O Beijo das Sombras - Vampire Academy 01

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“Eu não acredito em anjos,” eu disse a ele. “Eu acredito no que eu posso fazer por mim mesma.” “Bom, então você tem um corpo incrível.” Eu olhei pra cima para ele com um olhar questionador. “Para se curar, eu quero dizer. Eu ouvi sobre o acidente...” Ele não expecificou que acidente era, mas só podia ser um. Falar sobre isso normalmente me encomodava, mas com ele, eu sentia que podia dizer qualquer coisa. “Todos falaram que eu não deveria ter sobrevivido,” eu expliquei. “Por causa do lugar onde eu estava sentada e a forma com o carro bateu na arvore. Lissa era realmente a única que estava sentada num lugar seguro. Ela e eu saímos ilesas com apenas alguns arranhões.” “E você não acredita em anjos ou milagres.” “Nope. Eu –“ É verdadeiramente, um milagre. Você leva uma vida encantadora... E bem assim, um milhão de pensamentos vieram na minha mente. Talvez... talvez eu tivesse um anjo da guarda afinal de contas... Dimitri notou a mudança dos meus sentimentos imediatamente. “Qual o problema?” Procurando dentro da minha mente, eu tentei expandir nossa ligação e afastar os efeitos dormentes da medicação. Alguns outros sentimentos de Lissa vieram através da ligação. Ansiedade. Magoa. “Onde está Lissa? Ela está aqui?” “Eu não sei onde ela está. Ela não saia do seu lado quando eu te trouxe aqui. Ela ficou bem perto da cama, até o doutor chegar. Você se acalmou quando ela sentou perto de você.” Eu fechei meus olhos e senti como se eu fosse desmaiar. Eu tinha me acalmado quando Lissa estava perto de mim porque ela tinha aliviado a dor. Ela tinha me curado... Assim como ela tinha feito na noite do acidente. Tudo fazia sentido agora. Eu não deveria ter sobrevivido. Todo mundo tinha dito isso. Quem sabia que tipo de ferimentos eu realmente tinha sofrido? Hemorragia interna. Ossos quebrados. Não importava porque Lissa tinha concertado, assim como ela concertava tudo mais. É por isso que ela estava inclinada perto de mim quando eu acordei. É provavelmente por isso também, que ela desmaiou de exaustão quando eles a levaram para o hospital. Ela tinha estado exausta por dias depois disso. E foi ai que a sua depressão começou. Tinha parecido uma reação normal depois de parecer sua família, mas agora eu me perguntava se não tinha mais além disso, se me curado tinha tido algum papel na situação. Abrindo minha mente de novo, eu a alcancei, precisando encontra-la. Se ela tinha me curado não dava pra saber como ela estava se sentindo agora. Seu humor e magia eram ligados, e esse tinha sido um show de mágica bem intenso. As drogas estavam quase fora do meu sistema, e bem assim, eu entrei na mente dela. Era quase fácil agora. Uma onda de emoções


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