Jornal Novo Regional 19

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20 de março de 2018

quinzenal

custo 0,5 euro

diretor: agostinho ribeiro

Valongo inaugurou primeiro W52 FC Porto apresentou-se centro de Trail Running da regiĂŁo para ganhar


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Jornal Novo Regional 20 de março de 2018

Abertura

“Não tocar”

Opinião de

Rui Machado *

Não se fica velho até ao dia em que se diz: “Este mundo enlouqueceu”. É esta a medida exacta da velhice. Não são as brancas, não são as rugas, nem sequer os inchaços da próstata. Após esta frase proferida, ou seja, depois de se estar velho, chega o cansaço atrelado à falta de paciência para tudo aquilo que nos tempos da saudosa juventude não suscitava sequer a mínima atenção. Eis o meu estado. Sinto-me velho, cansado e com falta de paciência por essa razão que não espantará ninguém: o mundo, efectivamente, enlouqueceu. Não afasto a hipótese de ter sido assim desde sempre e que eu tenha andado distraído a sofrer com outras coisas. Em todo o caso, não tenho a mínima vontade de hoje me dedicar a essa suposição, mostrando-a certa ou errada. Pouco importa. Importa sim falar desta loucura que invadiu os nossos dias, antes que nos faça velhos a todos.

Creio ser impossível não repudiar veementemente quem assediou, assedia e, provavelmente, assediará sexualmente seja quem for e em que circunstâncias forem. Este é seguramente um tema da actualidade trazido pelo escândalo de Hollywood protagonizado pelo poderoso produtor Harvey Weinstein. E este mesmo tema, apesar de importantíssimo, trouxe-nos também a desagradável sensação de que vivemos tempos tão estranhos quanto assustadores. O início da história foi interessante e importante, na medida em que se tratava de um caso aberrante e para lá de perverso, perpretado por alguém que usava o seu poder e estatuto profissional para realização dos seus mais pérfidos desejos, onde o outro era unicamente um objecto ou veículo das suas realizações sexuais. O movimento espontâneo #MeToo (#EuTambém”) foi a manifestação mais imediata de uma sociedade que não queria tolelar este e quaisquer outros casos de natureza semelhante. Tanto foi assim que este movimento acabou por ser a “Personalidade do Ano” da conceituada Revista Time, com a capa composta por cinco “Silence Breakers” (“quebradoras do silêncio”) que confessaram terem sido vítimas de assédio sexual: Ashley Judd, Susan Fowler, Adama Iwu, Taylor Swift e Isabel Pascual. O Time’s Up

também merece referência tendo-se constituindo como um fundo colaborativo de apoio e uma convocatória de mudança para as mulheres, vindo das que estavam ligadas à indústria do entretenimento (mais de 300), mas orientado para todo universo feminino. Sucede que o tempo em que vivemos é extraordinariamente fértil em fanatismos e longe da, tão útil e fundamental, razoabilidade na discussão e partilha de argumentos. E, pronto, o tema do assédio sexual, seguiu infelizmente este caminho perigoso e contraproducente. A coisa descambou, é verdade. E tem sido difícil assistir a isso sem ser de olhos esbugalhados e boca aberta. Deu-se a tragédia de tudo isto se entornar nesse manto tão essencial, para o Homem, que é a arte. Confunde-se tudo e sobretudo aquilo que nunca se pode confundir: a arte é uma coisa; as pessoas e suas acções são outra. E assim, são recuperadas histórias como as de Woody Allen ou de Roman Polanski e ainda usados como bandeira casos, no mínimo muito dúbios, como foi o do actor Aziz Ansari, onde só é permitido estar de um lado e questionar não é um direito! Tão grande é a caça às bruxas que todas as cenas de um novo filme do Kevin Spacey foram rodadas novamente com outro actor. É difícil encontrar razoabilidade nisto. Mas ainda há muito mais e em campos artísticos variados. A Ópera “Carmen” de Bizet conheceu um novo final, para acabar com a violência contra as mulheres. Assim, depois de mais de 140 anos a ser assassinada por Don Jose, passa a assassina do seu amante rejeitado, numa nova versão que subiu a palco no passado mês de Janeiro em Florença. Na pintura também podemos observar casos difíceis de compreender. As obras de Egon Schiele que, por ocasião do centenário do modernismo austríaco, foram promovidas em várias estações de metro de cidades europeias, acabaram por ser censuradas, em Londres, Hamburgo e Colónia, nas partes que entenderam ousadas. Campanha que muitas pessoas acharam ser um original golpe de publicidade mas que, de facto, não foi. Tratouse realmente de um acto de censura e a discussão já vai na magreza dos retratos do pintor austríaco! Ainda na pintura há a registar que o quadro “ Hilas e as Ninfas”, de John William Waterhouse, foi retirado da Manchester Art Gallery por-

que, subitamente, ninfas pubescentes, semi-nuas, a tentar aliciar um jovem se tornam demasiado impróprias e ofensivas? É essa a pergunta que o museu diz fazer e como respostas os visitantes podem escrever pos-its e colocá-los no sítio onde a obra estava exposta. A curadora de arte contemporânea da galeria, Clare Gannaway, admitiu que movimentos como o Time’s Up e o #MeToo tiveram alguma influência na decisão desta acção. Portanto, mais do que um mote para a reflexão, mais parece ser uma ardilosa forma de censura, até porque o regresso do quadro não está assegurado. Para fechar a reflexão sobre o impacto desta onda pseudo-conservadora na pintura, lembro a petição online para a remoção da obra “Thérèse Dreaming” do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque. A pintura, de Balthasar Klossowski, mostra uma menina recostada numa cadeira, com os braços cruzados atrás da cabeça e os olhos fechados, mas com uma das pernas assente na cadeira que permite ver a roupa interior. O objectivo de atingir as 10.000 assinaturas está pertíssimo de ser atingido. No entanto, o director do museu recusa remover a obra do pintor francês. Mas sabe-se lá… Isto não anda nada certo. Até já põem em questão a obra de Pablo Picasso por ter tido comportamentos machistas… Grande parte deste fenómeno deve-se a grupos de pessoas que se intitulam de feministas. Mas, de facto, não são. E por dizerem que são o que nunca serão, desrespeitam e fragilizam as lutas feministas, mas também o activismo de uma forma geral. Esta consequência é gravíssima e é muito importante que haja consciência disso, porque estas organizações de cidadãos e as suas acções continuas produziram mudanças sociais e políticas essenciais para o

desenvolvimento da Humanidade. Muito há ainda a fazer e descredibilizando assim estas pessoas corre-se o trágico risco de enfraquecer toda a possibilidade de ganhos que o activismo está ainda em condições de conquistar para todos nós. Isto, claro, numa compreensão saudável e rigorosa daquilo que se constitui o activismo, longe de concepções que o colocam como uma luta de minorias para minorias, mas antes próxima do entendimento de que se debate pela forma como a sociedade se organiza em torno de si mesma e, por isso, qualquer ganho produzido será sempre global e não de um determinado grupo. Curioso é constatar que estas novas feministas, ou melhor, estas Feminazi nunca foram, em regra, vítimas de qualquer discriminação, muitas até vêm de meios priviligiados. O que só reforça aquilo que já não oferece dúvida: o uso da “causa” apenas para projecção pessoal e mediática. Também as temos por cá a corroer a nossa sociedade e a nossa convivência e crescimento saudável. Efectivamente, a única coisa de que são #Capazes é de instalar a intolerância, o fanatismo e o ódio numa espécie de ridículo marialvismo de saias. Como se isto não bastasse, estes grupos não permitem, por ocasião alguma, dar voz aos homens para sua defesa ou qualquer outra intenção e, tão-pouco, a dão às feministas mais antigas; nada mais é permitido, senão a defesa intransigente dos seus ideais e tudo se fazer para que os mesmos possam vingar. Catherine Deneuve, com outras 99 mulheres, insurgiu-se por o movimento #MeToo apresentar estas características que compõem o que já se chama de neopuritanismo; e teve como prémio: inúmeros e violentos ataques. A diva francesa defendia o direito dos homens “a importunarem”, todavia quem

FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO REGIONAL

Diretor: Agostinho Ribeiro: Diretor Adjunto: Filipe Marques:

O Jornal de Valongo e da Região

Teixeira da Silva; Rui Machado; Nuno Sousa (Publicidade)

Nº 19 (96 Valongo)

20 de março de 2018

Propriedade: Pódium D’Emoções Lda; NIF 514192720 Detentores de mais de 10% do capital social - Filipe Marques e Agostinho Duarte Ribeiro

a importunou foram as suas pares. A escritora canadiana Margaret Atwood também experimentou esta violência quando num exercício de liberdade e opinião escreveu o texto “Serei uma má feminista?” onde abordava o fundamentalismo ideológico que vivemos. Nestes dois casos — como noutros, de resto —, as redes sociais assumiram o seu grande papel de inseminação de indignações cegas e mediáticas. Sem ser um grande entusiasta dos documentários produzidos e distribuídos por Hollywood, faz sentido, nesta temática, falar de “The Red Pill”. Apesar de não fugir da propensão norte-americana em ser tendenciosa e sensacionalista, na obsessão pelo impacto que pretende causar no espectador, neste trabalho temos acesso a um conjunto de informação que documenta justamente toda esta manipulação da opinião pública e a forma perversa como agem convocando multidões e diabolizando outros grupos. No meio de tanta agitação e disparate é tão normal quanto trágico nos desviarmos daquilo que é o essencial. Estamos na altura de fazermos o esforço de nos centrar no problema e deixar de inventar outras dúzias deles sem razão de ser. O assédio sexual é crime, quem o pratica é criminoso e deve pagar pelo que fez. Produzir arte não é crime. Portanto, não me parece ser impossível perceber que se uma pessoa diz para não tocar, isso terá de ser respeitado. Tal como lemos nos museus “não tocar” e a isso obedecemos. Na arte como nas pessoas deve prevalecer o respeito pelo que são e fazem ser. Foi feliz terminar esta crónica com a adorável analogia entre o humano e a arte. Já me sinto melhor. * Escritor

Colaboradores: Pedro Gomes; Mariana Guerra; Carlos Silva; Abel Sousa; JMB; António Cardoso; Paginação e gestão: Podium D’Emoções Lda Registo ERC 126951 Depósito Legal BN 372095/14 Morada: Sede e Redação - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS 4440-569 Valongo Filial - Rua José Seara 41 2º Esq sala 1 Valongo T: 220 184 611 email jornalnovoregional@gmail.com telm 932041387 (direção/redação) e 932041388 (comercial) Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis


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Divulgação


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Valongo

Inaugurados projetos do OPJV de 2017 Desde há quatro anos, (este ano será a quinta edição) que a Camara Municipal de Valongo lança o desafio aos jovens do concelho traduzido no Orçamento Participativo Jovem de Valongo, OPJV. Neste programa, onde podem participar pessoas com idades entre os 6 e os 35 anos, o objetivo é juntar os mais novos aos mais velhos, para que surjam ideias novas e projetos inovadores e onde este ano de 2018 existem 3 três categorias, nomeadamente escolar, extraescolar e gerações. O prazo para apresentação de candidaturas já terminou e brevemente acontece a divulgação dos projetos submetidos a votação. Entretanto, quatro dos projetos vencedores de categoria escolar da 4ª edição do OPJV foram, no dia 22 de fevereiro inaugurados pelo Presidente da Camara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro. Foram dois em Campo (Balselhas e Outeiro) e dois em Alfena (Escola Eb 2,3 e Secundária). O parque infantil da Escola Básica de Balse-

lhas, em Campo e que teve como nome “Parque D´Artes Escola e Comunidade” foi um projeto inscrito pelo aluno Ricardo Rebelo Azevedo e é um espaço novo para as crianças se divertirem. Quanto ao parque infantil da Escola Básica de Outeiro, em Campo e que teve como nome Brincar sem Barreiras… também é aprender”, foi inscrito por Francisco da Silva Noguei-

ra e trata-se de um espaço de diversão, adaptado para crianças com alguma incapacidade. No que diz respeito aos dois projetos das escolas de Alfena, estes são uma sala do futuro e duas coberturas. A sala do futuro (foto), inaugurada na Escola Básica de Alfena, foi inscrita pelo aluno Vicente Oliveira Ferraz e é uma sala com tecnologia mais avançada,

Democracia participativa O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, participou na Conferência Internacional “Innovations in Participatory Democracy”, realizada em Phoenix – Arizona, nos EUA, onde foi convidado para apresentar o trabalho que o Município de Valongo está a desenvolver no âmbito do projeto “Uma Comunidade Mais Esclarecida é uma

Comunidade Mais Participativa”. O autarca de Valongo juntou-se a mais de 250 líderes comunitários, governantes, profissionais, pesquisadores, financiadores, líderes jovens e tecnólogos para explorar inovações que capacitam os membros da comunidade a tomar decisões reais e participar diretamente do governo. Esta ação foi desen-

volvida e apresentada pelo Centro para o Futuro do Arizona, o Jefferson Center, o Centro Katal, o Projeto de Orçamento Participativo, a Iniciativa de Governança Participativa no Arizona, State University, Phoenix Union High School District e o Policy Jury Group.

um LCD tuch, cadeiras e mesas que permitem aos alunos trabalharem em conjunto sem se levantarem dos próprios lugares, visto que possuem rodas. Já na Escola Secundária de Alfena, foram inauguradas duas coberturas, com o nome “Com cobertura a chuva não me toca” e que permitem aos alunos

saírem dos blocos de aulas mais protegidos. Após as inaugurações dos projetos, o presidente José Manuel Ribeiro afirmou ao Jornal Novo Regional que o caso de Valongo do OPJ tem sido um exemplo para outros concelhos. Ao JNR, José Manuel Ribeiro recordou que este

programa surgiu, no ano de 2014, com o objetivo dos mais novos começarem a saber construir projetos, orçamentos, aceitarem a diferença e a escolha e terem autonomia. Pedro Gomes

