Revista Kzuka Julho 2014

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POR AQUI BASTIDORES O Kzuka teve a honra de participar do projeto mais irreverente de cobertura da Copa do Mundo do Grupo RBS, o La Copa! Ao lado dos colegas Luciano Potter e Eduardo Garbi, da Atlântida e Leo Cardoso e Paulo Germano da ZH, nossa querida Marina Ciconet deu show! Escreveu textos superdivertidos, estrelou vídeos pra morrer de rir e ficar pra história das Copas e ainda ancorou o TeleLaCopa, um jornal web com as melhores notícias do Mundial em Porto Alegre. E de tudo que vimos e lemos, só resta dizer uma coisa: já estamos com saudades do La Copa. Pra ver as peripécias da Marina, acessa kzuka.com.br/copa2014.

EDITORIAL

MELHOR OSTENTAÇÃO DE FÉRIAS Mergulhar nos corais da Austrália

Assistir a seriados 24 horas por dia

Conseguir tirar férias de verdade

Sabrina Passos

Felipe Costa

Danielle Tretto

Editora

Repórter

Planejamento

sabrina.passos@kzuka.com.br

felipe.luis@kzuka.com.br

danielle.tretto@kzuka.com.br

Uma trip beeeem inusitada

15 dias no Caribe com tudo incluso

Conhecer o Café Des Deux Moulins, em Montmartre

Marina Ciconet

Renuska Celidonio

Andressa Costa

Núcleo digital

Designer

digital@kzuka.com.br

andressa.costa@kzuka.com.br

Neste ano é ter Copa todo dia

Não ter que fazer o ~maldito~

Jogar muito PS4

Franklin Peres

Nathalie Córdova

Gustavo Gonçalves

Assistente de Marketing

Assistente digital

Designer

franklin.peres@kzuka.com.br

nathalie.cordova@kzuka.com.br

gustavo.goncalves@kzuka.com.br

Um lugar pra fazer uma noite de turma

Uma passadinha no Bubba Gump da Times Square

Badalos europeus cazamiga

Ariel Gil

Capu

Paula Castro

Comunika

Comunicador

Designer

ariel.gil@kzuka.com.br

capu@kzuka.com.br

paula.castro@kzuka.com.br

marina.ciconet@kzuka.com.br

PLANEJAMENTO E MARKETING Bárbara Zarpelon REDAÇÃO (51) 3218 7214 COMERCIAL (51) 3218 7221

GRUPO RBS PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E COMITÊ EDITORIAL

Nelson Pacheco Sirotsky DIRETORIA EXECUTIVA

PRESIDENTE EXECUTIVO Eduardo Sirotsky Melzer JORNAIS, RÁDIOS E DIGITAL Eduardo Magnus Smith TELEVISÃO Antônio Augusto Pinent Tigre JORNALISMO Marcelo Rech JURÍDICO E RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS Alexandre Kruel Jobim FINANÇAS Claudio Toigo Filho PESSOAS E TECNOLOGIA Deli Matsuo ESTRATÉGIA E DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS Luciana Antonini Ribeiro NEGÓCIOS DIGITAIS - E.BRICKS Fabio Bruggioni DIRETORA DE REDAÇÃO ZH E JORNAIS RS Marta Gleich DIRETOR COMERCIAL E DE MARKETING DOS JORNAIS Marcelo Leite

PRESIDENTE EMÉRITO

FUNDADOR

Jayme Sirotsky

Maurício Sirotsky Sobrinho (1925-1986)

03 | KZUKA | julho 2014

Hoje as férias são mais curtas e fica difícil ficar 30 dias ou mais longe do trabalho como ficava na época de colégio. A vida adulta dá um zilhão de outras coisas, mas tira isso sem pena da gente. Até avisa antes, mas ninguém está preparado de verdade pra essa perda, né? É por isso que sempre que penso nas férias o que vem à cabeça é saudade, nostalgia, vontade mesmo de voltar no tempo. Como isso não rola e a time machine não funciona, resta aproveitar como se ainda fosse criança a folga que resta. Planejar com mais cuidado, escolher os destinos a dedo e procurar, nas confeitarias da vida espalhadas pelo mundo, aquele cheirinho que saía da janela da casa da vó. Nas férias, além de Kzukar por aí, vale usar o tempo também para conjugar o verbo relembrar.

Sabrina Passos

Repórter

PRODUTO Sabrina Passos

KZUKA.COM.BR (51) 3218 7241

NAS MINHAS FÉRIAS...

Faz tempo que eu não tiro aquela folga merecida entre os semestres do colégio. Mas lembro bem do cheirinho de bolo de chocolate e pão caseiro que saía pela janela da casa da minha vó, lá no litoral catarinense, quando ela ainda tinha saúde pra preparar suas delícias. As férias eram sempre orgias gastronômicas com bastante carboidrato – o mesmo que garantia energia necessária para desbravar as ruas de bicicleta (zica lá em Santa) com a turma da rua. As férias na casa da vó viraram tema certo de várias redações na volta às aulas e sempre que julho chega voltam também do meu baú de memórias. Era quando os primos se encontravam, quando a única tarefa era se divertir e, longe dos pais, o mimo era obrigação que a vó cumpria bem.

DIREÇÃO GERAL Ariane Roquete


KZUKA OPINIãO Divulgação

Divulgação

abuse do amor abusado

ed consagrado Ed Sheeran, o ruivo coisamáquerida, cantor e compositor, lançou no fim de junho seu superesperado segundo álbum, intitulado X. Vindo no caminho (e no sucesso) do disco de estreia, +, Sheeran se entrega de corpo e alma nas composições e nas melodias do folk acústico, mas sem esquecer o estilo que virou sua marca registrada, em uma espécie de R&B e hip-hop que só ele sabe fazer (e que eu, particularmente, adoro). Ou vai dizer que aquele vocal rápido não é sensacional? O britânico que foi chamado para escrever uma canção exclusiva para a trilha sonora do filme A Culpa é das Estrelas, intitulada All of the Stars, e que já compôs para artistas como Taylor Swift e One Direction (e até já foi convocado para o próximo álbum de Demi Lovato), parece ficar bem mais a vontade quando tem o “prazer” de cantar suas próprias histórias. Nas 16 faixas disponíveis, reclama, fala do sucesso, de possíveis amores, de traições (sabia que dizem que a canção Don’t foi escrita para a cantora Ellie Goulding?) e ainda sobra tempo para uma parceria com o bam-bam-bam do momento, Pharrell Williams, na divertida Sing, primeiro single do trabalho e que vem subindo cada vez mais nas paradas americanas. No álbum, destaque para Nina, Photograph e Tenerife Sea, um combo que prova o porquê de o cara mandar tão bem. Aos poucos, Sheeran vem marcando passos firmes no mercado, seja na escrita ou na voz. Apesar de vir pelos cantos, parece pronto para tomar conta. Alguma dúvida de que veio pra ficar? Meu palpite é de que veremos muito desse cabelo vermelho por aí. (RENUSKA CELIDONIO)

Sabe aquele texto leve e gostoso de ler? Assim são as crônicas do Amor Abusado, um site que fala sobre relacionamentos e cotidiano, além de ser ~quase~ um conselheiro amoroso. As histórias intituladas como Eu nunca andei de banana e Seja o cara conseguem falar pelo leitor e expressam, da maneira mais pessoal possível, situações que provavelmente todo mundo já viveu. Além das histórias iradas escritas por Guilherme Pintto e seus colaboradores, outra coisa superlegal do site são as imagens que ilustram os textos: pode ser uma foto minha, sua ou de qualquer pessoa que compartilhe uma imagem com a #amorabusado, no Instagram. Agora, além do site, está rolando na web um projeto para que as crônicas saiam da internet e virem livro. Quem curtir a ideia pode apoiar a causa pelo site: catarse.me/amorabusado. Fique com um trecho de umas das histórias e, se curtir, acesse o site. Mas tente não ler tudo de uma vez só: Tu mandaste eu ir me tratar e eu fui. Tratei de ser feliz, de viajar, fazer novas amizades, pedalar sem rumo e terminar de ler aquele livro que tu me deste quando as coisas ainda eram boas entre nós. E eu já fui. Tô lá. Tô sendo. (NATHALIE CÓRDOVA)

Divulgação

o FIm Pra quem curte a banda de rock alternativo Anberlin, é melhor ir se preparando. Os caras anunciaram o fim da banda e fizeram seu último lançamento este ano. Pelo menos garantiram na agenda um show em Porto Alegre, em agosto, durante a turnê de despedida. Eu não perco por nada. Fresno e Esteban tocarão no mesmo dia, no Opinião. A boa notícia é que o projeto solo do vocalista Stephen Christian, Anchor and Braille, continuará. Ufa. O AeB surgiu da necessidade de Stephen de colocar num lugar só suas músicas sentimentais, coisa que não poderia usar com a banda. Com 2 EPs lançados, Felt e The Quiet Life, ele mistura instrumentos como teclados, pianos e violões. Vale ir atrás. (ANDRESSA COSTA)


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08 cuecas .......................................................................16 KzuKa curte..........................................................

