JORNAL VER A CIDADE - ANO 3 - EDIÇÃO 54 - São Paulo, 17 a 23 de setembro de 2022

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Acesse nosso site www.jornalveracidade.com.br ANO 3 • Nº 54 • SÃO PAULO • 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2022 @veracidade 11 97326-1845 Leia mais na página 4 Veja mais na página 6 Pesquisadores desenvolvem aplicativo de realidade aumentada para ensinar química Saiba mais na página 7 Projeto Kabuto usa ensinamentos do tatame para incentivar a reconstrução das casas no Morro do Piolho Foto: Divulgação Página 05 Página 7 Metrô de SP inicia teste com detector de metal estaçõesemBrasilregistracercade30infraçõesdetrânsitoporhorapelousodecelularaovolante

aeroportos de Congonhas e Santos Dumont. Essa é uma tecnologia que se pauta na identifi cação por meio da leitura a partir das caracterís ticas do rosto. O professor Roberto Hirata Junior, professor do Departamento de Ciências da Com putação, explica que o procedimento se baseia em algoritmos que fazem a leitura de pontos estratégicos, como as regiões próximas às nari nas, canto dos olhos e da boca, para a posterior verificação da identidade: “As leituras biométri cas utilizam características físicas dos indivídu os que são armazenadas eletronicamente para posteriores comparações”, complementa Hirata. Na prática, ela será utilizada em duas etapas: no acesso à sala de espera e no adentramento da ae ronave. Totens com câmeras serão instalados para a verificação do cadastro do passageiro e da existên cia de um cartão de embarque, que é possível a par tir da combinação da imagem captada e do uso de dados de um banco dos órgãos oficiais, acionando catracas automáticas que permitem o embarque. A utilização desse mecanismo não substi tui totalmente o embarque com bilhetes.

O processo promete agilizar tanto o acesso às salas de espera quanto às aeronaves

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Tiragem 20.000 exemplares

A L E R T A C I D A D Ã O

A biometria facial é uma tecnologia que vem sendo implementada em muitas atividades no cotidiano. No dia 9 de agosto, a ponte aérea Rio

Periodicidade

Fonte: Jornal da USP/Fernanda Real

Diretoria: - MTB 72272/SP

José Carlos Rodrigues Junior

Trabalhador pode ‘demitir’ empresa por discriminação

FERNANDO KEDE é advogado especialista em Direito do Trabalho Empresarial

Expediente

Conteúdos On Line e Off Line Agência Sul News Distribuição Sul News Logística

CNPJ: 40.010.313 /0001-45

São Paulo, 17 a 23 de setembro de 2022

Semanal

Entregues em corredores comerciais, semáforos, estações ferroviárias e terminais de ônibus municipais e intermunicipais

2 Grupo Sul News

Biometria facial promete maior agilidade no processos de embarque em aeronaves

JORNAL VER A CIDADE

Foto: Agência Brasil

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Na última semana, a Justiça do Trabalho de São Paulo condenou uma ótica a indenizar em R$ 5 mil uma vendedora que afirmou ter sido vítima de gor dofobia. Segundo o processo, a mulher disse que foi discriminada e humilhada pelo gerente do esta belecimento. A Justiça entendeu que apesar de não ter identificado perseguições específicas na empre sa, os depoimentos colhidos deixaram claro que ha via uma pressão no ambiente de trabalho por um padrão estético. Segundo consta no processo, a dona da loja monitorava a equipe por câmeras e cobrava itens como vestimentas e cabelo. Em sua decisão, o juiz afirmou que a prática ultra passa o poder diretivo do empregador. “Não se afigura razoável que haja intervenção no ambien te de trabalho para questão estética a todo o mo mento, em tempo real, mediante monitoramen to. Reflete comportamento que transcende o poder diretivo, uma química da intrusão à sub jetividade do trabalhador”, disse o magistrado. O advogado especialista em Direito do Traba lho Empresarial do escritório Schwartz e Kede, Fernando Kede, alerta que a discriminação de qualquer natureza é proibida e que o empre gador está sujeito a, além de uma ação por da

Av. Ipanema, 625 - Veleiros CEP 04773-010 - São Paulo - SP Tel: (11) contato@jornalveracidade.com.br3892-1510

nos morais, também de um processo por res cisão indireta, o equivalente ao trabalhador ‘demitir’ a empresa. “A discriminação, seja ela em virtude do peso, da orientação sexual, cor, religião ou qualquer outro motivo, viola os di reitos mais básicos do ser humano, previstos na Constituição, e as normas de trabalho”, diz. No caso de São Paulo, a Justiça também conce deu a rescisão indireta à funcionária. Nesse tipo de ação, o trabalhador toma a iniciativa de encerrar o vínculo de emprego porque a empresa descum priu o contrato e as normas do trabalho. “Nesse tipo de ação, o trabalhador pleiteia à Justiça do Trabalho todas as verbas rescisórias, como multa sobre o valor do FGTS, seguro-desemprego, como se tivesse sido demitido sem justa causa. Como foi o empregador que descumpriu a legislação, te m que pagar as inde nizações devidas ao em pregado”, explica Kede.

