Fasciculo4 minquartia guianensis

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Acariquara-roxa Minquartia guianensis Aubl.

Olacaceae

MANUAL DE SEMENTES DA AMAZÔNIA ANO 2004 FASCÍCULO 4


Minquartia guianensis Aubl. Camargo, J. L. C. & Ferraz, I. D. K.

NOMES VULGARES Acariquara-roxa, acariquara, acari, arariúba, acapú, acaximba (Brasil); caricuara-negra (Bolívia); arataweri (Caribe); cuajadanegra, manú-negro, palo-de-piedra (Costa Rica); puente-candado, guayacán-negro, minche (Colômbia); guayacán, pechiche (Equador); negrowanania (Guiana); maka; bagui-bagui, bois-deminquar, paicoussa-rouge (Guiana Francesa); criollo, black manwood (Panamá); plátano, manú (Nicarágua); huacapú (Peru); mincoa (Suriname); arekuma (Venezuela); mekwa (em criolo); yuwartu (em macuxi). ESPÉCIES RELACIONADAS Após a revisão de Sleumer (1984) foi reconhecida apenas uma espécie no gênero Minquartia. As espécies listadas a seguir são consideradas sinonímias botânicas: Minquartia macrophylla Ducke; Minquartia parvifolia A.C. Smith; Minquartia punctata (Radlk.) Sleumer; Eganthus poeppigii V. Teigh; Endusa punctata Radlk. e Secretania loranthaceae M.Arq. O gênero Minquartia Aubl. assemelha-se seus principais caracteres morfológicos com o gênero Ochanostachys Masters in Hook f., que ocorre no Sudeste Asiático e o gênero Coula Baill., que ocorre na África. Os três gêneros: Minquartia, Ochanostachys e Coula constituem a tribo Couleae da família Olacaceae (Sleumer 1984). DESCRIÇÃO BOTÂNICA As descrições do fruto, pirênio, plântula e do processo de germinação foram baseadas em Flores (2002) e Ferraz et al. (2004). As descrições das outras partes foram baseadas em Sleumer (1984); van Roosmalen (1995); Ribeiro et al. (1999) e Flores (2002). Árvore de grande a médio porte. O tronco da acariquara-roxa é reto e acanalado; na Amazônia Central, árvores acima de 7 cm de DAP começam a apresentar reentrâncias no tronco e árvores maiores são totalmente fenestradas, com perfurações que podem atravessar toda a extensão transversal do tronco. Porém, em grande parte da área de ocorrência da espécie há árvores com sapopemas e troncos não fenestrados. Os galhos mais grossos são glabros e angulosos e os galhos finos são de cor acinzentada ou ferrugínea, com certa pilosidade (pelos ramificados) e corte transversal circular. A casca é de coloração marrom-acinzentada, com fissuras verticais retas, pequenas placas oblongas e pode apresentar látex, mas não tão abundante como em espécies da família Sapotaceae. A copa, em geral, tem um formato cônico. Folha alterna e simples com margem inteira, de forma oblonga a elíptica, algumas vezes lanceolada. O ápice é abrupto, curto e acuminado. A base é obtusa a arrendondada-truncada. A textura é cartácea a coriácea. A cor da face adaxial é verde escura e da abaxial verde mais clara e algumas vezes esbranquiçada. O comprimento da folha varia de 10-16 cm e a largura de 4-6 cm. Nervuras laterais ocorrem em 10-14 pares, linearmente ascendentes e sub-paralelas entre si, perfazendo curvas antes de chegar à margem. As nervuras são sub-impressas na face adaxial e proeminentes na face abaxial. O pecíolo acanalado mede de 2-3 cm. Inflorescência espiga solitária e simples, com 2 a 9 cm de comprimento. Forma-se nas axilas foliares das partes terminais dos galhos mais finos. O pedúnculo é curto e a raque é espessa e possui pubescência ferrugínea.

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Manual de Sementes da Amazônia 2004 (Fascículo 4) Minquartia guianensis Aubl.