MÚSICA Pitty de volta ao rock

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CANTORA FALOU COM O KZUKA E VEM A PORTO ALEGRE EM AGOSTO

Como Kzukar suas férias

caPa ............................................................................ MC Guimê geeK Me ................................................................... Pequenas notáveis

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cHucK norris ........................................................ Leo Moreira teaM KzuKa ............................................................ Jiu-jitsu cineMa...................................................................... Jovens heroínas Portas eM autoMÁtico ..................................... Voluntariado no exterior

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FELIPE TITTO ELE É O CARA!

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05 | KZUKA | julho 2014

MODA Looks e dicas pra debutar




A primeira coisa que a gente pensa quando julho chega é nas férias. Muita gente curte Porto Seguro. Tem os que curtem Disney. Tem praia. Tem destino pra todo gosto. Mas o que não falta quando as férias de inverno chegam é aquela vontade quentinha de dormir e fazer nada, né? Confira o que a galera gosta de fazer neste mês gelado!

LoNge de casa Julho é o mês perfeito para as férias mais elaboradas do Gabriel com a família. Quando podem, eles vão curtir o Nordeste do Brasil ou até o exterior – sempre pra fugir do frio. A ideia é aproveitar a baixa temporada nesses lugares e garantir o check-in por aí.

08 | KZUKA | julho 2014

Na Neve Nas férias de julho, a Victória costuma ir pra praia com a família. Mas, ano passado, rolou uma trip pra Bariloche que já entrou na lista das melhores viagens. Além de fazer festa, ela conheceu muita gente e fez amigos de todo o Brasil. Tão bom que, se pudesse, a guria repetiria todo ano.

No soNiNho A Roberta não pensa duas vezes: nas férias de julho, o lance dela é colocar o sono em dia. Além de dormir o máximo que pode, ela também foge do frio. Boa!


Comer e domir Sempre que pode, o Guilherme aproveita as férias de julho pra juntar a galera pro churrasco. Futebol e cineminha com a namorada também estão na to do list do período de folga. Viagem com a família e muuuuuuuitas horas de sono também estão nos planos dele.

No Nordeste Além de relaxar e dar uma folga nos estudos, a Laura sempre viaja para uma praia no Nordeste com a família. Tudo para fugir do nosso frio e curtir umas ondas e um solzinho.

No flow =) Nada melhor que umas boas férias pra organizar os estudos, descansar, viajar e rever os parceiros das antigas, né Ariel? O nosso Comunika acha que as férias são um baita momento também pra atualizar as leituras que não rolam na correria do ano e curtir aquele filme debaixo das cobertas. Com chocolate quente, claro.

Na tevê

@victoriacaruso

@ariel_gil

@laugoldmann

@guitheisen

@robertaludwig

@lorenzocoufal

@magnusGabriel

@luizasvarela

09 | KZUKA | julho 2014

Na praça O Lorenzo aproveita as férias de julho pra fazer coisas que todo mundo adora: jogar conversa fora lá na Encol, bater uma bola com os amigos, curtir o frio em frente à tevê. Só coisa boa, né?

A Luíza gosta de curtir as férias de julho longe de Porto Alegre pra fugir do frio. Mas quando fica na city, sai com as amigas pra andar de bicicleta, ir ao cinema e curtir balada. Quando a temperatura cai, prefere mesmo ficar em casa vendo filme e seriado.


M O D A

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Chegou a hora de debutar. Muitos eventos, esColhas, novidades... o editorial de Moda deste MĂŞs foi feito espeCialMente para as Meninas que serĂŁo as debutantes de 2014. arraseM CoM nossas diCas!


11 | KZUKA | julho 2014

O que estĂĄ em alta: tomara-que-caia, transparĂŞncias, rendas, bordados em pĂŠrola, tecidos como organza, tule, crepe de seda, modelos de princesa e sereia com as costas de fora, como este da Valentina.


M O D

KZUKA | novembro 2013 12 | KZUKA | julho 2014

A – As meninas não se deixam mais levar pelas mães. Elas chegam na loja sabendo o que querem – diz Sandra Konrath, estilista da loja Filhas da Mãe, especializada em moda festa e que vestiu mais de 50 debutantes no ano passado. Os cristais nunca saem de moda e as pérolas estão voltando. O excesso de bordado caiu um pouco e as meninas estão valorizando mais o corte e o caimento, né Rafaella?


Tudo que parece natural é sempre mais bonito. Cabelo ondulado, preso, liso... há boas opções para todos os gostos. A dica do William Teixeira, cabeleireiro do Hugo Beauty Plaza, é que as meninas escolham o visual que se sentem bem e seguras. – Gosto bastante do cabelo levemente preso para o lado. Assim, você fica com duas opções durante a festa: usa meio-preso no desfile, depois solta na festa. Fica lindo! Outra dica é fazer uma boa hidratação na semana da festa.

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CABELOS


M O D A

KZUKA | novembro 2013 14 | KZUKA | julho 2014

MAKE UP Não existe certo ou errado para maquiagem. Tudo depende da personalidade de cada menina! A dica da Raquel Rocha, do Hugo Beauty Lageado, é usar um visual básico e também fazer um olho carregado. Os dois são lindos. A dica para o make não envelhecer é fazer uma pele bem suave. Para ressaltar a maquiagem, use cílios postiços sempre! A Victoria adorou a dica.


15 | KZUKA | julho 2014

Ficha Técnica Produção: Filhas da Mãe (www.filhasdamae.com.br) Textos: Marina Ciconet (@marinaciconet) Arte: Andressa Costa Fotografia: Camila Hermes (@camila_hermes) Beleza: William Teixeira - Cabelo (Hugo Beauty Plaza) e Raquel Rocha - Make Up (Hugo Beauty Lageado) Modelos: as debutantes Rafaella Kobe, Valentina Cameli e Victoria Leal Agradecimento: Filhas da Mãe


CUECAS *Felipe é jornalista e repórter do Kzuka. Já viajou por 15 países numa kombi e fez um documentário sobre felicidade. Aqui, divide as trapalhadas da vida. E muito mais. Se quiser que ele escreva sobre algo especial, manda aí: felipe.luis@kzuka.com.br

Mais teMpo livre pro sono e pra balada? siga as dicas precisosas pra curtir de verdade a folga

F

texto felipe costa* arte andressa costa

esta, noite, viagem, futebol, videogame. Não que não seja assim o ano inteiro, mas nas férias é diferente. Tudo se potencializa quando não há preocupação com horários: a festa vai até mais tarde, a noite dura até de manhã, o futebol vira churrasco, uma partida de videogame se transforma em campeonato. O sono vai até meio-dia. Com bastante tempo, a lista do que fazer pode ser infinita, e talvez seja hora de dar uma chance a outras atividades. Para muitos dos que trabalham, é a hora de trabalhar para si mesmo e sacanear quem ficou no escritório postando mil fotos no Instagram. “Churrasco com os brother”, em plena segunda-feira. “Bora pra praia!”, na quarta de manhã. Mostrar o bronzeado das coxas segue hit entre algumas meninas: pernas esticadas em direção ao mar, à piscina, em frente ao lago. No verão. Mas, no inverno?

Poderiam correr para o calor, mas o charme do RS é poder mostrar as entradas VIPs para o festão em Gramado, né? “Fundue com as amigas”, e a foto com as cumbucas cheias de chocolate. “É o que temos pra hoje”, clique do petit gateau em frente à lareira. Não que essas coisas não sejam legais, mas passar as férias sem tirar fotos também é. Ficar em casa com a família também é bacana. Em vez de perder a hora na balada ou no videogame, vale se perder nas páginas daquele livro grandão, que você não conseguiria terminar entre as leituras obrigatórias do vestibular. Se livro não é muito a sua, vamos com algo mais leve. Procura um assunto que lhe interessa e começa com uma revista, um filme sobre o tema, um blog. Da etapa vencida por Gabriel Medina no circuito mundial de surfe, siga para vídeos do YouTube com as manobras da jovem estre-

la brasileira e já toca pra algum filme como Point Break, clássico do gênero estrelado por Keanu Reeves. Com referências como essas, certeza que as 326 páginas da biografia do Kelly Slater vão passar voando como os aéreos de Mick Fanning. Um intensivo de qualquer coisa: aprender inglês, a fazer churrasco com o tio, a preparar um chimas com o vô. Curtir o interior para andar de bike na casa dos primos, deitar embaixo das cobertas e assistir a uma temporada inteira de algum seriado, relembrar os tempos de Sessão da Tarde ou mesmo descansar depois de ter acordado cedo para ir pescar. Ou então festa, viagem, futebol, videogame. Inclusive tem uns irados que foram lançados no começo do semestre. Com calma, sem pressa. Daqui a pouco, já bate a vontade de rever os amigos da aula e do trabalho.

16 | KZUKA | julho 2014

desafio do KzuKa para você bater durante as férias: Tente vencer um campeonato com um time de meia estrela do FIFA 14, como o Bohemians Football Club, da Irlanda.

