Antologia de Contos - RAC versão 2

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Apresentação

Na edição de estreia da antologia “Cada Conto um Encanto” reunimos os trabalhos dos estudantes da segunda fase do curso Integrado de Refrigeração e Climatização do Instituto Federal de Santa Catarina, campus São José. Aqui segue os trabalhos produzidos pelos alunos a partir do que foi estudado durante o semestre nas aulas de Língua Portuguesa sobre a produção de uma narrativa, utilizando como mote a letra da canção “Geografia Sentimental” de Calderoni, Vinicius e Bianchini, Leo, da banda. Os contos foram escritos por leitores e leitoras que deixaram de ser “comuns”, adotando a visão crítica enquanto instrumento de leitura literária. Eis aqui o trabalho de potenciais críticos literários em formação. Boa Leitura! Profa. Dra. Juliana Radatz Kickhofel

Organização: Profa. Dra. Juliana R. Kickhöfel Impressão: Gráfica do Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC – SJ Imagem da capa: Alunos da Segunda Fase de Refrigeração e Climatização

ÍNDI

CE


Letra da música utilizada como mote para a produção. A partir da letra imaginar uma situação em que teria levado o eu lírico a expressar esses sentimentos: ciúme, inquietude, desamparo. Geografia Sentimental A flecha chamada "ciúme" Cravada no bonde chamado "desejo" Correndo no trilho chamado "paúra" Que fica na rua do "desassossego" Esquina com a praça da "ilusão perdida" Distante do bairro de nome "aconchego" Onde fica a casa chamada "carinho" Vizinha da marginal do "desapego" Que corre ao lado do rio "melodia" Sobre o qual um barco chamado "passado" Navega pro porto chamado "destino" Com seu marinheiro chamado "chamado" Com mastro que alguém batizou "desatino" Com a vela que alguém nomeou "desamparo" Sob a tempestade que chama o desejo Que também é o nome do bonde que pego E dentro do bonde num banco vazio Repousa uma caixa Que é toda mistério, mas há uma etiqueta Em letra de forma escrito: amor


Conto “Você sabe o que significa amor ?” Por Bruna F., Jayane S. e Mayara N.

Dentre tantos significados, o amor não tem tanta valia se dito, mas sim, se vivido. Oliver sabe bem disso. Ele sentara no banco da estação de trem próxima a sua casa, em pleno inverno, pondo-se a refletir sobre seu passado enquanto observava as estrelas e o ir e vir das máquinas. Nem suas várias camadas de roupa eram capazes de aquecer seu triste e despedaçado coração, cuja última esperança havia se esvaído há muito tempo. No oitavo ano do ensino fundamental, recebera em sua sala de aula uma nova colega chamada Harriet, uma menina calma e esperta de olhos cor de mel e cabelos negros como nunca vira antes, que descobriria ser sua alegria de todos os dias pelos onze


anos que se seguiriam, com muitos momentos e lembranças compartilhados. Acolheram um ao outro e tornaram-se inseparáveis, fazendo o (im)possível para encontrarem-se e divertirem-se juntos, mesmo depois de adultos empregados e ocupados, de maneira que faziam questão de contar tudo sobre suas vidas para o outro, pois entre eles não havia segredos... ou não deveria haver. Em uma bela tarde de sábado, no 18° aniversário de Harriet, Oliver estava a observá-la assoprando as velinhas. Passou um filme em sua cabeça, lembranças boas e ruins de sua infância ao lado de quem ele mais amava. Por muito tempo, achou que aquele sentimento era algo passageiro, ou coisa de criança. No entanto, a essa altura, não duvidou mais da mensagem que sua caixinha “bombeadora” de sangue sentimental lhe enviava. Ele, de fato, era o garoto mais feliz do mundo ao ver aquele sorriso, ao ouvir sua risada escandalosa, ao enxugar suas lágrimas de desespero, ao abraçar aquela garotinha com quem crescera, e por quem sentia a necessidade de zelar. Sempre quis contar a Harriet o que sentia, mas tinha medo de não ser recíproco, e de acabar com a amizade construída nesses longos anos. Harriet pensava o mesmo. Não bastando isso, um telefonema complicaria ainda mais a situação dos dois, já que Oliver recebera a notícia de que o amor de sua vida iria morar na França para dar aulas de violino para criancinhas. E, em uma corajosa despedida, Harriet lhe prometera, com um beijo, sua lealdade à história dos dois, e dissera que o amava. Com isso, as esperanças de Oliver por um futuro juntos permaneceram, e mais evidentes. Para manter contato, comunicavam-se por cartas, contando as novidades, ou apenas conversando sobre a rotina de ambos. Ele nunca tinha o que revelar, mas ela, pelo contrário, mantinha segredos. Oliver depositou todo o seu amor, mesmo estando longe, na pessoa que sempre esteve ao seu lado, por meio daqueles escritos.


