Revista Kzuka Agosto 2013

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INTERNET \O/ A liberdade Por que precisamos lutar para uma rede livre?

Facebook O império de Zuckerberg está perdendo a graça?

youPix Webcelebridades, Rafinha Bastos e diversão

Nº138

AGOSTO/2013


POR AQUI BASTIDORES Alô, alô, graças a Deus! Essa edição tá demais, cheia de questionamentos sobre a Internet, como você viu na capa. Aqui do lado, uma foto da Renuska com a Inês Brasil, webcelebridade que passou pelo youPix deste ano. O evento foi todo divertidíssimo (veja nas páginas de matéria e em nota no Opinião) e teve a presença de todo mundo que fez barulho na internet brasileira este ano.

DIREÇÃO GERAL Ariane Roquete PRODUTO FêCris Vasconcellos PLANEJAMENTO E MARKETING Bárbara Zarpelon COMERCIAL EXECUTIVOS RS Ricardo Machado

EDITORIAL

RIO GRANDE DO SUL: (51) 3218-7221 GRUPO RBS PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E COMITÊ EDITORIAL

Nelson Pacheco Sirotsky DIRETORIA EXECUTIVA

PRESIDENTE EXECUTIVO Eduardo Sirotsky Melzer JORNAIS, RÁDIOS E DIGITAL Eduardo Magnus Smith TELEVISÃO Antônio Augusto Pinent Tigre JORNALISMO Marcelo Rech JURÍDICO E RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS Alexandre Kruel Jobim

BEIJO, OBAMA Pra mim, a melhor piada em torno da história de empresas como Apple, Facebook e Google disponibilizarem dados de seus usuários para o governo americano é aquela do “um beijo pro Obama, que nos lê em anexo”. O quê? Você não se deu conta do tamanho do problema que é o governo de um país tendo acesso a tudo o que você faz na rede? Pois deveria dar uma pensada sobre isso. Mas eu entendo perfeitamente que a gente, hoje em dia, não entenda o significado da palavra

Ver o Site dos Menes

Para todo mundo ser bonito, feliz e culto

Deixar de fazer coisas úteis

FêCris Vasconcellos

Danielle Tretto Assist. planejamento

Carina Kern Designer

Editora

fecris.vasconcellos@kzuka.com.br

FINANÇAS Claudio Toigo Filho

Para a disseminação de videos incriveis

GESTÃO E PESSOAS Deli Matsuo

Paula Minozzo Repórter

ESTRATÉGIA E DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS Luciana Antonini Ribeiro NEGÓCIOS DIGITAIS - E.BRICKS Fabio Bruggioni

danielle.trettovv@kzuka.com.br

DIRETORA DE REDAÇÃO ZH E JORNAIS RS Marta Gleich

Debora Zilz Designer

Bater papo

Manter contato

Para postar fotos ‘diver’

Marina Ciconet Repórter

Franklin Peres Comunika

Gustavo Gonçalves Designer

Pra nada pq não é feito de papel

Pra stalkear o Zach Braff

Terminar com a vida social das pessoas

Gustavo B.Rock Repórter

Renuska Celidônio

Capu Comunicador

marina.ciconet@kzuka.com.br

KZUKA | agosto 2013

reportagem@kzuka.com.br

PRESIDENTE EMÉRITO

FUNDADOR

Jayme Sirotsky

Maurício Sirotsky Sobrinho (1925-1986)

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Manter contato com amigos que moram longe Laura Hickmann Estagiária online

paula.minozzo@kzuka.com.br

UNIDADE DE EDUCAÇÃO Mariano de Beer

FêCris Vasconcellos

PRA QUE SERVE O FACEBOOK?

E FÉM RI AS

OPEC Carla Rodrigues da Silva

“privacidade”. Praticamente todo aplicativo que você baixa no celular diz “o app tal gostaria de ter acesso a sua localização” ou “a seus dados no Facebook” ou ainda “quer o direito de publicar por você”. Alguma vez você negou ou pensou duas vezes antes de dizer que sim? É, nem eu. A internet é onde tudo está hoje em dia, das coisas sérias às divertidas. Por isso, eu convido você a dar especial atenção a três matérias: uma da Paula, sobre o real significado de “internet livre”; a possível queda do Facebook que o Gustavo B. Rock descreve; e as maluquices do youPix, registradas pela Renuska. Divirta-se :)

KZUKA #138

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KZUKA OPINIÁO Leonardo Berger no Circuito Chico

Foto Andressa Barros, especial

Bariloche

LINDA, DIVA, PRESIDENTA: DILMA BOLADA

Texto: Renuska Celidonio | Foto: Reprodução Twitter

POR AI

UMA NOVA MILEY Texto: Renuska Celidonio Foto: Reprodução Youtube

Muita gente ainda deve associar a cantora Miley Cyrus à personagem mais famosa da carreira dela: a estrela adolescente Hannah Montana. Mas a guria não quer mais ser lembrada só por isso. Em uma entrevista à revista Billboard americana ela chegou a dizer que se arrepende de tudo o que já gravou no passado (foram 3 álbuns lançados) e que se sente até irritada por não poder apagar as canções antigas que ainda rolam pela internet. Super apóio essa imagem diferente e, de boa: muito melhor ver uma Miley divertida e livre, fazendo o que realmente gosta (como devia ser sempre com todo mundo).

Os protestos tomaram conta do Brasil, o povo foi para as ruas e, claro, o tema transbordou comentários pela internet. No meio de tantas críticas, opiniões e discussões, ainda teve gente que conseguiu (ou tentou) levar tudo numa boa. Para dar aquela “descontraída”, o perfil “Dilma Bolada”, uma paródia da presidente do Brasil, não parou um minuto. Se a Dilma “verdadeira” demorou um pouco para se manifestar, a “fake” falou o tempo todo. Sempre bem humorada, usando expressões como “Mais um dia difícil na vida da oposição” e comentando as suas aparições na TV com graça, tuitando frases do tipo “Euzinha divando no Jornal Nacional”, a brincadeira criada pelo carioca Jeferson Monteiro serviu bem pra quem quis relaxar um pouco no meio desse turbilhão de Sara Ventorini curtindo informações que anda nos atropelando todo dia. o dia de neve em A Dilma Bolada, além de ter um site oficial (dilmabolada.com), tem perfil no Facebook Piedras Blancas (/DilmaBolada) e conta no twitter (@diIlmabr – a letra ‘i’ maiúscula substituindo o L).

YOUPIX – A INTERNET SEM INTERNET? Texto e foto: Renuska Celidonio

Imaginem um festival que celebra a internet. Que leva blogueiros, webcelebridades e autoridades do assunto para debater com o usuário tudo o que rola e rolou na rede nos últimos tempos. Legal, não é? Mas e se esse mesmo festival, que claramente quer estimular o mundo online, simplesmente não disponibilizar internet para a galera? O youPix foi divertidíssimo. Com um conteúdo muito proveitoso, o evento trouxe discussões pertinentes e vários bate-papos engraçados a ponto de nos fazer chorar de rir. Mas é complicado pensar que não havia wifi para quem estava lá. Como a gente ia compartilhar o que via? Não há 3G que aguente. Ainda mais para

quem estava trabalhando, como era meu caso e de várias outras pessoas. Por um momento, achei que era só eu que estava incomodada com isto. O 3G do meu celular é horrível, mesmo, e me irrito muito fácil quando ele não funciona. Mas, com o tempo, pude ver a insatisfação na cara de outras pessoas, que também passaram horas dando refresh no Instagram, lutando apenas para postar uma mísera foto. Admito que sofri. Falando em foto, esta que está aí foi tirada no sábado, último dia do youpix. Alguém, que certamente também se irritou por não ter acesso à internet no local, fez essa piada dos 20 centavos. Poxa, youPix. Não é pelos 20 centavos. Nem pelas filas gigantes pra conseguir pegar só uma garrafa d’agua (que eu na verdade nem consegui pegar, pois o tempo nas filas era tão grande, que me faria perder algumas palestras). Nem pela dificuldade para conseguir levar as 8/9h de evento só com a pipoca, que era distribuída nos stands, no meu estômago. É pela ironia de não ter internet no evento que defende a liberdade da rede, que trata tão bem um bando de gente que é nascida e criada no mundo digital. Não vou mentir: amei o evento. Voltaria sem pensar duas vezes. Mas, não posso deixar isso passar em branco.

