Ribadouro Nº 170

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170 números

2º Período 2010 - 2011

Ano XXXIX


2 - Jornal Escolar Ribadouro

2º Período 2010 - 2011

Editorial

O nosso jornal escolar, já no seu número 170, que hoje vos chega às mãos acompanha a vida desta casa há 39 anos. Caminhada já longa mas ao mesmo tempo curta quando comparada com a vida desta instituição: 360 anos de existência que se completaram no passado dia 25 de Março. Este número dá-nos conta dessa memória que é nossa mas, ao mesmo tempo, da cidade que o viu nascer no distante ano de 1651 e o tem acompanhado ao longo de todo este tempo. É preciso não esquecer o significado desta efeméride. Nós não esquecemos! As páginas centrais do nosso jornal vão ser uma surpresa para muitos de vós. O nosso jornal dá ainda conta do que de mais significativo ocorreu neste 2º período lectivo e, aqui e ali, de alguns momentos vividos ainda em finais do 1º período e que ainda não foram dados a conhecer. Destaques, certamente que os há e a 1º página do nosso jornal reflecte isso mesmo. Em todos os números publicados incluímos um pouco do muito que por aqui se faz: a 5ª Peregrinação a Santiago de Compostela, as visitas de estudo realizadas, a Feira do Livro e o envolvimento de alunos, professores, escritores, o Teatro com os inúmeros momentos protagonizados dentro e fora da escola, as Festas de Natal e de D. Bosco, o Desporto Escolar … como sempre uma mão cheia das actividades que fazem mexer a escola. O período que se avizinha é curto mas vai exigir de cada um de nós muita aplicação. Fazemos votos que, face ao que nos é exigido, saibamos corresponder com aplicação e trabalho. O esforço final pode ser a chave do sucesso. Fazemos votos para que assim aconteça. Não queríamos terminar sem expressar os votos de uma Santa Páscoa para toda a Comunidade Educativa do Colégio.

De nada adianta Jesus Cristo ter morrido e ressuscitado se não entendemos por que Ele o fez.

Provincial dos Salesianos em visita ao COP Foi o próprio Pe. João de Brito, Provincial dos Salesianos que justificou a sua presença entre nós no encontro que manteve, no passado dia 24 de Março, no Salão Nobre, com os professores do Colégio, primeiro de muitos encontros que se realizaram com as demais valências da casa ao recorrer às Constituições Salesianas que determinam o carácter obrigatório dessa visita mas para quem, acrescentou, o fazia com o grado de quem reencontra, num espírito de família e de responsabilidade partilhada entre Salesianos e leigos, uma equipa empenhada em dar corpo aos princípios e ideais educativo-

Colégio dos Órfãos - Uma referência educativa no Porto Há cerca de seis anos que acompanho a realidade educativo-pastoral da presença salesiana do Colégio dos Órfãos do Porto nas suas valências de Escola (préescolar, ensino básico, secundário e curso tecnológico de produção gráfica), Lar para crianças e jovens em risco, Oratório-Centro Juvenil, grupos da Família Salesiana com uma expressão desportiva notável levada a cabo pelo Centro dos Antigos Alunos Salesianos (CAAS). Nesta obra salesiana desde há muito que está em acção o desejo expresso pelo Capítulo Geral 24 dos Salesianos de Dom Bosco: “Salesianos e leigos, acção conjunta”. De facto, graças a este “consórcio” progressivamente consolidado no tempo, a noção de corresponsabilidade na acção educativa tem sido uma constante nos quase sessenta anos desta presença salesiana na cidade do Porto. As várias gerações de jovens que por aqui têm passado usufruíram e continuam a usufruir deste ambiente educativo inspirado nos valores humanocristãos e com a marca salesiana. Quando há dias apresentava um jovem do Lar (a frequentar o curso de advocacia) ao cardeal salesiano Rafaelle Farina, aquando da sua passagem pelo COP, perguntei-lhe quando o poderia tratar por doutor. Respondeu-me de imediato que só faltavam dois anos. Vim depois a saber que este jovem faz parte desta casa-escola-família há cerca de 14 anos. Aqui cresceu, aqui se relacionou, aqui aprendeu a ser pessoa,

O Sr. Tomás reformou-se

Páscoa é vida nova!

pastorais de D. Bosco. Esta visita reveste-se de um carácter especial pois será a última visita formal que o Pe. João de Brito realiza enquanto Provincial dos Salesianos (o seu 6º ano de mandato terminará no final do presente ano lectivo). O nosso jornal não pode deixar de expressar o agradecimento ao Pe. João pelas palavras de apreço que sempre nos dirigiu e a forma sempre interessada com que acompanhou o nosso trabalho. Sempre recebemos dele palavras de incentivo e de estímulo a continuar. Esteja certo, Pe. João, que não esqueceremos as suas palavras.

Após mais de 40 anos de serviço, o sr. Tomás, deixou de ser a presença constante a que nos habituámos no seu posto de trabalho na secretaria desta casa. Foi, ao longo de todos estes anos, um esteio, uma referência de profissionalismo e dedicação. Todos sabíamos que podíamos contar com a opinião avalizada e informada do sr. Tomás em matéria de legislação e nos domínios da sua responsabilidade como

“honesto cidadão e bom cristão”. Mas, a par deste caso, poderia recordar dezenas e centenas de antigos alunos que daqui partiram para a vida, apetrechados com a educação recebida. Tal constatação leva-me a recuar no tempo, quase 27 anos, quando por aqui passei o meu ano de diaconado, vendo crescer esta realidade educativo-pastoral nas suas variadas expressões. Muitos dos salesianos e leigos que outrora me serviram de referência, continuam o seu trabalho com empenho e dedicação, porventura assumindo novos desafios. Quando qualquer obra salesiana atinge cinquenta anos de vida, costuma adquirir maturidade suficiente para crescer e se afirmar até ao centenário. A Escola Salesiana – Colégio dos Órfãos do Porto já está a percorrer este caminho. Oxalá se encaminhe para os 100 anos de vida, cada vez com mais vigor e dinamismo. Com amizade, P. João de Brito Carvalho, Provincial dos Salesianos em 28 de Março de 2011

chefe de secretaria. O seu conhecimento era tal que, quando a ele recorríamos para obter qualquer informação ou esclarecimento, já sabíamos que tínhamos de ter tempo para o ouvir. Mas valia a pena! O tempo passa mas a memória dos homens com valor… não!