E, no aniversário de Harriet, resolvera fazer uma surpresa indo até Paris, onde ela estava. Chegando lá, ao procurá-la, Oliver encontrou-a num restaurante romântico, de frente para a Torre Eiffel, com um homem, o qual, de joelhos, estava pondo um anel em seu dedo. Sem acreditar no que estava vendo, ele fora a um estabelecimento próximo, e, com uma caneta e um pedaço de papel, escrevera uma última carta para Harriet: “O tempo que passamos juntos foi maravilhoso e jamais esquecerei. Obrigado por tudo. Eu a amo ardentemente.” Fora, então, até a entrada do restaurante, pediu para que o garçom deixasse na mesa dela, e partiu. Passadas algumas semanas, Harriet retornara para casa para rever sua família, decidida a encontrar-se com Oliver. Fora até sua casa e lhe entregou uma caixinha, contendo todos os sentimentos que um dia sentira por ele, com sua última carta: “Querido Oliver, fui muito feliz enquanto estive ao seu lado, mas quero trilhar um novo caminho em minha vida. Deixando-o no passado, onde deves ficar, espero realizar meu sonho de casar com o homem que eu realmente amo.” Muitas horas de seu dia já haviam sido percorridas, e ele ainda situava-se naquele banco, com seu olhar distante. Esperava, um dia, poder encontrar seu caminho, e, quem sabe, fosse por meio de um dos trens, cujo destino estaria de encontro ao seu.


Conto “Do desapego ao amor verdadeiro” Por Eduardo, Bernardo e João Vitor

Pela rua andava Cláudio, de férias, com destino ao mercado. Ao entrar, viu uma bela moça, da sua idade, seu estilo, ficou encarando-a até sair de lá. Sentindo-se rapidamente apaixonado, como se uma flecha atingisse-o bem no peito, foi para a casa com um desejo de ter aquela moça em seus braços. Desiludido, tinha a consciência de que a moça nunca o notaria. Cheio de desejo pela moça, foi ao primeiro dia de aula sem tirar ela da cabeça. Ao entrar em sua sala, uma surpresa, ela estava lá! Cláudio precisando de carinho, cansado do mundo do desapego, foi sentar ao lado dela. Cláudio primeiramente perguntou seu nome, e na resposta uma surpresa. O nome da moça era Cláudia. Ele acreditado no destino, convidou Cláudia para sair, ela falou que iria pensar. Passaram-se dias e Cláudio ainda não sabia da resposta, agoniado ao ver ela todo dia e não saber a resposta, decidiu perguntar mais uma vez, Cláudia então disse: - É claro, eu estava esperando por você! Cláudio pulou de alegria, levou-a para jantar e após longas conversas, percebeu que entre tantas coisas em comum, o amor era uma. Passaram-se anos e os dois estavam se amando mais que tudo e assim Cláudio percebeu que valeu a pena esperar anos por um amor sincero.


Conto “Um pedaço da ‘’aborrecência’’” Por Nícolas, Lucas D. e Vinícius

Toda vez que entro na minha escola, vou com a cabeça nos meus video-games, ás vezes, nos trabalhos e lições de casa até que a vejo. Logo, hoje não foi diferente. Lá estava ela, com seus amigos. Não, não AMIGAS, AMIGOS! - Ok, mas… E daí ? - Bem.. É assim mesmo! Você tem aquele sentimento o… ooo… - Cocô ? - Nã.. é, não deixa de ser uma m#*@a. Continuando, quando a gente vê alguém nas proximidades, nós nos sentimos um tanto feridos. Tipo como uma flecha nos perfurando. Talvez devido ao medo de se declarar. -

Oooh.. além de exagerado é medroso. Creio que apontando defeitos da minha pessoa não amenizará meu desassossego!


