Edição 152

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Edição 152

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24 de fevereiro de 2011

OPINIÃO Responsabilidade social

EDITORIAL

Iturama já não é a mesma Quando me refiro não ser a mesma, digo que o crescimento econômico contribuiu para ela já não ser mais a pequena Iturama. Desde que a cidade recebeu as obras do lote 5 da extensão Norte-Sul, o setor de imóveis já está pipocando, e digo, porque os próprios turistas já questionam o preço dos aluguéis e da falta de vagas nos hotéis. A Pérola do Pontal já era um alvo dos investidores por apresentar um grande potencial devido a duas grandes indústrias e agora é referência para empreendedores. E quando me refiro a crescimento, devo lembrar que um aumento acaba refletindo no outro. Recentemente tivemos a notícia de que o Posto Avançado do Trabalho foi elevado a Vara do Trabalho, pela grande demanda de processos sendo que Iturama atende todas as regiões vizinhas. Ela desponta não só como uma região em pleno crescimento, mas também se consolida em organizações de festas. Podendo citar entre elas, Exporama, Motocross, campeonatos esportivos e carnaval. E, voltando ao assunto de valorização do setor imobiliário, nesta semana, ouvi de um organizador de um evento que o público poderia ser menor devido à falta

de vagas nos hotéis, que mesmo em ranchos estava tendo dificuldades de locação. E este mesmo organizador afirmou que muitos convidados visam à Iturama para um futuro empreendimento. Muitos podem ainda não ter percebido este crescimento, mas ele já está nas ruas, a começar pelo trânsito. Na mesma semana, passei em frente a uma empresa localizada em uma das principais avenidas da cidade e percebi uma fila de carros, ao ficar pouco mais de cinco minutos notei que Iturama já não é a mesma. E este pequeno congestionamento de oito carros foi mais de uma vez, o que prova a minha confirmação. Horários de pico, nem se fala! Ainda bem que mesmo sem semáforos, os ituramenses têm bom senso no trânsito, claro que sempre há aquelas exceções. Apesar do fluxo de veículos e pessoas terem aumentado significativamente, no que se refere a lazer Iturama ainda é a mesma. É possível ver crianças brincando na rua, praças é um ponto de encontro entre amigos e as principais avenidas ainda reúnem os ituramenses nos finais de semana. Ela está crescendo sim, mas ainda mantém a essência de pequena e acolhedora cidade do Triângulo Mineiro.

Cá pra nós Trânsito de Iturama

Os moradores de Iturama já devem ter notado um aumento no fluxo de veículos, principalmente nos horários de pico. A mudança está atrelada a vários fatores, entre eles o potencial econômico da cidade e a construção da extensão Norte-Sul.

Desconforto na Câmara

Já no finalzinho da última reunião ordinária, o presidente da Câmara de Iturama, Nilo Claudio e a vereadora Giselia se desentenderam por poucas palavras. Giselia não gostou dos comentários do presidente e pediu postura nas reuniões. Nilo se defendeu. Mas mesmo assim o clima ficou tenso.

Uberaba está em alerta

Os números da dengue em Uberaba já é um motivo de preocupação para a Secretaria de Saúde do Estado. Os dados colocam a cidade na terceira colocação com o maior número de casos. Desde o início do ano, já foram mais de 430 registros.

Fernandópolis em pauta

O promotor da Infância e Juventude de Fernandópolis Dênis Henrique Silva teve o pedido de

afastamento contra o juiz Evandro Pelarin negado pelo Tribunal de Justiça. O pedido se refere a uma ação civil ajuizada contra o município de Meridiano.

É o fim da Educação?

E mais uma polêmica envolve o assunto mais importante na formação de uma pessoa: a educação. O MEC (Ministério da Educação) quer abolir a repetência até o 3° ano do ensino fundamental. E, ainda de acordo com a matéria publicada na revista Veja as escolas devem decidir se acatam o novo sistema.

Abriu mão da pensão

Enquanto em Minas Gerais perdura a discussão sobre o fim da pensão a ex-governadores, lá no Rio Grande do Sul, um dos beneficiados decidiu abrir mão da gorda pensão. O senador Pedro Simon recebia desde de novembro R$ 24,1 mil.

Outros não abrem mão

A decisão nada mais é que sensata já que Simon continua na vida política, e o valor de seu salário saltou de R$ 16,5 para R$ 26,7 como senador. Enquanto ele teve o bom senso de abrir mão outros não pensam em deixar a gorda pensão.

Sugestões e críticas sobre a coluna podem ser encaminhadas no e-mail: jornalismo@jornaltribunadaregiao.com

