MEMÓRIA DESCRITIVA CCTAR

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Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua PÓLO 1 e PÓLO 2 PROJECTO DE EXECUÇÃO ARQUITECTURA

Promotor/Arquitectura:

MEMÓRIA DESCRITIVA Fevereiro de 2011

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NOTA PRÉVIA

O presente documento consubstancia a consolidação do projecto referente ao Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua – CCTAR, que resultou da respectiva aprovação da candidatura ao Sistema de Apoio ao Cluster de Industrias Criativas, Aviso – SACIC - IF/1/2009 – do ON.2 – O Novo Norte, Eixo Prioritário II – Valorização Económica de Recursos Específicos.

Como foi referido nas fases anteriores deste processo, trata-se da reformulação e consolidação de um projecto que deriva de uma profunda reflexão realizada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira que, após ter tomado conhecimento da análise prévia da candidatura feita pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON.2), e após notificação da intenção de decisão de aprovação condicionada da candidatura emitida por aquela entidade, decidiu, proceder à elaboração de uma “nova abordagem” ao programa e à contextualização do equipamento, tendo-se enfatizado a necessidade de introduzir diferentes particularidades no projecto, nomeadamente na eliminação de algumas debilidades e condicionantes técnicas, bem como à introdução de alguns aspectos específicos que se consideram relevantes para o êxito da operação.

Se, por um lado, a primeira abordagem, pela sua localização e especificidade (elementos estruturais sobre o lago em locais cuja profundidade é superior a 15 metros), implicaria, seguramente, o recurso a técnicas de engenharia especiais que, por sua vez, iriam representar custos muito superiores aos inicialmente previstos e que fundamentaram os valores apresentados na candidatura, por outro lado, a implantação do edifício no local previsto e em projecto criava várias questões no âmbito do ordenamento do território quer as relacionadas com as acessibilidades ao equipamento quer com a falta de espaço para aparcamento.

Nesse sentido, após ponderação de todas as questões supra referidas, a Câmara Municipal desenvolveu a ideia de construir o CCTAR em dois pólos, estabelecendo um Programa Preliminar que, por sua vez, foi trabalhado ao nível de programa-base, apresentado em 29 de Outubro de 2010 e consolidado pelo subsequente Estudo Prévio do projecto de arquitectura, apresentado em 22 de Dezembro de 2010.

Os referidos elementos, na esteira do estabelecido nos fundamentos apresentados em sede da candidatura formalizada ao ON2, estabeleceram a pretensão do CCTAR se constituir como uma aposta nas áreas de criação e apoio a artistas, no acolhimento empresarial de negócios criativos, na investigação e produção de conhecimento e na implementação de um serviço educativo.

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De igual forma considerou-se a necessidade de se estabelecerem espaços para a apresentação de espectáculos e realização de eventos culturais.

Embora dividindo o espaço físico da infra-estrutura, as valências a seguir descritas agirão em acção conjunta e em íntima ligação, promovendo serviços e uma estratégia comum.

Desse modo, o CCTAR acolherá as valências:

1. Residências artísticas; 2. Incubadora da criatividade para artistas emergentes; 3. Acolhimento empresarial de negócios criativos; 4. Serviço de aprendizagem e educação criativa; 5. Departamento de investigação para artes do espaço público; 6. Espaços cénicos, de (re)criação e representação artística.

Como atrás se referiu, estas valências agem em conjunto e em estreita ligação no âmbito de uma estratégia comum. Contudo, face à tipologia do espaço necessário onde se prevê a realização de actividades com características muito peculiares, considerou-se como aconselhável e, até inevitável, a dissociação em dois equipamentos distintos – Pólo 1 e Pólo 2:

Pólo 1 – Espaço amplo onde a criação artística se possa desenvolver, através da produção de cenários e outros adereços de grandes dimensões, em área de fácil acessibilidade, privilegiando uma relação quase umbilical entre a produção e o consumo de criação artística para espaço público.

Neste pólo, ficarão instaladas as valências de residências artísticas, incubadora da criatividade para artistas emergentes e acolhimento empresarial de negócios criativos.

O espaço, localizar-se-á na Zona Industrial do Roligo, por se tratar de uma área adequada aos fins propostos, nomeadamente a utilização de oficinas mecânicas para a produção de espectáculos, na criação de adereços e cenários. Estas oficinas, com especiais necessidades em termos de amplos espaços, e onde se utilizam materiais e técnicas diferenciadas de os trabalhar, tais como carpintaria, estruturas metálicas com necessidade de se realizar soldaduras, produção de ruídos, etc, aconselham a que a localização deste equipamento se deva operar numa zona industrial.

