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Motorservice dá dica de instalação e usinagem da bucha de biela Fluido de freio: saiba quando realizar a troca e porquê
Motul esclarece as dúvidas mais comuns entre os proprietários, como plano de manutenção, especificação de produto e substituição de fluido
“Como dano mais severo, a ausência da troca do fluido no período correto pode causar a perda total do funcionamento dos freios hidráulicos”, explica Freitas. Afinal, quando ele se degrada, compromete a ação de frenagem e gera o risco de graves acidentes. É recomendado que a inspeção seja feita durante as manutenções periódicas e a substituição aconteça no máximo a cada 12 meses, independentemente da quilometragem percorrida. Alguns fabricantes recomendam um intervalo inferior a este, portanto fique atento ao manual.
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Por ser uma manutenção de item de segurança e demandar conhecimento do sistema e componentes, o processo de substituição do fluido de freio deve ser feito por um profissional. O fluido antigo deve ser escoado pela extremidade da linha (em cada roda) à medida que é adicionado fluido novo através do reservatório. Os veículos modernos possuem mecanismos de controle que requerem equipamentos e procedimentos específicos para substituição efetiva de todo o fluido.
Norma DOT
Os requisitos complexos e as cargas elevadas para o apoio do motor em movimento exigem a utilização de materiais cuidadosamente adaptados aos respectivos casos de aplicação de buchas de biela. A Motorservice, divisão responsável pela comercialização das marcas Kolbenschmidt (KS), Pierburg e BF para o mercado de reposição, apresenta algumas informações sobre as características construtivas, dimensionais, tecnológicas, bem como sobre a instalação e usinagem da bucha de biela.
Em sua grande maioria, as buchas de biela possuem o diâmetro interno semiacabado, ou seja, após a inserção da bucha sob interferência e pressão no alojamento da biela precisa ser realizada a usinagem para obter o diâmetro final, que determinará a folga radial entre a bucha e o pino do pistão.
Para a inserção da bucha de biela, em média, usa-se uma interferência de instalação de 7 centésimos. Mas, é preciso consultar as tolerâncias de instalação, conforme indicação do fabricante do motor.
A usinagem das buchas de biela precisa ser realizada no centro da bucha. Em algumas situações, segundo a prática do mercado, é feita usinagem da bucha deslocada referente ao centro para corrigir a altura do pistão referente à face do bloco. Para atender a demanda, a Motorservice fornece as buchas de biela para aplicações de linha pesada, onde é possível realizar um deslocamento de até 20 centésimos de milímetro, conforme Service Information SI1873.
Mas é preciso atenção, antes da instalação, é necessário verificar o diâmetro do alojamento onde a bucha será instalada, e o diâmetro externo da bucha de biela para garantir a interferência correta.
As dimensões possíveis de serem verificadas na bucha de biela são comprimento, diâmetro interno e diâmetro externo.
Instalação e usinagem – Iniciando a usinagem pelo deslocamento do centro das buchas, quando houver a necessidade do deslocamento. Deve-se verificar, previamente, o alojamento onde a bucha será instalada. Utiliza-se um súbito para identificar o diâmetro interno, ovalização e conicidade. Há necessidade de usar um gabarito para a instalação da bucha no alojamento para evitar deformações. Antes da usinagem deve-se verificar o empenamento da biela com auxílio de um dispositivo, pois o mesmo interfere diretamente na usinagem da bucha. Após as verificações com auxílio de um relógio comparador zera-se o mesmo para que se possa deslocar o centro da bucha de biela. É preciso observar se o alojamento está isento de oxidação e resíduos.
Caso haja irregularidades no alojamento da bucha durante a usinagem do diâmetro, ultrapassará a camada de bronze disponibilizada para a usinagem e tocará na capa de aço da bucha. Isto se deve ao fato de trabalhar com medidas centesimais para obtenção do diâmetro interno.
Conforme vídeo técnico disponibilizado no canal do YouTube da Motorservice, realizamos a primeira usinagem com apenas 0,02 mm, validando os procedimentos adotados anteriormente, e para limpar o diâmetro interno da bucha. Inicialmente, utilizamos um deslocamento de 0,15 mm referente ao centro da bucha na usinagem.
O segundo deslocamento foi realizado com 0,20 mm, conforme indicado nos materiais técnicos da Motorservice, o máximo permitido para as buchas de biela. Já o último deslocamento foi de 0,25 mm para mostrar e atestar que as buchas da Kolbenschmidt (KS) suportam o deslocamento acima de 0,20 mm, ou seja, mesmo deslocando acima do recomendado não ultrapassou a camada de bronze.
Em todos os casos de usinagem foi considerada a folga radial de montagem para o pino de 3 centésimos de milímetro e o processo de folga radial é realizado após deslocar a medida pelo centro da bucha.