Olacaceae Flor tem cor creme e é perfumada. O cálice em formato de copo tem 1,5-2 mm de diâmetro e normalmente de 5-6 pétalas. Grupos de 2 a 5 flores são distribuídos irregularmente na raque. Fruto do tipo drupa monospérmica, com uma coloração conforme o estádio de maturação: inicialmente verde-escuro, em seguida verdeclaro, amarelo e finalmente roxo-escuro (quase preto). O formato é elíptico ou ovalado, com base e ápice arredondados. O exocarpo é fino, membranoso, a superfície é de textura lisa, glabra e brilhosa. O fruto quando imaturo tem látex abundante e gosto adstringente; quando maduro, o mesocarpo carnoso amolece, adquire a cor amarela e um gosto açucarado. O pedúnculo é curto (< 0,5 cm), às vezes com cálice persistente e penta-lobado. Poucos frutos se desenvolvem por inflorescência. Semente apesar de ser chamada comumente de semente, a unidade de dispersão (diásporo) é botanicamente um pirênio com formato elipsóide, raramente ovóide. A base é arredondada com uma cicatriz circular do pedúnculo e o ápice é acuminado pela junção de três a cinco carpelos. O endocarpo mede < 1 mm de espessura, é de coloração marrom-claro e possui uma superfície glabra, verrugosa, com consistência lenhosa. Retirando-se o endocarpo, surge a semente no sentido botânico, com testa fina de cor marrom-claro, com pontuações esbranquiçadas. O endosperma é de cor cremeamarelado, ruminado, com consistência maciça, dura, contendo um embrião apical e reto muito pequeno (1-2 mm), inicialmente de cor creme. Ao se desenvolver dentro da semente, o embrião aumenta o seu tamanho até 10 vezes antes da protrusão da raiz e nesta fase, o hipocótilo violáceo é facilmente distinto dos cotilédones amarelados. A

1 cm

B

C

(A)Frutos em diferentes estádios de maturação; (B) pirênios com endocarpo verrugoso; (C) sementes com tegumento parcialmente retirado, visualizando o endosperma ruminante de cor amarelo claro. (Fotos: I. Ferraz e J. Camargo)


DISTRIBUIÇÃO, ABUNDÂNCIA E ECOLOGIA A ocorrência geográfica de Minquartia guianensis Aubl. está associada com as florestas neotropicais. A espécie se distribui das terras baixas a 1000 m de altitude, em solos arenosos ou argilosos (Sleumer 1984), em regiões com precipitações anuais que variam de 2500 a 6500 mm e temperaturas de 22 0C a 35 0C (Salazar 1999;

BIOMETRIA FRUTO Comprimento:

A

B

C

1,7-2,1 cm ; 2,0-3,0 cm ; 2,0-2,5 cm E

F

3,0-4,5 cm ; 2,3 (1,7-2,9) cm C

E

F

A

B

F

Largura:

1,1-1,5 cm ; 2,0-2,8 cm ; 1,4 (1,1-1,8) cm

Espessura:

1,0-1,3 cm ; 1,5-2,0 cm ; 1,4 (1,1-1,8) cm

Peso:

0,6-1,8 g ; 5,0-5,3 g ; 3,5 (2,7-4,6) g

No de sementes/fruto:

A

E

F

F

1

SEMENTE (pirênio) C

F

C

F

Comprimento:

1,5-2,0 cm ; 2,2 (1,6-2,8) cm

Largura:

0,8-0,9 cm ; 1,1 (0,7-1,7) cm

Espessura:

1,1 (0,7-1,6) cm

Peso:

1,9 g ; 4,2-4,5g ; 1,5 (1,2-2,0) g

Nº de sementes/kg:

220-240 ; 560-800

Teor de água:

48% ; 34,9-41,6%

Reserva principal:

endosperma

F

D

E

F

E

E

G

G

(A) Ledoux & lobato 1976; (B) Sleumer 1984; (C) van Roosmalen 1985; (D) Arosteguí-Vargas & DíazPortocarrero 1992; (E) Flores 2002; (F) Ferraz et al. 2004; (G) Ferraz et al. dados não publicados. Teor de água baseado em porcentagem da massa fresca.

