25 flor da pele kelli ireland dancer

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– Qualquer coisa que custe menos de cinco pratas. Eu só tenho isso no momento. Justin teve uma ideia espontânea, e então, em vez de analisá-la, simplesmente entrou em ação. – Venha. Se a gente pegar o ônibus 12, vamos ter muito tempo. – Você veio de carro? – Aquele carro que usei no sábado era emprestado de um amigo. Eu ainda não tenho um. Tenho esperanças de que este quadro vá mudar na semana que vem. – Ele acelerou o passo, sem dar a ela a oportunidade de questioná-lo ainda mais. Suas pernas longas devoravam o chão e obrigavam Grace a praticamente correr para acompanhá-lo. Ela não vacilou, nem se queixou. Eles conseguiram pegar o ônibus, mas só porque correram. Todos os assentos estavam ocupados, então eles se agarraram aos puxadores do teto e seguraram com firmeza assim que o ônibus deu uma guinada para se juntar ao tráfego. Grace deu uma sacudida, e seus seios roçaram em Justin. Ele fechou os olhos por um segundo e conseguiu não gemer. Praticamente. – Desculpe – murmurou ela, afastando-se. O desejo de pôr a mão na curva delicada dos quadris dela e de puxá-la para si o dominou. Ele queria abraçá-la contra seu corpo, aninhá-la e aspirar seu cheiro, sentir o bumbum dela roçando de encontro a ele enquanto o ônibus sacudia nas ruas irregulares. Pigarreando, ele ofereceu-lhe um sorrisinho. – Sem problema. Ela corou e desviou o olhar. Ele enganchou um dedo sob o queixo dela e gentilmente a fez encará-lo. – É sério. Sem problema. – Você prometeu um almoço. Apenas um almoço. – A voz foi suave como veludo, mas com um tom implícito duro como aço. – E prometi mesmo. Mas não prometi que não ia reagir ao seu toque. – Então eu não vou tocar em você. – Pior para mim. – Ele deu um passo ínfimo para trás, ignorando os olhares curiosos das pessoas mais próximas. Grace contraiu as sobrancelhas quando olhou para ele. Ela abriu a boca para dizer alguma coisa, quando a voz pré-gravada veio do sistema de som, anunciando a próxima parada. – É a nossa. – Justin cedeu à tentação e colocou a mão no recuo da cintura de Grace, guiando-a para a frente. Ela se afastou um pouco. – Tenho certeza de que sou capaz de sair do ônibus sozinha, mas obrigada. – Só estou tentando ser cortês. – E não era uma bela mentira? Ele queria tocá-la de qualquer maneira que o momento permitisse, sem ligar se alguém poderia testemunhar o ato. Era um gesto inocente que lhe dava permissão para colocar as mãos nela. Ele se contentaria com isso. Por enquanto. – Obrigada. – Claramente desconcertada, ela desceu do ônibus e postou-se ao lado para esperar por ele. – Para onde? – Descendo o quarteirão. O restaurante fica naquela encruzilhada – disse ele, apontando. O pequeno restaurante azul e branco cromado ao estilo anos 1950 era um marco no Capitol District. Situado na Broad Street e aberto 24 horas por dia, estava sempre cheio. A clientela era diversificada, e ia desde políticos até garis. A comida era incrível e sempre fazia os clientes voltarem. Justin sabia disso. Sua mãe trabalhava lá, e ele tinha praticamente crescido no lugar.


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