JORNAL VER A CIDADE - ANO 1 - Edição 2 - Novembro de 2020

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ANO 1 • Nº 02 • SÃO PAULO • NOVEMBRO 2020

Tribunal Superior Eleitoral cria protocolo sanitário contra a Covid-19 nas eleições municipais Leia mais na página 2

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Agência popular na Zona Sul promove inclusão social na periferia

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Candidato a vereador, Marcelo Messias pretende trabalhar pela saúde e mobilidade em São Paulo e pela Zona Sul Veja mais na página 3

Mobilidade e Clima são temas de Agenda criada por entidades civís para as Eleições 2020 Confira mais na página 4


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ALERTA CIDA DÃO

Tribunal Superior Eleitoral cria protocolo sanitário contra a Covid-19 nas eleições municipais Foto: Divulgação

O Plano de Segurança Sanitária para as Eleições Municipais de 2020 foi elaborado por especialistas da área da saúde e traz recomendações para eleitores, mesários, candidatos e todos os grupos que participam do processo eleitoral

portante do país: as eleições. Devido a pandemia da Covid-19, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elaborou um Plano de Segurança Sanitária No próximo dia 15 de novembro, mais de para as Eleições Municipais de 2020, com 147 milhões de eleitores brasileiros se mobilizam orientações de especialistas da área da saúde para participar do processo democrático mais im- para diferentes grupos de pessoas que partiPor Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Expediente GRUPO SUL NEWS CNPJ: 16.587.380 /0001-42 Av. Ipanema, 625 - Veleiros CEP 04773-010 - São Paulo - SP Tel: (11) 3892-1510 contato@jornalveracidade.com.br Diretoria: José Carlos Rodrigues Junior - MTB 72272/SP Conteúdos On Line e Off Line Agência Sul News Distribuição Sul News Logística Periodicidade Mensal Tiragem 20.000 exemplares Entregues em corredores comerciais, semáforos, estações ferroviárias e terminais de ônibus municipais e intermunicipais

cipam do processo eleitoral. As regras são: Se apresentar febre: não sair de casa; Higienizar as mãos com álcool em gel antes e depois de votar; Se possível, levar sua própria caneta para assinar o caderno de votação; Uso obrigatório de máscara desde o momento que sair de casa até a volta; Manter a distância de, no mínimo, 1 metro das outras pessoas dentro dos locais de votação; Se possível, comparecer sozinho ao local de votação (evite levar crianças e acompanhantes); Respeitar a marca de distanciamento nas filas e nas seções eleitorais (sinalizada com adesivos no chão); Se houver dúvida na identificação, o mesário pode pedir que você dê dois passos para trás e abaixe brevemente a máscara; Mostrar o documento oficial com foto, esticando os braços em direção ao mesário, que verificará os dados de identificação à distância. “O cuidado com a saúde é muito importante. E o direito de votar e ajudar a escolher o rumo da sua cidade pelos próximos quatro anos vem logo em seguida”, afirmou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

Política não é para amadores Por Janaína Fogaça

Foi dada a largada! As campanhas eleitorais dos candidatos a vereador e a prefeito em todo o país estão a pleno vapor e quase que em reta final. Mas tem candidato perdendo voto antes mesmo de chegar às urnas. A reclamação mais frequente é a propaganda recebida de maneira abusiva, aquilo que não foi solicitado. É via e-mail, aplicativos de mensagens, mensagens diretas, telefonemas, cartas... As redes sociais se tornaram aliadas dos candidatos, afinal de contas, todo mundo quer o seu voto e com ele conquistar a tão sonhada cadeira na Câmara de Vereadores ou na Prefeitura Municipal. Fato é que, se o candidato não tiver uma comunicação de campanha bem definida, todo o seu esforço pode ir por águaabaixo. Aúnicamoedaválidanaeleiçãoéovoto.Voto na urna e contagem é que o difere eleitos de não eleitos. Promessas e propostas: Sabemos que ninguém vive de promessas. As tais promessas de campanha. Mas que tal se a gente substituir a palavra promessas por propostas? Tem mesmo efeito. Um vereador não governa sozinho, e o mesmo dizemos de qualquer outro cargo público. Um mandato se faz em conjunto e depende de várias questões, como o orçamento público, leis municipais, pessoas, entre outros, mas demonstrar boa intenção em prol do bem comum, conhecendo a fundo peculiaridades da sua região já é meio caminho andado. Muito se fala do vereador do bairro, e criou-se até um certo preconceito e um “endeusamento” dessas figuras. Ora, como se os problemas enfrentados de norte a sul das cidades Brasil afora não fossem os mesmos. Vereador, prefeito, deputados e senadores, independente do cargo, governam para toda a população, indiferente da raça, etnia, religião. A sua obrigação, enquanto eleitor e cidadão, é cobrá-lo quan