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Portaria: “New look” e maior funcionalidade A Portaria da nossa escola sofreu uma transformação profunda para, com dignidade, acolher a todos os que diariamente por lá circulam e os que, mesmo que esporadicamente, nos visitam. Para além de passar a dispor de um ecrã informativo foram feitas alterações no espaço da recepção e instalados equipamentos necessários à modernização dos serviços prestados nesta casa. Duas máquinas para leitura de cartões e selecção de inúmeras opções por parte do utilizador já estão instaladas na portaria. Já agora, outra máquina com as mesmas características também foi instalada no Bar e uma outra no corredor do rés-do-chão. Brevemente, todas elas estarão prontas a funcionar. Facilitar a nossa vida tem sido preocupação da Direcção e vai continuar a ser. As imagens que ilustram este artigo dão bem conta das transformações operadas.

Encontro de Prof. EMRC e pastoralistas em Fátima

No passado dia 6 de Fevereiro reuniramse, em Fátima, os Professores de EMRC e coordenadores da Pastoral para reflectirem sobre a qualidade do ensino religioso nas Escolas Salesianas. Todas as Escolas

As cores do arco-íris As turmas do 1º e 2º anos juntaram-se durante os meses de Novembro e Dezembro com um projecto multicultural baseado na obra As cores do arco-íris de Jennifer MooreMallino: Esta obra compara as pessoas às cores do arco-íris, que são todas diferentes, mas juntas formam um lindo e único arcoíris. O nosso Mundo também é repleto de pessoas diferentes na cor da pele, dos olhos, no tipo de cabelo, na forma de vestir e comer, enfim, apresentam uma variedade sem fim, mas juntos formamos um lindo planeta, todos temos sentimentos, choramos, rimos, temos família e temos amigos. Afinal seremos assim tão diferentes? Foi isso, que os alunos das turmas do 1º e 2º anos estiveram a descobrir neste projecto, que promete continuar ainda no 2º período. As turmas do 1º e 2º anos

Salesianas do País estiveram representadas e foi promovido pelo sector de coordenação das escolas salesianas de Portugal. Em cima da mesa estavam questões pertinentes como: Repensar e dialogar, desenvolver sinergias, criar um novo modelo de Educação Religiosa nas escolas para poder melhorar as actividades da EMRC e da pastoral escolar. Do trabalho de grupo realizado ao longo do dia foram apresentadas propostas para melhorar a qualidade do ensino religioso. Neste sentido, maior diálogo entre professores e pastoralistas, maior diálogo entre as Escolas Salesianas do País, projectos comuns aplicáveis a todas as Escolas e a

criação de um Observatório sobre o papel educativo-religioso da escola salesiana que permita, por um lado, acompanhar e, por outro, criar dinâmicas e avançar com propostas concretas sobre a realidade escolar e sobre o ambiente educativo de cada obra salesiana, entendida como “casa que acolhe e paróquia que evangeliza”. Este dia de reflexão mas também de convivio entre professores e pastoralistas de diferentes Escolas Salesianas, terminou com a celebração da Eucaristia presidida pelo Provincial dos Salesianos, Pe. João Carvalho.

Vem aí o “Grande Musical da Química”

Compal air

O “Grande Musical da Química” surge no âmbito de “2011 Ano Internacional da Química” e pretende, fundamentalmente, ser um modo inovador para motivar os alunos e a comunidade educativa para o estudo da Física e da Química. Através deste musical, perspectiva-se que os alunos encarem esta área disciplinar de uma forma mais sedutora e atraente, o que se poderá traduzir num maior interesse e empenho e, consequentemente, em melhores resultados escolares. O evento envolverá a participação de alunos, professores e encarregados de educação das escolas convidadas (Escola Secundária Inês de Castro, de Vila Nova de Gaia e Escola Secundária João Gonçalves Zarco, de Matosinhos) assim como actores, encenadores e músicos da Companhia de Teatro do Sol. Os ensaios já começaram e a 21 e 22 de Junho, no Teatro Rivoli, será a apresentação do trabalho produzido. Vamos acompanhar esta iniciativa na nossa Newsletter e no nosso jornal escolar. Está atento! Os teus colegas vão … representar para ti e a tua presença é fundamental para o sucesso da iniciativa.

Professora Rute Silva

Este ano foi-nos proposto em conjunto com a Associação de Basquetebol do Porto, organizarmos uma das fases locais do torneio de Basquetebol 3X3 Compal air. Com uma noite mal dormida, a pensar em todos os pormenores para que tudo corresse bem, eram 8:15´ quando começaram a chegar as equipas para os jogos, estavam previstas noventa equipas. Pouco depois os nossos espaços encheram-se de uma quantidade de alunos, que mais parecia um dia de aulas em que todos iam ter educação física ao mesmo tempo. Distribuídas as t-shirts e separadas as equipas por escalões, o torneio realizou-se sem qualquer percalço, sendo o seu balanço muito positivo. Para o ano esperámos fazer ainda melhor. O nosso agradecimento a todos os que se disponibilizaram a ajudar. Foi sem dúvida um momento de partilha e de prestígio para a nossa Escola. Prof. Francisco Silva


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12º ano na Lisboa de Pessoa No dia 29 de Novembro, os alunos do 12º ano foram a Lisboa, no âmbito dos conteúdos leccionados na disciplina de Português, com o objectivo de aprofundar o conhecimento sobre a vida e a obra de Fernando Pessoa. Para tal, os alunos fizeram, durante a manhã, o percurso pessoano pela baixa lisboeta, percorrendo alguns dos locais mais emblemáticos que tocaram a vida do escritor, e visitaram, de tarde, a Casa Fernando Pessoa, a última morada daquele que é um dos maiores poetas portugueses de sempre. Com condições atmosféricas que nem sempre foram as melhores, ficou o entusiasmo com que todos participaram nesta aventura pessoana.

Percurso Pessoano: opiniões de alunos Gil Dias (12TPG) Gostei da relação entre as duas turmas e do bom comportamento dos alunos. A visita foi importante para percebermos melhor a matéria que estivemos a estudar sobre Fernando Pessoa. Catarina Janeiro (12CT) O pior: pouco tempo para explorar. O melhor: percurso pessoano; Praça do Comércio, Casa Fernando Pessoa (consegui estar “mais perto” do poeta); desencadeou em mim a vontade de regressar a Lisboa. O que me impressionou positivamente foi a possibilidade de a caminhar numa Lisboa onde não andavam muitos carros e as pessoas pareciam viver a um ritmo mais lento do que aquele que eu supunha. Luciano Monteiro (12TPG) Foi bastante interessante irmos a vários locais por onde Fernando Pessoa “circulava”. Quando chegámos à Casa Fernando Pessoa, ficámos a conhecer a sua obra mais claramente. Gostei da relação de grande proximidade entre as duas turmas.

