Relatório Final do Projeto Integrado I

Page 1

Desenho Industrial Universidade Presbiteriana Mackenzie

Projeto I - Tripoda12 Desenvolvimento de dispositivo para carregar objetos

Disciplinas envolvidas ▪ Projeto do Produto I ▪ Sistemas Mecânicos e Estruturais I ▪ Computação Gráfica IV ▪ Design e Teoria IV ▪ Design e Tecnologia I ▪ Modelo Bidimensional I ▪ Modelo Físico I

Turma 4D3

Carla Paludo - 31154298 Guilherme Rocha - 31112511 Kin Murad - 31115926


Introdução Disciplinas envolvidas ▪ Projeto do Produto I – Ensina e orienta toda a metodologia do projeto, e seu desenvolvimento. Professor: Ivo Pons ▪ Design e Tecnologia I – Mostra os principais materiais e seus processos de produção. Ajuda a entender as características de cada material e escolher os mais adequados ao projeto. Professor: Milton Francisco ▪ Computação Gráfica IV – Ensina a criar o modelo 3D do produto. Importante também para entender as formas e volume das superfícies. Professora: Alessandra Stefani ▪ Modelo Bidimensional I – Ensina técnicas de ilustração manual para representar o produto final, de maneira rápida e simples. Professora: Henny Aguiar 2


▪ Modelo Físico I Ensina técnicas de modelagem em isopor e outros materiais, para criar um mockup do projeto. Muito importante para entender o volume da forma e como ele se comportará no espaço físico. Professor: Marco Antonio Cruz ▪ Sistemas Mecânicos e Estruturais I Ajuda a entender os sistemas do produto, a divisão de suas partes e as tipologias de união. Professor: Marcelo Oliveira ▪ Design e Teoria IV Ajuda a entender melhor sobre o público-alvo do projeto em questão, compreendendo seus anseios e necessidades, para que a chance de aceitação do produto final seja maior. Professora: Marília Malzoni

Participantes envolvidos Carla Paludo, Guilherme Rocha e Kin Murad

3


Resultado Esperado Com este trabalho, esperamos tornar o trajeto realizado na CPTM mais confortรกvel, focando na acessibilidade do usuรกrio que necessita transportar objetos, fazendo com que os mesmos nรฃo se danifiquem nem sejam roubados durante o percurso.

4


Tema Proposto Objetivo do projeto: Desenvolver um objeto para ser usado nas linhas de trem, com baixa complexidade, para ser usado em ambiente público, focando na mobilidade urbana, mais precisamente no trem. Através do nosso produto, pretendemos criar uma solução prática e sustentável para o problema de acessibilidade e conforto nas linhas da CPTM. Pretendemos acomodar os objetos transportados pelas pessoas de maneira segura e confortável, evitando que eles sejam danificados, extraviados ou furtados.

5


Atualmente as pessoas carregam seus objetos em produtos pouco resistentes, como sacolas de plástico e caixas de papelão, que podem facilmente furarem ou se romperem, trazendo um risco muito grande para os pertences, ainda mais se forem de material frágil. Existem no mercado modelos diversos de carrinhos móveis para carregar compras, materiais escolares, notebooks, etc. Nossa intenção é utilizar os conceitos, formas e utilidades dos modelos existentes para criar um produto melhorado e focado nos problemas levantados em campo.

6


Pretendemos utilizar a função móvel, dobrável e de proteger os objetos da chuva, e adicionar a função de poder ser utilizada em ambientes externos, assim como escadas, devido à roda tripla adicionada à base carrinho.

7


Modelos de carrinho existentes

8


Modelos de rodinhas existentes

9


Nosso objetivo é subdividir as tarefas de acordo com os pontos mais fortes de cada integrante. Quando precisarmos ir à campo pesquisar ou buscar referências, discutimos e decidimos juntos quem tem disponibilidade e características favoráveis ao tipo de dado que necessitamos recolher. Juntando os diversos pontos de vista que surgem de cada um de nós durante as pesquisas, os brainstorms e a própria execução do trabalho, vamos estudando as opções e dando forma ao nosso projeto, para que ele atenda as necessidades esperadas e, mais que isso, que nos faça sermos desafiados e darmos o melhor de nós a cada etapa.

10


Planejamento de Projeto 19/09

Desenvolvimento de idéias através de thumbnails e outras representações preliminares

18/09 Kin 18/09 18/09 18/09

Pesquisa de imagens para definição de forma, cor, textura. Análise da pesquisa. Registrar o problema fotografando. Desenhos a partir do resultado da análise.

26/09

Seleção dos thumbnails e outras representações preliminares (Avaliação sketchbook)

19/09

A seleção será feita pelos três integrantes do grupo. Selecionaremos os thumbnails que mais representam a proposta do nosso projeto.