do ele estiver lá e lembrá-lo de que foi o voto coletivo que deu a ele a oportunidade de se eleger. Você lembra em quem votou? O voto é uma espécie de procuração que você transfere para alguém em seu nome. E aposto que você não daria uma procuração para qualquer um só porque ele é bonitinho, arrumadinho e é filho do amigo do seu primo que estudou com o avô do seu pai no século passado. Voto é responsabilidade. Você lembra em quem votou na eleição anterior? A maioria das pessoas não se lembra o que almoçou, quanto mais em quem votou há dois ou quatro anos. Isso porque a obrigatoriedade de voto não se relaciona com o comprometimento de escolha. Muita gente vai votar “amarrado”, porque tem que votar, e acaba ou anulando o voto, ou votando em qualquer um. Abordagem ao eleitor: Como você, candidato, tem chegado até o seu eleitor? Parece que a internet virou uma terra sem lei, tem brotado candidato de tudo que é lado. São pedidos de amizade, novos seguidores e mensagens indesejadas. As redes sociais, com estratégias assertivas, podem ser suas aliadas, certamente. Mas nada de atirar para tudo que é lado. Quem não conhece você, não compra a sua história. Encare a sua campanha como um produto, é a sua eleição que está sendo negociada. O que você está vendendo ao seu eleitor? Qual imagem você está entregando do produto que você é? Eleição se ganha na urna, e se você está nessa corrida eleitoral, boa sorte! Se você é um cidadão, assim como eu, juízo! O seu voto interfere também na minha vida, aquilo a que chamamos de coletividade.


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ATITUDE POSITIVA

Candidato a vereador, Marcelo Messias pretende trabalhar pela saúde e mobilidade em São Paulo e pela Zona Sul

Fotos: Divulgação

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Coragem, empenho em fiscalizar, trabalho e fé para superar as adversidades. Esses são os principais aprendizados que Marcelo Messias obteve do vereador Ricardo Nunes, com quem trabalha desde 2012. Agora, diante do maior desafio de sua carreira política como candidato a vice-prefeito na chapa com Bruno Covas (PSDB), Ricardo Nunes escolheu Marcelo Messias para dar continuidade ao seu trabalho na Zona Sul. Nascido e criado na Capela do Socorro, Marcelo Messias sempre teve o sonho de ser dentista. Filho de nordestinos que se estabeleceram na Zona Sul e que tinham quatro filhos para criar, Marcelo teve que batalhar para realizar o sonho profissional. “Com 11 anos comecei a trabalhar na feira, vendendo pastel. Pra fazer odontologia eu trabalhava num laboratório de prótese e depois na feira, pra pagar a faculdade. No 3º ano de curso me mandaram embora, pedi estágio na universidade e me acolheram na biblioteca, como atendente. Aí a Unisa me contratou como funcionário, parei de vender pastel, fui fazer estágio num consultório de um colega e fui juntando dinheiro. Em 2004 abri meu primeiro consultório e hoje temos 4 clínicas com 35 colaboradores”, explica o candidato. A entrada na política aconteceu justamente por intermédio de Ricardo Nunes. “Em 2008 encontrei com o Ricardo, sempre fomentamos o empreendedorismo. Em 2012 ele foi candidato e fui ajudando na campanha. Ele foi leito e em 2013 começamos a caminhada, realizamos alguns trabalhos, como a questão das creches”. No início de 2020, Marcelo Messias foi convidado para ser chefe de gabinete da Subprefeitura Capela do Socorro e então entendeu sua vocação: a política. “Na subprefeitura Capela do Socorro, conseguimos aumentar a produção, e com dois meses subimos no ranking para a 4ª subprefeitura que mais produzia entre as 32 Subprefeituras da cidade de São Paulo. Somente fazendo gestão, vendo as necessidades da população. Fizemos a reforma de sete vielas, três praças e duas rotatórias, um recorde de ações para a zeladoria. O que mudou é que fiscalizamos. Foi um grande aprendizado”, afirma Marcelo. Para os próximos quatro anos, trabalhando na Câmara dos Vereadores, o candidato pretende focar na Saúde da população paulistana, com a abertura de UBSs e UPAs, e em melhorar a mobilidade e o transporte na cidade de São Paulo. Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

A carreata rumo à vitória teve a participação de aproximadamente 500 veículos

“Pude levar benfeitorias para muita gente e colaborar com o trabalho do Ricardo Nunes em conjunto com a Subprefeitura”, diz Marcelo.

