87ª Expofeira de Pelotas

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Outubro 2013

Ano VIII No 08


02 Foto: Laís Soares/JTR

87ª Expofeira comemorará os 115 anos da ARP no Parque de Exposições Dr. Ildefonso Simoes Lopes, sede da Associação há 91 anos

Mais de dez décadas de história Além de realizar a 87ª Expofeira, Associação Rural de Pelotas comemora seus 115 anos Laís Soares Fundada em 12 de outubro de 1898, a atual Associação Rural de Pelotas (ARP) começou sua história como Sociedade Agrícola Pastoril do Rio Grande do Sul, formada por um grupo de professores da Escola de Agronomia e Veterinária de Pelotas. À frente da diretoria estava

Expediente

Cad. Especial 87ª Expofeira de Pelotas ADILSON KEMS CRUZ M.E. Unidade Pelotas: CNPJ: 08.007.848/0001.54 Av. Imperador Dom Pedro I, 1886 sala 1 Bairro Fragata - Pelotas - Fone/Fax: (53) 3281.1514 Diretor Geral: Adilson K. Cruz; Projeto Gráfico: Luana Jahnke; Diagramação: Jéssica Madruga, Jéssica Nunes e

o primeiro presidente da entidade, Dr. José Cipryano Nunes Vieira. No primeiro ano de sociedade, foi realizada a I Exposição Agrícola do Estado e, em 1908, o I Congresso Rural do Rio Grande do Sul, eventos que instigaram nas demais regiões do Estado a criação da Federação das Associações Rurais do Rio Grande do Sul. Em 1922 a Sociedade

Agrícola Pastoril do Rio Grande do Sul passou a se chamar Sociedade Agrícola de Pelotas, ocupando uma área de mais de 43 hectares, no bairro Três Vendas, o atual Parque de Exposições Dr. Ildefonso Simões Lopes - em homenagem ao ilustre pelotense, filho do Visconde da Graça, e que foi ministro da agricultura durante o governo de Epitácio Pessoa.

Somente em 3 de outubro de 1945, com a reformulação completa de suas instalações, é que foi oficialmente inaugurado o parque de exposições da Sociedade Agrícola de Pelotas, que em 1967 passou a se chamar Associação Rural de Pelotas. Representar e defender os interesses da classe agropecuária são os objetivos da Associação Rural que se

Luana Jahnke; Jornalista Responsável: Adilson Kems Cruz - DRT/RS 13240; Assessora de Comunicação: Laís Soares, Manuelle Motta; Impressão: Jornal do Povo Ltda; Departamento Administrativo: Nathália Cruz Unidade Canguçu: CNPJ: 08.007.848/0002-35 - Rua: Osvaldo Aranha, 403 - Fone/Fax: 3252.7782

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Fechamento das edições: Comercial: Até as 12h de quarta-feira Redação: Até as 13h de quarta-feira O Jornal Tradição Regional não se responsabiliza por conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados. Permitimos a reprodução total ou parcial dos artigos desde que citada a fonte.


03 destaca pelo seu papel de aglutinadora das atividades ligadas a agricultura e pecuária, na zona sul. A Expofeira de Pelotas representa o mais importante evento da entidade, projetando Pelotas nacional e internacionalmente. Segundo o atual presidente da ARP, Rodrigo Fernandes de Souza da Costa, nestes 115 anos a Associação passou por altos e baixos. “Mas, de alguns anos para cá, ela vem se recuperando. Eu diria que estamos num momento auge da

Associação, não só pelas Expofeiras, mas por todas as possibilidades e parcerias”, disse. Ainda de acordo com Costa, a ARP deve seu avanço à congregação de seus núcleos e associados. “O ponto forte é quando a Associação descobre que dentro dela mesma tem 32 entidades que podem trabalhar em sinergismo, em prol de um objetivo comum, e isso tem um poder que arrasta. Uma coisa é se trabalhar sozinho, outra é reunir todas as enFotos: Divulgação

Expofeira mostra que desde antigamente Pelotas é um importante polo agropecuário da região

Na foto, julgamento de Pôneis em uma edição da Expofeira de Pelotas

tidades com seus associados”, afirmou, orgulhoso, o presidente. A missão atual da Associação é unir produtores rurais e lideranças da Zona Sul do Estado em prol dos interesses da classe agropecuária e do desenvolvimento regional sustentável, bem como ter por visão o reconhecimento das comunidades da Zona Sul, até dezembro de 2015, como uma promotora deste desenvolvimento sustentável, com Expofeiras que atendam as necessidades regionais em padrão internacional de qualidade, através de um parque modelo para interação rural urbana e sua evolução. “Com o trabalho conjunto não há limites para o desenvolvimento. Podemos chegar num futuro com qualida-

de de vida muito positivo para a região”, disse Costa. O trabalho da atual diretoria foi destacado por todos os núcleos da Associação como um fator primordial no avanço das atividades da ARP, marcando que a entidade não se trata de um clube social, mas de um agente transformador da realidade. “Hoje a Associação tem as ferramentas para realizar uma transformação. Ela pode fazer a ponte entre a sociedade organizada e os órgãos governamentais. Esse é o grande desafio, ela é uma jovem de 115 anos, devido ao seu comportamento rejuvenescido”, finalizou o presidente.


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O encanto dos pôneis na 87ª Expofeira Na programação constam julgamentos, provas, desfiles e passeios. Público poderá conferir toda a versatilidade do “pequeno cavalo” Manuelle Motta Eles chamam atenção por onde passam, principalmente das crianças e dos idosos. Com bom temperamento para o trabalho, dóceis e visualmente bonitos, os pôneis, mais uma vez, são uma das atrações da Expofeira de Pelotas. Para criadores e apreciadores da raça, julgamento morfológico, prova de função e remate. Já para as crianças, desfile de fantasias e passeios de charrete. As atrações, idealizadas pelo Núcleo Sul de Criadores de Pônei, buscam mostrar aos visitantes do evento toda a graciosidade do animal. A frente do núcleo há dois anos, a advogada Ana Maria Quintana se diz uma apaixonada pelo pequeno equino desde a infância. “Fui uma criança estimulada pelo pai a gostar desses animais. Cresci andando em pôneis. Em 2009 virei criadora, comecei a participar de exposições e demonstrar minha paixão pela raça. Acho que isso me levou a presidência do núcleo, que busca estimular novos criadores e apre-

sentar esse animal encantador ao público”. A motivação com que fala dos pôneis foi essencial para superar algumas dificuldades e conseguir mostrar na Expofeira um bom trabalho. “Passamos por uma fase complicada no núcleo, que é um dos primeiros do Estado. Tínhamos poucos criadores expondo em feiras, além de es-

Fui criada andando em pôneis. Minha paixão pelos cavalinhos me trouxe até aqui” Ana Maria Quintana tarmos instalados em um lugar sem muitas estruturas. Nosso primeiro objetivo ao assumir foi buscar um novo local junto à presidência da Associação Rural, que entendeu a necessidade e cedeu um novo espaço para os pôneis. Acredito que isso tenha motivado os expositores, já que depois disso foi necessário construir mais 20 baias, além das que já tinham”, ressalta animada.

Ana exercendo uma de suas paixões, lidar com os pôneis

Criadores de diversas cidades do Estado, como São Lourenço do Sul, Viamão, Monte Bonito e Pelotas estão presentes no evento e ao contrário das últimas edições, onde o número de animais expostos não passou de 20, a 87ª Expofeira tem 60 pôneis distribuídos entre galpão e parque. Além da Prova de Função, que estimula a iniciação das crianças na montaria e o uso do equino para o esporte, os pôneis participam também do Julgamento Morfológico, que analisa saúde, estética e comportamento, e do remate, que disponibilizará em torno de 15 animais, sendo alguns já domados. Mas entre os destaques da participação dos pequenos cavalos, como são conhecidos popularmente, o desfile de fantasiais, já realizado em outros eventos, e os passeios de charrete prometem encantar a criançada. Logo depois do julgamento, a ser realizado na sexta-feira (11), pôneis vestidos de noiva, bruxa, princesa e odalisca mostrarão toda a versatilidade do animal, que segundo Ana, não precisa de grandes cuidados e pode ser criado até mesmo como bichinho de estimação. Já o passeio de charrete busca aproximar as crianças da realidade rural, além de levá-los ao mundo encantado, onde princesas são conduzidas por lindas carruagens. É exatamente esse fascínio despertado nos pequenos que fascina e motiva Ana a buscar novas perspectivas para movimentar o setor. Sediar a exposição nacional de pôneis, realizada geralmente em Belo Horizonte, é uma das ações. Segunda ela, a Associação Rural de Pelotas tem a estrutura necessária para comportar um evento dessa importância, e seria mais um estímulo para o criador da região. Além disso, o

Fotos: Reprodução

O passeio de charrete, conduzido por um adulto, promete divertir a criançada

núcleo estuda ainda a possibilidade de tornar os remates locais televisionados, auxiliando o pequeno agricultor na parte mais complicada do negócio, que é venda. “Queremos tirar esse agricultor da mão dos atravessores e ajudá-los a disponibilizar seus animais para todo Brasil”.

Atrações 11/10 - sexta-feira 9h e 14h - Julgamento Local - Pista central Desfile de Pôneis (fantasiados) 12/10 - sábado 10h - Prova de Função Local - Pista bovinos (atrás pista/remates) 15h - Remate Local - Pista central/remates 13/10 - domingo À tarde - Desfile dos campeões

Curiosidades O pônei é um equino de baixa estatura. Além da semelhança morfológica, apresenta a mesma resistência que o cavalo; Assim como todo animal, se criado solto no campo, longe do trato com as pessoas, pode se tornar selvagem, mas em geral é manso e fácil de lidar; A estatura do pônei brasileiro fica em torno de 100 cm para machos e 110 cm para fêmeas; O pônei cresce até dois anos, mas só é considerado adulto aos três. Devido a inteligente e docilidade, são utilizados em terapias. Nos Estados Unidos, já foram registrados casos de mini pôneis treinados para conduzir cegos, devido a sua percepção e memória.