03/10

Clínica 01 Entrega resultado preliminar do projeto

10/10

Clínica 02 Entrega do resultado intermediário do projeto

24/10

Clínica 03 Entrega do resultado final do projeto

21/11

Relatório final do projeto

15/11

Novamente os três integrantes executarão a etapa, subdividindo as tarefas.

28/11

Desenvolvimento das pranchas e do modelo de representação

20/11 22/11 24/11

Pesquisa imagética para as pranchas. Desenhos para o modelo de representação. Produção do modelo de representação.

Carla Kin Guilherme Guilherme

Todos

Todos

Carla Guilherme Kin 11


Metodologia do Projeto O método utilizado para o projeto foi retirado do livro Das Coisas Nascem Coisas, de Bruno Munari. Sendo assim, o início do projeto se deu na escolha de um problema que após ser definido a partir de pesquisas na internet e de campo, deve ser ramificado em diversos componentes. A partir do momento em que se tem uma boa definição para o problema, o próximo passo é a coleta de dados, que serve para verificar se aquele problema realmente existe. Ao analisar os dados coletados, o designer pode descobrir como as pessoas lidavam com esse problema antes, se já existe alguma solução ou até mesmo onde encontrar uma solução. Ao invés de começar o projeto já com uma ideia, a criatividade só entra em jogo agora. Dessa forma, ela se mantém nos limites impostos pela análise dos dados colhidos. A pesquisa de materiais e tecnologias pode até ser feita junto com a coleta de dados, mas só após a aplicação da criatividade que se efetivam escolhas definitivas. Assim, não existe o risco de ter que voltar para etapas anteriores do método, evitando o desperdício do dinheiro investido. A fase de experimentação vem antes do modelo final do projeto, no sentido de permitir testes de materiais, tecnologias e métodos para melhor atingir os objetivos. 12


Depois de todas as fases anteriores, agora podemos afirmar que as hipóteses de erros estão bem mais reduzidas. Podemos estabelecer as relações entre os dados recolhidos, agrupar os componentes do problema e efetivar a construção de esboços para a elaboração do modelo que pretendemos aplicar como solução efetiva ao nosso problema inicial. A verificação de um projeto se torna importante pela necessidade de eficiência de um material desenvolvido antes da efetiva aplicação. É nessa fase que se observam as falhas, caso existam, e que se encontram e decidem as possibilidades de modelos a serem trabalhados. Além disso, é na verificação que se apresenta o modelo a um determinado número de possíveis usuários para receber o feedback. Agora, é feito um desenho final, que nada mais é do que uma síntese dos dados levantados ao de todo o processo e suas fases distintas, chegando finalmente à solução do problema.

13


Problematização ▪ DIFICULDADE DE ACESSO À CICLOVIA NAS ESTAÇÕES FAZ COM QUE CICLISTAS TENHAM QUE SUBIR ESCADAS CARREGANDO SUAS BICICLETAS ▪ FALTA DE BARREIRAS DE PROTEÇÃO NAS ESTAÇÕES FAZ COM QUE AS PESSOAS FIQUEM VULNERÁVEIS À ACIDENTES ▪ AS CONDIÇÕES QUE AS PESSOAS TRANSPORTAM SEUS OBJETOS DURANTE O PERCURSO DE TREM FAZ COM QUE ELES FIQUEM VULNERÁVEIS, ALÉM DO MAIS, ALGUMAS ESTAÇÕES NÃO OFERECEM NENHUM TIPO DE RAMPA PARA FACILITAR ESTE ACESSO

14


Definição do Problema Produtos que são carregados pelas pessoas no trajeto da CPTM, quando não transportados corretamente, podem ser danificados, perdidos ou até mesmo roubados. Além do mais, se forem pesados tornam o trajeto ainda mais desconfortável, principalmente se a estação não oferecer rampas de acesso.

15


Produto a ser analisado

16


17


Personas Após definirmos que nosso problema são as condições precárias com que as pessoas transportam seus objetos nas estações e no trem, achar as personas se tornou uma tarefa mais fácil. A análise da coleta de dados, nas linhas Ruby e Esmeralda da CPTM, denuncia essas condições e mostra a dificuldade de se carregar objetos grandes, pesados ou frágeis sem danificá-los. Partindo desse ponto de vista, procuramos pessoas que carregam objetos com essas características:

▪ Pessoas que moram fora de São Paulo, mas vem para cidade comprar produtos em grande quantidade, que podem ser pesados ou frágeis. ▪ Estudantes e profissionais que carregam objetos como: livros, trabalhos e ferramentas.

