Edição Digital MV 19 maio de 2020

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RESTAURAÇÃO EM ESPINHO VOLTOU A ABRIR AS PORTAS MAS A MAIORIA TEME PELO FUTURO

Ma ré V i va Maré de Notícias Com novos horários

Págs. 02 e 03

Diretor: Nuno Oliveira

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Ano 43 N.º 2116

19/05/2020

Pág. 05

O REGRESSO ÀS AULAS COM MÁSCARAS E DISTANCIAMENTO SOCIAL

Cemitérios voltaram a abrir Maré de Notícias Pág. 06 Reabertura exclusivamente para o setor agroalimentar

ESTUDANTES DO 11.º E 12.º ANO VOLTARAM ÀS AULAS PRESENCIAIS

Segunda já pode ir à feira de Espinho Maré de Notícias Medida a título excecional

Pág. 05

Câmara atribui apoio financeiro de 10 mil euros à paróquia Pág. 09

Vítor Pinto continua de tigre ao peito

Foto: Francisco Azevedo

Maré Desportiva Voleibol

Pág. 04

PUB.

AGÊNCIA FUNERÁRIA LUÍS ALVES ESTAMOS NA RUA 18 N.º 954 ESPINHO geral@funerarialuisalves.pt Tlf: 914 249 496 e 917 263 249


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Maré de notícias  19 Maio, 2020

Reabertura da resta

rrancou a segunda fase de desconfinamento em Portugal. Quase dois meses depois sem clientes nas mesas, os restaurantes e cafés já voltaram a abrir portas, a partir de segunda-feira. O Maré Viva não foi almoçar fora mas esteve nos diversos estabelecimentos de restauração de Espinho para perceber como correu esta reabertura. Quanto ao futuro, a maioria teme que as consequências possam ser graves e admitem que vai ser necessário tempo para que os clientes voltem a ter confiança para se sentarem à mesa. A relativa estabilização dos números do Covid-19, levou o governo a avançar para a segunda fase de desconfinamento: a partir desta semana, para além da abertura de lojas até 400 metros quadrados, creches e escolas para os alunos do 11.º e 12.º anos, foi permitida a reabertura dos cafés e restaurantes. As medidas de higiene e se gurança impostas pela Direção Geral da Saúde (DGS) foram bem definidas, de forma a garantir um regresso seguro à restauração. A lotação dos espaços passa a estar limitada a apenas 50%, torna-se obrigatório o uso de máscara, tal como a desinfeção das mãos à entrada e à saída do estabelecimento. Estas são algumas das medidas impostas que foram

Embora o regime de take-away tenha minimizado algumas despesas, o serviço de sala é mais importante para manter o negócio.”

adotadas também pelos restaurantes espinhenses. E é com estas medidas de higiene redobrada que os restaurantes se preparam para trabalhar em regime duplo: em take-away e em serviço de sala. Tal como explica Jorge Marques, um dos proprietários do Restaurante Graciosa, “o take-away foi uma ajuda nesta altura complicada”. Acrescenta ainda que “embora este regime tenha minimizado algumas despesas, o serviço de sala é muito importante para manter o negócio”. Também a Cer vejaria Boémia af irma que apesar de ter feito take-away, a faturação foi pequena. “Fizemos algum take-away, mas não abrange as despesas todas”, explicou Maria José Correia, proprietária do estabelecimento. Apesar da diminuição das receitas no setor dos restaurantes, quem sentiu um maior impacto com esta pandemia foram os cafés e padarias. “As consequências foram um desastre” Com medidas de higiene e segurança redobradas, os cafés podem finalmente abrir portas. Apesar da reabertura, as expectativas por parte dos proprietários são maioritariamente negativas, visto as consequências desta paragem terem sido para alguns “graves” e “catastróficas”. A Padaria Pepim começou por adotar mudanças ao nível da gestão do espaço e dos clientes. “A partir de agora, temos menos mesas e o serviço faz-se no exterior com tickets para venda, de forma a evitar estarem muitos clientes dentro do mesmo espaço. A permanência da mesa também está limitada ao menos tempo possível, porque ninguém pode ficar a fazer sala”, enumerou Sílvio Ferreira, proprietário da padaria. Também no UTwo estão reunidas todas as condições de segurança: “ Tenho desinfetante em todo o lado e reduzi para metade da capacidade”. Há muita incerteza no ar e as contas finais podem ser negativas. Curiosamente, o proprietário Edgar Macedo afirma que “só abri o estabelecimento por simpatia”.

Foto:DR

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Foto: MV

Os novos desafios para almoçar e jant

Na Padaria Pepim há menos mesas e o serviço faz-se no exterior com tickets para venda.

As consequências económicas da paragem afetaram especialmente as microempresas desta área, com quebras acima de 50% na faturação e falta de apoios. No Palácio do Pão, as conse quências foram graves, revelou Jorge Gonçalves, um dos pro prietários do espaço. “As expectativas não são boas, pelo me nos, enquanto estiver o vírus, as pessoas vão ter medo. Fizemos e vendíamos alguns bolos mas basicamente estivemos só a trabalhar com o ser viço de padaria normal. Vai demorar até melhorar (se não piorar)”. Também o Perles de Chocolat afirma que as consequências foram “catastróficas”. Pedro Lopes explica: “não tive ajudas e os impostos continuam, não houve um parar, foi um atrasar, mas não chega porque também temos

que comer”. E na tentativa de colmatar os prejuízos, tal como nos restaurantes, também o take-away foi um aliado em alguns estabe lecimentos no combate à pa ragem forçada da economia. A Padaria Pepim afirma que o take away com entrega domiciliária da padaria e pastelaria “foi um verdadeiro sucesso”. “No início, percebemos que a quebra iria ter proporções astronómicas e começamos logo a fazer as entregas em casa. Agora a procura atenuou porque as pessoas já andam mais na rua e já não precisam desse ser viço”, explicou o proprietário Sílvio Ferreira. O mesmo não aconteceu com outros es t ab e le cim entos . N o caso do Perles de Chocolate este regime teve um impacto maio ritariamente simbólico e o café