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Cosulati

Leite foi pauta em reunião na quarta-feira Assessoria de Imprensa De olho na melhoraria dos índices de produtividade e preocupada em oferecer informações de gestão e estratégias para a cadeia produtiva do leite, a Cooperativa Sul-Rio-Grandense de Laticínios (Cosulati) realizou nesta quarta-feira (9) o 4º Encontro Técnico de Produtores de Leite. A Embrapa Clima Temperado foi a entidade apoiadora. Os mais de 200 produtores da região inscritos para o evento foram trazidos ao parque através de ônibus fretados sob a coordenação de técnicos agrícolas da Cooperativa, que operam junto às propriedades rurais no interior dos 40 municípios que a Cosulati vem atuando. A atividade oportunizou debates sobre cooperativismo, produção competitiva e qualidade. “São temas de suma importância para os cooperados, que poderão trocar e atualizar informações úteis para o dia a dia no campo”, desta-

cou a coordenadora de Comunicação e Marketing, Viviane Retzlaff. O evento abriu com a palestra “Como produzir leite de forma competitiva no sul do país?”, com o consultor da Transpondo Pesquisa Treinamento e Consultoria Agropecuária, Wagner Beskow, seguido por uma palestra sobre as ações do LabLeite, ministrada pela pesquisadora da Embrapa, Maria Edi Rocha Ribeiro. “É uma grande responsabilidade nossa como empresa pública, que utiliza recursos públicos, e por isso, temos que devolver de alguma forma para a sociedade”, comentou a pesquisadora, que reconhece a importância do trabalho conjunto entre Embrapa e Cosulati, tanto para o consumidor, quanto para os produtores e transportadores. Após o almoço, os presentes puderam acompanhar o case de uma propriedade cooperada da Cosulati e a última palestra, sobre o programa “Mais leite de qualidade”, com João Cunha, da SEAPA.

BRDE abre exposição fotográfica Protagonistas do Desenvolvimento RS Assessoria de Imprensa O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) inaugurou nesta segunda-feira (7), na 87ª Expofeira de Pelotas, a exposição fotográfica “Protagonistas do Desenvolvimento – Rio Grande do Sul”, em comemoração aos seus 52 anos. A mostra, assinada pela fotógrafa amadora e técnica do BRDE, Vera Ambrozi, retrata o desenvolvimento gaúcho capturado em fotos de diversas empresas clientes do banco. Imagens para revelar a estética dos setores produtivos que impulsionam a economia do Rio Grande do Sul.

Empresas da região, como Cosulati, Cerealle e Karolinska, figuram na mostra que coloca em foco segmentos econômicos de diversas regiões gaúchas. Os cataventos gigantes da Ventos do Sul, imagem-símbolo da exposição, mostram o quanto o banco tem apostado em projetos inovadores ao longo de sua história. Há mais de dez anos, quando a energia eólica ainda era vista com desconfiança, o BRDE financiou mais de R$ 70 milhões para o projeto da Ventos Sul, pioneiro no Brasil e hoje o maior parque eólico do país. A exposição fica aberta à visitação durante toda a Expofeira.


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Crédito Rural na Expofeira de Pelotas Assessoria de Imprensa A Caixa Econômica Federal está presente até domingo (13) no maior evento da região no segmento do agronegócio, a 87ª Expofeira de Pelotas. O Caminhão do Agronegócio, unidade móvel de atendimento da Caixa, que divulga e disponibiliza o crédito rural, está no Parque de Exposições Doutor Ildefonso Simões Lopes, da Associação Rural de Pelotas. A atuação no crédito rural integra a estratégia do banco de desenvolver novos negócios e ampliar o portfólio de produtos e serviços. O objetivo é oferecer processos ágeis, com procedimentos simplificados para operações de menor valor, possibilitando a contratação do crédito em curto espaço de tempo. Os recursos são destinados ao custeio agrícola e pecuário e ainda operações de investimentos em máquinas e equipamentos, aquisição de animais e projetos de infraestrutura rural. A participação da Caixa no segmento rural traz novos recursos para o agro-

negócio, que atualmente movimenta cerca de 30% do PIB nacional. A região extremo sul ocupa hoje, na Caixa, a 8º posição em contratação do Crédito Rural Pessoa Física, com expressivos valores já contratados nos municípios de Pelotas, Bagé, Camaquã, Canguçu, Dom Pedrito, Jaguarão, Pinheiro Machado, Santa Vitória do Palmar, São Lourenço do Sul e Sertão Santana. Para o superintendente regional Extremo Sul, Adilson Christovam, o crédito rural constitui significativa oportunidade para a Caixa no mercado de agronegócios. “Para a nossa região, que tem

A atuação no crédito rural integra a estratégia do banco de desenvolver novos negócios e ampliar o portfólio de produtos e serviços.

um perfil eminentemente agropecuário, esse produto vem para incrementar os

negócios da instituição, beneficiando produtores e cooperativas”.

Crédito Rural A Caixa oferece crédito para produtores, cooperativas e agroindústrias, em diferentes tipos de culturas: soja, milho, trigo, arroz, feijão, sorgo, café, laranja, cana e algodão. A Caixa também financia atividades pecuárias, incluindo os segmentos de bovinos, suínos, aves, ovinos e caprinos. Para ampliar a atuação no segmento do agronegócio, foi lançado em setembro, o Crédito Rural – Comercialização, que apoia produtores e cooperativas para estocagem e beneficiamento de produtos agropecuários. O Crédito Rural Caixa está disponível em mais de mil agências, em todas as capitais e nas cidades com forte atuação no agronegócio. A relação das agências pode ser consultada no site www.caixa.gov.br.


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“Jersey: a raça ouro do Brasil” Se trabalhado corretamente, o rebanho pode ser sinônimo de qualidade, economia e lucro certo Foto: Manuelle Motta

Manuelle Motta A atividade leiteira vive um momento diferenciado e o produto final tem se valorizado cada dia mais. O pecuarista que dispor de animais de qualidade sentirá, literalmente no bolso, o retorno do trabalho. O rebanho de Jersey, mesmo menor do que o de Holandês no Estado, tem despertado o interesse do produtor, já que o leite derivado dessas vacas conta com uma taxa de proteínas e gorduras maior. Cerca de 12% do produto final é de sólidos e são exatamente esses sólidos que determinam o valor pago pela indústria, que busca produtos rentáveis. Um exemplo claro é na fabricação do queijo. Se usarmos leite de outras raças para produzir um quilo do alimento será necessário cerca de 11 litros. Da Jersey, somente oito. Além de produzir um leite mais nutritivo, com 15% a mais de cálcio e 20% a mais de proteínas, a Jersey se destaca pela capacidade de converter pasto em leite e pela facilidade de adaptação em diferentes tipos de sistemas, estabulado ou a pasto, e de climas, sendo mais tolerante ao calor. Outra vantagem de trabalhar com a raça é que por serem animais de porte menor, não necessitam de tanto alimento, além de apresentarem menos problemas de pés e pernas. Mas como todo animal de leite, o manejo é um pouco mais delicado. Segundo o presidente da Associação de Criadores de Gado Jersey de Pelotas (ACJPel), Darcy Bitencourt, até mesmo detalhes da rotina podem influenciar na produção. “Se tu trata o animal de forma diferente um dia, se muda a alimentação ou fornece menos água ele já não produz tão bem. Por isso é importante desenvolver um trabalho sério e rigoroso”. O presidente, que também é pesquisador da Embrapa Clima Temperado, fala com propriedade sobre o assunto, afinal, são mais de 15 anos dedicados a desenvolver sistemas que potencializem a produção. No currículo, participação em órgãos importantes para o setor, como na Câmara Setorial do Leite, na Comissão Nacional de Pecuária de Leite e na CPI do Leite, em meados de 2002. Mas a criação de um centro que recria animais da raça Jersey, situado dentro da Estação Terras Baixas da Embrapa, é um dos seus maiores orgulhos. O Centro de Recria e Seleção de Bovinos da Raça Jersey (Certon) foi fundado em 2008, a partir de uma experiência bem sucedida, realizada de 1998 a 2003, na recria de bovinos. No princípio, o Certon foi criado para dar destino aos touros nascidos no Sispel, que é um Sistema de Pesquisa e Desenvolvimento

“ Julia, vencedora na Expointer, já produziu 42 litros de leite em 24 horas, cerca de 20 litros a mais do que vacas “normais”

em Pecuária Leiteira, instalado também por ele na década de 90. As vacas eram aproveitadas, mas os terneiros machos ficavam sem utilidade. Bitencourt resolveu então pegar esses animais, que estavam magros e soltos no banhado e recriar. A ideia inicial era trabalhar somente com touros e novilhas nascidos naquele espaço e selecionados como animais de potencial. O pesquisador lembra que na primeira exposição de Jersey foi colocado fora do galpão, longe dos outros animais. A razão era simples, só tinha touros e teoricamente ninguém iria querêlos. “As pessoas do meio achavam que nós éramos loucos. Mas aos poucos começamos a vender os animais que recriávamos e foi um sucesso. Além de incentivar os produtores, vendendo terneiros a preços razoáveis, melhorávamos a genética da região, já que nossos animais vinham de uma das melhores cabanhas do mundo”. À medida que o trabalho foi se desenvolvendo, o pesquisador viu que além de dar destino a animais inutilizados, o método de recria poderia melhorar a genética da raça no RS, já que busca desenvolver o máximo do potencial dos animais. E por isso mesmo certos ajustes foram realizados. Antes, só terneiros e novilhas selecionados eram recriados. A partir de 2011, todos os bovinos nascidos no Sispel são acompanhados. Machos e fêmeas, ao serem desaleitados, com 60 dias, são enviados ao Certon para serem recriados e selecionados a partir de alguns pré-requisitos, como a quantidade de leite que produz. Para ser selecionada, a vaca, no 10º dia depois de parir, precisa estar produzindo mais de 20 litros de leite. Quando isso acontece, ela é visto como um animal diferenciado e continua sendo trabalhada até a terceira ou quarta cria, para depois

ser indicada para transferência de embrião. Os animais que não alcançam esse número são devolvidos para o Sispel.

Colhendo os resultados A sala do pesquisador, dentro do prédio principal do Certon, é a prova de que o trabalho vem dando certo. Medalhas, troféus, homenagens. São dezenas de títulos conquistados pelas feiras e exposições que participa. O último, e de que ele fala com mais orgulho, é a conquista do 1º Lugar no Concurso Leiteiro, acima de 26 meses, na Expointer 2013. A vaca que conquistou mais esse título e levou o nome da Embrapa Clima Temperado para o caderno internacional da Feira foi a “Embrapa 226 Julia Iara Jade”. A conquista era um dos alvos pessoais de Bitencourt. “Conseguimos ganhar um concurso leiteiro na Expointer, que era algo que buscávamos há muito tempo. Já tínhamos ganhado em diversos lugares, mas Esteio seria o ápice, e nós conseguimos”. Mas a recente vitória não fez com que o pesquisador se acomodasse. Além de querer aprimorar os resultados já obtidos e quem sabe concorrer em um concurso nacional, Bitencourt almeja vencer no Julgamento Morfológico da Expointer. “Nosso grande projeto agora é ganhar em pista na Expointer. Não será fácil, mas se conseguirmos teremos atingido as duas maiores conquistas em Jersey na América do Sul”.