gema apical

folhas simples com disposição alternaespiraladas epicótilo primeiro par de folhas opostas hipocótilo

3 cm

Plântula com germinação epígea e criptocotiledonar. A raiz principal é marrom-claro e espessa. O hipocótilo alonga-se durante o desenvolvimento, alcançando cerca de 12 cm de comprimento, é de cor roxo-escuro (quase preto) e glabro. Devido à transferência de reservas do endosperma da semente, o hipocótilo se torna espesso na base. Sua superfície é rugosa a ligeiramente áspera. Os cotilédones permanecem no pirênio (criptocotilédones), ficando visíveis apenas os seus pecíolos. O epicótilo é curto, piloso e densamente ferrugíneo, de coloração verde. Os internós variam de 0,5-2 cm de comprimento. O primeiro par de folhas é simples, oposto, de forma variada que pode ser elíptica, ovada, obovada ou orbicular e textura coriácea. A cor na face adaxial é verde-escuro e na face abaxial é verde-esbranquiçado e com venação ferrugínea. A lâmina é lisa e glabra com base simétrica, curto-atenuada e ápice caudado. A margem é inteira e revoluta na base. A venação é pinada. A nervura central é saliente na face abaxial e quase plana na face adaxial. A venação secundária é broquidódroma no ápice e eucampdódroma na base, saliente na superfície abaxial e plana ou impressa na face adaxial. As nervuras terciárias são percurrentes e oblíquas; as quaternárias são areoladas. Há pontuações pretas nas aréolas da venação quaternária, visíveis em ambas as faces da lâmina foliar, sendo ainda mais visíveis em folhas novas ou contra a luz. O pecíolo é curto (0,5-2,5 cm), acanalado, liso, ferrugíneo, verde, retorcido; com pulvinos no ápice e na base, ambos são rugosos, glabros a ferrugíneos. O pulvino apical é mais desenvolvido e o basal algumas vezes é pouco diferenciado do pecíolo. As próximas folhas são simples, alternas, coreáceas, porém membranáceas quando novas. As demais características são similares ao primeiro par de folhas, exceto a forma elíptica e o tamanho maior. A gema apical é tipicamente curvada e densamente ferrugínea, característica de fácil reconhecimento no campo.

Excicata de plântula com cerca de 18 meses (plântula cultivada em viveiro). (Foto: I. Ferraz)

Flores 2002). Ocorre na América Central: Nicarágua, Costa Rica e Panamá, em algumas ilhas do Caribe e no norte da América do Sul: nas Guianas, Suriname, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Bolívia e Brasil (Sleumer 1984; Hiepko 1993; Flores 2002). No Brasil, a espécie é encontrada nos estados do Acre, Amazonas, Roraima, oeste do Pará e Amapá (Ledoux & Lobato 1976; Lorenzi 1998). Ocorre em florestas maduras ou secundárias tanto de terra firme, . como nas florestas periodicamente inundadas. Na Amazônia Central, a árvore de acariquara-roxa ocupa geralmente o sub-dossel das florestas maduras de terra firme, podendo alcançar até 30 m de altura e um diâmetro a altura do peito (DAP) máximo de 85 cm, mas comumente encontram-se árvores de 10 a 20 m de altura (Camargo 2004). Em La Selva, Costa Rica, a espécie é considerada de dossel com DAP máximo registrado de 82 cm (Clark & Clark 1992; 1999). Contudo, Flores (2002) relata para a zona de Corcovado, Costa Rica, árvores maiores do que 70 m de altura e DAP de 180 cm. O estabelecimento e a sobrevivência de acariquara-roxa está associado a locais sombreados da floresta tropical madura (Clark & Clark 1992, 1999, 2001). A espécie é comum e pode ser extremamente abundante; a densidade média de árvores > 10 cm de DAP ao norte de Manaus varia de 3,8 árvores (Higuchi, comunicação pessoal) a 8 árvores por ha, levando-a a ser incluída na lista das 20 espécies mais comuns nesta região (Camargo 2004). Alguns autores, sem citar números, registram uma densidade média de acariquara-roxa no Amapá (Cooper in Ledoux & Lobato 1976) e sem citar a localização geográfica, Jankowsky (1990) afirma que podem ser encontradas de 13 a 19 árvores por ha no Brasil, correspondendo a um volume médio de 1,3 m3/ha de madeira. No Peru, a densidade varia de 1 a 4 árvores por ha em florestas maduras (Nebel 2001) e no Panamá a espécie é esparsamente distribuída (Cooper in Ledoux & . Lobato 1976). Árvores de acariquara-roxa parecem ter um padrão de distribuição espacial levemente agrupado ou disperso. Na Guiana Francesa, Julliot (1997) registrou o estabelecimento de plântulas associado com latrinas de macacos Alouatta seniculus, favorecendo uma distribuição agrupada das plântulas. Porém, um levantamento Camargo & Ferraz