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auração em Espinho

tar fora de casa na realidade covid-19 UTwo optou por nem adotar este ser viço. “A grande crise económica vai começar agora”, termina Sílvio Ferreira, proprietário da Padaria Pepim. “Sentimo -nos abandonados e sozinhos”

quanto que noutras autarquias

Embora tenham sido muitos os restaurantes que decidiram abrir portas, outros optaram por manter o serviço take-away. Este é o caso do restaurante Padrinho. “Estou ainda em serviço take-away, decidi para já não abrir o restaurante, porque ainda há muita confusão. Prefiro aguardar para ver o que vai compensar. Por enquanto compensa manter este regime porque tenho pessoal em lay off , mas é uma questão de tempo até voltar a abrir”, explicou Ernesto Soares, proprietário do Restaurante Padrinho. no país se tem feito coisas incríveis. O pessoal da autarquia deve vir cá para fora, falar com os comerciantes e perguntar o que se passa. Interessar-se pela cidade,pois sentimo-nos abandonados e sozinhos”, explicou o proprietário. Por último, também Vítor Rito,

proprietário do Restaurante Fifteen af irma que sofreu com a falta de apoios, tanto por parte da Câmara como do Estado. “Não tive qualquer tipo de apoio, nem por par te da Câmara como do Estado e foram dois meses encerrado a pagar renda e salários”. CM

Foto:Francisco Azevedo

Foto:Francisco Azevedo

Pe d r o L o p e s , p r o p r i e t á r i o do estabelecimento Perles de Chocolat af irma que tanto as obras que decorrem na cidade tal como a falta de apoios por par te da Câmara Municipal de Espinho (CME), contribuem para uma maior dificuldade de manutenção do negócio. Também Edgar Macedo tece críticas à gestão da economia pela CME durante este período. “Não se ouve falar na Câmara. An dam os a qui p e rdi d os e n -

Não tive qualquer tipo de apoio, nem por parte da Câmara como do Estado e foram dois meses encerrado a pagar renda e salários”

Restaurante Padrinho preferiu não abrir as portas... para já

A sala do Restaurante Graciosa também sofreu alterações e há menos lugares.

Acrílico aumenta a proteção entre funcionárias e clientes no Palácio do Pão.

“Clientes estão assustados e é preciso voltar a ganhar a confiança deles” “As expectativas são as piores, adorava ser otimista mas as pessoas vão continuar com medo. 70% dos inquiridos numa sondagem feita pelo Jornal Expresso não estão de acordo com a abertura e afirmam que deveria haver maior confinamento”, esclareceu o dono do café UTwo ao Maré Viva. O medo dos clientes e a tentativa de ganhar a sua confiança são objetivos inerentes a todos os estabelecimentos, quer sejam cafés

ou restaurantes. Todos notam que as expectativas dependem muito do grau de confiança do cliente. “É preciso fazer com que os clientes entrem dentro dos estabelecimentos e que não se sintam receosos ao nível da higiene”, esclareceu o proprietário do Perles de Chocolat. O proprietário do restaurante Fifteen acrescenta ainda que esse sentimento de segurança irá ain-

da demorar o seu tempo. “O cliente está assustado e quando entra está hesitante e até pergunta se pode entrar. O cliente está com medo. Agora temos de mostrar que estamos higienizados, que tudo o que fazemos está dentro das novas regras, mostrando confiança ao cliente para que este também se sinta bem e em segurança”, disse Jorge Marques, do Restaurante Graciosa. Por último, a proprietária do

Restaurante Boémia termina ao afirmar que é preciso combater o medo, quer dos clientes, quer do próprio staff, que também tem os seus receios. São estes os objetivos (e desafios) de quem tenta voltar a trazer um negócio de volta à vida. “Vamos esperar pela hora de almoço e ver como corre”, temos de “fazer o pessoal sentir-se protegido porque nós também temos medo”, terminou Vítor Rito.


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Maré de notícias  19 Maio, 2020 segunda-feira marcou o regresso dos alunos do 11.º e 12.º ano às aulas presenciais

e máscara, em secretárias individuais, separados por dois metros, em auditórios e até no pavilhão desportivo. Foi esta a nova realidade com a qual os alunos do 11.º e 12.º ano se depararam no regresso às aulas presenciais. Na Escola Dr. Manuel Gomes de Almeida, cerca de 90% dos alunos não faltaram à chamada deste regresso à realidade com as novas regras de higiene e segurança. No dia em que o regresso à escola foi uma realidade, a Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida registou uma adesão de aproximadamente 90%. A esmagadora maioria dos alunos veio preparado com máscaras para poder assistir às aulas. Contudo, para os que não tinham ou até se esqueceram, o agrupamento disponibiliza esse material que foi fornecido pelo Ministério da Educação. Quando falamos em “regresso às aulas”, todos os que por lá passaram recordam os momentos de união com abraços entre os colegas de turma. Agora, a realidade é efetivamente outra e tudo deverá ser diferente. As turmas do 11.º e 12.º anos que voltaram à escola para completar o plano formativo do ano letivo 2019/2020 depararam-se com mudanças efetivas. Na Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida as tradicionais salas de aula foram deslocadas para outros espaços. Um dos auditórios, devido ao seu tamanho, é um dos locais ideais para receber a aula de Geografia. Com um aluno por mesa e com pelo menos dois metros de distância entre si, a professora Céu admite que “é mais complicado dar aulas assim mas temos de nos saber adaptar”. O uso da máscara

