Jornal OCIDENTE 011

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Empresas e Pessoas

Agualva-Cacém

Pirilampo mágico

“Cada Cliente é uma relação pessoal”, diz António Nunes, presidente do Conselho Administração do Grupo NUCASE, sobre o seu projecto de vida. Pág.8 e 9

Com mais de dois anos de atraso Estação da CP de Agualva-Cacém foi inaugurada sem pompa e circunstância. Pág.2

Já se iniciou a campanha do Pirilampo Mágico a favor do Centro de Educação para o Cidadão com Deficiência (CECD) de Mira-Sintra. Pág.3

l a n r Jo

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OCIDENTE

Director Jorge Tavares

Ano 3 | Nº 11| 17 de Maio 2013 | GRATUITO

Autárquicas

Massamá

“Deixem-nos, voar!”

Feira Solidária e das Instituições, realiza-se esta sexta feira, 25 de Maio, no Parque Salgueiro Maia, em Massamá. Pág.7

Rio de Mouro

BTT de Rio de Mouro em alta com circuito de deferência do circuito nacional. Pág.10

Pedro Pinto, candidato PSD-CDS/PP à Câmara de Sintra, relança a discussão sobre a importância estratégica de um aeroporto em Sintra

Queluz Escola de Arte Equestre dá espectáculos com os cavalos e cavaleiros nos jardins do Palácio de Queluz.Pág.13

Algueirão

Pela primeira vez em Portugal, o Progresso Clube no Algueirão foi palco do 1º Estágio Internacional do “Choi Kwang Do”. Pág.14

Quem vai governar Sintra?

Casal do Rebolo

Do fervilhar da história ao ermo

degradado Basílio Horta (PS) quer a “economia no centro da atuação da autarquia” Luís Fazenda é candidato do BE Pedro Ventura (CDU) no “pulsar do concelho” Marco Almeida na “linha da frente” com Capucho Barbosa de Oliveira (PS) quer “Sintra para os Sintrenses” PND “patrocina” Nuno Câmara Pereira CTT

Autarcas “batem o pé” aos Correios

As terras são férteis, a água abunda, a paisagem é rural e intensa. Pág.12 Págs. 4 a 7

Mem Martins Sport Clube

“Estou aqui com muito orgulho”

Sintra Seminário de Estudos de Sintra, destaca memória de António Caruna, que “levou, Colares no Coração”. Pág.15

Eleições

Juventude Popular (JP) de Sintra, com “novos desafios”, elege Artur Alves. Pág.7 Presidentes de Junta, enviaram uma carta de protesto, contra a decisão de encerramento de Postos e Estações de Correio. Pág.11

Dias Ferreira volta para presidir a Assembleia Geral do Mem Martins Sport Clube (MMSC) a convite do presidente António Augusto. Pág.15

Mem Martins

A peça o “Paraíso” de Miguel Torga sobe ao palco esta sexta e sábado, no Mem Martins Sport Clube. Pág.15


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Local Agualva-Cacém

Editorial Estação de Agualva-Cacém inaugurada com dois anos de atraso C

Foi por um triz! Regressamos três meses depois, com a mesma força e vontade e tudo o que nos resta. Talvez, morrer na praia, mas com a certeza que tudo fizemos por nós e por este país. Temos boa gente, séria e trabalhadora. Um Portugal à beira mar plantado, com excelentes condições naturais e humanas. O clima não podia ser melhor, com temperaturas a gosto. Temos uma história com quase novecentos anos. E uma bandeira. E um hino. Somos tantos milhões espalhados pelo mundo a falar a língua de Camões e Pessoa. Temos emigrantes que nos representam em qualquer palco do mundo. Mas, se olharmos para cá para dentro de nós, a história repetese. A crise é crónica. A nossa estrutura produtiva está obsoleta. Não se percebem os objectivos estratégicos. O Estado insiste em asfixiar a economia. Os políticos, falam e falam. E há gente envergonhada por estender a mão. Por uma sopa. Por um pão. Estou cansado e farto de tanta conversa fiada. E nunca há uma palavra de estímulo. De esperança. De incentivo. Em ultimo recurso, uma palmadinha nas costas. Ajudava. Ninguém é invisível.

om mais de dois anos de atraso e o desespero de comerciantes que acumularam prejuízos e algumas falências, foi inaugurada sem pompa e circunstância, a estação da CP de Agualva, pelo secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro e pelo presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara. Depois de seis anos de trabalhos, dois dos quais de atraso, estão finalizadas as obras de quadruplicação da via, que teve um custo global de 59 milhões de euros. Fica concluído o processo de intervenção de modernização da Linha de Sintra, que inclui ainda as estações de Massamá-Barcarena e Agualva-Cacém.

O país parece estar condenado a viver assim. C’os diabos! Morrer na praia!? Foi por um triz! Mas por si, voltamos com toda a força que nos resta!

O director

Jorge Tavares Jornalista

“a dupla acessibilidade. Rodoviária, e a permanente acessibilidade ferroviária. Isto é importante porque aqui está a essência dos transportes públicos”, disse.

tuais, aumentos certamente que não”, disse Sérgio Monteiro, admitindo “baixar preços nos dias de menor procura”, no transporte público, uma estratégia que

A intervenção na Estação de Agualva-Cacém, rondou os 16 milhões de euros contemplou a construção de um novo edifício subterrâneo de passageiro, uma passagem inferior que assegura o atravessamento pedonal urbano, construção de interface rodoviário e zona de estacionamento em autosilo com capacidade para 300 lugares. Foram também instalados novos sistemas de videovigilância, que acautelam a segurança de pessoas e bens, nomeadamente nas zonas de circulação.

Dizem que a culpa é da crise. Ou do Benfica que falhou o campeonato. Se não conseguimos mudar de país com uma mala de cartão na mão, precisamos de novos modelos e também de novos actores.

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro e o presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara inauguram a nova estação

A estação tem dois cais centrais cobertos com 220 metros de comprimento

“Um dia bom para Sintra” Depois de descerrada evocativa do momento, o presidente da Câmara de Sintra, considerou “um bom dia para Sintra” e para os transportes públicos, no concelho. “Por dia, temos mais de 100 mil pessoas nesta estação, e portanto a quadruplicação significa opções estratégicas para vários destinos, de Lisboa e não só”, sublinhou Fernando Seara, destacando aquilo que chamou

Entre outros pontos, Rui Ramos chamava a atenção para os prejuízos dos comerciantes pelo facto de não terem sido respeitados os prazos previamente estabelecidos, para a concretização das obras. “É de toda a justiça que os comerciantes sejam ressarcidos dos prejuízos sofridos durante mais de 40 meses de obras”, apelando à Associação Empresarial de Sintra, “todo o apoio de que necessitam para não ficarem tão penalizados”.

Datas Os comerciantes têm razões de queixa com o atraso das obras, somando prejuízos e falências com a falta de clientes O Secretário de Estado do Transportes, começou por lembrar as “limitações orçamentais” que obrigaram o Governo a repensar algumas das prioridades, optando por “manter os investimentos com impacto directo no dia-adia das pessoas”, caso a da Estação de Agualva-Cacém, “obra fundamental” até do ponto de vista de inventivo ao “transporte alternativo”. Na cerimónia que contou com autarcas e deputados, com destaque para o vereador Domingos Quintas (PS) e Pedro Pinto, candidato do PSD-CDS/PP à Câmara de Sintra, Sérgio Monteiro anunciou a intenção do governo em não aumentar o preço dos transportes públicos. “Aumentos extraordinários estão completamente postos de lado, o ajustamento a partir daqui será somente em função da inflação. Pode haver ajustamentos pon-

8 Março de 2007

Lançamento do concurso público internacional

tem por objectivo “atrai mais utilizadores”.

16 Janeiro de 2008

Comerciantes com prejuízos

30 Janeiro 2008

“Foi com sentimento de dever cumprido” que a Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) se pronunciou sobre o final das obras de modernização da Linha de Sintra, sublinhado em comunicado, que “em conjunto com a Comissão de Comerciantes, tudo fizeram para que as obras não ficassem paradas no tempo e chegassem a bom termo no prazo previsto”.

Notificação da adjudicação da empreitada geral Consignação da empreitada

18 Janeiro de 2010

Entrada ao serviço do novo cais, na Linha 1 e 2

31 Julho de 2011

Entrada ao serviço do novo cais, na Linha 3 e 4

11 Maio 2012

Seis anos depois, estão finalmente concluídas as obras de Estação de Agualva-Cacém

JORNAL OCIDENTE:

Impressão na Empresa Gráfica Funchalense, SA - Morelena Pêro Pinheiro / Sintra • Tiragem: 10 000 exemplares • Depósito Legal: 332891/11 DIRETOR: Jorge Tavares geral@radioocidente.pt Telef: 963 964 040 • REDAÇÃO: Ana Marreiros; Nuno Diogo, Rui Camões, Rui Oliveira, Solange Henriques • MORADA: Praceta Progresso Clube, 17 - 2725-110 Algueirão geral@radioocidente.pt Telef: 219 267 367 / 96 66 77 041 • RÁDIO OCIDENTE ONLINE: Artur Barral; Hugo Saraiva; Jorge Lima; Jorge Manuel Cardoso, João Antunes, Marinela Tavares, Miguel Ângelo, Nuno Cachucho, Nuno Diogo, Pedro Esteves • MARKETING & PUBLICIDADE: Ana Maria Rodrigues publicidade@radioocidente.pt Telf: 219 267 367 / 96 66 77 041 • FOTOGRAFIA: Pedro Tomé • CARTOON: Luis Cardoso • DESIGNER GRÁFICO: Victor Duziteo


Jornal OCIDENTE 17 Maio 2013 “São Marcos Social”

Freguesia apresenta projecto de apoio às famílias

Mais de 30 entidades na apresentação do projecto “São Marcos Social”

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uno Anselmo, presidente da Junta de Freguesia de São Marcos, apresentou no Centro Carlos Paredes – Lúdico Cultural e Desportivo de São Marcos, um projecto “pioneiro”, que envolve cerca de 30 instituições locais, “e que vem fortalecer a rede social na freguesia”, sobretudo em tempo de crise. “Um programa de apoios sociais que procura responder no imediato à situação por vezes de emergência social em que algumas famílias se encontram”, explica em comunicado ao autarca, acrescentando que o “programa que valoriza o trabalho que as diversas entidades desenvolvem com a Junta de Freguesia, e que vem fortalecer a rede social da freguesia. A integração de apoios disponibilizados por diversas entidades pode parecer óbvio, mas está longe de ser simples, porque para tal é necessário haver interesse das partes e liderança”. Assim, o Projecto “São Marcos Social” é o resultado de um trabalho em parceria que tem por objectivo dotar a freguesia de uma estrutura de apoio social nas mais diversas áreas. “Desde o apoio de encaminhamento social por uma técnica da junta de Freguesia ao apoio financeiro para situações de urgência social, passando pelo apoio alimentar ou pelo apoio em vestuário, pelo apoio à procura de emprego, um conjunto de valências essenciais, estão agora integradas num mesmo projecto”, destaca Nuno Anselmo. Este projecto inovador, foi criado “sempre na óptica do utente” envolvendo mais de 30 entidades e que surge na sequência da situação de crise no país: “o cidadão de São Marcos sabe que pode contar com a sua Junta de Freguesia”, sublinha Nuno Anselmo. C.E.C.D. / Mira Sintra