Violência no Namoro A Câmara Municipal de Valongo tem vindo a operacionalizar o projeto “Atos de Intervenção” que usa a ação teatral como ponto de partida para a prática educativa e para a promoção dos direitos humanos. Em 2018 o tema abordado é a violência no namoro. Em parceria com a associação «Cabeças no Ar e Pés na Terra», estreou no dia 15 de março, no Fórum Cultural de Ermesinde, a peça «Violência no Namoro» com encenação de Hugo Sousa e interpretação de Paulo Freitas, Ana Rita Pinto, Diogo Freitas e Alexandra Natura. O tema da Violência

no Namoro foi selecionado devido à enorme incidência do fenómeno. De facto, 24% de jovens considera normal partilhar fotos íntimas ou insultar através das redes sociais e 14% legitima a violência psicológica, havendo 19% que já foi vítima deste último tipo de violência (Fonte: Estudo nacional sobre violência no namoro: http://www. umarfeminismos.org/images/stories/noticias/Relatorio_de_Imprensa_Final. pdf ) Além de contribuir para o processo de educação para os direitos humanos de alunos e alunas do concelho através da forma-

ção neste âmbito, o projeto «Atos de Intervenção» tem como objetivos promover a desconstrução de estereótipos, contribuir para a eliminação da discriminação e fomentar uma cidadania ativa e inclusiva. Esta iniciativa dirigida aos alunos das escolas do 3.º ciclo e ensino secundário permite ainda experimentar linguagens teatrais direcionadas a contextos comunitários, aprofundando o trabalho de profissionais de teatro ao nível do desenvolvimento social e comunitário. texto: + Educação foto: CMV

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Política

CDS quer Plano para obras César Vasconcelos no na Escola Vallis Longus Conselho Nacional do PSD O antigo vereador da Câmara Municipal de Valongo, Presidente do PSD de Alfena e da JSD de Valongo, César Vasconcelos, foi eleito no último congresso do partido para o Conselho Nacional.

“Espero que Rui Rio corresponda ao que uma grande parte dos portugueses espera dele, pelo trabalho apresentado enquanto Presidente da Câmara do Porto e no que a mim diz respeito, contribuirei para

que os próximos desafios sejam ultrapassados com sucesso. Tanto as eleições europeias, como as eleições legislativas”, disse César Vasconcelos à margem do conclave nacional, .

O Grupo Parlamentar do CDS-PP apresentou na Assembleia da Republica no dia 15 de março um Projeto de Resolução sobre a Escola Básica Vallis Longus, em Valongo. O Projeto de Resolução, assinado por todos os deputados do CDS, recomenda ao Governo que “proceda à rápida elabo-

ração de um plano para a realização urgente de obras de reabilitação e requalificação do edificado da Escola Básica Vallis Longus, partilhando com a escola, e demais comunidade educativa, os seus termos e calendário, e aloque, para o efeito, os meios financeiros necessários”. Mais recomendam os deputados

do CDS que o Governo “dote o estabelecimento de ensino de equipamento indispensável à realização de todas as atividades educativas, de modo a garantir condições de dignidade a alunos e professores daquela comunidade escolar. (na foto o presidente da Associação de Pais) Foto de Arquivo

Deputada do BE visita Canil de Valongo Uma delegação do Bloco de Esquerda, chefiada pela deputada Maria Manuel Rolo, esteve na segunda-feira, dia 19 de fevereiro, no Canil Municipal de Valongo. Esta visita teve como objetivo principal a verificação das condições do canil e averiguar da aplicação da lei de não abate dos animais e de esterilização. Susana Gomes, chefe de Gabinete do Presidente da Câmara de Valongo e Fernando Rodrigues, veterinário municipal, fizeram a visita guiada à delegação do BE, tendo explicado à deputada do BE algumas dificuldades que o canil possui, tal como a falta de apoios do governo, mas também manifestado a intenção e vontade de alargar o espaço de acolhimento. Quanto à esterilização, está é já a prática seguida pelo Canil de Valongo, no que concerne aos animais acolhidos. Após a visita e em declarações ao JNR, Maria Manuel Rola afirmou que

ficou com a “sensação” de que “existe por parte dos responsáveis alguma vontade de seguir a legislação da lei do não abate dos animais”. Outra das limitações retratadas à deputada, é a falta de espaço para manutenção dos animais. No Orçamento de Estado de 2018, há verbas previstas para estas situações, embora tenha de haver, um esforço também do município. Segundo os responsáveis da edilidade valonguense, todo o investimento que tem sido efetuado tem sido com recurso apenas a verbas do município. Importante, segundo Maria Manuel Rolo, é a a sensibilização da comunidade. “Aqui, a responsabilidade tem de estar a cargo do município”. Diz a deputada bloquista que o “abate não é uma pratica aceitável em animais saudáveis”, mas sim a esterilização dos mesmos a fim de haver um controlo da população. Questionada pelo JNR sobre as visitas a outros

centros veterinários e as condições que observou, a deputada afirmou que existiu um “descontrolo da população” durante vários anos, uma vez que a medida legislativa de esterilização dos animais (que só é obrigatória a partir de agosto) e a sensibilização pública para este assunto são realidades novas. Segundo Maria Manuel Rola, o pouco conhecimento dos benefícios da esterilização, “a não aplicação de leis como o não abate, o controlo das populações e de manutenção de animais carenciados “são também alguns dos problemas presentes nos outros centros veterinários. Para a deputada do Bloco o “chutar para a frente de vários intervenientes” levou a atual situação, sendo que com as novas medidas da lei de esterilização, este estado “um bocado calamitoso” vai alterar-se completamente.


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Desporto Inaugurado pelo presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro e pelo secretário de Estado, João Paulo Rebelo

Valongo tem o primeiro Centro de Trail Running que permite utilização noturna No passado domingo, dia 17 de março, foi inaugurado pelo presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro e pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, o primeiro Centro de Trail Running (CTR) da área do Grande Porto e o primeiro no país a permitir utilização noturna. O CTR possui quatro percursos, nomeadamente o do rio Ferreira, com 10 km, o de Santa Justa, com 12 km, o do Paleozoico, com 23 km e o percurso do Vale Longo, com 45 km. Nestes percursos é possível passar por zonas desconhecidas, observar as melhores vistas para os concelhos de Valongo, Gondomar e Paredes e também ficar a saber mais sobre a região. Uma das vantagens deste CTR é ter balneários, para que as pessoas que tiverem de sair para outro lado sem ser as suas casas, possam tomar o seu banho. A entrada é feita pelo parque da cidade de Valongo. A sinalização refletora permite a novidade de utilização noturna, caso único no país. Os percursos foram homologados pela Associação Portuguesa de Running. Para além do utilizador comum, o CTR pode contribuir ainda para a melhoria dos atletas que participam nas competições da modalidade. Paulo Esteves Ferreira, vereador do Desporto da CM Valongo afirmara durante a semana que se pretende que toda a gente utilize estes equipamentos, para que possam treinar também para as provas que tenham de realizar e possam obter bons resultados. Durante a inauguração,

o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro afirmouse satisfeito, uma vez que este investimento também é uma infraestrutura a pensar no futuro. “É preciso que as pessoas saiam de casa, deixem a televisão e usufruam das condições que o concelho e o Parque das Serras do Porto têm”. O autarca apelou ainda á utilização frequente da instalações para evitar vandalismo e destruição. José Manuel Ribeiro afirmou que o investimento de 90 mil euros (inclui uma ponte em madeira no Rio Ferreira) é plenamente justificado. Aproveitando a presença do governante, o autarca valonguense apelou aos bons ofícios de João Paulo Rebelo para apoiar o desenvolvimento desportivo do concelho que pretende ser a capital do desporto outdoor. O secretário de Estado do Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo, destacou a importância deste

investimento “só a cargo da Câmara porque o poder central não teve qualquer intervenção” e disse estar muito contente uma vez que possibilita o aumento da prática desportiva, “o que como secretário de Estado do Desporto só tenho de louvar a atitude da Câmara de Valongo. A prática desportiva contribui para um melhor bem estar físico e mental das pessoas”. Sobre o Parque das Serras do Porto, destacou a articulação dos municípios envolvidos no Parque das Serras do Porto, Valongo, Gondomar e Paredes, classificando esta parceria de “bestial”. Luis Pereira, especialista em trail running explicou as carateristicas dos percursos. Entre outros responsáveis marcaram presença vários vereadores, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins e o presidente da Junta de Valongo, Ivo Neves.