é obrigatório para todos e também isso é um novo fator que trouxe novidades: “Num espaço maior e de máscara temos de falar mais alto. Tive o cuidado de perguntar se os alunos mais atrás conseguiam ouvir e vice-versa”, explicou a professora. Questionamos se a questão de proximidade era também um problema para dar aulas. A professora não tinha dúvidas: “O distanciamento complica o ensino pois quando um aluno apresenta uma dúvida tínhamos o hábito de chegar perto dele e tirar a dúvida. Agora já não o podemos fazer”, ressalvou. Ilídio Sá, diretor do agrupamento convidou-nos para visitar de seguida o pavilhão desportivo. Num terreno onde habitualmente existe o eco das bolas a bater no chão, o cenário é agora diferente. O pavilhão foi transformado numa sala de aula. Os alunos do 11.º ano assistiam à aula de Biologia e Geologia paredes meias com a tabela de basquetebol e a rede de voleibol. Aqui, o distanciamento de segurança é claramente notório assim como o uso de máscara por alunos e pelo professor. “É a nova realidade” disse Ilídio Sá.

Auditório foi adaptado a sala de aula para respeitar a distância entre alunos.

te higienizada e há um reforço até de auxiliares provenientes de outras escolas que não estão abertas. “Há um cuidado muito grande com a desinfeção dos espaços e temos disponíveis álcool gel para os alunos, docentes e funcionários utilizarem sempre que for necessário”, destacou Ilídio Sá. O responsável por este agrupa-

mento lembrou ainda que o corpo docente em Portugal é considerado envelhecido e há alguns professores que se enquadram no chamado “grupo de risco”. Face a isso, teve de haver algum cuidado na filtragem dos docentes. O agrupamento tem perto de 250 professores mas perto de 30 é que voltaram neste período a dar aulas presenciais. NO

horários adaptados para evitar contactos De forma a minimizar os contactos, os horários dos alunos foram adaptados a esta nova realidade passando a ocupar um período de manhã ou de tarde, conforme as aulas. “Os estudantes estão agora confinados por zonas restritas para não haver contactos entre turmas. Se um precisar de ir à casa de banho, por exemplo, vai sozinho mas acompanhado por uma auxiliar”, destacou o diretor do agrupamento. Toda a escola foi devidamen-

Foto: Francisco Azevedo

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Foto: Francisco Azevedo

alunos voltaram a sentar-se nas secretárias... mas à distância

Foram criados corredores para os alunos não se cruzarem com outras turmas.

Pub. Filomena Maia Gomes Cristina Relvas Celeste Pinto

Advogadas Rua Júlio Dinis, 778, 4º Dto., 4000 Porto Tlf. 22 609 87 04 Rua 19, nº 343, 1º Esq., 4500 Espinho Tlf. 22 731 32 96

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Só está autorizada a lavagem e enfeite de sepulturas às sextas-feiras e sábados

cemitérios abriram com novas regras e horários s cemitérios do conce lho abriram ao público no passado dia 18 de maio mas com restrições. As novas regras trouxeram alguma confusão e (até indignação) na segundafeira. O uso de máscaras já faz parte do dia-a-dia desta nova realidade. Assim, a obrigatoriedade desse uso no cemitério não é propriamente uma novidade. Ainda assim, muitos ainda não se sentem confortáveis e enquanto davam um toque e um retoque numa ou outra flor, a máscara teimava em sair do sitio. Outros, pura e simplesmente preferem fazer de conta que se esqueceram de a colocar e lá tem de ser chamados à atenção pelos funcionários. É assim a nova realidade e não há como evitar. Mesmo num local aberto e grande como um cemitério. Em Espinho, o cemitério está também adaptado à nova realidade e passa a abrir de segunda a sexta-feira das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h30. Aos sábados, dia típico de enfeitar as campas, o horário é mais prolongado, abrindo as portas às 9h00 e fechando às 17h00. Aos domingos, o espaço está aberto das 9h00 às 12h00. Limite de uma pessoa por sepultura Apesar das por tas estarem abertas há um limite meia hora

Já não vinha ver o meu pai há quase dois meses (...) Sofri um bocado com a situação mas teve de ser.”

para estar dentro dos cemitérios de Espinho e apenas pode estar uma pessoa por sepultura. A lavagem e enfeite de sepulturas apenas pode ser realizada às sex tas-feiras e sábados sendo que os visitantes não podem fazer os arranjos florais no local. Contudo, como os cemitérios estiveram encerrados por muito tempo, foi estendida até dia 21 a autorização de colocar flores e enfeitar nas campas. Na segunda-feira de manhã parecia sábado no cemitério de Espinho. Muitos quiseram finalmente entrar para estar mais perto dos que já partiram e de certa forma matar algumas saudades. “Já não vinha ver o meu pai há quase dois meses. Tinha o hábito de vir aqui pelo menos duas vezes por semana e não o poder fazer custou-me imenso. Sofri um

Foto: Francisco Azevedo

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Cemitério de Espinho abre de segunda a sexta-feira das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h30.