Helena Pereira (12CT) O que mais me impressionou positivamente foi a organização do quarto do poeta, na Casa Fernando Pessoa, pois mostrava objectos relacionados com os principais heterónimos parecendo, de facto, que ali não vivia uma só pessoa. Gostei também de ver a evolução da cidade, pois vimos edifícios por onde Pessoa andou e que actualmente já não existem. Daniel Gomes (12TPG) Fiquei muito impressionado com a arquitectura da Casa Fernando Pessoa e com os textos escritos na fachada da casa. A visita de estudo foi interessante e possibilitou-me aprender mais sobre a vida de Pessoa, de uma forma mais chamativa e prática. Francisco Lima (12CT) Gostei de aprofundar o meu conhecimento sobre a complexidade do pensamento de Pessoa, que se considerava escolhido para fazer de Portugal um 5º Império do ponto de vista cultural e intelectual.

Museu da Electricidade e Peça de Gil Vicente levam 9º ano a Lisboa No dia 23 de Fevereiro, as turmas do 9º ano foram a Lisboa, numa visita de estudo. Visitámos, em primeiro lugar, o Museu da Electricidade, no âmbito da disciplina de FísicoQuímica. Vimos como as pessoas trabalhavam em condições árduas, as complexas máquinas utilizadas e como se gera a electricidade. Foi muito interessante! Da parte da tarde, assistimos, no Mosteiro dos Jerónimos, à representação do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. O teatro foi bastante diferente das peças que assistimos anteriormente. Ao contrário do que seria normal, não ficámos sentados, mas

sim de pé. Ficámos curiosos quando isto nos foi anunciado, mas logo percebemos porquê. Houve muita interacção com o público. Os actores “encarnaram” divertidamente as personagens. Ao todo, eram seis actores a vestir a pele de vinte e uma personagens! Todos eram excelentes – cantaram, dançaram, interagiram connosco, ao mesmo tempo que diziam as suas falas complicadas do século XVI! Saímos do Mosteiros muito animados e verdadeiramente satisfeitos, pois ficámos a perceber melhor o sentido da peça, o significado dos adereços cénicos e as

próprias personagens. Na minha opinião, foi a melhor visita de estudo que alguma vez tivemos e agradeço muito por isso! Marta Martins 9ºB


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Teatro pelo 8º B nas Comemorações do 31 de Janeiro Foi no auditório da Junta de Freguesia do Bonfim, perante numerosa assistência, que os nossos alunos do 8º B levaram à cena o “Auto à República” da autoria de Cidália Fernandes, inserido nas Comemorações oficiais, no distrito do Porto, dos 120 anos da Revolta de 31 de Janeiro (1891— 2011). Foi o apresentar do trabalho que nas aulas de Teatro, sob a direcção do professor Carlos Dias, ao longo do 1º período foram desenvolvendo. É uma satisfação para todos poder mostrar à comunidade onde nos inserimos o que nesta casa vamos realizando. No final da apresentação os aplausos do público mostraram o agrado da representação. Actores e encenador estão pois de parabéns!

Nos bastidores do Teatro Nacional S. João As duas turmas do 7º ano tiveram oportunidade de, no final de Março, fazer uma visita guiada pelo interior do Teatro S. João. Mal passaram a recepção, os alunos sentiram-se entrar num mundo mágico e deslumbrante. A decoração da sala, as paredes e os tectos, deixou-os boquiabertos. Sentiram que lhes estava a ser dada a possibilidade de conhecer tudo aquilo que não podem ver quando vêm ao teatro, os “truques”, como alguns disseram. A guia conduziu-os pelos vários espaços do teatro, desde a sala principal, ao salão nobre, passando pelo sub-palco e pelos camarins. Em cada um deles, explicou-lhes, de uma forma particularmente cativante, tudo aquilo que torna um espectáculo possível. No final, ainda houve tempo para lhes contar a lenda do fantasma Bebe Água, que os divertiu bastante. Todos avaliaram a visita como muito interessante por lhes ter permitido conhecer coisas que alguns nem sabiam que existiam. Aguçou também a vontade de, em breve, virem assistir a um espectáculo. Profª. Teresa Correia

Idas ao teatro dos alunos do 1º Ciclo As turmas do 1º Ciclo foram, no passado dia 9 de Dezembro, ao Auditório Municipal de Gondomar assistir à peça de teatro O gato preto e a gaivota corde-prata, baseada na obra de Luís Sepúlveda História da gaivota e do gato que ensinou a gaivota a voar. Numa primeira fase, foi lida e explorada a obra de Luís Sepúlveda com os alunos, de forma a compreenderem a maravilhosa lição que nos transmite esta linda história. “Só voa quem se atreve a fazê-lo”. “É muito fácil aceitar e gostar dos que são iguais a nós, mas fazê-lo com alguém diferente é muito difícil, e tu ajudaste a consegui-lo” Esta é uma história que todos deveriam ler, pois ensina-nos muitas coisas. Adorámos trabalhar esta história e ir ao teatro ver a mesma. As turmas do 1º Ciclo

No dia 26 de Janeiro eu e os meus colegas do 1º e 2 anos, fomos ao Teatro do Campo Alegre. Quando chegamos lá dentro, esperamos uma hora e uma senhora disse às professoras que estavam a tirar fotografias que ia começar e as professoras pararam e o teatro começou.

Matemática em acção Pretende-se, com iniciativas como estas, estimular e motivar o maior número possível de alunos para a Matemática. Os alunos aderiram e, mais um ano, as iniciativas previstas estão a ser um sucesso. Parabéns ao grupo de Matemática e a todos os participantes. Estámos à espera de mais!

Quando a Gertrudes chegou ela tinha uma mochila às costas e disse: - Onde está o Cálculo? Quando o Cálculo chegou cantou uma música e eles tinham um enigma para resolver e o Calculo sabia muito de matemática. Mas quando ele estava a dizer a tabuada dos nove tinha uma pá no chão e a pá caiu na cabeça dele e ele perdeu a memória e não sabia nada. A Gertrudes chamou um menino para segurar um cilindro e o Cálculo não sabia o que era e a Gertrudes disse que era um cilindro e o Cálculo perguntou se era um cilindro de água fria ou de água quente e a Gertrudes chamou outro menino para levantar o cubo e o Cálculo disse se era um cubo de jogar o jogo. Puseram-se a pensar numa forma de o Cálculo lembrar-se de ele voltar ao normal e bateram-lhe com a pá outra vez na cabeça e resultou e eles resolveram o enigma e ficaram felizes para sempre. Nós gostámos muito de ir ao teatro. Maria Inês Barros 2º ano

Felizmente há teatro! Os alunos do 12º ano assistiram, no dia 10 de Fevereiro, no Auditório Municipal de Gaia, à representação da peça Felizmente Há Luar!, de Luis de Sttau Monteiro, obra que faz parte do programa de Português. Levada à cena pelo Teatro Experimental do Porto, numa encenação de Cláudio da Silva, Felizmente Há Luar! é uma peça emblemática do teatro moderno português, que traça, por paralelismo com o Portugal absolutista de inícios do século XIX, um retrato mordaz do Estado Novo. No final, os alunos mostraram entusiasmo pela excelência da representação. É caso para dizer: felizmente há teatro!