Arrancou campanha do Pirilampo Mágico Já se iniciou a campanha do Pirilampo Mágico a favor do Centro de Educação para o Cidadão com Deficiência (CECD) de Mira. A iniciativa nacional, promovida pela FENACERCI, RTP e Antena 1, “vai pirilampar” no concelho de Sintra, até 4 de Junho. No slogan escolhido “Vamos Pirilampar”, o C.E.C.D. Mira Sintra assume, na comunicação, um termo há muito utilizado internamente, o qual espelha a alegria e energia positiva que esta iniciativa representa para a Casa, um momento de festa e de reunião de esforços centrados num objetivo comum: “sensibilizar a comunidade para a área da deficiência intelectual e/ou multideficiência e angariar fundos”, tão necessários às instituições de solidariedade social. “Aumentar o mealheiro que irá requalificar uma das Unidades Residenciais do C.E.C.D. Mira Sintra, mealheiro já iniciado na campanha do ano anterior e continuado, este ano, com o valor proveniente do Ensaio Geral Solidário do Bailado ‘O Lago dos Cisnes’, promovido pela Companhia Nacional de Bailado”, é o objectivo da campanha, destaca Carina Conduto, diretora-Geral do C.E.C.D. Mira Sintra. Contudo, “são necessárias muitas mais ações, dado o facto de se tratar de uma obra muito cara”, sublinha a responsável, acrescentando que “esta sempre foi a campanha de angariação de fundos com maior relevância na Casa, devido ao montante que permite angariar, o que em anos de crise e de escassez de recursos provenientes do Estado torna ainda mais premente a concretização dos objetivos desejados”, sublinha a responsável. O ano passado foram vendidos, cerca de 26 500 pirilampos sendo objetivo da Instituição, para este ano, atingir e superar o valor. “Queremos e precisamos de alcançar o maior número de vendas possível”, apela Carina Conduto.

Local

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Autárquicas 2013

Autárquicas 2013 Pedro Pinto / Candidato do PSD-CDS/PP

Pedro Pinto propõe Parque da Saúde em Algueirão-Mem Martins

O candidato do PSD/CDS-PP propõe transferir a Unidade de Saúde de Algueirão-Mem Martins para as instalações da antiga Fábrica Messa, bem como a futura Loja do Cidadão e a sede da Junta de Freguesia. Pedro Pinto propõe a criação de um Parque da Saúde em Algueirão-Mem Martins, nas instalações da antiga Fábrica Messa. “Defendo a construção de um Parque da Saúde, aproveitando a proximidade com o Serviço de Urgência Básica de Sintra que já funciona nas instalações

da antiga fábrica”, disse o candidato da Coligação PSD/CDS-PP. “A Unidade de Algueirão-Mem Martins serve mais de 50 mil utentes num edifício de habitação não adaptado. Esta solução dará mais dignidade aos cuidados de saúde da população”, disse. Ainda assim, Pedro Pinto realçou o “trabalho extraordinário levado a cabo pela equipa do Centro de Saúde em condições tão difíceis e que podem ser potenciadas num espaço mais apto para a circulação e atendimento de doentes”. A ideia recebeu o apoio de Vitor Cardoso, director Executivo do ACES Sintra – Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra, com quem o candidato esteve reunido e que o acompanhou nas visitas às Unidades de Saúde. Os terrenos da antiga Fábrica Messa são propriedade da Câmara e têm espaço para a criação de um “Centro de Serviços ao Cidadão, agregando a Saúde ao Apoio ao Munícipe”. “É obrigação da autarquia ajudar a encontrar soluções e, como os terrenos são camarários, podemos fazer aqui uma troca com o poder central”, disse Pedro Pinto.

Pedro Ventura / Candidato da CDU

“Sentir o pulsar da vida do concelho”

A CDU apresentou no Centro Lúdico de Massamá os candidatos às Juntas de Freguesia do Concelho de Sintra, iniciativa que serviu ainda ara apresentar o anteprojecto do programa eleitoral da lista liderada por Pedro Ventura, candidato à Câmara de Sintra. Com sala cheia, Lino Paulo apresentou sucintamente as linhas estratégicas do programa eleitoral da CDU às próximas eleições autárquicas, “uma súmula de contributos” provenientes “das mais variadas pessoas”, mas que “representa uma vontade de mudança na gestão au-

tárquica” do concelho de Sintra. Desde logo, “criação de emprego” e “medidas sociais” para a “integração social e combate às desigualdades”, mas também a “melhoria do acesso aos cuidados de saúde e à segurança” das populações. Implementação de “políticas que visem o desenvolvimento sustentável garantia do serviço prestado a nível do município” foram alguns dos pontos destacados por Lino Paulo e retomados por Pedro Ventura, candidato à Câmara de Sintra. “Temos um concelho com milhares de desempregados”, “desindustrialização”, “o pequeno comércio que está com a corda à garganta”, “o despejo das famílias”, “a Sintra dos bairros sociais em adiantado estado de degradação” o acesso à saúde “sobretudo para os idosos”, e os jovens “a quem é negado o futuro” foram alguns dos pontos citados por Pedro Ventura. E para que não fiquem dúvidas sobre os “desafios” da CDU, o candidato reafirmou o “compromisso duradouro” da coligação “em trabalhar em prole das populações”, um trajeto de vários anos, “que nos faz sentir o pulsar da vida do concelho de Sintra”, com “trabalho, honestidade e competência”.

Marco Almeida / Movimento “Sintrenses com Marco Almeida”

Basílio Horta / Candidato do PS

Economia no “centro da atuação da autarquia”

“Sintra tem condições únicas para ser um território de esperança, de crescimento económico, onde as empresas podem desenvolver os seus projetos empresariais”, sublinhou Basílio Horta, candidato do PS à voltando a destacar a importância de “atrair e não deixar fugir empresas do nosso concelho”. O candidato do PS, considera que “só assim combatemos o desemprego e geramos receita municipal que permita à autarquia melhorar a qualidade de vida de todos que vivem e trabalham” no concelho, “valorizamos o território e

desta forma o investimento que as pessoas fizeram nas suas habitações, muitas vezes fruto de uma vida de trabalho”. No final de uma visita à empresa Wurth, na Abrunheira, Basílio Horta voltou a falar do “papel decisivo no nosso futuro coletivo”, que passa também pela Câmara de Sintra. “É por isso que quero colocar a economia no centro da atuação da autarquia. Atrair investimento, criar parques industriais, tornar a Câmara aliada dos empresários ou mobilizar e dar condições ao comércio tradicional. São tarefas de uma enorme responsabilidade, mas que têm de ser assumidas com responsabilidade e sem receio”, destacou o candidato do PS, assumindo o compromisso, “olhos nos olhos, com os sintrenses”. Sobre a Wurth, o candidato do PS considerando “um exemplo de sucesso e um testemunho das potencialidades do concelho de Sintra”. Com um volume de negócio de 10 mil milhões de euros a nível mundial, dos quais 47 milhões em Portugal, a empresa cresceu no nosso país desde 1974, “fruto do investimento e capacidade de trabalho dos portugueses”, sublinhou o candidato.

“Chega de pára-quedistas, sem chão onde cair”

Marco Almeida candidato independente à Câmara de Sintra, apresentou os 11 candidatos a presidente de junta de freguesia, “combatentes da linha da frente” rumo às autárquicas de Setembro. Se for eleito, o vice-presidente da Câmara de Sintra, comprometeu-se, a atribuir “mais competências às freguesias” e a criar um “Estado Social Local” para dar resposta à crise perante um “governo cego, surdo e mudo” e “desligado das pessoas”. “O muito que tem sido concretizado nestes doze anos de trabalho é necessariamente insuficiente dado o agravar da crise. Temos de fazer mais e fazer

melhor. É também por isso que o Movimento Sintrenses com Marco Almeida assume o compromisso de aprofundar as políticas de apoio social, no sentido de abrir um novo ciclo em Portugal e criar, pela primeira vez, um Estado Social Local”, sublinhou Marco Almeida, destacando o papel e a importância dos autarcas de freguesia, “combatentes da linha da frente”, porque “são eles que primeiro sofrem o embate das crises. O movimento independente, “distingue-se claramente dos candidatos que apoiam e são apoiados pelos partidos e que estão a impor estes sacrifícios que há muito se tornaram democraticamente intoleráveis”, disse Marco Almeida. Sobre as candidaturas de Pedro Pinto (PSD-CDS/PP) e Basílio Horta (PS), considerou-os “candidatos da troika”, porque “estão reféns do seu passado e condicionados pelo seu presente”. Explicando melhor, ”são os candidatos que por muito que tentem escondê-lo estão atados aos compromissos de quem pediu intervenção estrangeira e de quem está a executá-la obstinadamente”. Pensativo, “o poder local é para ser representado pelos cidadãos locais. Chega de utilizar as autarquias como rampa de lançamento ou antecâmara para a reforma. Chega de pára-quedistas, sem chão onde cair”, disse Marco Almeida.


