Fonte de Angeão, a minha freguesia

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O Ponto | 14/

Centro Social e Paroquial de Fonte de Angeão

Idosos apoiados por serviço de «excelência» Constituído em 1983 por Manuel Oliveira, Manuel João Gonçalves, Flávio Cardoso, João Rocha e Manuel Augusto Domingues, o Centro Social e Paroquial de Fonte de Angeão iniciou funções seis anos depois, com a construção do edifício desta instituição particular de solidariedade social. Presidida pelo pároco local, o padre João Sarrico, a instituição alberga atualmente 15 crianças na valência de creche e cerca de 40 em regime de Atividades de Tempos Livres (ATL) e Atividades Extracurriculares (AEC’s) com quem tem protocolo com câmara municipal de Vagos. Presta, ainda, Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) a 35 idosos da freguesia, apesar de ter protocolado com a segurança social para prestar este serviço a 20 idosos. «O acompanhamento aos restantes idosos é feito por nossa conta e responsabilidade», afirma um membro da direção ao nosso jornal. Apesar de estar voltada para a infância, a instituição está «muito preocupada» com os «nossos idosos que estão sozinhos, dado que a grande maioria tem os filhos no estrangeiro». Deste modo, o centro social e paroquial tenta como que substituir-se à família e prestar cada vez mais um «serviço de excelência», acrescenta o dirigente. Para poder alargar o número de

Especial Freguesia de Fonte

IV

beneficiários deste serviço apoiados pela segurança social, há cerca de ano e meio a direção iniciou obras de requalificação do edifício para modernizar as instalações, mas sobretudo a cozinha. «A cozinha era do século passado e não tinha grandes condições; com as obras, teremos cozinha, apoio à cozinha e despensa «modernas, eficientes e de resposta eficaz» capazes de prestar melhor serviço a mais utentes no SAD. O “novo” edifício terá melhores condições para as salas de creche e para o centro de dia, que atualmente se resume a uma sala de convívio frequentada por cerca de dez idosos. «É uma forma de acompanharmos o dia destes idosos e lhes proporcionarmos diversas atividades», informa. As obras estão orçamentadas em 100 mil euros, valor que poderá sofrer aumentos com obras a mais. A câmara municipal e a segurança social comparticipam em cerca de 50%. «Neste momento, não fomos para a rua pedir à comunidade, pelo que o futuro será de contenção e de manutenção». A inauguração das “novas” instalações está prevista para o próximo mês de fevereiro. De salientar que, atualmente, as valências funcionam na casa do povo, que se localiza ao lado do edifício do centro social e paroquial.

Associação Sociocultural, Recreativa, Desportiva e Religiosa de Rines

de Angeão

Agrupamento de Escuteiros nº 826 – nossa senhora do Livramento

Escuteiros há 25 anos Criada associação garantem agrupamento para zelar pelo templo religioso Rines foi a última localidade da freguesia e paróquia de Fonte de Angeão a receber um templo religioso. A capela foi inaugurada no dia 21 de agosto de 2004, pelo então Bispo de Aveiro D. António Marcelino, quase quatro anos depois de ter sido lançada a sua primeira pedra. O terreno onde está implantada a capela foi cedido pelo pároco da altura, o padre Manuel Augusto Marques. A semente estaria lançada, mas em 2002 “entornou-se o caldo” quando estava prestes a iniciar a segunda fase das obras de construção. «Não havia entendimento entre o padre e as pessoas da povoação sobre a quem entregar os acabamentos: o padre queria entregar a uma empresa da freguesia mas que apresentava orçamento mais caro em quase 2.500 euros em relação ao apresentado por uma empresa da região». Explicações dadas por João Violas, tesoureiro da Associação Sociocultural, Recreativa, Desportiva e Religiosa de Rines, que acrescenta a’O PONTO que «2.500 euros ainda era muito dinheiro para angariar porta a porta». A solução passou, por conselho dado pelo presidente da câmara da altura (e que ainda hoje mantém cargo), Rui Cruz, pela criação e constituição desta nova associação. «Devidamente formalizada e constituída, foi através desta associação sem fins lucrativos que conseguimos angariar verbas das entidades para a conclusão da construção da nossa capela», afirma. A capela viria a ser concluída e inaugurada em agosto de 2004 e, a partir daí, «pouco ou nada» tem feito a associação de Rines. Através dela procedeu-se à pintura do templo no ano passado e, agora, o sonho passa pela ampliação do templo. O projeto já está efetuado e refere-se à construção de uma sala de reuniões e sala de arrumos para as coisas da capela e localidade, nomeadamente os andores e outros objetos que estão distribuídos pelas casas dos membros da associação, e da construção da torre da capela. «O objetivo da nossa associação [presidida por Alcino dos Santos Pinho] é apenas zelar pela manutenção do templo», vinca, sublinhando que a “dona” é a comissão fabriqueira. Para já, e por se tratar de uma pequena povoação, com grande parte das pessoas emigradas, a associação não prevê a realização de outro tipo de atividades para além do zelo à capela. De salientar que a capela recebe, na última quinta-feira de cada mês, celebração eucarística promovida pelo pároco local, padre João Sarrico, pelas almas defuntas. «São missas assistidas, sempre, por 40 a 60 pessoas; eu próprio nunca falto a uma», garante. A festa em honra da padroeira nossa senhora da Boa Viagem é realizada no primeiro domingo de agosto, pela comissão de festas. Uma festa «simples», onde o religioso impera mais que o profano. «Pode ser que este ano, com o apoio dos nossos emigrantes, se consiga mais verbas para contratar um conjunto para animar a noite», remata.

