O repórter edição 589

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SÁBADO 15 DE MARÇO DE 2014

GERAL

O REPÓRTER

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COLUNA DO JAIR Jair Gonçalves

Maestro, Produtor, Pesquisador, Professor e Compositor

DIVERSIDADE CULTURAL? ONDE? PRA QUEM?

No final de sua fala, Sartori brincou dizendo “todos me denominam como futuro governador, mas eu quero ser o próximo”.

José Ivo Sartori recebe apoio do PMDB regional para pré-convenção Candidato

A

uma semana da prévia do PMDB que vai escolher quem será o candidato do partido a governador do Estado, o ex-prefeito de Caxias do Sul e pré-candidato, José Ivo Sartori, foi recebido com entusiasmo domingo à tarde na Câmara de Vereadores de Ijuí. Representantes de 12 municípios e lideranças como o deputado federal Darcísio Perondi e a presidente do PMDB Mulher RS, Regina Perondi, confirmaram apoio a Sartori, que disputa a preferência dos partidários com o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski. O pronunciamento do deputado Perondi foi marcado por elogios à trajetória de Sartori. “Os números do Estado são

preocupantes, precisamos de alguém com muita coragem e competência. E o Sartori reúne essas qualidades. Hoje é um dia importante, contamos com a presença de peemedebistas históricos como nosso primeiro presidente do partido Thomás Aquino de Moraes. Demonstra que o partido se une com Sartori”, avaliou. No discurso, o pré-candidato Sartori mostrou conhecimento sobre a cultura da região, especialmente de Ijuí, que denominou como referência no estado pelo potencial intelectual e difusão do conhecimento desde o trabalho dos Capuchinhos. Citou ter conhecido o Frei Matias e lembrou o professor Jaeme Callai. “A cultura da diversidade de Ijuí é exemplo no Estado. Acredito na unidade pelo diálogo e pela superação das diferenças”, disse, ao

traçar semelhanças do movimento étnico de Ijuí ao de Caxias do Sul. Sartori afirmou convicção e coragem para a disputa ao Piratini e explicou a demora em colocar o nome à disposição do partido. “O mais importante é debater um projeto, conversar com a sociedade, formar um pacto de unidade com os mais diversos setores do Rio Grande do Sul. O que nos une não é a carreira é a convicção do nosso papel de cidadão. É preciso enfrentar os problemas do Estado”, destacou Sartori. O ex-prefeito de Caxias do Sul, referência em gestão pública, mandou um recado para a militância. “O partido está fortalecido e sairá unido da convenção. Tenho humildade e respeito suficiente e se Paulo vencer serei o primeiro a apoia-lo”, afirmou.

primeiro estiveram nem participavam de movimento étnico. Outrossim, trabalhavam com muito sacrifício,para sobreviver, revirando pedras, desbravando matas, rios, plantando e sofrendo muito para colonizar esta terra e criarem seus filhos. Outro dia, fui questionado por um “movimentado cultural feirístico daqui”, sendo que este me disse para procurar minhas raízes. Ao pé da letra, já tinha uma resposta, pois lhe disse eu que já conhecia minhas raízes, que antes mesmo de portugueses, espanhóis, holandeses, árabes,alemães,austríacos,letos,italianos entre outras etnias, chegarem aqui, já existiam, os índios, que eram os verdadeiros donos destas terras,além de serem também, os maiores guardiões dela, pois como todos sabemos, viviam em perfeita harmonia a mesma. Além disto, questionei, qual o espaço, inserção e inclusão desta importante etnia, no eixo ortodoxo-político-cultural, aqui criado, e que tem posições ideológicas e políticas bem definidas há décadas? Neste sentido, considero que, existe a necessidade de um maior aprofundamento e pesquisa, para afirmar, que o aqui existe, é um grande desenvolvimento no âmbito da diversidade cultural. Só o que acontece, no mês de outubro todos os anos, não deve ser considerado o expoente cultural da terra do falecido Coronel Dico. Temos que superar este mito. Onde mais há a maior necessidade de projetos e investimentos em cultura aqui em Ijuí? Quais são as ações do setor público privado, nesta área, que conIjuí necessita superar o mito templem os bairros, com necessidades “Centralizador-feirístico” da cultura No âmbito das políticas públicas te- sociais urgentes e com baixos índices mos diversos discursos: casa de cultura, de desenvolvimento social? Que tipo departamentos de cultura, investimentos de incentivo recebem as pessoas que em cinema, incentivo à cultura e fomen- atuam com cultura, aqui no município? to às organizações culturais existentes, Onde estão os recitais musicais, eventos apoio a artistas, investimentos de mais artísticos, oficinas de dança, artes visuais, de um milhão em cultura,porém que cinema, teatro, fotografia, pintura entre não perpassa o limite da teoria.A falta de outros, em desenvolvimento nos bairros qualificação dos que se dizem gestores da cidade? A cultura é para todos, ou culturais, também dificulta o desenvolvi- para uma minoria que pode pagar? Todos mento qualitativo,nesta área.Não se pode conhecem o artigo 215, da constituição negar que haja, algumas ações, mas que federal e que faz alusão aos direitos culnão são debatidas com a comunidade e turais que temos? Por enquanto, como afirmam as fonque sempre beneficiam as famosas “panelas”, ou seja, grupos partidários afins. tes, não há aqui nenhuma diversidade Além disto, outro mito criado, está cultural, isto é um mito criado, ou talvez, em torno de um movimento cultural, um empreendimento visando o lucro, que apenas simboliza gerações passadas no qual as pessoas acreditam por que que, de outra forma, construíram suas digerem propaganda. Além disto, este vidas aqui na colonia Ijuhy. Os que aqui mito, parece ser facilmente questionável. Na cidade de Ijuí, conforme diversas fontes, ainda vivas existentes, temos um rico cenário cultural humano em potencial, que abrange desde a área de Teatro, Dança, Música, Fotografia, Artes Visuais, Literatura,Jornalismo,entre outras.Porém, são fragmentadas e diluídas, em termos de organicidade e oportunidade, além de que, o foco das políticas culturais públicas, ser enfatizado com maiores e mais calorosos fervores, no âmbito dos interesses da feira local. Fontes intelectualizadas, (da Colméia), ponderam que, este tipo de pensamento cristalizado na no ideário da sociedade local, criou um tipo de Ortodoxia, (ou de privilegismo), onde os investimentos públicos e privados, sempre tomam o rumo fervoroso, do Parque Wanderlei Burmann, pensando-se que, naquela área, está concentrado o que, de melhor existe em termos de cultura e arte. As fontes, afirmam também que, os processos da cultura local, nesta ótica, estão erroneamente subjugados a dois conhecidos eventos apenas, ocorridos durante o ano em Ijuí, e que, esses processos culturais, (nos quais há a pseudo idéia de que contemplem com dignidade e integralidade todas as áreas e movimentos artísticos da dança, da música, do cinema, do teatro, da fotografia e literatura), estariam contemplando , com “grandioso mérito”, o direito à cultura e lazer da população local (cerca de 90 mil habitantes).


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