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Barbosa de Oliveira / “Sintra, Paixão com Independência”

“Não queremos que Sintra seja governada por ‘estrangeiros’”

“Não será uma candidatura contra o PS, mas pelo PS”, que “congrega os socialistas, não os divide”, adianta Barbosa de Oliveira

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arbosa de Oliveira, militante de base do Partido Socialista (PS) no Concelho de Sintra, ficou de fora das listas às próximas eleições autárquicas. Não se revê na candidatura de Basílio Horta à autarquia sintrense, e como já tinha prometido, vai integrar o Movimento Independente, “Sintra, Paixão com Independência”, que defende

uma candidatura “abrangente” e “unificadora” por “paixão a Sintra”. Sem avançar pormenores, reafirma por agora, a sua “firme vontade” em avançar para a presidência da autarquia, “pelos sintrenses. Não queremos que o concelho seja governado por ‘estrangeiros’”, desabafa o autarca, referindo-se aos candidatos, que

O Movimento “Sintra, Paixão com Independência”, vai apresentar quinta-feira, 23 de Maio, o nome de Barbosa de Oliveira, actual presidente da Junta de Queluz (PS), como candidato à presidência da Câmara de Sintra. O autarca socialista, não se revê na candidatura de Basílio Horta (PS), porque “Sintra é dos sintrenses”, defendendo um “candidatura local”, “abrangente” e “unificadora”. se apresentam ao eleitorado, como se fossem “estrangeiros”, já que “não conhecem a realidade” e os “problemas das populações”. A que se candidatam. Sem pronunciar o nome de Basílio Horta, o autarca de Queluz, já manifestou por diversas ocasiões a sua “incomodidade” quanto à escolha do PS para a Câmara de Sintra, não apenas pelo seu passado político, enquanto mi-

litante e fundador do CDS, mas também por defender um “candidato local”, porque “Sintra é dos sintrenses”. Em Dezembro ao Jornal OCIDENTE, Barbosa de Oliveira, quando questionado sobre os motivos que o impediam de avançar como candidato à Câmara de Sintra, durante o período de escolha de candidatos, disse que “muitos dos nossos

apoiantes teriam sido vítimas de chantagem e intriga e nós não entramos nisso e decidimos desmobilizar a candidatura. No entanto, não desmobilizamos o nosso projecto, que vai continuar”, disse na ocasião. “Sintra, Paixão com Independência” apresenta-se assim, como um movimento independente de cidadãos. “Não é contra ninguém, mas a favor de Sintra”, sublinha Barbosa de Oliveira, desvalorizando qualquer outra interpretação ou polémica sobre o assunto. “Não será uma candidatura contra o PS, mas pelo PS”, que “congrega os socialistas, não os divide”. O Movimento, vai formalizar a candidatura e apresentar Barbosa de Oliveira, como candidato à Câmara de Sintra, no dia 23 de maio, quinta feira, às 17 horas, no salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Queluz.

Luís Fazenda / Candidato do BE

“Não vale a pena falar de património mundial para fora e aceitar o caos para dentro” Luís Fazenda é o candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Sintra e João Silva o cabeça de lista à Assembleia Municipal de Sintra. No manifesto eleitoral, “por uma resposta social e de esquerda à crise” o candidato à Câmara de Sintra, destacou a importância de revisão do Plano Director Municipal (PDM) e a necessidade “urgente” da Câmara de Sintra, funcionar como “mediadora”, encaminhando e ajudando as famílias “que não consegue cumprir com os seus pagamentos de crédito na área da habitação. “A Câmara não pode ser um parceiro distante” disse Luís Fazenda, chamando a atenção também e lei das rendas, que chamou de

“lei dos despejos”. Nestes dois casos a autarquia “não pode ser neutra”, e deve ter um papel activo evitando “possíveis despejos em massa”, em tempo de “drama social”, disse. O candidato destacou ainda a necessidade de revisão do Plano Director Municipal (PDM), uma questão pendente, desde a sua anterior candidatura em 2001. “Há 12 anos, já nos batíamos pela revisão do PDM e ele ainda está nesta fase. Vivia-se [então] a ditadura do Betão, a opressão da construção civil, a opacidade dos negócios escuros e na verdade, se a economia travou parte desse processo, não está ainda devidamente em regra, aquilo que deve ser a arquitectura que

se tolera no espaço”, observou o candidato. “Não vale a pena falar de património mundial para fora e aceitar o caos para dentro”, sublinhou Luís Fazenda. O deputado Municipal, João Silva, cabeça de lista do BE à Assembleia Municipal de Sintra, destacou na sua intervenção, os efeitos da crise provocados pela austeridade do governo, que afecta “todo o pais” e que em Sintra “se faz sentir de forma gravosa, com mais desemprego, mais pobreza, mais dramas sociais”. Com a mesma postura crítica, João Silva aflorou o quadro político concelhio, marcado “pelas duas candidaturas do PSD” referindo-se à “oficial [Pedro Pinto] e a dos expulsos [Marco Almeida], ou seja, dos preteridos, que não foram aceites como

João Silva, cabeça de lista do BE à Assembleia Municipal de Sintra (à direita) e Luís Fazenda candidato do BE à Câmara de Sintra candidatos e também uma candidatura do PS, encabeçada por Basílio Horta, que trouxe muitas contradições internas, muitos desgostos à chamada ala esquerda do PS”, terminando: “é neste quadro político que vamos para eleições, e que os sintrenses pe-

dem mudança”. A apresentação dos candidatos, contou ainda com a presença de André Beja, coordenador do BE no concelho de Sintra e de Catarina Martins, coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda. JT


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Autárquicas 2013

Freguesias

Pedro Pinto (PSD-CDS/PP)

“ANA abre discussão para aeroporto em Sintra”

CDU Candidatos às freguesias Os candidatos da CDU à União de Freguesias no Concelho de Sintra, são os seguintes: José Pina Gonçalves (Agualva e Mira Sintra); Jacinto Domingos (AlgueirãoMem Martins); Rogério Cassona (Almargem do Bispo, Montelavar e Pêro Pinheiro); Helena Freitas (Belas e Queluz); Graça Rodrigues (Cacém e S.Marcos); Joaquim Mateus (Casal de Cambra); José Alberto Valério Dinis (Colares); Luís Esteves Coelho (Massamá e Monte Abraão); Isabel Lacerda (Rio de Mouro); Domingos Vicente (S.João das Lampas e Terrugem) e Licínio Peixe (Stª Maria, S.Martinho e S.Pedro).

PS Valter Januário é candidato Ainda não foi apresentado publicamente, mas Valter Januário é o candidato do PS à Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, no concelho de Sintra. “Motivado e empenhado em dar resposta às necessidades da freguesia”, o candidato socialista destaca “um projecto de proximidade” para a freguesia. Também já são conhecidos os nomes de Paula Alves e Pedro Brás, candidatos respectivamente à União das Freguesias (Belas e Queluz) e (Massamá e Monte Abraão).

“Sintrenses com Marco Almeida” Candidatos às freguesias Os candidatos do Movimento “Sintrenses com Marco Almeida” à União de Freguesias no Concelho de Sintra, são os seguintes: Álvaro Silva (Agualva e Mira Sintra); Manuel do Cabo (Algueirão-Mem Martins); Paulo Rodrigues (Almargem do Bispo, Montelavar e Pêro Pinheiro); Paulo Reis (Belas e Queluz); Vitor Amaro (Cacém e S.Marcos); Fernanda Santos (Casal de Cambra); Rui Santos (Colares); Fátima Campos (Massamá e Monte Abraão); Rosa Moniz (Rio de Mouro); Guilherme Ponce Leão (S.João das Lampas e Terrugem) e Eduardo Casinhas (Stª Maria, S.Martinho e S.Pedro).

“Não tenho dúvida que Sintra terá grandes condições para ter no futuro um aeroporto ‘low cost’”, defende Pedro Pinto Pedro Pinto, vice-presidente do PSD e candidato da Coligação PSD-CDS/PP à Câmara de Sintra, defendeu a instalação de um aeroporto para voos ‘low cost’ na Base Aérea n.º1. O candidato relança a discussão, sobre a importância estratégica da infra-es-

trutura, na dinamização da economia local e pólo de emprego. “Proponho que esta Base Aérea seja transformada num aeroporto civil, para voos ‘low cost’, que tem que coexistir com o Museu do Ar e com a Academia Militar, começou por dizer aos jornalis-

tas, Pedro Pinto, na sequência de uma visita, argumentando que Sintra “é o segundo maior município do país e temos que nos bater contra todos os lobbies”, destacou o candidato, considerando que “Sintra tem a melhor localização” em relação às alternativas conhecidas, - Montijo e Alverca – hipóteses estudadas pelo Governo, no âmbito do projeto, aeroporto da Portela+1. “Falamos aqui, da localização perfeita. Em todas as alternativas há necessidade de construir novas estradas, nalguns casos pontes rodoviárias, ferrovias, tudo necessidades que Sintra não tem. Este aeroporto tem ligações à linha férrea e a auto estradas”, reafirmou Pedro Pinto, desvalorizando os custos envolvidos, “claramente inferiores”, acrescentando “não perceber” os entraves, “no passado”, sobre a possibilidade de instalação do aeroporto no concelho que permitiria dinamizar a economia, captando empresas para o município e gerar postos de trabalho num concelho que tem “índices de desemprego muito elevados”.

Segundo Pedro Pinto, a privatização da ANA abre as portas à discussão sobre a necessidade de retirar tráfego aéreo à Portela e à consequente necessidade de se encontrar uma solução para os voos de baixo custo. “Até à privatização da ANA muitas destas questões eram decididas pelo poder central. A privatização não afasta as decisões do governo mas altera as lógicas”, chama a atenção, Pedro Pinto. Em jeito de conclusão, “se não houver outros interesses que não o interesse económico, não tenho dúvida que Sintra terá aqui grandes condições para ter no futuro um aeroporto ‘low cost’ e de alguma forma se poder transformar numa alternativa para dar resposta às muitas das necessidades que o aeroporto da Portela tem neste momento”, conclui. Refira-se, que em novembro de 2011, o Governo anunciou a criação de um grupo de trabalho para definir a localização da base da companhia aérea ‘low cost’ easyJet, cujos resultados não foram ainda apresentados.

António Capucho é oposição ao PSD em Sintra, declara Pedro Pinto António Capucho é o cabeça de lista à Assembleia Municipal de Sintra pela candidatura independente liderada pelo vicepresidente do município, Marco Almeida. “Se nas listas para a câmara há a noção de ter gente de Sintra, é importante a Assembleia Municipal ter um embaixador de Sintra. Dará maior visibilidade nacional e internacional ao município”, justificou o candidato à Lusa, que entrou em rutura com o PSD depois de o partido ter preterido a sua candidatura em prol da de Pedro Pinto. Refira-se que Marco Almeida protagoniza uma das candidaturas “rebeldes” do atual PSD, apresentando-se numa candidatura independente. O vice-presidente do PSD, Pedro Pinto, candidato da coligação PSD-CDS/ PP à Câmara de Sintra, não hesita em pôr Capucho na lista dos inimigos, ou ser mesmo punido

pelo partido. Sobre o assunto, Jorge Moreira da Silva, também vice-presidente do PSD, escusou-se a adiantar se António Capucho será alvo de um processo disciplinar ou mesmo expulso por parte do partido, ao ter decidido integrar uma candidatura independente à Câmara de Sintra. António Capucho é que pare-

ce não estar preocupado com o assunto. Recentemente, durante uma jantar promovido pela candidatura de Marco Almeida na Terrugem (Sintra), questionado sobre essa hipotética possibilidade disse que “é para o lado que ele dorme melhor [Marco Almeida]”, acrescentando que, “já cometeram tanta estupidez [PSD], não vão cometer mais essa”. Iró-

nico, “ele não tem vocação para mártir e eu também, mas se quiseram fazer de nós mártires, podem fazê-lo”, rematou. António Capucho é militante do PSD há 38 anos. Antigo ministro, ex-autarca de Cascais e ex-conselheiro de Estado, é o cabeça de lista à Assembleia Municipal de Sintra pela candidatura independente de Marco Almeida.