É preciso atenção porque a folga entre o pino do pistão e a bucha de biela deverá ser seguida, conforme indicação do fabricante do motor. Para conferir o vídeo desta dica da websérie sobre recondicionamento de motores, basta acessar https://www.youtube.com/ watch?v=URh_9MO4fMs.
A Motorservice conta com amplo portfólio de buchas de bielas. Na etiqueta da embalagem constam as informações do código de comercialização, da aplicação e o código QRCod, que oferece o caminho para validar a autenticidade do produto.
Para mais informações, basta acessar o site https://www.ms-motorservice.com.br/ ou entrar em contato com o suporte técnico SAKS 0800 721 7878.
Verso Comunicação
São Paulo, fevereiro de 2023 - Realizar a substituição do fluido de freio somente quando há desgaste das pastilhas e discos, e ignorar a sua degradação ao decorrer do tempo, são os maiores erros dos motoristas. Por ter um papel fundamental no sistema de frenagem do veículo, o fluido requer alguns cuidados redobrados no dia a dia, que foram apontados pela Motul, multinacional francesa especializada em lubrificantes de alta tecnologia.
A degradação do fluido instituída a partir da umidade pode baixar a temperatura de ebulição, promover a tendência à corrosão, alterar a viscosidade, danificar tubulações e causar mau funcionamento no ABS e em outros componentes que estão em contato com o produto. “Conforme o fluido absorve umidade, o seu ponto de ebulição diminui, fazendo com que a proteção contra a possibilidade de ferver e gerar bolhas de ar seja reduzida”, aponta Caio Freitas, engenheiro de aplicações e suporte técnico da Motul Brasil.
É comum que o nível do fluido de freio diminua com o desgaste das pastilhas e discos. Caso esteja excessivamente baixo, a condição das peças e possíveis vazamentos devem ser conferidos.
“Não é recomendado utilizar um produto vencido ou que já teve sua embalagem aberta por um longo período, pois o fluido pode estar com a sua temperatura de ebulição abaixo do esperado, e consequentemente, sua vida útil será inferior ao projetado”, aconselha o especialista.
Prevenindo futuros problemas
Em toda revisão do veículo, o nível e condição de fluido devem ser inspecionados para verificar se há indícios de vazamentos. Por ser higroscópico - absorve a umidade do ar -, o fluido é suscetível a variação da degradação de acordo com condições externas e de uso. Nas regiões de alta umidade e em cenários onde o freio atinge altas temperaturas, deve ser feita a substituição do fluido em um intervalo reduzido se comparado a veículos utilizados em regiões secas e situações de baixa carga de frenagem.
O fluido de freio baseado em poliglicol regido pelo padrão da norma DOT (Department of Transportation) foi difundido amplamente por todo o mercado automotivo. O nome do produto é o próprio nível de desempenho da norma DOT correspondente. A temperatura de ebulição e a viscosidade são os principais parâmetros entre as classes de especificação.
Veículos modernos equipados com sistemas ABS (Anti-lock Braking System), ESP (Electronic Stability Program) ou ASR (Acceleration Slip Regulation), normalmente, exigem a norma DOT 4 LV por necessitarem de viscosidade mais baixa. Carros e motos de alta performance necessitam de fluido de freio DOT 5.1, também por conta da viscosidade baixa e do ponto de ebulição mais elevado.
“A viscosidade mais baixa é um requisito dos veículos modernos para manter o correto funcionamento dos equipamentos supracitados, mesmo em baixas temperaturas”, afirma Freitas. Fluidos de freio Motul indicados para veículos com uso severo e moderado
A Motul possui uma linha para atender às diferentes recomendações de montadoras. Os produtos, para uso diário, carregam a sua respectiva norma DOT no nome. Confira, abaixo, os fluidos de freios da marca:

• DOT 3&4: aplicável em todos os veículos que exijam a norma DOT 3 ou DOT 4.
• DOT 4 LV: mais proteção contra ebulição e aplicável em todos os veículos que exijam a norma DOT 3, DOT 4 e DOT 4 classe 6 (DOT 4 Low Viscosity). Especialmente recomendado para veículos que possuem sistema ABS, ESP e ASR.
• DOT 5.1: aplicável em todos os veículos que exijam a norma DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1. Especialmente recomendado para veículos que possuem sistema ABS.
• RBF 700 Factory Line: especialmente projetado para competição e veículos com operação semelhante ao uso em pistas. Alta resistência à temperatura e máxima proteção contra ebulição.
“Os fluidos possuem compatibilidade entre si, por isso, na maioria das vezes, é possível realizar o upgrade de performance. Se o manual do veículo exige que seja aplicado o DOT 4, geralmente, é possível aplicar o DOT 4 LV, DOT 5.1 ou RBF 700, garantindo maior proteção e mais desempenho. Mas lembre-se, sempre consulte o manual do veículo”, finaliza o especialista.
Gabrielle Pepato RPMA Comunicação