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Diversos Trilhos do Paleozóico - Mais um sucesso da prova dirigida por Luis Pereira

2300 atletas pelos trilhos de Valongo Decorreu este fim de semana mais uma edição dos Trilhos do Paleozoico. A organização esteve a cargo do Grupo Dramático da Retorta em parceria com a Câmara de Valongo. O diretor da prova foi Luis Pereira. No sábado decorreu em Couce, o trilho dos pequeninos e no domingo foram as provas de 48, 23 e 12 quilómetros. Nos 48 km Bruno Coelho do Team Trial Bifase foi o grande vencedor com 4 horas 23 minutos e 33 segundos. Na segunda posição ficou Diogo Fernandes do Dr Merino /4moove com 4h 31m e 18 s. Em terceiro classificou-se Sérgio Sá do Aguia de Alvelos

com 4h45m e 20 s. Flávio Pastor da Retorta ficou em 36º lugar com 5h 38m 8 s. Em femininos na prova dos 48 km venceu Paula Lage do Dr Merino/4 moove com 5h 41 m e 40 s Em 23 km venceu Nuno Alves da Oral Klass com 1h 50m e 28 s Pedro Santos tambem da Oral Klass foi segundo com 1h 50m e 39 s Fernando Lemos do Gaia Trail foi terceiro com 1 h 50m 57 s Joaquim Freitas da Retorta foi 19º com 2h 5 m e 15 s Em femininos venceu Carla Moreira da Associação Desportiva de Amarante com 2h 13m e 55 s

No que se refere aos 12 km venceu o atleta da Retorta Vitor Barbosa com 50 m e 11 s Em segundo ficou Marco Faria do Dá-lhe Gás com 53m e 38 s e em terceiro mais um atleta da Retorta, Henrique Dias, com 54m e 28 segundos. Albertina Cunha do Noturnos de Paredes foi a vencedora feminina nos 12 km com 1h 12m e 22 s Em dia de inauguração do Centro de Trail Running de Valongo, o trail Trilhos do Paleozóico encheu Valongo de atletas nesta manhã de domingo.

Trail Solidário para ajudar o Rodrigo Este ano, o dia de carnaval para várias centenas de pessoas foi um pouco diferente, visto que participaram num Free Trail Solidário. A prova teve duas possibilidades de participação, a caminhada de 7 km e a corrida de 15 km. A partida e a chegada foi junto à biblioteca municipal de Valongo e a chuva não afastou aqueles que quiseram participar. A atividade teve como objetivo juntar fundos de ajuda a Rodrigo Martins, uma criança de Valongo que necessitava de uma cadeira de rodas especifica, uma vez que a criança sofre de Hipotonia, uma doença que atinge os músculos, o equilíbrio e a coordenação motora. Os custos com trata-

mentos são também muito elevados pelo que toda a ajuda é pouca. A equipa da W52 Quintanilha FC Porto marcou também presença na corrida, tendo oferecido duas camisolas, uma amarela para leilão e outra com as cores da equipa para oferecer à criança valonguense. A equipa foi representada por Raul Alarcon, vencedor da edição de 2017 da Volta a Portugal em Bicicleta. Após a corrida, Paulo Esteves Cardoso, vereador do desporto da Camara Municipal de Valongo elogiou o evento, afirmando que “no desporto há uma regra que é trabalharmos em equipa, não deixarmos ninguém para traz e sermos todos solidários”. O autarca agradeceu à organização e disse também

que o objetivo inicial foi alcançado, juntar fundos para comprar uma cadeira para o Rodrigo, deixando a garantia que a Camara estará disponível para apoiar mais eventos do mesmo tipo. A corrida e caminhada que juntou centenas de pessoas em Valongo, angariou 8.347,96€ e contou com apoio da edilidade Valonguense. Em entrevista ao Jornal Novo Regional, Renato Almeida, da Longus Bike/Kemedo Team, a organização do evento, afirmou que esta parceria realiza vários eventos durante o ano, além de eventos mesmo género e outras pequenas ações.

Intermarché apoia Bombeiros O Intermarché de Valongo voltou a apoiar os Bombeiros de Valongo. Desta vez foi com a oferta de cinco equipamentos completos de proteção individual contra incêndios florestais. Na oportunidade Rui Dias, admnistrador dos Intermarchés de Valongo, Alfena e Jovim, referiu ser importante que as empresas apoiem aqueles que defendem o bem comum, como são os bombeiros. Armando Pedroso, presidente da direção dos BVV, agradeceu a atitude do Intermarché enquanto que José Manuel Carvalho, em representação da Câmara de Valongo e Alfredo Sousa, presidente da Junta de Campo e Sobrado, também louvaram esta atitude.


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PME Excelçência

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Diversos

W52 FC Porto pronta para vencer a Volta Na quinta feira, dia 8 de março, foi apresentada a equipa de ciclismo da W52 FC Porto, na Casa das Artes (antiga Casa do Povo) em Sobrado. A equipa sobradense conta já com 5 vitorias na Volta a Portugal em Bicicleta. Nesta apresentação estiveram presentes várias responsáveis pertencentes ao desporto das bicicletas, nomeadamente, Nuno Ribeiro, o diretor técnico da equipa. Outras das personalidades presentes nesta apresentação foram José Luís Pacheco, o presidente da Associação de Ciclismo do Porto, a Câmara Municipal de Valongo com Paulo Esteves Ferreira, verea-

dor do desporto, a União de Freguesias de Campo e Sobrado através do presidente Alfredo Sousa e a Federação Portuguesa de Ciclismo com o seu presidente, o antigo ciclista Delmino Pereira. Para o vereador Paulo Ferreira, que estava na cerimónia a representar a autarquia valonguense, a equipa da W52 – FC do Porto tem levado longe o nome do concelho e “vai continuar a fazê-lo. A estratégia seguida tem tido resultados positivos, o que mostra que tem sido a ideal. Desejo que voltem a vencer a Volta a Portugal”. Nuno Ribeiro, diretor técnico da W52 Fc do Porto mostrou vontade de ven-

cer novamente a Volta a Portugal, afirmando que a Ciclismo do Porto, agradeceu o contributo de todos os patrocinadores e atletas que colaboram neste projeto, desejando também as equipa tentará conquistar mais prémios. Já José Pacheco, presidente da Associação de “maiores felicidades” no ciclismo à formação de Sobrado. Quanto a Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, elogiou o projeto da W52 FC Porto desejando sucessos, visto que esta equipa é uma das melhores em Portugal e que alguns dos melhores ciclistas do pelotão português. Alfredo Sousa, presidente da Junta de Freguesia de Campo e Sobrado afirmou que a equipa da W52 FC Porto é uma das melhores equipas de ciclismo, sendo que é lá que estão os melhores atletas em Portugal. O autarca elogiou também o ciclista da freguesia, Rui Vinhas, afirmando que “é sobradense de gema e dignifica a freguesia”. Este ano a equipa de Valongo, irá ser formada por 11 ciclistas. Os recentes contratados César Fonte e João Fernandes irão juntar-se a Angel Sanches Rebollido, António Carvalho, Samuel Caldeira e Ricardo Ferreira, para além dos últimos vencedores da Volta a Portugal, Gustavo Veloso, Raul Alarcon, Rui Vinhas e Ricardo Mestre. A W52 FC Porto já participou nas duas clássicas do Algarve e Alentejo. Nesta última venceu por equipas e Samuel Caldeira foi segundo. Pedro Gomes

