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Campo & Negócios

Projeto de apicultura visa combater degradação ambiental no Pampa gaúcho

Um projeto desenvolvido desde novembro do ano passado pela Secretaria do Meio Ambiente de Rio Grande, fomenta a apicultura como estratégia de recuperação do meio ambiente. Trata-se do “Polinizando o Pampa” que beneficia produtores localizados na Reserva da Vida Silvestre Banhado do Maçarico, unidade de conservação estadual; na Área de Proteção Ambiental Lagoa Verde, unidade preservação municipal; e na Ilha dos Marinheiros. Estes são pontos considerados estratégicos por importância ambiental e carência de informações, aponta os realizadores do projeto que é coordenado pela empresa Halinski Soluções Ambientais e Estatísticas, contratada pelo município para esse trabalho por meio de uma licitação. Cada produtor recebe 10 caixas com colmeias de abelhas Jataí, uma espécie sem ferrão. Já foram entregues 100 caixas para 10 produtores.

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A equipe iniciou o trabalho em novembro de 2022, quando os produtores receberam capacitação teórica para a criação de abelhas, e será desenvolvido ao longo de dois anos, com acompanhamento mensal. Em contrapartida, os produtores precisam participar de capacitações, receber mensalmente os pesquisadores nas suas propriedades e responder a questionários socioeconômicos e ambientais durante o projeto. A iniciativa também contará com educação ambiental nas escolas da região, jardins urbanos e diversos materiais educativos sobre abelhas.

Auxílio na recuperação do ecossistema

Como o foco do programa é a espécie sem ferrão, as crianças podem manuseá-la sem problema e assistir em tempo real em que estágio está a colmeia, explica a proprietária da empresa, Rosana Halinski, doutora em zoologia e coordenadora do projeto. “Essas abelhas conseguem fazer a polinização das espécies de plantas nativas, recuperando o ecossistema do Pampa, que atualmente está muito degradado. Aqui em Rio Grande, há uma baixíssima diversidade de flores, por exemplo. Consequentemente, o inseto faz o repovoamento de abelhas e dessas plantas”, explica a organizadora do projeto. Para medir se surtiu ou não efeito, Rosana explica que o projeto será observado pela perspectiva de produção: se os produtores conseguiram colher um quilo de mel por ano e se for comercializado. Esse número pode crescer em progressão geométrica. “Iniciamos nessa semana a segunda etapa do projeto distribuindo as caixas com as colmeias para os produtores. A abelha Jataí é bastante rústica. De adaptabilidade alta, consegue fazer ninhos em vários lugares e produz um mel muito saboroso e diferenciado. Ou seja, ótima para ser a primeira abelha a se criar. São 170 colmeias que se multiplicam por dois, anualmente. Se os produtores embarcarem mesmo, isso tem o potencial de duplicar além do que já está duplicado, então de 4,5 vezes em dois anos vai para oito vezes mais colmeias”, explica.

Difusão para outros municípios da Metade Sul

A ideia é difundir o projeto, que terá a duração de dois anos, a outros municípios, especialmente os da região do Pampa, que segundo a bióloga, possui extensas áreas degradadas. Os benefícios aos produtores vêm em forma de geração de renda na produção de mel, própolis, geleia real entre outros produtos, e também na exploração do turismo. Para mais informações do projeto é possível acessar o instagram @polinizandopampa.

Produtores recebem capacitação para o projeto

PT terá Cáren Castencio como líder da bancada na Câmara

O Partido dos Trabalhadores (PT), legenda com maior número de cadeiras da oposição ao governo municipal na Câmara de Bagé, terá mudança em sua liderança de bancada. E quem assumirá o posto será Cáren Castencio.

União confirma melhorias em rodovias que passam pela região

Cerca de 1,4 mil quilômetros de rodovias federais que cortam o Rio Grande do Sul voltarão a ter manutenção, recuperação e conservação frequente a partir dos próximos dias. O Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes, anunciou, nesta semana, que vai trabalhar em ações que vão de recuperação de sinalização a entregas de revitalização de acessos e recuperação de pontes.

Conforme anunciado, entre as vias beneficiadas, estão as BRs 153 e 293, que passam por Bagé, assim como a 290 e 116, que servem de ligação entre a Rainha da Fronteira e Porto Ale- gre. De acordo com o Ministério, o aporte deste ano para as intervenções chega a R$ 181,8 milhões previstos no Orçamento da pasta, via emenda constitucional do Bolsa Família, que possibilitou a retomada de contratos de manutenção em rodovias de oito regiões do Estado. O trabalho, vale frisar, é realizado pelas equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

A medida se soma ao Plano de 100 Dias com as ações prioritárias do Governo Federal para as rodovias e ferrovias brasileiras. Até abril, o Ministério dos Transportes pretende investir cerca de R$ 1,7 bilhão para retomada de obras e preparo de rodovias para o período de chuvas, além de garantir o escoamento da safra agrícola e diminuir o número de acidentes no país. “O intuito é solucionar dificuldades orçamentárias e diminuir gargalos na região. Vamos investir nos grandes corredores de transporte e ampliar a competitividade da economia”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho.

Para se ter uma ideia, são 13 empreendimentos previstos somente para o Rio Grande do Sul, entre entregas e início de obras e lançamento de editais de licitação.

Em contato com a imprensa, nesta semana, Cáren destacou que assume a liderança num momento em que a cidade enfrenta, nas mais diversas áreas, inúmeros problemas. “Diante da atual situação política e social do município, não tenho dúvidas que liderar a bancada [do PT] será um grande desafio, visto que Bagé conta hoje com um governo que não cumpre o seu papel com a população”, disse.

A petista garantiu também que seu mandato buscará auxiliar, ainda, o governo federal em âmbito local. “Vamos ajudar a reconstruir o Brasil. Podem ter certeza que teremos um importante papel na comunicação com o governo Lula. É hora de colocarmos Bagé novamente no centro do debate nacional. Agora, não por escândalos, mas, sim, devido a conquistas e avanços para a região”, afirmou.

A vereadora, que tem na defesa das mulheres, dos negros, do magistério e da comunidade LGBTQIA+ algumas de suas principais pautas, abordou ainda suas expectativas para o ano vigente dentro do parlamento bajeense. “Estaremos atentos, e na luta, contra quaisquer projetos que visem prejudicar o nosso povo. Combateremos a tentativa de privatização do Daeb, continuaremos a pautar o pagamento do Piso do Magistério para a categoria e manteremos um diálogo transparente e necessário com a população da Rainha da Fronteira. Estaremos à disposição para atender a todas e todos que precisarem de nós”, finalizou.

Cáren Castencio, que está na sua primeira legislatura, atualmente divide-se entre a função de professora na Rede Municipal de Ensino e a de legisladora, dentro da Câmara.

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