bocado com a situação mas teve de ser”, contou-nos Ana Carolina. reforço de medidas de higiene Durante o período que esteve encerrado, todas as flores e círios foram retirados das sepulturas. As “caldeirinhas” com água estão agora proibidas e todos os equipamentos de uso coletivo como, por exemplo, baldes e vassouras,

foi retirado e é proibida a partilha de equipamentos e utensílios entre os visitantes. A Câmara Municipal de Espinho anunciou ainda um reforço de medidas como a desinfeção periódica dos contentores do lixo e a desinfeção semanal de todos os espaços. As torneiras, puxadores dos portões entre outros, elementos considerados de contacto frequente, serão também alvo de higienização constante. NO

medida a título excecional de combate à pandemia

autarquia atribui apoio financeiro de 10 mil euros à paróquia

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título excecional a Câmara Municipal de Espinho aprovou a atribuição de um apoio financeiro de 10 mil euros à Paróquia de Espinho para que possa continuar, em articulação com a Rede Social e outras instituições a apoiar as pessoas e famílias mais carenciadas do concelho. A Paróquia de Espinho reforçou, desde o primeiro momento da pandemia, o apoio que já

prestava à comunidade, nomeadamente aos sem-abrigo, redobrou e uniu esforços internos e externos, integrando no seu trabalho jovens que fazem parte os Grupos de Jovens das Paróquias de Anta e Silvalde. A paróquia passou a disponibilizar refeições para o almoço e jantar e alimentos para o pequeno almoço num registo diário, incluindo o domingo que era o único dia descoberto. As refeições diárias passaram a

ser entregues em regime de take away com um aumento significativo (de 60 para 220 refeições). Mas os números que aumentaram não se ficam por aqui. Antes da pandemia, a Paróquia de Espinho apoiava uma média de 40 famílias e atualmente essa média situa-se nas 85 famílias, em consequência da perda de rendimentos mensais. O Presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira considera este apoio financeiro” um con-

tributo ex traordinário do Município para uma missão de solidariedade inestimável sob a liderança do padre Artur Pinto. Um trabalho que envolve também o contributo das outras paróquias do concelho e que muito se deve a empresas e doadores de bens alimentares e à generosidade de um grupo de pessoas voluntárias que diariamente se disponibilizam para fazer chegar aos que mais precisam o pão nosso de cada dia.”. NO


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Maré de notícias  19 Maio, 2020 donativo efetuado pela câmara municipal de espinho

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Câmara Municipal de Espinho entregou 300 batas impermeáveis e reutilizáveis na passada sexta-feira a várias instituições do concelho. O Lar de S. José do Centro Social de Paramos, o Lar de Santiago (Silvalde), o Lar de S. Francisco de Assis (Anta), a CerciEspinho, a Santa Casa da Misericórdia de Espinho e a Paróquia de Espinho foram as instituições contempladas com a entrega das 300 batas impermeáveis e reutilizáveis. A entrega, efetuada pelo presidente da Câmara, Pinto Moreira, acompanhado da vereadora da Acão Social, Lurdes Ganicho, e de elementos que fazem parte da Proteção Civil Municipal, teve como critérios o número de co-

laboradores que prestam serviço em cada uma das instituições, assim como o número de utentes internos e em domicílio. “A entrega deste material é o reconhecimento do excelente e inestimável contributo que as instituições de solidariedade social e as paróquias do concelho têm dado ao longo destes meses de pandemia às pessoas e às famílias mais vulneráveis”, justificou Pinto Moreira. O autarca afirmou que a crise sanitária e a crise económica “exigem que todos os recursos públicos disponíveis sejam destinados a apoiar as pessoas mais atingidas pelas consequências da pandemia num trabalho conjunto com as instituições de solidariedade”. Deste lote de equipamento ad-

Foto: DR

300 batas reutilizáveis entregues a instituições

quirido pela Câmara Municipal de Espinho há, ainda, uma parte que será destinada a funcionários municipais que se ocupam da hi-

giene e limpeza de equipamentos e que exercem a atividade em espaços públicos com risco de contágio pessoal. NO

disponível em www.museumunicipal.espinho.pt

MUSEU MUNICIPAL DE ESPINHO inaugura espaço ONLINE e vocação, bem como as suas coleções patrimoniais e artísticas”, revela a autarquia. Pode agora consultar a história do museu, as exposições permanentes e temporárias, o FACE, as suas valências e os eventos, e saber um pouco mais a história da nossa cidade e relembrar Espinho como a eterna “Praia da Saudade”. A nova página pode ser consultada em www. museumunicipal.espinho.pt/. Para quem prefere as visitas ço de segunda a sexta-feira das físicas ao Museu Municipal, re- 10h00 às 17h00. As visitas estão corde-se que pode visitar o espa- limitadas a 10 pessoas, em regime Foto: DR

No passado dia 18 de maio comemorou-se o Dia Internacional dos Museus. Nesse âmbito o Museu Municipal de Espinho apresentou uma nova página na internet. Esta nova plataforma oferece uma nova oferta cultural disponibilizando conteúdos e informações sobre a cultura e história do concelho de Espinho. “O Museu Municipal de Espinho entende a função museológica como um processo de comunicação ativo, que se quer à disposição da sociedade, e que explica e torna visível a sua missão, perfil

de rotatividade, por um período máximo de 60 minutos. O uso de máscara é obrigatório. NO

reabertura exclusivamente para o setor agroalimentar

Se estava com saudades de ir à feira de Espinho para comprar roupas, sapatos ou visitar a popularmente conhecida “feira dos ciganos”, ainda vai ter de esperar mais um pouco. A feira semanal vai reabrir já na próxima segunda-feira mas exclusivamente para o setor agroalimentar, “de acordo com um

rigoroso plano de contingência com controlo de acessos, manutenção das regras sanitárias impostas pela Direção Geral da Saúde e procedimentos de contentorização e acondicionamento de resíduos, conforme regras a divulgar pelos Feirantes e Clientes em geral”, explica a autarquia. Para abrir com a devida segu-

rança, a zona agrolaimentar será vedada e passará a haver colocação de vigilância para controlo do número de pessoas que podem permanecer no recinto. O uso de máscara será obrigatório para comerciantes e clientes e terá de ser respeitado o necessário distanciamento entre pessoas. NO