Vai viajar com a galera? Aproveite e faça uma trilha ou conheça uma praia pra onde nunca foi. Ou então, siga pra velha e boa praia, com um lualzinho, toque um violão e volte com uma história legal pra contar pro Kzuka!

Assista a pelo menos uma temporada de 24h e mande tua opinião sobre a série aqui pra gente.

Pra mostrar que não tem essa de preconceito, vá pra festa sertaneja, rock, eletrônica e até pro bailão! Conhecer pessoas com gostos diferentes amplia horizontes e abre a cabeça. E fica bem mais fácil pra falar mal depois.

Bata teu recorde de embaixadinhas, complete o álbum de figurinhas da Copa e converse com teu avô sobre quem foi o craque.

Leia um livro daqueles gigantescos, que você ACHA que nunca vai conseguir. As sugestões: As Crônicas do Gelo e do Fogo, A História Secreta da Marvel, Senhor dos Anéis e O Ciclo da Herança.

Entre as milhares de selfies, tente tirar fotos diferentes. Enquadramento legal e uma luz bacana podem eternizar cenários simples. Se tirar uma irada, poste e marque o #instakzuka.

Aproveite o tempo livre: organize as fotos desse PC bagunçado e já prepare as playlists do pós-férias.

Comer fundue é fácil, mas que tal preparar um? Se não tiver namorada, o pai e a mãe com certeza vão ficar felizes com a surpresa.

Aprenda três palavras novas em três línguas diferentes. Wunderbar! Awesome! Muy chido, wey!



a c pa

A ostentAção do principAl funkeiro do pAís conquistA o mAinstreAm texto felipe costa

arte aNDRessa costa

Giuliano cecatto/especial

18 | KZUKA | julho 2014

M

C Guimê não tem tempo para “camarote fechado e champanhe pra estourar”, como diz na letra de Na Pista Eu Arraso. E, se não fosse a estrela da noite, teria ficado na porta da Pixy Club, uma das principais baladas de Porto Alegre. Boné, correntes, óculos escuros e camiseta não atendem ao dress code obrigatório da festa: a camiseta é proibida para homens, e mulheres só de vestido de noite – “No T-shirt” e “Evening dress”, como preferem os organizadores do evento. A maior estrela do funk nacional na atualidade parece um peixe fora d’água. As músicas seguem as mesmas dos shows em Osasco, na grande São Paulo, onde nasceu. O público, porém, é bem diferente. De dentro da sala envidraçada da área VIP se veem as filas do lado de fora. Os ingressos, vendidos antecipadamente a R$ 60 e R$ 80, estão esgotados. Seis cambistas brigam pela atenção de um rapaz que tem uma entrada sobrando. Negócio fechado: vendido a R$ 150 e revendido a R$ 200.

A fila não diminui na rua, e outra se cria na porta do camarim. Três morenas e dois ex-BBBs esperam, entre as quase duas dezenas de loiras. Muitas fotos, poucas palavras. O tempo do MC é controlado pelo produtor, que lidera uma equipe de 25 pessoas – 17 delas de São Paulo. Os repórteres que conseguem entrar têm número limitado de perguntas. Guimê se olha no espelho, ajeita o boné e os óculos, bebe um gole de água. Está na hora de subir ao palco. Nas primeiras apresentações de Guilherme Aparecido Dantas, o Guimê, 21 anos, não havia assessores, nem o luxo de escolher entrevistas. Faz quatro anos que mudou o estilo das letras para o que define como “a realidade de uns e o sonho de outros”. A ostentação não é exclusiva de nenhuma classe. E Guimê parece não se importar de cantar para um público que, há pouco mais de um ano, criticava sua música. – No início, tinha resistência, muita

gente criticava, dizia que as músicas eram de favelado e malandro. Mas já passamos por essas barreiras – disse Guimê, antes de encarar a primeira apresentação da noite. Tinha mais uma depois, em Novo Hamburgo. Mas já chegou a fazer na mesma madrugada. O show começa, e a sala VIP se esvazia. Os camarotes enchem. Se ostentação não tem classe, parece também não ter idade: senhores dançam, fora de ritmo, com algumas gurias. Na pista, lotada, os braços erguem celulares para gravar o show e tirar fotos. – Vai pro Instagram, claro – diz um rapaz sobre a foto do brinde dele e mais dois amigos, com Guimê ao fundo. A primeira música do show é justamente o sucesso que fez o funkeiro estourar nacionalmente. Quem lembra é Raphael Ricetti, 22, um dos funcionários da produção. Entre os 17 que vieram de São Paulo para ajudar no show, é o único que conheceu Guimê antes da fama.


Sobre as fãs, no show, ele é direto: – Mulherada rola muito e não dá pra deixar passar, né? – ri. Desta vez, ele deixa passar. Acompanha o show do palco, em pé, ao lado de Guimê. A pista ferve, e Raphael observa tudo de cima, mas não desce. No baile porto-alegrense não tem a mistura das festas dos bairros suburbanos de São Paulo, a mulherada que ele vê ali não é do jeito que ele gosta. As saias curtas, a maioria pretas, não descem até o chão como nos bailes da periferia. Mas não é por isso que ele não desce. Quer ficar do lado do amigo, com quem viaja o Brasil inteiro, caso precise de alguma coisa. – Sempre tem umas responsinha aqui e ali durante o show pra ajudar – admite com timidez. Toca Plaquê de Cem, e a galera canta junto. Hornet, Kawasaky, Bandit, RR, Sonata, Azera, Veloster. Na letra, as motos e “naves” que Guimê sonhava ter quando ainda precisava dos carros emprestados dos amigos para gravar seus clipes. A música acaba, e ele cumprimenta os fãs perto do palco, meio sem jeito. “Valeu, irmão”, “Brigadão pela presença”, “Tamo junto”, aperta as mãos, com um sorriso amare-

CONTA BANCÁRIA: Plaquê de cem é o que não falta na carteira do MC. Com faturamento mensal estipulado em R$ 800 mil, Guimê chega a cobrar R$ 35 mil por apresentação.

A MORADA: Seu apartamento, no bairro Tatuapé, em São Paulo, é avaliado em R$ 900 mil. Mas ele já planeja mudar para uma mansão em Alphaville.

FUNK DE GRIFE: Com o sucesso, migrou das marcas de surfe para as grifes francesas, inglesas e italianas. Tem sua própria marca de bonés, a NMNM (Nem Maior Nem Melhor).

lo no rosto. Não é como cumprimentar os amigos. – A galera da quebrada ainda pode ir ao meu show. Agora eu tô tocando em um monte de lugar bacana, mas sempre rola festas de cidades, em praças, shows grandes em que toda essa galera marca presença – garante MC Guimê. E a galera dos lugares bacanas vai enjoar do funk ostentação? Guimê tem certeza que não. Segundo ele, sempre vai ter um produto novo a ser desejado. Mas se enjoar, está pronto: – Sou músico, estou preparado para mudar de estilo sempre. Mas escreve o que eu tô te dizendo, não é coisa só da quebrada. Quando a batida da última música da noite começa, o público explode. País do Futebol, segundo Guimê, é a que mais representa sua realidade. Na letra, nada de ostentação. Talvez a prova que nem só de marcas caras vive o funk do MC. Uma hora depois, o show acaba, ele mal se despede, e o produtor chama para ir até a van. Guilherme Aparecido Dantas não tem tempo para “camarote fechado e champanhe pra estourar”. Ele segue, no flow, até o próximo show começar.

A PRIMEIRA NAVE: Aos 17 anos, comprou um New Civic. Será que ele sabia que não se pode dirigir nessa idade? Aos 21, ostenta um Volvo XC60 e um Mini Cooper na garagem. AMIGOS FAMOSOS: A opulência vai além de carros e motos. Ser amigo de Neymar e Emicida também conta pontos na escala Guimê de ostentação. Quem tem amigos tem tudo, não? PATRÃO DO YOUTUBE: É o primeiro cantor brasileiro a ultrapassar a marca de 30 milhões de visualizações em três hits consecutivos no YouTube, números que fazem de Guimê o maior artista nacional na categoria geral em toda a história da plataforma. OS HITS: Tá patrão, Plaquê de 100, Na Pista Eu Arraso e País do Futebol.

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Amigo do MC há oito anos, Raphael não se recorda como, de uma hora para outra, o vizinho do bairro de Vila Isabel, em Osasco, ficou famoso. – Foi de uma hora pra outra. Ele primeiro ficou famoso nos bailinhos, ganhava uma boa grana, claro, mas para outras regiões foi depois de Tá Patrão, mesmo – diz Raphael. Antes mesmo dos bailinhos, Guimê, ainda Guilherme, já queria ostentar. Conseguiu o primeiro emprego em uma quitanda, aos 12. Vendia frutas durante o dia e, à noite, entregava flores. Não faltava comida na casa de Guimê, criado pelo pai, eletricista e pela madrasta. Faltavam tênis Nike, bermuda e camisa da Oakley. Ainda que comprados na 25 de março, em São Paulo. Já não faltam mais. Raphael conta que não só ele mas todos os amigos de Osasco são ajudados por Guimê. E todo mundo anda com o estilo parecido. De baixo do boné, o cabelo amarelo, “tipo Neymar”. E como acontece com os amigos do craque, um pouquinho da fama sobra para ele. O número de seguidores de Rapha no Instagram, quase 13 mil, não chega nem perto dos mais de 800 mil do melhor amigo.