Marcelo Messias visitou diversos moradores em diferentes bairros e assumiu compromissos com lideranças comunitárias de continuar zelando pelos bairros e cuidando de pessoas.


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MOBILIDADE & SEGURANÇA Mobilidade e Clima são temas de Agenda criada por entidades civis para as Eleições 2020 Fotos: Divulgação

Com propostas “para a efetivação e reconhecimento da mobilidade como garantia de direitos sociais”, sete organizações da sociedade civil criaram uma “Agenda Propositiva para a Cidade de São Paulo: Mobilidade e Clima” para contribuir com as Eleições municipais

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Pensando nas eleições municipais, sete organizações da sociedade civil se uniram para criar a “Agenda Propositiva para a Cidade de São Paulo: Mobilidade e Clima”, com propostas “para a efetivação e reconhecimento da mobilidade como garantia de direitos sociais e mecanismo de enfrentamento à emergência climática”. Participaram da criação do documento a Ciclocidade, Cidadeapé, Greenpeace, Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Instituto Saúde e Sustentabilidade, Rede Nossa São Paulo e SampaPé!. De acordo com as entidades organizadoras da “Agenda Propositiva para a Cidade de São Paulo: Mobilidade e Clima”, as principais propostas apresentadas são:

regionalizar o investimento em mobilidade na cidade, para atender bem às periferias; a necessidade de um fundo de transportes, para avançar em construção de infraestrutura e buscar reduzir a tarifa; criar um setor dedicado a cuidar de toda a mobilidade a pé na cidade, para corrigir o abandono e descontinuidade das calçadas e travessias; avançar em políticas de estímulo à mobilidade por bicicleta, com ciclovias, programas como de estímulo e financiamento, com foco na periferia; avançar em políticas de segurança no trânsito, com propostas de redução de mortes e situações de risco, aliadas à fiscalização; e melhorar o monitoramento e fiscalização da emissão de poluentes, com equipamentos de baixo custo e fiscalização dos contratos de ônibus. Os temas de mobilidade e clima foram escolhidos, segundo as entidades organizadoras, porque a mobilida-

de é um direito que garante acesso a outros direitos e é um elemento central na mitigação das causas e efeitos da atual emergência climática global. Na“Agenda Propositiva para a Cidade de São Paulo: Mobilidade e Clima” é possível conhecer todos os instrumentos de planejamentos existentes na capital paulista, relacionados a mobilidade, como o Estatuto do Pedestre, o Plano de Segurança Viária, o Plano Emergencial das Calçadas e o Programa de Metas. “A ideia central é mostrar que o debate precisa ter qualidade; basear-se em dados e planos existentes, como o Plano Diretor e o Plano de Mobilidade; em estudos técnicos; além de considerar os desafios reais enfrentados pela população”, disse Carolina Guimarães, coordenadora da Rede Nossa São Paulo. A “Agenda Propositiva para a Cidade de São Paulo: Mobilidade e Clima” também estabelece metas, como por exemplo: Diminuir as distâncias entre os locais de moradia e trabalho; Construir e reformar calçadas; Ampliar a Rede Cicloviária e efetuar sua manutenção; Ampliar o serviço de bicicletas compartilhadas para atender toda a cidade; Implantar faixas exclusivas, corredores e terminais de ônibus; Tornar o trânsito mais seguro; Reduzir a emissão de poluentes gerados pelo transporte (coletivo e particular); Implementar ações de monitoramento e controle de fontes emissoras de poluentes; Implementar políticas de incentivo ao uso de bicicletas. Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

Mulheres são mais cautelosas no trânsito, revela levantamento Fotos: Divulgação

Os homens respondem por 94% dos acidentes de trânsito no Estado de São Paulo, enquanto as mulheres são responsáveis por apenas 6% dos acidentes que aconteceram no primeiro trimestre do ano Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