Pólo 2 – Espaço com as condições adequadas para os jovens poderem apresentar os seus projectos criativos e potenciando o intercâmbio entre criadores. Memória Descritiva Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua Página 3 de 17


Neste pólo ficarão instaladas as valências de Serviço de Aprendizagem e Educação Criativa, do Departamento de Investigação para Artes do Espaço Público, assim como o espaço adequado para a apresentação dos espectáculos, tanto interiores como de exteriores/rua (uma parte deste espaço – Praça - fica desde já sujeita a desenvolvimento após a demolição da escola EB1 de Santa Maria da Feira, após a construção do Centro Escolar da Feira).

DESAFIOS E PARTICULARIDADES Santa Maria da Feira é, desde há vários anos, um nome incontornável no panorama da cultura e das artes de rua em toda a Europa, percepcionando a actividade cultural como uma das componentes estruturantes no desenvolvimento sócio-económico da sua população e do seu território. Considerando a cultura essencial para o desenvolvimento social, tanto na perspectiva de matriz histórica dos modos de viver e aspirações da população, como na perspectiva mais restrita de sector de actividade, o município de Santa Maria da Feira assume-se, cada vez mais, através do trabalho desenvolvido na promoção de actividades e eventos culturais que contribuem para o desenvolvimento do concelho e da região onde está inserido. A lógica cultural da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, visa, portanto, a prossecução de objectivos estratégicos diversos, mas complementares, nomeadamente: - Assegurar uma cultura de qualidade para todos; - Potenciar a capacidade criativa local; - Diversificar a oferta e os públicos; - Procurar o “novo”; - Promover uma verdadeira democracia cultural e desenvolver a vida associativa; - Fazer da cultura um motor de desenvolvimento social. Nesse contexto, e na sequência da estratégia identificada, a programação cultural de Santa Maria da Feira apresenta um vasto leque de iniciativas ao longo de todo o ano, sendo de destacar alguns eventos de reconhecida notoriedade regional, nacional e internacional, como: - Imaginarius - Viagem Medieval - Festival da Juventude - Festival para Gente Sentada - Terra dos Sonhos Nessa perspectiva, e numa lógica de crescimento e afirmação de Santa Maria da Feira como a “capital” das artes de rua em Portugal, é necessário criar as condições físicas para uma verdadeira e Memória Descritiva Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua Página 4 de 17


profissionalizante prática cultural no concelho, através da constituição de um novo equipamento indispensável para a “confirmação” e promoção cultural, beneficiando a generalidade dos que habitam e trabalham na cidade e região, entre os quais, com nota de relevo especial, a juventude. Edificar um Centro de Artes, que hoje ainda não existe em Santa Maria da Feira, deverá então constituir-se como um verdadeiro clúster da criatividade e da cultura, cuja versatilidade possa albergar, nas melhores condições técnicas, teatro, teatro de rua, artes circenses, cinema, ópera, bailado, concertos sinfónicos, de rock e música contemporânea, congressos, apresentações, desfiles de moda, grupos corais, grupos folclóricos, estúdio de gravação. O futuro Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua é pois, um projecto que ultrapassa as barreiras das soluções convencionais, tendo em conta a resposta aos desafios programáticos e estruturais. Com uma complexidade elevada ao nível da localização, concepção e dimensionamento, as soluções adoptadas em projecto, exigiram medidas avançadas que contribuirão, seguramente, para o resultado de uma obra exemplar de integração multidisciplinar entre a arquitectura e as engenharias. Nesse sentido, foi necessária uma perfeita articulação dos trabalhos ao nível da arquitectura e engenharias, numa significativa interacção das diversas disciplinas. O presente projecto de execução resultou, assim, de um intenso trabalho de complementarização entre as diferentes especialidades que visaram não só a procura de soluções técnicas eficazes e compatíveis com a especificação do equipamento, como também, em grande medida, o controlo orçamental dos diversos trabalhos, matériais e equipamentos a utilizar. O CCTAR não deve, nem pode, ser resumido a um mero auditório ou a uma nova sala de espectáculos de Santa Maria da Feira. Deve antes ser assumido como um conjunto de espaços multifacetados que, descentralizadamente, promoverão uma nova abordagem às diversas formas de “produzir” cultura, esta obra poderá até ser definida como sendo a edificação de uma “CAIXA MÁGICA” na cidade, um local produtor de cidadanias… Distanciados entre si em cerca de 3 km, o Pólo 1 e o Pólo 2 são, como já se referiu, valências que se completam, e por isso, deverão ter como elo de ligação, um percurso exterior no qual se possam cruzar pessoas com o mesmo interesse: a cultura. Para isso, aconselha-se ao estudo e requalificação futura de todo aquele percurso, transformando-o numa espécie de “Via da Cultura”, unificando-a em termos de pavimentação, linguagem urbana, mobiliário urbano, iluminação, etc. Deverá ser dotado de condições para que um qualquer espectáculo de rua possa decorrer naquele troço entre o Roligo e o centro da cidade. Uma das particularidades deste projecto é ainda a demolição do Cineteatro António Lamoso, na Rua Prof. Egas Moniz. De facto, atendendo às limitações físicas do actual cineteatro, às imposições Memória Descritiva Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua Página 5 de 17


