Epavê

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EPAVê • 4 de julho de 2012

Dia da criança

Entrevista a Filipe Monteiro

Ambiente com alegria

Histórias com magia

por Sofia Marta

por Antónia Cabo, Fátima Laouini e Helena Abrantes ilustrar livros infantis. Disse-lhe, então, que ia escrever um livro para servir esse sonho, esse objetivo, e assim nasceu “O menino que sonhava salvar o mundo”. Considero que o resultado final foi muito bom e que excedeu as expetativas.

Como vem sendo tradição, a EPADRV comemorou no passado dia 1 de junho, o Dia Mundial da Criança e, antecipadamente, o Dia Mundial do Ambiente. Sob o lema “Vamos salvar o mundo”, cerca de trezentas crianças do préescolar e do 1º ciclo dos concelhos de Vagos, Cantanhede e Aveiro invadiram o vasto recinto escolar para usufruir de um dia pleno de natureza e de diversão. Com um percurso pedestre repleto de atividades, estes pequenos aventureiros percorreram todas as valências que a escola oferece ao público que a visita. Os traquinas agricultores tomaram conta da terra e deliciaram-se a apanhar batatas e morangos. Transformaram-se depois em cozinheiros e confecionaram bolinhos que saborearam à sombra dos pinheiros. Prosseguiram na sua caminhada, vestiram a bata de veterinários e, do contato com os animais, aprenderam as suas caraterísticas através de um divertido e galhofeiro “Animal Paper”. Trocaram a bata pelo traje de cavaleiro junto ao centro hípico e, no dorso dos cavalos, viram um mundo muito mais próximo da luz do sol. Tornaram-se ambientalistas, reutilizando material e elaborando cartazes sobre a reciclagem. Por fim,

Para além do gosto pela literatura como surgiu o ilusionismo na sua vida? A magia é também uma paixão, desde criança, embora a prática tenha já surgido em adulto. Foi a minha esposa que me comprou uma caixinha de magia; o meu primeiro truque foi o clássico desaparecimento da moeda. Consegui a ilusão como prenda de aniversário para o meu afilhado e, a partir daí, tudo se desenrolou. Fui convidado para ir ao Festival de S. João Bosco, Patrono dos Mágicos, que todos os anos se realiza no Porto. Conheci a Feira Mágica e comecei a entrar neste mundo. Faço parte da Associação Portuguesa de Ilusionismo e do Clube de Ilusionistas Fenianos do Porto, e faço espetáculos regularmente. Filipe Monteiro é formado em Química Analítica pela Universidade de Aveiro e esteve 20 anos ligado à Indústria. Neste momento dedica-se à escrita para além da sua paixão pelo ilusionismo. fizeram uma pequena caça aos amoresperfeitos que levaram para as suas escolas como recordação e divertiram-se com a magia das palavras e dos gestos imaginários na apresentação do livro “O menino que sonhava salvar o mundo”. Não partiram, contudo, sem visitar o insuflável. Os seus energéticos pulos encheram a escola de risadas e gritos de alegria e despertaram nos adultos presentes a vontade de voltar a ser criança. No fim do dia, as crianças partiram cansadas, mas nos seus rostos estava estampado um sorriso de orelha a orelha. Nós, que na escola permanecemos ainda com o eco da sua alegria refrescante, não pudemos deixar de sentir que realmente o mundo pode ser salvo, basta querer!

Olá Filipe, como é que um licenciado em Química vem parar ao mundo literário? Sempre gostei muito de ler e fugia para as bibliotecas. Naquela altura havia a biblioteca itinerante Calouste Gulbenkian e eu esperava ansiosamente para requisitar os livros. Com 12 anos tornei-me um dos responsáveis pela biblioteca da escola para poder usufruir desse espaço mesmo nos tempos livres, já que tinha a chave da mesma, e daí o gosto pela leitura e pela escrita. Qual foi o seu primeiro livro? O primeiro livro está escrito mas não apresentado por nenhuma editora, é um livro de aventura , ficção, dirigido a um público dos 14 anos para cima, um “fantasy book” ao estilo de Dan Brown. Estava em fase de revisão quando a sobrinha do meu irmão, que é ilustradora, me mostrou as suas ilustrações e me disse que tinha um sonho, o de

Quais sãos os seus planos a médio prazo? Pretendo continuar os meus projetos literários, tenho dois escritos nesta altura: um terminado e na mão de uma editora (um livro juvenil que aborda noções de química) e outro que está a ser acabado de ser ilustrado pela ilustradora habitual. Contudo, o meu objetivo não é escrever livros infantis. Como tem sido a experiência de divulgação do livro “ O menino que sonhava salvar o mundo “ nas escolas? Têm sido várias as apresentações e na EPADRV tive a primeira experiência com a Pré. Gostei muito até porque o espaço em si se adequa muito bem e as crianças depois de brincarem lá fora em contato com a Natureza estiveram sossegadas a ouvir e a participar. Foi um prazer tê-lo connosco, obrigada e até à próxima. Obrigado, foi com muito gosto que estive na EPADRV.

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