Ermesinde ganha ao Sobrado Jogo no Estádio dos Sonhos em Ermeside Árbitro Pedro Estrela; ao intervalo 0-0 Golos Coentrão aos 56, Herdeiro aos 61 e Ze Miguel aos 90 ERMESINDE- Pedro Martins,Pacheco, Diogo Loureiro (63), André, Chico e Costa, Coentrão, Fajó, João lindo, Fábio Ribeiro, Herdeiro, Pimpão (82) Quim, Ze Miguel treinador: Jorge Lopes SOBRADO - Luis Barros, Leo, Joaõ Costa, Filipe (45) Patrick, Tiago (70)Quiroga, Ruizinho, Ruben (45) Miguel Silva, Dembele, Karim Garba (45) treinador: Mário Heitor Os derbys são sempre jogos carregados de emotividade, acrescidos de rigor, virilidade até. Lembra-se a velha frase; perder contra todos menos com o vizinho! E a primeira parte foi literalmente um jogo onde ambas as equipas não corriam riscos de sofrer golos e as tentativas de os conseguir foram ate muito ténues. Os forasteiros exerceram um futebol mais vistoso fazendo a bola circular por todas as zonas do terreno , mas ao chegar ao último terço, verificava-se a inércia justificando assim a razão de o Sobrado ser uma equipa fraca em termos de finalização. O nulo ao intervalo correspondia perfeitamente ao desempenho das equipas em campo. No reatamento o Ermesinde tomou conta do jogo e não deixou o Sobrado pisar em ramo verde. Empurrou o adversário para o seu meio campo e castigou-o com três golos sem resposta, sem que ao menos houvesse algum esboço de golo. Um segundo tempo mediocre do Sobrado, perante um Ermesinde possante e dominador que justificou plenamente a vitória. A arbitragem mostrou alguma miopia na acção disciplinar. Carlos Silva


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Publireportagem

Open Day da Quinta do Espírito Santo mostrou ofertas para os momentos especiais Durante os dias 10 e 11 de março de 2018 (sábado e domingo), a Quinta do Espírito Santo, em Arcozelo (Gaia), realizou a oitava edição do Open Day. Foram centenas as pessoas que passaram pelo espaço nestes dias, espaço que abriu as portas a todos aqueles que procuram um local para festejarem vários tipos de festas, nomeadamente, casamentos, batizados, entre outras Outros momentos festejados nesta quinta, são as passagens de ano, o carnaval e o hallowen como afirmou Pedro Torres, um dos dois gerentes da quinta, ao Jornal Novo Regional. Já Filomena Gouveia, também gerente, frisou que quem procura uma quinta para festejar algo, “pensa nos espaços verdes sendo estes a grande vantagem, que a quinta tem para oferecer”. Ainda acerca dos espaços verdes existentes nesta quinta, Pedro Torres afirmou que nos dez hectares ocupados pela Quinta do Espirito Santo existe “uma parte trabalhada para eventos, mas outra “muito virgem” onde as pessoas podem ver lebres, raposas, sendo ainda mais agradável o seu dia”. Ir conhecer a casa, o ambiente e as pessoas que trabalham na quinta são alguns dos motivos para

quem quiser festejar uma data especial na quinta, visto que para os gerentes, Pedro Torres e Filomena Gouveia, cada festa é única. No que diz respeito à recetividade, Pedro Torres afirmou que a mesma tem sido muito boa, visto que também contam com excelentes parceiros, e muitos bons profissionais. Ao longo dos dois dias de Open Day, estiveram presentes os vários parceiros desta quinta, para que mostrassem os seus produtos e serviços aos que visitaram a Quinta do Espírito Santo. No destaque ao lado pode ver os parceiros que, juntamente com a Quinta do Espírito Santo, podem contribuir para o sucesso dos seu “momento especial”. Terá a certeza e a garantia que tudo será feito para que no fim, saia feliz e com vontade de continuar a ser feliz. Um dos novos parceiros desta quinta, é a Cerveja Nortada, uma empresa de cerveja do Porto que fabrica a bebida, artesanalmente. Ainda ao Jornal Novo Regional, Filomena Gouveia afirmou que o lema desta quinta, é estar sempre a pensar no cliente, “existimos a pensar em si”.

Os parceiros PARCEIROS Ao longo dos dois dias de Open Day, estiveram presentes vários parceiros desta quinta, para mostrarem os seus produtos e serviços a quem visitou a Quinta do Espírito Santo. Foram os seguintes os participantes: Hellens Ourivesaria; MJ Silva (vestuário e bijuteria), Limo Dream (aluguer de limousines)), Imobiliária MC; Yonos (informática e áudio); Onda Byke Bicicletas; TMC Tipografia MPinto Cunha; Amour Glamour Vestidos de Noiva; Sotavinhos – Vinhos para o seu evento; Classes Sports Events; Limite do Sonho; Yonos Tecnologia; 2 tons Decorações e Lembranças; Take Away Porto dos Leitões; Herdade do Rocim; MJ Estudio; Kátia Neves Make Up; Angela Marques Cabeleireira; Essência do Bolo; Francisco Borges – Momento Musical; foram os parceiros da Quinta Espirito Santo para estes dias especiais. Um dos novos parceiros desta quinta, é a Cerveja Nortada, uma empresa de cerveja do Porto que fabrica a bebida, artesanalmente. Na antiga estrada Porto-Espinho, em Arcozelo, a Quinta do Espirito Santo, continua a receber bem os convidados. Passe por lá um dia destes. De terça a sexta feira está aberta a partir das 18h com um ambiente intimista. Procure saber os eventos ali realizados e usufrua de bons e deliciosos momentos


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Diversos

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Assembleia da União das Mutualidades foi em Valongo As Associadas da União das Mutualidades Portuguesas reuniram em Assembleia Geral Ordinária no passado dia 24, no Auditório Dr. António Macedo, em Valongo. A sessão serviu para a apreciação e votação do Relatório e Contas de 2017 e do respetivo parecer do Conselho Fiscal, documentos que foram aprovados. A Assembleia Geral da UMP, organizada com a colaboração da Associação de Socorros Mútuos e Fúnebre de Valongo, contou com a presença do presidente do Município de Valongo, José Manuel Ribeiro, que reforçou o importante papel e a história do Mutualismo no próprio concelho.

ou jornalnovoregional@gmail.com

Adoção de animais No próximo sábado, dia 24 de março, realiza-se no Centro Veterinário Municipal de Valongo, na Rua de São Domingos em Campo (no edifício polivalente dos Serviços Municipais), uma campanha de adoção dos animais recolhidos da rua. Das 15h00 às 17h00, estarão disponíveis para adoção imediata 15 cães. O Município de Valongo oferece a esterilização a

todos os animais adotados no seu Centro Veterinário Municipal. Além disto, quem adotar um animal poderá beneficiar do atendimento médico veterinário ao longo da vida num dos dois postos que a Autarquia criou para este efeito (em Ermesinde e em Campo) para consultas gratuitas de orientação e vacinação.