de Janeiro-São Paulo recebeu dispositivos para a realização do embarque por biometria facial. O processo, segundo a Infraero, promete agi lizar tanto o acesso às salas de espera quan to às aeronaves e deverá ser instalado aos poucos, de forma gradual e simultânea, nos

Fernando Kede

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Projeto Kabuto usa ensinamentos do tatame para incentivar a reconstrução das casas no Morro do Piolho

São Paulo, 17 a 23 de setembro de 2022 Grupo Sul Newswww. jornalveracidade com.br 4 A T I T U D E P O S I T I V A

Foto: Projeto Kabuto

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cheiro de queimado, corremos para pegar as coisas e ajudar os vizinhos”, diz Daniel. Para piorar, em pleno ano eleitoral, nenhum político visitou a comunidade. “Nenhum polí tico veio, parece que ninguém se preocupou”,

Na manhã de sábado, 9 de julho de 2022, ocorreu um incêndio no Morro do Piolho, co munidade no Campo Belo, atingindo 200 casas. Após dois meses, o Grupo Sul News visitou a comunidade para saber como anda a recons trução, recepcionado por alunos e o sensei do Projeto Kabuto, instituição de prática de Karatê e outras artes marciais gratuitos à comunidade. “Cerca de 7 alunos perderam suas casas”, ex plica o Sensei Danilo Santos. “50% da favela foi destruída. Ajudei na retirada das pessoas das casas e não houve nenhum ferido”, completa. O drama de sentir a fumaça no quarto foi um susto ao Jéssica Silva, 29 anos, desempregada e com 4 filhos crianças, acordar. “Ouvi o pessoal gritando às 7h da manhã e quando vi, o fogo estava em cima da minha casa. Peguei algumas roupas, mas perdi os móveis”, desabafa. A Prefeitura disponibilizou um Auxílio-Aluguel no valor de R$ 400 para às víti mas, “mas fizeram somente o pagamento na sema na do incêndio e não pagaram mais”, diz Jéssica. Os alunos de Karatê, os irmãos Samuel e Daniel Leandro, revelam que acordaram no susto com a fumaça. “Quando senti o

Dois meses após o incêndio, comunidade ainda vive o drama da perda de 200 casas

diz uma moradora que não quis se identificar. O Projeto Kabuto entrou para uma rede de solida riedade, em prol de ajudar as vítimas. “Criamos a Rede Espraiada, conjunto de projetos sociais, para que todas as doações sejam feitas em um só lugar e possa ajudar a comunidade com roupas, alimen tos, móveis e materiais de construção”, diz Danilo. Edjane dos Santos, 52 anos, fechou seu bar para abrir uma cozinha comunitária. “Cozinho para o pessoal dessas barracas que não tem fogão, a comida vem de doações”, revela. Na mesma rua, o grupo da Igreja Favor de Deus fazia doações de cestas básicas. “Fazemos cultos a céu aberto para crianças e jovens há 1 ano na comunidade e ajudamos com as doações.” Samuel Leandro usa os ensinamentos do ta tame para as adversidades da vida: “O Danilo -Sensei é uma inspiração, diz que o treino é difícil e na vida é pior, como aconteceu nesse incêndio. A vida vai te bater, mas temos que levantar e continuar! Vamos nos reconstruir!”

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sionais de compostos orgânicos, o que permite a interação manual do usuário com as molécu las virtuais e, o mais importante, é acessível ao estudante de escolas públicas”. Funciona em sistema similar ao jogo Pokemon Go, lançado em 2016. O aluno só precisa escanear um QR Code – disponibilizado em cards para os pro fessores – para ver, ampliar, diminuir ou rota cionar a molécula em realidade aumentada. Para o desenvolvimento do IsomeriAR, Cibele contou inicialmente com dois programas, o Uni ty, ferramenta própria para o desenvolvimento do aplicativo, e o Vuforia, instrumento que possibilita a função da realidade aumentada. Em um segundo momento foram utilizados ou tros dois aplicativos, o Jmol, que já é utilizado por químicos para a visualização de estruturas químicas em 3D, e o Blender, que permite a criação e edição de imagens animadas e vídeos.

Pesquisadores desenvolvem aplicativo de realidade aumentada para ensinar química

Foto: Freepik

desuaMantenhacarteiravacinaçãoatualizada. Procure uma UBS e vacine-se. prefeitura.sp.gov.br/vacinasampa São Paulo é a Capital Mundial da Vacina. E manter a carteira de vacinação sempre atualizada, além de fácil, é muito importante. Por isso procure hoje mesmo uma das 470 UBSs espalhadas pela cidade e vacine-se. Leve também as crianças e os idosos. A cidade está totalmente preparada para aplicar as doses de vacina contra o Sarampo, a Pólio, a Influenza e outras doenças. Além da Covid, é claro. Lembre-se de que a vacinação é a forma mais eficaz de se proteger contra doenças. Confira sua carteira de vacinação e a mantenha atualizada. Para mais informações, baixe o app e-saúdeSP.