É comum as pessoas falarem que mulheres não são boas motoristas. Já diz o ditado:“Mulher no volante... perigo constante”. Porém, um levantamento do Infosiga SP (programa do Governo do Estado) indica o contrário: as mulheres (122) são responsáveis por apenas 6% dos acidentes e os homens respondem por 94% (1.812) dos acidentes de trânsito no Estado de São Paulo no primeiro trimestre do ano. “Nós temos um levantamento no Infosiga que apura que das 91 mil CNHs suspensas, as mulheres representam 26%”, disse Neiva Direito, vice-diretora do Detran.SP. E as mulheres não são poucas no trânsito: 40% dos 26 milhões de motoristas do Estado de

SP são do sexo feminino, ou seja, quase 10,4 milhões de condutoras. De acordo com especialistas, essa diferença na responsabilidade dos acidentes é uma característica que sobra nas mulheres e falta nos homens: cautela. “É comportamental e cultural. A mulher é mais cuidadosa e o homem é mais impulsivo, agressivo”, explica Isabela Gondra, psicóloga. Além de serem boas na direção, as mulheres também são minoria em relação a quantidade de vítimas do trânsito: os homens são 84,5% das vítimas, enquanto as mulheres são apenas 15,5% do total registrado entre janeiro e março deste ano. Já na maioria dos acidentes com mortes, não eram as mulheres quem dirigiam: em 39% as mulheres vítimas eram passageiras e em 31%, pedestres. Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

Das 91 mil CNHs suspensas, as mulheres representam 26%


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CIDADAN IA SAUDÁVEL Escola construída com materiais recicláveis é inaugurada na periferia da Zona Leste Fotos: Divulgação

São mais de 2,5 milhões de embalagens plásticas recicláveis que compõem a estrutura da Mangalô Montessori School, uma escola bilíngue criada pelo Instituto Mangalô, e que foi construída com a ajuda de 600 voluntários

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Imagine estudar em uma escola totalmente sustentável, feita de materiais recicláveis? Pois essa escola existe e aqui na cidade de São Paulo: no Parque São Rafael, na Zona Leste da capital. São mais de 2,5 milhões

de embalagens plásticas recicláveis que compõem a estrutura da Mangalô Montessori School, uma escola bilíngue criada pelo Instituto Mangalô, e que foi construída com a ajuda de 600 voluntários. “A escola foi construída, desde sua fundação até o teto, com materiais provenientes da reciclagem, embalagens que certamente poluiriam os rios, mares e aterros. É um projeto desenhado e

pensado por engenheiros e arquitetos, mas contou com a ajuda de moradores das comunidades próximas, gente que levava a própria ferramenta ou que nunca tinha batido um martelo. Com mais de dois milhões de caixas, virou um casarão com boa acústica e que não gera bolor ou umidade”, explica Fernando Teles, fundador da ONG. A Mangalô Montessori School tem capacidade para atender 100 estudantes. O ensino será baseado no Método Montessoriano, que trabalha o desenvolvimento infantil sem interferir diretamente nele, e tem características específicas, como por exemplo: salas com alunos de diferentes idades, estímulo ao autoconhecimento e a autodisciplina, utilização de utensílios do cotidiano na aprendizagem. Ainda este ano, o Instituto Mangalô pretende oferecer cursos online, para profissionais da Educação, se atualizarem sobre o Método Montessoriano. Os alunos serão bolsistas ou pagantes de uma mensalidade social que varia de R$ 150 a R$ 550. As inscrições devem abrir em novembro e as famílias vão responder um questionário socioeconômico que vai identificar o valor a ser pago na mensalidade ou o benefício da gratuidade.“Sei o quanto precisam, afinal, eu sou cria da comunidade, nasci e fui criado em um cortiço na periferia e sempre estudei em escola pública da quebrada. E conseguir unir isso tudo à sustentabilidade ambiental é muito inovador”, acredita o criador do projeto. Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

