O repórter edição 590

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SÁBADO 22 DE MARÇO DE 2014

GERAL

O REPÓRTER

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COLUNA DO JAIR Jair Gonçalves

Maestro, Produtor, Pesquisador, Professor e Compositor

ONDE ESTÃO OS MECENAS DAS ARTES? E OS ARTISTAS AUTÊNTICOS?

Novos professores já estão sendo chamados.

Falta de professores em escolas da região preocupa pais e alunos casos são relacionados a pedidos de remoção para outras cidades, pedidos de ano letivo de 2014, exonerações para assumir que iniciou no dia vagas de concursos pú24 de fevereiro, já blicos federais e licenças registra a falta de mais de saúde”, explica a coorde100 professores em escolas nadora. da região de abrangência Nos casos de aposenda 36ª Coordenadoria Re- tadoria a 36ª CRE já está gional de Educação. De chamando os professores acordo com a coordena- que passaram no último dora de educação da 36ª concurso realizado para esCRE, professora Rosmari tado para assumirem como Gobbo, nos últimos dias cer- efetivos. Nos demais casos ca de cinquenta professores a Coordenadoria de Eduentraram com pedido de cação está fazendo a repoaposentadoria. “Os demais sição através de contratos

Crise

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emergenciais, até porque se tratam de situações temporárias e as nomeações são para períodos de trabalho iguais a 25 anos, informa a coordenadora de educação. Os professores substitutos já foram chamados e estão em processo de contratação que passa pela perícia médica em Porto Alegre,entre outros trâmites. A posse dos professores, segundo Rosmari Gobbo, está sendo feita no próprio gabinete da coordenadora, com objetivo de agilizar o processo.

Parceiros Voluntários promove palestra sobre Lei da Solidariedade Projetos sociais Na manhã de quarta-feira, 19, na sede da APAE foi realizada palestra sobre a Lei da Solidariedade. A iniciativa, da ONG Parceiros Voluntários, mantida pela ACI,teve o objetivo de esclarecer as entidades sociais e empresários interessados sobre o funcionamento da Lei da Solidariedade. A palestra foi realizada pelo Secretário Executivo do Programa de Apoio à Inclusão e Promoção Social - PAIPS, Roberto Pesce. O PAIPS - Lei da Solidariedade é um programa de incen-

tivo fiscal, que viabiliza a parceria entre governo, entidades sociais e empresas para realização de projetos sociais, instituído pela Lei 11.853 em 29 de novembro de 2002 e regulamentado pelo Decreto 42.338 de 11 de junho de 2003. Roberto destacou que toda e qualquer empresa que pague ICMS ao Estado pode financiar projetos sociais. “A empresa poderá financiar projetos na sua totalidade ou parcialmente, até 100% do valor do ICMS a recolher”. Após a palestra foi apresentado o Projeto “Novas

Cores, Novos Tempos”, contemplado pela Lei da Solidariedade. O projeto é uma parceria do Instituto Unimed, Unimed Noroeste e Lojas Fricke e irá beneficiar 40 famílias de um bairro do município. Serão capacitados 30 alunos no curso de pintura de parede e após a conclusão das aulas suas casas serão pintadas. Em Ijuí 24 instituições estão aptas a desenvolverem projetos sociais financiados pela Lei da Solidariedade. Mais informações sobre a Lei da Solidariedade podem ser obtidas no site (www.stds.rs.gov.br).

Revendo os acontecimentos históricos, e, entendendo que a arte modifica o ser humano diante da percepção de seu mundo interior - tendo consequências para a vida em sociedade - ela se torna um elemento de transformação. Hitler, em sua tirania, demonstrou ao mundo, como a arte poderia ameaçar seus projetos de expansão da filosofia nazista pelo mundo. Para tanto, perseguiu, matou e expulsou da alemanha, diversos artistas, músicos, professores, cientistas e integrantes de movimentos culturais, e os que restaram tiveram que, obrigatoriamente, trabalhar para a propaganda da Alemanha nazista. Sabia ele que, seus planos poderiam ruir através de críticas, bem como, de movimentos culturais que estão sempre com a sensibilidade e atenção aos fatos sociais em nível máximo.Assim, Hitler agiu monstruosamente com a ignorância de destruir diversas obras de arte,agir através do genocídio cultural, acabando com com sonhos, com vidas e estudos sérios de longa data na área das ciências e das Artes.