G E E K E M

AlunAs dA oitAvA série do Colégio AnChietA CriAm ApliCAtivo e ChAmAm Atenção dA esColA texto rEnuska cElidonio arte andrEssa costa foto ariEl gil

20 | KZUKA | julho 2014

T

udo começou com a curiosidade pela tecnologia. Giovanna Baldino, 13 anos, está na 8ª Série do Colégio Anchieta, é superligada em internet e, um dia, enquanto mexia no computador, pensou: – Por que eu não posso criar um aplicativo, já que é o que mais usam hoje? Depois de muito pesquisar e ver que era possível programar usando ferramentas gratuitas online e por conta própria, a guria chamou a colega de sala Chiara Paskulin, 14, para unir forças. Logo após algumas reuniões via Skype, as duas bolaram juntas o app da Turma 88, na qual estudam. Lá, disponibilizam para os colegas datas e conteúdos das provas marcadas, além de resumos, leituras, lembretes, os temas de casa e tudo o que envolve as aulas da série. – A gente tinha a necessidade de fonte de informações confiável para a turma, com tudo que era importante – conta Giovanna. A vontade veio depois de diversas tentativas frustradas da sala com blogs e comunidades no Facebook que não funcionavam bem e pareciam não render o esperado, resultando quase sempre num espaço para piadas ou brincadeiras. Já o uso do aplicativo entre os estudantes deu tão certo que até outros colegas agora aju-

da nas atualizações. E o que os professores acharam disso tudo? Amaram, claro. – Até a professora de matemática baixou no celular dela! – comemora Chiara. Mas esse foi só o primeiro passo das meninas. Com o sucesso do app da turma no colégio, a fama acabou chegando aos ouvidos de Silvia Cramer, professora de Ciências e uma das responsáveis pelo Museu Anchieta de Ciências Naturais. – Já fazia muito tempo que a gente queria fazer um aplicativo para o Museu, buscando empresa, procurando profissional, pesquisando preço. Na última semana do nosso deadline, fiquei sabendo das gurias. E pra nós foi legal porque pegamos a prata da casa, né? Nossa solução estava aqui dentro – revela a professora. Com o projeto, as alunas começaram a passar mais tempo entre as paredes do espaço, descobrindo e fotografando cada sala e detalhe escondido do Museu. A ideia é dividir essas particularidades do local na ferramenta, aproximando os alunos do Anchieta ao lugar. A versão foi criada para iPhone, Android, Windows Phone e Blackberry. Aos poucos elas vão aprimorando o app, acrescentando novos vídeos, imagens, informações e curiosidades. Com o

incentivo dos professores e da família, as alunas conseguem conciliar o tempo que se dedicam ao app com as atividades escolares e as horas de lazer. O resultado dos dois trabalhos foi o reconhecimento dos companheiros de escola, que até param as meninas nos corredores para parabenizá-las e, também, comentam que querem um aplicativo para suas próprias turmas. Elas até já planejam uma reunião com a coordenação do Colégio para bolar um aplicativo para outras 8ª séries, para poderem compartilhar com outros colegas os materiais para estudo. E, pelo visto, isso ainda vai render muita coisa. Além de se empenharem na ideia, as duas sonham com a possibilidade de aparecer no programa da apresentadora Fátima Bernardes. – Nós criamos até uma hashtag! #GieKiNaFátimaBernardes, a gente vai! E a hashtag vai ficar nos trends! – brinca Chiara. Mesmo ainda estando no Ensino Fundamental, o sucesso do aplicativo já rendeu em um desejo para o futuro. – Eu pretendo investir na área de TI. Ou Design. Alguma coisa que envolva a internet! – diz Giovanna. Alguém duvida que vai dar certo?

Para baixar o app é só entrar no site app.vc/museuanchieta Ele está disponível para iphone, Android, Windows phone e Blackberry


Colégios

POR AI

Fotos: Giuliano Cecatto/Especial

Mariana Ribeiro e Giulia Cella curtiram o recreio Kzuka, com Reijow, no João Paulo I Norte

Vitória Duarte e Gustavo Ribeiro representando a miniempresa Lev no Anchieta

Rivalidade boa entre Luiza Wagner e Luísa Gomes no La Salle Dores

21 | KZUKA | julho 2014

Johann Kraetzig e André Trois no recreio estendido do Americano


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texto renuska celidonio arte carina kern/especial foto Valéria Machado/diVulGaÇÃo

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eonardo Moreira tem 24 anos e, desde pequeno, já gostava de ir cortar o cabelo. Com o tempo, descobriu que a paixão era, na verdade, o que ele queria fazer quando crescesse. Depois de muito treino, cursos e vários cortes para os amigos, Léo, como é conhecido, comemora o fato de trabalhar em um dos maiores salões de Porto Alegre como hairdresser, o Cubo, e já carregar alguns prêmios. Mas não começou lá. Foi assistente e acredita que começar do começo foi fundamental. – Muitas pessoas decidem pular essa etapa, de lavar e varrer cabelos, mas ela é a base de tudo. Quando tu aprendes isso, ficas pronto para a próxima etapa – ensina. Deixar a cliente sempre mais bonita é o desafio que ele carrega como mantra. Confira outras dicas do guri nesta entrevista.

Você costumava treinar nos amigos e na namorada? Léo: Comecei praticando nos parceiros de uma banda que eu fazia parte. Todos nós tínhamos que ficar parecidos com o Noel Gallagher [músico e guitarrista da finada banda Oasis]. Praticava na namorada também. Por gostar de arquitetura, sempre tinha uma ideia para o cabelo dela. Lembro de várias vezes cortar a franja dela inspirado na Stonehenge!

eu perceber que andei pelo caminho certo, buscando a perfeição sempre.

Você já viajou para fora do país e ganhou prêmio. Como é ter o trampo reconhecido? Fiz especializações de nível internacional de cor e corte. Faço parte do time de educação ID Artist da L’Oréal Professionnel e sou um dos responsáveis a transmitir a educação da marca a novos profissionais. O reconhecimento serve como injeção de adrenalina para continuar buscando e aperfeiçoando educação. Até hoje recuso programas com os amigos para ficar em casa estudando. É inspirador.

Qual é a melhor parte de ser um hairdresser? É conseguir mudar a vida de uma pessoa. Fazer uma mulher se sentir mais linda e um homem mais confiante não tem preço. Acho muito digno citar também a escalada social. Com meu trabalho, já deu pra conhecer gente de todas as classes. Eu amo pessoas e fico fascinado.

Como está a carreira hoje? Eu trabalho no Cubo, em uma das sedes que fica num lugar super cool de Porto Alegre, o Complex, ao lado de cabeleireiros que, quando eu comecei a carreira, pensava: ‘eu quero ser um desses caras quando crescer’. Fazer parte do time destes profissionais faz

Dá pra ganhar uma grana legal? Dá sim. Como é uma profissão que depende só de ti, acabas ganhando pelo que produz e, às vezes, dependendo do empenho, dá pra ganhar mais que um médico ou um engenheiro, por exemplo.

Você também toca guitarra, né? Acha que cortar cabelos também é arte? Claro. Uso no meu trabalho a mesma filosofia da música: primeiro se aprende as técnicas, depois se improvisa. Inverter o processo nunca dá certo. E qual a dica para quem quer começar na área? Inspire-se, busque conhecimento, dedique tempo ao estudo e seja sempre sincero com seus futuros clientes.


