong, country manager e responsável pelo marketing do The Yatch Week no Brasil. Além dos pacotes de viagem, também tem espaço pra quem quer trabalhar. Quem tem licença para velejar pode se inscrever como skipper e ser o capitão de um barco. O skipper, além de ficar responsável pelo iate (e receber por isso, claro), dorme na cabine com os passageiros e ainda leva uma baita experiência pra casa. Imagine o barco como um motorhome em cima d’água, com quarto, sala, cozinha, banheiro. O pacote (que varia entre 700 e 1.000 euros, incluídos os ingressos para as inúmeras festas) não inclui as passagens, nem alimentação. Então, se prepare para cozinhar e cuidar da

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texto RENUSKA CELIDONIO, ESPECIAL arte DEBORA ZILZ


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Várias escolas têm diferentes trabalhos no sentido de desenvolver os pequenos empresários. Comum nos colégios particulares do RS, o projeto realizado desde 1994 pela Associação Junior Achievement é um exemplo e já atingiu 670 mil alunos no Estado. A idéia é simples: os adolescentes criam uma miniempresa, vivenciando compromissos reais e trocando conhecimentos e informações.

No Colégio Farroupilha, de Porto Alegre, o projeto já é realizado há 15 anos. O programa envolve alunos do 2º e do 3º ano e simula uma empresa de verdade. Acionistas, impostos, comissões, lucro e até o medo do prejuízo fazem parte da experiência. Mas esse é só o começo. Depois de toda parte teórica, envolvendo palestras e relatórios, os alunos colocam a mão na massa e participam de todo processo de produção. Um exemplo é o dos alunos da 2º série do Ensino Médio, que abraçaram a sustentabilidade e criaram o Bamboom: um amplificador portátil para iPhone e iPod feito de bambu. A escolha do grupo pelo Bamboom veio após algumas ideias apresentadas pela turma. – Pensamos em apoio para notebook, mini-horta e até em guarda-chuva para celular. Quando encontramos o projeto do amplificador ecológico, adaptamos a idéia, fizemos protótipos e acabou dando certo – conta Júlia Jacociunas, presidente da miniempresa. Os módulos da miniempresa eram realizados após o horário de aula, das 18h às 22h. Apesar de cansada e da experiência trabalhosa, foi o apoio dos pais que mais estimulou Ana Vitória Gomes, responsável pela produção. – Meu pai sempre disse que essa experiência seria útil na minha vida. Mesmo se eu não tiver interesse em ser uma empresária, a questão de saber como vender pode me ajudar em qualquer profissão.

APOIO O programa de miniempresa também envolve profissionais já formados, chamados de Advisers. Voluntários das áreas de finanças, marketing, recursos humanos e

produção servem de espelho para o trabalho nas escolas. A publicitária Letícia Cabrera é Adviser Marketing do projeto Kangaroo S/A, de alunos do Colégio Monteiro Lobato. O Kangaroo é um suporte para o celular ficar enquanto está carregando feito com restos de embalagens de shampoo. Além de ajudar o meio ambiente com material reutilizado, o produto também dá uma nova utilidade ao plástico e une sustentabilidade com praticidade. Mas não são só os alunos que saem ganhando. Para Letícia, a paixão pela dinâmica de trabalho nas escolas foi o que mais chamou atenção. – Foi extremamente gratificante. Tive a oportunidade de passar minhas experiências e conhecimentos para os alunos empreendedores. O melhor de tudo isso foi que eu também aprendi muito com eles.

RECONHECIMENTO Os alunos acabam sendo reconhecidos até por colegas de outras turmas e regiões. E, às vezes, a proposta toma dimensão nacional, como foi o caso do projeto Escrita Nativa, do Colégio Luterano da Paz, também da Capital. O apelo ambiental estimulou os alunos, que criaram um lápis feito de jornal. O grafite, envolto em folhas, levava ainda uma semente de flor na ponta. Assim, quando o lápis atingia o fim, bastava enterrar o que sobrou para fazer germinar. A proposta fez sucesso e o Escrita Nativa levou o troféu Destaque na categoria Inovador, no prêmio Miniempresa do SEBRAE, no ano passado. A supervisora escolar Carla Patrícia Lima, que participou do programa do colégio desde o começo, acredita que envolver os alunos em um projeto como

Os alunos responsáveis pela empresa Escrita Nativa colecionam prêmios: além do troféu no 36º Torneio Interminiempresas, o grupo foi destaque nacional em 2012 pelo SEBRAE

esse tem muito para acrescentar. – A sociedade necessita de cidadãos que exerçam sua autonomia positivamente, na sua família, na sua escola, na sua sociedade, no futuro de todos.

SUSTENTABILIDADE Seguindo a idéia de materiais reutilizáveis, a turma da miniempresa do colégio Anchieta bolou o Écone. A proposta dos alunos também é um amplificador para celular, mas, neste caso, feito de disco de vinil. O material descarta o uso de energia elétrica e ainda dá um ar vintage, por ter design único, que lembra um megafone.

