Diagramação Livro

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— Uuiiiiii! — grita ele, enquanto seu próprio esperma se lança era jorro sobre o peito escuro e magro do dançarino. Um pouco dele atinge o canto da boca do dançarino. O garoto empurra-o para dentro com o dedo e ri: — Cara, isso é que é chupada! Duas mulheres árabes de rostos bestiais arrancaram as calças de um rapaz lourinho, francês. E enfiam nele um pênis de borracha vermelha. O garoto rosna, morde, chuta e cai em prantos, enquanto seu caralho se levanta e ejacula. O rosto de Hassan incha, tumescente de sangue. Os lábios ficam púrpura. Despe seu terno de notas de banco e atira-o numa cova que se fecha silenciosamente. — Aqui, pessoal, é o Salão da Liberdade! — berra ele com um falso sotaque texano. Ainda de botas e chapéu de cowboy, ele dança o liquefactionist jig, para acabar era um grotesco cancãao compasso de She started a beat wave. — Vale tudo! E que todos os buracos sejam abertos!! Casais presos em selas barrocas, com asas artificiais, copulam no ar, berrando como caturritas. Com apenas um toque certeiro, trapezistas ejaculam uns nos outros no espaço. Equilibristas chupam-se uns aos outros, equilibrados em varas perigosas e cadeiras inclinadas sobre o vazio. Uma brisa tênue traz, de profundezas nubladas, o odor de rios e selvas. Centenas de garotos descem pelo teto, tremendo e escoiceando na ponta das cordas. Eles pendem em diferentes níveis, alguns perto do teto, outros a poucos centímetros do chão. Balineses exóticos, malaios e índios mexicanos de rostos ferozes e inocentes, com brilhantes gengivas vermelhas, negros (com dentes, dedos, unhas dos pés e pêlos 104


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