Colégios

POR AI

Ariel Gil

Fotos: Giuliano Cecatto/Especial

Mateus Culleton e Martina Ventura comemoraram o Dia dos Mamorados no Marista Ipanema

Mylena Ferraro e Giovanni Scola no intervalo do La Salle Santo Antônio

Carolina Sada e Natália Leite na saída do Província de São Pedro

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Lucca Carvalho e Anna Luiza Spotorno, no recreio temático do Dom Bosco, ganharam presente do Kzuka


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BERNARDO GATTI, CAMPEĂƒO DE JIU JITSU AOS 10 ANOS, É UMA DAS PROMESSAS GAĂšCHAS NO ESPORTE texto FELIPE COSTA

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pai, Filipe, nem precisou convidar. Bernardo sempre insistia para começar a treinar jiu-jitsu com ele. Aos 8 anos, fez seu primeiro treino. Hoje, aos 10, exibe com orgulho a medalha do tĂ­tulo mundial conquistado em abril, no World Prefessional Jiu-Jitsu Cup (WPJJC), em Abu Dhabi. Os professores da Drill BJJ, onde Bernardo treina, indicam o menino como uma das promessas gaĂşchas do esporte. Por quĂŞ? Ele nunca perdeu uma luta. Faixa preta e praticante hĂĄ 20 anos, Filipe Gatti garante que ninguĂŠm obriga o guri a treinar, pelo contrĂĄrio, ele se esforça para tentar desviar o foco de Bernardo dos tatames, o levando ao cinema e ao futebol, mas nĂŁo adianta. – Eu o aconselho a ir menos aos trei-

arte ANDRESSA COSTA

foto ARQUIVO PESSAOL

nos, mas ele nĂŁo quer. Falo â€œďŹ lho, vai jogar um videogameâ€?, mas ele insiste em treinar cinco vezes por semana. Se espelha nos competidores, atletas de ponta, e quer seguir os passos deles – diz Filipe. Bernardo nĂŁo bebe refrigerantes e nĂŁo come doces desde a faixa branca, quando começou. Nos vĂ­deos da sua Ăşltima competição, ĂŠ notĂĄvel a diferença de postura em relação aos adversĂĄrios. Concentrado, cumprimenta os juĂ­zes e se movimenta como um atleta proďŹ ssional. Quando a luta começa, segue sempre a mesma estratĂŠgia: prepara a posição e busca a ďŹ nalização com um “armlock invertido na guardaâ€?, uma chave em que ele pĂľe um dos braços do oponente entre suas pernas e vira em direção ao tatame. Venceu todas as lutas

do mundial assim. – NĂŁo sei se ainda nĂŁo se ligaram que ele ĂŠ bom nessa, mas mesmo que se preparem, ele ĂŠ quase um especialista na posição – aďŹ rma o pai. Em casa, costuma repassar com o pai e com o irmĂŁo Gabriel, 7, o que foi aprendido no treino, focado na prĂłxima competição, que acontece em janeiro do ano que vem. Ele quer aproveitar a ida ao Pan Kids, campeonato panamericano infantil, na CalifĂłrnia, para treinar na academia dos irmĂŁos Rafael e Guilherme Mendes, de onde saĂ­ram quase todos os campeĂľes do Ăşltimo torneio. – Se passar de ano e seguir se comportando bem, ele vai – garante Filipe. Estamos na torcida pelas boas notas do Bernardo. Fora e dentro do tatame.


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A Os irmãos Carlos e Hélio Gracie, criadores do jiu-jitsu brasileiro, diziam que a prática da “arte suave” era mais do que um esporte, mas uma forma de criar cidadãos mais confiantes. Para eles, uma pessoa segura se tornaria um pai melhor, um irmão melhor, um amigo melhor. A arte marcial da família Gracie ganhou o mundo e se espalhou junto com a filosofia do irmãos: mais do que auto-defesa, o jiu-jitsu virou um esporte organizado e até uma ferramenta contra o bullying. – Toda criança deveria aprender

jiu-jitsu assim como deveria aprender a nadar. No jiu-jitsu a gente aprende a ter disciplina e respeito. Também ajuda a criar segurança, já que aprende a lidar com uma situação de risco e a sair dela sem machucar ninguém – diz o tricampeão mundial Fernando Paradeda. O jiu-jitsu dá ênfase à luta de solo e às alavancas: aí uma pessoa mais fraca pode se defender até de um adversário mais forte. A certeza de uma vitória sem a necessidade de socos e chutes traz confiança. Isso, segundo o faixa preta e professor da Drill BJJ

Ian Behring leva o praticante a relevar provocações e evitar brigas. – Com o jiu-jitsu a pessoa melhora em todos os sentidos da vida, tanto em casa quanto no colégio. O que mais prezamos é tornar as crianças campeãs na vida, bem disciplinadas, educadas, gentis. No tatame eles aprendem a errar, melhorar, tentar de novo e perder mais uma vez, mas sempre voltar buscando a vitória. Do fracasso a gente tira várias lições. Então, ganhando ou perdendo, sempre temos benefícios – diz Ian Behring.

O MESTRE Hélio Gracie foi o primeiro campeão do clã Gracie e grande responsável pela popularização do esporte no País, ainda na década de 50. Lotou o Maracanã para lutas épicas com judocas japoneses como Masahiko Kimura, considerado o maior judoca de todos os tempos, e até hoje o combate mais longo da história é dele: 3h43min. Detalhe, ele tinha 43 anos e o adversário, Waldemar Santana, 26, e 30 quilos a mais.

por Felipe Costa, depois do treino

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Fui à Associação Leopoldina Juvenil para ver se essa gurizada do jiu-jitsu treina forte realmente. Cheguei atrasado pro treino e a galera já fazia seus drills, as repetições de posições. Depois de tanto repetir cada posição, dizem os faixas pretas no tatame que o corpo passa a reagir automaticamente quando surge a necessidade, ou oportunidade, para usá-la. Memória muscular. Como minhas lembranças do esporte vinham de 2009, quando treinei por três meses, meus músculos (que músculos?) já estavam meio desmemoriados. Peguei um kimono emprestado, pedi ajuda para amarrar a faixa e já levei um aviso: – Se liga, Felipe! Não pisa de tênis no tatame! Tirei o calçado, e a gurizada seguia firme treinando. – Este foi campeão no Mundial, aquele ali foi vice, aqueles dois são apostas já para o próximo... E assim fui apresentado a toda a garotada. – Pode mandar o mais durão deles aí – provoquei. Thiago, de kimono preto estilo Cobra Kai, do filme Karatê Kid, pega firme na lapela do meu kimono, mas com cuidado. – Não quer começar do chão? – pergunta, receoso. – Capaz, pode derrubar – respondo. TAU! – fui ao chão. Nos cinco minutos de luta, sou finalizado três vezes. Pergunto a um dos professores sobre a preocupação dele com a minha queda. – É o esporte individual mais coletivo que existe. Aqui todo mundo se preocupa com o outro.

Drill BJJ Libero Badaró, 279 Boa Vista

Mário Reis Jiu Jitsu Av. Benjamin Constant, 1.228 Bairro Floresta

Guetho Jiu Jitsu Rua Schiller, 71 Rio Branco

O (QUASE) INVICTO Rickson Gracie, um dos sete filhos de Hélio, é o lutador mais vitorioso da história do jiu-jitsu e da luta livre. Das suas 486 lutas, entre desafios de MMA, jiu-jitsu, judô e sambô, perdeu apenas uma.

O CARA DO MOMENTO Marcus “Buchecha” Almeida, 24, é o atual número 1 do ranking mundial. Nos últimos anos, Buchecha ganhou todas as competições do esporte na sua categoria, pesadíssimo, e na absoluto, que engloba todas as outras.



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le é lindo, boa praça e está fazendo o maior sucesso. Felipe Titto, 27 anos, esbanja beleza. E, precisamos confessar: entrevistá-lo não foi tarefa fácil. Corremos atrás dele e, na primeira tentativa de conversa por telefone, já vimos o quanto o ator está bombando. Não pôde nos atender por estar no meio de uma sessão de fotos. – Desculpa, gente, mas vamos ter que remarcar. Agora não tem como falar. Tudo bem. Na segunda tentativa, Titto estava a caminho de um trabalho, quase sem tempo. Na correria da entrevista, a ligação caiu e o telefone dele ficou sem sinal. Mas, aqui é Kzuka! E a gente não desiste. Quando finalmente conseguimos

conversar com Titto com calma, entendemos de verdade o porquê de o paulista estar fazendo tanto sucesso. Sempre rindo e bem humorado, é do tipo gente boa que todo mundo quer ter como amigo. Começou a carreira na publicidade, mas estourou mesmo em 2005, quando interpretou o estudante Marley, em Malhação. Mas, não se assuste se você não se lembrar do ator na novela teen. Na época, aos 17 anos, Titto era magrela e usava uma cabeleira black power, completamente diferente do que é hoje. Alvo fácil para bullying por causa do look diferente, não deixava ninguém mexer com ele. – Eu sempre fui muito “briguentinho” desde novo. Não dava a chance de

ninguém pegar no meu pé! – ri. A mudança física aconteceu naturalmente por culpa do tempo. – A adolescência ficou para trás, a barba cresceu, o corpo ficou maior. Foi automático, nada realmente pensado – explica. Hoje, exibe na pele várias tatuagens – já perdeu a conta de quantas tem –, além do corpo malhado, resultado das longas horas de treino. Hiperativo confesso, gasta energia na malhação diária, mas diz que o que curte mesmo é passar tempo em exercícios físicos mais divertidos, como pular na cama-elástica e andar de skate. – Academia mesmo não é o que gasta minha energia. Eu curto cardio, sabe? A gente também! Haja coração.


