Mosaico Londrina - 1ª edição

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Mosaico Londrina

Maio de 2011

Opinião O Ministério Público e o eleitor O Ministério Público não está tendo sossego no Paraná. A instituição trabalha em vários casos em que se apuram suspeitas de improbidade administrativa supostamente cometida por agentes públicos de diversas esferas. Novas denúncias são feitas e as investigações deixam um episódio para entrar em outro. O problema acontece em todo o Estado, mas não se restringe ao Paraná. Políticos sob suspeita de terem cometido irregularidades são uma epidemia nacional, em todas as esferas de poder. Trazendo para perto da nossa realidade, em Londrina, o vereador Jacks Dias (PT) e o prefeito Barbosa Neto (PDT), foram investigados pelo MP sob suspeita de irregularidades no relacionamento com a mesma empresa, a Centronic. Empresa que foi contratada na gestão do PT, na qual Dias foi secretário de Gestão Pública, e que teve o contrato rompido na gestão do pedetista. O prefeito já foi denunciado. O petista ainda é investigado. Outro político que entra nesta lista dos problemas com o MP e a Justiça é o prefeito de Rolândia, João Ernesto Johnny Lehmann (PTB), que foi acusado de

desvio de verbas no Oktoberfest realizado na cidade, em 2009. A sequência de problemas envolvendo políticos da região é uma demonstração de que, como acontece em todo o país, os agentes públicos têm dificuldades de tratar com lisura a coisa pública. Mostra também, que se, como acontece do Oiapoque ao Chuí, os políticos têm problemas éticos, por outro lado, o MP do Paraná, de uma forma geral – e do Norte do Estado em particular – trabalha forte para fiscalizar e tentar punir quem desrespeita a lei. Se por um lado os políticos estão deixando a desejar, por outro, a ação do MP pode representar uma esperança para que a política seja melhorada em nosso país. O lado positivo da safra de escândalos é que os promotores estão fazendo um excelente trabalho e derrubando, (pelo menos um pouco) a corrupção que assola o Estado. Se o MP está cumprindo a sua parte, falta agora que o eleitorado cumpra a sua, sendo mais criterioso na escolha dos seus representados. Afinal, a tarefa de tornar mais respirável o ar da política brasileira passa principalmente pelas urnas.

Expediente

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Londrina EDIÇÃO MAIO 2011 Produção da disciplina 5NIC085 – Edição de jornal Laboratório – 4º Ano Matutino Professor Responsável: Fábio Silveira – Mtb

Edição, Pauta, Reportagem e Diagramação Ana Carolina Contato Beto Carlomagno Camila Meira Daniela Brisola Desirée Molina Felipe Barros Felipe de Souza

Fernanda Cavassana Francielly Camilo Laura Almeida Letícia Nascimento Marcia Boroski Murilo Pajolla Paulo Araújo Rafael Sanchez Sara Hermógenes Tatiane Hirata Thaís Yamanari Fotos Adam Sobral Fábio Silveira Roberto Custódio Thaís Yamanari

Projeto Gráfico Fernanda Cavassana Contato

jornalismouel@yahoogrupos. com.br

Convoco-lhes, seguidores MARCIA BOROSKI

Para além das civilizações antigas ou mesmo na modernidade, cujas mobilizações eram feitas a partir de gritos em praças públicas ou marchas estudantis, no caso do mundo contemporâneo, a moda agora é confirmar presença pelo Facebook. A rede social, que explodiu no Brasil em 2010, está abrangendo um nicho ainda desconhecido no mundo ocidental: a convocação para manifestações políticas e sociais por meio da rede. A mobilização contra regimes ditatoriais já aconteceu, e acontece, em diversas situações, a partir de convites semelhantes. As manifestações populares no mundo árabe são um bom exemplo. Contra regimes ditatoriais, foram introduzidas

e, principalmente, disseminadas através das redes sociais, manifestações pela democracia. O grand finale foi o desmoronamento do governo do Egito e a desestabilização de outros como Irã, Líbia e Síria. Em regimes democráticos, o artifício vem sendo usado de forma semelhante. Os protestos da “Mesma moeda” conseguiram atingir um percentual pequeno de adeptos (cerca de 150 pessoas) se comparado aos mais de mil usuários que “confirmaram presença” pelo Facebook. Entretanto, todos os entrevistados durante o protesto ficaram sabendo da manifestação através das redes sociais. Outra modalidade de convocação é uma que visa a convocação de um evento no Facebook com finalidade de produzir,

acima de manifestação popular, uma crítica pesada a algum tipo de medida. No último fim de semana, centenas de pessoas ‘confirmaram presença’ no “Churrascão da Gente Diferenciada”, manifestação contra a construção de uma estação de metrô na Avenida Higienópolis em São Paulo. Outro evento convocou mães a participar de um ‘Mamaço’ em São Paulo para terem direito de amamentar seus filhos em público. Muitos especialistas dizem que o Brasil é um dos países com maior liberdade de imprensa e expressão do mundo. Fica a dúvida se a plataforma cairá no gosto nacional a ponto de se transformar em um click automático, sem filtro nem parâmetros, ou se realmente será utilizada como eixo mobilizatório.

diferente a “Pequena Londres”. Exemplos têm de monte, não cabe aqui expor, mas ainda é pouco em vista da quantidade de lixo que ainda produzimos diariamente. Parar de produzir lixo na cidade é impossível, diminuí-lo é uma realidade. Além de diminuição podemos citar também a separação correta dos resíduos nas próprias residências. Nesse pequeno gesto já é possível destinar o lixo para um lugar adequado quando recolhido pelas empresas encarregadas de levar os resíduos separados para o aterro ou centrais de tratamento. O processo é tão simples que basta o primeiro passo de cada um. O que é reciclável de um lado, orgânicos de outro e por fim aquilo que não se aproveita o rejeito. O orgânico ainda pode ser transformado em um com-

posto e utilizado como adubo, isso em um espaço reservado dentro da própria residência. Com a população fazendo a sua parte cabe aí a gestão do município o fortalecimento do sistema de recolhimento das empresas de lixo, a ampliação da reciclagem e implementar um projeto de compostagem para a cidade. A prefeitura investindo em um programa de educação ambiental eficiente e o monitoramento constante de cada cidadão é a grande sacada para que Londrina de fato seja um exemplo a ser seguido. Mas a população não pode ficar apenas como espectador do problema, é necessário discutir e principalmente cobrar soluções também da prefeitura. É aquela velha história, cada um fazendo a sua parte!

Cada um, cada um

FRANCIELLY CAMILO Que a questão do lixo em Londrina está um caos todos nós sabemos. Não só do lixo, mas da saúde, da corrupção e por aí vai. Mas o que devemos saber é até onde o meu dever como cidadão é passível de mudança. Falar de uma má administração é fácil e bem lógico quando vemos a tamanha confusão que dá quando se mexe nos interesses individuais de muitos políticos e empresas. A palavra é Conscientização, precisamos educar ambientalmente a população. São pequenas atitudes e até mesmo quase que imperceptíveis aos olhos de qualquer individuo que fazem a diferença. Mas também são grandes ações promovidas pela própria sociedade civil que dão um ar


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