Livro pini patologia recuperacao e reforco de estruturas de concreto vicente custodio e thomas rippe

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• sob carga de serviço, T R E F assume uma distribuição triangular de tensões, como mostrado na Figura 4.18.a. O valor máximo é limitado pela resistência característica superficial de tração no concreto, f*,k = f

m

- 1,64 s, onde s é o desvio-padrão dos resultados dos ensaios dc avaliação da eficiên-

cia da colagem. O valor do comprimento de ancoragem

, pode ser calculado a partir do equi líbrio das

forças longitudinais. Observe-se, neste caso, a necessidade de comprovação experimental da eficiência da colagem, caso a caso, como exigência para o dimensionamento; • sob carga última, a distribuição triangular tem um máximo 110 meio do comprimento de ancoragem (ver Figura 4.18.b) que é igual a f|k, valor característico da resistência à tração direta do concreto, e

pode ser calculado também a partir do equilíbrio das forças.

Deve ser observado que a resina que será utilizada na colagem deve ter capacidade de resistir à tensão de cisalhamento que cabe a ela transmitir ao concreto, sem se deformar. 4.3.9 C A S O DA FLEXÃO SIMPLES N o caso mais comum de reforço de vigas, que é o das vigas sujeitas à flexão simples, as tensões de cisalhamento que surgem na camada de epóxi são devidas à variação de momentos fletores e à introdução de forças nas regiões de ancoragem, como mostra a Figura 4.19. A determinação do comprimento de ancoragem da chapa é reduzida a um caso de cisalhamento puro, sendo crítica a zona situada 11a extremidade livre da placa. Calcula-se a força A T R F F = a R F F x A s REF , sendo g r f f a tensão teórica de tração na chapa, na extremidade livre, e A T R E F a força de compressão que se deve sobrepor às forças teóricas para que seja obtida a distribuição real de forças, com zero na extremidade livre. Sob cargas de serviço a união se comporta elasticamente, e pode ser assumido que a força A T R E F faz surgir uma distribuição triangular de tensões com o máximo x REF 11a extremidade livre, que será adicionada à tensão de cisalhamento teórica, t, sendo que o valor final não poderá ultrapassar o característico (experimental) f* [k , como comentado em 4.3.8. Com A T R E F e (t R E F + t), o valor do comprimento de ancoragem pode ser calculado e, caso

ou a tensão de cisalhamento fiquem grandes demais, deve ser reduzida a espessura da

chapa e aumentada a sua largura.

Figura 4.19 - Reforço de viga à flexão simples. Tensões na extremidade da chapa


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