Se no profissional a vida vai muito bem, obrigado, Titto não tem do que reclamar da vida pessoal. Ele é casado (desculpa, gente) e, diferente do que você pode imaginar, faz a linha mais caseiro. – Sou muito de boa. Até sou noturno, mas não da noite. Não saio, não bebo. Eu treino, tenho dieta, como bem, então são poucas as vezes em que saio pra curtir. E o assédio? Ele e a mulher tiram de letra. – A gente sempre escuta algum

Titto diz não se entender muito bem com a Internet, mas sua paixão pela fotografia o levou a ser um heavy user do Instagram. No perfil @felipetitto, publica imagens de bastidores, viagens e momentos em família. Tem que seguir!

comentário, alguém que fala alguma coisa na rua, mas ela sabe que é assim e lida bem – conta. Com 16 anos, Felipe Titto descobriu que seria pai e hoje exibe para todos sua versão miniatura. O filho Theo, de 10 anos, é motivo de orgulho. – Ele é demais. Sou mais amigo dele do que pai. Trocamos muita ideia, temos uma sintonia muito grande – conta. Quando perguntamos como o ator era na idade do filho e na adolescência, ele riu bastante, contando

que era bem diferente no passado. – Eu não sou a melhor pessoa pra falar isso! Eu era bagunceiro, todo dia brigava. Mas, por incrível que pareça, tirava boas notas. Graças a Deus deu tudo certo, né? – dá risada. No fim, pedimos para Titto dar uma dica para a galera que lê o Kzuka. O que fazer para dar certo na vida? – Foco é a palavra. Quando se é jovem, o gás é maior e a probabilidade de acontecer as coisas é grande. Acredite, tenha fé. Literalmente, nada é impossível.

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A beleza e o talento levaram Titto às telinhas em horário nobre. Depois de uma participação rápida em Avenida Brasil, o galã viveu o mordomo Wagner, em Amor à Vida. As cenas, na grande maioria quentes com a atriz Bárbara Paz, fizeram o ator cair no gosto do público e se transformar em preferência nacional. O pior de tudo? O melhor amigo dele é outro sonho de consumo, o ator Caio Castro. Que dupla, hein? Os dois dividem gostos parecidos, como a paixão por esportes, além da imensidão de fãs apaixonadas. Foram eles que chegaram até o apresentador Luciano Huck com a ideia de um quadro divertido sobre atividades radicais. De início, Huck não gostou muito da proposta mas, juntos, trabalharam no projeto e conseguiram chegar a um consenso. O resultado foi o quadro Saltimbum, do Caldeirão do Huck. Na competição de saltos ornamentais, Titto era capitão da equipe azul e concorria com Castro, da equipe vermelha. Durante as exibições da disputa, os dois pareciam mais se divertir do que competir. Pulavam fantasiados, faziam apostas e, em basicamente todas, o muso tatuado tirava a melhor. Caio Castro perdeu boa parte das provas e precisou saltar de maiô e até raspou a cabeça. – Agora vou poder contar vantagem em cima dele pra sempre! – tira sarro o ator, que venceu na competição de capitães. Dá pra ver que a paixão pela televisão vai além da atuação. O sonho mesmo de Felipe Titto é poder cada vez mais se envolver nesse tipo de iniciativa, partindo mais para a área de apresentação. – É uma questão de realização pessoal. Acho que faria bem e me identifico. Eu queria poder fazer um programa que fosse sobre algo que eu tivesse propriedade, como lifestyle, variedades, esporte, skate – confessa.


POR AI

Green Valley Fotos: Giuliano Cecatto/Especial

LĂ­via Bastos e Juliana Soares

Daniel de Marchi e Lucas Piccoli

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Fernando Bamann e Gabriel Mesquita

Luisa Cardoso, Laura Grala, Marina Bertotto e Yasmin Bastos


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inco anos separam o álbum Chiaroscuro, de 2009, do novo disco, SeteVidas. No meio tempo, Pitty resolveu dar uma pausa e se dedicou ao projeto Agridoce, ao lado do colega e guitarrista Martin Mendonça. A dupla rodou o país em turnê divulgando o trabalho folk e, apesar do contraste com o som feito quando estava com a banda, os dois aproveitaram o tempo para aprender mais e se conhecer melhor. A volta ao quarteto, que, além de Martin, conta com Guilherme Almeida e Duda Machado, marca uma etapa muito diferente, segundo a própria cantora. – O aprendizado neste período [de pausa] foi grande. Foi uma fase intensa e definitiva da minha vida. Estou muito feliz de estar de volta para o que considero “meu lugar”. O rock é um encontro comigo mesma modificada. E foi tudo na hora certa pra mim – disse em entrevista ao Kzuka. Gravado ao vivo no Estúdio Madeira, em São Paulo, com todos os instrumentos tocados simultaneamente, SeteVidas foi produzido por Rafael Ramos e mixado pelo

inglês Tim Palmer, que leva no currículo nomes como U2, Pearl Jam, David Bowie e Robert Plant. A masterização ficou nas mãos de Ted Jensen, que já finalizou trabalhos de bandas como Arcade Fire e Muse. A união dos nomes resultou em um som grandioso, que fala a língua do grupo. No novo trabalho, psicodelia se mistura com rock pesado, em um lado obscuro que a banda apresenta em quase todas as faixas. O rock de garagem abre passagem em alguns momentos para experimentações, dando espaço até para ritmos africanos. Além do trio baixo, guitarra e bateria cumprir o dever de casa, o disco tem grande destaque para os vocais, abusando de coros e dando a Pitty um espaço marcante como intérprete. O desfecho de tudo seria uma espécie de “homenagem” ao ano de 2013, época que inspirou as composições do trabalho e que Pitty chama de “ano maldito”. O colega Peu Sousa, ex-guitarrista do grupo, foi encontrado morto naquele ano. – Obrigada, 2013, seu m&rd@, por ter me feito escrever e compor, mais uma vez – brincou a cantora.

PITTY EM PORTO ALEGRE ONDE: Bar Opinião (José do Patrocinio, 834) QUANDO: 21 de agosto INGRESSOS: R$ 50 (primeiro lote) CLASSIFICAÇÃO: 14 anos SETEVIDAS Nas lojas: R$ 29,90 (CD) e R$ 69,90 (Vinil) iTunes: US$ 8,99 Gravadora: Deck

A primeira apresentação da nova turnê, no interior de São Paulo, rolou dia 17 de maio e deu o gosto da emoção que a banda esperava para voltar aos palcos depois de tanto tempo separados. Preparados para pegar a estrada juntos novamente, os músicos já têm show marcado em Porto Alegre dia 21 de agosto, no bar Opinião. Até lá, a banda espera que tudo esteja no seu devido lugar. – Estamos aproveitando para ir ajeitando tudo e ficando afiados, mas está praticamente montado. Quando chegarmos aí no Opinas, estaremos quentes e entrosados – garante a cantora.

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texto RENUSKA CELIDONIO arte PAULA CASTRO foto DIVULGAÇÃO


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FORTES E INDEPENDENTES, AS PROTAGONISTAS DO CINEMA TEEN DEIXAM PARA TRÁS AS MOCINHAS DOCES E FRÁGEIS texto LIANA SUSS | GAZETA DO POVO

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ma princesa, um vestido gracioso e um campeonato de arco e flecha para disputar sua mão em casamento. Poderia ser um conto de fadas qualquer, mas – epa! – a princesa, rebelde como seus cabelos ruivos, rasga o vestido apertado, empunha o próprio arco e choca a todos: “Pela minha própria mão eu vou lutar!”. “Casando” consigo mesma, a princesa Merida, da animação Valente, lidera, ao lado de personagens como Katniss, de Jogos Vorazes, as irmãs Anna e Elsa, de Frozen, e Hazel Grace, de A Culpa é das Estrelas, uma nova safra de heroínas mulheres. As princesinhas doces, inocentes e frágeis ficaram para a história, dando lugar a protagonistas fortes e independentes que jogam para escanteio os príncipes e mocinhos, agora em segundo – quando não terceiro – plano. – Sem dúvida, pode-se considerar como uma atualização do perfil tradicional para algo mais próximo de identificação e da

arte ANDRESSA COSTA

fotos DIVULGAÇÃO

realidade do século 21, e não mais de uma opressão como a vivenciada pelas mães e avós das adolescentes atuais – diz o cineasta Paulo Biscaia Filho. – É uma tendência humanista, respeita o personagem pela força que ele tem, independentemente de ser homem ou mulher. Até mesmo no filme Malévola vemos que o príncipe não é necessário – completa. A semelhança com o público não é mera coincidência. De olho nas mulheres, cada vez mais presentes e ativas, Hollywood passa a investir em heroínas mais pés no chão, que lutam por sua liberdade de calça jeans e camiseta. Segundo Biscaia, é uma estratégia de mercado, mas também acaba por ser benéfico à sociedade, já que traz um discurso politizado e atual. – Mario Quintana disse que os livros não mudam o mundo, mas mudam as pessoas, e estas mudam o mundo. O mesmo serve para os filmes – conclui.


sonal stylist Hadassa Nogueira. Ela destaca ainda a maquiagem leve e os penteados mais desarrumados, que dão naturalidade e aproximam as personagens de suas fãs: – A nova imagem dá mais autoridade à mulher e vai contra estereótipos machistas, além de acabar consagrando também as jovens atrizes como ícones fashion. O corte de cabelo curtinho de Jennifer Lawrence, por exemplo, está em alta e deve ficar ainda mais com A Culpa é das Estrelas – que rolou no início do mês –, com o look da protagonista interpretada por Shailene Woodley.