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Autárquicas 2013

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Nuno da Câmara Pereira / candidato pelo Partido Nova Democracia (PND)

“As minorias vão ser a nossa força”

“Somos defensores de uma autarquia ao serviço de quem aqui nasceu ou escolheu Sintra para trabalhar e viver”, disse Nuno da Câmara Pereira Nuno da Câmara Pereira “sintrense verdadeiro e independente, com paixão por Sintra”, anunciou, em conferência de im-

prensa, a sua disponibilidade para avançar como candidato à Câmara de Sintra, “patrocinado” pelo Partido Nova Demo-

Autárquicas

PSD de Sintra “reforça apoio” à candidatura de Pedro Pinto

José Fausto reafirma “apoio inequívoco” da concelhia do PSD ao candidato à Câmara, Pedro Pinto da coligação PSD-CDS/PP

A nova concelhia do PSD/ Sintra eleita no passado dia 11 de maio, deliberou por unanimidade, “reforçar” o seu “apoio inequívoco” ao candidato Pedro Pinto, (PSD-CDS/PP), nas próximas eleições autárquicas. A Comissão Política reuniu pela primeira vez ontem à noite e aprovou por unanimidade o “reforço do apoio à candidatura de Pedro Pinto”, assunto principal que dominou a ordem de trabalhos. “Pedro Pinto é o melhor candidato a Sintra. Estamos juntos a lutar por esta candidatura que acreditamos ser a única capaz de levar Sintra para a frente e de defender todos os Sintrenses”, disse em comunicado, José Faustino, presidente eleito da Concelhia “laranja”. “Pedro Pinto, com a sua experiência, já amplamente demonstrada através do

vasto trabalho que desenvolveu como Vereador e vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, dá-nos a garantia que será o melhor presidente para suceder a Fernando Seara”, afirmou José Faustino. Refira-se que à secção Concelhia de Sintra concorreu uma lista única - encabeçada para a Comissão Política por José Faustino e para a Mesa da Assembleia por Rui Pinto -, lista que congregou elementos de duas listas concorrentes que se candidataram às últimas eleições, realizadas em 2011, e que agora se juntam em torno do candidato Pedro Pinto. “A Concelhia reafirma o empenho de toda a estrutura concelhia de Sintra do PSD na vitória da Coligação liderada por Pedro Pinto, quer na Câmara e Assembleia Municipal, quer em todas as freguesias do concelho”, refere o comunicado.

cracia (PND). Reconhece que a equipa não tinha capacidade para recolher as assinaturas necessárias à formalização da candidatura apartidária. “Vamos avançar com uma lista patrocinada pelo PND, mas nem por isso deixamos de ser um movimento de cidadãos livres e independentes” disse o fadista que encabeça a candidatura de um grupo de cidadãos “patrocinado” por um partido que se revê nas cerca de 350 pessoas que estão envolvidas nas listas à câ-

mara, à assembleia municipal e às juntas de freguesia. Nuno da Câmara Pereira, adiantando que já se encontra no terreno em ações de campanha, acreditando que “é nos bairros problemáticos” que terá o “maior apoio, por ser popular e cantor de fado. São as pessoas mais modestas que respeitam a sua cultura e entrei onde mais ninguém consegue entrar. As minorias vão ser a nossa força”, adiantou. O candidato foi muito crítico em relação ao poder local que “não existe, porque o Estado central ‘abocanhou’ quase tudo o que existe em Sintra, que foi explorada durante décadas por Lisboa, Oeiras e Cascais” e que “não quer ser o caixote do lixo de Lisboa”. “O Poder Local tem sido esmagado pelo centralismo de Estado e pelo egoísmo e incompetência de autarcas que, mais do que servir as pessoas que os elegem, servem os seus interesses e os dos militantes dos seus partidos”, apontando o dedo ainda, aos “gestores políticos, os quais, estranhos e sem tempo de adaptação ou desejo de mudança de seus hábitos e costumes, têm conseguindo impor um caciquismo com maior ou menor notabilidade”, disse Nuno da Câmara Pereira. Entre outros assuntos, “é por isso que nos distinguimos dessa gente do passado e somos defensores de uma autarquia ao serviço de quem aqui nasceu ou escolheu Sintra para trabalhar e viver”. E para que não restem dúvidas, “é altura de dizer chega, porque Sintra é nossa e queremo-la para nós e não para os páraquedistas”.

3ª Feira

Solidária

MASSAMÁ FEIRA SOLIDÁRIA E DAS INSTITUIÇÕES

e das

Instituições Parque Salgueiro Maia, Massamá

Programa

25 de m

aio

10h00 – Abertura ao Público 10h15 – Demonstração desportiva de Karate UNAM Karate Portugal

10h30 – Yoga do Riso

Ass. Deficientes Forças Armadas (Sintra)

11h00 – Tuna “Mactamã”

Univ. Sénior Massamá

11h30 – Shorinji Kempo e Krav Maga Real Sport Clube

COMISSÃO POLÍTICA José Faustino (Presidente); Paula Sofia Neves (Vice-Presidente); Filipe Santos (Vice-Presidente); Felisbela Bernardo (Secretário); António Brás (Tesoureiro). VOGAIS: Vasco Miguel Alves, Paulo Dionísio, Rui Castelhano, Diogo Geraldes, Bruno Faivre Lopes, Nuno Anselmo, Adolfo Reis, José Carlos Domingues,

12h00 – Grupo Coral “Raízes de Massamá”

SUPLENTES: Filipa Guimarães, Hugo Luís Afonso, Nuno Lopes, António Pedro Rocha MESA DA ASSEMBLEIA Rui Pinto (Presidente); Maria Manuel Soares (Vice-Presidente); Ana Isabel Valente (Secretário); Rui Pedro Fernandes (Suplente).

15h15 – Tuna Universitária “A Feminina”

Ass. Ref. Pens. e Idosos Massamá

12h30 – Música / Mímica

Igreja Ref. Evangélica

13h30 – Grupo de Batuque Intervalo

Associação Olho Vivo

Tendas de divulgação Insufláveis Artesanato Exposições Animação

14h00 – “A magia dos desenhos animados” Espetáculo Infantil -TAR 2

14h45 – 12 Macacos

Hip - Hop na solidariedade

15h45 – Grupo Muzenza de Capoeira 16h00 – Tuna Universitária Mista 16h45 – “O amor é mágico”

Oficina de Teatro e Expressões

17h45 – Banda Filarmónica S. Bento de Massamá


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Jornal OCIDENTE 17 Maio 2013

Entrevista

“Todos os Clientes são muito importantes para nós e todos têm uma atenção muito especial”

António Nunes, presidente do conselho de Administração do Grupo Nucase, falou-nos da empresa de “Excelência” que começou a construir em 1978 e que este ano, assinala os 35 anos de existência. “Ser honesto, correcto e responsável”, são valores que sempre defendeu e que são a “chave do sucesso” do Grupo NUCASE - um conjunto de empresas especializadas no apoio à gestão de empresas, nas áreas da Contabilidade, Fiscalidade, Gestão Administrativa de Recursos Humanos e Consultoria de Gestão. Calmo, ponderado e sentido de humor apurado, António Nunes, aceitou com uma gargalhada, o desafio da OCIDENTE, rádio/jornal, para uma conversa ‘ao sabor das cerejas’. Por vezes com um brilho nos olhos, mas sem arrependimento, falou-nos do seu “projecto de vida”, construído, com “paixão e amor”. “O Estado tem de pagar atempadamente, para que possamos assegurar e cumprir com os compromissos”

J

ornal OCIDENTE: Trinta e cinco anos depois, a Nucase mantém ainda o espírito familiar e de proximidade que esteve na sua origem? ANTÓNIO NUNES: O espírito família continua. Os trinta e cinco anos são de sucesso. O crescimento tem sido evidente, todos os anos. Se bem que nos dois últimos, por força da crise, esse crescimento é moderado. O ano de 2012 foi mesmo negativo. JO: A empresa tem crescido e até já foi reconhecida como “PME Excelência” em 2009? AN: É reconfortante sermos premiados pelo nosso desempenho: Sermos reconhecidos, é sempre uma grande satisfação que guardo de todos estes anos de trabalho. JO: Como técnico e especialista, que leitura é que faz da actual situação de crise no país. Conhece e lida com muitos empresários. Qual é o sentimento geral? AN: [pensativo] Temos a noção de toda a realidade empresarial e a situação nes-

te momento é muito difícil para todos. Os negócios reduziram e há actividades, que praticamente desapareceram, como o imobiliário e actividades a ele ligadas. Dificuldades também na área dos automóveis. O mesmo acontece com o sector de restauração. Esta questão da austeridade provocou de facto uma baixa significativa no consumo e atingiu todas estas empresas e em particular o comércio local que tem sofrido muito com as consequências da redução do consumo. O agravamento dos impostos, em particular o IVA, é um dos obstáculos, afectando tudo que tem preço final. JO: A questão fiscal e a questão financeira? AN: A banca neste momento não faz financiamentos, mas pior do que isso, liquidou o financiamento antecipadamente. Liquidou muitas das contas calcinadas, com processos muitas vezes inadequados para as potencialidades das empresas. Deixou de haver possibilida-

de de se recorrer ao investimento porque não há possibilidade de serem financiados e isso tem originado despedimentos. Há uma redução substancial ao nível do emprego e sentimos muito essa questão junto dos nossos clientes. É uma luta tremenda para sobreviver. Há empresários com uma coragem fantástica que tentam fazer tudo para manter as suas empresas, mas infelizmente, há outros que ficaram pelo caminho. JO: Acha que os empresários não são ambiciosos o suficiente para resistir à crise? AN: Há empresários que se habituaram ao facilitismo durante alguns anos, quer na forma de fazer negócios, quer nos financiamentos. Neste momento não é esse o problema. Há pessoas com e sem experiência, com boa formação, muita vontade de fazer coisas, mas sem meios. Um deles é o financiamento. As pessoas não têm capitais próprios, e quando recorrem à banca, não é possível. JO: Que papel poderia ter o Estado? AN: O Estado deverá ser um facilitador,

em termos de burocracia e dar algum alívio fiscal, quer do ponto de vista de taxas e de cobranças. Por exemplo, há muitos casos de empresas, que são fornecedoras do próprio Estado, e que não conseguem receber. Mas têm de pagar os impostos. Nomeadamente o IVA que é liquidado sem se saber quando receber. É um problema sério que afecta a tesouraria de todas as empresas e em particular aqueles que trabalham com o Estado, que é um dos grandes obstáculos. JO: Sentem essa dificuldade junto dos clientes da Nucase? AN: Sim! Temos um cliente com valores em atraso, muito substanciais, e que estão com sérias dificuldades para se manter. Provavelmente vão entrar numa situação de insolvência, porque o principal devedor, o Estado, não paga! É muito complicado. Não venham dizer que a culpa é dos gestores. É de facto o Estado que tem de pagar atempadamente, para que possamos assegurar e cumprir com os compromissos.