Assim como o ouro, o Jersey é pequeno, amarelo e de grande valor. O Jersey é a raça ouro do Brasil” Darcy Bitencourt, presidente (foto) Divulgação/Paulo Lanzetta

O Jersey na Expofeira A participação do Jersey será intensa na 87ª edição da Expofeira. Superando até mesmo a Expointer, que reuniu cerca de 120 animais, a Associação Rural de Pelotas será palco para 127 bovinos, de 17 cabanhas, serem apreciados pelo público nos concursos leiteiro e morfológico. Além disso, 32 bovinos participam do remate, a ser realizado no sábado (12), às 12h. O Certon está representado através de 12 animais, sendo seis novilhas e seis vacas de leite.


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Exposição de cães é mais um dos atrativos da feira Organizada pelo Princesa do Sul Kennel Clube, a mostra acontece neste sábado (12) Laís Soares Com 63 anos de experiência em cinofilia – estudo, criação e desenvolvimento de raças caninas – o Princesa do Sul Kennel Clube realizará a segunda exposição informal de cães na 87ª Expofeira de Pelotas, neste sábado (12). De acordo com o presidente do clube, Antônio Ugoski a mostra deste ano será um Match, uma apresentação não oficial dos cães, com julgamento por um criador que entende dos animais, mas não possui o curso de juiz. “Todos os anos fazemos exposições oficiais de cães. Essa da Associação Rural é uma exibição municipal, que é mais simples, não exige rigor, sendo uma avaliação superficial”, disse Ugoski. Todas as raças de cães serão aceitas na exposição, sendo os animais registrados e de raça pura. Segundo o organizador, alguns criadores já estarão no local pela manhã, expondo filhotes para a venda e organizando o espaço. “Só não se faz exposição oficial porque não podemos realizar duas mostras no mesmo dia no Estado. Neste final de semana já estará acontecendo uma do Kennel de Caxias do Sul”, disse o presidente. A mostra apresentará cachorros de diversas raças para uma avaliação da anatomia e treinamento. O cachorro é apresentado limpo, escovado e treinado para andar na guia. “Eles também são treinados para mostrar os dentes, porque o juiz vê como é a mordedura do animal, além de analisar a aparência do cão, para ver se está no padrão da raça”, explicou o presidente, que também é criador da raça Terrier Brasileiro, mais conhecido como Fox Paulistinha.

Foto: Laís Soares/JTR

nito”. O Princesa do Sul Kennel Clube também realiza outras apresentações anuais, além da Expofeira. De acordo com Ugoski, são

aproximadamente quatro por ano. Para acompanhar as atividades do Kennel de Pelotas, acesse: princesadosulkennelclube.blogspot.com.br.

Confira também a data da próxima exposição oficial do grupo: Dia 10 de novembro - início às 9h30

23ª Exposição Internacional - Árbitro: Fabiano Grandi 82ª Exposição Panamericana - Árbitro: Luiz Paulo Henry Raeder 83ª Exposição Panamericana - Árbitro: Maria Alice Miranda Bicudo Inscrições até o dia 5 de novembro, às 18h pelo e-mail asunema@hotmail.com Valor da inscrição - R$ 120 - Filhote R$ 90 Local: Pavilhão de Eventos da Associação Rural de Pelotas

Ano passado a recepção dos cães foi muito boa, e com a parceria da Associação, o movimento deve só aumentar. “O público compareceu em peso no último dia de feira ano passado. Agora, o presidente da Associação está se comunicando muito. Acho que vai estar bem melhor este ano”, afirmou Ugoski, lembrando que além da exposição do Kennel, acontecerá uma apresentação de ovelheiros gaúchos, organizada por outro grupo. Sobre a apresentação no dia das crianças, a expectativa não poderia ser melhor. “Já fizemos algumas exposições em prol de outras organizações, e sempre há um grande público infantil”, disse. Ainda segundo o presidente, a reforma da praça de alimentação ajudará ainda mais a exposição dos animais. “Ano passado era bem complicado, tínhamos que ficar pregando o piso, mas agora ficou muito bo-

Foto: Reprodução/ARP

Exposição de cães foi sucesso no ano passado


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Embrapa destaca Agricultura Familiar e Produção Leiteira Parceria inicia trabalho organizado e continuado com agricultores familiares da Zona Sul Assessoria de Imprensa Um espaço voltado à agricultura familiar é uma das novidades na 87ª. Expofeira de Pelotas. Nesta edição, a área organizada para os agricultores familiares vai contar com a atuação da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas/RS, que divulgará informações e prestará dicas agropecuárias para este segmento da Agricultura, como exemplo, informações sobre o incentivo à produção de culturas integrantes do Projeto Quintais Orgânicos de Frutas. Durante a semana, um plantão de atendimento será oferecido ao público visitante. Segundo o técnico da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Estado, Antônio Queiroz Filho, a importância dada ao Pavilhão da Agricultura Familiar na Expofeira é um anúncio de articulação e de ações futuras junto a esse segmento. “Esse trabalho que vamos apresentar em parceria é o embrião da elaboração de eventos e de um trabalho continuado com a Agricultura Familiar”, propôs. “Ficaremos junto com o público para quem trabalhamos”, explica a analista da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Andréa Noronha. O pavilhão de 300 m² abriga cerca de 20 pequenas agroindústrias e artesãos, para a demonstração e comercialização de produtos diversos. Nesta área os visitantes poderão conferir pescado, horticultura, plantas ornamentais, apicultura, sementes, conservas e produtos coloniais da agroindústria familiar, lã e artesanato e as ações entre as cooperativas da região. O local vai representar a produção dos agricultores familiares vindos de Arroio do Padre, Arroio Grande, Candiota, Cerrito, Jaguarão, Pedro Osório, Pelotas, Pinheiro Machado, São José do Norte, Santa Maria e Santa Vitória do Palmar. O projeto Quintais Orgânicos de Frutas, em evidência neste pavilhão, traz dados interessantes para quem quiser ingressar no Sistema ou entender a importância da ação. Os Quintais ocupam uma área de 1.200 m², podem ser implementados para um público urbano ou rural, envolvem o plantio de 18 espécies frutíferas, 13 espécies de hortaliças, duas espécies de nativas, sementes de milho e feijão, usam corretivos e fertili-

Foto: Manuelle Mota/JTR

zantes e servem como quebra-ventos nas propriedades. O projeto surgiu em 2004, através da parceria da Embrapa com a Eletrobrás CGTEE, e abrange os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. São mais de 110 municípios favorecidos, superando o índice de 42,3 mil beneficiários diretos. A proposta é contribuir com a segurança alimentar e melhorar a qualidade de vida das famílias. O público-alvo do projeto são agricultores familiares, assentados, comunidades quilombolas e indígenas, escolas urbanas e rurais, universidades e instituições assistencialistas.

Espaço Institucional A Embrapa, desde sua criação em 1973, participa da Expofeira de Pelotas trazendo tecnologias, as mais novas variedades de cultivares e realiza palestras e seminários informativos para os produtores rurais. Entre os destaques no estande estão as forrageiras BRS Kurumi, BRS Ponteio e BRS Resteveiro. Na realização de palestras, na segunda-feira (7), o pesquisador Jamir Silva falou sobre o Sistema de Várzea em áreas próximas a rios, especialmente inundadas em períodos de cheias, e como está o desenvolvimento do seu projeto sobre Tecnologias de Manejo e Introdução Lavoura-Pecuária para o Bioma Pampa, dentro da programação do Sistema Várzea Lavoura-Pecuária-ABC, em parceria com o Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), no auditório da Vetesul, dentro do Parque. Também na programação de fóruns, hoje (10), pela manhã, haverá a apresentação das áreas demonstrativas de pastagens, na Aeapel, numa realização entre a Embrapa e a Cooplantio. Às 14h, a empresa junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), dentro da Casa da Amizade, realizará o debate Alimento, Territorialidade e Qualidade de Vida.

As culturas cultivadas pelo projeto Quintais Orgânicos de Frutas são um dos destaques do espaço institucional da Embrapa

Exposição de Animais A Embrapa também leva animais para os julgamentos da raça Jersey e Concurso de Ordenha na 87ª. Expofeira de Pelotas, que acontece na sexta-feira (11) e no sábado (12), na pista B, numa realização do Núcleo de Criadores de Gado Jersey. A participação será com 11 exemplares da raça do Centro de Recria e Seleção de Bovinos da Raça Jersey (Certon) e com uma fêmea PO Jersey, que vai concorrer ao leilão de gado no dia 12. A vaca Jersey 226 Júlia Iara Jade será destaque na Exposição, assim como foi na Expointer 2013. Comparada com outras vacas Jersey, é possível notar a diferença de produção de 226 Júlia Iara Jade. Desenvolvida na Embrapa, mesmo que aparentemente igual aos animais da sua raça, o exemplar de Jersey produz uma média de 37 a 40 litros de leite, em ordenhas realizadas em um período de apenas 24 horas, enquanto as outras vacas, quando em boa forma, têm uma média de 17 litros. Com destaque ao alto nível de produção, Júlia Iara foi criada através de Fertilização In Vitro, sendo usada genética de bons

animais como base para multiplicação. Outra característica desse modelo de reprodução é o aumento do número de crias por ano, já que com a técnica várias vacas podem ser inseminadas com os embriões de qualidade superior, sendo possível uma média de cinco terneiros por ano, não apenas um. Darcy Bitencourt, o pesquisador responsável pelo Sistema de Pesquisa e Desenvolvimento de Pecuária Leiteira na Embrapa Clima Temperado (Sispel), esclarece que o animal possui qualidade superior não só por sua genética diferenciada, mas também por sua boa criação. “Uma boa criação propicia o animal a se desenvolver, é uma oportunidade para ele usar seu máximo desempenho”, explica. Sendo o setor leiteiro, uma parte tão importante para o agronegócio, a potencialização dos animais feita pela Embrapa estimula a maior produção leiteira e, consequentemente, favorece o produtor rural. “A contribuição é a geração e transferência de tecnologias para melhorar atividades e gerar maior renda ao produtor”, completa Bitencourt.