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Colégio dos Órfãos do Porto (1651 – 2011) - Pioneirismo e actualidade de um projecto O Colégio dos Órfãos do Porto é uma das instituições mais antigas da cidade, e até do país, na área da educação e do ensino e completou recentemente 360 anos de existência. No distante dia 25 de Março de 1651 nascia uma instituição que deixaria a sua marca na vida da cidade do Porto: o Colégio dos Meninos Órfãos de Nossa Senhora da Graça da cidade do Porto. Foi seu fundador o Pe. Baltasar Guedes no local onde hoje se ergue o edifício da Reitoria da Universidade do Porto (aos Leões). Desde esse dia que o Colégio vem despenhando a função para que foi criado: uma instituição de acolhimento e instrução dos órfãos e desprotegidos na cidade e do seu bispado. Esta obra perdura, desde 1951 sob a orientação dos Salesianos de D. Bosco, adaptada aos novos tempos, "um estabelecimento de educação integral", ocupando actualmente, o edifício, sobranceiro ao rio Douro, no “Monte do Seminário”, para onde tinha sido mudado no ano de 1903 e onde ainda hoje o encontramos. Na mensagem enviada nos 350 anos da fundação, o então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio refere: " (...) não posso deixar de reconhecer que o Colégio não só desempenhou um papel histórico relevantíssimo, na promoção social dos seus alunos, como soube congregar, na prática, a igualdade fundamental de todas as pessoas (...)" acrescentando, "Um dos aspectos que mais impressiona nesse "projecto" é o seu pioneirismo ou, por outras palavras, a sua actualidade." Por todos os que, através dos tempos, lhe deram vida, temos o dever de lembrar uma data tão significativa quanto esta: 360 anos da fundação do Real Colégio dos Meninos Órfãos de Nossa Senhora da Graça da Cidade do Porto. Baltasar Guedes, ergueu, com muito sacrifício, com o apoio Real, da Câmara do Porto e de muitos benfeitores e beneméritos, uma obra de vulto na cidade de meados do século XVII. Foi em instalações cedidas

pelo Colégio que desde o século XVIII, se iniciaram os estudos superiores que vieram a contribuir para o nascimento da Universidade do Porto que, apesar de apenas instituída em 1911, encontra as suas origens no espaço onde existia o colégio, mas que à medida que se construía o novo edifício da Academia o ia envolvendo e acabaria por sufocar originando o inevitável: o abandono, em finais do século XIX, o local onde tinha nascido. A cidade, quando mais não seja, deve uma dívida de gratidão e de reconhecimento aos que, sacrificando-se abriram caminho à maior Universidade do País. Temos uma marca bem visível no nascimento e desenvolvimento do ensino superior nesta cidade. Sacrifício foi para os que penaram, ao longo do século XIX, enquanto assistiam ao “emparedamento” das estruturas colegiais. Várias são as vozes que se levantaram contra essa situação. Os documentos atestam-no bem. Hoje, mais do que nunca, a ligação entre a história do Colégio “dos Meninos Órfãos” e a da nossa Universidade do Porto não pode nem deve ser esquecida, antes pelo contrário, devemos por todos os meios valorizar esse “cordão umbilical” da História. Se hoje são de novo visíveis as antigas estruturas colegiais na Reitoria da Universidade do Porto (ver texto e imagens nestas páginas), tudo devemos fazer para que essa memória seja permanentemente visível e até visitável para que seja “palpável” a ligação que existiu entre as duas instituições e que o tempo e os homens quase conseguiram apagar. O texto que sobre os edifícios colegiais completa esta memória, ajuda-nos a perceber esse percurso, essas ligações. Hoje, mais do que nunca, é preciso olhar para o passado e, sem constrangimentos de qualquer espécie, aceitá-lo como ele foi. Podia ter sido doutra maneira? Claro que podia! Nelson Araújo, Professor de Historia do Colégio dos Órfãos do Porto

Breve apontamento sobre os edifícios do Colégio dos Órfãos do Porto 1. O edifício da fundação.

O primeiro edifício colegial situava-se junto do Terreiro de Nossa Senhora da Graça, que integrava o então vasto Campo do Olival (actualmente Campo dos Mártires da Pátria), com a sua igreja, dedicada a Nossa Senhora

da Graça, razão pela qual o referido terreiro tinha adoptado aquela denominação. Será nesse Terreiro de Nossa Senhora da Graça que em 1803 se começaram a construir as instalações da recém-fundada Academia Real de Marinha e Comércio. Neste local

encontramos hoje o Edifício Histórico da Universidade do Porto (aos Leões). No átrio deste imponente edifício, cujo projecto inicial é da autoria do Eng.º Carlos Amarante, existe uma placa comemorativa descerrada aquando da passagem do

Visita às origens do nosso colégio A oportunidade surgiu e foi aproveitada. Não é todos os dias que podemos viajar tão longe no tempo. Estar perante estruturas do edifício da fundação do nosso colégio em 1651, foi, para os que puderam participar na visita, certamente uma experiência inesquecível. A viagem que a Dra. Márcia Monteiro da reitoria da Universidade do Porto nos proporcionou, permitiu-nos confirmar o que alguns de nós, mas nem todos, sabíamos ser a origem do nosso colégio. Ali, diante de nós, estava a prova viva de que foi no espaço hoje ocupado pela Reitoria da Universidade do Porto, junto à Praça dos Leões, que nasceu o nosso Colégio dos “Meninos Órfãos”. 360 anos separam estes momentos. Como ainda não se sabe o destino que vão ter estas estruturas, pode bem ter sido uma última oportunidade. Esperemos que tal não aconteça! A planta (parcial) apresentada é de 1877 e nela estão assinaladas as zonas onde se realizaram as escavações e obtivermos as fotografias.