artistas, de modo político. Devido ao quadro cultural atual – o qual se encontra em plena decomposição - pode-se afirmar que, é evidente que estamos cercados destes ditadores,micro ditadores,pseudos-mecenas, falsos produtores e gestores político-culturais, pífios profissionais a distorcer o papel sincero e honesto da arte.

Por esta linha de análise, procuro fazer com que se perceba o verdadeiro valor da Arte, bem como, o valor do dos artistas autênticos que estão aí, dirigindo muitas ações culturais e que não são reconhecidos. Outrossim, afirmo ainda que não se pode cometer deslizes infelizes, na esfera da desvalorização do que esses verdadeiros artistas tem feito pela arte, em especial a música. A sociedade,o governo e as instituições e organizações sociais, necessitam zelar pela arte sempre, pois tamanho valor existe nela. Deve-se pensar na riqueza e contribuição de artes como a música, entender a riqueza e conhecimento que se transmite no soar das cordas, das melodias,das harmonias em conjunto. Além disto, ditaduras pelo mundo Perceber o artista, o fazer artístico e as inteiro foram capazes de destruir gran- transformações que ocasiona de modo diosas obras e projetos culturais, além de sócio-político-cultural. Perceber a música provocar a expulsão de diversos artistas como sendo uma das maiores ciências de sua terra natal, por não aceitarem a a que consegue desenvolver mais o ser tirania da ditadura. Aqui no país, artistas humano – como já foi comprovado por como Chico Buarque, Geraldo Vandré, diversas áreas, tanto da ciência médica, entre tantos outros, foram perseguidos psiquiátrica, pedagógica, matemática, sopela ditadura militar. Os coronéis, tenen- cial, antropológica, cultural, educacional tes, e alto escalão no poder, espalharam o e musical. ódio e rancor, deixaram muitas mágoas e Portanto, faço o mais sincero apelo, ransos, mancharam de sangue as páginas da história do país, injustiçando muitos para que, não se pense como no passado, inocentes e profissionais sérios, os quais, que a arte irá prejudicar, corromper a eram muito competentes, talentosos e sociedade, pois ela está aí para mudar sábios, mas que por terem confrontado a essa sociedade. Desta forma, fazer pouco ditadura, ideologicamente, através da arte, caso da Arte, é zombar do artesão, esteja tiveram que se esconder ou pedir asilo ele em qualquer ramo das Artes. Extinguir político no exterior, caso contrário seriam projetos importantes em andamento, desviar verbas da cultura, investir mal os aniquilados da existência humana. recursos, favorecer panelas políticas com Desta forma, buscando-se as lembran- licitações e ganhos indevidos, surrupiar ças da história, percebe-se como a tirania, verbas de leis de incentivo a cultura é um a ignorância, a insensatez, tratou muitas crime tão hediondo, quanto os tiranos da vezes as artes, em especial, a Música. Atu- ditadura o fizeram. almente,percebemos pitacos desta tirania, Quando se pensar em Arte,seja ela qual quando artistas contemporâneos não conseguem sobreviver, quando tem seus for, que se pense nisto, com muita seriedaprojetos boicotados por decisões tacanhas, de, pois se considerarmos a música, a danquando as vaidades e invejas humanas ça, as artes visuais uma ameaça, traremos falam mais alto. Os mesmos crimes nazis- a tona os sentimentos tacanhas dos velhos tas, ditatoriais, tiranos retornam à tona, em tempos obscuros da história. Deve-se ter certas ações, desrespeitos, humilhações, maior sensibilidade e cuidaodo com isto. quando se faz pouco caso da arte e dos Onde estão os mecenas das artes atuais?


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