A escolhida - Brooke J. Sullivan

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Nove Logo pela manhã, Alexandre arruma o resto de suas coisas e leva até o apartamento onde agora irá morar. No caminho, faz questão de ligar para Steve e reforçar seu pedido. Enfim, ele chega à empresa, algumas horas atrasado. Assim que entra em sua sala, fica atônito com o que vê. — Mas o que aconteceu aqui? – Alexandre diz espantado ao ver sua mesa arrumada. Ele passa as mãos sobre a mesa e não sente nem um fio de poeira. Seus documentos estão empilhados de forma ordenada e os projetos dobrados e guardados dentro de sua pasta preta. Ele sai e caminha até a sala ao lado, onde Thiago trabalha normalmente. — Hei, você viu quem entrou em minha sala? — Bom dia pra você também. — Alguém entrou em minha sala e tirou minhas coisas todas do lugar. Que ódio! – ele se enfurece. — Não vi não. Mas quando eu cheguei, a Melinda disse que sua assistente estava limpando sua sala. — Eu não tenho assistente. — Parece que agora você tem. Eu ainda não a vi, mas ela está na sala de seu pai. — Tinha que ser o velho a meter o bedelho em minha vida. Que saco! Se ele pensa que eu vou aceitar a assistente que ele me contratou, está enganado. Vou agora mesmo acabar com essa palhaçada – Alexandre diz enfurecido. — Vá com calma, cara. Tu tá na lista negra do velho – seu amigo adverte. Alexandre sai desnorteado até a sala de seu pai. Assim que passa por Eneida, a assistente, ele irrompe a sala aos berros. — Se o senhor pensa que vou deixa-lo fazer o que quer em... – suas palavras ficam no ar assim que se depara com uma linda mulher de cabelos castanhos claros, olhos azuis, vestida elegantemente com um macacão de seda branco e saltos pretos. Sua cintura levemente torneada por um cinto preto de couro, deixando as curvas da bela mulher ainda mais evidentes. — Bom dia, senhor Keller. — Leila? Mas... O que faz aqui? – Alexandre a olha sem entender. — Oras. Achei que havia me contratado para ser sua assistente – ela diz com um sorriso cínico. — Aliás, estava aqui conversando com o Senhor George sobre isso. Ele não sabia da minha contratação, então, vim me apresentar. George olha para Alexandre e diz: — Vocês podem ir. Tenho uma reunião agora. Foi um prazer conhecê-la, Leila. Seja bem-vinda. — Com licença, senhor George – ela diz. Os dois saem. A caminhada até a sala de Alexandre é silenciosa. Assim que os dois entram, ele a olha furioso. — O que pensa que está fazendo? Você não pode chegar em minha sala, mexer em minhas coisas e achar isso normal – ele diz exaltado. — Não mexi em suas coisas. Apenas as arrumei. Se não sabe diferenciar uma coisa da outra, não posso fazer nada – ela rebate. — Não quero que arrume minhas coisas. Entendeu? Não te pago pra isso. Ela o olha com raiva. — Deveria ficar agradecido. Isso estava uma bagunça. — Não importa – ele bufa.


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