Jornal Escolar Ribadouro tricentenário da fundação do Colégio “dos Meninos Órfãos”, com a seguinte inscrição: “Neste lugar foi fundado pelo benemérito Padre Baltazar Guedes, em 25 de Março de 1651, o Real Colégio dos Meninos Órfãos, junto da ermida de Nª. Sª. da Graça, erigida, segundo a tradição, por voto da primeira rainha de Portugal. No edifício desse Colégio funcionaram as primeiras aulas da Academia Real de Marinha e Comércio, antecessora da Academia Politécnica. A Câmara do Porto – 25 de Março de 1951”. A Aula de Náutica (1762 - 1803) A 30 de Julho de 1762, data em que um decreto assinado por D. José promulga o estabelecimento da Aula de Náutica, na sequência do pedido dirigido à Coroa por 35 dos principais comerciantes portuenses para construção de duas fragatas de guerra destinadas a comboiarem os navios mercantes que saíam pela barra da cidade. Este estabelecimento de ensino começará a funcionar em instalações do Colégio dos Meninos Órfãos. Esta Aula teve como primeiro professor António Rodrigues dos Santos, nomeado em 12 de Maio de 1764, com “obrigação de ser mestre da aula da cidade do Porto, na qual lerá todos os dias que não forem de guarda, e explicará a náutica aos oficiais da marinha e mais pessoas que se quiserem aplicar àquela ciência”. A Aula de Debuxo e Desenho (1779 - 1803) A Junta Administrativa da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro solicitou ao rei a criação de um outro estabelecimento de ensino — a Aula de Debuxo e Desenho — instituído pelo Decreto de 27 de Novembro de 1779 e iniciado em Fevereiro de 1780 que visava, especialmente, o curso de pilotagem. A aula era frequentada essencialmente por jovens nobres, mas também por comerciantes, fabricantes, artistas, oficiais, aprendizes e marinheiros que li encontravam a formação necessária para “desenharem as máquinas e instrumentos; para tirarem cartas geográficas e topográficas dos países, plantas de cidades, de embarcações, etc.” A Aula funcionou no Colégio dos Meninos Órfãos até 1802. A Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto (1803 - 1837) Por Alvará régio de 9 de Fevereiro de 1803 foi instituída a Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto em substituição

das Aulas de Náutica e de Debuxo e Desenho, a qual foi ocupar instalações no Colégio dos Meninos Órfãos. As actividades lectivas do novo estabelecimento tiveram início em Novembro de 1803, era reitor do Colégio o Pe. Bernardo Joaquim Gomes de Pinho quando se entendeu poder ceder espaços do colégio para nele ser instalada a referida Academia. Em 1807 dá-se o arranque do longo e amplo projecto de recuperação e reabilitação arquitectónica das instalações onde o Colégio dos Meninos Órfãos estava instalado. A Academia Politécnica do Porto (1837 - 1911)

O Decreto de 13 de Janeiro de 1837 criou a Academia Politécnica do Porto com a finalidade de promover uma “alta” formação industrial. O novo estabelecimento foi inaugurado a 5 de Março de 1837. A sucessiva cedência de espaços, tida por favorável aos órfãos, veio a mostrar-se extremamente negativa para os mesmos ao ponto de estes se verem circunscritos a espaços cada vez mais reduzidos à medida que o edifício da Academia ia tomando corpo. Relatórios sucessivos apresentados à Câmara, vão dando conta da degradação das condições de vida dos órfãos num edifício que “mais parece uma penitenciária” ou como afirma Pinho Leal em 1876 na obra “Portugal Antigo e Moderno” que no seu interior” ainda existe (sem ar e sem luz!) o antigo Colégio de Nossa Senhora da Graça, em estado de ruína”. Esta situação irá conduzir, já nos finais do século XIX, à mudança do colégio para instalações provisórias na rua dos Mártires da Liberdade, nº 237, bem perto da actual Praça da República. Aí permanece até ao ano de 1903 sendo então seu reitor o Pe. Ascenso

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de Magalhães Fonseca.

2. O actual edifício

A partir do ano de 1899, na Câmara do Porto, surge a ideia de aproveitar o edifício do antigo seminário diocesano do Porto, que, à época, se encontrava em ruínas, para aí instalar os “Órfãos”. Nesse edifício, que muitos ainda hoje conhecem por “Seminário”, foi onde, por um breve período de tempo (1811/12 a 1832), funcionou a casa de formação do clero diocesano portuense, fundada por D. António de S. José e Castro no ano de 1803 na Quinta do Prado do Bispo ou Quinta da Mitra, ou seja, no mesmo local/edifício onde hoje se ergue o nosso Colégio dos Órfãos. O edifício, durante a Guerra Civil entre Liberais e Miguelistas (1832-1834), por iniciativa do então Bispo do Porto, D. João de Magalhães e Avelar, foi abandonado. Foi nesse edifício abandonado e em estado de ruína, após um incêndio por volta de 1851, que se vão realizar obras de restauro e de adaptação, cujo projecto foi aprovado a 13 de Setembro de 1900 pela edilidade portuense, para aí ser instalado o Colégio dos Órfãos do Porto no dia 17 de Setembro de 1903. Presidia à Câmara Municipal do Porto o Sr. João Baptista de Lima Júnior. A capela foi benzida a 31 de Agosto de 1906 e inaugurada a 28 de Outubro do mesmo ano. Com esta transferência ao que se denominava, desde princípios do século XIX, o Monte do Seminário, passou a chamar-se avenida e largo do Pe. Baltasar Guedes. O Colégio dos Órfãos do Porto encontrava o espaço necessário à sua instalação e funcionamento, espaço que ainda hoje ocupa. Recolha e selecção do professor Nelson Araújo


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Festa, momento alto da pedagogia de D. Bosco A Festa é sempre um momento de agrado dos nossos alunos (e não só!). A Festa é sempre um dia especial; pelo envolvimento que sempre se cria, pela participação, pela alegria que se regista no rosto de tantos. Os momentos de Festa e de Celebração são bem mais do que um mero dia sem aulas! As imagens que seleccionámos da festa de Natal e de D. Bosco mostram a todos o que a Festa significa verdadeiramente para esta Comunidade Educativa. A Festa de Maria Auxiliadora a 20 de Maio próximo, não irá ser certamente diferente.

"Uma mesma face com tantos nomes" Pelo homem que é e pela trajectória de vida que desenhou até hoje, muitos fomos os que sentimos a justeza da homenagem: porque o Sr. Antunes foi o primeiro Presidente da primeira Associação de Pais do Colégio dos Órfãos, porque o Pitacas é uma figura incontornável do associativismo desportivo da cidade do Porto, e o Chefe é património do Centro dos Antigos Alunos Salesianos do Porto. Uma mesma face com tantos nomes – António Luís Braga Antunes, Sr. Antunes, Pitacas, o nosso Chefe. E porque, para todos nós, o Antunes é um amigo inestimável. Face de entrega generosa, de dedicação convicta às causas e aos projectos que ajudou a construir, de rigor e honestidade exemplares em todas as tarefas assumidas, de amizade leal, e de um fino humor que perante as dificuldades sempre nos deixou ver o optimismo e paixão com que abraça a vida.

Da homenagem tomaram parte muitos amigos, a família e algumas entidades, cujas histórias se confundem com as estórias de uma vida recheada de feitos e peripécias, recordadas e recriadas pelo Jorge Antunes no início da cerimónia. Antes do encerramento, foi com as palavras do Sr. Antunes que revisitámos alguns momentos-chave da nossa Comunidade: a fundação da Associação de Pais do COP, a criação do Cineclube Salesiano, a construção do pavilhão polidesportivo, entre outros episódios que fazem parte de uma memória colectiva que certamente se sentiu grata pelo reencontro entre os seus mais destacados protagonistas. 19 de Março - convívio entre os amigos que neste dia se reuniram para celebrar a vida de um homem que nos tem inspirado em cada passo. Liliana Lopes À autora do texto, pedimos compreensão para os cortes que tivemos que efectuar, a falta de espaço a isso obrigou.