Fisconta organizou seminário reparações em: Computadores Telemóveis Consolas GPS CC E-Leclerc Loja 24 919 609 423 22 421 1336

No dia 15 de fevereiro, no auditório António Macedo, teve lugar um seminário sobre incentivos financeiros fiscais dirigido aos empresários, e organizada pela empresa Fisconta. Em jeito de balanço, Luísa Mota, da Fisconta afirmou que para esta seção foi enviado convite para as

empresas da região. Responderam cerca de meia centena de Valongo, mas também de municipios vizinhos. Foram convidados vários oradores sobre os temas a abordados nomeadamente benefícios fiscais, projetos de investimento do programa Portugal 2020, tendo também

sido falado outro assunto mais virado para os colaboradores, o de incentivos aos mesmos. Com os tempos a mudarem e a forma de gerir finanças também a mudar, Luísa Mota disse-nos que abordou também o tema da gestão das bases de dados empresariais, sendo que para a fiscal este tema é um pouco “controverso”. Luisa Mota agradeceu ainda a colaboração dos alunos dos cursos profissionais de Turismo e Restauração da Escola Secundária de Valongo, uma vez que estes se encarregaram do acolhimento e do coffe Brake, produzido durante o seminário. PG


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Diversos

Fernando Seixas o cantor romântico de Valongo Fernando Seixas faleceu antes de ver esta entrevista publicada. Não alteramos uma vírgula ao texto inicial. As condolências à família. Fernando Seixas é um cantor romântico. Portuense e valonguense de adoção, este artista nasceu em Amarante no ano de 1942. Nos anos 60, o cantor do género Tenor distinguiu-se no meio musical da cidade do Porto e registou várias participações em eventos no Teatro Vale Formoso. Fernando Seixas interpretou alguns quadros de música, sendo que também esteve presente em algumas canções ligeiras e fados de Coimbra. Questionado pelo JNR sobre o seu percurso musical, Fernando Seixas afirmou que, no ano de 1962 começou a sua atividade num espetáculo onde Amália Rodrigues foi a personagem principal, sendo este organizado no Sport Clube da Régua. Para o espetáculo o cantor afirma que saiu do Porto com alguns cantores mais conhecidos,

nomeadamente Manuel Morais e Adelina Silva. A partir deste momento, Fernando Seixas iniciou-se a fazer figuração em revista com alguns scats. Passado alguns anos, o cantor afirma que começou a cantar, visto que o Tenor Pais Moreira lhe indicou, uma professora de canto, a Professora Arnaldina Santos, com quem ainda trabalha. Segundo Fernando Seixas, esta professora classificou a sua voz, como um “tenor ligeiro”. Visto que a sua voz se encaixava num grupo coral, o cantor valonguense entrou no Circulo Portuense de Ópera, tendo estado durante 5 anos neste grupo e participado em alguns eventos. No que diz respeito à carreira individual, Fernando Seixas realizou alguns espetáculos tendo tido como convidados vários artistas e maestros, nomeadamente com Vasco Gil, Palmira Trofa e Manuel Cruz. Depois de ter trabalhado no Circulo Portuense de Ópera e ter produzido alguns espetáculos a solo, o

Tenor de Valongo contounos que entrou em grupos corais, tendo dado também espetáculos em Itália. Já em Portugal, o mesmo afirma que já produziu concertos em igrejas, tais como, no Natal e na Páscoa. Fernando Seixas assume que durante um tempo separou-se um pouco da música coral, para se dedicar mais à ligeira, pois pretendia gravar um disco a solo tendo sido aconselhado por Manuel Morais, um amigo do cantor. Quanto aos discos, Fernando Seixas já editou dois, sendo que a Conquista produziu o primeiro, em 2011 e mais recentemente, o cantor ravou um segundo disco, chamado Êxitos para recordar 2, onde incluiu canções dos anos 60. O cantor disse ao JNR estar a pensar num terceiro trabalho onde continuará a seguir o seu estilo e incluirá 10 faixas, de um género que lhe “caia bem”. Relativamente aos espetáculos agendados, Fernando Seixas afirma ter alguns convites em carteira, lamentando que nes-

te momento não existem grandes orquestras para acompanhar espetáculos de variedades. O canto assume que gosta mais de atuar para causas solidárias, nomeadamente para lares de idosos. No entanto

afirma que está disponível para qualquer convite que surja. Ainda sobre espetáculos agendados, Fernando Seixas disse-nos que há pouco tempo atuou, na Junta de Freguesia da Senhora da Hora.

Já quanto à experiência como ator, Fernando Seixas assume já participou em filmes e também na Praça da Alegria, com Manuel Luís Goucha e Jorge Gabriel. texto de Pedro Gomes

Junta de Ermesinde comemorou Dia da Mulher A Junta de Freguesia de Ermesinde comemorou o dia da mulher. O programa integrou colóquios, promoções em estabelecimentos, exposições e outras atividades. As comemorações terminaram no domingo, dia 11 de março com a Caminhada Solidária, coorganizada com a Farmácia Sá da Bandeira de Ermesinde. Esta iniciativa reverteu a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro, com um valor angariado de 1200€. Por uma boa causa as pessoas dizem sempre presente. fotos: JFE


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O que é o glaucoma?

Conselhos de Saúde A sua visão 13

Provavelmente já ouviu o termo “glaucoma” mas poderá não saber exactamente o que é – além de que é um problema de visão. Assinala-se a 12 de março o dia Mundial do Glaucoma, doença conhecida como “o ladrão silencioso da visão”, dado que provoca danos progressivos na visão sem qualquer aviso até uma fase mais avançada. Ou seja, é indolor e avança sem qualquer tipo de sintomas até uma fase muito avançada. O glaucoma é uma designação genérica de doenças que têm em comum o aumento da pressão intraocular suficiente para causar lesões no nervo óptico, gerando uma perda progressiva do campo visual e da visão.

