Atos Dos Apostolos by EGW

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À porta do templo

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lhes que haviam matado o Príncipe da vida, e nesta terrível acusação deu-lhes outra oportunidade para arrependimento. Mas, sentindo-se seguros em sua própria justiça, os ensinadores judeus recusaram-se a admitir que os homens que os acusavam de haverem crucificado a Cristo estivessem falando pela direção do Espírito Santo. Tendo-se entregue a uma atitude de oposição a Cristo, cada ato de resistência tornava-se para os sacerdotes um adicional incentivo para prosseguirem nesse procedimento. Sua obstinação tornara-se mais e mais determinada. Não que eles não se pudessem render; podiam, mas não o queriam. Não era só porque fossem culpados e merecedores de morte, nem apenas por terem levado à morte o Filho de Deus, que estavam apartados da salvação; mas porque se armaram de oposição contra Deus. Persistentemente rejeitaram a luz, e sufocaram as convicções do Espírito. A influência que controla os filhos da desobediência operava neles, levando-os a maltratar os homens por cujo intermédio Deus estava agindo. A malignidade de sua rebelião era intensificada por todo ato sucessivo de resistência contra Deus e contra a mensagem que Ele mandara transmitir por Seus servos. Cada dia, em sua recusa de se arrepender, os líderes judeus retomavam sua rebelião, preparando-se para ceifar o que estavam semeando. A ira de Deus não é declarada contra pecadores impenitentes, apenas por causa dos pecados por eles cometidos, mas porque, quando chamados a arrepender-se escolhem continuar em resistência, repetindo os pecados do passado em desafio à luz que lhes é dada. Se os líderes judeus se tivessem submetido ao convincente poder do Espírito Santo, teriam sido perdoados; mas estavam determinados a não se render. De igual forma, o pecador, pela contínua resistência, coloca-se onde o Espírito Santo não o pode influenciar. [35] No dia seguinte ao da cura do coxo, Anás e Caifás, com os outros dignitários do templo, reuniram-se para o julgamento, e os prisioneiros foram trazidos perante eles. No mesmo recinto e diante de alguns dos mesmos homens, Pedro tinha vergonhosamente negado seu Senhor. Isso lhe veio claramente à memória, ao comparecer ele próprio para ser julgado. Agora, tinha oportunidade para reparar sua covardia. Os presentes que se lembravam da parte que Pedro havia desempenhado no julgamento de seu Mestre, lisonjeavam-se de que ele


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