Jornal OCIDENTE 17 Maio 2013 JO: Há muitos casos de insolvência? AN: Nós temos vários clientes que entraram em processo de insolvência, outros estão em recuperação… JO: A crise é uma oportunidade? AN: Acredito que sim. Por um lado as empresas tentam reduzir custos e isso significa, nas médias empresas, que pode ser uma oportunidade. Acredito que em algumas situações pode ser uma boa saída, mas é preocupante e dramático para os fornecedores que perdem todos os seus créditos. JO: O programa Revitalização pode dar uma ajuda? AN: É um programa interessante do ponto de vista de recuperação das empresas, mas que me assusta. Os credores até conseguem acordos interessantes de redução de dívidas ou no planeamento faseado das mesmas, incluindo a banca, mas o Estado, pede garantias para que possa acompanhar o Plano de Recuperação! É óbvio que uma empresa que está num processo de recuperação, não consegue garantias. Há muitas empresas que economicamente são perfeitamente viáveis, mas financeiramente, por força do momento que vivemos, têm dificuldades sérias e acabam por morrer, sobretudo

Entrevista

“Vou dar tudo para encontrar a solução que proporcione a gestão da Nucase, a sua continuidade” do que por via da receita. O que está a acontecer é exactamente isso e provavelmente vai ser o caminho a ser seguido. Temos que cortar na despesa, tentando incentivar a economia a criar mais postos de trabalho. As receitas que o Estado prevê arrecadar não vão ser conseguidas, quer a nível do IVA, do IRS, que a nível do IMI, que em

sa costa. Temos que começar a investir, não só por intermédio da banca, como do próprio Estado. Apoiar. É fundamental apoiar estas actividades, senão vamos ter um futuro muito complicado.

“Todos os Clientes são importantes” JO: Qual tem sido a estratégia da Nucase ao longo estes 35 anos? AN: Todos os clientes são para nós muito importantes. Na Nucase, todos têm o seu espaço e são tratados de uma forma

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lhões de euros, valor abaixo dos 5,5 milhões. Para este ano os valores rondam os 4,7 milhões. Continuamos a baixar. Os valores são resultantes de duas coisas. Os clientes que fecham por insolvência e a redução de avenças por força dos resultados de negócio dos nossos clientes. O factor concorrência é outro factor a considerar. JO: O que deseja alcançar para a Nucase nos próximos anos? NA: Estamos diariamente atentos às tendências de mercado e das necessidades dos nossos clientes. A Nucase vai continuar a apostar na formação dos seus colaboradores, investir nos sistemas de informação, para facilitar os processos de trabalho e também a relação com os clientes É a nossa grande aposta. Todos são importantes para nós. JO: O dinheiro é tudo no mundo dos negócios! AN: O nosso negócio é a nossa avença e a prestação dos nossos serviços. O aconselhamento e engenharias financeiras, que em bom rigor deveriam ser pagas, não o são. Mas… é talvez por isso que chegamos até aqui. O dinheiro é importante, mas não é tudo na vida. Nós sentimos que transmitimos valor às pessoas. Confiança e soluções! JO: Costuma dizer que este é projecto foi construído com “amor” e “paixão”! AN: Sempre estive e estou dedicado a

“Queremos prestar um serviço personalizado e ajustado às necessidades de cada Cliente”

“Queremos prestar um serviço personalizado e ajustado às necessidades de cada cliente” porque o Estado não interessado. JO: Não está ser pessimista? AN: Não! É um discurso realista! Sou optimista por natureza. Isto tem a ver com a realidade que é sentida no nosso diaa-dia e que tem que ser dita. Aliás, acho que não se fala suficientemente sobre esta questão da Revitalização das empresas e do sucesso que poderia haver para muitas, que são viáveis e que morrerem por esta razão. As dificuldades principais têm a ver com as cobranças. JO: Como perspectiva futuro? AN: Não sei! É difícil falar sobre isso. Mas o que parece ser mais grave, é o pessimismo que está a aumentar… JO: Os políticos têm alguma responsabilidade? AN: [pensativo] Ou o discurso político altera de forma a criar algum ânimo, alguma esperança, ou não sei o que será! JO: Estamos a ser confrontados pela “troika” com um conjunto de ajustamentos, impostos pelo memorando de entendimento. Para as empresas é um sinal negativo? AN: A economia estava de facto a precisar de algum ajustamento, porque estávamos a entrar num sistema complicado. De descontrole, quase! Estou plenamente de acordo com os ajustamentos, que tinham que ser feitos. Agora, não sei se este é o melhor caminho. Gostaria que o ajustamento fosse no corte de despesa,

algumas situações é muito elevado. O aumento de rendas também. Tenho dúvidas que a administração fiscal consiga cobrar aquilo que são as expectativas, nomeadamente no que se refere ao IMI. É um peso brutal JO: Que podemos fazer para os próximos anos? AN: Inovar. Há muita gente com projectos muito interessantes, por exemplo na agricultura. É importante produzir para consumir a nível interno para aliviar a nossa dependência do exterior. Importamos cerca de 60% daquilo que consumimos. Na minha opinião, temos condições para reduzir esta dependência. Nas pescas, somos um dos países que mais consome peixe e não aproveitamos a nos-

personalizada. Cada um tem o seu interlocutor e é tratado de acordo com as suas características e necessidades específicas. A nossa actividade sempre foi canalizada para as pessoas que precisam de ser ajudadas, perceber o seu negócio, para podem produzir. Nós existimos para os ajudar no cumprimento das suas obrigações legais, informar sobre tudo o que é importante saber. JO: Cada cliente, é um caso particular! AN: Há duas coisas que sempre me preocuparam ao longo destes 35 anos. Responder às necessidades dos nossos clientes sem perder de vista o tempo em que vivemos, usando as tecnologias e a proximidade. Outra é a simpatia. Saber ouvi-los, escutar as suas preocupações e tentar ajudar e encontrar a melhor solução possível. JO: Qual o volume de negócio da empresa? AN: No ano de 2012 fechou com 4,8 mi-

este projecto de alma e coração com uma grande preocupação: Quero fazer a passagem para a continuidade. Tenho dois filhos, que comigo trabalham e vou prepará-los para que assim aconteça, ao lado de toda a nossa equipa, para que a Nucase possa ter continuidade. Essa é a minha preocupação nesta altura [ri]. Os próximos cinco anos vou dedicá-los a prepara esse futuro. Não me vou reformar, [pensativo] mas vou dar tudo para encontrar a solução que proporcione a gestão da Nucase, a sua continuidade. JO: Missão Cumprida? AN: Acho que sim e sentido do dever cumprido também. Acho que não tenho inimigos e ando de cabeça levantada. JO: E se o tempo voltasse atrás… AN: … Faria a mesma coisa! JO: Sem arrependimentos!.. AN: Fazia tudo de novo. Estou muito feliz com este percurso. Sem dúvida que o trajecto seria sempre este.

No mercado há 35 anos O Grupo NUCASE iniciou a sua actividade em 1978, especializando-se no apoio à gestão de empresas. Qualquer que seja a dimensão, complexidade ou sector de actividade do seu Cliente, o Grupo NUCASE ajusta sempre o seu serviço às necessidades e expectativas de cada empresário, estabelecendo uma relação personalizada com cada um deles. Esta cultura, de criação de uma relação de parceria pessoal com cada Cliente, permite que o Grupo preste actualmente serviços a mais de 1600 empresas, em todo o país e em Angola, com dimensões e actividades muito diversas (de um colaborador-sócio, a milhares de colaboradores em multi-localizações). Através da aquisição e fusão com empresas com diversas competências e com a contratação de recursos técnicos especializados nas mais diversas áreas do saber, o Grupo NUCASE é constituído por equipa multidisciplinar, com cerca de 200 profissionais, na sua maioria com experiência e qualificação superior. Criado por dois sócios portugueses, o Grupo NUCASE continua a ser detido integralmente pelos seus fundadores, mantendo o espírito de empresa familiar, embora possua uma forte cultura de gestão profissionalizada.


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Local

Rio de Mouro

Ciclismo de Rio de Mouro no trilho do sucesso

Taça de Portugal de XCO, prova de categoria C1, categoria mais alta no ranking UCI, reunindo um número elevado de participação de equipas

O circuito de Rio de Mouro em BTT é já considerado uma das provas de referência do circuito nacional. Em Abril foi palco da segunda prova pontuável para a Taça de Portugal de Cross Country Olímpico (XCO) reunindo os melhores atletas nacionais e internacionais, num evento de nível europeu. Vitor Branquinho, não escondeu a sua “satisfação” apesar da falta e apoios na modalidade “em crescimento”.