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5ª Peregrinação a Santiago - Caminhar com sentido De 4 a 8 de Março decorreu mais uma Peregrinação a Santiago de Compostela, uma iniciativa da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica e destinada aos alunos dos agrupamentos do 10º ano. Este ano a iniciativa envolveu um grupo de 15 alunos e dois professores a caminhar, os professores José Luís Oliveira e Rute Silva. Acompanhou-os, a pé, o Pe. David Teixeira. A equipa de apoio, constituída professores Nelson Araújo, Cremilde Dias, Manuela Monteiro e Mário Vieira bem como pela Dra. Helena que, por razões familiares, foi ter connosco, de comboio e, como sempre, foi extremamente útil aos caminheiros. Este ano havia muitos peregrinos no caminho mas tudo correu pelo melhor. Não se conseguiu chegar a tempo da Missa do Peregrino mas o grupo atingiu o seu objectivo principal … fazer chegar todos a Santiago.

As palavras inundaram o Salão Nobre A iniciativa conjunta das professoras do 1º Ciclo e do Departamento de Línguas de realizar mais uma Feira do Livro foi um autêntico sucesso. De 10 a 18 de Março, o nosso Salão Nobre encheu-se de livros de várias editoras que connosco quiseram colaborar mas, acima de tudo, o contacto com os escritores constituiu, com as vivências de quem escreve e usa as palavras para comunicar, uma experiência para os nossos alunos que dificilmente poderão esquecer. Estas iniciativas visam desapertar-lhes o gosto pelo livro e pela leitura. Se há alunos que, gostam de ler e não é preciso colocar-lhes um livro nas mãos, outros há, para quem o livro não faz parte das suas necessidades básicas. “À conversa com livros”, visou também mostrar-lhe que qualquer um de nós pode (e deve) ter nos livros um amigo. À conversa com os alunos

estiveram no Salão Nobre, o sr. Adelino, o Dr. Paulo Bateira e o Pe. Taveira da Fonseca, nosso Director, também ele escritor. Experiências e vivências diferentes mas, todos eles com um denominador comum: os livros.

Encontro com escritores Vários foram os escritores que se deslocaram ao nosso colégio para falarem aos nossos alunos dos diversos níveis de ensino. Foram escritores cuja obra está direccionada para os mais pequenos, a chamada “literatura infanto-juvenil”, pelo que, não foi de estranhar, que os encontros que se verificaram, tivessem como principais destinatários esses alunos. Foi para eles importante descobrir quem está por detrás dos livros e que vivências e experiências marcaram as suas vidas e as suas obras. As questões sucederam-se e a conversa foi mesmo animada. Marcaram presença os escritores António Mota e João Vaz. João Pedro Mésseder entrou na conversa no dia 31 de Março. Foram também desenvolvidas actividades à volta dos livros para os alunos do 1º Ciclo e foram realizadas visitas à feira para os outros níveis de ensino. De destacar ainda a abertura da Feira aos pais e encarregados de educação em horário adequado para eles. Pelo sucesso obtido com a presente edição a iniciativa tem pernas para andar.

Uma aula diferente Aula de Filosofia no exterior para motivar um reflexão sobre o interior, cujo o tema era , “Cada Pessoa constrói uma estátua interior”. A Filosofia como uma descoberta incessante! “(…) Trago assim em mim, esculpida desde a infância, uma espécie de estátua interior

que dá continuidade à minha vida e que é a parte mais íntima, o núcleo mais duro do meu carácter. Essa estátua , toda a vida a modelei. Nunca parei de lhe dar retoques. Aperfeiçoei-a François Jacob . Poli-a. (…)” Porque vale a pena pensar, um desafio constante, uma procura permanente, a busca do meu próprio Eu. Manuel Fonseca


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“Nutrição e Saúde” O grupo de alunos Sofia Moura, Beatriz França, Francisco Lima e Helena Pereira do 12ºCT no âmbito da disciplina de Área de Projecto, onde se encontram a desenvolver o tema Inoculação do Rhizobium sp. no Capsicum annuum L., em parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto acharam pertinente realizar uma palestra relacionada com nutrição. Deste modo, no dia 28 de Março pelas 10:30 teve lugar no salão nobre uma palestra intitulada “Nutrição e Saúde” dirigida pelo Dr. Bruno Reis da Clínica de Nutrição do Porto, tendo como fim a elucidação dos alunos do 6ºano para os malefícios de uma alimentação com deficiência dos nutrientes necessários. O Dr. Bruno Reis começou por abordar o tema dos anti-oxidantes, por estes terem uma maior relevância no trabalho do grupo , tendo depois mencionado as características de cada grupo de nutrientes e dando como exemplo de cumprimento de todas as normas referidas a dieta mediterrânica, concluindo a apresentação com um jogo sobre alimentos e refeições saudáveis ou desequilibráveis. A palestra decorreu num ambiente descontraído, tendo a apresentação sido programada com animações de modo a captar a atenção dos alunos, porém sempre com bastante seriedade e interesse.

“Bivalves e o meio em que vivem” – Palestra No âmbito do trabalho de investigação sobre “Os efeitos dos fluidos biológicos da Anodonta Cygnea na biomineralização da membranas de quitosana”, a desenvolver na disciplina de Área de Projecto 12º, o grupo (Iolanda Teixeira, Maria Fernandes e Patrícia Teixeira) convidou o professor investigador do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar, Jorge Machado para vir apresentar uma palestra sobre os Bivalves e o meio em que vivem, referindo temáticas abordadas nas disciplinas de Física e Química A e Biologia e Geologia, como por exemplo, a poluição da água, o pH, a ionização, entre outras, a palestra foi aberta às turmas de 10º, 11º, 12º do curso de Ciência e Tecnologias.

Sofia Moura, Beatriz França, Francisco Lima e Helena Pereira 12ºCT

À busca dos … transgénicos No quarto dia do mês de Março, os alunos do 12º CT dirigiram-se ao laboratório aberto no IPATIMUP. Acompanhados pelos docentes Deolinda Alves e Manuel Santos e no âmbito da disciplina de Biologia, os alunos participaram na actividade designada como “rastreio de organismos geneticamente modificados”. A actividade começou com uma pequena exposição sobre organismos geneticamente modificados e transgénicos, posteriormente a turma foi dividida em dois grupos que individualmente realizaram um debate sobre a temática supracitada, seguindo-se uma experiência onde se tentava descobrir qual o alimento geneticamente modificado. Com esta visita de estudo os alunos puderam melhorar e aprofundar as temáticas

leccionadas nas aulas da disciplina, relacionando a teoria com a prática, tendo também uma melhor percepção do trabalho dos investigadores.