regulamentares referentes ao funcionamento de edifícios de utilização pública e ainda às condições ideais que deverá possuir uma sala multifuncional, optou-se pela demolição da estrutura existente, substituíndo-a por um espaço apropriado para todas as artes cénicas e de espectáculo, que ofereça o máximo de conforto e segurança aos seus utilizadores. O novo teatro, correspondente ao Pólo 2, será pois, em conjunto com o sistema constituído pela Pedreira das Penas (objecto de um plano de recuperação paisagística) e o espaço actualmente ocupado pela Escola EB1 de Santa Maria da Feira (para demolir a médio prazo, após a construção do novo centro escolar), a nova praça de Santa Maria da Feira, assumindo, nessa altura, o papel aglutinador de dinâmicas e vivências sociais da cidade. VERSATILIDADE O projecto do Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua, CCTAR, é um trabalho complexo que exigiu elevada especialização profissional, que contibuiu para a resolução dos problemas próprios de um grande equipamento público, assim como solucionar as questões próprias das mais diversas artes performativas. Nesse sentido, o desenvolvimento do projecto foi orientado de acordo com os três aspectos mais marcantes do novo CCTAR: - Integração e solução arquitectónica; - Estabilidade e engenharia electromecânica; - Acústica e arquitectura de cena. Em qualquer destes temas foi perceptível o recurso e a procura de soluções eficazes, de qualidade, mas tendo sempre presente imperativo constante no controlo de custos, poupança no investimento e nas futuras despesas correntes de exploração e manutenção. Desse modo, entre os objectivos traçados, está a criação de dois espaços de utilização pública de elevada qualidade e muito versáteis, capazes de permitir a realização de actividades ou espectáculos diversos e diferenciados tais como: Pólo 1: oficinas para produção de todo o tipo de objectos, adereços e cenários para teatro, representações de teatro e artes performativas, artes de rua, concertos musicais, representação teatral, conferências, desfiles de moda; neste local, funcionarão ainda as residências para artistas, estúdio de gravação, acolhimento empresarial; o programa completa-se com um praça exterior para representação. Pólo 2: representações de teatro e artes performativas, concertos musicais, representação teatral, espectáculos de dança e ballet, cinema (tecnologia digital), concertos musicais de banda, Memória Descritiva Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua Página 6 de 17


conferências e eventos de idêntica natureza, conferências, desfiles de moda; o programa deste Pólo 2 completar-se-á com o grande espaço exterior para representação, que aproveita o lago existente numa antiga pedreira e o transforma num palco ao ar livre (assente sobre sistema de jangada) capaz de receber espectáculos de teatro de rua, espectáculos de som, iluminação e pirotecnia (paralelamente, está em curso um projecto de recuperação ambiental e paisagística da Pedreira das Penas). Numa segunda fase, as escolas existentes, serão demolidas e o local transformado na grande praça da cidade de Santa Maria da Feira, capaz de receber espectáculos dos mais variados tipos. ENQUADRAMENTO DO PROJECTO O presente projecto foi elaborado ao abrigo do Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de Dezembro com as alterações introduzidas pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro, na sua redacção mais actualizada, respeitando ainda, os instrumentos de ordenamento municipal em vigor, nomeadamente o Plano Director Municipal de Santa Maria da Feira e o Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação, o DecretoLei n.º 163/2006, de 8 de Agosto (Regime da Acessibilidade aos edifícios). O projecto foi também desenvolvido tendo em consideração a sua adaptação do ponto de vista da funcionalidade e da segurança, no âmbito do Regulamento das Condições Técnicas e de Segurança dos Recintos de Espectáculos e Divertimentos Públicos, aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 34/95, de 16 de Dezembro; da Portaria n.º 1532/2008, de 28 de Dezembro – Regulamento das Condições Técnicas de Segurança Contra Incêndios em Edifícios – RTSCIE; do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro – Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios. A pretensão prevê assim, a construção de dois novos espaços vocacionados para a criação e representação artística, adaptado às novas exigências e, ao mesmo tempo, preenchendo o déficit ao nível da existência destes equipamentos a zona sul da Grande Área Metropolitana do Porto, facto que contribuirá para uma valorização de Santa Maria da Feira, caracterizada, cada vez mais, pela sua vocação empresarial e artística.