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ABCD

Classificação baseada no armazenamento

recalcitrantes

Tolerância ao dessecamento

não toleram secagem; um teor C de água < 27% é letal

Teor de água dos pirênios recém beneficiados

48%

Teor de água das sementes recém beneficiadas

41,0%

Teor de água recomendado para o armazenamento

o teor de água das sementes deve C ser mantido > 40%

Tolerância à refrigeração das sementes embebidas

não toleram refrigeração < 10 ºC

Melhores condições para o armazenamento (segundo os resultados disponíveis)

manter as sementes com teor de água em torno de 53% (45-61%) a 15 ºC, em sacos plásticos finos e perfurados (com agulha), com D vermiculita úmida

Melhor resultado alcançado (tempo / % de germinação)

9 meses/69%

B

C

D

; 48% ; 40% ; 39,2% D

D

D

(A) Salazar 1998; (B) Flores 2002; (C) Galati et al. 2002; (D) dados não publicados Teor de água da semente baseado em porcentagem da massa fresca.

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Manual de Sementes da Amazônia 2004 (Fascículo 4) Minquartia guianensis Aubl.

FENOLOGIA

JAN

SET

ABR AGO

O

MAR

CAÇÃ

OUT

FLORAÇ

ÃO

FEV

IFI

DEZ NOV

JUL

QUED

UT

MAI JUN

A DE SEMEN

TES

Fenofases observadas na região de Manaus - AM.

COLETA E EXTRAÇÃO DAS SEMENTES Uma árvore pode produzir cerca de 4 kg (Arosteguí-Vargas & DiazPortocarrero 1992) a 6 kg de sementes (Salazar 1999). O ideal é coletar os frutos ainda na árvore, porém bons resultados de germinação também foram encontrados com frutos maduros coletados no chão da floresta. Frutos e pirênios devem ser guardados por um período curto em sacos plásticos para o transporte. O despolpamento deve ser feito logo após a colheita e é facilitado pela maceração dos frutos em peneira e lavagem em água corrente; recomenda-se o uso de luvas. Frutos com a polpa ainda dura podem ser guardados por mais tempo em sacos plásticos até o amolecer a polpa, o quê facilitará o beneficiamento (Lorenzi 1998).

ARMAZENAMENTO DAS SEMENTES

A

FENOLOGIA Na região de Manaus, observa-se uma frutificação supra-anual com baixa produção. Anos de maior produção podem ocorrer em intervalos de até dez anos. As inflorescências começam a surgir no início do ano, mas o desenvolvimento da espiga pode ser lento. A floração inicia-se em março e pode se estender até julho, frutos verdes se desenvolvem rapidamente e podem ser observados a partir de abril. A partir de junho, podem ser encontrados frutos maduros e a frutificação estende-se até agosto ou setembro. Portanto, na região de Manaus, a dispersão dos propágulos ocorre no período mais seco do ano. O mesmo padrão fenológico foi observado no estado do Pará (Ledoux & Lobato 1976). No Peru, floração e frutificação podem ocorrer em períodos similares ao Brasil (Arosteguí-Vargas & DiazPortocarrero 1992), mas também foi registrada a floração iniciando em setembro e a frutificação se estendendo até dezembro (Nebel 2001). Na Costa Rica a floração inicia-se em outubro e pode se estender até fevereiro e a frutificação se estende até abril (Salazar 1999; Flores 2002).