-

Essas tuas paixonites te deixam um tanto chato e essa formalidade nas palavras só piora as coisas - Oii! - Aaah! ah, oi! Sim, eu tomei um susto quando ela veio em iniciativa. -

Então.. aah.. talvez terias um tempo para conversarmos a sós no fim da aula ? - C..Claro! - Ok.. te espero! - … - Pô Arnaldo, não me olha com essa cara! - Hahaa! Não falo mais nada! Sim, sim; Como sempre acontece, essas paixonites nunca duram. Não digo que é algo ruim, porque sempre tem aqueles atos de carinho em meio ao caso. Depois de um tempo sempre vem o desapego. - Ah cara, tento o quanto menos ter sentimentos! Essas descrições ‘’poético melosas’’ me dão sono e náuseas. Seguinte, não vivo do passado, porque viver do passado que fazem as pessoas tristes. E só pra terminar, o destino, ás vezes, nos guarda algo melhor, somente espere o chamado. Quem tem pressa, come crú! -

Está bem, o.. auto-ajuda! Vou viver no desejo de sair desse tamanho desamparo. Ele estava certo. Após este momento, pensei em nunca voltar a amar. Logicamente, pura burrice. Era um ‘’cara amarrada’’. Mas o chamado então veio. Logo que eu pensava ser incapaz de sentir isso novamente, no fundo ele estava trancado numa caixa. Uma caixa que estava o meu coração, e a chave era um sorriso. -

É, cara, trinta anos na pele e você não mudou nada.


Conto Geografia Sentimental Por Ester e Marcela

Joaquim fora um jovem comum, de cabelos e olhos castanhos. Aos 20 anos, ao entrar na faculdade, conhece uma jovem chamada Miranda. Algum tempo depois começaram a se envolver. Em menos de um ano, a jovem passou a amar Joaquim, mas ele não a amava, era obcecado por ela, era ciumento possessivo, abusivo e extremamente machista, o que não revelara no inicio de seu relacionamento. Contudo, Miranda era independente, tinha seu próprio jeito de ver o mundo, não gostava de ser controlada e por isso sempre tinha problemas em seu relacionamento com Joaquim. Certa noite, ao chegar no alojamento, Miranda se depara com uma cena que acabaria com todo o seu esforço para continuar a amá-lo, imediatamente ela termina o namoro, dizendo não aguentar mais ser tratada como nada. Naquele momento, Joaquim age com naturalidade. Mas depois de um mês, sendo tratado como a tratava, ele passou a perceber que realmente sentia sua falta e que a amava verdadeiramente, então sentiu medo por pensar em nunca mais têla em seus braços por conta do seu descaso e ignorância. E naquela noite, chorou amargamente e se arrependeu por todo mal que a causou, mas principalmente, por tela traído. Após alguns meses, Joaquim já não aguentando tanta saudades decide ligar para Miranda: - Alô, quem fala? (minutos se passaram) - Alô!!! eu estou ouvindo sua respiração, e se não falar nada eu irei desligar. Me perdoe Miranda, eu te amo (e novamente alguns minutos se passaram)


Você já encontrou a caixa? - Ah! a caixa que antes eu guardava o ciúmes o medo e o desassossego? -Sim, encontrei, mas hoje só há o amor.


Conto “Estações do amor”

Por Luiz Fernando Martins

Roberto, um homem com aproximadamente 30 anos, sempre está inquieto, seguindo sua rotina diaria pegou o trem de São Paulo para sua casa, no caminho sempre observava uma mulher, nunca teve a coragem para lhe lançar um olhar, muito menos perguntar o seu nome, mas Roberto ja se sentia apaixonado. Mas este não seria um dia qualquer, Roberto estava decidido que hoje iria conhecer ela, e perguntar o seu nome, quando estava a se aproximar percebeu que ela o olhava com um olhar de desprezo, Roberto se sentiu fraco e um pouco nauseado, sentiu-se com medo e insegurança, decidiu então regressar, e então pensou: "Sera que ela esta apaixonada por outro", "Ou eu é quem não pareço alguém interessante?". Quando estava quase na estação desejada, Roberto observou que uma mulher com aparentemente 27 anos, estava a espreitar lhe os olhos, mas roberto decidiu não dar bola, não queria duas decepções no mesmo dia, com mais uma rejeição ele poderia estar a beira de uma loucura. O trem parou, ele desceu, no caminho de casa Roberto observou pichações nos postes e muros, " mais amor por favor"", era oque Roberto também desejava mas quanto mais tempo passava, mais sozinho e abandonado, ele se sentia. No outro dia Roberto seguiu a rotina novamente, pegou o trem para o centro da cidade em que vivia, procurou um canto, Roberto possuía uma faca, ele estava disposto a se matar, pelo fato de se sentir menosprezado, ele sentia que era o único anão encontrar o amor verdadeiro, pegou a faca, empunhou-a fez a posição de harakire, quando escutou um berro: "Não faça isso, não!!!", ele rapidamente escondeu a faca e virou-se para ver quem era, a