PÓLO 1 IMPLANTAÇÃO / CARACTERISTICAS FÍSICAS DO LOCAL INTEGRAÇÃO PAISAGÍSTICA E URBANÍSTICA O edifício será construído à margem de dois arruamentos de carácter local, em terreno limitado por estas infra-estruturas a norte e a sul, por um lote onde se encontra implantado um armazém a nascente e ainda por um lote actualmente desocupado a poente. A área global do terreno é de 4.890,00 m², classificado no actual Plano Director Municipal como Área de Urbanização Condicionada. Memória Descritiva Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua Página 7 de 17


Possuíndo frentes para os dois arruamentos, aumentando a sua cota no sentido Sul/Norte (cerca de 5 metros de desnível), será a uma cota intermédia ajustada a essa realidade que o edifício será implantado, havendo, no entanto, alguns movimentos de terras que estabelecerão a relação entre as cotas actuais e as cotas propostas. O terreno possui actualmente algumas bolsas de vegetação rasteira, facto que não condiciona a implantação da referida construção. Por questões de enquadramento urbano e de forma a potenciar uma organização do edifício em torno das suas diferentes funções, optou-se por uma mancha de implantação rectangular, ortogonal em relação aos arrumentos que procura integrar o novo volume de forma equilibrada no terreno existente. O edifício em causa, localiza-se numa área do concelho de Santa Maria da Feira, caracterizada pela actividade empresarial (Zona Industrial do Roligo, Espargo), próxima do grande centro habitacional da Cruz, em Santa Maria da Feira, não se verificando, num raio considerável, a existência de indústrias ou actividades insalubres, poluentes ou causadoras de eventuais prejuízos das condições naturais, paisagísticas e culturais. Toda a área limite do terreno, bem como a sua envolvente imediata, será devidamente arborizada, de forma a funcionar não só como enquadramento paisagístico mas também como protecção e isolamento acústico. Aliás, prevê-se, numa fase mais avançada do processo, o aparecimento de percursos pedonais que ligarão aquela área ao centro da cidade de Santa Maria da Feira e, por conseguinte, ao edifício denominado por Pólo 2. RELACIONAMENTO COM O EXISTENTE O edifício resulta de uma abordagem ao programa base definido e em articulação com o tecido urbano pré-existente, sendo consolidado pelos seus novos volumes. O relacionamento proposto confere à nova construção a aproximação à escala do sítio, apresentando-se de uma forma sóbria mas que se imponha através da sua contemporaneidade de linguagem e dos materiais a utilizar, reforçando o carácter da construção. Por condicionante do terreno, grande parte do aparcamento automóvel efectuar-se-á ao nível exterior, em espaços a criar para o efeito. Atendendo à área urbana envolvente e ao carácter do edifício, optou-se por uma linguagem arquitectónica que procura algumas referências dos edifícios de carácter industrial existentes. Assim, a

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nova construção é materializada através de um sistema construtivo que adopta, na sua generalidade, painéis metálicos para revestimentos exteriores

ACESSOS O acesso de veículos pesados ao equipamento será efectuado a Sul, pela rua existente, através de uma suave rampa criada para o efeito. Em todo o caso, existirá em toda a envolvente da estrutura construída, um pavimento que permitirá uma maior flexibilização ao nível das cargas/descargas. Ao nível do acesso pedonal, serão criadas vários pontos de acesso ao edifício, sendo que ao nível do público, este se irá processar, preferencialmente, pelo quadrante sul. O acesso de serviço, para artistas e residência de artistas, será processado, preferencialmente, pelo quadrante norte. A entrada, será devidamente dimensionada, por forma a permitir o acesso de viaturas de emergência. DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO Com uma área total de 3.504,00 m², a construção ocupa 2 pisos, havendo contudo um volume central mais alto destinado à área do espaço multiusos. O programa do edifício projectado corresponde a um pré-programa base definido pelo município de Santa Maria da Feira distribuindo-se por dois volumes contíguos mas, diferenciados quanto à sua utilização. Assim, tendo em consideração a especificidade do programa e a organização funcional do edifício, consideraram-se dois corpos distintos que incorporam as funções a que se destinam. No quadrante a sul, o corpo principal, com a sua volumetria e materialidade, remete o utilizador e visitante para produção artística propriamente dita. Será também o local privilegiado para a eventual apresentação e encenação de espectáculos, bem como para o desenvolvimento daquilo a que chamamos de “industrias criativas”. A norte, surge o corpo destinado à residência de artistas. No eixo dos dois corpos, funcionará uma praça exterior que, além da sua função de espaço de lazer e de estar, poderá receber realizações e encenações de pequenas dimensões ao ar livre. Saliente-se ainda que os dois corpos serão ligados através de passereles que conferem a unidade na linguagem do equipamento. Desse modo, o corpo 1 incorpora uma grande sala multiusos, com uma dimensão aproximada de 23x23m e uma altura interior na ordem dos 18 metros. Este espaço, possuirá relação directa com a área destinada ao público em geral, a qual será composta pelo foyer, bar de apoio e sanitários de serviço.