FR

demográfico de plântulas > 40 cm de altura em floresta contínua e fragmentos florestais ao norte de Manaus, revelou uma distribuição homogênea e, além disso, o padrão da distribuição das plântulas não dependia diretamente do padrão de distribuição das árvores adultas (Camargo & Ferraz 2001). Este estudo também revelou que a densidade das plântulas de acariquara-roxa foi 2,5 vezes maior em florestas contínuas do que em florestas fragmentadas e mostrou que a fragmentação florestal afeta direta ou indiretamente o estabelecimento e/ou a sobrevivência das plântulas desta espécie. A polinização de Minquartia guianensis é feita por besouros, abelhas e algumas vezes pássaros (Flores 2002). A dispersão dos propágulos é zoocórica. Os frutos são muito procurados por aves de porte médio a grande. Porém, uma relação de aves que se alimentam dos frutos não é conhecida. Observações de campo indicam que aves parecem ser dispersoras eficientes, pois regurgitam os pirênios intactos e sem resquícios da polpa longe das árvores que os produziram. Este “beneficiamento natural” parece primordial para o sucesso germinativo desta espécie (Camargo 2004). Morcegos são atraídos pelos frutos maduros que exalam um odor forte de ácido butírico ao iniciar o processo de fermentação da polpa (Flores 2002). Macacos também foram observados como dispersores; pirênios intactos foram encontrados nas fezes de macaco-aranha (Ateles sp.) e guariba (Alouatta sp.) (van Roosmalen 1985; Julliot 1997). A predação de frutos de acariquara-roxa é alta e pode ocorrer antes da dispersão natural. Frutos verdes mastigados foram encontrados no chão da floresta após a passagem de bandos de macacos-prego (Cebus apella) e cuxius (Chiropotes satanas). Após a dispersão, frutos e sementes no solo da floresta foram predados por cotias, cotiaras, veados, ratos, etc. (Camargo 2004). Na Costa Rica, de sete espécies de árvores, incluindo acariquara-roxa, a remoção de sementes por mamíferos terrestres reduziu-se pela metade quando havia caça na floresta (Guariguata et al. 2000). Infestação das sementes de acariquara-roxa pelo coleóptero Lophopoeum circunflexum (Cerambycidae) foi observada. A herbivoria de plântulas em ambiente natural por vertebrados ou invertebrados pode ser intensa, dificultando o estabelecimento. Em geral, plântulas danificadas intensamente não resistem, mas Minquartia guianensis Aubl. apresenta uma capacidade incomum de rebrotar no hipocótilo (Camargo 2004).

ARMAZENAMENTO DAS SEMENTES Sementes de Minquartia guianensis são recalcitrantes (Salazar 1999; Galati et al. 2002) pois não toleram dessecamento e devem ser armazenadas com um alto teor de água. Recomenda-se acondicionar os pirênios beneficiados com vermiculita levemente úmida, em sacos plásticos com pequenos furos, para permitir as trocas gasosas e em câmara fria a 15 0C. Nestas condições, o processo de germinação é retardado e a protrusão da raiz ocorre somente a partir de nove meses. Em um período maior, as sementes iniciam o processo de germinação ainda dentro dos sacos plásticos, o que resulta em plântulas retorcidas. Sementes armazenadas a 10 0C perdem a viabili-dade em menos de um mês, enquanto que sementes armazenadas a 20 0C iniciam o processo de germinação após três meses.