Exposição de Darwin no Jardim Botânico

Esta exposição aberta às escolas e ao público em geral, que queira conhecer mais sobre ciência e a evolução, quer do ser humano, como de muitos outros seres. Ao longo do tempo de visita, pudemos inferir o grande desenvolvimento que ocorreu até aos dias de hoje, no campo científico. Cada divisão da exposição representava uma influência para Darwin, que contribuiu para que ele obtivesse resultados concretos para fundamentar as suas ideias, que foram publicadas no conhecido livro “ A origem das Espécies”. Concluímos que esta visita foi produtiva, na medida que permitiu complementar os recursos técnicos abordados nas aulas, para alunos a frequentar científicos no ensino secundário, a exposição é de elevado interesse.

No passado dia 25 de Fevereiro, a turma do 11.º C.T. do nosso Colégio deslocou-se ao Jardim Botânico do Porto, com o intuito de conhecer e explorar mais sobre cientistas como Buffon, Lamarck e, principalmente Darwin, visto ser o protagonista da exposição.

Mafalda Cardoso e Iolanda Filipa 12º CT

Catarina Costa e Joana Oliveira

Iniciativas da Associação de Pais A Associação de Pais e Encarregados de Educação promoveu duas iniciativas distintas mas que dão bem o sentido da sua actuação: levar a cabo acções destinadas a pais e encarregados de educação e que, naturalmente, envolvam, na medida do possível, os nossos alunos, professores e funcionários. Nesse sentido conseguiu reunir 50 elementos para uma Formação de Socorrismo, leccionada pela Cruz Vermelha Portuguesa, no dia 19 de Fevereiro. No passado dia 26 de Fevereiro, foi efectuada mais uma actividade, um percurso pedestre pelo Património Portuense, sob a orientação do Dr. Manuel José Rodrigues, do Arquivo Histórico do Porto e pai do Rafael Rodrigues do 4º ano. Ambas as iniciativas foram coroadas de êxito e não vão ficar por aqui. Assim sendo está já prevista a realização de uma segunda caminha pelo Porto Histórico (zona Oeste), dia 7 de Maio, para visitar espaços com muita História que não foram contemplados no primeiro percurso. Durante este período de tempo até 7 de Maio, irá realizar-se um workshop de "Cianotipia", uma técnica muito particular de impressão fotográfica, dia 2 de Abril, nas nossas instalações, das 15h00 às 18h00. Dia 30 de Abril um passeio pelo Corredor Ecológico em Valongo. Estejam atentos aos cartazes expostos para as inscrições. Contamos com a vossa companhia!


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Dia do Pai - 1º Ciclo No passado dia 19 de Março, o colégio comemorou mais um Dia do Pai, um dia muito importante para a fé da igreja católica e para todos os pais, o dia de S. José. Foi com um sol radioso que os professores nos receberam na quinta de D. Bosco, onde estava preparada uma manhã muito animada, cheia de jogos e surpresas, para todos os pais e filhos da pré-primária e 1º ciclo! Estávamos todos entusiasmados com a ideia dos jogos e do piquenique. Fizemos os tradicionais jogos do lencinho e da malha e ainda um jogo muito original, o jogo do garrafão, onde o objectivo era os pais introduzirem no garrafão, de costas e com as indicações dos filhos, uma caneta que estava amarrada à sua cintura. Este foi o que nós mais gostamos e pelas gargalhadas que se ouviram todos o acharam muito divertido! O último jogo foi

um torneio de futebol, primeiro entre os pais e depois entre os filhos, onde todos correram muito, fizeram algumas faltas mas também se marcaram muitos golos! No final dos jogos plantamos uma árvore, pois não nos podíamos esquecer de comemorar o Dia da Árvore, que se estava a aproximar. Os pais foram surpreendidos com uma bonita música, cantada por todos os filhos com a ajuda do professor de música. Após esta música os pais receberam os tão desejados presentes!! Pelo sorriso nas suas caras, parece que todos gostaram dos lindos presentes feitos pelos filhos (com a ajuda dos professores, claro!) Esta manhã tão divertida terminou com um piquenique cheio de coisas deliciosas! Ficamos à espera das surpresas do próximo ano!!! Diogo André Pereira Vieira 4º ano

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Horta solidária

No dia 23 de Fevereiro, fomos à horta colher o coração que plantámos. Depois decidimos o que fazer com ele e a professora disse se queríamos dar o coração à escola para a cozinha ou dar à Cozinha Comunitária para ajudar as famílias carenciadas. Nós escolhemos a Cozinha Comunitária. Então metemos tudo numa saca, para a nossa professora levar. Ontem foi canja e hoje vai ser sopa que vão fazer com o coração que apanhámos. A sopa vai ficar muito, muito boa! A sopa é de graça, porque é para famílias carenciadas e lá também dão fruta. Foi muito divertido ir à horta ontem e gostámos muito de ajudar a fazer a sopa. Na horta ainda temos muitas couves para apanhar, para a próxima vez.

Campo de Férias de Natal foi muito fixe! 8º anos pelo mundo do jornalismo No passado dia 22 de Março, as duas turmas do 8º ano fizeram uma visita de estudo ao Jornal de Notícias, para participarem no workshop JN MediaLab. Esta actividade inseriu-se no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa. A visita iniciou-se com um curto filme sobre a história do Jornal de Notícias que nos deu a conhecer alguns pormenores da vida deste jornal. A segunda parte da visita foi o Workshop propriamente dito. Em pares, todos os alunos foram convidados, primeiramente, a escrever um “Jornal de turma” e, no final, a redigir a notícia de capa do JN relatando a visita do COP. Foi uma visita muito interessante tanto do ponto de vista educativo como cultural. Todos assumiram o papel de jornalistas de forma exemplar! A alegria foi ainda maior quando, no dia seguinte, puderam ler no JN um elogio rasgado às suas competências – “os alunos demonstraram um perfeito uso das ferramentas informáticas e exalaram profunda clareza na aplicação do Português nas notícias elaboradas.” Alunos do 8ºA e 8ºB

Jornalistas no COP No passado dia 24 de Janeiro, os alunos do 8ºA receberam, durante a aula de Língua Portuguesa, as jornalistas Carolina Duarte (mãe de José Miguel Duarte) e Isabel Martins (mãe de Patrícia Martins). A iniciativa partiu do José Miguel e teve por objectivo dar outra perspectiva sobre o jornalismo / a notícia, tema que estava a ser abordado em Língua Portuguesa. Carolina Duarte falou sobre as suas experiências enquanto

repórter do Grupo Renascença. Na sala de aula, mostrou as diferenças entre jornalismo escrito e radiofónico. Isabel Martins, ex-jornalista no Comércio do Porto, da Revista Pais e Filhos e da rádio Festival, contou a sua experiência menos feliz enquanto jornalista. Foi interessante serem, desta vez, os alunos a entrevistarem as jornalistas. Foi uma aula diferente, cativante que nos ajudou a entender melhor o mundo do jornalismo. A turma do 8ºA

Decorreu, em tempo de interrupção lectiva, o Campo de Férias de Natal 2011 que com actividades diversas tais como: xadrez, futebol, vistas á Casa da Música e Museu Guerra Junqueiro , dramatização de histórias, pastelaria, enfeites natalícios, experiências no laboratório de Físco-Química ... procurou dar “uma ajuda” aos pais que nestes períodos não encontram respostas para ocupar, de forma saudável, os seus filhos. Quem por lá passou diz que gostou muito pois as actividades eram todos os dias diferentes. No final realizaram um grande jornal de parede com textos, desenhos e fotografias das actividades.