Horta comunitária é criada em Paraisópolis para melhorar a alimentação da comunidade Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre junho de 2017 e julho de 2018, cerca de 10,3 milhões de pessoas, em todo o país, passaram a viver em situação de insegurança alimentar grave (quando a fome se torna uma experiência vivida no lar por causa falta de alimentos para todos os moradores do local). Em Paraisópolis, a segunda maior comunidade da capital paulista com cerca de 100 mil habitantes, há uma tentativa de mudar a situação da fome e garantir alimentos para quem mais precisa: foi inaugurada uma horta comunitária. O projeto da horta foi desenvolvido pelo Instituto Escola do Povo, em parceria com o Instituto Stop Hunger e a Sodexo. São mais de 60 espécies de hortaliças e frutas plantadas em um espaço de 900 m² que vai impactar mais de 1.000 pessoas que moram na comunidade. O lo-

cal será cuidado por mulheres moradoras de Paraisópolis e que foram vítimas de violência doméstica, com o objetivo de emponderá-las com o ensino de técnicas de cultivo e reutilização de resíduos sólidos para serem usados como fertilizantes. “O objetivo é habilitar essas mulheres para que levem o plantio de hortaliças para dentro de suas casas e assim contribuam para melhorar a qualidade da alimentação de suas famílias. A parceria do projeto foi iniciada em 2019 e tem como objetivo melhorar a qualidade dos alimentos consumidos pelos moradores”, explica Fernando Cosenza, vice-presidente de Marketing Estratégico, Inovação e Digital da Sodexo, empresa mantenedora do Instituto Stop Hunger. Para expandir o combate à fome na comunidade e melhorar a qualidade da comida das famílias de baixa renda, a liderança comunitária de Paraisópolis ainda quer implementar 200 hortas comunitárias nas lajes dos moradores.“Queremos incentivar o plantio de hortaliças em outros locais da comunidade e espalhar mais hortas

nas lajes, casas e espaços que estejam vazios”, disse Gilson Rodrigues, presidente do Instituto Escola do Povo e líder comunitário de Paraisópolis. Outras duas hortas devem ser criadas: uma vertical e outra horizontal. Fotos: Divulgação

São mais de 60 espécies de hortaliças e frutas plantadas em um espaço de 900 m²

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DESTAQUE

Agência popular na Zona Sul promove inclusão social na periferia Fotos: Divulgação

Os ingredientes utilizados nas marmitas também vêm da compra em comércio local, além da própria horta que é cultivada

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Geração de renda, cultura e educação, luta por direitos civis, gastronomia de qualidade, empreendedorismo e economia solidária. Isso e muito mais pode ser encontrado na Agência Solano Trindade, localizada na periferia do Campo Limpo, nos fundos da Zona Sul. E a Agência já começou de maneira ousada, há nove anos: com a criação do Banco Comuni-

tário União Sampaio, que oferece microempréstimos para a comunidade. Logo depois, em 2017, nasceu o primeiro coworking da periferia de São Paulo, um espaço que oferece o que a maioria dos moradores da periferia não tem: computador e internet. “As pessoas vêm e podem usar o escritório para fazer reuniões, treinamento. As pessoas moram em vielas, não tem número nas casas. Como a pessoa vai trabalhar com e-commerce? O mundo tá digitalizando, mas na quebrada não tem home office, live, elas vivem do trampo

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essencial. Poucas pessoas da quebrada tem internet banda larga para fazer uma reunião então aqui tem estrutura, aqui é o endereço compartilhado da comunidade”, explica Thiago Vinicius, fundador da Agência Solano Trindade.As marmitas doadas foram produzidas no Organicamente Rangô, o restaurante comunitário da Agência que é dirigido pela tia Nice, mãe de Thiago. As cestas básicas doadas foram compradas na própria comunidade, num incentivo ao comércio local.“Compramos cestas da comunidade, nos mercados da quebrada, então, foi duplo impacto: colocamos comida na mesa de quem não tinha e na mesa de quem achou que ia perder o emprego. Os ingredientes das marmitas também vêm da compra local, além da nossa horta. A gente é um restaurante comunitário: pratos a partir de 15 reais com conceito vegetariano; tem carne, mas tentamos diversificar”, explica Thiago. Em 7 de novembro o restaurante reabre com mais uma ação solidária: no momento de pagar a refeição, o cliente pode doar um prato de comida. Mas não foram só alimentos que chegaram na mesa dos moradores do Campo Limpo: foi incluído um livro em todas as cestas básicas doadas, com obras de autores negros como Emicida e Djamila Ribeiro. Para o próximo ano, o plano é conseguir uma sede própria para a Agência Solano Trindade, que hoje funciona numa casa alugada na Rua Batista Crespo, 105 – no Campo Limpo. “Temos que continuar fomentando a transformação porque as projeções que temos é a acentuação da desigualdade social com distribuições de cestas até o final de 2021. Então, a gente combinou que vamos continuar com essas doações”, afirma o fundador da Agência. Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

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