O

tegoria C1, categoria mais alta no ranking UCI, reunindo um número elevado de participação de equipas nacionais e sobretudo internacionais, envolvendo mais 300 pessoas entre atletas, dirigentes e técnicos, ligados à modalidade. A equipa da casa voltou a dar provas de que a forte aposta da Junta de Freguesia de Rio de

Mouro na Escola BTT Rio de Mouro foi uma aposta ganha ao alcançarem o 2º lugar por equipas entre a elite nacional. O dia começou da melhor maneira com a vitória na corrida C1 em Veteranos C pelo atleta Luís António, que com esta vitória passa para o comando da competição no seu escalão. Destaque ainda para José Domingos, na mesma

“Água, Fonte de Vida”

SMAS-SINTRA estão empenhados em promover a melhoria das condições de vida e do bem-estar da população do concelho, assumindo o compromisso de continuar a trabalhar para aumentar a qualidade dos seus serviços e contribuir para um desenvolvimento sustentável. A inauguração que aconteceu no dia 3 de maio, contou com a presença de Pedro Ventura e de Ana Isabel Duarte, vereadores na Câmara de Sintra.

circuito de BTT de Rio de Mouro é uma das provas mais consideradas em Portugal e referenciada a nível europeu, pela sua organização e originalidade do circuito, que se divide entre o rural e o citadino. No passado dia 21 de abril, realizou-se da freguesia a segunda prova a contar para a Taça de Portugal de XCO, prova de ca-

categoria, que alcançou o 4º lugar, ficando assim na 3ª posição da classificação geral. As atletas femininas também estiverem em excelente plano na corrida C2. Andreia Lopes foi 2ª classificada em Sub-23 e 10ª atleta entre elites. Ana Lopes fechou o pódio em Juniores, mantendo assim o seu 3º lugar na classificação geral da Taça de Portugal. Já na categoria de Cadetes, destaque para o 4º lugar da Beatriz Lopes, que tem vindo a mostrar um subir de forma e que deixa boas perspectivas para as próximas provas. Estes resultados permitiram à formação de Rio de Mouro um brilhante 2º lugar colectivamente, dando assim provas do bom trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por todos os atletas, técnicos e responsáveis, com o apoio da Junta de Freguesia de Rio de Mouro, da loja de bicicletas CCBikes, suplementação Nutrimania.pt-Evonutrition. Um resultado de sonho, num percurso de luxo e uma organização sem falhas colocou Rio de

em Portugal”, é uma das provas de referência a nível internacional, aliás razão que explicou uma forte participação de atletas estrangeiros”, diz com alguma “vaidade” Vitor Branquinho, vice-presidente da Associação de Ciclismo de Lisboa, autarca na freguesia e um dos grandes dinamizadores da criação da Escola de BTT de Rio de Mouro. “Transformar esta zona num circuito permanente”, continua a ser um dos objectivos de Vitor Branquinho, para tornar o espaço “ainda mais espetacular, com zonas específicas e delimitadas para espectadores”, condições essenciais que permitam a realização de eventos, mas também os treinos da seleção Nacional de BTT, a realização de cursos de formação e a instalação do “Centro de BTT da zona de Lisboa”, entre outras iniciativas, adianta o responsável. Questionado sobre a Escola de BTT, “este foi o ano zero. Numa fase inicial apostamos somente na vertente de formação, mas agora demos mais um passo em frente, no sentido da competição. Abrimos as portas a alguns atletas com algum traquejo e os

Vila Alda

Bruno Portela e Pedro Tomé, dois dos sete fotógrafos, que captaram com o seu “olhar”, o tema “Água” Está patente, até ao dia 26 de maio, na Vila Alda, Caso do Eléctrico em Sintra, uma exposição de fotografia para assinalar o Ano Internacional da Cooperação pela Água. Para esta mostra os SMAS de Sintra, convidaram sete fotógrafos. Bruno Portela, José Correia, José Manuel Ribeiro, José Pedro Santa-Bárbara, Paulo Cordeiro, Pedro Tomé e Sofia Gonçalves, que, através do seu “olhar” re-

flectiram sobre o tema “Água”. Esta exposição de Fotografia, integrada no Ano Internacional da Cooperação pela Água, instituído pelas Nações Unidas (ONU), pretende consciencializar os visitantes, sobre os desafios da gestão, acesso, distribuição e serviços relacionados com este recurso cada vez mais diminuto. Com entrada livre, na Vila Alda os visitantes poderão conhecer, um pouco melhor, como os

LEGENDA: Luís António, mais conhecido por “Runa” (à esquerda) e Vitor Branquinho, responsável pelo sucesso do BTT em Rio de Mouro Mouro nas bocas do mundo. A prova foi ainda classificada com a pontuação máxima pela UCI.

“Não posso estar mais feliz” “Sou suspeito, mas o Circuito de Rio de Mouro está no conjunto das três melhores provas de XCO

resultados estão à vista”, destaca, Vítor Branquinho elogiando o apoio “fundamental” da Junta de Freguesia de Rio de Mouro, que “tem sido incansável” no apoio e promoção do BTT, “para que se fale bem de Rio de Mouro”. Andreia Lopes Jorge Tavares


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Local

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Encerramento de Postos e Estações de Correio

Juntas de Freguesia enviam carta de protesto aos CTT contra encerramento de estações de Correio veiro e Pexiligais na freguesia de Algueirão Mem Martins, também é referenciada: “É incompreensível a decisão” da administração dos CTT, que pretende com a medida, “economizar uns ‘euritos’ no combustível de uma viatura que tanta falta faz, sobretudo a uma população isolada e envelhecida”.

Autarcas pedem manutenção dos serviços

Os presidentes de Junta de Algueirão-Mem Martins, Colares e de São João das Lampas, enviaram uma carta de protesto, dirigida à Administração dos CTT, contra a decisão de encerramento de Postos e Estações de Correio, nas freguesias.

Indignados, contestam a decisão, “sem que tivesse sido feita uma avaliação, social do impacto restritivo, prejudicando os utentes sobretudo os residentes nas zonas rurais e nas grandes zonas urbanas”, refere a missiva, no seu primeiro parágrafo. “Não se pode aceitar o fecho

REAÇÕES: Rui Santos Presidente da JF de Colares

“Estou preocupado com os idosos” O autarca “está preocupado” com a possibilidade das actuais instalações dos Correios na freguesia serem partilhadas por outra entidade, que fará o trabalho dos CTT. “Pior é que não sei de nada”, lamenta o autarca, que não foi informado. “Estou ainda preocupado, com a população idosa. Se a estação de correios for transferida, como vai ser a vida desta gente? Pagam o transporte? Como é que é?”, questiona-se.

de uma estação dos correios e obrigar os utentes, muitos deles debilitados fisicamente e as próprias empresas, a terem de fazer dezenas de quilómetros para tratarem os seus assuntos, quando deviam ser tratados na sua área de residência”, argumentam. Colares, São João das Lampas, Recoveiro, Algueirão, Mercês e Mem Martins, representam no seu conjunto uma população estimada em mais de 90 mil habitantes, “que vão ficar sem a estação dos CTT e ainda outras vão ficar com algumas restrições, como por exemplo Mem Martins, onde se pondera fechar nos meses de verão há hora de almoço”, destaca o documento. A suspensão do Posto Móvel dos CTT nas localidades de Reco-

Inconformados e descontentes com a decisão, os três presidentes eleitos pelo PSD - e que já anunciaram as suas recandidaturas às juntas pelo movimento independente liderado por Março Almeida, vice-presidente da câmara de Sintra, pedem à Administração dos CTT, para “suspender a decisão já tomada e as que vierem a ser tomadas”, no sentido de “serem mantidas as Estações dos CTT no concelho de Sintra” e garantido o seu “normal funcionamento, para que as populações não fiquem privadas de um serviço que também é social”. “O concelho de Sintra, sendo o segundo maior concelho do país, deve manter as suas estações dos correios abertas, porque são lucrativas e rentáveis sendo por isso obrigadas a funcionar, para bem dos munícipes de Sintra e até para a própria administração do CTT”, termina a carta.

CTT

Guilherme Ponce Leão Presidente da JF de São João das Lampas

Reorganização dos serviços

“As populações de Almoçageme, São Julião, Galamares e de quase metade do concelho de Sintra têm que ir à sede do concelho levantar encomendas. Vou fazer tudo por tudo para que isto não aconteça”, disse Guilherme Ponce Leão, que pede aos CTT, “respeito e dignidade” no processo. “É lamentável”.

Em declarações à rádio OCIDENTE ONLINE, os CTT referem que esta transferência de serviços é consequência do “sobredimensionamento da oferta dos CTT” em Sintra, Entre os anos de 2007 e 2011 o tráfego caiu 15,4 por cento e que, dada a “elevada densidade” de balcões no concelho, esta “transferência” de serviços terá um impacto nulo. Segundo os CTT, todos os serviços postais continuarão disponíveis, incluindo os pagamentos de vales de prestações sociais, a cobrança de faturas e a receção de objetos registados e encomendas e, nos casos em que “os clientes o desejarem, os correios poderão inclusivamente garantir o pagamento de vales ao domicílio”. Para reforçar as condições de prestação de serviços, os CTT confirmam ainda a remodelar a estação de correio de Massamá, “com introdução de um sistema de venda livre no espaço da loja” e mudança de instalações da estação de correio de Pêro Pinheiro, para um local próximo, “de modo a garantir as melhores condições de acessibilidade e conforto aos clientes”. De referir que a oferta do grupo CTT em Sintra contempla 17 estações de correio (lojas próprias dos CTT), 16 postos de correio (lojas exploradas por privados), 74 postos de venda de selos e 92 agentes Payshop. A empresa vai remodelar a estação de Massamá e reinstalar a de Pêro Pinheiro num novo local.

“Peço respeito e dignidade”

Manuel Cabo Presidente da JF de Algueirão Mem Martins

“Idosos mais afectados”

“Decidiram fechar a estação das Mercês que servem mais de 20 mil habitantes” questiona-se o autarca, que lamenta ainda o encerramento do posto móvel no Recoveiro, que vai afectar provocar “problemas de deslocação” sobretudo para os mais idosos: “Exigimos mais respeito elos idosos e utentes”. Barbosa de Oliveira Presidente da JF de Queluz

“Queluz não fecha” O presidente da Junta de Freguesia de Queluz, assegura que “a administração dos CTT voltou atrás” na decisão de encerrar a Estação de Correios na avenida Miguel Bombarda. “Os Correios de Queluz já não irá encerrar”, refere Barbosa de Oliveira, destacando a importância da população, que se mobilizou e participou na assinatura de um abaixo-assinado, contra o seu encerramento.

Nuno Anselmo Presidente da JF de São Marcos

“De modo algum o posto de correios de São Marcos será encerrado”

Nuno Anselmo, presidente da Junta de São Marcos, no concelho de Sintra, considera que o encerramento de Estações de Correios dos CTT, não afecta a freguesia, explicando que em 2008 “foi possível negociar condições com os CTT, no sentido de conseguir manter o serviço na freguesia, sendo o mesmo assumido pela autarquia.


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Património

Almargem do Bispo | Casal do Rebolo

Viagens na minha terra... Do fervilhar da história ao ermo degradado!

que nos transmitem nomeadamente na mudança das mentalidades coevas no culto e ritual dos mortos, na harmoniosa e ecológica utilização dos recursos naturais. Depois, é a continuidades até ao fim do Antigo Regime.

No seu edifício, solarengo de traça simples e sóbrio, funciona uma escola

As terras são férteis, a água abunda, a paisagem é rural e intensa. Na freguesia de Almargem do Bispo, este não é o único local onde a história desponta das suas entranhas, da terra fértil.