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Exposhow 2013

Do tradicionalismo ao “Camaro Amarelo” Laís Soares Desde a edição do ano passado a Expofeira de Pelotas vem investindo em shows de grande porte, com a intenção de aumentar a integração entre o público da cidade e do campo e valorizar a feira. Nesta 87ª edição a Expofeira aprimorou as atrações, trazendo não uma, mas quatro mega atrações, a tradicional gravação do Programa Galpão Crioulo e um festival nativista. “A feira vem mudando. Ano passado, por uma questão de prazos, tivemos apenas um grande show. Este ano temos sete apresentações na arena de shows durante toda a feira, mais de 300% no incremento em shows musicais, nacionais e internacionais”, disse Kenia Pinheiro, da X13 Produções, produtora do evento. As atrações musicais começaram com a 5ª edição do Festival da Canção - Tradição e Coragem, que teve mais de 500 inscritos e 12 músicas pré-selecionadas por um júri, com apresentação nos primeiros dias de evento. Além dos selecionados, os músicos Joca Martins, Leonel Gomez e Jari Terres marcaram presença no evento. O projeto foi financiado pelo programa Pró-cultura/RS e contou com músicas brasileiras, uruguaias e argentinas. Hoje (10) é a vez do show da argentina Soledad Pastorutti, a “La Sole”, consagrada por sua música que enriquece o folclore argentino e também o gaúcho, marcando a tradição com uma voz que encanta a todos que a conhecem. Soledad sobe ao palco da arena de shows na noite de hoje, às 21h. Até o fechamento desta edição, os valores dos ingressos para o show de La Sole custavam R$ 25 a pista, R$ 60 a Área Vip, R$ 150 o espaço On Stage, com bebida liberada, e R$ 600 a mesa para quatro pessoas. Na sexta-feira, dia 11, a Exposhow fica por conta de Munhoz e Mariano, que vão animar o público com o famoso “Camaro Amarelo”. A dupla de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, terá como atração de abertura Lucas e Felipe, os músicos do gênero que têm maior ascensão no mercado nacional. A abertura do show será às 22h. Para comemorar o Dia das Crianças, no sábado (12) nada melhor do que a galinha mais famosa do Brasil, a Galinha Pintadinha, que fará o show às 15h para o público infantil. Com elementos visuais lúdicos e educativos, o espetáculo é extremamente interativo e a plateia é convidada a cantar, brincar e dançar com os personagens favoritos da criançada: a Galinha Pintadinha, o Pintinho Amarelinho, a Baratinha, a Borboletinha, o Galo Carijó, o Galinho, o Sapo, e outros, resgatando as canções infantis populares

brasileiras. No último dia de feira, dia 13, o tradicionalismo volta à arena de shows com a gravação do Programa Galpão Crioulo, apresentado por Neto Fagundes e Shana Müller, trazendo sempre o melhor da cultura gaúcha, com danças, personagens e muita música. A gravação será aberta ao público, e promete muita animação no encerramento do evento. Lembrando que, de segunda à sexta feira a entrada na 87ª Expofeira é franca, em função da programação de palestras técnicas para os produtores. Só será cobrado o seguro do veículo que ficar no estacionamento. Ainda, segundo Kenia, quem comprar qualquer um dos ingressos para os shows da Exposhow – Soledad Pastorutti, Munhoz e Mariano ou Galinha Pintadinha – ganha a pulseira do show, que é passaporte para a feira, podendo entrar de graça no sábado e domingo. “A gente quer que as pessoas convivam o maior tempo possível e desfrutem de tudo que a Expofeira está oferecendo de uma forma não onerosa. A Associação quer isso, incentivar e promover o lazer”, disse a produtora. Os ingressos podem ser encontrados na Rede Tchê Farmácias de toda região, nos Postos Paulo Moreira e pelo site da Blueticket, além das lojas Deltasul em Rio Grande. Confira os valores até o fechamento desta edição:

Valores dos ingressos

Munhoz e Mariano e Lucas e Felipe animarão o público com o melhor do sertanejo na noite de amanhã, dia 11

Soledad Pastorutti

Pista - 1° Lote - R$ 25 Área Vip - 2° Lote - R$ 60 Mesa (para quatro pessoas) 1° Lote - R$ 600 On stage (open bar) - 2° Lote - R$ 150

Munhoz e Mariano Abertura: Lucas e Felipe

A Galinha Pintadinha será a maior atração para as crianças no sábado

Pista - 1° Lote - R$ 25 Área Vip - 1° Lote - R$ 50 Camarote - Esgotado On stage (open bar) - 1° Lote - R$ 120

Galinha Pintadinha

Área Vip - 1° Lote - R$ 30 Área Vip (Meia-entrada) - 1° Lote - R$ 15 Mesa (Inteira – com comida e bebida liberados) - 2° Lote - R$ 60 Mesa (Meia-entrada) - 2° Lote – R$ 30 Pista (Inteira) - 2° Lote - R$ 20 Pista (Meia-entrada) - 2° Lote - R$ 10

Soledad Pastorutti abrirá as apresentações da Exposhow hoje (10)

Além do desfile dos campeões, o domingo contará com a gravação do Galpão Crioulo


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Confira a

Programação da 87ª Expofeira Quinta-feira (10)

7h - Concurso Leiteiro - Pavilhão Leiteiro 7h30 - Políticas Agrícolas para Zona Sul - Salão Nobre - ARP, SDR, SDE, Azonasul, ALM 8h - Julgamento Morfológico Eq. Crioulos Pista Central - NSCCC 9h - Julgamento Hereford/Braford - Pista Rústicos - NSCHB 9h - Aplicação Código Ambiental - Vetesul Farsul/7º Reg/Sind.R.Pelotas 10h - Áreas Demonstrativas de Pastagens Aeapel - Cooplantio 13h - Crédito Empresarial Rural ABC - Aeapel Sicredi 14h - Alimento, Territorialidade e Qual. de Vida - Casa da Amizade - Embrapa/MDA 14h - Plano de Segurança Rural da Zona Sul Vetesul - Farsul/7º Reg/Sind.R.Pelotas 14h - Concurso do Jurado Jovem - Pista Rústicos - Núcleo Heref/Braf. 14h - Continuação Julgamento Morfológico Equinos Crioulos - Pista Central - NSCCC 16h - Mobilização na Cadeia Produtiva do Arroz - Vetesul - Federarroz 16h - Coquetel Hereford - Nucleo Hereford 17h - Remate Hereford e Braford - Genet. Em Dose Dupla - Pavilhão Álvaro Azevedo Knorr 18h - Término de entrada/Julg. Adm. Credenciadora - NSCCC 18h30 - Lançamento do projeto: Estratégias para o desenvolvimento sustentável da vitivinicultura no Arco Sul - Casa da Amizade - Ag da Lagoa Mirim 18h45 - Desfile de lançamento Coleção Primavera - Verão 2014 - Pavilhão Multifeira -

Correaria Dima 19h30 - Recepção Mérito Rural 2012 - Salão Nobre - Associação Rural 21h - Remate Potros do Sul - Pavilhão Álvaro Azevedo - Casarão

22h - Show Soledad Pastorutti Pav. Shows - ARP/X13

Sexta-feira (11)

8h - Julgamento Morfológico Equinos Crioulos de Campo - Pista Central - NSCCC 8h30 - Turismo no Mercosul - Auditório Vetesul - Costa Doce 9h - Julgamento Pônei - Pista Central - Núcleo Pônei 11h - Grandes Campeonatos Morf. Eq. Crioulo - Pista Central - NSCCC 12h - Reunião Almoço por Adesão Palestra Desafios do Desenvolvimento Sustentável Brasileiro. Palestrante: Príncipe Bertrand de Orleans e Bragança - Restaurante/Salão Nobre - ARP/ALIANÇA 13h30 - Turismo no Mercosul - Auditório Vetesul - Costa Doce 14h - Julgamento Credenciadora de Inéditos Pista de Provas - NSCCC 14h - Julgamento Jersey Gado Jovem - Pista B 14h - Julgamento Pônei - Pista Central Núcleo Pônei 14h - Julg. Ovinos - Pista Central - Casa Ovelha 14h - Julg. Equinos Quarto de Milha - Pista Central - ARP 16h - Jovem Puxador de gado Holandês -

Pista Central - Núcleo Holandês 16h - Inovações Rentáveis para Várzea - Cooplantio/Fundação Emp. 17h30 - Entrega de Prêmios Morfologia Equinos Crioulos - Sede NSCCC - NSCCC 18h - Remate Angus Santa Eulália- Pav. Álvaro Azev. - Knorr Remates 20h - Jantar Mérito Agronômico - Casa da Amizade - Aeapel

Provas - NSCCC 14h - Bazar da Casa da Amizade - Casa da Amizade - Rotary 14h - Dia de Muita Alegria - Mega Parque Salaberry 15h - Remate Pônei - Pav. Alv. Azevedo Núcleo Pônei 15h - Remate Devon - Pavilhão Álvaro Azevedo - Núcleo Devon

Sábado (12)

20h - Camerata Pomerana - Arena de Shows Sesc 21h - Remate Cavalos Crioulos - Tamanca Pavilhão Álvaro Azevedo - Crioulo Remates

21h - Show Munhoz & Mariano (com abertura Lucas & Felipe) - Pav. Shows - ARP/X13

8h - Provas funcionais Credenc. Equinos Crioulos - Pista de Provas - NSCCC 8h30 - Julg. Holandês Gado Jovem - Pista Central - Núcleo Holandês 9h - Julg. Jersey Vacas - Pista B - Núcleo Jersey 9h - Julg. Cavalos Crioulos/Credenciadora Pista de Provas - NSCCC 9h - Julg. Pardo Suiço - Pista Central - ARP 9h - Julg. Devon Galpão - Pista Rústicos 9h - Julg. Devon Rústicos - Pista Rústicos 14h - Julg. Holandês Gado Adulto - Pista Central - Núcleo Holandês 14h - Apresentação de Border Collie - Salaberry 14h - Cont. Provas Funcionais Cred. Eq. Crioulos - Pista de Provas - NSCCC 14h - Exposição de Cães - Pista D - Kanell Club 14h - Julgamento Cavalos Crioulos - Pista de

15h - Galinha Pintadinha - Arena de Shows - ARP/X13

Domingo (13)

8h - Finais Credenciadora Equinos Crioulos Pista de Provas - NSCCC 9h - Mostra Ovelheiro Gaúcho - Estande Salaberry - Assoc. de Criadores de Ovelheiros Gaúchos 11h - Julgamento morfológico Ovelheiro Gaúcho - Pista Central - Assoc. de Criadores de Ovelheiros Gaúchos 11h30 - Entrega de Prêmios Credenciadora Equinos Crioulos - Pista de Provas - NSCCC 15h - Gravação do Programa Galpão Crioulo Arena de Shows 15h - Prova de Aparte de Quarto-de-Milha Mangueiras - Associados 16h30 - Desfile de Campeões 18h - Remate Só Angus - Pavilhão Álvaro Azevedo - Casarão




