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24 DE MARÇO DE 2023

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Fatos & Fotos

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Preso por pedofilia fazia lavagem cerebral e normalizava abusos sexuais

O comerciante William Luiz Ferreira, de 29 anos, preso preventivamente por pedofilia na cidade de Brotas, no interior de São Paulo, fazia lavagem cerebral em suas vítimas para que elas achassem normal a rotina de abusos sexuais aos quais eram submetidas, segundo a polícia. “Pelo que ouvimos de algumas vítimas, ele não as ameaçava [para cometer os crimes]. Ele tinha tempo, ficava o dia todo jogando lábia, convencia as crianças. Não era do dia para a noite, ele ia condicionando as vítimas para os abusos parecerem normais”, afirmou ao Metrópoles o delegado titular Douglas Falsarella Brandão do Amaral, da Delegacia Geral de Brotas. Para atrair as vítimas, William usava o “método clássico” dos abusadores de menores, de acordo com a Polícia Civil. Ele oferecia doces, além de permitir que as crianças e pré-adolescentes jogassem de graça videogames ou sinuca em seu bar, localizado no bairro Jardim Modelo, na cidade do interior. Os abusos sexuais das vítimas, com idades entre 8 e 13 anos, apontam as investigações, começaram há pelo menos dez anos. Até o momento, já foram identificadas 30 delas, todas do sexo masculino. O número tende a aumentar, ainda de acordo com a polícia. O grande volume de meninos, destaca o delegado titular, resulta do fato de o comerciante criar uma narrativa enganosa, compartilhada inclusive entre as próprias crianças e adolescentes. As investigações já confirmaram que alguns dos meninos que aparecem nos milhares de vídeos, produzidos clandestinamente no bar, são filhos de amigos e clientes de William. “Lobo em pele de cordeiro”

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Foram encontrados em um HD externo mais de seis mil arquivos de pornografia infantil, dos quais cerca de 50% foram pro duzidos pelo comerciante. Ele fazia os re gistros no próprio comércio, com câmeras de vigilância instaladas no estabelecimento. Os abusos, de acordo com a polícia, ocor riam sobre uma mesa de sinuca e um sofá, tanto durante o dia, como de noite. “Os pais e responsáveis deixavam alguns dos meninos ficarem com ele [crimino so]. Isso é uma discrepância: crianças ficando junto de um cara de 29 anos de veria ser um alerta. Nunca se deve con

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