Cristina Balbinotto, 13 anos, está na 8ª série do Colégio Anchieta, em Porto Alegre, e é uma apaixonada por livros, principalmente os romances. Em sua estante, coleciona diferentes títulos, mas não tem dúvidas quando precisa eleger o favorito. O “campeão” é a aventura Divergente, da escritora Veronica Roth. – Eu gosto de me identificar com as personagens, porque tu sempre podes tirar alguma coisa. Gosto muito de aprender com eles, sabe? – conta a jovem. Em Divergente, Cristina diz que se viu muito em Tris, personagem vivida no cinema pela atriz Shailene Woodley. – Ela é corajosa, é segura do que faz e tenta superar os medos que sente. Gosto disso. Eu sou tímida, mas estou tentando mudar, porque isso me atrapalha. E ela me ajuda a tentar coisas novas. Fã da literatura, a estudante também

não poupa elogios para as versões das publicações para o cinema. Fez questão de comparecer à pré-estreia do longa A Culpa é das Estrelas, inspirado no bestseller do americano John Green. – [A Culpa é das Estrelas] Foi a versão mais fiel para o cinema que já vi, é exatamente igual ao livro, do mesmo jeito que John Green escreveu. E eu chorei muito, desde o começo. Dava pra ouvir meus soluços na sala toda! – conta rindo. Para ela, as heroínas da atualidade mostram que as mulheres podem basicamente fazer o que quiserem. – As histórias mostram que as mulheres são muito mais capazes, corajosas, têm opinião própria. Como em Divergente, Jogos Vorazes, até na animação Frozen. E elas conseguem tudo sem precisar de um homem na vida! (RENUSKA CELIDONIO)

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Katniss Everdeen, a guerreira de Jogos Vorazes interpretada pela vencedora do Oscar Jennifer Lawrence, inspira cada vez mais fãs com sua trança solta, roupas esportivas e seu arco e flechas, bem como Hazel Grace (de A Culpa é das Estrelas) de camiseta ou Bella Swan (da saga Crepúsculo) de jaquetão e mochila. – O figurino atual reflete as meninas contemporâneas, que são mais despojadas e têm várias atividades durante o dia, mas nem por isso deixam de ser femininas e gostar de moda, como vemos nos vestidos que as personagens usam em ocasiões especiais – diz a per-


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Confira as melhores opções para unir o útil ao agradável Viajar é bom demais, mas que tal combinar trip + trabalho voluntário no exterior? Opções não faltam para quem busca ser intercambista e fazer o bem. Confira cinco destinos de todos os tipos. Escolha o que combina mais com seu estilo e faça as malas!

Que tal cruzar o mundo e trabalhar em uma ONG que ajuda deficientes visuais, regulamentada pelo governo chinês? Crescimento profissional, pessoal, imersão em novas culturas, mistura de idiomas... na China você vivenciará tudo e mais um pouco.

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Um dos destinos mais exóticos do mundo e perfeito para quem quer descobrir novas culturas. Lá você pode desenvolver atividades educacionais em escolas, centros médicos e até em reservas ambientais, se seu negócio for animais. Opções não faltam pra desbravar esse riquíssimo país.

texto MariNa CiCONET arte aNDrESSa COSTa

No país mais badalado do continente africano, opções não faltam de voluntariado. Você poderá se engajar na preservação da vida selvagem e do meio ambiente, onde é possível até interagir com os animais ou se dedicar a ações educacionais com crianças e jovens carentes.

Mais pertinho do Brasil, você pode descobrir o Peru e todas as suas cores desenvolvendo atividades educativas com jovens e crianças em escolas ou comunidades carentes. Também existem opções de projetos ambientais em reservas naturais do país.

Criado em 1971 a pedido dos países membros da ONU, o Programa de Voluntários das Nações Unidas atua em mais de 140 países. Hoje, conta com mais de 7.500 voluntários que, a cada ano, levam conhecimento para comunidades (de seu próprio país ou no Exterior). Os voluntários ajudam a manter a paz, organizam eleições, trazem alívio em situações de emergência, promovem direitos humanos e igualdade dos sexos, melhoram as condições de saúde, ensinam técnicas de agropecuária e protegem o meio ambiente. Se você tem mais de 25 anos, fala inglês, francês ou espanhol e tem vontade de fazer a diferença, pode se inscrever no site da ONU (pnud.org.br/UNV). Quem sabe você não encontra a sua vaga?



SOUND Divulgação

Confira essas e muitas outras dicas na minha página: kzuka.com.br/capu. Lá também estão meus sets pra baixar e muitos vídeos da pilhadeira lifestyle.

ELE É BRASILEIRO FatBoy Slim é o cara. Lançou recentemente o World Wide: Bem Brasil, álbum duplo que é uma espécie de trilha sonora da Copa do Mundo. Para o disco, convidou DJs ilustres, como as gêmeas NERVO e Carl Cox, para remixar obras de artistas consagrados da música brasileira: Jorge Ben Jor, Gilberto Gil, Elza Soares, Elis Regina. Tive a honra de abrir o show do Sr. Norman Cook e descobri que, além de ser um dos caras mais irados e simpáticos que já pisaram neste planeta, sempre se fardava com a camisa do Brasil. Caso de amor antigo. Confere a entrevista que ele deu pra nosso colega do Jornal de Santa Catarina Carol Macário. Como e quando você começou a gostar de música brasileira e por que a ideia de remixar alguns clássicos da MPB?

STEREOSOUND + CONSTELAÇÃO

Reprodução

Os queridos do grupo Constelação e da banda Stereosound, além de serem da mesma geração de amigos que começaram a fazer história na música gaúcha, foram ousados a ponto de produzirem dois DVDs de padrão nacional, numa vibe boa demais, daquele de dar play e esquecer da vida. Os pagodeiros do Constelação reproduziram no Opinião a famosa “ConstelaHouse”, residência dos caras em Porto Alegre que é famosa pelas festas, churrascos e também por respirar música todo o tempo. Os caras da Stereosound levaram seu pop/rock/reggae até um píer à beira do Guaíba, reunindo os amigos pra curtir o pôr do sol numa vibe total verão.

Reprodução

Eu aprendi a amar música brasileira em minhas longas viagens pelo país nos últimos 15 anos. Apenas algumas poucas canções do Brasil são ouvidas na Europa, então eu pensei que a Copa do Mundo seria uma boa desculpa para introduzir ao mundo mais da música brasileira. Eu não tinha tempo (e habilidade) para viajar pelo País gravando novas músicas com artistas brasileiros, então pensei em atualizar algumas das minhas favoritas. Você mesmo fez a seleção musical? Eu mesmo. Passei cerca de dois meses pesquisando e depois combinando a batida certa para o produtor/remixer certo. Todos os DJs foram escolhidos por mim. O disco é dividido em Dia e Noite. Você conhece o melhor desses dois mundos no Brasil? Com certeza! Eu não quero que tudo isso (o disco, a turnê) seja tipo uma grande sala com EDM [Eletronic Dance Music]. Quero um pouco de luz e sombra!

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Você convidou DJs reconhecidos para participar do álbum. Como chegou a esses nomes para o projeto? Eu sei que eles tocam muito no Brasil e entendem a vibe brasileira. Alguns dos meus amigos DJs não conhecem a cena, mas as meninas NERVO, especialmente, são muito parte disso. Seu set list está um pouco mais nervoso recentemente. O que você está buscando atualmente para sua música e sua carreira? Tem novas referências? Eu tenho gostado muito mais de discotecar do que produzir em estúdio. Suponho que meu ouvido está mais apurado para a música de hoje do que para meu antigo som. Mas ainda acredito que qualidade é o mais importante de tudo.

OASIS DOCUMENTADO Assim como eu, vocês têm saudade dos caras do Oasis? Além do som deles ser sensacional, tinham sempre alguma história bizarra de brigas, estrelismos ou algo do gênero pra se manter em evidência. Agora, os fãs ganharam um documentário, disponível na íntegra pra curtir pelo YouTube, com depoimentos e bastidores dos caras. O Definitely Maybe, The Documentary traz o nome do álbum de estreia da banda, que completa 20 anos no fim de agosto, e mostra, durante uma hora, várias entrevistas dos integrantes, além de imagens da produção e divulgação do disco. A direção ficou por conta do Dick Carruthers, especialista em documentários sobre estrelas do rock, como Paul McCartney e Led Zeppelin. É obvio que os chatos e talentosos irmãos Gallagher não estão curtindo nada essas comemorações. Mas, enquanto eles ficam resmungando, os fãs aproveitam.