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Tempo de Quaresma, tempo de reflexão e mudança interior Casa Juvenil de D. Bosco acolhe retiro do 2º Ciclo No dia 23 de Março, 37 alunos do 2º Ciclo participaram num Retiro, orientado pelo Sr. Pe. Amadeu, com a colaboração da professora Rute, para reflectirmos neste período da Quaresma. A Casa Juvenil de D. Bosco foi um espaço privilegiado para a reflexão e para o convívio destes jovens. As frases que a seguir publicamos mostram bem como estes momentos são importantes para o seu crescimento integral. “Gostei de falar com Deus e gostava de repetir”. Beatriz Rocha 6ºB “O momento que eu mais gostei foi de manhã

quando o Sr. Padre esteve a falar e cantamos aquelas lindas músicas”. Bruna Oliveira 5º A “Gostei muito da Santa Missa porque aprendi muitas coisa sobre Jesus, pude estar em convívio e pude pedir a Deus muita saúde para a minha família”. Inês Santos 5º B “Brinquei com os meus amigos, fiz jogos, passeei, o sítio onde fomos era maravilhoso. Havia jardins lugares para comer… partilhei o lanche com os meus amigos e eles partilharam comigo. O Sr. Padre disse-nos palavras bonitas sobre Jesus”. Ana Patrícia 5º B

Retiro da Família Salesiana No passado dia 27 de Março realizou-se no Colégio dos Órfãos o Retiro Quaresmal 2011, orientado pelo Delegado Nacional para a Família Salesiana – Pe. Jerónimo Rocha Monteiro, com cerca de 60 participantes, oriundos do Porto e Vila do Conde. O tema geral “O abraço de amor de Deus que me procura” direccionou os participantes para uma busca mais profunda do amor de Deus, ajudando-os a viver com mais intensidade este tempo litúrgico. Durante a manhã, o orientador abordou temas como o sentido da Vida, o sentido do tempo, a importância do silêncio interior. Por volta das 12 horas dirigimo-nos à capela para aí celebrarmos a Via Sacra, com a participação bastante activa dos jovens do Centro Juvenil. Após o almoço o Pe. Rocha abordou o tema “O abraço do amor de Deus à luz da eternidade”, onde se falou de Esperança e Ressurreição, tão importantes hoje para a vida de todos nós. Seguiu-se a Eucaristia presidida pelo Sr. Pe. Provincial. Deste dia tão intenso deixo-vos alguns excertos do guião distribuído. “Sou livre, eu sei, para seguir o meu caminho, mas

Retiro Quaresmal No passado dia 30 de Março de 2011 a turma do 4ºano, experienciaram um retiro quaresmal. A saída realizou-se por volta das 9h da manhã, na companhia da professora Carla e a coordenadora Manuela. Com as mochilas às costas, eu e os meus amigos, lá fomos mais ou menos bem comportados pelas ruas em direcção à rua do Heroísmo, para apanhar o metro que nos levaria ao nosso destino. A viagem foi curta, mas divertida, cheia de entusiasmo e brincadeira, mas muito cientes e empenhados na tarefa para a qual iríamos. Ao longe já avistávamos a paragem Nasoni, onde tínhamos que sair. Chegados ao portão da quinta de S. João Bosco nada era novidade ou quase nada, uma vez que ali se celebrou recentemente o Dia do Pai. Cuidadosamente, pousamos as mochilas repletas de lanche perto de umas palmeiras e depois…que mais se pode pedir a um grupo de rapazes para se distraírem? Só mesmo um jogo de futebol. Acabado o jogo veio a hora do lanche e da confusão, muita coisa para se comer, já era merecido devido ao esforço causado pela perda de energias. Depois de tudo arrumado e limpo fomos ver um filme, o qual nos passou a seguinte mensagem: “Deus é bom e misericordioso, como ele devemos saber perdoar com o coração e pedir perdão, não devemos querer a vingança”. O padre Sebastião pediu-nos para fazer um trabalho acerca do filme, logo a seguir vinha mais um momento esperado, o almoço, a refeição esperada por todos nós. Após o almoço dirigimo-nos para a capelinha da quinta, onde reflectimos, apresentamos os nossos trabalhos e pedimos a Deus pelos nossos amigos, familiares e por aqueles que sofrem no mundo. Foi um dia bastante agradável. André Pereira 4º Ano

sei que ele só é válido se fores comigo. E porque sei que é assim, peço-Te amparo e lucidez para saber que um só dos meus gestos – na linha do que me ofereces – é capaz de levar paz e alegria aos outros e o meu espírito se alegrará por isso;” “A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos” (Pablo Picasso) Manuela Pereira, Coordenadora da Associação dos Salesianos Cooperadores

Calendário Lectivo Maio/Abril/Junho 08/04 Final do 2º Período

02/06 Passeio do 4º ano (2 e 3 /06)

11/04 Campo de Férias da Páscoa

07/06 Final do ano (9º, 11º e 12º ano)

08/06 Passeio do 9º ano (8 e 9 /06)

(11 a 15 e 18 a 21 de Abril)

26/04 Início do 3º Período

9/06

29/04 Reunião de Pais para

17/06 Passeio do 2º Ciclo, 7º e 8º ano.

17/06 Final do Ano Lectivo

Entrega das Avaliações

Passeio do Pré-escolar , 1º Ciclo,

15/05 Dia MJS - Fátima

18/06 Festa Final do ano lectivo

20/05 Festa de Maria Auxiliadora

27/06 Campo de Férias (27/06 a 22/07)

Jornal da Escola Salesiana do Colégio dos Órfãos do Porto Lrg. Pe. Baltasar Guedes - 4300 - 059 Porto Direcção: Pe. Taveira da Fonseca Edição, Paginação e Impressão: Alunos do Curso Tecnológico de Produção Gráfica Fotografias: participantes das actividades referidas Tiragem: 1000 exemplares www.cop.pt (Edição em pdf)


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