E AGORA? Texto: Renuska Celidonio | Foto: Reprodução

A morte do Cory Monteith, que fazia o personagem Finn Hudson, não era uma coisa que eu esperava ter que lidar. Assisto a série desde o começo: acompanhei todo o drama da Rachel apaixonada pelo Finn, enquanto ele ainda namorava a Quinn. Lembro da alegria que senti quando o New Directions finalmente venceu o nationals e o quanto chorei no episódio da formatura da primeira turma. Qualquer fã de Glee comemorou o sucesso de Rachel em NYADA, mas se sentiu mal por ver o Finn ainda tentando se encontrar... e, claro, o que dizer do romance dos dois, que ultrapassou as câmeras e foi para vida real? Pois é. É uma tristeza inexplicável: dói por termos perdido um ator que prometia muito. Dói por sabermos que Glee jamais será a mesma coisa sem um dos personagens mais sensacionais que Ryan Murphy já criou.




O D A texto mArinA ciconet foto ricArdo lAge, esPeciAl arte cArinA Kern

KZUKA | agosto 2013

Rock n’roll, baby! Ruivíssima e toda linda de saia de caveiras rodada e jaqueta de couro (tem que ter!).

The Only ExcEption

M

A bAndA PArAmore fez show em Porto Alegre este mês. PArA celebrAr essA dAtA esPeciAl PArA os fãs de todAs As idAdes, A gente PrePArou um editoriAl de modA lindão insPirAdo nA bAndA


KZUKA | agosto 2013

A combinação jeans, camiseta e camisa xadrez é sempre uma boa pedida para os meninos. E essa legging estampada combinada com tênis dourado dela? Um arraso! Só pra quem pode!


M O D A KZUKA | agosto 2013

O look dele prova que n찾o precisa combinar toda a roupa pra ficar legal. Para as meninas, as leggings est찾o super em alta. S처 cuidado com as estampas: elas podem aumentar seu tamanho.


FICHA TÉCNICA

Gata garota: as t-shirts com estampas divertidas são sempre uma boa pedida combinadas com legging e jeans. O colete mais compridinho alonga o corpo.

VEJA MAIS FOTOS DESSE EDITORIAL DE MODA NO CANAL A CARA DA MARINA NO KZUKA.COM.BR

KZUKA | agosto 2013

Produção: Débora Tessler Fotografia: Ricardo Lage Styling: Alex Hoff e Larissa Possebon Modelos: André Marques, Bianca Queiroz e Gabriel Agostini (Premier Models Management) Make: Priscila Neto (Mirage zona sul) Hair: Vladi Fraga (Mirage zona sul) Marcas participantes: Pandorga, Lalov e acervo pessoal Locação: Urban Arts Porto Alegre


POP UP

DICA

Reprodução soundcloud.com

DO CAPU

Falae, bandiloco, tudo na boa? Minha dica é pra quem curte música eletrônica e sabe que a galera de todo o mundo ta pagando pau pras produções brasileiras. Algumas pessoas pensam que a dupla de DJS e produtores Felguk é da gringa, já que bombam demais por lá e tocam nos maiores festivais do mundo, mas os caras são brasucas e marcam presença tanto nos sets de outros DJS, quanto no beatport, maior site de venda de música eletrônica no mundo, com os sons sempre entre as tops.

Fel e Guk liberaram um special set do Slice & Dice, com algumas tracks desse que é o EP de trabalho, relembrando a apresentação que rolou na Tomorrowland desse ano, na Belgica. Muita gente pilha nesses sets pra curtir aquecendo pras baladas, então fica a dica. Outra novidade é que, da parceria com as também referências mundiais Dimitri Vegas & Like Mike + Tujamo, está surgindo outra música irada. Pilhou no som dos cariocas? Acessa https://soundcloud.com/felguk

Reprodução Facebook

O NOVO BLUES DE JOHN John Mayer é um cara que não para. Depois de ter anunciado turnê pelo Brasil no mês de Setembro, ele anda preparando os fãs para o próximo álbum, que já tem nome e data de lançamento. Paradise Valley, o sexto trabalho em estúdio do músico americano, chega às lojas no dia 20 de agosto. Mayer sabe como agradar seu público: Para não matar ninguém de curiosidade, ele vem lançando através do seu Tumblr oficial algumas músicas que estarão no próximo CD. As faixas Paper Doll, Wildfire e On The Way Home já foram divulgadas e deixaram claro o rumo que o novo CD vai tomar. O lance vai seguir uma linha bem mais blues rock, um pouco diferente do trabalho anterior, Born and Raised, que beirava o country. Provavelmente o que vem por aí é um trabalho recheado daqueles solos de guitarra bem característicos, que só o John Mayer sabe fazer.


SOUND KZUKA

por CAPU com Renuska Celidonio

Reprodução Youtube

Divulga;ção Évelyn Caroline

DROPS

Stereosound ao vivo e sem frescuras O quarteto gaúcho Stereosound sempre tem coisa nova escondida debaixo da manga para surpreender os fãs. Desta vez, os caras lançaram o primeiro clipe do novo trabalho, o DVD Ao Vivo na Ilha do Pavão. O registro é da canção Eu Conheço o Meu Limite, que ainda conta com a participação de Gabriel U’gamba no trompete e Samuel Brentano no trombone. Gravado em abril deste ano na beira do Guaíba, o DVD conta com 12 faixas, todas retiradas do primeiro CD da banda, intitulado Nômade. O trabalho ao vivo do grupo ainda está em fase de finalização e deve sair até o final do ano. Para quem quiser mais informações, é só acessar o site oficial deles bandastereosound.com.br

Bruno Mars O álbum Unorthodox Jukebox emplacou um som atrás do outro nas paradas do mundo todo e os clipes também vêm se superando, mas agora a interatividade no vídeo da Treasure se superou, já que podemos fazer parte dele em tempo real pelo tresuredance.com. Já que agora o Instagram permite vídeos, o cara aproveitou pra meter os fãs no clipe virtual e, colocar a cara na telinha, é barbada. Postando um vídeo com a hashtag #TreasureDance, rola olhar a sua criação lá no site, intercalada com imagens do clipe original e criação de outros fãs. Irado também é ficar lá parado, só olhando as bizarrices nas imagens das outras pessoas.

One Direction bate recorde com The Best Song Ever Os cinco garotos do One Direction, que foram descobertos no reality show The X Factor UK, lançaram o clipe da música The Best Song Ever, canção que estará no terceiro álbum do grupo, com previsão de lançamento para novembro deste ano. Nas primeiras 24 horas do lançamento, o vídeo já tinha quase 11 milhões de visualizações, quebrando o recorde mundial do site Vevo,

que havia sido estabelecido por Miley Cyrus no lançamento de We Can’t Stop, mês passado. A cantora chegou aos 10,7 milhões de plays no primeiro dia. Cada um assumiu um personagem, com direito a sotaque diferente, maquiagem e figurino. Zayn foi um dos mais engraçados, vestido de mulher sensual, com aplique e até unhas postiças. Como se isso não fosse o bastante, o vídeo é recheado de dancinhas bobas e situações divertidas, que certamente te farão rir.

KZUKA | agosto 2013

Reprodução Youtube

Reprodução treasuredance.com

Robin Thicke E o pop americano continua sendo padronizado por cima. Depois dos álbuns irados do Justin Timberlake, Bruno Mars e cia, agora mais um artista chega pra mostrar que, mesmo no pop, o som tem que ser diferenciado. Robin Thicke é um cara de Los Angeles, cantor de R&B e que veio naquele embalo de ser compositor de hits para grandes estrelas, como Christina Aguilera, Mya e cia, mas decidiu colocar a cara a tapa e buscar o próprio sucesso. Já são seis álbuns lançados, mas a glória veio mesmo com o último, Blurred Lines. O single, de mesmo nome do disco, entrou direto no topo das paradas no Reino Unido, vendendo mais de um milhão de cópias na Grã-Bretanha, e o vídeo no YouTube já alcançou 100 milhões de views. A música tem uma pilha muito boa e até o clássico gritinho “au”, de Michael Jackson. Todas as outras músicas devem seguir o mesmo embalo e virar hit, então vale muito a pena conhecer o trabalho do cara.