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Do mesmo modo, preconiza-se que essa sala principal tenha uma estrita relação com os espaços de trabalho e de armazém. Assim, ao nível térreo, surgem os espaços de carpintaria, serralharia, ateliês de produção artística, armazéns e arrumos. No piso superior, prevê-se novas salas e ateliês de trabalho, salas de gravação, sonoplastia, luminotecnia, camarins e balneários, lavandaria e espaços de arrumos. Será ainda neste corpo do equipamento onde se localizarão todas as áreas necessárias à gestão administrativa do centro de artes, bem como os espaços que albergarão actividades empresarias ao nível dos negócios criativos, incubadora de empresas para negócios emergentes e diversas salas de reunião. Por outro lado, o corpo 2 será exclusivamente dedicado ao espaço residencial de artistas, numa lógica de acolhimento com periodicidade variável. Desse modo, o espaço será constituído por 6 unidades de alojamento, com capacidade para 12 a 18 pessoas. Prevê-se ainda uma série de espaços de utilização colectiva, como cozinha , espaço de convívio (com biblioteca, espaço para jogos), instalações sanitárias, lavandaria e arrumos. O seu piso inferior será destinado a um amplo espaço de arrumos. LINGUAGEM ARQUITECTÓNICA A UTILIZAR SISTEMA CONSTRUTIVO Assumindo declaradamente um desenho actual com grandes planos envidraçados e revestimentos metálicos, estaremos também perante uma solução onde se utilizarão materiais convencionais. A solução procurará garantir uma enorme cumplicidade entre interior/exterior, através da sua organização, orientação e, evidentemente, vastas áreas transparentes ou envidraçadas. O edifício será construído de acordo com os parâmetros convencionais, utilizando o betão e o ferro na sua malha estrutural, as paredes em tijolo vazado e rebocado ou, em alternativa, os revestimentos anteriormente referidos. As paredes exteriores e a cobertura serão devidamente isoladas térmica e acusticamente, utilizando-se, para isso, o sistema tradicional de painéis do tipo sandwich. Todo o edifício será exteriormente envolvido através de painéis de chapa lisa à cor cinza e um sistema de vidro que, em conjunto com um sistema de iluminação, constituirão um marco e uma referência no local, reforçando a vocação artística e cénica do equipamento. Procurar-se-á ainda a adopção de sistemas de climatização e refrigeração com recurso a energias renováveis e amigas do ambiente.

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ÁREAS BRUTAS DE CONSTRUÇÃO (Pólo 1) Área do terreno:

4.890,00 m²

Área de Implantação:

1.890,00 m²

Edifício principal Piso 0:

1.388,00 m²

Piso 1:

863,00 m²

Piso 0:

412,00 m²

Piso 1:

422,00 m²

Residência artistas

Área total de Construção:

3.504,00 m²

PÓLO 2 IMPLANTAÇÃO / CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL INTEGRAÇÃO PAISAGÍSTICA E URBANÍSTICA O edifício será construído em plena área central da cidade de Santa Maria da Feira, junto ao Hospital S. Sebastião e à margem da Rua Prof. Egas Moniz, em terreno limitado por esta infra-estrutura, a nascente, pelo edifício do Centro de Saúde de Santa Maria da Feira a sul, pela Escola de Ensino Básico N.1 de Santa Maria da Feira (local que numa segunda fase será transformado na grande praça exterior

de apoio a CCTAR) a norte, e pelo lago que preenche a antiga pedreira das Penas no

