O Espiritismo e Política para a Nova Sociedade [Aylton Paiva]

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Portanto, o exercício da justiça não exige do homem a cultura jurídica ou a formação acadêmica; basta consultar sua consciência se o que ele deseja para os outros é o que desejaria para si mesmo. Aplicando tal postulado, facilmente se implantaria a justiça sobre a face da Terra e o amor seria o clima normal do relacionamento humano. Por isso o espírita deve estar atento para a prática de tal preceito, como também colaborar para sua divulgação junto à sociedade em que vive, pelos meios que lhe sejam possíveis. Vale ressaltar que o relacionamento social traz para o homem determinadas obrigações sendo que umas das primeiras é a de respeitar os direitos de seus semelhantes. Quem respeita esses direitos procede com justiça. É justamente pela falta de justiça que há confusão e perturbação na sociedade humana. Dentre os direitos de que o ser humano dispõe destaca o Espiritismo que o primeiro de todos é o direito de viver. Isto está fundamentado na resposta à Questão n° 880 de O Livro dos Espíritos: "Por isso é que ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal." Comprende-se que as afirmações "atentar contra a vida" e "comprometer-lhe a existência" são muito amplas, envolvendo tudo aquilo que seja prejudicial à vida humana física e espiritual. Toda ação que atente contra a vida não

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