FE LI LE Y ST texto PAULA MINOZZO

foto RICARDO PENA, DIVULGAÇÃO

Carolina Portaluppi, 19, já tem sobrenome conhecido e reconhecido no futebol, mas não se mixa para dizer que não entende as regras do jogo. A filha de Renato Portaluppi cresceu sob os holofotes, mas foi, recentemente, depois que os portais de notícia e a Playboy descobriram o mulherão que a carioca se tornou, que ela mais apareceu. Anda mais praieira do que baladeira e pega pesado na acadêmia para manter o corpão e os contratos como modelo. Carol é o xodó do Renatão, mas também de toda torcida do Grêmio. E do Flamengo. KZK – Pergunta que não quer calar! Mesmo com seu pai morando em Porto Alegre, você fica no Rio? Carol – É vou ter que ficar, porque minha faculdade começa logo. Já estou matriculada e tenho o meu trabalho. Não tem como ir pra aí agora no meio do ano. KZK – E qual faculdade vai fazer? Carol – Eu vou fazer Comunicação na PUC do Rio, e aí estou esperando entrar na faculdade para decidir qual área eu vou seguir, se é Jornalismo ou Publicidade. Fora isso, eu estou trabalhando como modelo que ocupa todo meu tempo. Eu nunca abandonaria a faculdade, até porque carreira de modelo é muito instável e quero ter uma profissão, me formar. Acho que vou acabar indo para jornalismo, mas vou ver o que tem a ver comigo. KZK – E o assédio assusta? Ou sempre foi acostumada? Carol – Assédio sempre teve por eu ser filha dele [Renato]. De uns dois pra cá, quando eu decidi fazer coisas como modelo, até pela minha altura, as coisas começaram a dar certo e aí que veio o assédio maior. Mas sempre teve, agora em maiores proporções. KZK – E o ciúmes do pai aumentou junto? Carol – Não, melhorou na verdade. Eu contratei assessoria, agora trabalho com uma equipe, então isso deixou ele mais tranquilo. KZK – Ele ficava dando muito palpite sobre o que você deveria ou não fazer como modelo? Carol – Isso acontecia muito no inicio, aí quando contratei uma equipe, parou. No início, quando ele tinha que decidir algumas coisas comigo ele ficava nervoso (risos). KZK – Com o trabalho melhorou, mas e com os namorados? Carol – Ele prefere que eu namore do que fique rodada. Mas ele continua ciumento. Com a idade ele vai ficando um pouco mais tranquilo. Ele ainda é implicante (risos).

KZUKA | agosto 2013

KZK – E posar para Playboy? Carol – Desde os meus 17, eu recebo convite e é bem complicado, mas não é algo que eu viso no momento. Mas eu acho que é uma coisa natural da revista querer que eu vá. Ficam me ligando de tempos em tempos, mas é algo que eu sempre veto. Nunca teve negociação e não me vejo fazendo revista nua. KZK – É verdade que na casa do seu pai tem câmeras no quarto? Carol – Ainda tem, na casa inteira tem câmera. Não pedi pra tirar porque é algo que ele nem mexe, é só caso acontecer algo coisa. Não é tipo Big Brother, que no final de semana ele olha. Mas é por questão de segurança, até por sequesto que eu já sofri ameaça. KZK – E o futebol? Acompanha o Grêmio? Carol – Eu gosto de assistir, mas não só dos times que ele treina. Não adianta que eu não entendo as regras, mas sempre fui gremista. No Rio, eu gosto do Fluminense, mas acaba que eu sempre torço pro time que ele estiver, mas é bem Renato Futebol Clube.


Informe comercial

Ilustração Freepik

É-É-É, QUEM TEM GARRINCHA NÃO PRECISA DE PELÉ

S S I CO T DO A NÁ FA LIG

ESTA SERIA A COPA PARA DEFENDER O TÍTULO CONQUISTADO NA SUÉCIA E COROAR O REI DO FUTEBOL, MAS QUEM ROUBOU A CENA FOI UM TAL MANÉ DE PERNAS TORTAS

Logo na segunda partida, disputada contra a Tchecoslováquia, Pelé sentiu uma lesão na virilha e acabou desfalcando a seleção brasileira no restante da competição. Como ainda não existia a possibilidade de substituições durante os 90 minutos, o Rei continuou em campo até o final, praticamente sem se mexer. O jogo na primeira fase terminou sem gols, mas uma nova partida contra os tchecos estava reservada para a final do campeonato. Além de estar sem seu principal jogador, a seleção brasileira enfrentou grandes adversários na campanha do bicampeonato, como Espanha (vitória de virada por 2 a 1), Inglaterra (3 a 1 para os verde-amarelos), e os donos da casa (Brasil 4 a 2 contra o Chile na semifinal). No lugar de Pelé entrou Amarildo, atacante que jogava ao lado de Garrincha e Zagallo no Botafogo do Rio de Janeiro. Graças a esse entrosamento, ele marcou três gols em quatro jogos – sendo um deles na final do Mundial. Pela sua atuação no Chile, Amarildo recebeu o apelido de “Possesso”, dado por Nelson Rodrigues. Um dos fatos mais inusitados da competição ocorreu no jogo contra a Inglaterra, quando um cachorro entrou em campo e driblou alguns jogadores que tentaram o agarrar – entre eles, Garrincha. No auge da sua carreira, o craque brasileiro tinha 25 anos de idade e dribles mágicos que ganharam a atenção do mundo todo. O cão foi apanhado e retirado de campo pelos ingleses, que, no entanto, não conseguiram dar um jeito de segurar o Mané. Ele marcou dois

Patrocínio:

gols e deu o passe para mais um, de Vavá, na vitória brasileira por 3 a 1. A semifinal, disputada contra o Chile, teve novo show do craque botafoguense: dois gols marcados, e o resultado final de 4 a 2 em cima dos donos da casa colocava nossa seleção novamente jogando contra a Tchecoslováquia, mas agora pela final da competição. Deu Brasil, 3 a 1. Mesmo sem marcar na partida decisiva, Garrincha foi o grande nome do Brasil no título de 1962. Tudo bem para Pelé, que no mesmo ano – e no seguinte – seria a figura principal dos títulos mundiais conquistados pelo seu clube, o Santos, em cima de Benfica e Milan. E, é claro, também do Tri Mundial com a seleção brasileira em 1970. Mas isso é papo pra próxima edição. Fatos, lendas e curiosidades das Copas – Um jogo que virou até filme ficou conhecido como Milagre de Berna (a cidade onde rolou a final da Copa de 1954 entre Alemanha Ocidental e Hungria). Os húngaros haviam vencido os alemães na primeira fase por 8 a 3, e saíram vencendo o último jogo por 2 a 0. O empate ocorreu ainda no primeiro tempo, e a vitória alemã por 3 a 2 veio quando faltavam apenas 6 minutos para o fim da partida. – Hoje em dia, seria como se Messi, depois de atuar pela seleção de seu país, pudesse defender a Espanha. Mas em 1962 isso era possível e Alfredo Di Stéfano, argentino, jogou também pela Fúria. Porém, o craque do Real Madrid chegou lesionado à Copa e só teria condições de jogo na segunda fase. Pra azar do hermano, a seleção espanhola foi eliminada precocemente, fazendo com que Di Stéfano, um dos melhores jogadores da história, nunca participasse de uma partida sequer em Mundiais.

1962 Campeão: Brasil Vice-campeão: Tchecoslováquia Terceiro: Chile Quarto: Iugoslávia

Realização:

KZUKA | agosto 2013

Pelé, campeão do mundo em 1958 aos 17 anos, cruzou os Andes para desfilar sua graça nos gramados chilenos quatro anos depois. De saída, já marcou um golaço na estreia contra o México, jogo vencido pelo Brasil por 2 a 0. Mas a alegria e a expectativa em cima do garoto acabaram cedo.


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A internet forA do online texto RENUSKA CELIDONIO

Rolou mês passado, em São Paulo, o youPix, evento que celebra a internet e seus personagens. Com 7 palcos tratando de basicamente todo o mundo web, foram mais de 160 horas de palestras e atividades. Quem marcou presença no youPix viu palestras mais sérias como as que trataram do comportamento do jovem na internet, mas também deu muita risada com os bate-papos divertidos em

arte DEBORA ZILZ

diferentes palcos. Teve de tudo: um dos criadores do The Pirate Bay, Tobias Andersson, falando de internet, Inês Brasil (alô alô graças a Deus), considerada uma das webcelebridades mais bombadas deste ano e muito mais. Perto de 7 mil pessoas passaram por lá, resultando em uma das tardes mais cheias do festival. Foi como estar na web, só que fora do computador.