GERMINAÇÃO A germinação é do tipo epígea, criptocotiledonar. As sementes possuem uma dormência dupla. O endocarpo oferece uma resistência mecânica à protrusão da raiz (dormência mecânica) e no momento da dispersão, o embrião ainda é imaturo (dormência morfológica). A retirada do endocarpo acelera o processo germinativo e diminui pela metade o tempo médio de germinação, porém a semente fica exposta e vulnerável ao ataque de microorganismos que reduzem substancialmente a germinação final (Galati et al. 2002). Além disso um leve dessecamento aumenta a susceptibilidade das sementes sem endocarpo aos microorganismos. Portanto, a retirada do endocarpo não é recomendada. Sementes armazenadas a 15 ºC superam lentamente a dormência morfológica, portanto apresentam maior velocidade de germinação após alguns meses de armazenamento. Flores (2002) sugere que pirênios recém beneficiados devem ser embebidos por 24 horas em água para . aumentar a taxa de germinação. Normalmente, a protrusão da raiz primária inicia-se após dois a três meses, e pode se estender até oito meses. A emissão da raiz primária ocorre entre as fissuras carpelares presentes no ápice do pirênio. O desenvolvimento da plântula é caracterizado por três fases distintas:“fase-de-gancho”,“fase-de-haste” e “fase-bi-foliar”. Cada uma destas fases dura algumas semanas, tornando o desenvolvimento muito lento. No início da germinação e na “fasede-gancho”, o hipocótilo e a raiz engrossam devido à transferência da reserva do endosperma. Os pecíolos cotiledonares são visíveis e, ao se desprenderem, o hipocótilo lentamente torna-se ereto, iniciando a “fase-de-haste”. Em seguida, o epicótilo alonga-se e o primeiro par de folhas se expande, é a “fase-bi-foliar”. O contraste da cor roxa-escuro do hipocótilo com a cor verde-claro do epicótilo é uma característica marcante para a identificação da espécie (Ferraz . et al. 2004). Em condições controladas, a temperatura ótima para a protrusão da raiz e a formação da plântula foi 30 ºC (Souza et al. 2003). Considera-se como “plântula normal”, o início da “fase-bi-foliar”, quando é possível ver o primeiro par de folhas em expansão e a gema apical.

tegumento

A

embrião

endosperma

B

C

hipocótilo

raiz

cotilédone D

pecíolo cotiledonar

1 cm

1 cm

Morfologia interna da semente ao longo da pós-maturação e germinação. (A) semente recém dispersa e embrião com 1-2 mm. (B) cerca de 1 mês após dispersão; embrião com cerca de 5 mm de comprimento e hipocótilo avermelhado. (C) cerca de 2 meses após a dispersão inicia-se a protrusão da raiz primária; embrião com cerca de 16 mm de comprimento e o hipocótilo torna-se roxo. (D) semente após desprendimento da plântula, os dois (Fotos: I. Ferraz) cotilédones apresentam cor avermelhada.

TESTES DE GERMINAÇÃO Local do estudo

Substrato

Condição das sementes

Critério de germinação

Germinação final

Tempo de germinação (dias) Inicial Médio Final

Tempo para germinação de 50% das sementes germináveis (dias)

viveiro

areia coberta com vermiculita

recém dispersas com endocarpo

emergência

76 (60-88) %

73 (68-83)

101 (95-105)

143 (113-203)

100 (97-108)

viveiro

areia coberta com vermiculita

recém dispersas sem endocarpo

emergência

57 (36-84) %

37 (30-40)

47 (36-54)

71 (54-97)

41 (33-47)

viveiro

areia coberta com vermiculita

armazenadas por 9 meses a 15 ºC com endocarpo

emergência

69 (60-85) %

15 (9-26)

28 (19-39)

65 (33-106)

24 (14-30)

viveiro

areia coberta com vermiculita

recém dispersas com endocarpo

plântula normal

75 (60-84) %

101 (97-107)

133 (127-139) 176 (155-203)

132 (119-137)

viveiro

areia coberta com vermiculita

recém dispersas sem endocarpo

plântula normal

56 (36-84) %

60 (54-62)

75 (72-78)

110 (82-136)

68 (61-75)

viveiro

areia coberta com vermiculita

armazenadas por 9 meses a 15 ºC com endocarpo

plântula normal

69 (60-85) %

41 (35-49)

57 (53-63)

76 (68-86)

55 (51-61)

germinador 30 ºC

vermiculita

recém dispersas com endocarpo

raíz primária (2mm)

84 (75-95) %

62 (61-63)

80 (70-88)

121 (101-169)

