A região da Bacia de Campos, entre Itabapoana e Cabo Frio, foi alvo de monitoramento de ictioplâncton com vistas a gerar uma base de dados para avaliar o impacto da exploração de petróleo por KATSURAGAWA et al. (1995). Foram efetuadas duas campanhas, uma no verão de 1991/92 e outra no inverno de 1992. Os resultados sobre a distribuição e abundância de ovos mostram, que o verão é a época de maior intensidade de desova dos peixes, por toda a região da Bacia de Campos. As maiores concentrações de ovos foram encontradas próximas à isóbata de 100m, nas radiais localizadas ao norte de Macaé. A lista de espécies registradas é apresentada no Quadro XIX. No verão houve predomínio de Engraulis anchoita, seguida de Maurolicus muelleri, enquanto que no inverno M. muelleri teve maior ocorrência. Embora se tenha detectado um grande número de taxa, são relativamente poucos os grupos que predominam na região, sendo larvas de peixes pelágicos e mesopelágicos mais abundantes que as de peixes demersais. Com poucas exceções, as maiores abundâncias de larvas também estiveram localizadas ou acima da isóbata 100m, independentemente da distância da costa.
Fonte: RIBEIRO (1996)
Figura 23 - Maurolicus muelleri Quadro XX – Ictioplâncton coletado na região de Cabo Frio Clupeidae Sardinella brasiliensis Harengula jaguana Engraulididae Engraulis anchoita Synodontidae Saurida spp. Bregamaceratidae Bregmaceros atlanticus Bregmaceros cantori Scombridae Carangidae
Serranidae Sciaenidae Gerreidae Mullidae Anguilliformes Ophidiidae Scorpaenidae Triglidae Balistidae Trichiuridae Blennidae
Sphyraenidae Tetraodontidae Percophididae Lophidae Stromateidae Gadidae Mugilidae Syngnatidae Bothidae Cynoglossidae Gobiidae Fonte: KARATSUGAWA & MATUSRA, 1990
Na região de Cabo Frio, as amostragens realizadas entre 1980 e 1982, utilizando redes de nueston e bongô e analisadas por KATSURAGAWA & MATSUURA (1990) resultou na lista de taxa apresentada no Quadro XX. No arranjo, os Engraulididae se destacaram como o grupo mais bem representado em número de espécimes. Além do que poderíamos denominar macrocompartimentos ambientais, existem estudos que enfocam unidades espaciais mais restritas, que configuram alguns dos
89