Reprodução Youtube

Renuska Celidonio

Ah LeLekLekLek O festival trouxe ninguém menos que MC Federado e Os Leleks. O quarteto, famoso pelo hit Passinho do Volante, participou de uma conversa com o blogueiro Cid, do Não Salvo, e já chegou ao palco principal com bonés personalizados (estampando fotos deles mesmos), óculos coloridos (mas sem lente) e camisetas do grupo. Os Leleks cantaram, dançaram, fizeram todo mundo rir e avisaram que já tem single novo bombando por aí. O QQ isso lelek? já tem mais de 830 mil views no YouTube.

Renuska Celidonio

Confira a cobertura completa do youPix no site kzuka.com.br

kZUkA | agosto 2013

em defesA do compArtiLhAmento Livre No segundo dia de youPix, o público lotou a área do palco principal para uma das palestras mais esperadas do evento, a de Tobias Andersson. O sueco, que é um dos criadores da fonte das mais utilizadas quando o assunto é a troca de arquivos, o The Pirate Bay, avisou que a revolução está próxima e que virá, provavelmente, com a popularização das impressoras 3D. Segundo ele, é possível que daqui a uns 5 anos todo mundo tenha uma impressora dessas em casa. Andersson defende a cultura livre com todas as forças e salientou a importância do envolvimento do jovem. – Poder compartilhar é ser livre e, por isso, é tão importante.

o incrível mundo de rafinha Bastos Polêmico, ácido, talentoso. Rafinha Bastos coleciona adjetivos. Ele pode ter deixado a TV aberta, mas não desistiu da carreira. Apesar de estar superfocado no trabalho que vem fazendo na internet, através do seu canal no YouTube, ele agora também volta a ser protagonista de uma série de televisão. A Vida de Rafinha Bastos passa todo sábado às 23h no canal a cabo FX. KZUKA – Como é estar em um canal a cabo? RAFINHA – Eu não teria oportunidade de fazer uma série como essa se não fosse em um canal a cabo. Ela é feita para um público mais deste perfil, em um formato mais barato. No momento em que eu saí da Bandeirantes, eu já queria fazer esta série. É algo que quero há muito tempo. KZK – E até que ponto tudo ali é ficcional, com atuação, e o que é real? R – Muitas histórias são baseadas no que eu penso ou em algo com o que quero brincar ou coisas que até aconteceram mesmo comigo. Mas tem ficção. A série se passa comigo contando de dentro da cadeia as minhas histórias. O fato de eu quase parar na cadeia, por exemplo, é real. KZK – E por que uma série ficcional e não um reality mesmo? R – Porque reality é uma droga (risos)! Eu não quero uma câmera me gravando em momentos íntimos. A exposição pode ser controlada. KZK – E os episódios não vão ter uma continuidade, cada um vai ser sobre um tema diferente? R – Exato. Quem quiser assistir não precisa acompanhar na ordem. A única coisa que aparece em todos é o fato de que estou na cadeira e de que minha mulher está grávida. KZK – Além de ser jornalista e comediante, você também é ator. Como você se sente por se aventurar deste lado? R – Eu gosto muito! Aliás, acho que eu atuei mais que fiz comédia. Já fiz muita publicidade e esta é minha terceira série de TV. Mas, desta vez, o legal é que eu fiz o roteiro final e eu era o ator, é uma relação muito louca. Quando eu escrevia, já dava uma direção para tudo. Tive um controle do que pensei para colocar na tela, então foi bem além da atuação. KZK – E o que a gente pode esperar de A Vida de Rafinha Bastos? R – A série é uma ficção em que eu conto muito das minhas histórias, falo da minha vida e da maneira com que eu vejo o que acontece comigo e o que aparece na imprensa. Não é uma serie pra sentar na frente da TV e rir desgraçadamente. É bem feito, bem executado, e tem historias legais. Eu poderia estar fazendo algo mais seguro, de comédia, um programa de entrevistas, talvez. Mas resolvi fazer uma serie de ficção, o que para mim é um troço muito louco.



c A pA

Sorria, você eStá Sendo

vigiado

KZUKA | agosto 2013

O qUE PRISM, EDwARD SNOwDEN E tODA ESSA cONvERSA SOBRE INtERNEt LIvRE E MONItORAMENtO têM A vER cOM A gENtE? texto PAULA MINOZZO

arte DEBORA ZILZ

foto XYZ, ShUttERStOck


como Angry Birds ou apps aparentemente inofensivos da App Store, para Stallman, são monstrinhos coletores de informações pessoais. Mas, por que os governos querem nossas coversas? – Porque assim podem pegar qualquer delator. O governo não quer que nós saibamos o que realmente acontece dentro dele – diz Stallman. Para o ativista, os inimigos da internet livre são os grandes empresários e companhias de software comercial.

O PRISM, cujo símbolo parece com a capa de The Dark Side of The Moon, álbum de Pink Floyd, é o programa de vigilância eletrônica da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês). O país americano estaria monitorando tudo o que as pessoas fazem na internet, e não só os americanos, mas os brasileiros também estariam sob o olhar minucioso do NSA. Conversas telefônicas, chats, mensagens, tudo estaria disponível para monitoramento e as empresas de telefonia e gigantes como o Google e Facebook, que armazenam esses dados, os estariam entregando de bandeja para o governo.

– Os programas mais vendidos são conhecidos por terem funções maliciosas. Há três funções maliciosas: restringir o usuário (as chamadas algemas digitais), a espionagem e os backdoors (falhas no sistema que permitem entradas sem conhecimento do usuário). Computadores da Apple têm só algemas digitais, creio, mas os com Windows têm os três – afirma. Neville Roy Singham, fundador da ThoughtWorks, empresa desenvolvedora de software e consultoria digital com escritórios em vários lugares do mundo, inclusive Porto Alegre, esteve no Fórum Internacional do Software Livre (Fisl) na Capital. Singham é outro ativista que pede o fim da internet centralizada, quando uma grande maioria de pessoas parassem de se reunir em um só serviço, como acontece hoje com o Facebook. Mas quem saíria do Facebook? O caminho ainda é longo, e exige conscientização das pessoas, segundo o ativista.

Richard Stallman, o pai do sistema GNU e fundador do movimento software livre não se rende às novas tecnologias se isso significa abrir mão de sua privacidade ou da possibilidade de ir e vir sem ser rastreado ou ter suas informações armazenadas. Stallman, ou “rms” como é conhecido, não usa telefone celular e repudia o Facebook. Jogos

– Os americanos foram ensinados a terem tanto medo do terrorismo que acreditaram que devem abrir mão de seus direitos para se protegerem – completa Singham, se referindo às constantes desculpas que usuários da internet dão ao dizer que não se importam com a vigilância ou monitoramento das redes se isso serve para protegê-los.

O professor e Doutor em Informática da PUCRS, João Batista Oliveira, dá dois argumentos para que as pessoas sim, se preocupem com a liberdade da internet e o monitoramento. A primeira se refere ao bem comum. Mesmo pessoas “de bem” – que, teoricamente, não devem e não temem, e usam o Facebook para falar de amenidades – devem se preovupar, pois o monitoramento fere a democracia, a livre expressão e a disseminação de informações que seriam, sim, importantes para todos nós. – O cara normal não dá muita bola, só fica chateado com a espionagem. Mas o ponto mais ameaçador, é que alguém pode ter uma informação sobre o próximo escândalo político ou prova contra o governo e essas denúncias e verdades podem não conseguir chegar ao público, porque serão abatidas antes, por meio de espionagem e vigilância – diz Oliveira. Além disso, o problema de sites e de empresas como o Facebook, que armazenam nossas informações, é que eles seriam uma bomba-relógio, segundo o professor. Esse sim, pode nos afetar, mesmo se não estivermos guardando informações secretas sobre governos. – Com o PRISM, o governo americano pede as informações armazenadas sobre as pessoas para as empresas como Apple e Facebook. Mas, um dia, esses dados armazenados podem vir a público e nos prejudicar. Queremos ter nossas publicações e fotos antigas sempre à disposição pública? – questiona. Se você achava que “quem não deve, não teme” se aplicava à internet, pense duas vezes. Talvez todo mundo possa dever um dia, depende de quem está cobrando essa conta.