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Recepção aos destaques da produção rural Título de Mérito Rural e medalha Dr. Nunes Vieira serão entregues durante a abertura oficial da feira Laís Soares Realizada hoje (10) à noite, a entrega dos prêmios Mérito Rural e Medalha Dr. Nunes Vieira evidenciam os destaques na agropecuária brasileira ou regional e os profissionais que prestam serviços à Associação Rural de Pelotas (ARP), respectivamente. Escolhido através de indicação de um número expressivo de sócios da ARP, e após uma votação secreta pelos conselhos técnico, fiscal, consultivo e a diretoria executiva, a homenagem de Mérito Rural deste ano será entregue ao produtor rural Mário Ubirajara Rota Anselmi, que também é presidente da Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares. Já a medalha Dr. Nunes Vieira será entregue ao diretor da ARP, Rony Vencato Bilhalva. Tradição anual durante a Expofeira, o evento contará com um churrasco de

A entrega dos prêmios Mérito Rural e Medalha Dr. Nunes Vieira evidenciam os destaques na agropecuária brasileira ou regional e os profissionais que prestam serviços à Associação Rural de Pelotas (ARP), respectivamente marcação, no Salão Nobre da Associação Rural. “Será na mais tradicional hospitalidade gaúcha. Churrasco de fogo de chão, onde as pessoas comem de pé e vão se servindo com a mão. Isso faz parte da tradição gauchesca. Já que é um Mérito Rural, vamos recebê-lo da maneira dos fazendeiros, dos produtores rurais”, disse o presidente da ARP, Rodrigo Fernandes da Costa. Ainda segundo o presidente, Mário Ubirajara receberá o título de Mérito Rural por ser um produtor destaque, com uma cabanha de renome internacional, e por ter uma atividade de interesse coletivo, já que é presidente da Associação Na-

cional de Criadores Herd-Book Collares. “Ele é um exemplo de top produtor rural, não só no arroz irrigado, na integração lavoura-pecuária, mas na cabanha de touros. Reconhecemos o mérito do trabalho dele como homem público, que trabalha pelo interesse coletivo, e como exemplo de empresário rural”. Para a medalha Dr. Nunes Vieira a indicação foi do também produtor rural e diretor da ARP, Rony Vencato Bilhalva, como reconhecimento aos trabalhos prestados para a Associação nas parcerias firmadas, na intermediação de relações e até na administração de obras no parque. “É uma pessoa que tem 74 anos de idade

e décadas de serviços prestados na cidade de Pelotas, mas especialmente na Associação Rural. Ficaria impossível cumprir as atividades da feira sem essa participação”, completou o presidente.

Recepção de Mérito Rural e Concessão da medalha Dr. Nunes Vieira Data: quinta-feira, dia 10 Hora: 19h30 Local: Salão Nobre da Associação Rural de Pelotas. *A solenidade contará com um churrasco de confraternização, ao redor do fogo de chão


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O MANEJO DA CULTURA DO MILHO COM A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA BT O milho Bt é obtido através da inserção de segmentos de DNA de uma proteína (chamada proteína Cristal),presente na bactéria de solo Bacillus thuringiensis, no DNA do milho. Liberados para comercialização no Brasil no ano de 2007, os híbridos com a tecnologia YieldGard® foram os primeiros híbridos Bt comercializados pela DuPont Pioneer no Brasil. Após a aprovação comercial, a partir de 2009 a Pioneer passou também a comercializar os híbridos com a tecnologia Herculex® I, que além da tecnologia de proteção contra insetos, confere também a tolerância ao herbicida Glufosinato de Amônio, registrado para a aplicação em pós emergência do milho com a marca Liberty®. E, a partir de 2012, passaram a ser comercializados os híbridos com a tecnologia Optimum™ Intrasect™ que combina as tecnologias YieldGard® e Herculex®I, ampliando o espectro de proteção contra insetos. Todas essas ferramentas configuram mais uma opção para o manejo integrado de pragas e de plantas daninhas. Combinado com boas práticas de manejo, o uso da tecnologia resulta em benefícios como a redução de custos através do menor número de aplicação de inseticidas, ganhos em rendimento, melhoria na qualidade de grãos, e ação da proteína inseticida durante todo o ciclo da cultura. Porém, ainda com a utilização da tecnologia, é necessário o constante monitoramento da lavoura para verificar se existe ou não a necessidade de controle complementar através da utilização de inseticidas. Além disso, outras pragas até então consideradas secundárias, como percevejos e pulgões, após a utilização dessas tecnologias, passaram a ter um grande impacto nas lavouras, mantendo a necessidade de aplicação de inseticidas químicos. Além da utilização correta das práticas de Manejo Integrado de Pragas, é extremamente importante a adoção de programas de Manejo de Resistência de Insetos, preservando assim a susceptibilidade das populações de insetos à toxina Bt.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) O manejo integrado de pragas, segundo a FAO, é um “sistema que associa o ambiente e a dinâmica populacional da espécie, utilizando todas as técnicas e métodos apropriados de forma tão compatível quanto possível, mantendo a população da praga em níveis abaixo dos capazes de causar dano econômico.” O monitoramento da lavoura é parte integrante e fundamental do MIP, e juntamente com o nível de dano econômico e nível de controle, dão subsídio para o produtor definir o momento correto, e a melhor forma de controle de pragas na lavoura.

A Importância do Monitoramento O monitoramento da lavoura é o primeiro passo para a implementação de um correto manejo integrado de pragas. O monitoramento deve iniciar mesmo antes do plantio, sendo que o produtor que optar pelo plantio de híbridos de milho com a tecnologia Bt, de forma isolada, ou em associação com o tratamento de sementes, deve monitorar tanto a pré-cultura quanto a lavoura, pois a presença de lagartas remanescentes na palhada (em sistema de plantio direto), a existência de lagartas não controladas pela tecnologia Bt, fatores que propiciam o ataque de pragas, como irrigação em um ambiente árido, plantio de milho sobre milho, sobreposição verão e safrinha, compactação, problemas de sanidade, controle de plantas daninhas deficientes, estresse hídrico prolongado, entre outros, ou a ocorrência de forte pressão de lagartas e outros insetos, podem aumentar a necessidade de aplicações complementares com inseticidas.

1. Dessecação Antecipada e Aplicação de Inseticidas As culturas antecessoras ao milho, podem funcionar como plantas hospedeiras para as principais pragas que atacam a cultura. Assim, no plantio de milho verão, principalmente no sistema de plantio direto, a pressão de pragas na fase inicial da cultura pode ser maior quando comparada ao plantio convencional. Neste caso, uma das principais estratégias para a redução da população inicial de inse-

tos, é a realização da dessecação antecipada da cultura de inverno (manejo em pré-plantio) com pelo menos 30 dias de antecedência ao plantio do milho. Recomenda-se uma segunda dessecação logo antes da semeadura, visando o controle do primeiro fluxo de plantas daninhas após a primeira dessecação. O uso de inseticidas registrados juntamente com a dessecação (principalmente na segunda dessecação), auxilia na redução da população inicial de pragas, principalmente aquelas que são o principal desafio para o tratamento de sementes; ajuda no controle de lagartas de ínstares mais avançados, que podem causar danos no estabelecimento inicial da lavoura, mesmo em lavouras com a tecnologia Bt; e contribuem para a manutenção do estande inicial da lavoura.

2.Utilização do Tratamento de Sementes Industrial O Tratamento de Sementes Industrial (TSI) com inseticidas é uma pratica que visa o controle das pragas iniciais da lavoura, reduzindo assim os danos causados pelos insetos, que resultam em redução do estande, e no aparecimento de plantas dominadas. A escolha do tratamento correto de acordo com o espectro de pragas que se pretende controlar, associada com a utilização de processos industriais, assegura, além do controle mais eficaz destas pragas, em uma maior segurança na dose de aplicação, maior comodidade para o produtor, que recebe a semente pronta para plantar, e menor envolvimento de funcionários da fazenda com o manejo de inseticidas, além de redução de embalagens para descarte. 3.Definição do Nível de Dano

Após a implementação da lavoura, o monitoramento continua a ser importante para a melhor tomada de decisão em relação ao controle de pragas. A decisão de se realizar ou não uma aplicação complementar de inseticida depende de um bom monitoramento e amostragem correta. Cada grupo de pragas possui um padrão de amostragem especifico, e diferentes níveis de dano econômico. Para os insetos lepidópteros, recomenda-se a adoção de um padrão de amos-

tragem em zigue-zague, ou de perímetro, sendo que devem ser amostradas 20 plantas em sequencia, distantes no mínimo 30 metros da entrada da lavoura (bordadura). Esta amostragem deve ser realizada em pelo menos 5 pontos diferentes da lavoura, totalizando um total de 100 plantas. No caso da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), tanto em lavouras convencionais, quanto em lavouras com a utilização da tecnologia Bt, recomenda-se o controle com inseticidas quando 17% das plantas apresentarem lesões circulares ou indefinidas no cartucho, de até 1,3 cm de comprimento nas folhas novas ou já expandidas (nível 3 ou superior da Escala Davis). Além disso, recomenda-se observar a presença de lagartas vivas de terceiro instar (até 10mm). Em regiões onde historicamente há maior pressão do inseto Spodoptera frugiperda (região do Brasil Central) e, principalmente sob condições ambientais que favorecem a ocorrência de um rápido e melhor desenvolvimento do inseto, possibilitando um maior número de gerações, recomenda-se antecipar o controle com inseticida utilizando- se como paramento o nível de 10% de plantas atacadas. No caso de aplicação complementar, recomenda-se uma nova visita a lavoura pelo menos cinco dias após a aplicação para a verificação da efetividade da mesma. Quando mais de uma aplicação for necessária, recomenda-se a rotação de diferentes princípios ativos de inseticida. Nas lavouras com a utilização da tecnologia Bt, não se recomenda a aplicação de inseticidas orgânicos que tenham como base o Bacillus thuringiensis. Além disso, quando o percentual de plantas cortadas rente ao solo, ou com coração morto for superior a 3%, e a lavoura se encontrar entre os estágios de desenvolvimento V1 a V6 (entre uma folha completamente expandida ate 6 folhas completamente expandidas), deve ser realizada a aplicação de inseticidas. A presença deste tipo de dano pode indicar que existem insetos remanescentes da cultura anterior, uma vez que é necessário que as lagartas tenham aparelho bucal completamente desenvolvido para esse tipo de dano. Para o controle de insetos sugadores (percevejos, pulgões e cigarrinhas), recomenda-se o controle inicial, e caso necessário, o controle através de aplicação


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de inseticida foliar na ultima entrada do trator, ou aplicação aérea, caso a cultura se encontre em um estágio mais avançado de desenvolvimento.