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O ensino de conceitos teóricos nem sem pre é tarefa simples. Diante da dificuldade de professores de química em ilustrar princípios como o da isomeria (substâncias de átomos iguais com propriedades diferentes), a quími ca Cibele Zanatta da Silva Pereira usou reali dade aumentada na criação de um aplicativo para auxiliar o ensino de química orgânica. Batizada de IsomeriAR, a novidade é fruto da pesquisa de mestrado de Cibele na área de ensino de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. Além de facilitar a atividade docente, acredita a pesquisadora, o aplicativo estimu la o interesse dos alunos ao relacionar a tec nologia presente no dia a dia com a ciência. A escolha da isomeria é explicada pela pesqui sadora por tratar-se de um tema que ainda dei xa os alunos com muitas dúvidas. É um conceito da química referente a substâncias com mesma

Tela do app IsomeriAR

fórmula molecular, mas com propriedades ou estruturas diferentes (arranjos espaciais distintos), que, normalmente, é demonstra do em sala de aula através de figuras 2D. A orientadora de Cibele, professora Márcia An dreia Mesquita Silva da Veiga, conta que com o IsomeriAR é possível “projetar com sucesso, na tela dos dispositivos móveis, imagens tridimen

Fonte: Jornal da USP/Laura Oliveira

CIDADANIA SAUDÁVEL

samos falar e estar atentos o tempo todo”, assi nala o responsável pela plataforma Estar Digital, Adriano Krzyuy. A plataforma, presente em seis cidades do Paraná, pode ser acessada no celu lar, via app. “Mas nem por isso precisa ser ob servada enquanto o motorista dirige. Longe disso! Oferecemos um sistema para dar mobi lidade ao trânsito, contribuindo para a oferta de vagas nas regiões centrais onde as vagas são escassas e extremamente importantes”. Adriano comenta que ainda é comum encontrar motoristas desatentos, que insistem em falar ao telefone ou utilizar aplicativos de envio de men sagem instantânea, até mesmo navegar em redes sociais, enquanto digerem. “Essa falta de atenção coloca em risco a integridade dele e de todos. No trânsito, todos estamos envolvidos”, pontua. Organizar o trânsito, como propõe a plata forma Estar Digital, uma solução para o esta cionamento rotativo público com fiscalização das vagas, vai ao encontro da Política Nacio nal de Mobilidade Urbana. A Lei n° 12.587/12, que trata sobre o assunto, é fruto de uma das maiores preocupações da atualidade: o núme ro cada vez maior de veículos automotores de uso individual e os problemas relacionados à mobilidade urbana. “Nesta lista, podemos ci tar os acidentes de trânsito”, afirma Adriano.

A rotina apertada e a dependência do celular para os compromissos do cotidiano fazem com que os motoristas se arrisquem no trânsito e, mes mo sabendo dos perigos, mexam no celular en quanto dirigem. Resultado: quase 30 infrações de trânsito por hora em todo o País, segundo levan

57% dos acidentes entre os motoristas menores de 40 anos é causado pelo uso do celular

Foto: Divulgação

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Devido a uma série de incidentes ocor ridos nas últimas semanas, um projeto piloto para aumentar a segurança nas es tações de metrô Pedro II da Linha 3-Ver melha e Saúde, da Linha 1-Azul, está em fase de testes desde sexta-feira (9). Foram instalados detectores de metal nas catra cas das estações para evitar que bandidos entrem armados ou com objetos perigosos. No dia 5 de setembro, o Metro de São Paulo anunciou um convênio com a PM para prevenção de ações criminosas, jun

Detectores de metal em fase de testes Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

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Metrô de SP inicia teste com detector de metal em estações

tamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). A entidade mostra problema maior que multas. O uso do aparelho de telefone é responsável por, em média, até 57% dos acidentes entre os motoristas que têm entre 20 e 39 anos. “Recentemente o Maio Amarelo trouxe à tona toda essa preocupação. Mas, é importante dizer que o trânsito envolve vidas e sobre elas preci

Foto: Divulgação

Brasil registra cerca de 30 infrações de trânsito por hora pelo uso de celular ao volante

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tamente com os agentes do Metrô. Além disso também anunciou que está inves tindo na ampliação e renovação das câ meras de segurança para que seja possí vel melhorar as investigações dos crimes. O primeiro dia de funcionamento dos detec tores de metal contou com o apoio de agen tes da Delegacia de Polícia do Metropoli tano (Delpom). O Metrô de São Paulo não informou se a instalação dos detectores de metais do projeto piloto será provisória ou definitiva e se há previsão de expandir o uso dos dispositivos para outras estações.

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