KZUKA | agosto 2013

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uito se fala no poder da internet em reunir pessoas que estão distantes e o senso de democracia que temos quando estamos atrás da tela: podemos falar o que pensamos e debater com os outros sobre os mais diversos assuntos. Mas por que a internet e essa liberdade que temos podem estar sendo ameaçadas? Especialistas, programadores e ativistas do software livre explicam por que nossa internet não é tão livre quanto imaginávamos que fosse e por que o armazenamento de dados feitos por empresas como o Facebook pode nos prejudicar daqui a alguns anos. Um alerta para esse problema foi dado pelo americano Edward Snowden, um antigo prestador de serviços para o governo americano que delatou o plano de espionagem do país. Snowden basicamente disse: sorria, você está sendo vigiado.


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Não há barriga mais perfeita do que a da top model brasileira Izabel Goulart. O corpo dela (mega magro e sarado) é de dar inveja em 10 entre 10 mulheres. A gente foi atrás do responsável por essa saradeira e descobrimos que ele também inventou uma nova modalidade de esporte: o Funcional Fight. Com vocês, o gaúcho Eduardo Munra.

A Eduardo Munra, faixa preta de jiu-jitsu, se tornou profissional de MMA há 10 anos e treinou no Brasil e no exterior com vários atletas de elite, como Anderson Silva, Minotauro, Victor Belfort, Antônio Silva e Thiago Silva. Ele já fez oito lutas como profissional, mas teve que abandonar a carreira depois de duas lesões sérias no joelho. Apaixonado por artes marciais, continuou trabalhando na área. Hoje, é instrutor de jiu-jitsu e MMA, trabalha em São Paulo, inventou a modalidade Funcional Fight e dá aulas para grandes nomes da moda, como Izabel Goulart, Renata Kuerten e Raica Oliveira. KZUKA O que é Funcional Fight?

MUNRA: Como o nome diz, o Funcional Fight envolve exercícios ligados ao MMA. São exercícios funcionais que aliam movimentos de lutas como socos, esquiva e chutes com exercício aeróbio, fortalecimento do core e postura. KZK Qual a diferença da modalidade para as artes marciais comuns que a gente já conhece, como muay thai e boxe?

M Primeiro, é uma atividade nova e ainda em desenvolvimento. Todos os dias surgem novos exercícios e técnicas que crio a partir das necessidades dos meus alunos. Além disso, o funcional fight mistura um pouco dos exercícios básicos de cada uma das modalidades citadas acima, mas sempre com o objetivo de melhorar o condicionamento físico e es-

tético dos meus alunos. KZK Geralmente, como fun-

texto MARINA CICONET arte CARINA KERN foto DIVULGAÇÃO SITE OFICIAL

cionam as suas aulas?

M A maioria das aulas é particular, cada sessão dura entre 45 e 60 minutos, de acordo com o condicionamento de cada aluno. Nenhum aluno meu conseguiu fazer uma aula com intensidade 100% durante 60 minutos. Os exercícios utilizados também dependem: para quem quer perder peso, usamos exercícios que estimulam a queima e um processo que mantém o batimento cardíaco alto. Para o aluno que quer apenas melhorar o abdômen, usamos exercícios combinados com muitos abdominais. De uma forma geral, uma aula típica envolve chutes, socos, pulos, abdominais, técnicas de aquecimento de jiu-jitsu, boxe... KZK O que você acha da aumenta da procura de mulheres nas artes marciais? Rola algum tipo de preconceito nas academias?

M Eu acho que o preconceito, na verdade, existia do outro lado. Geralmente são as mulheres que têm medo de experimentar uma aula de artes marciais nas academias. No entanto, depois que elas experimentam, adoram! KZK Você treina mulheres que são exemplo de saradeira, como Izabel Goulart e Renata Kuerten. Dá pra contar como é o treino delas ou é segredo?

M Foco, dedicação e disciplina. O legal é que a receita delas pode ser usada por todas as pessoas.

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA E MAIS FOTOS DOS TREINOS DE FUNCIONAL FIGHT NO CANAL A CARA DA MARINA NO KZUKA.COM.BR



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Cienpies Design, shutter stoCk

A convivênciA online já viu A Ascensão e quedA do orkut e A proliferAção de redes sociAis com os mAis diversos objetivos. nenhumA, no entAnto, superA o fAcebook. bom, pelo menos, Até AgorA. texto gustavo b. rock

arte carINa kErN


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ntes mesmo de ter seu cordão umbilical cortado pelo médico, a foto do recém-nascido já está circulando nas redes sociais. O grande desafio é entender as ferramentas que usamos e saber que, por exemplo, informações pessoais publicadas no Facebook podem chegar a quem nunca vimos na vida. – O jovem inicialmente pensa que Facebook são seus amigos, e posta bobagens, brincadeiras. E, de repente, o seu professor comenta uma publicação, fazendo com que ele se dê conta dos outros públicos que estão o acompanhando – explica a professora e pesquisadora da UCPel, Raquel Recuero. Mesmo sendo considerada por muitos usuários uma etapa passada de sua vida, o Orkut ainda está entre as cinco redes sociais mais acessadas no Brasil. Segundo pesquisa feita em junho pela Serasa Ex-

perian, o Facebook é a rede social mais acessada no país, com 68,23%, seguido do YouTube (18,22%), Ask.fm (1,86%), Twitter (1,75%) e Orkut (1,73%). Outra pesquisa, feita pela eCGlobal Solutions com jovens entre 12 e 18 anos de idade, mostra que o Facebook tem uma preferência ainda maior (81%). Segundo o doutor em comunicação especialista em redes sociais e professor da UFRGS, Alex Primo, os jovens estão diversificando suas opções online conforme outras redes estão aparecendo. O que ainda ocorre é que muitas dessas redes usam um meio comum de login: o próprio Facebook. – Todos nós temos segredos, e em nossa vida privada tem coisas que a gente não quer que os pais ou os amigos vejam. Mas as pessoas ainda se atrapalham ao criar listas de contatos no Facebook para separar publicações – diz Alex.

TCHAU, MARK!

QUESTÕES CULTURAIS

Volta e meia aparecem notícias relacionadas à privacidade – ou à falta de – nas redes sociais, como as que recentemente envolviam o governo norte-americano e sites como Google e Facebook. Eduardo Biz explica que, nesse contexto, começam a surgir opções como o Snapchat, em que o usuário determina por quanto tempo uma foto ficará visível na tela. Após o período estipulado, a imagem desaparece para sempre. – Algumas ferramentas de e-mails autodestrutivos também estão começando a ganhar notoriedade. Mesmo assim, ainda não podemos afirmar que a invasão de privacidade seja uma preocupação prioritária dos jovens – diz o analista. Além de ser uma questão de idade, o que também influencia no modo como as pessoas interagem nas redes sociais é o fator sociocultural. – O amadurecimento acontece dentro de uma determinada cultura. Nos Estados Unidos, o estudante do último ano de graduação ainda é imaturo, vai fazer outros cursos depois, talvez um mestrado. Já aqui no Brasil, o final da graduação faz de você um adulto – afirma Alex Primo.

UniRitter. Ela não conhecia muito bem grande parte das pessoas que eram seus contatos e, alegando ter acesso apenas a fofocas e coisas inúteis, decidiu não participar mais da rede social – que ainda é bastante utilizada por sua mãe, de 51 anos. – Ela ama Facebook, é muito viciada. A cada momento tem atualização pelo smartphone, notificações que ela não deixa pra depois, precisa olhar tudo na hora – diz Gabriela, que não se sente incomodada por isso. Ela garante que o principal efeito colateral de sua decisão foi não acompanhar a parte social da rede de seus verdadeiros amigos. – Hoje em dia tudo é combinado pelo Face. Eventos, festas e aniversários, os convites vão pra grupos de pessoas e muitas vezes nem se dão conta de quem não faz parte da lista – conta a estudante, que admite voltar à rede social um dia, mas com objetivos profissionais.