Esta doença continua a ser uma das principais causas de cegueira em Portugal, afectando aproximadamente 150 mil portugueses. Ao princípio, a pressão ocular aumentada não provoca nenhum sintoma. Os sintomas posteriores podem incluir uma redução da visão periférica, ligeiras dores de cabeça e subtis perturbações visuais, como ver halos à volta da luz ou ter dificuldade para se adaptar à escuridão. Finalmente, o doente pode ver manchas escuras, os escotomas, no campo visual periférico – é como se estivessem a ver por um túnel. Infelizmente, o glaucoma não tem cura. Contudo, existem diversas formas de controlo da doença disponíveis, e que permitem oferecer aos doentes com glaucoma uma vida perfeitamente normal. O tratamento tem como objectivo reduzir ou estabilizar a pressão intraocular. Na maioria dos casos, pode ser efetuado apenas com recurso a colirios (medicamentos farmacológicos hipotensores oculares). Quando o tratamento

com medicamentos não é suficiente para travar a progressão da doença é possível recorrer ao tratamento com laser ou cirurgia. Sabe-se que à medida que a idade avança o risco de desenvolver glaucoma aumenta. Mas para além da idade há outros fatores de risco como história de glaucoma na família, miopia, pressão ocular elevada, diabetes, apneia do sono e uso crónico de corticóides. Portanto, o glaucoma é uma doença crónica que provoca cegueira, mas que tem tratamento. O prognóstico é tanto melhor quanto mais cedo for diagnosticado o problema. Assim, o rastreio torna-se fundamental! Meça a sua pressão ocular com o seu especialista da visão para que possa rastrear alguma probabilidade antes que seja tarde. Informe-se mais e melhor connosco. Tire todas as suas dúvidas na sua ótica de confiança. Encontre-nos na Opticalia Valongo, na Rotunda 1º Maio nº 44, 4440-519 Valongo. Contacto telefónico: 224 226 164 Dra. Rosária Barbosa

Informação Comercial

MGM ASSEMBLEIA GERAL Convoco os Senhores Associados a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, no dia 29 de Março do ano 2018, pelas 20h30 horas, sita à Rua Sousa Paupério, 42, da freguesia e concelho de Valongo, a fim de ser tratada a seguinte: ORDEM DO DIA 1 - Leitura, discussão e votação das contas, Relatório da Direção e Parecer do Conselho Fiscal, referente ao exercício de 2017. 2 - Outros assuntos do interesse da associação.

Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos sócios existentes, a Assembleia realizar-se-á uma hora depois, com qualquer número de sócios presentes, de acordo com de com o nº 1 do artigo 40. Valongo,14 de Março de 2018 Presidente da Assembleia Geral (Francisco da Silva Moreira)

recebe distinção PME Excelência A MGM -Manuel Guedes Martins, Unipessoal Lda (Pedroso - VN Gaia) recebeu o troféu PME Excelência 2017 Manuel Guedes Martins (na foto com a esposa) materializou um sonho que acalentava há algum tempo, ao constituir esta empresa, sendo a mesma o espelho visível do seu orgulho pessoal e profissional, bem como a imagem de sucesso que pretende transparecer perante todos aqueles que, directa ou indirectamente, com ele privam no quotidiano da Empresa (clientes, fornecedores, e todos os devotados amigos). Como o próprio sistematicamente afirma “é o timoneiro de uma empresa

que navega em águas mansas mesmo contra a maré, assegurando a continuidade ao rodear-se de uma equipa competente, profissional e coesa de 17 colaboradores, os quais fazem de um trabalho diário profundamente sério – indo de encontro às necessidades e expectativas dos respectivos clientes – a razão de ser da afirmação de uma organização que assenta os pilares da sua actividade na qualidade do serviço que presta ao nível da assistência técnica / produtos que comercializa”.


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20 de março de 2018 Jornal Novo Regional

Documento

A Guerra do Sucessão Portuguesa Documento Uma batalha, (22 de Julho de 1832) que ficou sem nome para a história, da Guerra Civil Portuguesa, de 1832 a 1834, entre liberais constitucionalistas e absolutistas. Uma batalha, que os liberais, muito convenientemente, classificaram de “Reconhecimento de Valongo”. O leitor é convidado, a acompanhar e a partilhar do raciocínio do autor do trabalho, na pesquisa dos excertos, extraídos de alguns documentos. (Soriano, 1846, Vol. I, pp. 498-499-500-501-502503-504-505) – (Síntese) Na madrugada do dia 18 de julho de 1832, as forças do general Póvoas, começam a surgir em Souto Redondo, permitindo ao general Santa Marta, a sua marcha para norte. No dia 20, este general, passou o Douro em Carvoeiro, com a força que ainda lhe restava, ocupando Recarei. A 21, com a divisão do seu comando, de dez a doze mil homens, incluindo quatro esquadrões de cavalaria, com perto de 200 cavalos, e cinco peças de artilharia, tomou posições em frente de Ponte Ferreira (rio Ferreira). Colocou nesse dia, em Valongo, um esquadrão de cavalaria, que destacou vedetas, até légua e meia do Porto. Desde o dia 20, que D. Pedro fora avisado, de que tropas realistas, em grande força, passavam o rio Douro, para a sua margem direita, ameaçando o Porto. No dia 21, confirmaram-se esses movimentos, e a posição tomada por aquelas tropas, sobre a estrada de Penafiel, estendendo as suas avançadas até Valongo. Com o objetivo de reconhecer o inimigo, e os seus movimentos, enviou D. Pedro, sobre Valongo, na madrugada do dia 22 de julho, “o batalhão de caçadores n.º 5, o dos voluntarios da rainha, o de marinha, ou batalhão inglez, e o regimento de infanteria n.º 18, com um destacamento de 40 guias a cavallo, e quatro bocas de fogo, commandada toda esta fôrça pelo coronel do mesmo regimento n.º 18, Henrique da Silva da Fonseca, acompanhado também pelo quartel mestre general, Balthazar de Almeida Pimentel, bem como por um ajudante de campo de D. Pedro, e outro do general conde de Villa Flor.” Após passarem Rio Tinto, pelas 8 horas da manhã, avistaram no alto duma encosta, já próximo de Valongo, as vedetas inimigas, que rapidamente se retira-

O Cerco do Porto - Reconhecimento de Valongo (3ª parte)

ram. Ultrapassada a encosta e já na descida para Valongo, “appareceu então no fim da rua principal deste povo toda a cavallaria realista, que impassivel com clavinas sobre a perna olhava para os recem-chegados.” À frente da coluna constitucional, um pouco adiantados, o major comandante de caçadores n.º 5, Francisco Xavier da Silva Pereira, o capitão Balthazar d´Almeida Pimentel e os dois ajudantes de campo. Seguiam-nos, a pequena distância, os quarenta guias a cavalo. Ficaram surpreendidos pela imobilidade do inimigo à sua frente. O perigo era iminente mas ninguém reagia. A tenção foi quebrada pelo bravo comandante do corpo de guias, o major de cavalaria Joaquim Paulo Arrobas, que com todo o sangue frio e em voz forte e sonora, ordenou: “esquadrões, frente formar – carregar”. A sua voz tirou da apatia o inimigo que retirou “por tres meia volta”, não sem antes de alguns soldados dispararem as clavinas (arma de fogo de homens montados, parecida com a carabina) que até ali permaneciam sobre a perna. Pimentel, a quem alguns dos seus companheiros acusam de precipitado, não resistiu, e lançou-se em perseguição da retaguarda da cavalaria inimiga, que entretanto, perdera o seu comandante e alguns soldados. A sua atitude, arrastou, atrás de si os oficiais que o acompanhavam, impelidos, naturalmente, pela sua honra e brio militar, “e por modo tal que, engolfados todos na sua imprudente carreira foram metter-se entre os atiradores do inimigo, que guarneciam as posições, que em cortinas successivas de colinas, valles, e arvoredos, se estendem desde o rio de Ponte Ferreira (rio Ferreira) até ás serranias de Balthar.” As tropas realistas, tinham denunciado, aos constitucionais, a sua posição. Estes, deveriam dar por concluído o reconhecimento, retirando-se. Porém, o quartel mestre general, com uma atitude temerária, pretendeu algo mais, empreendendo um ataque, muito arriscado, que atraiu, sobre si, forças já identificadas e muito superiores, às que os constitucionais dispunham. Pimentel e os demais oficiais, rodeados pelo inimigo, tiveram a sorte de ser rapidamente socorridos pelo batalhão de caçadores n.º 5, que fazendo a vanguarda da coluna, liberal, vinha um pouco mais adian-