A

liás, Almargem do Bispo (de Lisboa) é, agora, uma freguesia de superlativo interesse Patrimonial e Histórico; mercê da nova reorganização política e administrativa das freguesias de Sintra. Ganha e vê reforçada a sua identidade secular de “universo rural”, com a anexação de outras freguesias ricas, igualmente, em História Local, tradição Social e Política. Da História, sempre que possível, escrevemos e falamos! Da Sociologia e Política local, nem tanto “são contas de outros rosários”! O Rebolo, colina de suaves encostas, é um lugar com espírito próprio. Desde logo, um topónimo sugestivo. Deve-o a Vasco Martins Rebolo, Cavaleiro de Afonso III, século XIII, Alvasil (juiz-vereador) da Câmara de Lisboa. Homem profundamente ligado à História religiosa de

Lisboa, por laços familiares e patrocínio de uma das instituições eclesiásticas mais prestigiadas da cidade: o Convento da Santíssima Trindade. No documento de Doação dos seus bens é referido: (…) “dou a Santa Trindade outro herdamento que há no Almargem com a compra do herdamento que foi de Pero Martins Melegon com montes, e com fontes e com Almoinhas [hortas], e com entradas e com saídas, e com todas suas pertenças e com o seu Serrado [monte Rebolo]”. No mesmo documento Vasco Martins Rebolo dá uma outra propriedade, ao mesmo convento, que se localizava na Amadora (Falagueira) e da qual derivou, posteriormente, também o topónimo actual de Reboleira. Para homens e instituições importantes, propriedades e territórios produtivos e prestigiantes.

Nos calcários que afloram nas terras do Rebolo, constatamos os numerosos nódulos de sílex

O Rebolo, colina de suaves encostas, é um lugar com espírito próprio. O Casal do Rebolo já nessa época se referenciava pela importância Económica, Social e Política. A arqueologia confirmará plenamente essa realidade. Nos calcários que afloram nas terras do Rebolo, constatamos os numerosos nódulos de sílex, matéria-prima privilegiada nos tempos genesíacos da Humanidade, para o fabrico dos seus artefactosdo quotidiano. Ontem como hoje, o aproveitamento dos recursos geológicos, nomeadamente das rochas ornamentais ou simplesmente utilitárias são base de sustentabilidade de comunidades. Como corolário das potencialidades e fecundidade das terras,

vizinhas e do Casal do Rebolo, na romanidade, um tempo mais que perfeito, fica-nos um legado arqueológico importante. Não tanto pelas ruínas, que não são esplendorosas, mas pelas lições

Já nos séculos XIX e XX tem o seu momento grandioso, integra os bens da Junta Paroquial e de freguesia, por doação do General Barnabé. No seu edifício, solarengo de traça simples e sóbrio, funciona uma escola a mais ilustre das funções que um local emblemático como o Rebolo pode ter. Rui Oliveira Arqueólogo e investigador de Etnografia e História Local


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Local

Sintra

Passeios de Charrete pelo Parque da Pena

Com a chegada do bom tempo, chegam também a Sintra, os passeios de charrete, que permitem aos visitantes, viajar. Uma espécie de “regresso ao passado”, à época de D.Fernando II, pelos caminhos e jardins do Parque da Pena.

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e terça a quinta-feira, entre as 10 horas e as 16h30, durante a época alta (até outubro) decorrem os passeios de charrete em horários fixos no Parque da Pena.Estes passeios

permitem aos visitantes passear de forma diferente pelo Parque, aproximando-se da experiência vivida por D. Fernando II e seus convidados. Assim vai ser possível, a qualquer visitante, adquirir um bilhete para um passeio de charrete entre os Lagos do Parque da Pena e o Chalet da Condessa d’Edla, tendo contacto com os cavalos Ardennais que vivem no Parque, percorrendo áreas como a Quinta da Pena e o Jardim da Condessa d’Edla. O passeio tem uma duração aproximada de 20 minutos e pode incluir até 6 adultos, ou 4 adultos e 4 crianças. Para esta viagem, os visitantes podem requerer também previamente o acompanhamento de um guia especializado da Parques de Sintra, que permitirá uma melhor compreensão da História do Parque, das espécies botânicas que nele existem, e dos vários locais históricos incluídos no percurso. É também possível, a quem o pretender, efetuar uma reserva da charrete para um passeio privado, noutros horários.

Jardins do Palácio de Queluz

Apresentações da Escola Portuguesa de Arte Equestre Todas as quartas feiras, por volta das 11 horas, realizam-se apresentações da Escola Portuguesa de Arte Equestre, nos jardins do Palácio de Queluz. Estes espetáculos organizados com os cavalos e cavaleiros da Escola de Arte Equestre, estão acessíveis a todos os visitantes do Palácio e/ou Jardins de Queluz. Com o decorrer das obras nas instalações da Escola, e consequente melhoria da capacidade de acolhimento de visitantes/ espetadores, serão agendadas outras atividades e espetáculos, a anunciar em breve. Mantémse também a possibilidade de agendar espetáculos privados da Escola de Arte Equestre, noutros horários ou locais. A Escola Portuguesa de Arte Equestre, sediada nos jardins do Palácio de Queluz, foi fundada em 1979 com a finalidade de promover o ensino, a prática e a divulgação da Arte Equestre tradicional portuguesa. Recupera a tradição da Real Picaria, academia equestre da corte portuguesa do século XVIII, que usava o Picadeiro Real de Belém, hoje Museu Nacional dos Coches, e monta exclusivamente cavalos lusitanos da Coudelaria de Alter. Em Setembro de 2012, a ges-

tão da Escola Portuguesa de Arte Equestre foi entregue pelo Governo à Parques de Sintra – Monte da Lua, juntamente com a gestão dos Palácios Nacionais de Sintra e Queluz.

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Educação SintraViva em Queluz O SintraViva 2013, Fórum de Projetos do Concelho de Sintra, que divulga o trabalho desenvolvido ao longo do ano a nível educativo, cultural, desportivo, juvenil e social, realiza-se de 29 de maio a 5 de junho, no Regimento de Artilharia Antiaérea nº1 de Queluz. Praia Energia na Praia das Maças Os primeiros e terceiros domingos de cada mês, de maio a novembro, vão ser assinalados pelo “Energia na Praia das Maçãs”, programa com atividades físicas, gratuitas e aberto a toda a população. A “Maçã Sport Associação Pró Desporto”, com o apoio da Junta de Freguesia de Colares e da Câmara de Sintra, organiza o programa, no Parque Desportivo da Praia das Maçãs. Exposição “SINTRAPOSTAL” “SintraPostal” é uma exposição que visa a recuperação de postais ilustrados sobre Sintra, em vários estilos e conceitos. A mostra, patente até 31 de outubro, no Palácio Valenças, conta com “cartões-postais” de proveniências diversas, baseados em fotos ou ilustrações, fruto da criação de talentosos artistas, pintores e fotógrafos. Os temas são os mais variados dependendo do fim a que se destinavam, além da própria mensagem escrita que transmitiam. JC Sintra

Jovens com “novos desafios”

Atualmente encontra-se em desenvolvimento o projeto de recuperação das instalações, com o objetivo de melhorar as condições de trabalho, alojamento dos cavalos, acolhimento de visitan-

tes e apresentações ao público. Mantêm-se também os espetáculos da Escola noutros locais nacionais e internacionais, bem como a participação em feiras da especialidade.

Artur Alves foi eleito presidente da Juventude Popular de Sintra, que foi a votos para os Órgãos Concelhios, sufrágio que decorreu em Queluz no dia 13 de maio. Com a estrutura partidária renovada, e “preparado para os novos desafios que se aproximam”, os jovens centristas, dizem ter “a consciência das dificuldades que os jovens enfrentam”, mas “acreditam que só através da participação activa em sociedade, sobretudo na vida do município, poderão ser levadas a bom porto políticas de juventude”. A nova equipa, liderada Artur Alves, presidente da Comissão Política Concelhia, fazem parte, André Sant’Ana Marques, Pedro Fonseca Pires, Andreia Guimarães, Luís Sousa de Macedo, João Spínola e Cristóvão Pinto.


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Jornal OCIDENTE 17 Maio 2013

Colectividade

Estágio Internacional

Progresso Clube apresenta

“Choi Kwang Do” em Portugal o conseguirmos, transportá-la para a nossa vida pessoal”, sublinha Keith Banfield.

Flexibilidade e fluidez de movimento

O estágio aberto e gratuito a todos os atletas e praticantes de todos os estilos e modalidades de artes marciais e desportos de combate (foto: Sohail Chaudhry)

Pela primeira vez em Portugal, o Progresso Clube no Algueirão foi palco do 1º Estágio Internacional do “Choi Kwang Do”, iniciativa que durante dois dias, reuniu os melhores mestres da nova disciplina “não competitiva”, num evento participado que teve como objectivo, divulgar e promover a modalidade no nosso país. No passado dia 4 e 5 de Maio o Progresso Clube, - Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Utilidade Pública - no Algueirão, que conta já com 70 anos de serviço à comunidade, foi mais uma vez palco de 1.º Estágio Internacional de Artes Marciais. Desta vez foi anfitrião de uma arte marcial inédita em Portugal chamada, “Choi Kwang Do”. Através do Instrutor João Paulo Pires, com a disponibilidade em-

penho e investimento dos Mestres de “Choi Kwang Do” e com o subsídio atribuído pela Câmara de Sintra para o desenvolvimento de atividades, o Progresso Clube recebeu nas suas instalações quatro Mestres internacionais que se disponibilizaram para partilhar, com todos os atletas de todas as artes marciais, graduações, idades e nacionalidades a sua vasta experiência e conhecimento.

O estágio aberto e gratuito a todos os atletas e praticantes de todos os estilos e modalidades de artes marciais e desportos de combate, contou com a participação de 51 atletas de variadas artes marciais e desportos de combate, entre os quais figuraram nacionalidades como Ingleses, Indianos e Russos, os Mestres: Keith Banfield (VI Dan), Hugh Harper (V Dan), Dario Arnese (V Dan), Chandresh Lad (V Dan). Juntos, mostraram pela primeira vez em Portugal a essência do “Choi Kwang Do”.

O “Choi Kwang Do” é uma arte marcial desenvolvida por Kwang Jo Choi. O estilo baseia-se mais na flexibilidade e fluidez de movimento em oposição às linhas mais rígidas de algumas outras artes marciais. Para isso, emprega alongamentos baseados em yoga para desenvolver a flexibilidade dos praticantes. Por outro lado, o “Choi Kwang Do” enfatiza o uso da biomecânica e emprega um número de disciplinas modernas, como cinesiologia e psicologia, na sua conceção. O resultado é uma ten-

dência para o uso do movimento natural e movimento bilateral sequencial fluido para desenvolver a força máxima no impacto para colocar menos pressão sobre as articulações. O estilo também incorpora respiração e alongamentos que podemos encontrar nos exercícios de yoga. “Choi Kwang Do” não é projetado para a competição, mas uma resposta natural e eficaz aos estímulos do quotidiano e de formação, é uma mistura de exercícios de contacto, usando almofadas e escudos, sendo os “combates” uma preparação para a defesa pessoal. O “Choi Kwang Do” defende os seguintes princípios: humildade, integridade, suavidade, perseverança, auto-controle, espírito inquebrável, vitória certa.