quarteirão, a poente. De referir que esse mesmo plano de água, será encarado como parte fundamental do Pólo 2, complementando a sala de espectáculos da cidade. A área global do terreno envolvente à operação é de aproximadamente 17.000,00 m², classificado no actual Plano Director Municipal como Área de Construção Preferente e de Equipamento. Assim, a proposta contempla a demolição do velho Cineteatro António Lamoso, substituindo-o por um Teatro com capacidade para 666 pessoas (poderá obter a capacidade máxima de 699, instalando duas filas de cadeiras na zona imadiatamente contígua ao palco, na posição da plataforma do fosso de orquestra ao nível da plateia), bem como a requalificação paisagística e ambiental da pedreira das penas, devolvendo esse espaço à cidade e transformando o local num espaço cénico e de fruição pela população. Numa segunda fase, com a deslocalização do edifício escolar haverá, então, condições para completar todo o conjunto, através da constituição de uma grande praça exterior que, em conjunto com a Memória Descritiva Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua Página 11 de 17


área cénica do lago anexo, constituirão o “palco” por excelência para a apresentação e dinamização de todo o tipo de artes de rua. A referida praça, albergará ainda, ao nível inferior, um parque de estacionamento para aproximadamente 180 viaturas (com ligação directa ao edifício). Por questões de enquadramento urbano e de forma a potenciar uma organização do edifício em função das suas diferentes funções, optou-se por uma mancha de implantação sensivelmente quadrangular, ortogonal em relação aos arruamento, que procura integrar o novo volume de forma equilibrada no terreno existente. O edifício em causa, pela sua localização e especificidade, pretende ter uma relação directa com a dinâmica urbana da cidade, pelo que foi desenhado numa lógica de transparências que o “abrem” às pessoas. Toda a área limite do terreno, bem como a sua envolvente imediata, será devidamente arborizada, de forma a funcionar não só como enquadramento urbano e paisagístico. Como já foi referido anteriormente, prevê-se, numa fase mais avançada do processo, o aparecimento de percursos pedonais que ligarão este espaço ao Pólo 1, através de percursos mistos e de componente sensorial e cénica que transportarão o público em geral para a dimensão artística de todo este projecto. RELACIONAMENTO COM O EXISTENTE O edifício resulta de uma abordagem ao programa base definido e em articulação com o tecido urbano pré-existente, sendo consolidado pelos seus novos volumes. Tendo em consideração o carácter do equipamento, propõe-se um embasamento do edifício com uma altura de dois pisos, ajustados às realidades existentes na envolvente, reservando-se à área do palco, plateia e balcão, o grande volume que marcará, certamente, do ponto de vista arquitectónico, aquele espaço urbano da cidade.

ACESSOS O acesso de veículos pesados ao equipamento, para cargas e descargas, será efectuado a Sul, pela Rua das Pedreiras, através de uma suave rampa criada para o efeito. Do mesmo modo, essa rua permitirá também o acesso ao espelho de água e à área cénica exterior. Ao nível do acesso pedonal, serão criadas vários pontos de acesso ao edifício, sendo que o principal, será efectuado a partir da Rua Prof. Egas Moniz. Na segunda fase, a grande praça exterior poderá ainda vir a receber um parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para, aproximadamente, 180 viaturas. Memória Descritiva Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua Página 12 de 17


DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO Com uma área total de 5.352,00 m², a construção ocupa uma altura correspondente a 5 pisos, sendo que a caixa de palco, pela sua função, desenvolver-se-á numa altura aproximada de 20 metros. De referir contudo, que a volumetria da edificação é atenuada na zona da via pública existente, resultado da configuração arquitectónica do edifício. Assim, tendo em consideração a especificidade do programa e a organização funcional do edifício, optou-se por localizar a entrada principal ao nível da Rua Prof. Egas Moniz, a partir do qual o foyer promoverá a distribuição para todos os espaços do edifício, em redor do auditório. Trata-se de uma abordagem arquitectónica que condensa toda a essência funcional do novo teatro e sala de espectáculos. Um edifício basicamente caractarizado por dois volumes com funções bem diferenciadas: um volume central, mais opaco em termos de materialidade, correspondente ao espaço das sala de espectáculos propriamente dita e suas dependências técnicas e funcionais mais directas, e um volume circundante, mais baixo, transparente na materialidade, onde se localizam os espaços destinados ao público, camarins, áreas administrativas e bar, com acessos diversos e a diferentes níveis, à sala de espectáculos. Previamente à descrição do interior, é importante salientar a imagem arquitectónica exterior, marcada por um desenho de linhas elegantes que se pretende constituir como uma referência na cidade. Utilizando materiais e formas simples, pretende-se obter a máxima transparência para o interior do edifício, principalmente das zonas afectas ao público em geral, medida essa que permitirá aos cidadãos que passam, ou permaneçam, junto do edifício, terem noção das vivências e dinâmicas do interior. No fundo, para que lhes seja transmitido o desejo de “entrar” e participar na actividade cultural. Esse objectivo de atracção do público será também intensificado com o aproveitamento do espaço exterior para a colocação de pendões e cartazes para anúncio de espectáculos e eventos. A futura grande praça exterior, que se preconiza vir a ser desenvolvida a médio prazo, reforçará também o carácter de centralidade que se deseja para o local. Desse modo, a partir do espaço público que se desenvolve a partir da Rua Prof. Egas Moniz, acede-se à entrada principal, ligeiramente recuada e coberta pelo piso superior da zona destinada ao público. Existe ainda uma segunda entrada lateral para público, associada ao bar e à cota intermédia da plateia, com ligação a partir de uma rampa que permite o acesso a pessoas de mobilidade reduzida. Esse percurso, permite também o acesso à zona da Pedreira das Penas e ainda a uma pequena e discreta entrada directa na zona de palco (exclusiva a artistas e técnicos).