74 (65-79)

germinador 30 ºC

vermiculita

recém dispersas com endocarpo

plântula normal

82 (65-95) %

96 (74-103)

150 (141-161) 249 (236-270)

132 (114-162)

Tabela baseada em dados não publicados

Camargo Camargo & Ferraz & Ferraz

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PRÁTICAS DE VIVEIRO E PLANTIO A produção de mudas de acariquara-roxa deve ser feita por semeadura em sementeiras ou diretamente em sacos plásticos. Até o momento, não se conhece um método de propagação por estaquia que tenha sido eficiente (Paiva & Barbosa 2003). Na sementeira, resultados satisfatórios foram alcançados com os pirênios colocados acima de uma camada de areia de cerca de 10 cm e cobertos com uma camada de 2 a 3 cm de vermiculita. A semeadura deve ser feita em um substrato de areia e terra preta na proporção de 2:1 e em um espaçamento de 5 x 5 cm (380 sementes por m2) (Salazar 1999; Arosteguí-Vargas e Diaz-Portocarrero 1992). Após o surgimento do primeiro par de folhas, as mudas podem ser transferidas para saquinhos individuais. Em sacos plásticos, o substrato deve conter mais nutrientes, por exemplo, uma mistura contendo argila, areia e . material orgânico em proporção 3:1:1. As mudas devem ser protegidas da luz direta, recomenda-se um sombreamento de 50 a 75% (Arosteguí-Vargas & Diaz-Portocarrero 1992). O tempo de residência em viveiro pode chegar a um ano (Salazar 1999). Quando possível, a permanência deve ser estendida para as mudas alcançarem um maior incremento em altura antes do plantio definitivo. O transporte das mudas deve ser feito nos sacos plásticos, pois a exposição das raízes pode aumentar a taxa de mortalidade (Arosteguí-Vargas & Diaz-Portocarrero 1992). . Em um plantio a céu aberto na Costa Rica, apenas 25% das mudas sobreviveram (Butterfield 1995) e apresentaram um crescimento ainda menor do que no sub-bosque da floresta madura (Lieberman et al. 1985; Clark & Clark 2001; Camargo 2004). A taxa de mortalidade de acariquara-roxa também foi alta em clareiras (Brandão & Vieira 2003); mas mesmo assim, o crescimento depende naturalmente da intensidade de luz que a plântula recebe (Vieira 1996). Portanto, deve-se dar preferência para plantar as mudas em locais que recebam luz indireta, como ambientes de sub-bosque, bordas de clareiras, florestas secundárias estruturadas e plantios agroflorestais.

crescimento indicam que apenas uma árvore por ha poderia ser retirada a cada 75 anos (Nebel 2001). No Brasil, caboclos relatam que a exploração da madeira de acariquara-roxa tem que ser feita cada vez mais longe dos locais que residem, indicando que o recurso está sendo exaurido localmente. Porém, não há informações sobre plantios comerciais, plantios para reposição da madeira extraída, enriquecimento de capoeiras ou algum investimento considerado sustentável para a espécie. Índios Quijos Quíchua do Equador usam infusão da casca da acariquara-roxa para combater infecções intestinais causadas por parasitas, tuberculose e até câncer de pulmão. Também fazem uso tópico para combater dores musculares e irritações na pele. Bioensaios com um ácido da casca da acariquara-roxa confirmaram que este produto pode ser eficaz contra infecções intestinais (Marles et al.1989). O ácido minquartinóico isolado da acariquara-roxa mostrou ser eficiente no combate à malária e leishmaniose (Rasmussen et al. 2000). Contudo, não se conhece pesquisas atuais sobre o uso medicinal da espécie no Brasil ou algum investimento para viabilizar comercialmente o uso dos produtos não-madeireiros da acariquara-roxa. 1º par de folhas

gema apical

epicótilo cicatriz dos pecíolos cotiledonares pecíolos cotiledonares

“plântula normal”

“fase-de-haste”

hipocótilo

“fase-de-gancho”