Open Day abre portas à comunidade

Modalidade inovadora

Pela primeira vez em Portugal, o Progresso Clube no Algueirão foi palco do 1º Estágio Internacional do “Choi Kwang Do” no nosso país (foto: Sohail Chaudhry)

Os quatro Mestres, Keith Banfield (VI Dan), Hugh Harper (V Dan), Dario Arnese (V Dan), Chandresh Lad (V Dan) e o Instrutor João Paulo Pires (foto: Sohail Chaudhry)

“Trazer a modalidade para Portugal e através do Progresso Clube motivando para a sua prática”, foi o objectivo, disse à OCIDENTE, rádio/jornal, Keith Banfield, que não escondeu a sua “satisfação” pela forma como a equipa foi acolhida pelo Clube, referência nacional, das artes marciais. “Fomos convidados pelo Progresso Clube através de um dos nossos instrutores, que queria partilhar o seu interesse pela modalidade com os seus colegas portugueses”, recorda o mestre. “Disse que gostava de nos ter em Portugal, para ensinar e divulgar “Choi Kwang Do”. Fomos bem acolhidos por Dalila Viegas”, presidente do Clube, refere Keith Banfield, “satisfeito” com os resultados obtidos. “Em comparação com as outras modalidades marciais, esta é praticada em Inglaterra há 25 anos”, refere Keith Banfield, acrescentando que “o objectivo é a saúde. Não é uma modalidade competitiva, porque ganhar e perder não é importante”, explica. “O que queremos é criar auto estima através da arte marcial e a partir do momento em que

Fernando Alves, director do Desporto e Cultura e Dalila Viegas, presidente do Progresso Clube Pelo segundo ano consecutivo, o Progresso Clube abriu as portas das suas instalações à comunidade, “para uma maratona de modalidades à borla”. Uma forma diferente de comemorar e assinalar o dia 1 de Maio, dia do trabalhador, fomentando e promovendo os interessados ao exercício físico, experimentando qualquer uma das actividades oferecidas pelo clube. “Há muita gente a experimentar, por todos os pisos, espero que fiquem, mas o nosso objectivo mostrar o clube e as modalidades que temos para oferecer”, disse Fernando Alves, director Desportivo do Progresso Clube, muito agradado com o sucesso da iniciativa. “Tivemos uma boa aderência, não só por parte de alunos e praticantes, como também por parte das famílias que resolveram passar por aqui e experimentar. Somos um clube aberto a toda a comunidade”, sublinhou o responsável. Utilizar a “crise”, como argumento, para não praticar desporto ou actividades físicas, “não é impedimento para as pessoas deixaram de trabalhar pela saúde e bem-estar. Há sempre a possibilidade de fazer alguma coisa, por quem gosta de treinar, é uma realidade mas que neste momento de dificuldade, o nível económico é mais baixo”, chama a atenção Fernando Alves. “Somos uma associação sem fins lucrativos, e tentamos fazer de tudo para que o clube vá ao encontro da comunidade”, disse por seu turno Dalila Viegas, presidente do clube. “Queremos que as mensalidades sejam acessíveis a todos e que as condições que proporcionamos, estejam à disposição de todas as pessoas”, acrescentou Dalila Viegas, admitindo que, talvez por isso, “continuamos a ter um grande número de atletas e praticantes” e sobretudo porque “conseguimos gerir este espaço com alegria e com sucesso”.


Jornal OCIDENTE 17 Maio 2013

Cultura

Mem Martins Sport Clube

“Estou aqui com muito orgulho”- Dias Ferreira

Dias Ferreira voltou para presidir a Assembleia Geral do Mem Martins Sport Clube (MMSC) a convite do presidente António Augusto, que foi reeleito para um novo mandato de dois anos, garantindo que os novos Órgãos que agora tomam posse, “vão dar tudo por este clube” e “tentar que o seja cada vez mais conhecido” e reconhecido. A “Sala dos Presidentes” contou com a presença de sócios e simpatizantes para uma cerimónia simples de tomada de posse, de que se destacou a presença de José Eugénio Dias Ferreira, um dos “históricos” dirigentes do país e que durante anos presidiu à Mesa da Assembleia Geral do

Mem Martins, para além de uma passagem como presidente da direcção. “Não me consigo desligar desta terra” disse em tom de brincadeira, mas a sério, Dias Ferreira, eleito por dois anos, para presidir a mesa da Assembleia Geral do Mem Martins Sport Clube.

II seminário de Estudos de Sintra

António Caruna, levou “Colares no Coração”

Um convite quase irrecusável do presidente António Augusto, e que apesar “do muito trabalho” e uma vida “ocupada” e preenchida, foi aceite. Mesmo a residir em Arganil “fique de pensar, mas a verdade é que já me entalou”, revela Dias Ferreira, nada arrependido da sua decisão. ainda a grande “capacidade de trabalho” de António Caruna, “um homem de causas”, “cidadão exemplar e solidário” que “nunca voltou as costas a um desafio”, “dedicado historiador da história e de estórias de Colares,

Afinal, “esta terra estará sempre ligada à minha vida e sobretudo à minha infância”, disse com alguma emoção Dias Ferreira, recordando a casa onde cresceu e que “já não existe” dando lugar a um prédio. Pensativo, “só uma motivação afectiva forte” levou o dirigente a aceitar o desafio por dois anos. “Sei que às vezes sou ‘chato’ nas Assembleias, mas a Lei é para ser cumprida” avisou Dias Ferreira, autor e responsável pela elaboração de parte dos estatutos do clube. “Se calhar temos que aproveitar a ocasião para fazer algumas alterações e simplificar”, disse com boa disposição aos sócios presentes, curiosamente “os mesmos” de há anos. “Ninguém deixou morrer o clube e esperemos que ele possa continuar e que apareçam jovens com a mesma dedicação”, constatou Dias Ferreira, conhecedor das dificuldades de um “clube que vive muito da carolice das pessoas”. E para que não restem dúvidas sobre o seu empenhamento e dedicação, “estou aqui com orgulho para a representar o Mem Martins Sport Clube”, disse Dias Ferreira, figura muito respeitada e considerada no clube. como só ele sabia”. Depois de uma pequena pausa, “António Caruna partiu, mas levou ‘Colares no Coração’”, porque “Colares, era para ele o tecto da sua vida”, acredita Rui Santos.

O “Paraíso” de Miguel Torga sobe ao Palco a vida associativa da Freguesia. Como Investigador de História Local deixa, também, um acervo importante de documentos coligidos, investigados e anotados que são, agora disponibilizados pela “Tritão”, Revista de história, arte e património, edição digital da Câmara de Sintra, na sua Livraria de E-Books, com o título “Antigamente”, Antologia Historiográfica Colarense, de António Caruna. A evocação da memória e do trabalho de António Caruma esteve a cargo da Prof.ª Dr.ª Maria Teresa Caetano, Colarense, investigadora e, sobretudo, amiga pessoal do António Caruna. “O dom da palavra, da sua palavra, era envolvente”, recorda Rui Franco dos Santos, presidente da Junta de Colares. “Não vacilou quando foi chamado. E ganhou”. Rui Santos destacou

Montelavar A Junta de Freguesia de Montelavar disponibiliza acesso gratuito à Internet no Jardim Central da Vila. “A partir de agora leve o seu portátil para o Jardim e ligue-se à rede, com wireless gratuito instalado pela Junta de Freguesia”, explica a autarquia no seu site.

Parques de Sintra Conhecer os líquenes do Parque de Monserrate, os anfíbios do Parque da Pena ou as plantas do Convento dos Capuchos são oportunidades que a Parques de Sintra vai proporcionar aos seus visitantes entre 18 e 26 de Maio, no âmbito da Semana da Biodiversidade. As ações são dirigidas ao público em geral e disponibilizadas de forma gratuita, tendo como objetivo sensibilizar para a valorização e preservação da biodiversidade.

Viagem virtual A Google disponibiliza, visitas virtuais a alguns locais emblemáticos no país. Com a tecnologia disponível no Google Maps é possível visitar, por exemplo, o Palácio da Pena e Monserrate, sem sair de casa. As imagens foram trabalhadas para serem apresentadas em formato panorâmico, através de técnicas de “colagem” e de software específico. Na lista constam os Jardins de Serralves, o Centro Histórico de Évora, o Palácio da Pena e Monserrate ou mesmo a Calouste Gulbenkian.

Massamá

Mem Martins Sport Clube

O Pelouro da Cultura da Câmara de Sintra, centrou o tema deste segundo Seminário de Estudos de Sintra, na figura de António Nunes Rodrigues Caruna. Colarense, nascido no lugar do Vinagre, foi um esforçado e insigne historiador local, isto é de Colares e sua Freguesia onde nasceu e sempre viveu. A iniciativa com o objectivo primordial homenagear o 80º aniversário do seu nascimento, teve lugar na Biblioteca Municipal de Sintra, Casa Mantero. Presentes, muitos Colarenses, familiares, amigos e investigadores de História Local e Património Sintrense. Homem versátil na investigação da História e na Vida, António Caruna deixa marca indelével na Freguesia, da qual chegou a ser presidente de Junta, nos Bombeiros e em, praticamente, toda

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Feira Solidária e das Instituições Divulgar os serviços, iniciativas e dinâmicas educativas, culturais e sociais, é o objectivo principal de mais uma edição da Feira Solidária e das Instituições, iniciativa da Junta de freguesia de Massamá, programada para o dia 25 de Maio. Biblioteca Municipal Encontro de Alternativas Arranca na próxima sexta-feira, dia 24, a oitava edição do Encontro de Alternativas em Sintra, uma iniciativa que se prolonga por três dias, com entrada livre, que terá lugar nos jardins da Biblioteca Municipal de Sintra.

Colares

O Grupo de Teatro do Mem Martins Sport Clube (MMSC) estreia nos dias 24 (ante-estreia) e 25 de Maio (estreia), a peça “O Paraíso” de Miguel Torga. A expulsão de Adão e Eva de “O Paraíso” - e “a danação perpétua a que são condenados os que se deixam envolver no jogo viciado

das ficções”. É este o ponto de partida da peça com o mesmo nome assinada por Miguel Torga. Encenada e adaptada por José Eduardo Tomás. Uma história fundadora da humanidade. Informações e reservas pelo telefone 219 210 532 | 934 387 212

A Junta de Freguesia de Colares promove no dia 2 de Junho, um concerto de solidariedade social para recolha de alimentos. A iniciativa que terá lugar pelas 17 horas no Pavilhão da União Mucifalense, conta com actuações dos Corvos, de Luís Represas e da dupla Maria João e Mário Laginha. A entrada é feita pela entrega de um bem alimentar.



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