Segundo ele, essa diferença também se aplica no tipo de interatividade, tanto online quanto offline. A cultura do americano é mais individualista. Já o brasileiro tem menos preocupação na hora de colocar, por exemplo, uma foto usando roupa de banho em uma rede social. – No Facebook, você pode ser seletivo com o que publica de diferentes maneiras, mas pra isso é preciso conhecer melhor a ferramenta – diz o professor. Com isso, alguns usuários acabam preferindo reduzir o número de contatos dentro da rede social, ocasionando o fenômeno chamado de unfriending, algo como “desamigar”. Segundo Primo, é um processo diferente do Twitter, onde quanto mais popularidade, melhor. A professora Raquel Recuero lembra que isso ainda não tem um grande reflexo no Brasil, onde a preocupação com privacidade online é algo mais recente. Ela acredita que a tendência seja procurar alternativas quando algum serviço não proporcionar uma boa experiência – o mesmo que fazemos quando não somos bem atendidos em um restaurante. Desde o começo, o fascínio do Facebook – assim como do Orkut – era a possibilidade

de se conectar com todas as pessoas da sua vida. – Mas não demorou para todos perceberem que conexões demais significam conexões rasas. Qual o sentido de estar conectado com ex-colegas da primeira série se eu não me interesso pela vida deles? Ou com aquele amigo de um amigo que conheci um dia e nunca mais encontrei? – questiona o analista Eduardo Biz, comentando que nesse momento o usuário tende a filtrar informações e perceber que ter foco é mais necessário do que estar conectado. – Agrupar as poucas pessoas importantes para cada um se tornou uma alternativa ao grande penico da timeline. Grupos de WhatsApp nunca fizeram tanto sentido. Mas acredito que a principal razão do êxodo é o fato de a mobilidade ter tornado o Facebook algo tão intrínseco à vida cotidiana que ele não carrega mais aquele fator novidade, simplesmente não é mais cool. Virou quase uma obrigação, como checar os e-mails – diz ele, finalizando: – Em resumo, é estressante manter um perfil atraente 24 horas por dia.

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Apesar de o Facebook ainda estar muito à frente das outras redes sociais na preferência do público, isso não é garantia de que as coisas não possam mudar num futuro próximo. No Brasil, segundo os especialistas, ainda não há um organismo oficial que apresente dados sobre esse fenômeno, mas já se percebe uma mudança no comportamento de alguns usuários. E tem mais coisas por trás de um suposto desinteresse com relação ao Facebook. Eduardo Biz, analista de tendências da agência Box1824, que é especializada em consumo e comportamento jovem, afirma que 600 mil pessoas deletaram seus perfis dessa rede social na virada do último ano no Reino Unido. – Os motivos são diversos, mas a maioria concorda que, de modo geral, o Facebook nos deixa muito tristes. Uma pesquisa da University of Wisconsin concluiu que, mais do que mostrar fotos e updates dos amigos, a rede serve para medir o quanto você é querido pelos outros. Da mesma forma que uma curtida pode ser gratificante, a falta dela faz qualquer um se sentir a pessoa menos valiosa do planeta – explica ele. Eduardo também acredita que a presença dos pais entre os contatos desestimule os adolescentes a permanecerem na rede. – Eles não querem socializar com parentes na mesma pataforma que usam para falar com seus amigos. Instagram, Pinterest e, principalmente, Tumblr são os destinos mais comuns entre quem abandona o Facebook. São redes mais voltadas aos estímulos visuais e o principal objetivo é construir uma biblioteca de referências, mais do que se relacionar diretamente com outras pessoas. Há cerca de quatro meses Gabriela Alvarenga, 19 anos, decidiu sair do Facebook para se dedicar aos estudos do curso de Biomedicina da




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EM BUSCA DE SONHOS

BUSCANDO SE CONECTAR COM A PRÓPRIA ESSÊNCIA, FELIPE DENZ MUDOU O RUMO DA SUA VIDA PARA IR ATRÁS DE UMA SÓ COISA: REALIZAR SEUS SONHOS. CONHEÇA A HISTÓRIA DESSE CARA, QUE HOJE TRABALHA INCENTIVANDO PESSOAS A SONHAR texto MARINA CICONET

arte DEBORA ZILZ

Felipe Denz, 31 anos, levava uma vida que muita gente gostaria de ter: estudava, trabalhava em uma empresa legal em São Paulo, ganhava a própria grana e se sustentava. Foi então que, um dia qualquer, percebeu que a sua própria vida não fazia nenhum sentido. Ele precisava mudar de rumo. – Foi uma etapa difícil. Primeiro, percebi que não sabia o que queria da vida e nem tinha certeza se gostava do que já tinha feito até ali. Segundo, precisei aceitar que estava entrando num processo de transformação. Aí, vinha a cobrança “Eu sou um merda, não faço nada! E agora?” - revela. Foi então que ele resolveu ir atrás dos próprios sonhos, pra conseguir levar uma vida de plena satisfação. Mas, e aí, qual o teu sonho, Felipe? Pausa. Minutos de silêncio. A gente sabe que entender o nosso sonho não é uma tarefa fácil. Acesse o site nos.vc para conhecer e participar dos projetos do Felipe! Ele também tem tudo a ver com o nosso Eu Tenho um Sonho, Qual o Seu?. Saiba mais sobre esse projeto no no kzuka.com.br

– Lá atrás, eu não sabia qual era meu sonho, como a maioria das pessoas. Hoje, ainda não tá bem claro. Mas um deles é criar espaços seguros que propiciem as pessoas a se conectarem com seus sonhos – fala. Felipe foi convidado pra participar de um programa em Porto Alegre chamado Oásis, que funciona como uma ferramenta para realização de sonhos coletivos. A ideia é criar mobilização nas pessoas com um sonho em comum numa comunidade. Ele trabalhou no primeiro Oásis na Vila Bom Jesus, onde os moradores queriam um espaço de lazer pra comunidade, a limpeza do valão e uma lixeira enorme. Aí, se apaixonou. Brilhou! E ele não parou mais de tentar realizar sonhos coletivos e estudar sobre isso. – Por que trabalho com sonhos? Porque a verdade tá ali. O sentido das pessoas. Isso vem da minha necessidade de me entender melhor. Nessa minha busca, me identifiquei com esse caminho de entrar na vida das pessoas e entender melhor os outros - diz. Uma coisa é certa quando você trabalha com gente: voluntariar é muito mais satisfatório para quem se doa do que pra quem recebe. A transformação é muito maior no voluntário, pois gera prazer, realização, contatos pessoais profundos... E o Felipe concorda totalmente com essa ideia. Atualmente, ele se dedica para elaborar espaços criativos que permitam que as pessoas possam ser quem são de verdade, e que incentive as escolhas conscientes. - Todo mundo sonha, mas nem todos conseguem identificar os próprios sonhos. E é gostoso fazer com que as pessoas se conectem com isso. Quando isso acontece, muitas possibilidades se abrem. A gente costuma seguir um fluxo automático da vida sem se preocupar com isso, né?

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Vamos brincar de sonhar?



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COREIA SEM MEDO texto PAULA MINOZZO

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Marcelo de Freitas Homrich, 22, (23 na Coreia do Sul), precisou de coragem, e muita, para deixar as duas faculdades no Brasil e se mandar para o Oriente. Ele mora em Ansan, na Coreia do Sul, perto de Seoul, e foi para o páis por meio do programa Ciência Sem Fronteiras, do Governo Federal. – Tinha outros países mais mainstreams, tipo Canadá, mas Coreia me chamou a atenção. Acho que, se sobrevivo na Coreia, sobrevivo em qualquer lugar. Marcelo, que domina apenas o inglês, está se puxando para aprender a lingua dos nativos e sente falta de não entender as sinalizações na rua. Enquanto se esforça para se comunicar, ele enfrenta também as barreiras culturais morando sozinho do outro lado do mundo. A comida foi uma delas, mas hoje, Marcelo já está acostumado e se arrisca a comer as iguarias do oriente. Polvo vivo, cachorro e

foto ARQUIVO PESSOAL

fetos de galinha são algumas delas. Haja coragem! – O polvo se mexe afu! – conta Marcelo sobre a experiência que registrou com foto e tudo. – Confesso que estava meio preocupado no início. Mas é algo que eu tinha que fazer! Vencer meus medos – conta. Enquanto estuda Design Multimídia na Hanyang University e trabalha, Marcelo aproveita os finais de semana para desbravar a Ásia e curtir a programação local. Durante o dia, a dica é visitar os templos e palácios, e durante a noite, as baladas que são fortes por lá. Os bares e boates se concentram em bairros que fervem, e brasileiro frequenta desde os mais simples, que bombam com universitários, como o bairro Sinchon até Gangnam, com os lugares mais chiques da cidade (sim, é o mesmo Gangnam que inspirou Psy!). Nas festas, as opções de bebidas são

bastante diferentes e os coreanos capricham nos looks. Para Marcelo, eles curtem andar bem arrumados, mas usam acessórios que aqui no Brasil seriam bastante extravgantes. – Uma amiga me deu um boné com spikes coloridos, é algo bem típico daqui – conta. Inclusive, os padrões de beleza e a obsessão pelas melhorias na aparência são características culturais que Marcelo demorou para entender. Nariz grande é sinônimo de beleza. – Um dia uma guria chegou pra mim e falou que tinha nariz grande. Na hora achei estranho, mas depois me explicaram que era um elogio – diz Marcelo. Mas mesmo com os elógios, o namoro com as Coreanas é díficil, segundo Marcelo, não pega bem namorar estrangeiros. Sem medo, ele vai descobrindo como se virar por lá e desbravando as diferenças.