tado. “ Santa Martha moveu então alguns batalhões de realistas, e tropa de primeira linha contra os caçadores n.º 5, que nesta occasião sustentou todo o peso dos contrarios, ganhando sempre terreno sobre elles, ainda que lentamente ou passo a passo. O bravo tenente deste batalhão, Narcizo de Sá Nogueira, um dos officiaes mais valentes do Exercito Libertador… avançando com a sua companhia para tomar a posição que lhe fôra ordenada, e que pertinazmente defendeu, vio-se dentro em pouco cercado por grande número de inimigos, sendo-lhe em tal caso forçoso abrir caminho á ponta da bayoneta para se reunir aos seus. Narcizo, mancebo de muita honra, e grande zêlo pelo serviço militar, cahio nesta ocasião morto por uma bala, … No meio de tamanho apêrto, e da difficil posição em que se achava, o batalhão de caçadores n.º 5 teria de recorrer com effeito a uma desastrosa retirada a não ser tão de prompto socorrido pelos voluntarios da rainha, bem como por uma peça de calibre 6, e um obuz, commandados pelo major Antonio da Costa e Silva, ficando toda a mais fôrça de reserva nas alturas de Vallongo. Posição houve que neste conflicto foi tomada, e retomada por tres vezes, até que o general Santa Martha, mettendo em fogo as tropas, que tinha de reserva, obrigou a retirar sobre Vallongo os constitucionaes que nesta occasião perderam um obuz de cinco pollegadas e meia, com os seus respectivos tiros, e muares.” Henrique da Silva Fonseca da Fonseca, temendo maior revés, veio mais para a retaguarda, posicionando-se em Rio Tinto, entre Valongo e o Porto. Ainda hoje é difícil imaginar o que pretendia o capitão Pimentel, com o seu inoportuno ataque. Se procurava reconhecer a força inimiga, identificou-a, logo à saída de Valongo, quando a observou ocupando posições escolhidas. Não sendo, por isso, necessário, expor as suas forças, a uma provável derrota, num confronto, com forças muito superiores e devidamente instaladas em posições de espera. A bravura e temeridade de Pimentel, revelaram-se funestas para os liberais, sacrificando, sem glória, e sem utilidade para a causa constitucional, muitas vidas. As participações do desaire sofrido pelas tropas constitucionais, chegaram

Os liberais atravessaram, a vau, o curso do rio Ferreira

rapidamente ao Porto, inquietando, consideravelmente, tanto os habitantes, como a força militar ali estacionada. Logo após os acontecimentos de Valongo, o conde de Vila Flor, marchou ao encontro dos corpos que vinham em retirada, com uma coluna de infantaria, fazendo-lhes alto, e posicionandoos em Rio Tinto. Da margem esquerda do Douro se retirou toda a força constitucional, inclusivamente da Serra do Pilar; a ponte de barcas cortou-se, e pelo rio acima subiram três escunas de guerra, a Liberal, a Prudência e a Coquette, para protegerem as operações militares em curso, e para bater quaisquer partidas de realistas, que aparecessem, na margem esquerda do Douro, …” Posto em marcha sobre Rio Tinto o resto das tropas constitucionaes na noite de 22 para 23 de julho, o mesmo D. Pedro o acompanhou igualmente pela sua parte, deixando ficar na cidade o respectivo governador militar com os voluntarios recentemente alistados, e a companhia de artilheiros academicos. “ Nota Pessoal – Uma batalha importante, comandada, do lado miguelista, pelo general Santa Marta, atendendo às forças liberais em presença. (Pinho Leal, 1876,Vol. VII, pp. 184-185. “ o general, conde Villa-Flor (depois, duque de Terceira) à frente de 5.000 homens do exercito liberal” (Vila Flor não participou na batalha). E ainda: “Depois de um dia de combate, e de muitos mortos e feridos de parte a parte,”). Do outro lado, com a presença, dos representantes máximos do general conde de Villa Flor e de D. Pedro. Em: (Andrada, 1928,

p.244. – “As nossas quatro boccas de fogo, … sustentaram o fogo por muitas horas,” e ainda “ Á entrada de Vallongo, encontraram o inimigo em força, e, ao primeiro choque de cavallaria, apesar de ser pouco numerosa a nossa columna” Se a coluna liberal fosse “pouco numerosa”, como manteria, por tanto tempo, o combate? Tudo parece indicar, que o esquadrão de cavalaria realista, concentrado no centro de Valongo, servia apenas de chamariz, para emboscar, mais adiante, os liberais. Como poderiam ficar os realistas “surpreendidos”, se estavam avisados pelas suas vedetas, da aproximação do inimigo? Repare-se que, estas forças, eram de cavalaria, para rapidamente recolherem ao seu corpo principal. Soriano, critica a precipitação do ataque. Descobertas a posição das forças inimigas, deveriam ter dado o reconhecimento por concluído. Em minha opinião, não o fizeram, porque estariam mandatadas para o combate. O desaire, não podia ter sido pior, para que o próprio D. Pedro, assumisse, pessoalmente, o comando das operações, para dar uma resposta, no dia seguinte, aos miguelistas. …” Ora, segundo (Andrada, 1928, p. 245.) Na retirada: “Eram muitos os feridos conduzidos em braços, em macas e em cavalgaduras.” Em, (Reis, 1904, p. 173. – descreve a retirada ou fuga desordenada das forças liberais: “A crueldade miguelista foi até ao ponto de varar com as bayonetas os pobres soldados, que para escapar se haviam refugiado escondidos por sobre as arvores e as ramadas. Parece ainda, dizem

os nossos velhos, ouvir-se o tropar immenso de toda essa gente armada, caminhando fugitivamente pelas velhas estradas de Vallongo ao Porto e sentir-se os grandes suóres que de parte a parte eram gotijados com o sangue derramado por uma causa que uns e outros julgavam justa…”) Os liberais não tinham cavalaria, o que debilitava a coluna. Sobre os quarentas guias a cavalo: (Soriano, 1846, Vol. I, p. 506 – “Não se póde dar com efeito o nome de cavallaria aos 40 guias em que já se tem fallado, achando-se apenas montados em cavallos garranos, comprados aos particulares, sem por modo algum poderem competir com cavallaria regular.”) Sobre a intervenção da força de reserva, que ficou sobre as alturas de Valongo, Soriano e o marquês de Fronteira e d´Alorna, são omissos. No entanto, (Napier, 1836, p. 35. – refere que “ Hodges pôz em movimento a companhia de caçadores do 18.º e os granadeiros Inglezes em observação ao inimigo, …”) Penso que a existência de uma força de reserva, indicia que o efetivo da coluna seria considerável. Bibliografia: Simão José da Luz Soriano – Historia do Cerco do Porto – Volume Primeiro – Lisboa - Na Imprensa Nacional – 1846. (Restante bibliografia na edição de 08.02.2018).

Texto e foto de Joaquim Manuel Pereira Marques – 26.02.2018


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