Foto: MV

na segunda já pode ir à feira de espinho


19 Maio, 2020 Maré de notícias

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Aposta nas redes sociais não deixa esquecer a perda dos eventos com público

Ao contrário do que aconteceria em circunstâncias normais, a Cooperativa Nascente não poderá celebrar mais um aniversário, o 44º desde a sua fundação, com iniciativas que envolvam diretamente os associados e outros amigos. Em vez disso, resta o recurso às redes sociais para estar presente e dar sinal de que se trabalha a pensar nos tempos melhores que certamente voltarão. Para já, será sobretudo através do Maré Viva, do Facebook e do Instagram que se poderá assinalar a data fundadora de 21 de maio de 1976, com a publicação de documentos vários que lembrem o rico historial de uma cooperativa que desde 1976 não desistiu de procurar cumprir os objetivos traçados pelos seus fundadores.

Nesse sentido, foi criada uma newsletter informativa para divulgação das propostas da Nascente e de outras entidades culturais relevantes, algumas delas parceiras próximas. Procura-se, assim, proporcionar experiências culturais alternativas e valiosas, num período de limitações a todos os níveis. Porém, isto não faz esquecer que nas semanas mais recentes teve de se abdicar, por exemplo, de levar à cena a nova peça do Teatro Popular de Espinho, de iniciar um curso de História da Arte, de celebrar o 25 de abril, de realizar dois concer tos, um espetáculo de danças urbanas e um baile folk. E de dar início a um novo e desafiador projeto com um público jovem. Mas f ica a expetativa de um

Foto: MV

Programação do 44º aniversário da Nascente limitada pela crise sanitária

Sara Miguel e João Belchior viram o seu concerto adiado até nova data.

regresso breve, o que deverá acontecer com o recomeço das atividades do projeto Amigos da Ribeira do Mocho e, possivelmente, com o regresso das modalidades do Animartes, algumas quais estão já ativas em registo online. Enquanto isso, avança-se na

organização do próximo CINANIMA e revê-se uma contabilidade interna muito afetada pela interrupção imprevista de todas as atividades. Razão para lembrar aos associados que o pagamento das quotas é uma ajuda preciosa e muito bem-vinda. MV

Projeto Amigos da Ribeira do Mocho estuda a fauna e a flora da ribeira

Depois de uma pausa mais prolongada do que estaria previsto, o Projeto “Amigos da Ribeira do Mocho” retoma a atividade através de ações de recolha de informação sobre a fauna e a flora que podem ser encontradas na área do Parque da Picadela, bem perto da ribeira. Divulgamos hoje um primeiro documento sobre a flora, em particular o miosótis ou flor do amor, com texto de Dalila Reis e fotos de Tânia Araújo, ambas integrantes dos Amigos da Ribeira. As autoras pretendem também assinalar as datas do Dia Internacional da Biodiversidade, na próxima sexta-feira, e do Dia Europeu dos Parques Naturais, no domingo imediato. Lançado na primavera de 2019, no âmbito das atividades ambientais da Nascente e com o apoio da Junta de Freguesia de Anta e Guetim, o projeto “Amigos da Ribeira do Mocho” visa intervir na revitalização do leito e das margens da mais conhecida linha de água que atravessa Espinho. Entre outros ob-

jetivos para a intervenção, os responsáveis querem contribuir para melhorar a qualidade das águas da ribeira, pela limpeza do seu leito e margens, e estudar o ecossistema fluvial. Durante a primavera e verão, esta linda flor azul-celeste, singela e graciosa, com o centro amarelo bem visível para melhor promover a polinização, invade os prados, as orlas dos bosques e suas clareiras, taludes, terrenos húmidos, sejam margens de caminhos ou de campos cultivados. Existem cerca de cinquenta variedades de miosótis, normalmente de flor azul, mas podem ter flor rosada ou mesmo branca. São várias as lendas sobre o miosótis, que explicam a designação de “Não-me-esqueças”. Segundo uma lenda alemã, havia um jovem cavaleiro que estava apaixonado por uma bela donzela. Um dia, ao passearem junto a um rio, ela avistou lindas flores azuis, ficando encantada. De imediato, ele quis colher

algumas para fazer um ramo para a sua amada. Mas eis que um trágico acidente o impediu de concretizar esse desejo, pois tendo escorregado, caiu à água e, como não sabia nadar, percebeu que se ia afogar. Antes que tal acontecesse, atirou as flores para a margem e gritou ”Vergiss mich micht”, ou seja, “nãome-esqueças”. Na versão de uma lenda persa, houve um anjo que, por se ter apaixonado por uma linda jovem da Terra, foi expulso do Paraíso, tendo, como penitência, a tarefa de semear esta encantadora planta por todo o mundo. Terminada esta tarefa, regressou aos céus, com a sua amada coroada com as mesmas flores azuis que havia espalhado na Terra. Junto dela, que também se tornou imortal, reencontrou a paz eterna no Paraíso. É nestas lendas que se encontra a explicação para o nome vulgar desta planta, comum a muitas línguas, por exemplo o bem conhecido “forget-me-not” inglês, e são

Foto: DR

À descoberta do miosótis, a flor do amor, no Parque da Picadela

Miosótis, Não-me-esqueças (Myosotis scorpioides (L), Hill, ssp.palustris (L) Herm.)

também estas e outras lendas que ajudam a explicar a atração de muitos poetas que evocaram esta flor pela sua beleza e pelo símbolo de amor que representa. Tanto mais que na linguagem das flores o miosótis significa a fidelidade e o amor verdadeiro, pelo que oferecer um ramo de rosas com miosótis equivale a oferecer palavras de amor. MV