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Talvez você não gosTe de rock and roll. Há muiTos moTivos pra isso. você pode dizer que é velHo, não Toca nas fesTinHas e no rádio, não faz a mulHerada requebrar. mas o rock é um esTilo que influenciou o seu jeiTo de vesTir, de falar e aTé de pensar e ver o mundo. desde 1985, quando foi criado o fesTival live aid, o dia 13 de julHo é reservado para a celebração do bom e velHo rock. qual é o disco mais indicado para alguém que não conHece nada sobre o assunTo? que músicas definem esse esTilo? confira as dicas de quem escolHeu viver isso Todos os dias e aproveiTe o dia pra fazer Também a sua lisTa. não deixe de TesTar nossa guiTarra virTual, no pé da página.

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texto gustavo b.rock arte carINa kErN foto MIrcEa PavEl, shuttEr stock fundo MIro Novak, shuttEr stock

Fredi Chernobyl (dJ e guitarrista da Comunidade nin-Jitsu)

DisCO: Jimi HeNDRix Axis: Bold As love este disco mudou a minha vida. Hendrix mostra uma maneira pesada e groovada de tocar, e isto é tudo pra mim: mão direita com swing black e mão esquerda com habilidade. além de mostrar que tem a manha para fazer efeitos como ninguém. Tirando Wait Until Tomorrow e Little Wing na guitarra eu abri minha cabeça e nunca mais fui

o mesmo. jimi Hendrix é meu pai na guitarra, e meu pai de verdade foi quem me deu esse vinil dele, original de 1967. músiCAs: ac/dc – For Those About to Rock black sabbath – War Pigs van Halen – Ain’t Talking about Love kiss – Detroit Rock City accept – Fast as a Shark


carlinhos (vocalista da Bidê ou Balde)

de embasamento político e social que expressou uma época e até hoje se mantém atual. A mensagem tá toda nesse disco ali, e seres humanos, dos 8 aos 80 anos, não passam ilesos a uma audição. MúsicAs: The Who – My Generation T-Rex – 20th Century Boy The Clash – London Calling Bill Halley & His Comets

lucas (vocalista da Fresno)

disco: QUeen a Night at the oPeRa Este álbum reúne tudo o que admiro: musicalidade, peso e, ao mesmo tempo, genialidade. É nele que tem Bohemian Rhapsody, que já vale como um disco inteiro, uma música revolucionária. Eu era bem criança e vi o filme Quanto Mais Idiota Melhor, e aquela cena em que eles cantam a música no carro repopularizou o som. Então eu

disco: The BeATles RubbeR Soul Esse disco foi gravado quase que em conjunto com o Revolver, numa época que, pra mim, foi a mais criativa e inventiva dos Beatles. Ele já tem toda a psicodelia e inventividade que viriam a seguir. Outra coisa que chama a atenção e que me atrai muito é o fato de eles experimentarem outros ritmos, como folk, blues, música francesa.

Conheci quando era pequeno, muitas das músicas do Rubber Soul já estavam nas coletâneas que meu pai fazia nas fitas K7. Quando ouvi o disco como obra completa, fiquei surpreso com a quantidade de músicas ótimas. MúsicAs: The Beatles – Everybody’s Got Something To Hide Except Me And My Monkey Rolling Stones – Stray Cat

Beto Bruno (vocal da cachorro grande)

comecei a ficar curioso. Meu pai tinha o disco e eu ouvia direto, isso faz uns 20 anos. Queen é o maior exemplo de banda de rock, de como saber controlar uma multidão e enlouquecer um estádio inteiro. MúsicAs: Black Sabbath – Paranoid Kiss – Detroit Rock City Faith No More – Epic Alice in Chains – Man in the

disco: The BeATles - the beatleS (álBUM BrAnco) O mais perfeito e o mais bem acabado de todos os discos clássicos do rock, e é o que tem o repertório mais variado. Eu não conheço nada mais moderno que o Álbum Branco. Ouvia Beatles antes de ouvir falar em rock, por influência do meu pai. Aos sete ou oito anos me ligava na fase do iê-iê-iê, e cheguei na fase cabeludona

quando tinha uns 10 anos. Foi lançado bem na época da psicodelia. Eles estavam sendo controversos a partir da capa e isso esteticamente foi chocante. Os Beatles inventaram os anos 70, em 1968. MúsicAs: Chuck Berry – Maybelene Jerry Lee Lewis – Great Balls of Fire Rolling Stones – (I Can’t Get

Toca aí: Faça a leitura do

QR Code a partir do seu app de preferência e coloque o celular sobre este quadro. Aí é só seguir as instruções ao lado e sair tocando. Inicado para dispositivos mobile Apple e browsers desktop Chrome, Firefox, Safari e Opera em versões atualizadas.

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disco: sex pisTols NeveR MiNd the bollockS, heRe’S the Sex PiStolS Poderia ser algo ainda mais clássico, mais evidentemente rock ‘n’ roll, ou alguma das maravilhosas obras-primas nacionais a serem aqui citadas, mas escolhi o disco dos Sex Pistols por ter sido por muito tempo o meu preferido, mais influente e transgressor de mesmices. É um discaço de rock, uma proposta estética nova, cheia

augusto stern (vocal e guitarra da Fantomáticos)


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LEILÃO SEM CARINHO texto LAURA HICKMANN, ESPECIAL

Ilustrações RICHZCP, VECTEEZY

TÁ PROCURANDO UM NOVO AMOR, UM ROLO OU ATÉ UM PEGUETE? GRUPO NO FACEBOOK OFERECE SERVIÇO COLABORATIVO DE ENCONTRO PARA SOLTEIROS Em meio a ofertas de troca e venda de roupas e outros itens – como o Brique das Meninas –, eis que surge uma iniciativa colaborativa de cupido. São os leilões no Facebook. A descrição do grupo Leilão Sem Carinho, que conta com mais de 26 mil membros no Facebook, é bem simples e objetiva: “Todos conhecemos um solteiro ou solteira, então você que acha que não consegue, que faz tempo que não sabe o que é um beijo na boca ou aquele calor quando vê uma pessoa interessante, venha pro nosso grupo e descubra seu amor na hora mesmo, nada de trazer seu amor em 3 dias!”. Diferentemente dos Spotted, em que o objetivo é saber o paradeiro de algum gato ou gata visto na balada, na faculdade ou em praças, no Leilão Sem Carinho, os membros colocam na roda amigos ou a si próprios através de um post com fotos e informações. A partir daí, o contato é por conta dos interessados. Thaina Redelich, 18 anos, e Betina Kuser, 25, se identificam como criadoras da comunidade facebook.com/groups/semcarinho e contam como surgiu a ideia. Elas mesmas tinham conversas enroladas com meninos no Facebook. – Ficamos chateadas e pensamos que deveria ter alguma maneira mais fácil de as pessoas solteiras encontrarem gente disponível. Aí, percebemos que tínhamos uma ideia legal nas mãos e a fizemos acontecer por meio de um grupo no Facebook. As duas, então, criaram o Leilão dos Amigos, um grupo só para garotas, onde elas ofereciam amigos solteiros. Por conta do sucesso, muitos meninos queriam entrar para saber o que estava acontecendo e também participar. Diante da procura, elas criaram o Leilão das Gurias e, depois, juntando meninas e meninos, o Leilão Sem Carinho. – Muita gente se conhece através dos posts. Esses dias, eu estava em um parque e um casal me parou e perguntou se eu era a Thaina criadora dos Leilões. Eu disse que sim, e eles me agradeceram, pois estavam juntos há seis meses por causa do grupo. O Leilão também foi responsável pelo namoro da própria criadora, Thaina, mas de um jeito diferente: – Meu namorado foi leiloado e, incomodado com tantos comentários, veio me pedir para retirar o post. Começamos a conversar e estamos juntos até hoje.