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A terceira entrada lateral relaciona-se com um acesso mais directo do exterior ao piso inferior, onde se localiza a sala de ensaios, que poderá ser aproveitada para outros fins, nomeadamente pequenas conferências, formação, etc. Na zona posterior do edifício, localizam-se, por fim, as entradas eminentemente técnicas, para cargas/descargas e controlo de acessos do pessoal afecto à actividade diária do equipamento. Ainda sobre o exterior, torna-se indispensável referir o grande volume revestido a pedra natural, fixada por um sistema de grampos, seccionado pelo volume em vidro. Na fachada norte, será colocado um lettering com a insígnia “CAIXA DAS ARTES”. A partir da entrada principal, o espectador ou visitante encontra um amplo espaço público, que funciona com foyer/átrio e que envolve a sala de espectáculos. Trata-se também de um espaço multifuncional, de estar e de lazer, que, para além de um bar/cafetaria, possui também espaços para as mais diversas exposições de artes plásticas, fotografia, documentais, etc. Em forma de “U”, o espaço público que envolve a sala de espectáculos possui, nas suas zonas de rotação, escadarias para acesso aos diversos níveis do edifício. Numa das suas extremidades, situam-se as instalações sanitárias, destinadas a ambos os sexos e a pessoas com mobilidade reduzida. Aliás, todo o projecto foi desenvolvido tendo em consideração a possibilidade de acesso por parte de deficientes motores, a todos os espaços do edifício. Evidentemente que importante será referir e descrever o espaço destinado a auditório/sala de espectáculos com capacidade para 666 pessoas (podendo chegar à capacidade de 699 pessoas), e que comporta também as maiores especificações do ponto de vista técnico, nomeadamente no que diz respeito à acústica e arquitectura de cena. Com uma organização simples, desenvolve-se através de uma plateia e de um balcão (no caso do balcão, e atendendo à especificidade do espectáculo em cena, poderá não ser utilizado). Com diversos acessos a diferentes níveis, pode considerar-se que as entradas e saídas do público se processarão com enorme facilidade e segurança, sendo também interessante verificar a organização e disposição das cadeiras da forma mais favorável e de acordo com os níveis mais interessantes ao nível da visualização e ponto de vista do público.

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Está programada a existência de 12 lugares destinados a pessoas com mobilidade reduzida, desenhados de acordo com as especificações regulamentares e distribuídos por locais nobres do anfiteatro. Desenvolvida num conceito de bancada, a plateia ou anfiteatro rematará com a zona do palco e fosso de orquestra, local onde se localiza uma plataforma susceptível de ser elevada hidraulicamente e trancada ao nível desejado. É exactamente em função do nível desejado da plataforma que se poderá (ou não) aumentar a capacidade da sala em 33 lugares. Relativamente ao palco, de referir o enorme vão envidraçado que permite uma visualização e interacção entre a sala de espectáculos e a Pedreira das Penas e toda a sua organização que permite aos artistas a maior comodidade nas ligações internas aos camarins como também aos dispositivos de cargas e descargas de materiais. A caixa de palco, com uma altura aproximada de 18 metros, possui vários níveis e varandas técnicas, rematando com a zona da falsa teia a partir da qual se fixarão e manipularão vários equipamentos de apoio ao trabalho cénico. Quanto às comunicações verticais, recorda-se que o público poderá aceder aos diferentes níveis de anfiteatro pela zona circundante à sala e pelas escadas de acesso localizadas no foyer/átrio. Quanto aos técnicos e artistas, estes possuirão caixas de escadas e elevador/montacargas nos espaços contíguos ao palco. Numa sala projectada de raiz, de referir que existiram redobrados cuidados nas características que influenciam a acústica, adoptando soluções compatíveis com os níveis de qualidade pretendidos. No interior da sala, para além de uma cuidada escolha dos revestimentos, nomeadamente nos painéis acústicos das paredes e no sistema de tecto duplo, houve a preocupação de um desenho simples e cuidado, de modo a que o utilizador se sinta confortável (a este nível, de referir, nomeadamente, a escolha de um modelo de cadeira do tipo “poltrona”). O programa do edifício, é complementado com os restantes espaços anexos de apoio, nomeadamente os camarins e salas técnicas de apoio à actividade artística. No piso inferior, relacionando-se com o sub-palco e fosso de orquestra, prevêem-se mais espaços de camarins e de arrumos, bem como uma sala de ensaios/aquecimento. O programa do edifício contempla ainda, genericamente, a existência de salas de apoio administrativo, direcção e espaços para formação. Ao nível exterior prevê-se do mesmo modo, a existência de duas grandes áreas cénicas: uma ao nível do plano de água existente, através de estruturas apoiadas directamente sobre a água, e outra, relacionada com a cota da Rua, correspondente à grande praça exterior. Memória Descritiva Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua Página 15 de 17