FUTURO Para a galera do Farroupilha, a vida do Bamboom não acaba por aqui. Apesar de já terem terminado o trabalho e não estarem mais se reunindo no ateliê do colégio, o plano é seguir com a empresa no futuro. Mas não é uma tarefa simples. Afinal, eles já estão pensando na pressão do vestibular. – Vai ser confuso no ano que vem. Queremos continuar, temos planos grandes. Temos que nos unir, mas vai ficar mais pra frente. Agora é outro foco, precisamos nos dedicar e vai ser complicado – diz Júlia. Para a professora Naira Maria Libermann, coordenadora do núcleo empreendedor da PUCRS, o envolvimento na escola já ajuda quem quer lidar com empreendedorismo na faculdade. – A gente nota quando um aluno já passou por uma microempresa no colégio. Geralmente isso faz dele um profissional mais pró-ativo e com uma capacidade de autonomia muito grande. Quanto mais cedo, melhor – diz a professora. Esse é o Écone, da galera do Anchieta. Confira no facebook.com/econe.sae

KZUKA | julho 2013

DESPERTANDO O EMPREENDEDOR


POR AI

Especial

Lourenรงo Salermo se preparando para o vestibular Unisinos POA Manuela Tostes no clima da festa Inkfection da ESPM

Foto Giuliano Cecatto, especial

Foto David Reis, especial

Foto Giuliano Cecatto, especial

Manoela Ferreira e Paola Parmigiani na festa junina do Farroupilha

Foto Ale Horn, especial

KZUKA | julho 2013

Kzuka day na Casa da CocaCola, Brasil X Uruguay


Foto Giuliano Cecatto, especial

Lanรงamento da Revista Kzuka de Junho

POR AI

Giovanna Canozzi dando uma olhadinha no Kzuka

As gatas Paola Parmigiani e Laura Becker

KZUKA | julho 2013

Contagiou com essa risada em Luiz Fernando Masella


Atl창ntida Festival 2013 Foto David Reis, especial

POR AI

Renata Marques, Luiza Gazzo e Mariana De Bortoli

Maria Luiza Tonetto e Bruno Garcia


POR AI

Foto Giuliano Cecatto, especial

Sessão de Cinema Kzuka, Além da escuridão: Star Trek 3D

Pauline Agnoletto e Bruna Boesing

Sabrina Machado e Leonardo Pezzi

Marina Vasconcellos e Theodora Costa


POR AI

Simulado Day no La Salle Dores

Que abraço apertado de Giovanna Zingano e Marjana Strapação!

Fotos Ale Horn, especial

Gabriela Antonini estava pensativa...

Gabriela Gennari e Valentina Aubim aproveitaram um wake pós prova

KZUKA | julho 2013

Giovani Simon focado no teste!


Que abraço aconchegante de Gabriela Dias em Manuella Buchmann no La Salle São João

POR AI

Foto Ale Horn, especial e Alex Racor, especial

Blitz Lado a Lado Kzuka e Coca-Cola

Rafaela Campos no recreio do Dom Bosco


POR AI

Glamour Girl 2013

Maria Eduarda Sperotto (Glamour 2012) passou a faixa para Luiza Loiferman (Glamour 2013) Bianca Salvadori e Igor Smaniotto dançaram valsa no Glamour

Fotos Giuliano Cecatto

O estilo de Juliana Ferreira

KZUKA | julho 2013

Guilherme Wolf e Rafael CorrĂŞa


Festa Junina do Rosário

POR AI

Fotos Giuliano Cecatto

Gabriela Ribeiro e Douglas Bühler

Fernanda Siqueira ajudando na barraquinha

Yuri Lorscheider só na viola...

Laura Freitas e Júlia Natividade

Mariah Paranhos e Carolina Kauer

Isadora Stumpf e Bruna Morosoli


POR AI

Inauguração da Casa Coca - Cola

KZUKA | julho 2013

Amanda Marmitt se divertiu no aero hockey

Fotos Giuliano Cecatto, especial

Rafael Piva e Gabriel Moretto

O sorriso de Julia Grala

Em clima caseiro, Isabel Fleck, Lara silveira, Danielle Ribeiro e Gabriela Müller


As organizadoras do Bar Solidรกrio, Carol Santos e Giovanna Zingano

POR AI

Foto David Reis, especial

Bar Solidรกrio

Vitor Martinez, sempre sorridente


POR AI

Show do Gabriel O Pensador

Jamile Hartmann e Bernardo Tazoniero

DĂŠrik Wagner e Paulo Ferreira

Fotos Giuliano Cecatto, especial

Ana Alice Rockenbach e Felipe Della Pace

KZUKA | julho 2013

Diego Ernani e Rafael Brasil


POR AI

Foto Giuliano Cecatto, especial

Vestibular de Inverno ESPM

Anna Theresa Scussel

Anaí Corrêa



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