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Apesar dos casos inspiradores, há também quem seja um pouco receoso quanto ao Leilão. Laura Ribas, 17, ficou sabendo que tinha sido leiloada quando uma amiga ligou avisando. – Uma amiga minha me leiloou e eu nem fazia parte do grupo ainda. Acho divertido, mas acho que, às vezes, passa dos limites. Algumas pessoas quase se humilham atrás de alguém. Chega a ser meio ridículo. A Thaina e a Betina criaram, ainda, outros leilões: Leilão GLS, Leilão do Tio (pra dar uma ajuda para aquele solteirão da família), Mais18 (só meninas postam meninos com mais de 18 anos) e Quero Conchinha (para quem quer relacionamento sério ou nada). Tem para todo mundo.



KZUKA.COM.BR / GEEK ME

OS 10 MAIS DO VINE

DIVULGAÇÃO P9

/ SOUND KZUKA

O SUCESSO DA P9

REPRODUÇÃO FACEBOOK

EMAGRECENDO DO JEITO CERTO / LIFESTYLE

AMPLIFICADOR SUSTENTÁVEL / POP UP

O ADEUS A CORY MONTEITH

UM VÍCIO CHAMADO CANDY CRUSH / PORTAS EM AUTOMÁTICO

Neve, chocolate quente, paisagens incríveis e MUITA festa. Aproveitando o clima de férias de inverno, separamos as boates de Bariloche que transformam a cidade em um dos destinos mais irados para os baladeiros de plantão, além de toda cobertura do #fériaskzuka que rolou por lá! Não perde.

SÓ O MELHOR DE BARILOCHE

Após a morte prematura de um dos maiores astros de Glee, fizemos uma listinha com os melhores momentos do personagem Finn Hudson na série. Não deixe de conferir. REPRODUÇÃO FACEBOOK

GIULIANO CECATTO, ESPECIAL

/ GEEK ME

Está pensando em perder alguns quilinhos? A nossa mais nova colunista, a nutricionista Gabriela Penter, separou umas dicas demais para quem quer emagrecer de uma forma saudável. Tem que acessar! REPRODUÇÃO FACEBOOK

Através do projeto de miniempresas da Junior Achievement, a galera do colégio Anchieta de Porto Alegre bolou um dispositivo sustentável para amplificar o som de qualquer dispositivo portátil. Vale a pena dar uma conferida.

/ A CARA DA MARINA

Curte o aplicativo de vídeos Vine? Fizemos uma seleção com dez perfis que mandam muito em seis segundos e chamam atenção por tanta criatividade. REPRODUÇÃO BOA FORMA

A boyband brasuca P9, que anda estourada no país inteiro com o hit My Favorite Girl, bateu um papo com a gente sobre como estão lidando com o sucesso repentino e quais os planos agora, que já lançaram o primeiro álbum.

REPRODUÇÃO YOUTUBE

ALGUMAS DAS COISAS LEGAIS QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR NO NOSSO SITE

“Elimine toda gelatina”, “traga todos ingredientes para base”... Se você também é viciado em Candy Crush, então certamente sabe o que essas frases significam. O problema é se você também sofre quando não consegue passar de fase. Mas pode ficar tranqüilo: você não está sozinho! Separamos as cinco PIORES coisas que rolam com o app e deixam qualquer jogador de cabelo em pé.


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A meninA dos Algoritmos

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arte débOrA ZILZ

americana brittany Wenger, 18, já ganhou o apoio e os aplausos do mundo inteiro – inclusive, do Presidente dos estados Unidos, barack Obama – pelas suas iniciativas e pesquisas que unem duas áreas que ela ama: ciência e programação. Vencedora da Google Science Fair de 2012, uma feira de ciências que recebe trabalhos científicos de adolescentes do mundo inteiro, brittany mostrou que é possível contribuir com descobertas científicas mesmo antes de chegar em uma universidade. Seu projeto vencedor foi o cloud4cancer (cloud4cancer.appspot.com), uma ferramenta de inteligência artificial que ainda está em fase de testes, mas promete ser uma maneira mais rápida para disntiguir células malignas e benignas e, assim, ajudar no diagnóstico do câncer de mama. A motivação para pesquisa começou ainda na sétima série, quando brittany lembra que tinha muitos professores de ciência e biologia que foram verdadeiras inspirações para a jovem e a incentivaram a pes-

fotos rePrOdUçãO FAcebOOk

quisar de maneira independente. Quando entrou no ensino médio, o apoio dos professores também foi importante. – eu trabalhei no projeto sozinha, minha professora de biologia ajudou a entender algumas coisas por trás do sistema de diagnóstico. Mas para a parte de programação, usei internet e livros – conta. em setembro, brittany, que é da Florida, se muda para a carolina do Norte , onde começa a universidade na duke, uma das melhores do país, com uma bolsa integral. A Universidade foi escolhida pelo apoio que demonstrou à pesquisa de brittany, que se especializará em ciência da computação e biologia. – Quero continuar trabalhando no meu programa, e tê-lo implementado. eu já tenho muitos dados para continuar na minha pesquisa atual – conta britanny, que já tem o futuro planejado dentro dos laborátorios da duke. – eu tenho muita sorte por não ter sofrido por ser mulher e tão jovem nessa área. As comunidades médi-

ca e científica sempre se mostraram muito a favor da minha pesquisa. Todos sempre mostraram muito entusiasmo com minhas iniciativas. Não teve ninguém que quisesse me estereotipar por ser jovem, nada disso – conta. A luta, como explica brittany, é a favor da programação, dos algoritmos e da biologia, que exigem boa parte do seu tempo. entre falhas e tentativas bem sucedidas, brittany se questionou várias vezes se teria habilidade para seguir em frente, pesquisando por conta própria, sem ao menos um diploma universitário. – Meu programa de diagnóstico de câncer de mama falhou duas vezes. eu trabalhei meses nesses projetos. Teve vezes que me perguntei se poderia seguir adiante ou teria que esperar a universidade, aprender e, então, descobrir como fazer. Mas o incrível da ciência é que você aprende tanto com os seus experrimentos que falharam, quanto com os que deram certo. A lição é nunca desistir antes de tentar bastante.

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texto PAULA MINOZZO


Recreio do Rock no Farroupilha

Rael Peixoto e Dennis Gustavo curtindo um rock and roll do cantor Gabriel Levan

Fotos Ale Horn, especial

POR AI

Martha Barcellos e Eduarda Mardini exibindo seus brindes da Converse

Gabriela Dirani estava se divertindo com o show


Fotos Giuliano Cecatto, especial

PrĂŠ-Porto

A estileira de Bela Leindecker e Mariana Pegoraro

Camila Pecoits e Nicolle Remus curtindo o som da Mc Pocahontas

Nicolas Giacoboni

Luiza Passow e Willian Rigo

POR AI


Eu tenho um sonho, qual é o seu? no Assunção Fotos Carol Branco, especial

POR AI

Marceli Feldmann

Bruno Jacques

Matheus Bastos

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Ana Carolina Topazio



Simulado Day no São Judas Tadeu Fotos Ale Horn, especial

POR AI

Camila Bertoglio louca por um Wake

Galera em prova...

Ana Paula Fuhr e Érico Barbizan


Fotos Giuliano Cecatto, especial

Show do Fernando e Sorocaba na Woods

Lucas Morsch foi curtir uma balada

As gatas Maria Eduarda Teixeira e Fernanda Haubrich

POR AI


Sessão de Cinema Exclusiva do Kzuka

Felipe Alves e Ana Thereza Motta

Fotos Giuliano Cecatto, especial

POR AI

Roberta Ludwig e Mariana Widholzer

KZUKA | agosto 2013

Mariah Albuquerque

Estava “Todo Mundo em Pânico!!!“


Leonardo Berger no Circuito Chico

Foto Andressa Barros, especial

Bariloche

Sara Ventorini curtindo o dia de neve em Piedras Blancas

POR AI



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