2 cm

USOS E COMERCIALIZAÇÃO O uso principal de Minquartia guianensis é a madeira. O cerne apresenta uma coloração pardo-claro a castanho-escuro e o alburno estreito tem uma tonalidade amarelada. A madeira possui superfície lisa, grã irregular e textura fina a média, sem cheiro ou gosto distinto. A densidade aparente (a 15% de umidade) é de 0,76 a 1,04 g cm-3 e a densidade básica é de 0,84 g cm-3. Apresenta uma alta resistência mecânica, apesar de possuir uma alta retratibilidade (Loureiro et al. 1979; Jankowsky 1990). A durabilidade da madeira pode chegar a 150 anos, sendo resistente ao ataque de uma grande variedade de organismos do solo (Santos 1987; Arosteguí-Vargas & DiazPortocarrero 1992). Mesmo em ambientes aquáticos, marinhos ou fluviais, foi comprovada a longevidade da madeira (Ledoux & Lobato 1976). . A acariquara-roxa é a espécie mais utilizada para postes de madeira nas cidades do norte do Brasil. A madeira também é muito útil na construção civil, em diques, na fabricação de estacas, dormentes e mourões. Cavacos de acariquara-roxa, ao serem fervidos, produzem uma tintura negra que serve para tingir tecidos (Loureiro et al. 1979). Durante séculos, e até hoje, a exploração da espécie é intensa e insustentável. Avaliando o uso da madeira por ribeirinhos no Peru, Nebel (2001) supõe que a população local de Minquartia guianensis Aubl. está em franco declínio e tende a entrar em extinção local. Dados sobre o crescimento lento da espécie e projeções de

Plântula na “fase-bifoliar”(6 meses) e com cerca de 18 meses, cultivadas em (Fotos: I. Ferraz) viveiro.

Processo germinativo e desenvolvimento da plântula.

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Manual de Sementes da Amazônia 2004 (Fascículo 4) Minquartia guianensis Aubl.

(Fotos: I. Ferraz)


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Camargo & Ferraz

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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

BRASIL Ministério da Ciência e Tecnologia

A coleção do MANUAL DE SEMENTES DA AMAZÔNIA foi iniciada em 2003. Até agora foram publicados: -Fascículo 1, 2003. Andiroba, Carapa guianensis Aubl., Carapa procera D.C. - Meliaceae -Fascículo 2, Castanha-de-macaco, Cariniana micrantha Ducke - Lecythidaceae -Fascículo 3, Pau-rosa, Aniba rosaeodora Ducke - Lauraceae

Editores: Isolde D. K. Ferraz & José Luís Campana Camargo Fotografias: Isolde D. K. Ferraz & J. L. C. Camargo Projeto Gráfico: Tito Fernandes Editoração eletrônica e tratamento de imagens: Harley Augusto Vieira dos Santos Impressão: Gráfica Sérgio Cardoso & Cia. Ltda Manaus - Amazonas Tiragem: 1000

Apoio: O Fascículo 4 é uma publicação do Projeto “Manejo de Sementes de Espécies Amazônicas”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, com apoio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, (cooperação INPA e Smithsonian Institution) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Copyright: Figuras e parte do texto foram parcialmente re-editados do Guia de Propágulos e Plântulas da Amazônia (Ferraz et al. 2004). O fascículo 4 está disponível para “download” no “site” da biblioteca (bibliopac) do INPA (www.inpa.gov.br). O texto da publicação pode ser reproduzido em parte ou completo, desde que citada a fonte.

Endereço: INPA- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia CPST - Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical Laboratório de Sementes Av. Efigênio Sales, 2239 Caixa Postal 478 CEP: 69011-970; Manaus-AM Tel: (92) 643-1936

Citação: CAMARGO, J. L. C & FERRAZ, I. D. K. 2004. Acariquara-roxa, Minquartia guianensis Aubl. Olacaceae in: I. D. K. Ferraz & J. L. C. Camargo (Eds) Manual de Sementes da Amazônia. Fascículo 4, 8p. INPA, Manaus-AM, Brasil.

Fale conosco: iferraz@inpa.gov.br camargo@inpa.gov.br

ISBN 85-903572-5-2

9 788590 357254


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