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Acordo global para combater pandemias pode se tornar realidade em 2024, indica OMS

JOSÉ FERREIRA FILHO osaopaulo@uol.com.br

Os países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) concordaram em avançar com a negociação de um acordo global sobre prevenção, preparação e resposta a pandemias. O objetivo é ter um texto para aprovação pela Assembleia Mundial da Saúde, já em maio do próximo ano.

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O Órgão Intergovernamental de Negociação (INB, na sigla em inglês) composto pelos 194 Estados-membros realizou, na semana passada, uma rodada de discussões sobre a proposta. Ideias e sugestões adicionais serão coletadas até o próximo dia 22 e compiladas em um pacote ao grupo relator do acordo. As negociações serão retomadas em junho, com base nessas contribuições e nos aportes do INB.

França

O copresidente do INB, Roland Driece, dos Países Baixos, comentou que o tratado será um passo importante para “não repetir os erros da resposta à pandemia de COVID-19”. De acordo com ele, existem muitas sugestões “construtivas”.

O processo nasceu numa sessão especial da Assembleia Mundial de Saúde, no final de 2021, com a meta de finalização do acordo até 2024.

Em paralelo à construção do cha-

Mais de 5 mil adultos batizados durante a Vigília Pascal

O Serviço Nacional de Catequese e Catecumenato da Igreja na França informou que neste ano, durante a Vigília Pascal, 5.463 adultos receberam o sacramento do Batismo em todo o país, um aumento de 28% em relação ao ano passado.

Em 2022, na mesma ocasião, a Igreja testemunhou 4.278 Batismos de adultos. Neste ano, 33% dos catecúmenos estão na faixa etária de 18 a 25 anos. O número de catecúmenos dobrou em 17 dioceses francesas. Dos novos convertidos, 3% são de origem muçulmana.

Os católicos franceses representam 29% da população, sendo que apenas 8% deles frequentam regularmente uma igreja. (JFF)

Fonte: Gaudium Press

Nigéria

Intolerância e ataques contra comunidades cristãs deixam mais de 100 mortos

No dia 2, Domingo de Ramos, homens armados invadiram um culto em uma igreja pentecostal em Akenawe-Tswarev, no condado de Logo, estado de Benue, matando um menino e sequestrando o pastor e outros fiéis.

Três dias depois, no dia 5, homens armados mataram pelo menos 50 pessoas no vilarejo de Umogidi, localizado no condado de Utokpo, um reduto católico no oeste de Benue.

Mais recentemente, na noite da Sexta-feira Santa, 7, dezenas de pessoas foram mortas quando homens muçulmanos invadiram uma escola primária na vila de Ngban, que serve de abrigo para cerca de 100 agricultores cristãos deslocados e suas famílias.

O ataque deixou 43 mortos e mais de 40 feridos, de acordo com o Padre Remigius Ihyula, responsável pela filial da Comissão de Justiça, Desenvolvimento e Paz (JDPC, na sigla em inglês) de Benue, uma organização humanitária católica nigeriana.

Ao visitar os sobreviventes do ataque na Sexta-feira Santa em Ngban, Samuel Ortom, governador de Benue, disse que pelo menos 134 pessoas foram mortas em ataques em cinco dias. Incluído nessa contagem está um ataque no dia 3, que deixou 47 mortos, de acordo com um relatório feito pelo ThisDaylive.com, um meio de comunicação nigeriano. (JFF)

Fonte:CNA–CatholicNewsAgency

Israel

Jerusalém tem trégua da violência em domingo com celebrações cristãs, judaicas e muçulmanas

Milhares de fiéis se reuniram no domingo, 9, em Jerusalém, ocasião em que coincidem as celebrações da Páscoa cristã, do Pessach judaico e o mês sagrado muçulmano do Ramadã, em plena escalada de violência do conflito entre israelenses e palestinos. As autoridades israelenses mobilizaram um grande aparato policial na Cidade Velha, local de confrontos entre adeptos das três religiões em Jerusalém Oriental, o setor palestino da cidade ocupado e anexado por Israel desde 1967.

A área registra um aumento da violência desde a operação na Quarta-feira Santa, 5, das forças de segurança israelenses na mesquita de Al-Aqsa de Jerusalém, terceiro local mais sagrado do Islã. A intervenção provocou muitas críticas internacionais e elevou a tensão na região. Desde então, aconteceram atentados contra Israel e foguetes foram lançados a partir de Gaza, Líbano e Síria, o que provocou respostas do governo israelita. O episódio mais recente da onda de violência aconteceu no sábado à noite,

8, quando o Exército israelense bombardeou a Síria, em represália aos foguetes disparados contra as Colinas de Golã, área anexada por Israel.

O Papa Francisco, em sua tradicional bênção Urbi et Orbi após a missa de Páscoa, expressou sua “profunda preocupação com os ataques dos últimos dias” e pediu a criação de um “clima de confiança e respeito recíproco, necessário para a retomada do diálogo entre israelenses e palestinos”. Fonte: RFI Brasil mado “acordo pandêmico”, os governos também estão revisando o Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Já são mais de 300 emendas ao documento em discussão.

A intenção dos países é fortalecer o regulamento para tornar o mundo mais seguro contra doenças transmissíveis, garantindo maior equidade na resposta global às emergências de saúde pública.

Fonte: A Referência

Nicarágua

O Padre Donaciano Alarcón, missionário claretiano panamenho que foi expulso da Nicarágua pela ditadura, descreveu como as autoridades lançaram acusações infundadas contra ele, o levaram à fronteira com Honduras e o abandonaram à própria sorte.

“A Polícia veio ao meu encontro no Domingo de Ramos e me advertiu de que eu deveria 'lembrar as prescrições' para a Semana Santa, dadas pelo regime. Na manhã seguinte, quando eu e outro amigo padre fomos à missa do Crisma, os policiais nos pararam abruptamente e me disseram que iam me expulsar do país porque eu estava incitando o povo, que estava dedicando todas as homilias ao nosso Bispo, Dom Álvarez, que está preso. Foi tudo mentira”, frisou.

“Eles me colocaram em uma viatura com dois policiais e me levaram para a fronteira. Fizeram-me cruzá-la e me disseram que dali em diante eu estava fora do país e não poderia mais voltar. Eu não sabia o que fazer e, então, algumas senhoras me viram e me ajudaram a conseguir um telefone para ligar para meu pai. Em seguida, fui acolhido por uma família em San Marcos de Colón”, disse o Padre Alarcón à Rádio Hogar, da Arquidiocese do Panamá.

Conforme um relatório divulgado pela organização não-governamental Monitoramento Azul e Branco (as cores da bandeira da Nicarágua), pelo menos 15 nicaraguenses, em sua maioria opositores ao regime e fiéis católicos, além de um jornalista, foram presos pela Polícia nicaraguense durante a Semana Santa.

A advogada e pesquisadora Martha Patricia Molina divulgou um estudo segundo o qual mais de 3 mil procissões da Semana Santa foram proibidas pela ditadura na Nicarágua neste ano.