▪ Pessoas que precisam percorrer grandes distâncias carregando peso ▪ Profissionais liberais que possuem ferramentas de trabalho pesadas 18






Seleção de Dados

23


24


25


26


27


28


29


30


31


32


33


34


35


36


37


Briefing Projeto I Projeto integrado à CPTM Problema – Dificuldade e desconforto ao transportar objetos grandes, pesados ou frágeis no trem. Objetivo - criar uma solução de baixa complexidade para ser usada em ambiente público - tornar a vida dos usuários de trem mais fácil - criar um objeto de fácil uso - ser economicamente acessível - acomodar os objetos de maneira segura - buscar meios sustentáveis Referencias - carrinhos de supermercado e feira - mochilas escolares de rodinha - carrinho regulável para notebooks - carrinhos portáteis dobráveis - empilhadeiras de rodinha - roda tripla para subir e descer escadas

38


Vídeo Referência

39


Novos Painéis Semânticos

Os painéis foram melhorados,corrigidos e especificados, antes de dar continuidade ao projeto.













Criação Ideation e thumbnails. •

Os primeiros ideations foram feitos pensando em possiveis sistemas para o carrinho. Primeiramente foi pensado em tipos de rodas, sistemas de dobra, suporte para sacolas. Alguns estudos de forma também começaram a ser feitos.

















Clínica 1


Clínica 1 • • •

Objetivo: opções de sistemas e rodas. Opções de rodas: tripas, simples, esteiras Sistemas: - expansão para cima, e para frente. - cabides para sacolas em várias posições - carrinhos inteiros ou dobráveis.

Foi decidido que o carrinho expandiria para cima, teria roda tripla, suporte para sacola e um puxador central.


Observações: •

Durante o processo de criação, foi decidido remover a persona Rosangela, por seu perfil ser muito diferente dos outros. Assim, o modelo poderia ser mais focado no público certo.

Decidimos também que a largura do carrinho teria medida máxima de 45 cm, largura ideal para passar na catraca da estação.


Clínica 2


Clínica 2 •

Objetivo: explorar formas, dentro dos padrões estabelecidos na clínica 1.

Sistemas, ainda havia duvida quanto a expansão ser por um tecido (ou rígido ou sanfonado.

Foi dado preferência à um carrinho mais simples, com saco feito de tecido.


Sistema de módulos •

Entre a clínica 2 e a 3, surgiu a idéia de um carrinho em módulos, que seriam encaixados uns sobre os outros, podendo assim assumir vários tamanhos.


Clínica 3


Clínica 3 •

Na clínica 3, exploramos novas formas, com sistema de módulos, sacos, e a mistura dos dois.

Foi decidido que um carrinho mais simples, com um saco dobrável seria a melhor opção.


Design Final •

• •

Para o desenho final do carrinho, após o estudo de todas as clínicas, finalmente foi decidida sua forma e sistema. Seu sistema seria um saco de tecido, que se achataria para ser guardado, na forma de uma mochila com alças Rodas triplas para subir escadas, e um puxador central. A altura do carrinho será regulável O carrinho, quando vazio, será transportado pelo usuário em forma de mochila.


Design Final


Pré Modelo Para estudo de volume, foi construído um pré modelo, em escala real, de papelão. Este modelo ajudou a definir as dimensões do carrinho, assim como a forma de sua base.


Design Final • Barra de Alumínio na parte traseira. Serve de estrutura, tem comprimento regulável e dobra para dentro, para se acomodar no interior da mochila. • Saco de Soft Naoron, acomoda os objetos dentro, é resistente e ecológico e pode ser dobrado. • Tampa e base de plástico PP rígido. Resistente e leve ao mesmo tempo, para ser carregado nas costas. • Parte superior almofadada com tecido Aero Spacer 3D, para se acomodar nas costas quando fechado. • Alças da mochila são reguláveis para atender a um maior número de usuários. • Fechamento da mochila por zíper.

Medidas: 35 cm de largura

45 cm de comprimento 115 cm de altura


Soft Naoron •

Material ideal para ser utilizado no saco do carrinho. Suas características são:

É um tipo de papel de origem Japonesa, desenvolvido com papel washi-suki, polpas de madeira e poliolefinas (um tipo de polímero). É macio, flexível, resistente à água e ecológico.

Aguenta peso e não rasga com facilidade.

Não emite nenhum componente tóxico ou nocivo quando queimado

80


Aero Spacer 3D Desenvolvido pela indústria de tênis esportivos, este tecido possui uma estrutura de canais internos semirrígidos que permitem a circulação do ar. É usado nas partes que ficam em contato com o corpo e, portanto, que necessitam de ventilação, como alças e costas de mochilas. ●

81


Funcionamento do sistema


83



85


Conclusão O P.I. foi de grande importância no aprendizado de metodologia de projeto, pesquisa de materiais e desenvolvimento de produto. Percebemos as dificuldades de especificar o funcionamento de um produto, e projetar pensando em seus sistemas de modo simples e funcional. Outro aspecto notado no projeto foi a necessidade de conceituar o produto a fim de resolver um problema. A pesquisa de problematização é fundamental para criar algo inovador, tendo em foco o bem social e o meio ambiente.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.