4.Rotação de Culturas A rotação de culturas, reduz a fonte de inóculo de doenças para a cultura subsequente e reduz a população inicial de alguns insetos praga. Além disso, auxilia no manejo das plantas daninhas (possibilidade de alternar herbicidas e modos de ação), o que acarreta maiores produtividades no sistema.

5. Manejo de Resistência de Insetos (MRI)

O Manejo de Resistência de Insetos é um importante componente do manejo integrado de pragas. A utilização

de diferentes estratégias no controle dos insetos, assim como o uso de diferentes modos de ação de inseticidas, retarda o aumento da população de insetos resistentes. Mesmo no caso de lavouras com a tecnologia Bt, é importante o correto manejo da lavoura para se evitar o aparecimento de populações resistentes e preservar a tecnologia. A resistência de insetos é uma característica genética que pode estar presente nos insetos mesmo antes da utilização de qualquer método de controle. O que o produtor deve evitar é a seleção desses indivíduos resistentes a determinada prática de controle, seja ela a utilização de inseticidas ou de biotecnologia. No caso específico das lavouras com a tecnologia Bt, uma prática im-

portante no manejo de resistência, é a utilização das áreas de refúgio. Define-se como área de refúgio o plantio de uma área proporcional a não menos que 10% do plantio com híbridos com a tecnologia Bt. Nas áreas de refúgio, não se recomenda a aplicação de inseticidas orgânicos que tenham o Bacillus thuringiensis como principal ingrediente ativo. O principal objetivo das áreas de refugio, é a manutenção de uma população de insetos alvo de qualquer das tecnologias Bt, que não seja exposta a proteína inseticida. Assim, quando adultos, estes insetos podem se acasalar com um possível sobrevivente a tecnologia Bt, naturalmente resistente, transmitindo a característica de susceptibilidade para as gerações futuras, preservando assim a tecnologia.

Norma de Coexistência Além da utilização das práticas de MIP e MRI, é importante que o produtor que opte pela utilização da tecnologia Bt, respeite a Norma de Coexistência. A Norma de Coexistência (Resolução Normativa N. 4), ordena que o produtor que plantar qualquer híbrido geneticamente modificado, deve respeitar uma distância mínima de 100 metros entre sua lavoura e a lavoura convencional vizinha, ou realizar o plantio de 10 linhas de milho convencional de mesmo ciclo e porte, além de uma distância de 20 metros. O agricultor que descumprir a norma de coexistência poderá ser fiscalizado e está sujeito as sanções previstas em lei.


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Fotos: Laís Soares

O pavilhão recebeu piso, pintura e nova disposição interna

Um novo espaço para uma nova feira Revitalização da praça de alimentação foi prioridade durante a organização da Expofeira Manuelle Motta A 87ª Expofeira veio para marcar o antes e o depois do evento. Além de trazer atrações nacionais e internacionais,

e um espaço destinado para a agricultura familiar, a revitalização de parte do pavilhão Jorge Gertum, onde desde o ano passado é montada a praça de alimentação, foi uma das principais preo-

cupações da Associação Rural de Pelotas (ARP) e da X13 Produções, organizadora e produtora da feira, respectivamente. Além da praça de alimentação, o ambiente comporta esse ano 23 estandes,

que oferecem ao público opções em vestuário, serviços, acessórios e entretenimento. Desde o início do ano, quando a feira começou a ser pensada, a


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“Posso dizer que o trabalho na Associação Rural nos deu tudo que temos hoje. E não só financeiramente, por que nesse tempo conquistamos amigos que sempre nos prestigiam”

Lira Kleinicke de Lima necessidade de adequar o espaço, destinado à alimentação, aos padrões exigidos pela vigilância sanitária foi prioridade. Para isso, foi colocado piso, quebrada algumas paredes e instaladas coifas, exaustores e gás encanado. Segundo Kenia Pinheiro, da X13 Produções, devido à falta de tempo, esse ano ainda não foi possível restaurar os banheiros e os dois mezaninos, que no ano que vem devem receber restaurantes de maiores proporções. “Tínhamos uma situação precária nesse aspecto. Fizemos as coisas mais urgentes. Pretendemos, até 2015, reestruturar o pavilhão por completo”. As opções de alimentos vão desde comidas típicas bahianas até a famosa ala minuta de Lira Kleinicke de Lima, a dna Lira, esposa do seu Lima, e proprietária do restaurante mais antigo da Expofeira. Há 40 anos, a Associação Rural é “a casa” do casal durante a segunda

semana de outubro. “Nós começamos numa barraca com lona, vendendo cachorro quente de linguiça. Depois vieram os lanches prensados e o prato feito. Hoje a nossa especialidade é a ala minuta”, lembra a “manda chuva” da cozinha. Além de complementar a renda da família, a feira acaba fazendo com que, tanto os parentes próximos, como os distantes se reencontrem. “Todo mundo ajuda. Meus cinco filhos cresceram nos vendo trabalhar aqui e hoje, sempre que podem, nos ajudam”, ressalta Lira. O trabalho é intenso. Antes das 7h o casal chega para servir o café da manhã aos expositores. Tempo livre é escasso. Quando não estão preparando a cozinha para as próximas refeições, estão servindo lanches ou no supermercado fazendo as compras. Mas a esposa de seu Lima não reclama. “Posso dizer

Nas horas vagas, escassas durante os sete dias de feira, dona Lira coloca o assunto em dia com os clientes de mais de duas décadas

que o trabalho na Associação Rural nos deu tudo que temos hoje. E não só financeiramente, por que nesse tempo conquistamos amigos que sempre nos prestigiam”. Os amigos que Lira fala são os peões, cabanheiros e funcionários da própria ARP que durante os sete dias de feira fazem todas as refeições no Restaurante Lima. “Acredito que atendemos 90% do pessoal que vem trabalhar na feira. Todos nos conhecem, afinal são 40 anos aqui dentro”. Uma dessas pessoas que Lira fala é o chefe de campo Antônio da Costa. Há 29 anos ele frequenta o Restaurante Lima e suas preferências já são conhecidas pelo pessoal da cozinha. “Lembro do filho mais novo deles pequeno, correndo aqui na volta. É tanto tempo que até já sabem que meu bife leva queijo em cima, já nem preciso mais pedir.”. Segundo Lira, a nova estrutura facilitou muito a rotina do restaurante. Até o ano passado, a praça de alimentação era dentro de um dos galpões, que não oferecia a estrutura indicada para o ramo. Mesmo depois da mudança para

o atual pavihão, as condições ainda eram precárias. “Não podíamos realizar outra feira dessa grandeza sem ter as condições apropriadas para isso, principalmente na praça de alimentação. Não podemos colocar a saúde das pessoas em risco”, complementou Kenia. Em frente ao espaço destinado a alimentação, uma outra novidade. Uma feira com 23 estandes, que oferecem ao público diversas opções em vestuário, acessórios e serviços. A loja Mariannas, expondo pela primeira vez no evento, viu na Expofeira a oportunidade de divulgar as duas lojas do centro. A caixa operadora Paula Nunes, há três anos na função, acredita que principalmente os shows atrairão um grande público. “Trabalhamos com mercadorias que chamam a atenção, fáceis de comercializar. A Expofeira será uma vitrine pra nós, mais uma forma das pessoas conhecerem a loja e quem sabe ficarem clientes”. O pavilhão Jorge Gertum fica ao lado do pavilhão de shows. Entre alimentação e variedades, 29 estandes foram distribuídos nos 2.200 m², que para a feira recebeu um cuidado especial.

Pela primeira vez expondo na Expofeira, a loja Mariannas vê a oportunidade como uma vitrine


24 Foto: Laís Soares / JTR

A vitrine para o que há de melhor na nossa terra Crescendo a cada edição, a Expofeira de Pelotas vem recuperando e ocupando o espaço de maior evento rural da Região Sul do Estado

Arena coberta foi construída especialmente para a Exposhow, ao lado da praça de alimentação

Laís Soares Organizada desde o começo deste ano, a 87ª Expofeira de Pelotas gera em seus organizadores apenas uma coisa: grande expectativa. Segundo

o presidente da Associação Rural de Pelotas, Rodrigo Fernandes de Souza da Costa, foram realizadas reuniões no final da edição passada da feira, o que identificou os pontos positivos e negativos da edição, para começar a

montagem da Expofeira deste ano. “A nossa intenção foi planejar um evento para superar em ao menos 25% a feira do ano passado. Porém, acho que o sonho foi passando por cima da realidade, e, se o tempo for bom, a

este espaço dentro do parque, sendo um processo embrionário. Futuramente evoluiremos para cursos de jardinagem”, completou. As palestras técnicas sobre viticultura e enologia também foram inovações da região mostradas na feira. “Já trouxemos no ano passado este trabalho junto com o CAVG-IFSul e os produtores da Serra do Sudeste, e este ano estamos mantendo para valorizar o que é da nossa terra e mostrar as qualidades do vinho que é produzido na região de Pinheiro Machado”, disse o presidente. O Seminário de Bovinos de Corte, atração com grande público desde a última edição, mudou o foco para

este ano, priorizando não só os estudantes, mas o produtor rural, já que a feira tem o máximo de qualidade genética nas raças Angus, Montana, entre outras, e está no topo da praça de remates de equinos e bovinos de corte. Também sucesso na edição de 2012, o Fórum da Lagoa dos Patos volta nesta 87ª edição, trazendo uma diversificação importante para a feira. “A presença do Fórum marca a missão da Associação, que é o desenvolvimento regional sustentável. Isso para nós é aproveitar o momento”, completou Costa.

Programação técnica Contando com quase 70 eventos técnicos, de segunda à sexta-feira, a programação técnica da Expofeira é, certamente, um dos maiores destaques do evento. Para valorizar essa área do evento, a produção da feira, realizada pela X13 Produções, com a coordenação de Kenia Pinheiro, optou por manter a entrada franca nos cinco primeiros dias de evento, a fim aumentar o debate dentro de cada núcleo, trazendo mais público, estudantes e produtores. Segundo Costa, a floricultura, com um evento realizado na segunda-feira (7) pelo CAVG-IFSul, foi um dos destaques da edição. “Queremos abrir

Expofeira tem o potencial de superar em 50% o evento do ano passado”, afirmou o presidente.

Desde a última edição, após seu sucesso, os núcleos abraçaram a ideia de engrandecer o evento, junto com a diretoria e a produtora.