LINGUAGEM ARQUITECTÓNICA A UTILIZAR SISTEMA CONSTRUTIVO Assumindo declaradamente um desenho actual (grandes planos envidraçados e revestimentos metálicos), estaremos também perante uma solução onde se utilizarão materiais convencionais, nomeadamente as pedras naturais. A solução procurará garantir uma enorme cumplicidade entre interior/exterior, através da sua organização, orientação e, evidentemente, vastas áreas transparentes ou envidraçadas. O edifício será construído de acordo com os parâmetros convencionais, utilizando o betão e o ferro na sua malha estrutural, e as paredes em tijolo vazado e rebocado ou em alternativa, os revestimentos referidos anteriormente. As paredes exteriores e a cobertura serão devidamente isoladas térmica e acusticamente. Procurar-se-á ainda a adopção de sistemas de climatização e refrigeração com recurso a energias renováveis e amigas do ambiente. ÁREAS BRUTAS DE CONSTRUÇÃO (Pólo 2) Área do terreno afecto ao edifício:

3.020,00 m²

Área do terreno afecto ás escolas:

2.835,00 m²

Área do terreno afecto à Pedreira:

11.621,00 m²

Área de Implantação:

1.895,00 m²

Edifício Piso -1:

1.331,00 m²

Piso 0:

1.895,00 m²

Piso int:

216,00 m²

Piso 1:

1.227,00 m²

Piso 2:

267,00 m²

Piso 3:

343,00 m²

Piso técn.:

73,00 m²

Área total de Construção:

5.352,00 m²

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CONCLUSÃO A multifuncionalidade do complexo Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua, permite-lhe valências, para as mais diversas artes performativas, que são difíceis de encontrar na generalidade das salas do país. Não se pode pois, dissociar, o interesse estratégico dos dois edifícos (Pólo 1 e Pólo 2) que criarão uma enorme aptência nos produtores culturais e nas escolas de formação de teatro e de música. Não esquecendo a determinação de minimizar o investimento, numa época de difícil conjuntura económica de Portugal e da Europa, e numa perspectiva de controlo rigoroso e minimização dos custos de exploração e manutenção, Santa Maria da Feira ficará a dispor de um equipamento de elevada qualidade, com uma especificidade única no país e marcante em toda esta vasta região da Grande Área Metropolitana do Porto. Esta é uma oportunidade única para que Santa Maria da Feira possua um complexo de cariz cultural criado de raíz e que contribua para a confirmação do muncípio como a “capital” do teatro e artes de rua no país. Hoje, como dantes, é importante que a arquitectura e as artes em geral, revelem e marquem a sua época, não apagando “memórias” nem as marcas da história e cultura antecedentes. O Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua, contemporâneo, moderno, versátil, substituirá o que já foi ultrapassado, respeitando contudo, a memória dos que, noutros tempos, já viveram a cultura e o território com alegria… Santa Maria da Feira, Fevereiro de 2011 O Arquitecto, Pedro Castro e Silva

EQUIPA TÉCNICA (Câmara Municipal de Santa Maria da Feira) Coordenação: Pedro Castro e Silva, arquitecto Colaboração/Participação: Nuno Pinheiro, arquitecto Ana Azevedo, arquitecta Ana Ozório, arquitecta paisagista Sónia Amaral, Urbanista José Luís Rodrigues, desenhador Diana Silva, arquitecta (estagiária)

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