garota do trem, a que estava a lhe espreitar os olhos, ela correu até ele e subitamente o abraçou, lagrimas cairam sobre o rosto de Roberto, ele estava a se pergunta "Quem é ela?", "Oque eu ia fazer...?", a mulher misteriosa do trem revelou o seu nome, se chamava Sofia. Depois de um longo tempo abraçados, se levantaram, Roberto se sentia revigorado, sentia q seus pés estavam devolta a superficie, logo o abraço acabou Roberto se levantou, iria para sua casa, Sofia o acompanharia, nesse mesmo tempo conversaram, Roberto havia encontrado a quem procurava todos esses anos.


Conto: O bonde do mal caminho Por Gustavo da Silva Roxo e Karen Duarte Em um belo dia, um jovem arqueiro, chamado Arthur, estava há passear pelo centro da uma pequena cidade, chamada Aurora. Durante seu tranquilo passeio avisou uma belíssima jovem, bem vestida com seus lindos e compridos cabelos loiros voando ao vendo, o nome dessa jovem era Rapunzel. A jovem moça está com um bilhete em mãos, que com o forte vento acabou voando. O arqueiro com o intuído de conquistar a linda jovem, logo tirou uma de suas fechas e mirou no bilhete, como o jovem Arthur nunca tinha errado sua pontaria, acertou em cheio no bilhete, que ficou preso junto com a fecha em um bonde que passava pelo local. O corajoso Arthur, para não desapontar Rapunzel, saiu correndo atrás do bonde na esperança de recuperar o bilhete. O que ninguém imaginou foi que, o bonde estava seguindo para o tenebroso lado escuro da cidade, a famosa praça da ilusão, onde não havia sossego e tudo era ilusão. Então o arqueiro correndo sem parrar, já estava perdendo as forças, olhou para o lado e viu um grande barco cujo o porto era o mesmo destino do bonde. Arthur embarcou no barco, passou por uma tempestade, mas que não levou embora seu desejo de recuperar o bilhete da jovem, que ele já tinha se apaixonado na primeira vista! Foi até o destino e finalmente chegou ao bonde, que estava parado no destino... olhou para o bonde e não viu mais a fecha, chateado resolver sentar no banco vazio do bonde, dentro do bonde, num banco vazio, uma caixa, cheia de mistério, mas ali estava o bilhete e a flecha. E o bilhete na verdade era uma carta de amor, para o verdadeiro amor da vida de Rapunzel. Arthur triste caiu em lagrimas, mas afinal, ele estava na praça da ilusão!


Conto “ A árvore” por Gustavo e Fabrício

João se via perdido em um amor que o causava ciúmes, e o dava sempre o desejo de ter essa pessoa com ele. Isso causava nele desassossego e um certo medo de perdê-la para sempre. Maria morava há 10 quadras de sua casa, em um bairro aconchegante. No qual os vizinhos eram solidários e prestativos uns com os outros. Maria mora ao lado de uma árvore, a árvore mais linda do bairro. No qual essa árvore nos traz lembranças do passado.


Então o tempo, Maria foi para outra cidade estudar, ficamos muito tempo afastados, e quase não tivemos mais contato um com o outro. Depois de algum tempo, recebi uma mensagem, e eu e Maria nos reencontramos na árvore, e descobrimos que na caixa misteriosa que havia nessa árvore, tinha apenas um bilhete escrito amor.