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Foi no dia 22 de fevereiro de 1987 que nasceu o Agrupamento de Escuteiros nº 826 de Fonte de Angeão, cujo patrono é a nossa senhora do Livramento. A poucas semanas de comemorar as bodas de prata (25 anos), o agrupamento da paróquia de Fonte de Angeão é constituído atualmente por cerca de 55 a 60 elementos, entre escuteiros e dirigentes. Mas nem tudo foram rosas para o agrupamento. Com altos e baixos, como é habitual na grande maioria das associações sem fins lucrativos, onde o voluntariado e a carolice são os pilares da sua sustentabilidade, o Agrupamento nº 826 esteve quase à beira do desaparecimento em 2005. Foi nessa altura que um grupo de antigos escuteiros decide reativar o grupo, para que este não perdesse o seu número. Augusto José Miranda, antigo escuteiro (desde os 9 aos 17 anos) passou a ser o chefe do Agrupamento. «Aceitei o desafio com algumas reservas, porque não me sentia muito à vontade, mas o “bichinho” que estava dentro de mim e o facto de o meu pai (Manuel Augusto Miranda Francisco) ter sido um dos fundadores do agrupamento fizeram-me avançar com o projeto». E desde as promessas de 2007 que o agrupamento nunca mais parou de crescer, atingindo agora a manutenção dos números alcançados no último ano. O agrupamento de Fonte de Angeão recomeçou, tal como no início, com apenas as primeiras duas secções (lobitos e exploradores), tendo já aberto a de pioneiros. «Temos ainda uma caminheira (4ª secção) a colaborar connosco, que veio de outro agrupamento, mas essa será uma secção que prevemos criar quando os pioneiros atingirem a idade», explica. Para além das crianças e jovens da

paróquia, o agrupamento é frequentado por elementos das paróquias vizinhas (Covão do Lobo, Covões, Carapelhos, entre outros), por não possuírem agrupamento ou apenas por laços de amizade. Defendendo o crescimento de baixo para cima, Augusto José Miranda lamenta apenas a falta de dirigentes perante a dimensão e dinâmica que o agrupamento já exige. Apela, portanto, a que todos os interessados apareçam e ajudem a manter este projeto. Neste momento, são mais importantes os recursos humanos do que a obtenção de uma sede própria. Esta é a ideia que o chefe faz transparecer por diversas vezes em conversa com a nossa redação, apesar de garantir que a sede própria «faz muita falta». Atualmente, os escuteiros estão a trabalhar na desativada escola primária da Gândara, mas em breve esperam assinar protocolo com a junta de freguesia e câmara municipal para usufruir daquele espaço. Contudo, Augusto Miranda volta a vincar que «a sede é uma questão acessória», dando como exemplo os agrupamentos de Calvão ou Ponte de Vagos (estes últimos que foram os seus “padrinhos” aquando da sua reativação) que também possuem 25 anos e que apenas tiveram a sua própria sede recentemente. «Com os altos e baixos que tivemos até agora não podemos querer ter uma sede construída por nós e adaptada às nossas necessidades como os outros têm». Para além das iniciativas de cada secção ou do agrupamento, os escuteiros de Fonte de Angeão participam ainda nas atividades regionais e locais, com a venda de produtos ou a promoção de peças de teatro entre outras. «Sempre com o apoio da comunidade, sobretudo os familiares».


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