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Os núcleos “O trabalho com os núcleos foi excepcional”, disse o presidente. O trabalho em grupo pode ser visto nas reuniões realizadas sobre a Expofeira e, segundo Costa, esta foi uma relação recuperada desde o ano passado. “Por falha minha, ainda tem algumas entidades que estão recém se integrando. Conseguimos grandes parcerias com a divulgação do evento, ainda mais quando as pessoas percebem que, embora a Associação seja uma entidade com 115 anos e aparente ser conservadora, ela é arrojada em muitas coisas. Não convenço a diretoria a nada, as ideias nascem nela, que é apenas um gru-

po conservador na sustentabilidade financeira”. Desde a última edição, após seu sucesso, os núcleos abraçaram a ideia de engrandecer o evento, junto com a diretoria e a produtora. “O convívio com as pessoas está muito agradável, não há nenhuma disputa acirrada com relação a recursos. Todos entendem que devem colaborar, que há um norte, que deve ser perseguido e que é muito melhor ser parte de um grande projeto do que ser dono de um que não é nada. O mais gratificante na realização do evento é isso”, destacou o presidente.

A produtora Responsável desde o ano passado pela parte organizacional da Expofeira de Pelotas, Kenia Pinheiro, da X13 Produções, é também uma das grandes responsáveis pelo sucesso do evento na região. “Vim somar, junto com os diretores e a presidência. A feira vem mudando. Ano passado, por uma questão de prazos, tivemos apenas um grande show. Este ano temos durante sete dias, sete apresentações na arena de shows, mais de 300% no incremento em apresentações musicais nacionais e internacionais”, disse Kenia. Segundo a produtora, a feira precisa de um “choque”. “Na qualidade de visitante da Expofeira, a gente podia visualizar as faltas que ela tinha, coisas que eu achava que tinha que ter. Para este ano fizemos a reforma da Praça de Alimentação, faltando apenas os banheiros, conseguimos qualificar em mais de 100% os estandes, mas sempre há mudanças a serem feitas. Aqui é a minha segunda casa. Aceitei o desafio de produzir a Expofeira, então eu sou ela 100% do meu tempo. Eu vesti a camiseta”. Para o próximo ano, Kenia diz que a ideia é implantar uma área de dinâ-

mica no parque, para que o produtor não participe apenas de uma feira de implementos agrícolas, mas que possua espaço para fazer negócios e ver demonstrações dos equipamentos que estão à venda na feira. “Pensamos em até quatro hectares só de inovação tecnológica”, completou. Ainda de acordo com Kenia, a Associação quer incentivar e promover o lazer, para que as pessoas desfrutem o máximo possível da Expofeira. “Antigamente as pessoas se programavam. Esperavam o ano inteiro pela Expofeira. É isso que a gente quer que aconteça de novo, que seja um evento simpático para a população. Que as pessoas sintam vontade de fazer um chimarrão, sentar embaixo de uma árvore e assistir um julgamento. Vir assistir um leilão. Buscamos o despertar das pessoas pra essa feira, que é tão linda. Te revitaliza estar dentro desse parque maravilhoso, que possui 43 hectares na melhor localização da cidade, nobre, diferenciada, com acesso perfeito e estacionamento para mais de dois mil carros. Enfim, a intenção é proporcionar um evento de qualidade para as pessoas da cidade e do campo”.

Praça de alimentação, no pavilhão Jorge Gertum, foi restaurado para esta edição da Expofeira

Pontos Negativos Para Costa, o que impede um maior avanço na realização da Expofeira são os cancelamentos por parte de empresas, parceiros e expositores. “Isso é o que mais me desgasta. Temos cerca de cem pessoas trabalhando voluntariamente, colaborando, mas sempre tem umas dez pessoas que trabalham para dar errado, e fazem um grande estrago”. Segundo o presidente, uma das grandes realizações da Expofeira de Pelotas é superar essas pessoas que vêm

causando a decadência econômica da região há mais de quarenta anos. “Há um espírito impregnado na nossa cultura, de um pequeno grupo de pessoas, que está aqui para criticar e atrapalhar, em todos os segmentos da sociedade. A Expofeira reúne mais de 50 entidades, que conseguem trabalhar em conjunto e integrar seus interesses pessoais ao interesse coletivo e ceder, flexibilizar, isso eu acho que é a nossa maior vitória”.

A nossa intenção foi planejar um evento para superar em ao menos 25% a feira do ano passado. Porém, acho que o sonho foi passando por cima da realidade, e, se o tempo for bom, a Expofeira tem o potencial de superar em 50% o evento do ano passado” Rodrigo Fernandes de Souza da Costa - Presidente da Assossiação Rural de Pelotas


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Novidades A reforma da Praça de Alimentação é a novidade mais comentada desta edição da feira. Passando por uma reformulação completa, á exceção dos banheiros, a praça está agora dentro dos padrões exigidos pela vigilância sanitária, equipada com coifa, exaustor, gás encanado e piso novo. “Tínhamos uma situação precária nesse aspecto, que precisava ser arrumada urgentemente. Não podia ser realizada outra feira dessa grandeza sem ter uma praça de alimentação condizente, porque segurança alimentar tem que ser vista em primeiro lugar, não podemos colocar a saúde das pessoas em risco”, disse Kenia. Outro destaque desta edição é o reforço no Pavilhão da Agricultura Familiar, que agora conta com apoio da Emater, Embrapa e Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR). Serão aproximadamente 23 expositores dentro do agronegócio, da indústria, artesanato e agricultura familiar oferecendo produtos de alta qualidade para os visitantes da feira. A credenciadora ao Freio de Ouro é, da programação, o que mais entusiasma os organizadores. A prova, primeira do ciclo para a Expointer de 2014, acontece pela primeira vez em uma Expofeira, e agregará público para o evento. Os primeiros colocados nesta etapa participarão de uma classificatória regional, para depois concorrer ao Freio de Ouro 2014, maior prova da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Um convênio com a Exposição do Prado, do Uruguai, também é uma das novidades desta Expofeira. Segundo o presidente da ARP,

os representantes da exposição firmaram um convênio com a Expofeira, que servirá como uma troca de experiências e integração de parceiros e produtores rurais. A ideia é que a Expofeira monte um estande na próxima exposição no Uruguai, e que a ExpoPrado também tenha um espaço a partir da 88ª Expofeira. “O sucesso da feira será consolidado este ano, isso porque a satisfação do público urbano ainda não era bem atendida. Ano passado se recuperou isso”, disse Costa. Para o presidente, a feira busca melhoras para a região no momento que se discutem os gargalos de cada cadeia produtiva, apresentando soluções que podem vir na forma de políticas públicas, e quando se reflete sobre os problemas e as qualidades da terra. “A Expofeira não pode ser só uma festa. Eu prefiro que venham 30 mil pessoas, e sejam bem atendidas, do que 80 mil que não aproveitam o evento. Se com as 30 mil forem discutidas cada cadeia produtiva e apresentadas as soluções para os problemas da nossa terra e seus possíveis avanços, essa será a maior contribuição. Serão 30 mil pessoas que vão irradiar as coisas boas da nossa cultura. Preferimos focar em qualidade a quantidade. O sujeito tem que entrar aqui e aprender coisas novas, sair diferente”. Segundo os organizadores, até 2015 a Expofeira de Pelotas estará mostrando todo seu potencial, podendo competir, inclusive, com feiras internacionais. “Porém, as pessoas precisam ver que o evento está mudando, e se superando a cada ano. Esse é o grande desafio”, afirmou o presidente.

Seminário aborda a Pecuária de Corte Assessoria de Imprensa Com o objetivo de trazer uma apreciação especializada sobre o cenário atual, diante das mudanças ocorridas na matriz produtiva da pecuária de corte da região, foi realizado, na última terça-feira (8), o Seminário Pecuária do RS: Reflexões em Tempo de Mudanças. Segundo o conselheiro técnico da Associação Rural de Pelotas e um dos organizadores do evento, José Luiz Martins Costa Kessler, o seminário buscou explicitar as consequências que as recentes mudanças ocasionarão a bovinocultura, além de indicar as oportunidades e os desafios que serão gerados pela nova realidade. O evento destinou-se aos produtores rurais, técnicos e estudantes da área das Ciências Agrárias e foi dividido em dois momentos. Pela manhã, aconteceram três palestras que abordaram o que está acontecendo no interior das propriedades. O momento serviu para analisar os temas de natureza econômica e suas projeções futuras, bem como os aspectos

técnicos que se destacam na integração das atividades agrícolas com a pecuária de corte. Já na parte da tarde, ocorreram outras três palestras que trataram do exterior da propriedade. A importância das estatísticas para análise da atividade de produção de carne foi levantada, além de dados de rebanho e do abate no RS, e da participação no cenário nacional. Ainda foram apresentados temas referentes ao crescimento dos processos de controle da produção, através de programas de certificações, marketing setorial e construção de marcas, além do impacto disso no mercado. O encontro, que reuniu como palestrantes o economista Antônio da Luz, o assessor econômico da Farsul, Carlos Gottschall, o professor da Ulbra, Davi Teixeira, o consultor do Serviço de Inteligência em Agropecuária, Fernando Velloso, o consultor da Assessoria Agropecuária, José Américo da Siva e a diretora do Sindicato Rural de Lavras do Sul, Yara Suñé, encerrou com um debate sobre a importância da cooperação e do associativismo. Foto: Reprodução

O seminário buscou explicitar as consequências que as recentes mudanças ocasionarão a bovinocultura


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Cavalo Crioulo: o destaque da 87ª Expofeira de Pelotas Laís Soares Atração inédita na Expofeira, a Credenciadora ao Freio de Ouro 2014 traz à 87ª edição da feira uma maior evidência para o Cavalo Crioulo. A raça, que ocupa lugar de destaque no cenário nacional, é de um cavalo multifuncional, capaz de desenvolver com excelência todas as atividades de um cavalo de sela, além de ser rústico e adaptável a todas as regiões do país. Mesmo com participação atuante nas expofeiras anteriores, com a vinda da Credenciadora de Inéditos trará mais público ao evento, principalmente de criadores. Segundo Eduardo Neto de Azevedo, diretor de exposições da Expofeira, e colaborador do Núcleo Sudeste de Criadores de Cavalos Crioulos (NSCCC), a participação da raça no evento será divida em morfológica, funcional (com a credenciadora) e em leilões. Sobre a atuação da Credenciadora, Azevedo disse que ela acontecerá durante três etapas: na quinta e sexta-feira são analisados os machos e as fêmeas em separado, sendo os animais ordenados por nota; no sábado acontecem as provas funcionais, com percurso demarcado para o cavalo realizar e três jurados analisando e pontuando cada performance. Dessa fase passam 50% dos animais para a final, no domingo, com mais três etapas, incluindo provas de rédea e trabalho com gado, de onde saem os quatro animais com maior pontuação, que ficam credenciados para a classificatória do Freio de Ouro de 2014. Segundo o presidente da ARP, a Credenciadora trará mais público, principalmente pessoas de alto poder aquisitivo, o que satisfaz a necessidade dos expositores, que vendem carros e tratores, por exemplo. “Com a união da feira com a credenciadora

esperamos um aumento de público e de participação. A expectativa é muito positiva”, disse Azevedo. Segundo ele, a organização do evento já melhorou muito desde 2011. “A exposição ganhou formato diferenciado e está tendo o trabalho conjunto de todos os núcleos. A mudança deu um crescimento muito bom para a Expofeira. Esse ano a expectativa é de superar todas as expectativas”, completou. Lembrando que para a entrada de animais no parque é necessária a apresentação de Exame de Anemia Infecciosa, atestado de um veterinário sobre a vacina da Influenza e GTA.