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Maré de notícias  19 Maio, 2020 ainda não há uma data certa para a abertura

HOTÉIS SOLVERDE JÁ CONTAM COM O SELO CLEAN & SAFE s quatro hotéis Solverde, em Espinho, Chaves e Portimão, já contam com o selo Clean & Safe do Turismo de Portugal e o grupo já prepara a sua reabertura. O Grupo Solverde anunciou que já conta com o selo Clean & Safe nos hotéis 4-estrelas Apartamento Solverde e 5- estrelas Solverde Spa & Wellness Center, em Espinho, no 4-estrelas Hotel Casino Chaves, e no 5-estrelas Algarve Casino, em Portimão. Em comunicado, o grupo afirmou que esteve a preparar a “reabertura das suas quatro unidades

do segmento upscale , elaborando um rigoroso plano, com um conjunto de ações, de modo a dar resposta às novas medidas exigidas pelas entidades competentes”. As medidas tomadas para a aquisição do selo Clean & Safe incluem alterações na “limpeza de superfícies e tratamento de roupa, assim como os cuidados ex traordinários para troca de roupa de cama”. O grupo garante ainda a monitorização diária da temperatura e dispõe de locais para isolamento de casos suspeiAs datas of iciais de aber tutos ou confirmados de Covid-19, ra dos espaços ainda não foram entre outros cuidados. divulgadas contudo, no site do Foto: DR

O

grupo Solverde já há packs promocionais para o verão com descontos nas estadias. MV

nas praias de esmoriz e espinho

Na A41

Colisão entre carro e camião provoca um ferido

Polícia apreende seis redes de pesca

Foto: DR

Uma mulher ficou ferida numa violenta colisão entre um carro e um camião, ao início da manhã de 14 de maio, na A41, em Nogueira da Regedoura. O alerta foi dado, às 07h43, para um acidente rodoviário na A41, sentido Picoto/Espinho. A A41 ficou cortada ao trânsito, nesse sentido, durante cerca de 01h30. Foi reaberta, condicionada a uma faixa de rodagem, às 08h50. A vítima foi levada, pelos bombeiros de Lourosa, para o hospital de Santa Maria da Feira. A GNR da Brigada de Trânsito de São João da Madeira, destacamento da Feira, e a equipa médica de emergência e reanimação da Feira estiveram no local. PJD

Foto: PJD

A Polícia Marítima do Por to apreendeu seis redes de pesca, este domingo e segunda-feira (10 e 11 de maio) entre as praias de Paramos e de Esmoriz. As atividades de pesca com redes de tresmalho – majoeiras - ,

Pela PSP de Espinho

Apanhado com droga Um jovem, de 18 anos, estudante, foi detido no dia 11 de maio, cerca das 17h00, em Espinho, pela PSP, pela posse de 19 doses de heroína e 60 de cocaína. O detido, pela suspeita do tráfico de estupefacientes, também não conseguiu justificar a origem de cerca de 1000 euros que trazia consigo. Os dois homens, de 24 e 26 anos, residentes em Espinho, que estavam na companhia do suspeito, também foram identificados. PJD

nesta altura do ano, estão proibidas. As apreensões ocorreram no decurso de duas ações de fiscalização ao longo da orla marítima. Contudo, não foi identificado nenhum suspeito. PJD

Animal foi apreendido pela PSP de Espinho

Pitbull matou outro cão Um cão de raça Pitbull foi apreendido, na manhã de 1 de maio, na rua 26, em Espinho, por ter matado um outro cão. Durante o ataque, o animal provou ferimentos a uma mulher. A dona do cão atacado tentou proteger o canídeo e ficou ferida nas mãos. O cão agressor foi entregue à guarda dos serviços veterinários municipais de Espinho e foi levado no dia seguinte para o canil intermunicipal de Santa Maria da Feira. Ao que tudo indica, o cão é propriedade de um casal residente na zona e sem condições para manter a guarda do pitbull. PJD


19 Maio, 2020 hóquei em patins

Tigres vão jogar a Supertaça com mais cinco equipas

Fotos: DR

As supertaças de voleibol masculina e feminina de 2020/21 serão disputadas num formato mais abrangente, depois do cancelamento da atual temporada da modalidade, devido à pandemia de covid-19. Uma vez que não serão atribuídos os títulos de campeão nacional nas competições seniores, e tendo em conta que a final da Taça de Portugal masculina foi igualmente cancelada, a Supertaça masculina da próxima época será disputada por seis equipas, ao invés das habituais duas (campeão nacional e vencedor da Taça). Ainda sem um modelo competitivo definido, o troféu vai incluir Benfica, Sporting, Sporting de Espinho e Fonte do Bastardo - as quatro equipas melhor classificadas da fase regular e que iriam disputar o título de campeão deste ano -, bem como AA São Mamede e Leixões, que iriam defrontar, respetivamente, ‘leões’ e ‘águias’ nas meias-finais da Taça de Portugal. Em local ainda a designar, a Supertaça está prevista para 27 de setembro. Em data e local também a definir está a Supertaça feminina, esta com outro formato. Com a AJM/FC Porto a ter conquistado a Taça de Portugal, logo apurada, a Supertaça será jogada a quatro emblemas, num modelo de meias-finais e final com Clube K, Porto Vólei e AVC Famalicão. NO

Fred Saraiva (esq) e André Pinto vão continuar a jogar pela AAE.