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Angelo Gonçalves

Nosso comentário da edição anterior focou o vertiginoso crescimento da Associação dos Caminhoneiros de Iturama, que passou a ter status de sindicato e está investindo muito para se adequar às necessidades do momento. Também comentamos a decisão da diretoria do Grupo Tércio Wanderley, cujo planejamento de recursos humanos prevê a oferta de 400 mil horas de treinamento para os funcionários das quatro unidades industriais. Ambos os investimentos são de importância capital para o aprimoramento da mão de obra ituramense. Quem acompanhou a série de reportagens especiais veiculadas na semana passada pelo Jornal Nacional da Rede Globo chegou à conclusão de que estão na ordem do dia nas grandes corporações o treinamento de novos profissionais e requalificação dos já incorporados. A série mostrou que o Brasil apresenta um quadro novo: há maior oferta de emprego do que de pessoal qualificado. Tal situação dá esperanças de que o Brasil se transforme na quinta potência econômica do mundo antes da década de 30. Iturama se expande rapidamente na área de transportes com a instalação do canteiro de obras da empresa Tiisa Triunfo Iesa Infraestrutura S/A, encarregada da construção da Extensão Sul da Ferrovia Norte-Sul. O Sest/Senat

mente favorável, o atual presidente, Adir de Souza Lima, está mobilizando a diretoria da Aciitu para incluir no planejamento anual, a construção de um centro de convenções empresariais em Iturama. Para adiantar, ele já produziu um protótipo da obra, que deverá atender a uma demanda crescente. O centro de convenções deve ter auditório para 500 lugares, salão de festas para 700 pessoas e pelo menos quatro salas de cursos e treinamentos. A notícia ainda não chegou a público, mas sabe-se que com uma obra dessas em andamento, numa iniciativa dos empresários e do setor público, Iturama passa a ser credenciada novamente a ter de volta o Senac e receber mais investimentos do Sebrae, instituições de fomento à cultura de inovação e projetos educacionais.

Angelo Gonçalves é marquetólogo e diretor da Sinfor

Salário mínimo ou minissalário? Alberto Alves Marques

Anticonstitucionalissimamente, de acordo com a definição da web (mesmo não sendo uma fonte segura), é a maior palavra do nosso idioma, com 29 letras. É um advérbio que descreve algo efetuado de maneira anticonstitucional, ou seja, contrapõe à Constituição. Partindo desse pressuposto, esse palavrão serve para descrever a novela que os nossos políticos estão fazendo com o aumento do mínimo na Capital Federal. E acredite, foi a melhor forma encontrada para expressar a minha indignação e de milhares de brasileiros com essa esmola de R$ 510, 00 para R$ 545,00. Uma vergonha, principalmente, sabendo que meses atrás os mesmos deputados que vetaram um valor maior no ganho dos trabalhadores, aprovaram em seus salários um aumento entre 60% a 132%. Sendo assim, a dificuldade A expressão da notícia no Baixo Vale

Diretora executiva: Kelma Lacerda adm@jornaltribunadaregiao.com

(Serviço Social do Transporte/ Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) deve investir em Iturama já a partir desse ano, com a conclusão de moderno auditório, construído em parceria pela entidade classista dos motoristas profissionais e Prefeitura de Iturama. Com os investimentos na área de transportes já se consolidando, os diretores da Aciitu (Associação Comercial e Industrial de Iturama) acenam também com grandes investimentos. As empresas de pequeno e médio porte que estão no comércio e indústria da cidade também vão se adequar aos processos educacionais. Empresários e comerciários precisam compreender que a capacitação é fator determinante para a sobrevivência do negócio e se afirmar com vantagens competitivas. Os empregados do comércio, em maioria, são vendedores, o que dá um caráter de urgência às mudanças comportamentais exigidas pelo mercado mais exigente. O balanço da Aciitu de 2010 foi altamente positivo, com destaque para o crescimento de 16% do quadro associativo — a entidade abriu 2011 com 328 empresas como sócias ativas. A prospecção de novos sócios ainda está em curso, já que muitas empresas estão se instalando na cidade, algumas delas já chegando com propostas de investir no primeiro Distrito Industrial de Iturama. Diante dessa situação ampla-

ARTIGO

Tribuna da Região

EXPEDIENTE Empresa Jornalística Tribuna da Região Ltda.

Educação corporativa se funda na qualificação profissional - 2

Departamento comercial: Zico Pacheco comercial@jornaltribunadaregiao.com

Plano de distribuição: Iturama, Campina Verde, Honorópolis, Carneirinho, Itapagipe, Limeira do Oeste, União de Minas, São Francisco de Sales, Fronteira e Santa Vitória.

Jornalista: Dyelen Oliveira dyelen@jornaltribunadaregiao.com

Impressão: Editora J. G. Rio Preto Ltda Tiragem: 3.000 exemplares.

Diagramação: Sinfor www.sinfornet.com.br

Os artigos publicados e as matérias divulgadas pelas assessorias de imprensa não expressam necessariamente a opinião do jornal Tribuna da Região. Estas publicações obedecem ao propósito de refletir sobre diversas opiniões.

em pronunciar a palavra — Anticonstitucionalissimamente — vem a calhar, com a de um pai de família para tratar da sua prole, e mais, sobreviver com uma renda desta. Além de aprovar um aumento que não condiz com a inflação real, os partidos políticos utilizam-no como moeda de troca no Congresso Nacional para atingir os seus interesses. Diga-se de passagem, o salário mínimo no Brasil só serve para controlar a inflação e servir de barganha em uma boquinha de emprego em Brasília. Considerações finais: a bem da verdade, o mínimo é anticonstitucionalissimamente, visto que contraria a Constituição, que deixa claro no Artigo 7º, inciso IV,

que: “O salário, mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte, previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”. E ainda há aqueles que acreditam na propaganda governamental: “Brasil um país de todos”. Alberto Alves Marques, 40 anos, é professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e da Rede Pública do Município de Monte Mor e pós graduado em gestão escolar


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