1ª Rodada do Conhecimento

Promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), foi realizada na quarta-feira (9), no auditório da Vetesul, a 1ª Rodada do Conhecimento, uma apresentação teórica sobre reprodução, focando tecnologias, como as transferências de embriões e inseminação artificial, ministrada pelo médico veterinário e mestre em reprodução, Daniel Fernandes Pasquini. O evento também contou com a apresentação em pista, por três profissionais, dos principais passos de uma de exposição de raça. O médico veterinário e ferrageador, Ibsen Votto, iniciou a mostra abordando os cuidados com os cascos e aprumos, seguido do treinador e domador Claiton Jardel, que falou sobre as apresentações dos animais em pista. Fechando a programação, o médico veterinário e superintendente adjunto do Serviço de Registro Genealógico da ABCCC, Ricardo Vieira Borges, apresentou as etapas e peculiaridades do julgamento da raça. Foto: Reprodução/ABCCC

Credenciadora de Inéditos trará mais público para Expofeira

Programação Cavalos Crioulos Quinta-feira (10)

8h - Julg. Morfológico 14h - Cont. Julg. Morfológico 18h - Final entrada animais da Credenciadora de Inéditos/Julg. Admissão

Sexta-feira (11)

8h - Julg. Animais de Campo 11h - Grandes Campeonatos 14h - Julgamento Credenciadora de Inéditos 19h - Entrega de Prêmios

Sábado (12)

8h - Julg. Funcional da Credenciadora de Inéditos 14h - Continuação do Julgamento

Domingo (13)

8h - Final da Credenciadora de Inéditos Jurados: Morfologia - Eduardo Neto de Azevedo Credenciadora - Cesar Augusto Rabassa Hax, Eduardo Neto de Azevedo e Renato Morroni Técnico - Cláudio Neto de Azevedo


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Feira de agronegócios e de espaço para coleta de materiais eletrônicos Desde a terça-feira (8), o Ceadi encontra-se na entrada da Expofeira recolhendo materiais eletrônicos considerados sem utilidade Assessoria de Imprensa Através do projeto “REconstruindo: do lixo a esperança”, o Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Integral (Ceadi) Planeta Vivo, realizará a segunda coleta de materiais eletrônicos considerados sem utilidade por seus proprietários, buscando o descarte correto dos aparelhos, durante a Expofeira. O recolhimento será nesta quinta-feira (10), e no sábado (12), das 13h às 17h, na entrada pela avenida Salgado Filho. Serão recolhidos computadores e monitores, impressoras, televisores, rádios, celulares, câmeras fotográficas, entre outros. Além da coleta e recuperação de eletroeletrônicos sem utilidade, o projeto pretende transformá-los em fonte de trabalho e renda, montar novos microcomputadores e destiná-los as escolas do município, qualificar jovens nas áreas de montagem e desmontagem de computadores e inclusão digital, através de oficinas de capacitação e educar a comunidade acerca das práticas ambientais sustentáveis. A

primeira coleta, foi um sucesso, arrecadando aproximadamente 15 toneladas de material. De acordo com Andrea Silveira, pedagoga do projeto, na segunda quinzena de outubro o Ceadi também estará realizando o cadastro dos jovens interessados em fazer parte das primeiras turmas para o curso em manutenção de computadores. O grupo colocará em operação, ainda a partir da segunda quinzena deste mês, os primeiros três Ecopontos de coleta de resíduos eletrônicos de Pelotas, em parceria com a abastecedora Paulo Moreira. “Este é um projeto de cunho social e ambiental, não tem a finalidade econômica e nem de lucro, mas para que o CEADI mantenha suas atividades e projetos sociais, prestamos uma serie de serviços ambientais como licenciamento ambiental, planos de gerenciamento de resíduos, laudos ambientais, estudos de impacto ambiental (EIA/Rima), além de palestras e cursos de Educação Ambiental”, afirma Andrea.

Sobre o Ceadi

O Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Integral Planeta Vivo é uma Ong nascida em 2006, reconhecida e qualificada pelo Ministério da Justiça, como uma Organização Sociedade Civil de Interesse Público. A organização tem por objetivo promover o desenvolvimento social e econômico, a valorização do indivíduo e a ampliação do potencial das organizações que criam e mantêm empreendimentos sustentáveis à vida. O CEADI tem por missão proteger da degradação ambiental o espaço onde estamos inseridos, reparar os danos impostos ao meio ambiente por atividades predadoras e pela negligência humana. Como tantas outras instituições, o Centro desenvolve projetos junto aos desprovidos de recursos, focando a juventude - crianças e adolescentes da periferia - e a terceira idade.

Sicredi Zona Sul presente na Expofeira de Pelotas Cooperativa destina recurso à aquisição de animais, máquinas e equipamentos agrícolas e fomento às cadeias produtivas Assessoria de Imprensa A Sicredi Zona Sul já disponibilizou para seus associados em 2013 mais de R$ 100 milhões de reais em operações crédito rural. Para a linha de investimentos com recursos do BNDES, foram mais de R$ 30 milhões de reais. Esses valores representam o reflexo do sistema cooperativo como agente financeiro do homem do campo em cada uma de suas regiões de atuação. Entre as linhas oferecidas pelo Sistema, através do BNDES, estão o Pronaf Mais Alimentos, o PSI e o Moderinfra. O crédito é destinado à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, sistemas de irrigação e fomento às cadeias produtivas. O Sicredi destina também recursos do MCR e da captação de poupança com taxas equalizadas pelo Tesouro Nacional que são utilizados para a aquisição de animais, custeio agrícola e pecuário. De acordo com Gerente Regional de Desenvolvimento, Daniel Peglow, o objetivo da

Cooperativa é apoiar o desenvolvimento dos associados, garantindo recursos e fornecendo o suporte necessário para que eles possam fazer seus investimentos da melhor forma possível. “Cada vez mais queremos estreitar o relacionamento com nossos associados e com a comunidade local”, salienta Daniel. O Sicredi estará presente nos tradicionais espaços de negociações da Expofeira, com uma a equipe de profissionais especializados para indicar qual o melhor produto para a necessidade de cada associado. Em 2013, o Sistema Sicredi protocolou na Expointer mais de 2,9 mil pedidos de financiamentos de investimento no valor total de R$ 412,7 milhões. Na região de atuação da Cooperativa Sicredi Zona Sul, os pedidos também estão sendo protocolados, visando atender as necessidades de investimentos dos seus associados. Os associados devem procurar a sua unidade de atendimento ou o estande do Sicredi na Expofeira para mais informações.


Arte: Luana Jahnke / JTR

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Diretoria da Associação de Arrozeiros é empossada durante a Expofeira Entidade que integra Pelotas, Turuçu e Capão do Leão, foi criada no começo deste mês Assessoria de Imprensa Rizicultores da Zona Sul gaúcha criaram, em assembleia geral no dia 2 de outubro, a Associação de Arrozeiros de Pelotas, Turuçu e Capão do Leão, elegendo por aclamação o produtor Gustavo Ayub Lara como seu primeiro presidente. O encontro aconteceu na Associação dos Engenheiros e Agrônomos de Pelotas (Aeapel). A posse da diretoria e instalação da entidade estão previstas para esta quinta-feira (10), durante a 87ª Expofeira de Pelotas, na Associação Rural do município, com a presença do presidente Henrique Osório Dornelles, da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz). Esta será a 27ª associação vinculada à Federarroz. Para Dornelles, trata-se de um passo importante na consolidação da unidade setorial, uma vez que Pelotas é um dos berços da orizicultura mecanizada no Rio Grande do Sul, instalada há mais de um século, e que não tinha representação formal dos produtores. “Pelotas é o maior centro de processamento de arroz do Brasil, e esta associação dará novo fôlego e respaldo às ações setoriais”, considera. Para o presidente da Federação, é emblemática a eleição de Gustavo Ayub Lara para a presidência da entidade, “um jovem produtor, que demonstra este processo de revigoramento da lavoura e das entidades setoriais, em busca de uma relação política mais eficiente, moderna e efetiva com relação às questões da cadeia produtiva”, acrescenta.

O diretor-executivo da Federarroz, Anderson Belloli, acompanhou a assembleia geral e ressaltou que a motivação para que os produtores criem novas associações, revigorem as já estabelecidas e ampliem a representatividade setorial nos municípios ainda sem uma entidade local, faz parte das diretrizes estabelecidas pela atual diretoria. “São mais de 130 municípios produtores. Portanto, mesmo que nem todos tenham total condição de criar uma entidade filiada, se associados há espaço significativo para ampliarmos essa representação”, argumenta. Segundo Belloli, a consolidação destas associações classistas fortalece não só a Federarroz, mas ao conjunto setor produtivo como agente de mudanças e exemplo de função social. Faz parte de um esforço voltado à competitividade nos mercados doméstico e internacional, bem como para a consolidação de uma política agrícola pautada na solução de demandas que obstaculizam o efetivo desenvolvimento da orizicultura e o estabelecimento de medidas estruturantes para a lavoura e a cadeia produtiva, como a superação de deficiências logísticas. Gustavo Ayub Lara explicou que os primeiros passos da sua diretoria focam a formalização legal da entidade e fortalecimento setorial na Zona Sul. Pelotas, Turuçu e Capão do Leão têm cerca de 50 arrozeiros, que cultivam uma área aproximada de 17 mil hectares de arroz e perto de cinco mil hectares de soja em várzea.

Foto: Reprodução/Cereagro

Associação será a 27ª vinculada à Federarroz. Região não tinha representação formal dos produtores


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Arte: Luana Jahnke/JTR



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