Conto “Um fato de amor” Por Luam e Antônio

Joaquina, garota de 17 anos, mora sozinha numa periferia de São Paulo. Nova e ingênua, sem experiência no amor, é iludida por um romance que só existe em sua cabeça. Joarez, seu amigo de escola, experiente no amor, aconselha Joaquina de como lidar com sua paixão, mesmo sabendo que ela não quer contar a ele por quem é apaixonada. Em sua escola, não consegue tirar o olho de sua paixão, na sala de aula tenta sempre conversar e estar por perto. O garoto em que é apaixonada nunca a viu como mais que uma amiga, mas sempre


deu atenção a ela e isso só faz com que Joaquina se encoraje a não desistir dessa paixão. Joaquina é muito tímida, e depois de estar por tanto tempo apaixonada, não aguenta mais conviver todos os dias com o garoto que gosta sem expressar seu sentimento. E então, lá foi perguntar a Joarez o que deveria fazer, ele já estava irritado por Joaquina nunca ter dito a ele por quem ela era tão apaixonada e então falou que ela deveria parar de pensar tanto nesse tal garoto e se afastar dele, pois isso tudo não estava fazendo bem a ela. Joaquina irritou-se com ele, por ter sido grosso e os dois acabaram discutindo. No mesmo dia da discussão, os dois tinham uma festa para ir e haviam combinado de ir juntos, então, mesmo brigados os dois foram a festa. Chegando na festa, Joaquina e Joarez nem se falaram e cada um foi para um lado. Ele encontrou alguns amigos e ela algumas amigas da escola. Joaquina estava muito irritada e ao mesmo tempo triste por causa de tudo que havia acontecido. Ela começou a beber sem controle e após uma hora do começo da festa, já estava bêbada. De longe, Joarez viu que sua amiga não estava nada bem e mal conseguia ficar de pé. Mesmo ainda irritado com ela, ele foi até ela, a pegou pelo braço, deu uma bronca e a levou para casa com o carro de um amigo. No caminho para casa, os dois começaram a discutir e voltaram ao assunto da paixão de Joaquina, ela ainda estava alterada por causa da quantidade de bebida que havia ingerido. No meio da discussão, Joarez pressiona Joaquina dizendo: -

Joaquina, anda logo, me conta por quem és tão apaixonada e quem sabe assim eu posso te ajudar, e desculpe pela grosseria que disse mais cedo pra você quando foi me pedir ajuda. Joaquina o respondeu dizendo: -

É você Joarez, você é minha paixão há três anos e eu não consigo mais lidar com isso!


Conto “Três corações e meio” Por Priscila e Brenda

Isabela estava atrasada 30 minutos para o trabalho, pois perdeu a noção do tempo enquanto discutia com Lorenzo, seu namorado. Enquanto subia as escadas do prédio em que trabalhava, imaginava a bronca que levaria do seu patrão e já ensaiava sua terceira desculpa dessa semana. Vestia saia lápis, saltos pretos de bico fino e camisa de botões da empresa onde trabalha, amarrava seu cabelo em um coque. ‘’Talvez fosse melhor abrir o jogo’’, pensamentos surgiam em sua mente sobre o que acontecera dez minutos atrás.


Passou a entrada principal e enquanto batia seu ponto, avistou Felipe, melhor amigo do seu namorado, e pela sua cara percebeu que algo estava errado. -

Trinta minutos atrasada, já sabe o que vai acontecer, né? Terceira vez dessa semana Isabela! Você tem que contar a verdade ao Lorenzo! - disse enquanto ela bufava só de pensar na ideia. - Não é tão simples quanto parece, não vou contar nada agora! Ainda estou confusa sobre o assunto, preciso de tempo. - a voz já estava embargada, não queria chorar novamente. Nesse momento, escutou seu nome sendo chamado por uma voz tão conhecida, acabou por se livrar desse problema, indo em direção a outro, Felipe piscou para lembrá-la que aquela conversa não havia terminado. Um grande evento se aproximava e a correria na empresa estava grande, João, seu patrão, estava a flor da pele, queria que tudo estivesse perfeito e não iria tolerar nada que atrapalhasse seu objetivo: - Isabela, sinto que nessa semana você está com a cabeça em outro lugar! Este evento é tudo para mim, não quero que dê errado. Preciso que você resolva isso para mim - entregou-a um documento - Acredito que você irá demorar para autenticar esse documento no cartório, então após a conclusão disso você já está liberada. Apenas concordou com a cabeça, fechando a porta do escritório de João, Revirou os olhos ao passar pelo melhor amigo de seu namorado e se viu livre desse ambiente, pelo menos por hora. Ao autenticar o documento no cartório, foi em direção a sua casa. Irritada e com dor de cabeça, tudo o que queria era sua cama. Sentiu seu celular no bolso vibrar. -

Amor, me desculpa por hoje de manhã, não quero mais brigar. Já que é sexta-feira, que tal sairmos para aquela festa que você tanto falou? - Lorenzo falava com um tom de voz calmo e sereno.