Com as modalidades de pavilhão terminadas, é tempo de olhar para o futuro e começar a preparar a próxima temporada. No Hóquei em Patins da Associação Académica de Espinho, tal como anunciamos na edição anterior, os novos homens do leme

são agora Luís Canelas e Tibério Car valho. O plantel também já mexe e há algumas novidades. João Marques está de saída e não vai renovar com os mochos. Na outra vertente, o capitão André Pinto já confirmou que vai jogar novamente pela AAE. Fred Saraiva continua a mostrar a sua dedicação ao clube academista e vai cumprir a sétima temporada pelos academistas. NO

Caixa Solidária

Desnorteados solidários

Foto: Arq. Francisco Azevedo

ndré Pinto e Fred Saraiva vão continuar a jogar de mocho ao peito.

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Voleibol

duas renovações e uma saída confirmada

A

Maré desportiva

voleibol

Falar em “Desnorteados” é falar em adeptos e futebol. A paixão pelo clube da terra é uma imagem de marca destes adeptos ferrenhos do Sp. Espinho. Agora, com o desporto parado, foi tempo de apontar a paixão e garra para outras causas. Foi criada a “caixa solidária” que se estende por vários pontos do concelho de Espinho. Esta “caixa solidária” tem uma missão simples: ajudar a população mais necessitada. Quem tiver oportunidade pode ir enchendo as caixas e quem necessitar pode levar o que precisar. As caixas estão situadas na Junta de Freguesia de Espinho, Igreja de Paramos, Capela da Idanha, Café Zé de Gaia, sede da Cruz Vermelha de Espinho, cemitério de Espinho, Bairro Piscatório ( junto à capela Nossa Senhora do Mar), Souto de Anta, Bairro da Ponte d’Anta ( junto à escola de condução Rosinha), na rua 19 e em frente ao Mercado Colmeia. NO

O campeonato 2019/2020 já terminou e é tempo de começar a preparar o futuro até porque já uma Supertaça para jogar já em setembro (ver notícia em cima). Assim, a direção do Sp. Espinho aposta na continuidade optou por manter Vítor Pinto ao leme da equipa principal de voleibol. Recorde-se que o técnico levou os juniores vareiros à conquista do campeonato nacional na temporada 2018-2019. O clube da Costa Verde optou por promover Vítor Pinto a técnico principal dos seniores na temporada seguinte. NO

Foto: DR

Foto: DR

vítor pinto continua de tigre ao peito


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Maré de notícias

19 Maio, 2020

No fim-de-semana passado

Poémia

O sol convidou a um mergulho mas a Polícia Marítima não deixou

Que doa

Um dia antes de iniciar a segunda fase do período de desconfinamento em Portugal, foram muitos os espinhenses que aproveitaram o sol e o calor para dar uma fugida à praia. O tempo convidava a um mergulho e a estender a toalha. Contudo, a época balnear ainda não está aberta (abre apenas dia 6 de junho) e há regras que precisam de ser respeitadas nos tempos que agora vivemos. A Polícia Marítima esteve no areal da Praia da Baía e deixou várias recomendações alertando que as praias estão interditas e apenas é possível praticar atividades como o surf. Todos os que foram interplados acataram as ordens da autoridade e acabaram por abandonar o areal. NO

Se no meu peito pousares, À minha boca chegares... Vou querer mais do que isso! Vou querer ver-te voar…

Na passada segunda-feira

Na rua 19

100 anos de vida celebrados à janela

Bertrand abriu em Espinho

100 anos de vida não está ao alcance de muita gente e por isso celebrar uma data destas merece uma comemoração especial. Contudo, a pandemia não permite abraços nem beijinhos e é necessário puxar pela cabeça para dar os parabéns ao aniversariante. Na passada segunda-feira, Fernanda Morais, viúva de António Gaio, um dos fundadores da Cooperativa Nascente, responsável pela criação do CINANIMA e diretor deste jornal, foi à janela de sua casa e ficou surpreendida. Na rua, com balões e um ramo de flores cantaram-se os parabéns (e não só) à nova centenária espinhense. No ar ficou a promessa: “até para o ano”. NO

Foto-legenda

Rua 23, nº 448 Espinho

Telefone: 22 731 3126 leonidas.espinho23 LeonidasChocolatesEspinho

Dentro do meu coração… (Fá-lo perder a noção) Voa, expande-te em mim! De asas abertas, assim! Assim… livre, no meu mundo! Superfície, meio e fundo À descoberta dessa luz Até esse aconchego

A Livraria Bertrand inaugurou a 55.ª livraria de rua. Depois de Guimarães, Leiria e Almada, foi agora a vez de Espinho receber um espaço da maior rede de livrarias portuguesa. Com uma oferta bastante alargada, a nova Livraria Bertrand localiza-se na rua 19 (no antigo Santander Totta) e lá pode encontrar mais de 22 mil livros das mais diversas categorias, desde além de livros escolares, artigos de papelaria, jogos didáticos e de tabuleiro. Todos os livros terão ainda 10 por cento de desconto em cartão leitor Bertrand. Devido à situação atual, a nova livraria estará em funcionamento com um horário reduzido: de segunda-feira a sábado, entre as 10h00 e as 18h00. NO

Aconchego que é gruta Aconchego que é luta Caminhar até à noite Que tenho em mim presente Que vejas na escuridão, Que me preenche em canção, Uma dádiva secreta! A que poucos sobrevivem E se aí fores habitar, De asas abertas cantar, Vou finalmente nascer! Segura e bela crescer! Crescer livre, florescer! Já sem medo de morrer Já com o brilho e louvor De quem, sim, viveu o amor… E se o amor for também dor: Que doa até o sol se pôr! Carla de Castro Estrada

M

V

Anuncie no seu jornal de referência.