Baile da Favorita

POR AI

Fotos: Thaís Marini/Especial

Gabriela Dias e sua irmã, apresentadora do Globo Esporte, Cris Dias

Toda estileira da gata Stéphanie Souza Os ex-BBS estavam em peso no baile

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João Batista de Andrade, João Pedro Fritisch e Christian Piva curtiram o lounge do Kzuka na festa


MENU KZUKA A galera resolveu fazer um almoço e no sorteio de quem leva o quê, sobrou pra você a sobremesa! Isso até pode ser fácil. Passar no super e comprar um pote de sorvete ou frutas. Só que para fazer a diferença, a Assessoria Gastronômica separou uma dica rápida e tranquila pra incrementar a sobremesa. E todos vão adorar!

Aprenda a receita para incrementar sobremesas com essa delícia

4 pESSoAS

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$ Fotos: Assessoria Gastronômica

INGREDIENTES

cAlDA DE chocolATE - 100 g de chocolate meio amargo picado - 110 ml de leite integral

MoDo DE pREpARo

Pique o chocolate com uma faca. Derreta-o lentamente em banho-maria ou no forno micro-ondas (confir as dicas abaixo). Esquente o leite e misture 1/3 no chocolate derretido. Com uma colher de pau, misture sem parar em círculos. Coloque mais 1/3 e continue mexendo da mesma forma. Por último, coloque o restante do leite. Se quiser esquentar a calda depois, leve ao micro-ondas em potência cinco, mexendo sempre.

38 | KZUKA | julho 2014

#fIcAADIcA Banho-maria: coloque o chocolate picado em um recipiente de inox e água quente até a metade de (outra) panela. Coloque o recipiente com o chocolate dentro da panela com água, sem que ele toque o fundo. Leve ao fogo baixo, sem deixar que a água ferva. Quando o chocolate começar a derreter, mexa regularmente para homogeneizar o derretimento.

No forno micro-ondas: coloque o chocolate picado em um recipiente apropriado pa-ra micro-ondas. Aqueça por um minuto a uma potência de até, no máximo, cinco. Abra o micro-ondas, misture bem e volte a aquecer por mais 30 segundos. Mexa novamente e repita a operação até o chocolate derreter completamente.

VAI BEM coM fRUTAS pIcADAS, SoRVETE oU coM o qUE SUA IMAGINAção pERMITIR!

No KZUKA.coM.BR TEM MAIS RECEITAS DE oUTRAS DELÍCIAS PRA VoCÊ SE ARRISCAR NA CoZINHA. Não DEIxE DE CoNHECER TAMbéM ToDo o MENU DA ASSESSoRIAGASTRoNoMIcA.coM.BR.


Eventos

POR AI

Ariel Gil

Giuliano Cecatto/Especial

Luiza Bruno e Valentina Conte na pré-estreia exclusiva do filme A Culpa é das Estrelas

Giuliano Cecatto/Especial

Pedro Karst e João Vicente Neves na Festa Junina do Farroupilha

Giuliano Cecatto/Especial

Vivian Pires e Vitoria Lenzi com Naldo Benny no Bate-papo Kzuka na Estação ZH

39 | KZUKA | julho 2014

Gustavo Hermann e Yam Treviso na Festa Junina do Rosário


TOQUE FICAR

FESTA PIRATA P

ra quem não sabe, o Ficar está nessa de Festa Segura Pra Galera há mais de cinco anos, desde que o Igor não voltou pra casa depois de uma parada sinistra que era pra ser só curtição da galera. Não foi. E pra que a gente não se esqueça do que é fundamental – organização, prevenção e segurança – é que entramos nessa de cabeça. Muitas coisas já evoluíram. Mas ainda tem muita gente que, por falta de noção, vontade de ser diferente ou realmente não valorizar a vida, não dá bola para o que é recomendável e já comprovadamente indicado, e curte festa pirata, realizando, divulgando, comparecendo, se comprometendo com algo que pode não terminar bem. Mês passado fui a uma festa de uma nova produtora que promete ser séria, com potencial para se solidificar no mercado como marca responsável, mas ainda tem um caminho a percorrer. Bem na hora em que estava todo mundo curtindo, bateu a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (SMIC) querendo fechar o local, que estava sem alvará e sem plano de prevenção contra incêndio. Resultado: a casa foi notificada e ganhou status de interditada. A SMIC foi até o local depois de denúncia do Ministério Público, que a recebeu de pais preocupados. Se é pirata, tem que interditar mesmo. Todo mundo volta mais cedo pra casa, mas volta vivo.

40 | KZUKA | julho 2014

No ano passado, o jovem Eduardo Fösch foi até uma festa num condomínio fechado da zona Sul, com segurança e tudo. Tinha muita bebida alcoólica e energético embalando 160 pessoas, quase todas com menos de 18 anos. Gente rica, educada, lugar seguro. Ou não.

Eduardo foi encontrado caído desacordado na manhã seguinte à festa. Ficou uma semana em coma. Não resistiu ao traumatismo craniano e faleceu. Acidente? Um ano depois, a família quer reabrir o caso com indícios de que ele teve danos físicos anteriores a uma possível queda e já conta com apoio de promotora para fazer nova investigação. De acidente, o caso passaria a crime culposo ou doloso. Ninguém viu? Ninguém sabe? O que se sabe é que ninguém evitou mais uma morte estúpida, ainda sem explicação. Até Jack Sparrow recomenda: festa pirata só pode ser roubada.

1. Detector de metais 2. Ambulatórios com médico e/ou ambulância 3. Revista manual para ambos os sexos 4. Saídas de emergências bem sinalizadas 5. Respeito a lotação máxima, que deve estar visível na entrada 6. Média de UM segurança para cada QUARENTA pessoas 7. Seguranças sindicalizados e com exposição pública de nomes e CPF 8. Fiscalização completa e todos os documentos em dia 9. Policiamentos privado e/ou público no perímetro da festa 10. Respeito a todas as leis vigentes, em especial a de não vender ou fornecer bebidas alcoólicas para menores (Lei 8.069)

Marcos Daudt VP e coordenador geral do Ficar contato@ficar.org.br


Recreio Kzuka e Complex no Bom Conselho

POR AI

Fotos: Giuliano Cecatto/Especial

Pedro Pinto e João Pedro Padilha Giovanna Canozzi se divertiu no recreio

A Isadora Silva ajudando a Vitória Tomé a não pagar vale com o Skate

41 | KZUKA | julho 2014

Grêmio Estudantil do Bom Conselho, a banda Reijow, Complex e Kzuka, tudo junto misturado!


KZUKA.COM.BR Divulgação

/ GEEK ME

O KZUKA.COM.BR ESTÁ BOMBANDO DE COISAS LEGAIS. VALE CONFERIR!

AAAH, CAIU! Divulgação

/ SOUND KZUKA

“TEM MUITO A VER”

O fotógrafo italiano Sandro Giordano decidiu registrar seus modelos de uma maneira bem peculiar: ao invés de poses trabalhadas e finas, ele os coloca... caídos. Pois é. Na série In Extremis (bodies with no regret), o profissional só fotografa pessoas no momento de uma queda. Difícil não rir (ou não se identificar).

Dove/Reprodução

Muita gente falou e nós fomos averiguar. Entre as várias comparações entre a banda Malta, do programa SuperStar, da Rede Globo, com a gaúcha Reação em Cadeia, conversamos com o próprio Jonathan Corrêa para ver o que ele achava disso tudo. Confira!

/ A CARA DA MARINA YouTube/Reprodução

CUIDANDO DA PELE NO FRIO

“AU AU PRA VOCÊ TAMBÉM!” Quem é que nunca latiu pra um cachorro, assim, só ~de brinks~? Mas você já parou para pensar no que os cachorros acham dessa atitude? Um ilusionista resolveu gravar a tal experiência e o resultado é sensacional. As reações dos cãezinhos são impagáveis, você precisa ver!

/ POP UP

É GENTE DEMAIS!

EXPECTATIVA X REALIDADE Estudos comprovam (e nós concordamos): programar uma viagem é ainda mais prazeroso do que de fato realizá-la. Afinal, quem não ama listar todos os detalhes, agendar passeios e sonhar com os momentos das férias? A expectativa toma conta e, nesse caso, é só amor. S2

/ TEAM KZUKA

HINOS ~DE ZUA~

Você faz ideia de quantas pessoas morreram na quarta temporada do seriado Game of Thrones? 169. É gente demais! Aliás, é tanta, que um site fez um vídeo mostrando todas as execuções que rolaram – uma por uma. Tem que rir pra não chorar.

Twitter/Reprodução

Tom Bloom/NYTNS

/ PORTAS EM AUTOMÁTICO

HBO/Reprodução

/ LIFESTYLE

Com o inverno aí, as temperaturas vão lá embaixo e a pele fica um caco. Mas, não precisa entrar em desespero. Existem truques para amenizar esses momentos de crise e a gente ensina algumas providências no dia a dia para você manter a pele macia e saudável no frio.

Todo mundo já sabe que na internet a zueira não tem limites, né? Como o clima de Copa do Mundo veio derrubando todo mundo no mundo online, sobrou até para os hinos das equipes que participaram do Mundial. E, quer saber? Ficou engraçado demais! HAHAHAHA




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