-

Tudo bem, não aguento mais essas brigas por ciúme - sentiu a culpa sobre seus ombros e se calou por um instante - Não estou me sentindo bem hoje, podemos sair outro dia? Desligou o telefone quando chegou ao seu apartamento e sentiu um forte enjoo e pensou em tudo que tinha comido. Entrou em casa e foi direto para o banheiro, sentiu aquele líquido incolor sair de sua boca e permitiu-se chorar. ‘’Será?’’, essa pergunta se repetia em sua mente. Escutou batidas na sua porta e acordou de seu transe limpando as lágrimas. Clarissa, com seu ruivo impecável e olhos verdes cobertos com sombra preta, entrou no apartamento tentando convencer Isabela a ir natal festa tão esperada pela mesma. -

Amiga! Por favor, vamos? Por mim! - Clarissa pediu pela décima vez, já desistindo. - Tá bom, tá bom! Vou tomar um banho e passar algo na cara, tudo bem? - Lorenzo iria morrer de ciúme se descobrisse. Vestido preto, salto grosso e cabelo preso por uma presilha, chamava atenção enquanto andava ao lado de Clarissa. A festa estava lotada, mas Isabela não estava no clima. Sentou nos banquinhos do bar, observando a multidão em sua volta. ‘’Preciso contar tudo ao meu namorado, se é que ainda posso o chamar assim. Não acredito que me deixei fazer isso, se amo tanto Lorenzo. Mas e se o que eu acho que está por vir for realmente verdade? Terei que falar não somente com Lorenzo, como também com Felipe…’’ -

Isabela, o que você está fazendo aqui? - Felipe interrompeu seus pensamentos - Ah - observou a pessoa que estava falando - Na realidade eu que te pergunto isso, o Lorenzo está com você? - Se levantou do banco e olhou a sua volta. - É exatamente por esse motivo que estou te perguntando! Ele me disse que você não queria vir - segurou o braço de Isabela - Precisamos terminar nossa conversa de hoje cedo - disse no seu, já a puxando para longe da multidão. Isabela bufou ao parar ao lado de Felipe, soltando seu braço de sua mão.


-

Tá maluco? Quer que meu namorado descubra? - gritou, chamando a atenção de algumas pessoas ao redor. - É exatamente isso que eu não quero! Não aguento mais ele falar de vocês pra mim! Discutiram como crianças de dez anos, até que Felipe puxou Isabela para perto, dando-a um beijo, seus corpos foram tomados pela mesma sensação: perigo. -

Wow! Eu saio para pegar bebida e quando vou te procurar você já tá se agarrando com outra amiga? - sua cara demonstrava surpresa, enquanto tirava a franja ruiva de cima de seus olhos. - Isabela ? O que é que tá acontecendo aqui ?! - Os olhos castanhos de Lorenzo se encheram de lágrimas, seus lábios tremiam ‘’Todas essas brigas por ciúme! Tudo acabou de se confirmar, era tudo verdade’’ Lorenzo pensou enquanto as lágrimas rolavam. Pegou na camisa de Felipe e o deu um soco no rosto, começando a briga assim como seu ‘’namorado’’, Isabela estava aos prantos e Clarissa apenas observava atordoada. As duas não conseguiam reagir, as pessoas que antes estavam aproveitando a festa, já se encontravam em volta de Lorenzo e Felipe. -

Parem! Por favor parem! - foi tudo o que saiu da boca de Isabela, mas de nada adiantou - Será que dá pra parar ? decidiu apelar - Acho que estou GRÁVIDA! Dias após a confusão, os dois entraram em um acordo, Isabela realmente estava grávida, mas não sabia qual dos dois era o pai. O sentimento entre Isabela e Lorenzo era tão forte, que decidiram passar por cima disso, deixar pra trás porém levar ambos os relacionamentos na amizade, pelo menos enquanto não soubessem quem era o pai.