19 Maio, 2020

Maré de opinião

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artigo de opinião

Queremos ciclovias credíveis, fáceis e funcionais

terrâneo. E que, já agora, façam como a Direção-Geral da Saúde: revelem os pormenores aos munícipes, esclareçam-nos sobre os constrangimentos técnicos, financeiros ou estratégicos que pendem sobre esta fase das obras da Alameda 8. Não precisam de o fazer com igual frequência. Façam-no pelo menos uma vez, se possível ao vivo. Gravem uma mensagem e publiquem-na para que nos sintamos mais próximos e nos identifiquemos melhor com a obra. Manterem-nos no vazio de uma realidade surda e muda apenas alimentará a propagação de boatos semeados por ególatras a soldo de interesses insondáveis. Entretanto, o executivo camarário adjudicou à M. Couto Alves, S.A., de Oliveira de Azeméis, por 1 milhão e 700 mil euros, o projeto de ciclovia na rua 20 entre a 19 e a 33 e na rua 19 entre a 22 e a rotunda da Congosta. Embora a triste sina insista em privar os espinhenses de uma ideia geral do produto final, - ao contrário dos felizardos de outros municípios nacionais e internacionais perante matéria semelhante -, esperase que não aconteça a estes novos troços de ciclovias o mesmo que aos primeiros lançados há vinte anos na rua 8 e na 23 – material de propaganda para forasteiro ver e espaço para estacionamento automóvel abusivo. Para já não referir a desarticulação total que parece continuar a haver entre todas

as ciclovias inauguradas e as que estão por construir e inaugurar. Nos últimos anos, a Europa tem assistido a um vasto movimento pela devolução do espaço público ao cidadão. Este movimento ganhou novo fôlego com o distanciamento físico imposto pela covid-19. Com a reduzida disponibilidade dos transportes públicos, Paris, Madrid, Barcelona e outras cidades estão a avançar com grandes projetos de cedência à bicicleta de espaços outrora ocupados pelo automóvel. Em Portugal, há vários apelos para se investir na mobilidade suave. Todos sentem a necessidade de se transferir faixas de rodagem e de estacionamento até agora ocupadas pelo automóvel para serem usadas como ciclovias. A própria ABIMOTA (Associação Nacional da Indústria das Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins) propôs recentemente ao governo de António Costa um vasto programa de apoio e promoção da mobilidade suave. Os administradores de Espinho persistem em pensar pequenino perante as potencialidades que uma cidade plana e geométrica pode disponibilizar. Para quando ciclovias que contemplem os estabelecimentos comerciais, os estabelecimentos de ensino e outros serviços públicos? Será assim tão difícil? Não se mande dizer que é difícil, que os espinhenses não estão in-

teressados ou que não estão preparados. Porque, quando esta administração camarária quer mostrar trabalho, quer fazer figura ou fazer constar, sabe fazê-lo muito bem. Até consegue obliterar os mapas e os PDMs revistos e aprovados para esticar a orla costeira espinhense em três quilómetros. O milagre, - há quem lhe chame truque -, consegue-se contratando uma assessoria de relações públicas que faz publicar, - em vários media e quase em simultâneo -, o que lhe apetece para outros verem e pasmarem. Por favor, não pasmem os de fora: pasmem os cá de dentro. Mandem fazer ciclovias credíveis, fáceis e funcionais. E, já agora, andem ou pedalem nelas. Octávio Lima

Redação Nuno Oliveira, Carolina Moreira e Carla Relvas Fotografia: Filipe Couto, Flávio Alberto, Francisco Azevedo e Mário Gouveia Colaboração Carla Estrada, Manuel Macedo, Paulo Jorge Duarte

Paginação Nuno Oliveira Publicidade Margarida Pinho Redação e Composição Rua 62 n.º 251- 4500-366 Espinho Telefone 227331355 E-mail jornal@mare-viva.pt Secretaria e Administração Rua 62 n.º 251- 4500-366 Espinho

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Número de Registo do Título 104499, de 28/06/76 Depósito Legal 2048/83 Os textos de Opinião publicados nesta edição são da inteira responsabilidade dos seus autores, não vinculando, direta ou indiretamente, o cariz editorial e informativo deste jornal.

Estatuto Editorial: O Maré Viva, enquanto propriedade de uma Cooperativa de Ação Cultural e Jornal de carácter regional, propõe-se: - Noticiar de forma independente, objetiva e isenta, todos os factos importantes da

vida política, social, cultural e desportiva regionais; - Dar um especial ênfase a todas as manifestações de caráter cultural, procurando, com a respetiva divulgação, contribuir para o fomento cultural da

região; - Defender sempre, de forma intransigente, os princípios constitucionais da República Portuguesa, procurando, desse modo, contribuir para que sejam alcançados os grandes desígnios nacionais;

- Respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação.

Octávio Lima Professor

Há precisamente uma semana, uma equipa de engenheiros desfilou pela Alameda 8. Eram sete de coletes fluorescentes, em missão que se presume de inspeção ou fiscalização de obras. Avançavam em conversa tranquila. Enquanto um parecia assumir a liderança da comitiva, outro colhia imagens e outra tomava notas. Fazemos votos para que, de facto, tenham elencado o que de bom e de menos bom detetaram. Por exemplo, a necessidade de recompor os pavimentos onde as pedras da calçada foram levantadas e deslocadas, tendo algumas desaparecido. Isso acontece em vários sítios, nomeadamente junto da rua 3 e à volta de algumas luminárias, onde há casos de ligeiro aluimento por compactação deficiente do solo. Acima de tudo, espera-se que seja declarado o fim da quarentena e de distanciamento laboral imposto desde setembro de 2019 à obra do estacionamento sub-

Não se mande dizer que é difícil, que os espinhenses não estão interessados ou que não estão preparados.”

ficha técnica Diretor Nuno Oliveira


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ÚLTIMA MARÉ

19 Maio, 2020


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