Conto “ Cair em tentação” Por Emanuel e Lucas de Sousa.

Isabela é uma mulher doce e sensível da cidade grande, uma renomada organizadora de eventos. Ela é recém-casada com Anibal Otero, um exitoso empresário. Seu casamento está no início, mas já está em uma profunda crise, pois Anibal é um marido ausente e egoísta. Infelizmente, Isabela é diagnosticada com um grave problema no pulmão, o médico sugere que ela vá morar em uma cidade com menos poluição, para que não agrave seu diagnóstico. Anibal decide viver com sua mulher na fazenda de seus pais, em um


pequeno povoado no interior. No caminho, Isabela abre uma caixa onde dentro dela tem recordações do dia de seu casamento, e a partir deste momento, ele s senta na obrigação de salva-lo Na fazenda, vivem os pais de Anibal, Mximiliana e Alírio Otero, que são proprietários de um frigorifico de sucesso da região. Maximiliana perversa e manipuladora, sempre preocupada com as finanças da família. Por outro lado, Alírio é um pai compreensivo e protetor. Também moram na fazenda seus dois irmãos, Daniel e Danilo Otero. Daniel é o mais jovem, o primeiro que apoiou Isabel em sua chegada. Danilo é o do meio, encarregado de administrar os negócios da familia, um homem selvagem, mas desde o primeiro momento em que viu Isabela, percebeu um sentimento que jamais tinha sentido antes Aníbal diz a Isabela que necessita voltar a cidade, para resolver umas pendencias de sua empresa. Porém, na verdade, Anibal tem uma amante, com quem vai se encontrar e engana Isabela. Em meio do desamparo e da ausência, de seu marido, Isabela se aproxima de Danilo, um dos irmãos de Anibal. Ambos sentem uma forte atração um pelo outro, Isabela se sente cair em tentação por Danilo, mesmo sabendo que é um homem proibido. Isabela se sente atormentada, pois não quer trair Anibal com seu próprio cunhado. Aníbal finalmente volta ao povoado, e percebe que que os sentimentos que Isabela tinha por ele, mudaram radicalmente. Em outro momento, Isabela confere o celular de Anibal e vê mensagens trocadas de Anibal com sua amante. Consumida pela raiva e rancor de ter sido enganada, Isabela se entrega totalmente à Danilo, e ambos planejam fugir juntos, mas Anibal escuta todo o plano de fuga. Tomado pelo ciúme, Anibal decide sabotar o carro de seu irmão. Anibal corta os freios do carro de seu irmão. Na mesma madrugada, Isabela e Danilo partem para uma viagem sem volta. No meio do percurso, Anibal persegue o casal. Danilo e Isabela perdem o controle do veículo Isabela e Danilo se encontram muito graves na UTI, somente os aparelhos os mantém vivo. Anibal, ainda furioso, entra no local onde está o casal, e desliga os aparelhos. Isabela e Danilo tem um tragico fim, acabam morrendo após os


aparelhos serem desligados. Anibal foge com sua amante para evitar as consequências de seu crime. A Família Otero está destruída, mas Maximiliana vê em seu filho mais jovem, Daniel, como a esperança para reerguer está família. Isabela e Danilo sofreram as consequências de uma tentação, mas em algum lugar muito além, ambos juram amor eterno. Ambos nos mostram que todos nós podemos 'Cair em Tentação'


Alunos/Escritores

Alexandre Vieira

Karen de Matos

Amábile da Silva

Laura Jane de Almeida

Antônio Manoel Jordão

Luam de Moraes

Bernardo Silverio

Lucas Meneghel

Brenda Gouvea Bruna Renata Ferrari Caroline Meneghel Eduardo David Schhlickmann Emanuel da Silveira Ester da Rocha Fabricio Pereira Filho Guilherme Rita Gustavo Roxo Gustavo Heinz Jayane Serafim João Antônio da Silva João Vitor de Freitas

Lucas Eduardo de Souza Luíz Fernando Martins Marcela Trindade Marco Antônio Machado Marcos Henrique Reitz Marcos Rogério Tellini Mayara Vieira Nicolas Debacher Pedro Henrique Poeta Priscila Francisco Rafael Tellini Vinicius dos Santos


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